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ESCOLA JUDICIÁRIA ELEITORAL PAULISTA

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SÃO PAULO

MATERIAL DE APOIO
GUIA SIMPLIFICADO PARA FORMATAÇÃO DOS FICHAMENTOS

Ao preparar o fichamento para o seminário, você fará uma pesquisa sobre o tema,
com os meios que tiver à disposição. Assim, você terá necessidade de consultar
um certo número de fontes, que podem ser livros, periódicos ou jurisprudência, em
formato físico ou digital, para resumir os pontos importantes.
Todo e qualquer trabalho acadêmico se vale de fontes variadas, e é muito
importante que elas sejam citadas e referenciadas corretamente no seu texto. Essa
prática é benéfica por dois aspectos: por um lado, corresponde a uma postura
ética, de respeito ao trabalho intelectual de terceiros e, por outro lado, evidencia o
cuidado que foi colocado no seu próprio trabalho, sendo testemunho da qualidade
da sua pesquisa.
O que deve ser referenciado?
No corpo do texto, as fontes devem ser indicadas de maneira sucinta, logo a seguir
à ideia ou informação apresentada.
Todas as fontes de pesquisa que foram citadas no corpo do fichamento devem ser
indicadas ao final do trabalho, no item “Referências”.
Qual o objetivo da formatação?
Formatar corretamente as citações e referências em um trabalho acadêmico
permite a fácil identificação das fontes que foram utilizadas na pesquisa e produção
do seu texto.
A regra principal para a apresentação de um texto é que, ao se adotar determinado
formato, que ele seja mantido em todo o trabalho, sem variações internas.
Que informações devem constar numa referência?
Quem é o autor, qual é o título da obra ou material consultado e quando esse
material foi publicado. No caso das fontes disponíveis na internet, deve-se indicar
também onde ele está disponível e quando foi acessado por você.
Atenção!
Para a monografia, ao final do curso, as regras de formatação serão exigidas de
forma mais rigorosa, logo, vale a pena acostumar-se a padronizar os trabalhos
desde cedo.

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Por ora, apresentamos uma pequena lista de exemplos dos formatos para as
referências mais comuns usadas para os fichamentos, e também uma dica de
ferramenta on line que poderá ser muito útil.
Aproveite!

1. FORMATO GERAL DO FICHAMENTO PARA OS SEMINÁRIOS

Parágrafo normal: fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12; espaçamento
entrelinhas 1,5; alinhamento justificado; recuo de primeira linha pode variar entre
1,25 e 1,5 cm.
Citações com mais de 3 linhas: mesma fonte usada, com tamanho 11;
espaçamento entrelinhas simples; recuo do texto 4 cm.
Nota de rodapé: mesma fonte usada, com tamanho 10, espaçamento entrelinhas
simples.
Se houver subtítulos, aplique negrito. A numeração dos subtítulos é opcional.
Ao final do fichamento, indique no subtítulo “Referências”, as fontes utilizadas para
o seu trabalho. Aqui o espaçamento entrelinhas também será simples.

2. CITAÇÕES NO CORPO DO TEXTO

Se for necessária uma citação direta, isto é, quando for reproduzir as palavras do
autor, use aspas quando ela tiver menos de três linhas. Se tiver mais de três linhas,
receberá o destaque do corpo do texto na forma indicada no item 1.

Exemplo de citação direta:

Ciência, consciência da realidade e racionalidade crítica são hoje


indispensáveis para todos aqueles que desejam se dedicar à produção de
4 cm conhecimento. Torna-se cada vez mais necessária a consciência da
complexidade de nossas relações em razão da diversidade dos fatos da vida
e da cultura. O reconhecimento dessa complexidade externa deve ser
expresso a partir da construção de novas aptidões para a produção,
inovação e organização do conhecimento. (GUSTIN; DIAS, 2015, p. 5)

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3. TIPOS DE REFERÊNCIAS MAIS COMUNS

Todas as fontes usadas devem ser indicadas ao final, no subtítulo Referências.

As fontes de pesquisa mais comuns são as que apresentamos a seguir.

3.1 LIVROS

No corpo do texto, um livro pode ser citado assim:

(…) mas, segundo Gonçalves (2015, p. 189), a Lei n. 12.322/2010 não pode ser
interpretada de modo a provocar o adiamento injustificado da prestação jurisdicional.

