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Asa Branca – Humberto Segue o seco

Teixeira Carlinhos Brown


Luiz Gonzaga, Nélson Gonçalves A boiada seca
Quando oiei a terra ardendo Na enxurrada seca
Qual fogueira de São João A trovoada seca
Eu preguntei a Deus do céu, ai Na enxada seca
Por que tamanha judiação Segue o seco sem sacar
Que braseiro, que fornaia Que o caminho é seco
Nem um pé de prantação Sem sacar que o espinho é seco
Por farta d'água perdi meu gado Sem sacar que seco é o Ser Sol
Morreu de sede meu alazão Sem sacar que algum espinho seco secará
Por farta d'água perdi meu gado E a água que sacar será um tiro seco
Morreu de sede meu alazão E secará o seu destino seca
Inté mesmo a asa branca Ó chuva vem me dizer
Bateu asas do sertão Se posso ir lá em cima
Entonce eu disse, adeus Rosinha Prá derramar você
Guarda contigo meu coração Ó chuva preste atenção
Entonce eu disse, adeus Rosinha Se o povo lá de cima
Guarda contigo meu coração Vive na solidão
Hoje longe, muitas légua Se acabar não acostumando
Numa triste…solidão Se acabar parado calado
Espero a chuva cai de novo Se acabar baixinho chorando
Pra mim vortar ai pro meu sertão Se acabar meio abandonado
Quando o verde dos teus olhos Pode ser lágrimas de São Pedro
Se espalhar na prantação Ou talvez um grande amor chorando
Eu te asseguro não chore não, viu Pode ser o desabotoado céu
Que eu vortarei, viu Pode ser coco derramando
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

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