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Escola de Engenharia
Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil - CPGEC
Análise da Confiabilidade de
Estruturas de Concreto
Armado usando o Método dos
Elementos Finitos e Processos
de Simulação
Porto Alegre
Março 1997
Análise da Confiabilidade de
Estruturas de Concreto
Armado usando o Método dos
Elementos Finitos e Processos
de Simulação
Porto Alegre
Março 1997
ii
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de
MESTRE EM ENGENHARIA e aprovada em sua forma final pelo orientador
e pelo Curso de Pós-Graduação.
_____________________________
Prof. Dr. Armando Miguel Awruch
Orientador
____________________________
Prof. Dra. Denise C. C. Dal Molin
Coordenadora do CPGEC/UFRGS
Banca Examinadora:
iii
Dedico este trabalho aos
meus pais e aos meus
fam iliares pelo apoio e
estímulo sempre presentes.
iv
Agradecimentos
v
Sumário
Sumário...........................................................................................................................vi
Lista de Tabelas ...........................................................................................................viii
Lista de Figuras ............................................................................................................. ix
Lista de Símbolos...........................................................................................................xi
Resumo.........................................................................................................................xvii
Abstract.......................................................................................................................xviii
1. Introdução....................................................................................................................... 1
1.1 Primeiras Palavras............................................................................................... 1
1.2 Breve Revisão Bibliográfica................................................................................ 4
1.3 Objetivos e Justificativa..................................................................................... 12
1.4 Organização do Trabalho ................................................................................... 12
2. Modelo de Elementos Finitos Para Concreto Armado ............................................ 14
2.1 Modelo 3D de Elementos Finitos para Concreto ........................................... 14
2.2 Modelo Para a Armadura................................................................................... 16
2.3 Métodos de Solução ............................................................................................ 17
2.3.1 Análise Estática............................................................................................ 17
2.3.2 Análise Dinâmica......................................................................................... 21
2.3.3 Critério de Convergência............................................................................ 26
2.4 Formação de Fissuras ........................................................................................ 27
2.5 Esmagamento do Concreto ................................................................................ 28
2.6 Contribuição do Concreto entre Fissuras ....................................................... 32
2.7 Modelo de Retenção da Rigidez ao Corte........................................................ 36
2.8 Modelo Constitutivo para Armadura............................................................... 37
2.9 Superfície de Falha / Plastificação de Quatro Parâmetros (Ottosen).......... 39
2.10 Modelo Elasto-Viscoplástico Sensível à Taxa de Deformação com
Degradação do Concreto.......................................................................................... 42
3. Verificação do Modelo .................................................................................................. 45
3.1 Análise para Carregamentos Estáticos ........................................................... 45
3.2 Análise para Carregamentos Dinâmicos......................................................... 57
4. Análise da Confiabilidade de Estruturas .................................................................. 66
4.1 Confiabilidade Estrutural ................................................................................. 66
4.2 Método de 1a Ordem........................................................................................... 67
4.3 Simulação Direta de Monte Carlo .................................................................... 74
4.3.1 Simulação com Amostragem por Importância.......................................... 76
4.4 Funções de Estado Limite................................................................................. 78
4.4.1 Estados Limites de Utilização .................................................................... 80
4.4.2 Estados Limites Últimos ............................................................................. 81
4.5 Método dos Coeficientes Parciais..................................................................... 81
5.Estudo de Casos............................................................................................................ 84
5.1 Confiabilidade no Regime Elástico Linear...................................................... 84
5.2 Confiabilidade para Estruturas com Não -Linearidades ............................... 88
6.Efeitos de Longa Duração........................................................................................... 94
6.1 Modelo Reológico para o Concreto................................................................... 94
6.1.1 Teoria da Solidificação para Fluência ....................................................... 94
6.1.2 Lei de Fluência em Termos de Taxas ........................................................ 96
6.1.3 Equação Constitutiva Incremental ............................................................ 97
6.2 Fluxograma para Análise de Longa Duração ................................................ 100
vi
6.3 Funções para Avaliação da Fluência, Retração, Temperatura e Tipo de
Cimento segundo o CEB-FIP90 ............................................................................ 103
6.4 Verificação do Modelo para Cargas de Longa Duração............................... 107
7.Conclusões e Sugestões ............................................................................................. 110
7.1 Conclusões ......................................................................................................... 110
7.2 Sugestões para Trabalhos Futuros................................................................. 111
Referências Bibliográficas......................................................................................... 112
Apêndice I.................................................................................................................... 120
1.1 Suavização de Tensões ..................................................................................... 120
1.1.2 Projeção de Tensões ................................................................................... 120
1.1.3 Suavização Global das Tensões ................................................................ 121
Apêndice II .................................................................................................................. 123
1.1 Geração de Variáveis Aleatórias .................................................................... 123
Apêndice III................................................................................................................. 125
1.1 Método dos Mínimos Quadrados para Funções Não-Lineares................... 125
vii
Lista de Tabelas
Tab.1.1 Modelos de Elementos Finitos aplicados a C. A.(1985-1991) ....................... 8
Tab.2.1 Funções de Forma para Elem. Isoparamétrico Linear de 8 Nós.............. 14
Tab.2.2 Funções de Forma para Elem. Isoparamétrico Quadrático de 20 Nós.....15
Tab.2.3 Coeficientes α F para a Estimativa de G f .................................................. 34
Tab.3.1 Características das peças Analisadas. .......................................................... 45
Tab.3.2 Características da Peça Analisada. ............................................................... 58
Tab.3.3 Características da Peça Analisada ................................................................ 60
Tab.4.1 Limites de Desconforto para Vibrações ........................................................ 80
Tab.4.2 Índices de Confiabilidade Alvo e Classes de Segurança............................. 81
Tab.5.1 Dados Geométricos para os Exemplos Analisados...................................... 85
Tab.5.2 Variáveis Aleatórias para Exemplo da Viga ................................................ 85
Tab.5.3 Variáveis Aleatórias para Exemplo da Laje................................................. 85
Tab.5.4 Função de Densidade de Probabilidade de Amostragem para Viga. ........ 85
Tab.5.5 Função de Densidade de Probabilidade de Amostragem para Laje.......... 85
Tab.5.6 Variáveis Aleatórias Básicas para a Análise Não -Linear da Viga ............ 89
Tab.5.7 Função de Dens. de Prob. de Amost. p/ Análise Não-Linear da Viga........89
Tab.5.8 Variáveis Aleatórias Básicas para a Análise Não-Linear da Laje............. 90
Tab.5.9 Função de Dens. de Prob. de Amost. p/ Análise Não-Linear da Laje........ 91
Tab.5.10 Variáveis Aleatórias Básicas p/ Análise Não-Linear Dinâmica para a
Viga. ........................................................................................................................ 91
Tab.5.11 Função de Dens. de Prob. de Amostr. p/ Análise Não -Linear Din. da
Viga. ........................................................................................................................ 92
Tab.5.12 Variáveis Aleatórias Básicas p/ Análise Não-Linear Din. para a Casca. 92
Tab.5.13 Função de Dens. de Prob. de Amostragem para a Casca. ......................... 93
Tab.6.1 Coeficientes s e tipos de cimento................................................................. 103
Tab.6.2 Parâmetros da Cadeia Kelvin de 5 Elem. p/ Função de Fluência do
CEB105 Tab.6.3 Coeficientes β sc e tipos de cimento ......................... ......................... 106
Tab.6.4 Coeficientes α e tipos de cimento .............................................................. 107
Tab.A.I.1 Sistema de Equações para integração nodal (20 nós) ............................ 122
viii
Lista de Figuras
Fig.2.1 Elemento Isoparamétrico Linear de 8 Nós.....................................................15
Fig.2.2 Elemento Isoparamétrico Quadrático de 20 nós ..........................................15
Fig.2.3 Modelo de Armadura Incorporada..................................................................24
Método de Newton-Raphson Modificado....................................................................20
Fig.2.5 Esquema da Análise Estática Não-Linear .....................................................21
Fig.2.6 Esquema da Análise Dinâmica Não -Linear...................................................26
Fig.2.7 Esque ma da Formação de Fissuras ...............................................................30
Fig.2.8 Esquema da formação de Fissuras (cont.)......................................................31
Fig.2.9 Esquema da formação de Fissuras (cont.)......................................................32
Fig.2.10 Distribuição de Tensões em um Elem. Fissurado de Concreto
Armado........................................................................................................................... 33
Fig.2.11 Modelo de Fissura Fictícia .............................................................................35
Fig.2.12 Amolecimento à tração com Carga-Descarga Secante...............................36
Fig.2.13 Modelo Elasto-Plástico com Encruamento para a Armadura...................39
Fig.2.14 Esquema da Sup. de Falha de Ottosen no Espaço Tensões
Principais....................................................................................................................... 41
Fig.2.15 Vista do Plano Desviador em uma Seção Genérica p/ Modelo de Ottosen.