Nesse caso, a opção mais recomendável seria a interpretação sistemática do


Código Eleitoral para que não fosse negada vigência ao art. 344 (GONÇALVES,
2015, p. 108).

E, ao final do trabalho, o livro citado será referenciado assim:

GONÇALVES, Luís Carlos dos Santos. Crimes Eleitorais e Processo Penal


Eleitoral. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

Se a obra citada tiver mais de um autor:


Citação com autor incluído no texto: Mény e Surel (2004)
Citação com autor não incluído no texto: (MÉNY; SUREL, 2004)

E no subtítulo “Referências”:

MÉNY, Yves; SUREL, Yves. Politique Comparée. 7. ed. Paris: Montchrestien, 2004.

3.2 LEGISLAÇÃO

A legislação citada ao longo do texto pode ser abreviada, p. ex. “Lei n. 9.504/1997”,
mas nos trabalhos acadêmicos também deve constar nas referências, assim:

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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da


União. Brasília, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.html Acesso em: 12 Abr.
2021.

BRASIL. Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as eleições.


DOU. Brasília, 1997. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.html Acesso em: 24 Abr. 2021.

3.3 FONTES JURISPRUDENCIAIS

No corpo do texto, uma citação direta de jurisprudência será apresentada assim:

CONSULTA. INELEGIBILIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90.


INÍCIO DO PERÍODO ELEITORAL. CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
4 cm REALIZADAS. IMPOSSIBILIDADE DE MANIFESTAÇÃO DA
CORTE DADO O RISCO DE APRECIAÇÃO DE DEMANDAS
CONCRETAS. NÃO CONHECIMENTO.
(Consulta nº 8181, Acórdão, Relator(a) Min. Luiz Fux, Publicação: DJE -
Diário da justiça eletrônica, Data 26/09/2016, Página 141)

E nas referências:
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Consulta nº 8181, Acórdão, Relator Min. Luiz
Fux, Publicação: DJE - Diário da justiça eletrônica, Data 26/09/2016, Página 141

Se houver uma sequência repetida de autores, pode-se substituir o nome do autor


por um traço, para indicar a repetição. Assim:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 6230/DF. Requerente Procuradora Geral da
República. Intimados: Congresso Nacional e Presidente da República. Relator
Ministro Ricardo Lewandowski. Brasília, 17 de setembro de 2019. Disponível em:
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5774369 Acesso em: 15 Mai.
2021.

_______. Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 21.008, Dispõe Sobre O Voto dos
Eleitores Portadores de Deficiência. Brasília, DF, 5 de março de 2002. Disponível em:
https://www.tse.jus.br/legislacao/codigo-eleitoral/normas-editadas-pelo-tse/resolucao-
nb0-21.008-de-5-de-marco-de-2002-brasilia-2013-df. Acesso em: 20 maio 2021.

3.4 ARTIGOS DE PERIÓDICOS E OUTRAS FONTES NA INTERNET

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Artigos publicados em jornais ou revistas científicas são referenciados de maneira


mais detalhada, por possuírem mais informações, como número do volume, por
exemplo. Deve-se colocar o link também, sempre que estiver disponível na internet.
Observe que o destaque (negrito) irá para o título do periódico.

FLEISCHER, David Verge; RIBEIRO, Sérgio de Otero. Simulações de divisões


distritais dos Estados brasileiros para as eleições federais de 1978. Revista de
Informação Legislativa, Brasília, v. 20, n. 78, p. 205-232, 1983. Trimestral.

MARTINS, Alexandra; HOLANDA, Marianna. A cada eleição, Brasil tem novas


regras. O Estadão. São Paulo, p. 1-10. 12 ago. 2017. Disponível em:
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,a-cada-eleicao-brasil-tem-novas-
regras,70001934225. Acesso em: 20 maio 2021.

Esses são os tipos mais frequentes de fontes citadas nos fichamentos. Publicações
de outras naturezas recebem formatos específicos. Nesses casos, a ferramenta
abaixo poderá ser muito útil:
Gerador online de referências da Universidade Federal de Santa Catarina -
http://www.more.ufsc.br/

Bom trabalho!

Referências

GUSTIN, Miracy Barbosa de Souza; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a


Pesquisa Jurídica: teoria e prática. 4. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2015.

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