Você está na página 1de 344

PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A.

TÉCNICO(A) DE OPERAÇÃO JÚNIOR

ÍNDICE Nível Médio

CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos. ...................................................................................................... 1
2. Tipologia textual. ........................................................................................................................................... 7
3. Ortografia oficial. ......................................................................................................................................... 13
4. Acentuação gráfica. ..................................................................................................................................... 16
5. Emprego das classes de palavras. ............................................................................................................. 12
6. Emprego do sinal indicativo de crase. ........................................................................................................ 18
7. Sintaxe da oração e do período. ................................................................................................................. 37
8. Pontuação. .................................................................................................................................................. 17
9. Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................. 40
10. Regência nominal e verbal. ....................................................................................................................... 41
11. Significação das palavras (Semântica). .................................................................................................... 19
12. Colocação pronominal. .............................................................................................................................. 42

MATEMÁTICA
1. Teoria dos conjuntos. Conjuntos numéricos. ................................................................................................ 1
Relações. Funções e equações polinomiais e transcendentais (exponenciais, logarítmicas e trigonométri-
cas). ................................................................................................................................................................. 42
2. Análise combinatória, progressão aritmética, progressão geométrica e probabilidade básica. ................. 74
3. Matrizes, Determinantes e Sistemas lineares. .......................................................................................... 107
4. Geometria plana: áreas e perímetros. ........................................................................................................ 91
5. Geometria espacial: áreas e volumes. ...................................................................................................... 102
6. Números complexos. ................................................................................................................................. 117

INFORMÁTICA I
1. Conhecimentos básicos de Word, Excel e Power Point versão 2003. ........................................... PP 1 a 27

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. Conhecimentos básicos de Química:


Ácidos, bases, sais e óxidos. ............................................................................................................................ 1
Reações de oxidação-redução. ......................................................................................................................... 8
Termoquímica. ................................................................................................................................................. 23
Cálculos estequiométricos. ............................................................................................................................. 10
Transformações químicas e equilíbrio. ........................................................................................................... 13
Química Orgânica: hidrocarbonetos e polímeros. ........................................................................................... 28
Soluções aquosas. .......................................................................................................................................... 17

Técnico de Operação Jr - PETROBRAS


2. Conhecimentos básicos de Física e Mecânica Básica:
Estática, Cinemática e Dinâmica. .................................................................................................................... 17
Leis de Newton. ................................................................................................................................................. 3
Condições de Equilíbrio. ................................................................................................................................. 17
Conservações da energia mecânica. .............................................................................................................. 20
Mecânica dos Fluidos. ..................................................................................................................................... 32
Hidrostática. ..................................................................................................................................................... 21
Termodinâmica Básica. Propriedades e processos térmicos. ........................................................................ 28
Eletrostática. Cargas em movimento. ............................................................................................................... 6
Eletromagnetismo. ............................................................................................................................................ 7
Noções de Eletricidade e Eletrônica. ................................................................................................................ 8
Noções de Instrumentação. ............................................................................................................................ 34
Noções de Metrologia. Tipos de Instrumentos, terminologia, simbologia. ..................................................... 35
Transmissão e transmissores pneumáticos e eletrônicos analógicos. Noções de Operações Unitárias. ...... 46
Tubulações Industriais. ................................................................................................................................... 66
Noções de Controle de Processo. ................................................................................................................... 71
Bombas de deslocamento positivo. ................................................................................................................ 80
Conversão entre unidades de medida (volume, comprimento, área e densidade). ........................................ 92

Técnico de Operação Jr - PETROBRAS


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO


PÚBLICO A QUE SE DESTINA, ASSIM COMO SUA AQUISIÇÃO NÃO GARANTE A INSCRIÇÃO DO
CANDIDATO OU MESMO O SEU INGRESSO NA CARREIRA PÚBLICA.