......................................................................................................................................... 41
Fig.2.16 Evolução das superfícies de falha e de plastificação..................................44
Fig.3.1 Geometria das Vigas Analisadas V5/V6 e V7/V8. .........................................46
Fig.3.2 Discretização das Vigas Analisadas. ..............................................................46
Fig.3.3 Flechas no Vão Central das Vigas V7/V8.......................................................47
Fig.3.4 Flechas no Vão Central das Vigas V5/V6.......................................................47
Fig.3.5 Tensões σ1 1 na Viga V7/V8 para Nível de Carga de 20%. ............................48
Fig.3.6 Tensões σ1 1 na Viga V7/V8 para Nível de Carga de 40%. ............................48
Fig.3.7 Tensões σ1 1 na Viga V7/V8 para Nível de Carga de 60%. ............................49
Fig.3.8 Tensões σ1 1 na Viga V7/V8 para Nível de Carga de 80%. ............................49
Fig.3.9 Tensões σ1 1 na Viga V7/V8 para nível ix de carga de 100%.............................50
Fig.3.10 Deformações ε 1 1 na Fibra Superior no Vão Central (V7/V8) ....................50
Fig.3.11 Deformações ε 1 1 nas Armaduras Inferiores no Vão Central (V7/V8) ......51
Fig.3.28b Deslocamentos Magnificados na Casca ..................................................... 62
Fig.3.29 História de Carregamentos para a Casca.................................................... 62
Fig.3.30 Estrutura elástica Linear. ............................................................................. 64
Fig.3.31 . Estrutura com Gf=0.1 kgf/cm. .................................................................... 64
Fig.3.32 Estrutura com G f=0.2 kgf/cm. ...................................................................... 65
Fig.3.33 . Estrutura com Gf=0.05 kgf/cm. .................................................................. 65
Fig.4.1 Domínio de falha e Sua Aproximação Linear no Espaço Gaussiano
Normal. ........................................................................................................................... 69
Fig.4.2 Relação entre a Probabilidade de Falha e o Índice β de Confiabilidade. 70
Fig.4.3 Fluxograma para FORM. ................................................................................ 74
Fig.4.4 - Esboço da Técnica “Importance Sampling” para uma Variável
Aleatória.78 Fig.5.1 Probabilidade de Falha p/ Viga Utilizando M.E.F. como F.E.L.
...................................................................................................................................... 86
Fig.5.2 Probabilidade de Falha p/ a Viga Utilizando Equação da Flecha como
F.E.L................................................................................................................................ 87
Fig.5.3 Probabilidade de Falha p/ a Laje Utilizando M.E.F. como F.E.L................ 87
Fig.5.4 Probabilidade de Falha p/ a Laje Utilizando Equação da Fecha como F.E.L.
.......................................................................................................................................... 88
Fig.5.5 Probabilidades de Falha para Viga na Análise Não-Linear ........................ 90
Fig.6.1 Cadeia de Kelvin com 5 Elementos. ............................................................... 97
Fig.6.2 Fluxograma para Análise Estática Não-Linear de Longa Duração .......... 102
Fig.6.3 Deslocamentos no vão central em 100 dias para a viga analisada........... 108
Fig.6.4 Deslocamentos no Vão Central em 27 anos para a Viga Analisada ......... 109
Fig. A.II.1 Método da Transformação Inversa para Geração de Variáveis
Aleatórias .............................................................................................................. 124
x
Lista de Símbolos
Letras Romanas Minúsculas
a0 Coeficiente do método de integração de Newmark
a1 Coeficiente do método de integração de Newmark
a2 Coeficiente do método de integração de Newmark
a3 Coeficiente do método de integração de Newmark
a4 Coeficiente do método de integração de Newmark
a Parâmetro da superfície de Ottosen
b Parâmetro para a superfície de Ottosen
b0 Parâmetro para relacionar taxa de deformação elástica com o
parâmetro de fluidez
b1 Parâmetro para relacionar taxa de deformação elástica com parâmetro
de fluidez ou parâmetro para comportamento pós-falha do concreto
c Velocidade de propagação de uma onda no concreto
c1 Coeficiente no amortecimento de Rayleight
c2 Coeficiente no amortecimento de Rayleight
det[J] Determinante Jacobiano
h( y ) Função de estado limite no espaço Gaussiano normal
%
h Espessura da laje
k Densidade de trabalho viscoplástico na faixa de deterioração
lν ( x ) Função de densidade de probabilidade de amostragem
% %
l Comprimento de vão
lc Largura equivalente de fissura
{ p} Vetor de forças internas resistentes
n Número de variáveis aleatórias básicas
s Coeficiente que relaciona tipos de cimento
t Tempo
ts Idade de início da retração
t′ Tempo de aplicação do carregamento
tf Tempo de início da deterioração
t 0, T Idade de carregamento ajustada para levar em conta efeitos da
temperatura na maturação do concreto
xi
u Perímetro da seção de concreto em contato com o ar
{ u} Vetor de deslocamentos nodais
{ u&} Vetor de velocidades nodais
u Vetor de amostras de variáveis aleatórias uniformemente distribuídas
%
{ &&u} Vetor de acelerações nodais
{u} NO Deslocamentos nodais
wmáx Flecha máxima
w Abertura fictícia de fissura
x Amostra das variáveis aleatórias básicas
%
Gaussiano Normal
z Coordenada z
E Módulo de elasticidade
Eo Módulo de elasticidade tangente do concreto
Ec Módulo de elasticidade do concreto
Ec ( t ) Módulo de elasticidade do concreto com o tempo
Es Módulo de elasticidade do aço
E* Módulo de elasticidade modificado
Eµ Módulo de elasticidade de um elemento da cadeia de Kelvin
F0 Função de plastificação
Ff Função de falha
F Superfície de falha/plastificação
G Carga permanente
Gf Energia de fratura
G0 Módulo de deformação ao corte
Gc Módulo de deformação ao corte corrigido
H Encruamento para o aço
I2 Segundo invariante do tensor de tensões
I[.] Função indicadora
xii
I1 Primeiro invariante do tensor de tensões
J ( t , t ′) Função de fluência
J2 Segundo invariante do tensor desviador de tensões
J3 Terceiro invariante do tensor desviador de tensões
K0 Parâmetro da superfície de Ottosen
[K] Matriz de rigidez
[K* ] Matriz de rigidez equivalente
K1 Parâmetro do fator de retenção ao corte, parâmetro da superfície de
Ottosen
K2 Parâmetro da superfície de Ottosen
L Distância entre nós da malha de elementos finitos
L Matriz de correlação
%
Mx Momento aplicado ao eixo x
My Momento aplicado ao eixo y
[M] Matriz de massa
[ M ]ele Matriz de massa no processo de suavização a nível de elemento
[ M ]G Matriz de massa global no processo de suavização
[N ] Matriz de funções de interpolação
N Número de simulações, esforço normal
Ni Função de forma
{ P} Vetor de Cargas aplicadas
{P } ∗
Vetor de cargas equivalente
[ P] G
Matriz de carga global no processo de suavização
[ P] ele
Matriz de cargas no processo de suavização a nível do elemento
P$ f Estimador da probabilidade de falha
Pf Probabilidade de falha
Px Função de distribuição acumulada da variável aleatória x
Q Carga variável
RH Umidade relativa do ar
R Resistência estrutural
S Transformação mecânica
%
SG Ação estrutural permanente
SQ Ação estrutural variável
Sx Tensão desviadora x
Sy Tensão desviadora y
Sz Tensão desviadora z
T Operador para transformação para o espaço Gaussiano Normal
V(t) Função de envelhecimento
V Volume de Controle
Wi Pesos para a integração nodal
Wp Densidade de energia viscoplástica acumulada
Wp f Densidade de energia viscoplástica no momento do início da
deterioração
xiii
X Vetor de variáveis aleatórias básicas
%
Y Variáveis aleatórias básicas no espaço Gaussiano Normal
%
xiv
εct Deformação máxima admissível para o concreto
ε Tolerância
ε&c Taxa de deformação fictícia da fissura
{ε& } vp Vetor de taxas de deformações viscoplásticas
{ε& } e
eff
Vetor de taxas de deformações elásticas efetivas
ζ Coordenada natural
ζ1 Amortecimento de um modo representativo da estrutura
ζ2 Amortecimento de um modo representativo da estrutura
η Coordenada natural, viscosidade
ηµ Viscosidade de um elemento da cadeia de Kelvin
θ Ângulo de similaridade
λ Parâmetro para superfície de Ottosen, multiplicador de Lagrange
λµ Parâmetro de um elemento da cadeia de Kelvin
µX Vetor de médias das variáveis aleatórias básicas
%
ξ Coordenada natural
π& s Taxa de dissipação de energia na fissura
π&V Trabalho efetuado pelas tensões na seção
π Constante “pi”
ρ Densidade
ρc Meridiano de compressão
ρt Meridiano de tração
σ$ P$ f
Estimador do desvio padrão da probabilidade de falha
σX Vetor de desvios padrões das variáveis aleatórias básicas
%
σ Tensão
σ ref Tensão de referência
{σ } NG Vetor de tensões a nível dos pontos de integração
{σ } ∗NG Tensões nos pontos de integração através de uma projeção
τµ Tempo de retardamento de um elemento da cadeia de Kelvin
φ Função de fluência, função de densidade de probabilidade normal
φ (t , t ′) Coeficiente de fluência
ω1 Freqüência de um modo representativo da estrutura
ω2 Freqüência de um modo representativo da estrutura
xv
∆t Incremento de tempo
Símbolos Especiais
Função que anula a expressão para valores negativos
^ Estimador
[ ] Matriz
{} Vetor
∇ Gradiente de uma função
∫ Integral
& Primeira derivada em relação ao tempo
&& Segunda derivada em relação ao tempo
∂ Derivada parcial
∗ Longa duração
′ Plica diferencial
“ Polegadas
xvi
Resumo
Os critérios de projeto de estruturas de concreto armado estão
relacionados com uma teoria bem fundamentada. Devido à incerteza presente
nas variáveis envolvidas, no modelo matemático empregado, na
implementação estrutural, ou mesmo em problemas de caráter
fenomenológico, formulações empíricas são também utilizadas, assegurando
uma performance estrutural conhecida. Nas estruturas é importante o
conhecimento do nível de segurança com o qual se está trabalhando. Modelos
experimentais podem ser usados para predizer o comportamento estrutural
de tais estruturas, porém esta escolha nem sempre é a preferida devido ao seu
alto custo. Ainda assim, não se pode ter uma medida do nível de segurança do
projeto. Portanto, o principal problema é a necessidade de uma avaliação
quantitativa da margem de segurança, a fim de que se tenha um projeto
consistente, onde há uma distribuição homogênea do nível de segurança em
toda a estrutura.
