Luiz Gonzaga, Nélson Gonçalves A boiada seca Quando oiei a terra ardendo Na enxurrada seca Qual fogueira de São João A trovoada seca Eu preguntei a Deus do céu, ai Na enxada seca Por que tamanha judiação Segue o seco sem sacar Que braseiro, que fornaia Que o caminho é seco Nem um pé de prantação Sem sacar que o espinho é seco Por farta d'água perdi meu gado Sem sacar que seco é o Ser Sol Morreu de sede meu alazão Sem sacar que algum espinho seco secará Por farta d'água perdi meu gado E a água que sacar será um tiro seco Morreu de sede meu alazão E secará o seu destino seca Inté mesmo a asa branca Ó chuva vem me dizer Bateu asas do sertão Se posso ir lá em cima Entonce eu disse, adeus Rosinha Prá derramar você Guarda contigo meu coração Ó chuva preste atenção Entonce eu disse, adeus Rosinha Se o povo lá de cima Guarda contigo meu coração Vive na solidão Hoje longe, muitas légua Se acabar não acostumando Numa triste…solidão Se acabar parado calado Espero a chuva cai de novo Se acabar baixinho chorando Pra mim vortar ai pro meu sertão Se acabar meio abandonado Quando o verde dos teus olhos Pode ser lágrimas de São Pedro Se espalhar na prantação Ou talvez um grande amor chorando Eu te asseguro não chore não, viu Pode ser o desabotoado céu Que eu vortarei, viu Pode ser coco derramando Meu coração Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu Meu coração
Qual a temática do texto?
Encontre a palavra que centraliza a temática e estabeleça uma correlação paradigmática com ou- tras palavras espalhadas pelo texto.