Você está na página 1de 3

GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI


CAMPUS PROFESSOR ANTÔNIO GIOVANNE ALVES DE SOUSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS

CORDEL DO FOGO ENCANTADO

CURSO: Letras Português TURNO: Manhã


DISCIPLINA: Prática Pedagógica Interdisciplinar III CARGA HORÁRIA: 45h
PERÍODO LETIVO: 2017.3 – PEC NOTA:
PROFESSORA: Data: 1 fev. 2018
ALUNO (A):

AI SE SÊSSE Chover chover


Cego Aderaldo peleja pra ver
Se um dia nois se gostasse Chover chover
Se um dia nois se queresse Já que meu olho cansou de chover
Se nois dois se empareasse Chover chover
Se juntim nois dois vivesse Até Maria deixou de moer
Se juntim nois dois morasse Chover chover
Se juntim nois dois drumisse Banzo Batista, bagaço e banguê
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse Meu povo não vá simbora
Mas porém acontecesse de São Pedro não Pela Itapemirim
abrisse Pois mesmo perto do fim
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice Nosso sertão tem melhora
E se eu me arriminasse O céu tá calado agora
E tu cum eu insistisse pra que eu me Mais vai dar cada trovão
arresolvesse De escapulir torrão
E a minha faca puxasse De paredão de tapera**
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse Bombo trovejou a chuva choveu
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse Choveu choveu
Lula Calixto virando Mateus
CHOVER (OU INVOCAÇÃO PARA UM Choveu choveu
DIA LÍQUIDO) O bucho cheio de tudo que deu
Choveu choveu
"O sabiá no sertão suor e canseira depois que comeu
Quando canta me comove, Choveu choveu
Passa três meses cantando Zabumba zunindo no colo de Deus
E sem cantar passa nove Choveu choveu
Porque tem a obrigação Inácio e Romano meu verso e o teu
De só cantar quando chove* Choveu choveu
Água dos olhos que a seca bebeu
Chover chover
Valei-me Ciço o que posso fazer Quando chove no sertão
Chover chover O sol deita e a água rola
Um terço pesado pra chuva descer O sapo vomita espuma
Chover chover Onde um boi pisa se atola
Até Maria deixou de moer E a fartura esconde o saco
Chover chover Que a fome pedia esmola**
Banzo Batista, bagaço e banguê
Seu boiadeiro por aqui choveu
Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu que amarrotou
Foi tanta água que meu boi nadou***

*Zé Bernardinho
**João Paraíbano
***Toque pra boiadeiro

OS OIM DO MEU AMOR

Ê nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
Nunca mais eu vi
Os oím dela brilhar
Nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
São dois jarrinho de flor
E todo mundo quer cheirar

Você também pode gostar