Neste trabalho é feita a análise da confiabilidade de estruturas
de concreto armado. Ela é feita através de Simulação Direta de Monte Carlo
usando a técnica de Amostragem por Importância. Esta abordagem tira van-
tagem do esforço empregado em trabalhos determinísticos prévios na predi-
ção do comportamento de estruturas de concreto armado. Desta forma, im-
portantes efeitos como a não-linearidade do material podem ser levados em
conta prontamente, sem maiores dificuldades computacionais. Devido ao
custo computacional requerido pela análise determinística, é feita a escolha
da técnica de Amostragem por Importância, reduzindo grandemente a quan-
tidade de simulações, ainda assim com soluções numéricas precisas.
São assumidas como variáveis aleatórias básicas as intensidades
das cargas permanentes e variáveis, e propriedades do aço e do concreto, tais
como a resistência última à compressão do concreto (fc), seu módulo de
elasticidade (E) , a tensão de escoamento do aço (fy ) e o coeficiente de Poisson
(ν). O concreto armado é modelado com elementos finitos tridimensionais. O
aço é modelado com elementos de placa inseridos nos elementos
tridimensionais. A formulação adotada fornece a avaliação do comportamento
comum observado no concreto armado, como elasto-viscoplasticidade,
fissuração e esmagamento. O modelo de Ottosen de quatro parâmetros é
empregado como superfície limite para plastificação e falha. Esta
aproximação possibilita a avaliação de simples elementos tais como vigas, ou
estruturas mais complexas como vasos de contenção de reatores nucleares.
Um modelo visco-elástico baseado na cadeia de Kelvin é empregado para a
avaliação do comportamento sob cargas de longa duração. O efeito dos
fenômenos de longa duração na confiabilidade global é estudado utilizando-se
esta aproximação. As recomendações do CEB-FIP/90 são seguidas.
xvii
Abstract
The design criteria of reinforced concrete structures are related
to a well established theory. Due to uncertainties present in involved
variables, in adopted mathematical model, in structural implementation or
in problems of phenomenological character, empirical formulation are also
used, ensuring a well known structural performance. In structural design, it
is important to know the working safety level. Experimental models may be
used to forecast the structural behavior of such structures, but this choice is
not always preferable due its high cost and even so, there are not measures of
the design safety level. Therefore, the main problem is the need of a
quantitative evaluation of the safety margin, leading toward a consistent
project, with an homogeneous safety level for the whole structure.
A reliability based analysis of reinforced concrete structures is
presented in this work. This analysis is performed using the Direct Monte
Carlo Simulation Method with the Importance Sampling technique. This
approach takes advantage of the effort employed in previous deterministic
works in order to predict reinforced concrete structural behavior. In this way,
important effects such as material non-linearities, can be taken into account
readily, with no computational difficulties. Due to large computational time
required by the deterministic analysis, the Importance Sampling technique
is used, reducing largely the amount of simulations, but conserving the
accuracy of the numerical solutions.
It is assumed as basic random variables the intensities of live
and death loads, and properties of steel and concrete such as the concrete
compression strength (fc), the Young’s mudulus (E), the steel tensile strength
(fy) and the Poisson coefficient (ν). The reinforced concrete is modeled as a
three-dimensional finite element. The steel is modeled with shell elements
embodied into the brick elements. The adopted formulation provides the
evaluation of common behavior observed in concrete, such as elasto-
viscoplasticity, cracking and crushing. The Ottosen’s model with four
parameters is employed as a strength and yield limit surface. This approach
allows the evaluation of simple elements, like beams, or more complex
structures such as reactor containment vessels. A visco-elastic model based in
Kelvin’s chain is employed for the evaluation of the behavior under long term
loads. The effect of long term phenomena in the global reliability are studied
using this approach. The CEB-FIP/90 recommendations are followed.
xviii
1. Introdução 1
Capítulo 1
Introdução
“... a profession that never
has accidents is unlikely to
be serving its country
eff iciently.”
Pugsley
1966
Neste item será feita uma breve revisão bibliográfica sobre o que
se tem feito no ramo de elementos finitos aplicados à estruturas de concreto
armado, assim como o uso da confiabilidade no projeto e análise estrutural.
As primeiras aplicações de elementos finitos a concreto armado
remontam a quase 30 anos atrás. Um trabalho publicado por Ngo e Scordelis
em 1967 tratava de incluir efeitos de fissuração a um modelo de elementos
finitos utilizando elementos triangulares planos para o concreto. De lá para
cá muito se tem feito para a representação acurada do comportamento não-
linear do concreto armado. Foram feitos melhoramentos na representação da
fissuração, plastificação do aço, amolecimento à compressão, enrijecimento à
tração, aderência concreto-aço, efeitos viscoplásticos, etc. Estas aplicações
primeiramente abrangeram a combinação de modelos constitutivos e
elementos finitos para a representação da flexão em um plano (barras e
pórticos), flexão fora de um plano ( placas e cascas) e posteriormente
1. Introdução 5
• A rig idez ao corte deve ser mantida seguindo-se a propagação das fissuras;
Capítulo 2
7
8
6
5
ζ
η
z
4 ξ 3
y
2
1
x
18 17
19
20 16
14 15
13 11
12 ζ
η
z
6 ξ 5
9 7
10
y
8 4
2 3
1
x
Fig.2.2 Elemento isoparamétrico quadrático de 20 nós.
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 16
nrein
[ K ] = [ K ]concreto + ∑ [ K ]iaco (2.2)
i =1
ζ
η
z
ξ
y
{σ }e = [ D]{ε}e (2.4)
∂ f
{ε&}vp = γ 0 φ( F ) (2.5)
∂ σ
onde γ 0 é o parâmetro de fluidez;
f ( {σ } ) é a superfície d e plastificação;
f ( {σ } ) − σ 0
φ ( F0 ) = é a função de plastificação ;
σ0
∂f é o vetor normal à superfície de plastificação, a qual define a direção do
∂σ
fluxo viscoplástico;
é a função que anula a expressão para valores negativos de φ ( F0 ) .
A fim de levar em conta os efeitos não-lineares na análise é
empregado o método de Newton-Raphson Modificado. O vetor de cargas
externas é então aplicado em incrementos discretos. Este método apenas
diferencia-se do método original de Newton-Raphson pela possibilidade de
reformulação da matriz de rigidez em incrementos de cargas prescritos. A
equação de equilíbrio a ser verificada no processo é a equação de equilíbrio
estático. Em um instante de tempo t e em certo incremento de carga n, tem-
se:
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 19
∫ [ B ] {σ } dV − {P} n = 0
T
(2.6)
t t
n
V
∫ [ B ] {∆σ }n dV − {∆P}n = 0
T t t
(2.7)
V
∆ {σ } e = [ D] n { ∆ε} = [ D ]n { ∆ ε} e − { ∆ε} vp
t t
( t t
) (2.8)
com,
∆ {ε }e = [ B]{∆ d }
t t
(2.9)
onde,
{∆V }t = ∫ [ B ] [ D]n {ε&} vp ∆t t dV + {∆P} n
T t t
(2.12)
V
[ K ] = ∫ [ B] [ D] n[ B ] dV
T
(2.13)
v
(2.14)
{σ } t+ ∆t = {σ } t + { ∆σ } t
t
(2.15)
(2.16)
t t
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 20
{ψ } t+ ∆t = ∫ [B] {σ } e dV + {P}
t T t + ∆t t
t +∆ t t
≠0 (2.17)
V
{P}
{P} = [ K ]{u}
∆ { P} 2
[ K ]12
{ψ } 2
[ K ]1i
{ψ }1
[ K ]12
∆ {P}1
[ K ]11 {u}
{u}1 {u} 2
Início
Laço de Iterações
Fim
[ K ]{u} { }
∗ t + ∆t t + ∆t
= P∗ (2.22)
[ ]
onde, K ∗ = [ K ] + a 0 [ M ] + a1 [ C] (2.23)
e
{P }∗ t + ∆t
= {P}
t +∆ t
+ ( a 0 {u} + a 2 {u&} + a 3 {u&&} )[ M ] +
t t t
u} )[C ]
+ ( a1 {u} + a 4 {u&} + a 5 {&& (2.24)
t t t
1 γ 1 1 γ
a0 = a1 = a2 = a3 = − 1 a4 = − 1
δ∆ t 2
δ∆ t δ∆ t 2δ δ
1 γ
a 5 = ∆t( − 2 ) (2.25)
2 δ
onde em (2.19) e em (2.20), ∆t indica o intervalo de tempo adotado na análise.
A família de métodos de integração de Newmark serão
incondicionalmente estáveis, somente para os casos em que:
1 1 1
γ ≥ e δ ≥ (γ + )2 (2.26)
2 4 2
L
∆t ≤ (2.27)
c
t + ∆t ∆t 2
{u} p = {u} + ∆t {u&} +
t t
2
( 1 − 2δ ){&&
u}
t
(2.28)
[ K ]{∆u}
∗ t + ∆t
= {ψ } (2.31)
[ ]
com K ∗ da mesma forma que definido anteriormente e o resíduo das forças
dado por:
t +∆ t
{u} c = {u} p + ∆{u}
t + ∆t t +∆t
(2.33)
[ ] / β∆t
t + ∆t
{u&&} c = {u} c
t +∆t
− {u&&} p
t +∆ t 2
(2.34)
t + ∆t
{u&} c = {u&} + ∆tγ {u&&} p
t + ∆t t + ∆t
(2.35)
ζ 1 1 / 2ω 1 ω 1 / 2 c1
= (2.37)
ζ 2 1 / 2ω 2 ω 1 / 2 c2
Início
Laço de Iterações
Fim
{ψ }ti
≤ε (2.38)
{ψ }1t
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 27
{ε }
t
eff
vp
≤ε (2.39)
{ε }
t0
eff
vp
onde, {ε }
eff
vp é a norma euclidiana das deformações viscoplásticas efetivas,
como definido na equação 2.45, e os índices t 0 e t representam o início das
iterações no tempo fictício e um tempo posterior, respectiv amente.
Início
Sim PI já
A fissurado?
Não
Deformações principais
Sim
B PI fissura
agora?
Não
Não
Cálculo das deformações viscoplásticas
Fim
Sim PI 2 fissuras no de
Fim degradado? fissuras?
1 fissura
Não
Verificação quanto ao
fechamento da fissura
Sim
Verificação 1a Fissura
fechamento aberta?
Tensões principais
Não paralelas à fissura
Sim
Verificação 2a Fissura
fechamento Não
aberta? 2a Fissura ?
Não
Sim
Ajuste das tensões de Guarda ângulos
corte das fissuras
Transformação de
tensões p/ sistema global
Sim
Anula tensões, Esmaga
ignora PI mento?
Não
Deformações viscoplásticas
Fim
Verificação quanto ao
fechamento da fissura
Não
2a Fissura ?
Sim
Transformação de
tensões p/ sistema global
Sim
Anula tensões, Esmaga
ignora PI mento?
Não
Deformações viscoplásticas
Fim
Aço
P P
Fissuras
Tensões no concreto
Média
Tensões no aço
Média
∞
G f = ∫ σ ( w )dw (2.40)
−∞
0 .7
f
G f = α F cm ( Nmm / mm2 ) (2.41)
f cm0
onde π& s é a taxa de dissipação de energia pela fissura, π& V o trabalho efetuado
pelas tensões na seção (onde assumiu -se que o volume de controle esteja
submetido ao mesmo estado de tensões que o da região fissurada) e ε& C é a
taxa de deformação fictícia da fissura. Assim, assumindo-se que a tensão, a
deformação equivalente da fissura e a largura da fissura sejam constantes no
volume de controle, chega-se à seguinte expressão:
w = ( V / S )ε c = lc ε c (2.43)
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 35
h
w
lc
−( ε − ε ct ) / α
σ = E 0 ε ct e (2.44)
σ ref
σ= ε (2.46)
ε ref
G c = β ′G 0 ( 0 ≤ β ′ ≤ 1) (2.47)
K
ε 1
β′ =1− t (2.48)
0,005
σS
fy
∆σ
0 .85 f y
∆ε vp ∆ε e ∆σ
H=
∆ε vp
Es
εy 10 ‰ εS
J2 J2 I
F ( I1 , J 2 , J ) = a 2
+λ + b 1 −1= 0 (2.50)
( f cm ) f cm f cm
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 40
onde,
I1 = σ x + σ y + σ z = 1 o invariante de tensões do tensor de tensões;
1
J 2 = ( S x2 + S y2 + S z2 ) + τ 2xy + τ 2yz + τ 2zx = 2 o invariante de tensões do tensor
2
desviador de tensões;
J
J = cos( 3q) = 15 . 3 3 , sendo θ o ângulo de similaridade como indicado na
J2
Fig.2.15;
J 3 = S x S y S z + 2τ xyτ yzτ zx − S xτ 2yz − S yτ 2xz − S z τ 2xy = 3 o invariante de tensões do tensor
desviador de tensões
1
S x = σ x − I1 (2.51)
3
1
S y = σ y − I1 (2.52)
3
1
S z = σ z − I1 (2.53)
3
1
= K1 cos( 3 a cos( K 2 cos 3θ )), cos( 3θ ) > 0
λ = λ (cos 3θ ) > 0 (2.54)
= K1 cos( π − 1 a cos( − K 2 cos 3θ )), cos( 3θ ) ≤ 0
3 3
sendo f cm a resistência média à compressão do concreto e a , b , K 1 , K 2 , os
quatro parâmetros do modelo.
Para a > 0 , b > 0 os meridianos tornam-se suaves e convexos e a
superfície abre-se numa direção negativa do eixo hidrostático. Quando
a = 0, λ = cte , a superfície aproxima-se do critério de Drucker-Prager, e
quando a = 0, b = 0 , a superfície aproxima-se do critério de von -Mises.
Os quatro parâmetros do modelo de Ottosen podem ser
determinados através de resultados de testes biaxiais e triaxiais, como por
exemplo dos ensaios de Kupfer, Balmer e Richart (citado em Ottosen [65]).
Através do método dos mínimos quadrados pode-se obter uma aproximação
para os parâmetros do modelo utilizando-se a relação entre a resistência
média à compressão e a resistência média à tração como indicada abaixo:
1
a= 1 ,4 (2.55)
9K 0
1
b= (2.56)
37, K 0 11,
1
K1 = 0 ,9
(2.57)
0,7 K 0
K2 = 1 − 6 ,8( K 0 − 0 ,07 )2 (2.58)
f
K0 = tm (2.59)
f cm
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 41
−σ 1
λ
ρc
ρt −σ 3
−σ 2
ρ c =meridiano de compressão ρ t = meridiano de tração
Fig. 2.14 Esquema da Superfície de Falha de Ottosen no Espaço das Tensões Principais.
−σ 1
fc curva de nível superior
(σ 1 ,σ 2 ,σ 3 )
ρc
ρt
−σ 2 −σ 3
fc fc
Fig. 2.15 Vista do Plano Desviador em uma Seção Genérica para o Modelo de Ottosen.
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 42
∂f
{ε& } = γ
vp 0 φ( F0 )
∂σ
(2.60)
γ 0 ({ε& }) = b (ε& ) b
eff
e 0
eff
e
1
(2.61)
3( J 2 ) e
sendo, ε eff
e =
( 1 + ν )2
com b0 e b1 determinados experimentalmente, estando para concretos de
resistência entre 25 MPa e 60 MPa entre 0 ,306 ≤ b0 ≤ 0 ,413 e 0 ,747 ≤ b1 ≤ 0 ,831 .
Tanto para a análise estática quanto para a análise dinâmica,
adotou-se um modelo elasto-viscoplástico sensível à taxa de deformação.
Este mesmo modelo também utiliza uma superfície de falha
limite para monitorar o dano causado pela acumulação de trabalho
viscoplástico, de forma que, uma vez atingida a superfície de falha, a
degradação do concreto é iniciada. A superfície de falha é do mesmo tipo da
superfície de plastificação. Define-se a superfície de plastificação e a superfície
de falha, respectivamente, por:
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 43
F0 ( {σ } ,σ 0 ( W p ,k )) = 0
(2.62)
F f ( {σ } ,σ f ( Wp )) = 0
onde:
( )
σ 0 W p , k é a função que define a mudança no nível de tensão de falha em
compressão uniaxial;
( )
σ f W p é a função que define a mudança no nível de tensão de plastificação
em compressão uniaxial;
{σ } define o estado de tensões;
{ }
T
W p = ∫ {σ } ε& vp dt é a densidade de energia viscoplástica acumulada;
t
{ }
t
k = W p − W pf = ∫ {σ } ε& vp dt é a densidade de trabalho viscoplástico na faixa
T
tf
de deterioração;
Wpf é a densidade de energia viscoplástica no momento do início da
deterioração;
t f indica o tempo de início da deterioração.
Enquanto o estado de tensões permanece dentro da superfície de
plastificação, o comportamento do concreto permanece linear-elástico e as
superfícies de falha e plastificação permanecem constantes. Quando se tem
um estado de tensões fora da superfície de plastificação, ocorrem deformações
viscoplásticas segundo a Equação (2.60). A superfície de falha encolhe com o
aumento da densidade de energia viscoplástica desenvolvida. Quando o
estado de tensão atinge a superfície de falha então é assumido que o
mecanismo de deterioração inicia-se, com o encolhimento, agora, da superfície
de plastificação, de acordo com o aumento da densidade de energia
viscoplástica e densidade de trabalho viscoplástico desenvolvido. O processo é
esquematizado na Fig. 2.16.
O comportamento pós-falha do concreto é descrito através de
uma função exponencial. Para a tensão de falha à compressão, a função é
definida por:
( )
σ 0 W p ,k = b1 f c′ W p ≤ W pf (2.63)
−α c k
( )
σ 0 W p ,k = b1 f c′e W p > Wpf (2.64)
onde,
0 ,3 ≤ b1 ≤ 0,4 define o limite do comportamento elástico do concreto;
f c′ é a resistência última à compressão do concreto;
2. Modelo de Elementos Finitos para Concreto Armado 44
−σ 3 −σ 3
Ff Ff
σ
F0 σ F0
−σ 1 −σ 2 −σ 1 −σ 2
Estado de tensões linear Elasto-Viscoplasticidade
F0 - constante F f - constante F0- constante Ff - encolhendo
−σ 3 −σ 3
Ff
σ σ
F0 F0
−σ 1 −σ 2 −σ 1 −σ 2
Falha Pós-Falha
F0 - encolhendo Ff- -ignorado
Capítulo 3
Verificação do Modelo
“... um trabalho realizado
experimentalmente, que testa
as estruturas em seu estado
real, reveste-se de uma
confiabilidade muito maior
que estudos teóricos, por
mais sofisticados que sejam,
já que estes assumem
propriedades estruturais não
comprovadas na prát ica.”
Vladimir A. P.
1996
f cm f ctm Ec Gf Es f yA H′ f yB H′
(MPa) (MPa) (MPa) (MN/m) (MPa) (MPa) (MPa)
V7/V8 21,14 1,67 27565 0,506x10 -4 2,1x105 500 0.0 600 12600
V5/V6 18,20 1,42 28257 0,456x10 -4 2,1x105 500 0.0 600 12600
Abb4 15,62 1,16 23750 0,401x10 -4 2,1x105 500 0.0 - -
Abb8 15,62 1,16 23750 0,401x10 -4 2,1x105 500 0.0 - -
3. Verificação do Modelo 46
2φ3.4 CA-60B
2φ3.4 CA-60B
5 cm
383 cm
2φ8.0 CA-50A
2φ3.4 CA-60B
20 cm
2φ3.4 CA-60B
7.5 cm
Fig.3.1 Geometria das Vigas Analisadas V5/V6 e V7/V8.
3 18 5
13
88
87 83
82 2 54 4
7
6 48
3 28 4 47 40
14 39 1 94 1
86 1
93 81 1
90 2 64 3 45
8 37
7 46
3 39 1 56 38 Simetria
15 20
92 51 4 22
98 89 2
27
95 5 39 54
8 55 49
34 50
9 61 6 64 21
97 59 5 23
103 94 3
28
100 6 11 0 62
9 63 57
3 51 0 1 58
Apoio 17
72
67 2 26 0
102 4
108 99 4
105 2 96 9 70
11 65
10 71
3 61 0 6 80 66
18 23
107 75 6 85
104 5
3 07 7 78
12
79 73
74
24
7 66
Z
Y X
1.00
Resultados
Experimentais
0.90
0.80
Reultados
Numéricos
Percentual de Carga (%/100)
0.70
0.60
0.50
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
1.00
Resultados
0.90 Experimentais
0.80
Resultados
Percentual de Carga (%/100)
0.70 Numéricos
0.60
0.50
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
Apoio
Simetria
Apoio
Simetria
Apoio
Simetria
Apoio
Simetria
Apoio
Simetria
Re sul tados
0. 90
N u méri co s
0. 80
0. 70
Percentual de Carga
Re sult ados
0. 60 Experim en tais
0. 50
0. 40
0. 30
0. 20
0. 10
0. 00
0.0 0E+ 0 -1 .0 0E-4 -2.0 0E -4 -3 .00 E-4 -4.0 0E-4 -5. 00E -4
Deformação ε
11
0.80
0.70 Resultados
Percentual de Carga
Experimentais
0.60
0.50
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
A
Fig. 3.10 mostra comparações entre resultados experimentais
e numéricos para deformações ε1 1 em pontos situados no meio do vão e no
bordo superior da viga para diversos níveis de carga. Na Fig. 3.11, são feitas
comparações entre as deformações ε11 nas armaduras inferiores situadas no
meio do vão para diversos níveis de carga.
Na Fig. 3.12 são apresentadas as características das lajes a serem
analisadas, com as diferentes armaduras. Nas Fig. 3.14 e 3.15 mostram-se osresultados
de flechas no centro da placa obtidos numericamente e resultados
experimentais extraídos do CEB . A análiseé feita para apenas ¼ de laje, devido
[34]
à simetria de carregamento e geometria. Nas Fig. 3.16, 3.17, 3.18, 3.19, 3.20, 3.21 e
3.22 apresentam-se σ1 1 para a laje analisada para os níveis de carga de 20% (face
superior e inferior), 40%, 60%, 80% e 100% (face superior e inferior),
respectivamente.
3. Verificação do Modelo 52
L=2 m e=8 cm
d=6.3 cm
h=8.0 cm
Abb4 - As=3,85 cm 2
Abb8 - As=3,46 cm 2
L=2 m
25 Simetria
75 77
16 26
52 54 74 81
7 17
49 51 27
78 60 79
8 18
55 57 58
76 9
50 53
Apoio 80
22 48
64 67 59
13 23
35 38 63 56
4 73
14 24
30 34 47 70
68 5 15
39 42 44
66 6 Simetria
31 37 72
19 29
61 65 46
10 20
32 36 62 41
1 71
11 21
28 33 45 69
2 12
40 43
3
Apoio
Z
Y
X
1.0
Resultados
0.9
Experimentais
0.8
Resultados
Carga Aplicada (%/100)
0.7 Numéricos
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
1 .0
Resultados
0 .9
Experimentais
0 .8
Carga Aplicada (%/100)
0 .7 Resultados
Numéricos
0 .6
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0 .0
Apoio
Apoio
Simetria
Simetria
Fig.3.16 Tensões σ1 1 na Laje Abb4 para Nível de Carga de 20% (face inferior).
Apoio
Apoio
Simetria
Simetria
Fig.3.17 Tensões σ 1 1 na Laje Abb4 para Nível de Carga de 20% (face superior).
3. Verificação do Modelo 55
Apoio
Apoio
Simetria Simetria
Apoio
Apoio
Simetria Simetria
Apoio
Apoio
Simetria Simetria
Apoio
Apoio
Simetria Simetria
Fig.3.21 Tensões σ 1 1 na Laje Abb4 para Nível de Carga de 100% (face superior).
3. Verificação do Modelo 57
Apoio Apoio
Simetria
Simetria
Fig.3.22 Tensões σ 1 1 na Laje Abb4 para Nível de Carga de 100% (face infer ior).
f cm f ctm Ec Gf Es f yA H′
(kips/in2 ) (kips/in2 ) (kips/in2 ) (kips/in) (kips/in2 ) (kips/in2 )
Ex1 3,74 0,915 6100 0,60x10-3 3,0x104 44 0.0
P/2 P/2
P (kips)
11” 13.5
2 in 2
t (s)
6”
13
36
19
33
29
35
14 32
34
42 20 1
28
44 30 7
15 25
43 31
50 21 27 Apoio
2
16 52 40 26
58 51 37 8
22 41
17 60 48 39
66 59 3
18 23 38
67 68 49 45 9
24 56
4 47
64 57 46
53 10
65 5 55
61 54
6 11
62 63
12
Z Simetria
X Y
-0.320
Superfície
[24 ]
Cervera
Deslocamentos Vão Central (in)
-0.256
-0.192
Superfície
[6 5]
Otossen
-0.128
-0.064
0.000
8 0 .0
Superfície
[24]
Cervera
Velocidade Vão Central (in/s)
4 0 .0
Superfície
[65]
Ottosen
0 .0
-4 0 .0
-8 0 .0
0 .0 E +0 1 .0 E -2 2 .0 E -2 3.0 E -2 4.0 E -2 5 .0 E -2
Tempo (s)
Fig. 3.26 Histórico de Velocidades no Vão Central.
f cm f ctm Ec Gf Es f yA H′
(kgf/cm2 ) (kgf/cm2 ) (kgf/cm2 ) (kgf/cm) (kgf/cm2 ) (kgf/cm2 )
Ex1 350 40 200000 variável 0,21x107 4600 0.0
3. Verificação do Modelo 61
B
6700 cm
P A C φ40 mm c.8 cm
28 m2
φ 40 mm c.8 cm
120 cm
4600 cm φ40 mm c.8 cm
3960 cm
φ40 mm c.8 cm
4200 cm
X
Y
X
Y
7500
5000
2500
0 3.4E-2 6.8E-2 0.1 0.14 0.17 0.21 0.24 0.27 0.31 0.34
Tem po (s)
-4.00
Legenda
PONTO A
-3.20
PONTO B
PONTO C
-2.40
DESLOCAMENTO (cm)
-1.60
-0.80
0.00
0.80
1.60
-4.00
Legenda
PONTO A
-3.20
PONTO B
PONTO C
-2.40
DESLOCAMENTO (cm)
-1.60
-0.80
0.00
0.80
1.60
-4.00
Legenda
ponto A
-3.20
ponto B
ponto C
-2.40
-0.80
0.00
0.80
1.60
-4.00
Legenda
PONTO A
-3.20
PONTO B
PONTO C
-2.40
DESLOCAMENTO (cm)
-1.60
-0.80
0.00
0.80
1.60
Capítulo 4
Análise da Confiabilidade de
Estruturas
“... The principal means for
ascertaining truth - inducti-
on and analogy - are based
on probabilities; so that the
entire system of human
knowledge is connected
with the theory (of
probability) ...”
Pierre S. Laplace,
1816.
Pf = ∫ fX ( x) d x
% % %
(4.2)
X g ( x )< 0
% %
aleatórias.
A avaliação da integral da equação (4.2) é freqüentemente
impossível de se obter pois f X ( x ) não é conhecida ou devido ao enorme
% %
y = T(x ) (4.3)
% %
g( x ) = g[ T −1 ( y )] = h( y ) (4.4)
% % %
−n / 2 1
Pf = ∫ ( 2π ) exp( − y y ) d y (4.5)
T
h( y )
2% % %
%
%
( Fig. 4.1), ou seja,
l( y ) = ∇h( y )( y − y )
* *
(4.6)
% % % %
% % %
y h( y ) = 0
% %
y2
ponto y *
%
Domínio de Falha
β l ( y ) =0
%
Domínio de Segurança h( y ) =0
%
y1
O
Fig. 4.1 Domínio de falha e Sua Aproximação Linear no Espaço Gaussiano Normal.
4. Análise da Confiabilidade de Estruturas 70
9.0 0
8.0 0
7.0 0
6.0 0
5.0 0
β
4.0 0
3.0 0
2.0 0
1.0 0
0.0 0
1
0 .1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
10
11
-12
-13
- 14
- 15
- 16
-17
-18
- 19
1E
1E
1E
1E
1E
1E
1E
1E
-
-
1E
1E
1E
1E
1E
1E
1E
1E
1E
1E
P
f
Minimizar yT y
% %
(4.8)
Sujeito a h( y ) = 0
*
∂ h ∂ h ∂h
T
∇ y L = , ,..., =0
% ∂ y1 ∂ y 2 ∂ y n y=y ∗
(4.10)
% %
∂ L
=0
∂ λ
∇ y L = y T y
1
( 2 y ) + λ∇ y h = 0 (4.11)
% 2 % % % %
∗
y = − λβ ∇ y h (4.12)
% %
−1 / 2
*,T * T
λ = ± y y = ± ∇ y h ∇ y h (4.13)
% % % %
4. Análise da Confiabilidade de Estruturas 72
y* ∇y h
%
α= − %
(4.15)
% β ∇T h ∇ h
1/2
y %
y
%
y ρ y
T
Minimizar β =
% % y %
%
(4.16)
Sujeito a h( y ) = 0
*
y ∇y h
T
%
β=− %
1/ 2 (4.17)
∇ T h ρ ∇ h
y y y
%
% % %
e
ρ ∇yh
y* % y %
%
α= − %
(4.18)
% β
1/ 2
∇Ty h ρ y ∇ y h
%
% % %
transformadas y .
%
4. Análise da Confiabilidade de Estruturas 73
tais como tensões, largura de fissuras, deformações, etc., que são deriv adas
das variáveis básicas. Esta dependência pode ser representada por S = S( X ) ,
% % %
Início
Preparação da matriz de
correlação Laço para cálculo
L da raiz β
% y
%
para g x ()
%
Verificação da Convergência
de Iterações
Fim
∑ I [ g( x ) ≤ 0 ]
%
P$f = i =1 (4.19)
N
com,
I [ g( x ) ≤ 0 ] =
% % %
{ }
1 se x ∈ x | g ( x ) ≤ 0 ( falha )
(4.20)
%
% % % { }
0 se x ∉ x | g( x ) ≤ 0 ( segurança )
µ$ P$ = P$f
f
(4.21)
σ$ P$ =
f
1
N
(
N P$f − P$ f 2 )
e o coeficiente de variação para a estimativa da probabilidade de falha pode
ser expresso por:
σ$ P$
δ$ P$ =
f
f
µ$ P$
=
1
NP$ f
(
N P$f − P$ f 2 ) (4.22)
f
Pf = ∫
tododominio
I [ g ( x ) ≤ 0] f X ( x ) d x
% % % %
(4.23)
fX ( x )
∫
%
Pf = I[ g ( x ) ≤ 0 ] %
lv ( x ) d x (4.24)
% lv ( x ) % % %
todo dominio %
%
N f X (υ i )
1 N
P$ f =
1
∑ I [ g (υ i ) ≤ 0] %
= ∑ IW
%
(4.25)
N i =1 % lv( υ ) N i =1
% % i
σ$ P$ N
δ$ P$ = IW2 − NP$ f2
1
= ∑ (4.26)
f
f
µ$ P$
f
NP$ f i =1
hX ( x)
Função Densidade de Probabilidade % %
x
∗ %
x
%
Fig. 4.4 Esboço da Técnica “Importance Sampling” para uma Variável Aleatória.
Início
Entrada de Dados:
• Malha de Elementos Finitos;
• Variáveis Básicas;
• Parâmetros Determinísticos;
• Parâmetros para a Função de
densidade de probabilidade das
variáveis básicas e da função de
amostragem;
• Imposição da Correlação y ′ = Ly y
% % %
( )
• Solução iterativa
x = PX−1 u ′
∆ U i = [K ] ∆P i −1
especificadas −1
% % %
• Cálculo de deslocamentos,
tensões e deformações
Fim
Fig. 4.5 Esquema do Modelo Proposto para Simulação Direta com “Importance Sampling”.
4. Análise da Confiabilidade de Estruturas 80
γ S ,G S G + γ S ,Q S Q < γ R R (4.27)
∗
x = µ + βσ L α (4.28)
T
% % X % X % y %
xi∗
γ ∗i = (4.29)
µi
Caso se queira trabalhar com um dado índice de confiabilidade
especificado, pode-se utilizar a equação 4.28 com um novo índice de
confiabilidade escolhido de acordo com a conveniência do projetista, definindo
assim as variáveis de dimensionamento, de forma que:
x = µ + β′ σ L α (4.30)
T
%d % X % X % y %
4. Análise da Confiabilidade de Estruturas 83
xd ,i
γi= (4.31)
µi
Desta forma, por exemplo, com uma análise de confiabilidade de
uma estrutura de concreto armado, pode-se encontrar quais os valores das
variáveis no ponto de projeto. Partindo-se deste resultado e adotando um
procedimento como descrito anteriormente, facilmente determina-se quais os
valores para os coeficientes parciais de segurança para as variáveis básicas
adotadas de forma a atenderem a certo índice de confiabilidade especificado
pelo projetista.
5. Estudo de Casos 84
Capítulo 5
Estudo de Casos
Neste Capítulo é feito um estudo de casos quanto a análise de
confiabilidade. Estuda-se a confiabilidade de diversas
estruturas de concreto armado sob carregamentos estáticos e
dinâmicos.
Para a placa, a equação da flecha máxima no meio do vão vem dada por:
α ql 4
wmax = (5.2)
Eh 3
12( 1 − ν 2 )
5. Estudo de Casos 85
P ro babi li dade
d e Fa lh a
Coe fi ci en te de
0 .20
Vari ação
Coeficiente de Variação
P
0 .15 f
0 .10
0 .05 1.00E-2
0.25 1 .00E-1
P
0.15 f
0.10
0.05 1 .00E-2
Probabilidade
de Falha
0.20
Coeficiente de
Variação
Coeficiente de Variação
P
f
0.15 1 .00E-1
0.10
0.05 1 .00E-2
Fu n çã o d e Est ado Li m it e:
Equação
0.2 5 1.00E-1
Probabilidade
de Falha
0.2 0
Coeficiente de
Variação
Coeficiente de Variação
P
0.1 5 f
0.1 0
0.0 5 1.00E-2
0.3 6 1.00E-1
0.3 2 C oe fici en t e de
Vari açã o
Coeficiente de Variação
P
0.2 8
f
0.2 4
0.2 0 1.00E-2
Simulações
Tab. 5.12 Variáveis Aleatórias Básicas p/ Análise Nao-Linear Din. para a Casca.
Capítulo 6
γ& ( t − t ′ )
ε& ve ( t ) = (6.1)
V( t )
Eµ γ µ + η µ γ& µ = σ ( t ) (6.2)
N
com γ = ∑ γ µ , e onde Eµ e γ µ são o módulo elástico e a viscosidade
µ =1
η1 η2 η5
σ(t ) σ( t)
E1 E2 E5
γ 1 γ 2 γ 5
t i′ = 10 1/ 2 t ′i −1 (6.6)
com t1′ = 28
, dias.
( t − ti )
σ(t ) = σ i + ∆σ (6.7)
∆t
onde ∆t = ( t i +1 − t i )
6. Efeitos de Longa Duração 98
i +1 − ∆ yµ σi − ∆y 1− λ µ
γ µ = γ iµ e + (1 − e µ ) + ( )∆σ (6.8)
Eµ Eµ
− ∆yµ
∆t 1− e
onde ∆y µ = e λµ =
τµ ∆y µ
N
∆γ = ∑ ( γ i +1
µ − γ iµ ) (6.9)
µ =1
N
1− λµ N
∆γ = ∆σ ∑ + ∑ ε iµ (1 − e
− ∆ yµ
) (6.10)
µ =1 Eµ µ =1
σi σ i +1
onde ε iµ = − γ iµ e ε iµ+1 = −γ i +!
µ (6.11)
Eµ Eµ
Lembrando que σ i +1 = σ i + ∆σ , a equação para atualizar as
variáveis ε µ em função do incremento de tensões ∆σ é escrita como:
λ µ ∆σ − ∆ yµ
ε iµ+1 = + ε iµ e (6.12)
Eµ
onde ,
σ& ( t ) γ& ( t − t ′ ) &
ε& e = , ε& ve = , ε 0 = ε& s ( t ) + ε& T ( t ) + ε& f ( t ) (6.14)
E( t ) V (t)
sendo ε& e , ε& ve , ε& T , ε& s , ε& f as taxas de deformações elásticas, viscoelásticas,
devido à temperatura, retração e à fissuração.
σ& ( t ) γ& ( t − t ′ )
ti +1 ti +1 t
i +1
∆ε = ∫ dt + ∫ dt + ∫ ε& 0 ( t )dt (6.15)
ti
E( t ) ti
V(t ) t i
∆σ ∆γ
∆ε = + + ∆ε 0 (6.16)
E i +1/ 2 Vi +1/ 2
∆σ
∆ε = ∗
+ ∆ε ∗ (6.17)
E
onde,
1 1 N
1− λµ
E ∗
= + ∑
E i+1/ 2 µ =1 Vi +1/ 2 Eµ
(6.18)
e
N
∆ ε ∗ = ∑ ε iµ,∗ ( 1 − e
− ∆ yµ
) + ∆ε 0 (6.19)
µ =1
λ µ ∆σ − ∆yµ
ε iµ+1,∗ = i+1/ 2
+ ε iµ,∗ e (6.20)
V Eµ
{∆ε } = ∑ ε
N
∗ i ,∗ − ∆y
µ (1 − e µ
) + ∆ε 0 (6.22)
µ=1
[ ]
onde D ∗ é a matriz de um material elástico-linear, utilizando-se E ∗ dada
pela equação (6.18) no lugar de E e ∆ε ∗ { } é o vetor de deformações de longa
duração, que é atualizado através de:
6. Efeitos de Longa Duração 100
{ε } = [ D ]
−1
{∆σ } + ε iµ,∗e
i +1 ,∗ − ∆y µ
µ µ
(6.23)
[ ]
−1
sendo a matriz Dµ a inversa da matriz constitutiva isotrópica linear dada
por:
1 −ν −ν
0 0 0
E E E
−ν 1 −ν
0 0 0
E E E
−ν −ν
0
1
0 0
[ D] =
−1 E E E (6.24)
2( 1 + ν )
0 0 0 0 0
E
2( 1 + ν )
0 0 0 0 0
E
2( 1 + ν )
0 0 0 0 0
E
Início
Laço de Iterações
Fim
1 γ ( t ,t ′ )
J ( t ,t ′ ) = + (6.25)
E( t ′ ) V ( t ′ )
1 φ( t , t ′ )
J ( t ,t ′ ) = + (6.26)
Ec ( t ′ ) E c ( 28 )
E c ( t ) = β E ( t )E c ( 28 ) (6.27)
28 .
s1 − ( )0,5
com β E ( t ) = e
t / 1 dia
(6.28)
Tipo de cimento s
Cimento de endurecimento rápido e alta resistência inicial 0,20
Cimentos de endurecimento rápido a normal 0,25
Cimentos de endurecimento lento 0,38
φ ( t − t ′ ) = φ 0β c ( t − t ′ ) (6.29)
0 .3
( t − t ′ ) / 1 dia
β c( t − t′ ) = (6.30)
β H + ( t − t ′ ) / 1 dia
RH h
18
φ 0 = φ RH β ( f cm )β ( t ′ ) (6.32)
sendo,
RH
1−
φ RH =1+ 100% (6.33)
0.46( h / 100 mm )3
53
.
β c ( f cm ) = (6.34)
( f cm / 10 MPa ) 0.5
1
β( t ′ ) = (6.35)
. + ( t ′ / 1 dia )0 .2
01
e onde,
2 Ac
h= (6.36)
u
sendo f cm , RH , u , Ac a resistência média do concreto à compressão, a umidade
relativa do ar (%) , o perímetro da seção em contato com o ambiente(mm) e a
área da seção de concreto(mm 2), respectivamente.
Sendo assim, a equação (6.26) pode ser reescrita na seguinte
forma:
1 φ ( t ′ ) β c ( t ,t ′ )
J ( t ,t ′ ) = + 0 (6.37)
Ec( t′ ) Ec ( 28 )
6. Efeitos de Longa Duração 105
γ ( t ,t ′ ) = β c ( t − t ′ ) (6.38)
e
1
V(t′) = (6.39)
φ 0 ( t′ )
relações estas utilizadas na aproximação pela série de Dirichlet, quando do
cálculo dos parâmetros da cadeia. Para a cadeia de 5 elementos, obteve-se os
seguintes parâmetros:
Tab.6.2 Parâmetros da Cadeia Kelvin de 5 Elem. p/ Função de Fluência do CEB
µ 1 2 3 4 5
Eµ 8,0408 9,3056 3,7884 2,5359 11,9834
ε T = α T ∆T (6.40)
ε s ( t ,t s ) = ε cso β s ( t − t s ) (6.41)
com,
[ ]
ε s ( f cm ) = 160 +10β sc (9 − f cm / 10 MPa) x10 −6 (6.43)
Tipo de cimento β sc
cimentos de endurecimento rápido e alta resistência inicial 8
cimentos de endurecimento rápido a normal 5
cimentos de endurecimento lento 4
e
RH 3 8 T / 1oC − 20
− 155
, 1 − 1 + . 40% ≤ RH ≤ 99%
100% 103 − RH 40
β RHT = (6.44)
8 T / 1oC − 20
+ 0,25 1 + RH ≥ 99 %
103 − RH 40
0 .5
t − ts
β s ( t − ts ) = (6.43)
[ ( )]
350( h / 100 mm )2 exp −0 ,06 T / 1o C − 20 + ( t − t s )
α
9
t ′ = t 0 ,T ≥ 0,5 dias (6.44)
2 + ( t0 ,T / 1dia )
1.2
N 4000
t 0 ,T = ∑ ∆t i exp 1365
, − (6.45)
i =1 273 + T ( ∆t i ) / 1 C
o
Tipo de cimento α
Cimentos de endurecimento rápido e alta resistência inicial 1
Cimentos de endurecimento rápido a normal 0
Cimentos de endurecimento lento -1
-3.00E-2
R es ult ados
E xperim ent ais
Deslocamento Vão Central (m)
[27]
C l aure
-1.00E-2
0.00E+0
10 100
Tem po (dias)
-2.00E-2
Resulta dos
numéricos
Deslocamentos (m )
-1.00E-2
0.00E+0
Capítulo 7
Conclusões e Sugestões
Neste Capítulo são apresentadas as conclusões que se obtevecom
este trabalho. Também neste capítulo, são dadas algumas
sugestões para futuras pesquisas que possam vir adar
prosseguimento a este campo de estudo.
7.1 Conclusões
Verifica-se que os objetivos anteriormente traçados foram
alcançados, fazendo-se menção apenas ao fato de não se ter considerado
incertezas nas variáveis diferentes daquelas do tipo “físicas”. São a seguir
enumeradas as conclusões deste trabalho:
Referências Bibliográficas
1 ANG, A. H. S.; TANG, W. H. Probability concepts in engineering
planning and design: basic principles . New York: John Wiley,
1975. v.2.
39 DER KIUREGHIAN, A.; KE, J-b. The stochastic finite element method.
Probabilistic Engineering Mechanics, v.3, n. 2, 1987, pp.83-91.
Apêndice I
1.1 Suavização de Tensões
Ao final da análise de elementos finitos, tem-se as tensões e
deformações ao nível dos pontos de integração. Dependendo do tipo de
problema a se resolver e escolha no número de pontos de integração, pode-se
ter os valores das tensões e deformações em 12, 14, 15, 18 ou 27 pontos de
integração. Para a melhor visualização das tensões, faz-se necessário tê-las a
nível dos nós. Isto é feito através da projeção das tensões dos pontos de
integração para os nós do elemento. Entretanto ao se projetarem as tensões e
deformações para os nós, haverá mais de um valor por nó, dependendo do
número de elementos que incidam naquele nó. Então parte-se para uma
suavização a nível global das tensões com o objetivo de se ter apenas estados
de tensões e deformações únicos nos nós. A seguir, será apresentado de forma
sucinta, o procedimento seguido para a obtenção dos estados de tensões a
nível dos nós.
{σ } NG
= [D ][ B]{u} NO (A.I.1)
∫ [N ]({σ } − {σ }NG ) 2 dV = 0
*
T
NG
(A.I.3)
V
o qual fornece o seguinte sistema de equações a resolver:
[ M ]{σ } NO = [P ] (A.I.4)
com,
V
[ ]
[ M ] = ∫ N T [N ]dV (A.I.5)
V
[ ]
[P ] = ∫ N T [ D][B]{u} NO dV (A.I.6)
g
∫V gdV
8 12 16 20
= W1 ∑ g i + W2 ∑ g i +W3 ∑ gi +W4 ∑g i
ng =1 ng =9 ng =13 ng =17
V
[ ]
[ M ]ele = ∫ N T [ N ]dV = ∑ ∑ ∑ 1 WiW j Wk det[ J ]
i j k
(A.I.7)
V
[ ]
[P ]ele = ∫ N T {σ } NO dV = ∑ ∑ ∑ {σ } NO Wi W j Wk det[ J ]
i j k
(A.I.8)
e
[P ]G = ∑ [ P]
ele
(A.I.10)
ele
[ M ]G {σ }NO = [ P]G
*
(A.I.11)
Apêndice II
1.1 Geração de Variáveis Aleatórias
Para a geração de variáveis aleatórias de acordo com suas
respectivas densidades de probabilidade de distribuição, faz-se necessário a
geração de números uniformemente distribuídos entre 0 e 1. A geração de
números aleatórios uniformemente distribuídos pode ser feita de diversas
maneiras. Uma maneira que é largamente empregada faz uso de geradores
lineares congruenciais. Nestes geradores uma seqüência de inteiros
I1 , I2 , I3 ,... é definida pela seguinte equação recursiva:
aIi −1 + b
Ii = ( aIi −1 + b ) − INT ( )c i = 12
, ,3,... (A.II.1)
c
aIi −1 + b
onde INT ( ) é o resto inteiro da divisão, a , b , c são inteiros
c
denominados respectivamente multiplicador, incremento e módulo. O valor
de in ício I0 é chamado de semente (um número arbitrariamente escolhido). O
número aleatório U i é definido como:
Ii
Ui = i = 12
, ,3,... (A.II.2)
c
X = FX−1 ( u ) (A.II.3)
~ ~ ~
u FX ( x )
1 1
u1
u2
pU ( u ) = 1 0 0 x1 x
x2
Apêndice III
1.1 Método dos Mínimos Quadrados
para Funções Não-Lineares
Neste item será visto o procedimento de aproximação de dados a
uma função não-linear com coeficientes desconhecidos. A abordagem
empregada é a de linearizar a função a uma função não-linear através da
expansão de Taylor.
Seja a seguinte função utilizada para aproximar os dados:
y = f ( x ,a 0 ,a1 ,...,a m )
(A.III.1)
f ( 0 ) = f ( x ,a (0 0 ) ,a1( 0 ) ,...,a m( 0 ) )
(A.III.2)
∂f ( 0 ) ∂f ( 0 ) ∂f ( 0 )
y = f ( 0 ) + ∆a 0 [ ] + ∆a1 [ ] + ...+ ∆a m [ ] (A.III.3)
∂a0 ∂a1 ∂a m
N
∂f i ( 0 ) ∂f ∂f
S = ∑ wi { yi − f i ( 0 ) − ∆a 0 [ ] + ∆a 1 [ i ] ( 0 ) + ...+ ∆a m [ i ]( 0 ) }2 (A.III.4)
i= 0 ∂a 0 ∂ a1 ∂am
∂f i ( 0 )
sendo [ ] , a derivada da função f com respeito a a j avaliada em x = x i
∂a j
com os coeficientes apropriados a (0 0 ) ,a1( 0 ) ,...,a (m0 ) ,e wi os pesos associados a
cada par de dados.
Apêndice III 126
onde ,
N
∂f i ( 0 ) ∂f ii ( 0 )
kpq = ∑ wi [ ] [ ] (A.III.6)
i= 0 ∂ap ∂aq
N
∂f i ( 0 )
b p = ∑ wi [ yi − f i ( 0 ) ][ ] (A.III.7)
i= 0 ∂a p
v p = ∆a p (A.III.8)
a (i 1 ) = a (i 0 ) + ∆a i i = 012
, , ,...,m (A.III.9)