O CONTEÚDO DESTA APOSTILA ALMEJA ENGLOBAR AS EXIGENCIAS DO EDITAL, PORÉM, ISSO


NÃO IMPEDE QUE SE UTILIZE O MANUSEIO DE LIVROS, SITES, JORNAIS, REVISTAS, ENTRE OUTROS
MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAÇÃO.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS, QUE NÃO TENHAM SIDO COLOCADAS À DISPOSIÇÃO ATÉ A


DATA DA ELABORAÇÃO DA APOSTILA, PODERÃO SER ENCONTRADAS GRATUITAMENTE NO SITE DA
APOSTILAS OPÇÃO, OU NOS SITES GOVERNAMENTAIS.

INFORMAMOS QUE NÃO SÃO DE NOSSA RESPONSABILIDADE AS ALTERAÇÕES E RETIFICAÇÕES


NOS EDITAIS DOS CONCURSOS, ASSIM COMO A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DO MATERIAL RETIFICADO,
NA VERSÃO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SÃO ELABORADAS DE ACORDO
COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO SITE,
www.apostilasopcao.com.br, NO LINK “ERRATAS”, A MATÉRIA ALTERADA, E DISPONIBILIZAMOS
GRATUITAMENTE O CONTEÚDO ALTERADO NA VERSÃO VIRTUAL PARA NOSSOS CLIENTES.

CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA QUANTO AO CONTEÚDO DESTA APOSTILA, O ADQUIRENTE


DESTA DEVE ACESSAR O SITE www.apostilasopcao.com.br, E ENVIAR SUA DÚVIDA, A QUAL SERÁ
RESPONDIDA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ASSIM COMO PARA CONSULTAR ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS
E POSSÍVEIS ERRATAS.

TAMBÉM FICAM À DISPOSIÇÃO DO ADQUIRENTE DESTA APOSTILA O TELEFONE (11) 2856-6066,


DENTRO DO HORÁRIO COMERCIAL, PARA EVENTUAIS CONSULTAS.

EVENTUAIS RECLAMAÇÕES DEVERÃO SER ENCAMINHADAS POR ESCRITO, RESPEITANDO OS


PRAZOS ESTITUÍDOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE ACORDO COM O


ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL.

APOSTILAS OPÇÃO

A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,


há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto


com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
1. Compreensão e interpretação de textos. não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
2. Tipologia textual. da fonte e na identificação do autor.
3. Ortografia oficial.
4. Acentuação gráfica. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
5. Emprego das classes de palavras. resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
6. Emprego do sinal indicativo de crase. to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-
7. Sintaxe da oração e do período. da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
8. Pontuação.
isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
9. Concordância nominal e verbal. ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
10. Regência nominal e verbal. alternativa mais completa.
11. Significação das palavras (Semântica).
12. Colocação pronominal. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve será mais consciente e segura.
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto. 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por até o fim, ininterruptamente;
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor umas três vezes ou mais;
diante de uma temática qualquer. 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Denotação e Conotação 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- ensão;
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. respondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada perguntou e o que se pediu;
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
exata ou a mais completa;
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações lógica objetiva;
diferenciadas em seus leitores. 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra resposta;
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim definindo o tema e a mensagem;
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
esclareçam o sentido. 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
simos na interpretação do texto.
Como Ler e Entender Bem um Texto Ex.: Ele morreu de fome.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira do fato (= morte de "ele").
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- Ex.: Ele morreu faminto.
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar quando morreu.;
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça as estão coordenadas entre si;
a memória visual, favorecendo o entendimento.
Língua Portuguesa 1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu
Cunegundes espírito.

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS  Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis-


TEXTO NARRATIVO semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em
 As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for- que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o
ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
dos fatos. zado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-
heroína, personagem principal da história. tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra-
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota- tiva que é feito em 1a pessoa.
gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
contracena em primeiro plano. aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-
As personagens secundárias, que são chamadas também de compar- dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra-  Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de a-
ção. presentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual
a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, em 1a pessoa ou 3a pessoa.
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. Formas de apresentação da fala das personagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- três maneiras de comunicar as falas das personagens.
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e  Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- vés do diálogo.
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações Exemplo:
perante os acontecimentos. “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
 Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
desenlace ou desfecho. travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre,  Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou xemplo:
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
resses entre as personagens. dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- nos sombrios por vir”.
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.  Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
 Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- Exemplo:
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
cionados ao principal. hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
 Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter (José Lins do Rego)
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são TEXTO DESCRITIVO
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
narrativo. terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
 Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa- unificada.
to que aconteceu depois.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela pouco.
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões

Língua Portuguesa 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc- O TEXTO ARGUMENTATIVO
nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas: Baseado em Adilson Citelli
 Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte-
através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje- rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os
tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên- discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar
cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de
que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti- referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do
vo, fenomênico, ela é exata e dimensional. tipo de texto solicitado.
 Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen- que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de
to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so- um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua
cial e econômico . análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do
 Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi-
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir,
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas
partes mais típicas desse todo. análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é
 Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento
típicos. do ponto de vista de algo/alguém.
 Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
 Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas.
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a
apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-
TEXTO DISSERTATIVO vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- mação textual.
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever
com clareza, coerência e objetividade. Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a
linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro
do o contexto. que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos
com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em : argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-
 Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- são).
jetiva da definição do ponto de vista do autor.
Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua
 Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-
unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan-
propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias
relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de-
dão tornem esta produção altamente evocativa.
sencadeia a conclusão.
 Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia
A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in-
texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para
paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer
espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese
possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-
e opinião.
mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é
rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
a obra ou ação que realmente se praticou.
junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou
na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo,
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.
daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou
uma relação interdiscursiva e intertextual.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a
As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-
respeito de algo.
tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-
zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito

Língua Portuguesa 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argu-
que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da mentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero
oposição, tudo isto em forma de piada. de heterogeneidade tipológica.

Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente
através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, são encontrados tipos puros. Realmente é raro um tipo puro. Num texto
mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é
conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e um texto injuntivo, tem-se a presença de várias tipologias, como a descri-
concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível, ção, a injunção e a predição4. Travaglia afirma que um texto se define como
capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação... de um tipo por uma questão de dominância, em função do tipo de interlocu-
ção que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em função do
Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP, espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto.
Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero
GÊNEROS TEXTUAIS mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome de intertextuali-
dade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu
Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, no texto a configuração de uma estrutura intergêneros de natureza altamen-
literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as te híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro.
funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e
exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um
forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, intercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado
convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis,
contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevis- na opinião do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de
tas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos descrições e comentários dissertativos feitos por meio da narração.

A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu en- Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica:
tender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na  intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste  heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários
pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Tex- tipos
tual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por Travaglia mostra o seguinte:
Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis  conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações  intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro
a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.
Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gê-
Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreen- neros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos
são e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma
o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para
capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o
produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo
de interação humana. carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes5.Ele diz,
ainda, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na esco- lista de produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação
la a partir da abordagem do Gênero Textual Marcuschi não demonstra de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários da-
favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, quele produto.
o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez
que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embo- Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado pa-
ra possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se con- ra designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza
cretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças especí- linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as
ficas. categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swa-
les, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) Textual é usado para designar uma espécie de sequência teoricamente
defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais,
textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferen- sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).
tes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os
diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da compe- Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os
tência comunicativa. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam caracte-
apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a rísticas sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades
apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para funcionais, estilo e composição característica.
atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco
capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um
levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas
a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários. que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar
ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fa-
Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivoca- zer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo
da, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada
texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou
carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando
atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual. o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o
produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discur-
O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo, so da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspecti-
muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos. va em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma
Ele apresenta uma carta pessoal3 como exemplo, e comenta que ela pode

Língua Portuguesa 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros
comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apre- que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas
sentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discur-
faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segun- so jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística,
da perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu6 e jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários
não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir deles.
o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo
comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometi- Travaglia até fala do discurso jurídico e religioso, mas não como Mar-
mento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados, cuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que é para ele tipologia
de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipolo-
tipo dissertação. gias de discurso usarão critérios ligados às condições de produção dos
discursos e às diversas formações discursivas em que podem estar inseri-
Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma dos (Koch & Fávero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fávero, o autor fala que
função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e uma tipologia de discurso usaria critérios ligados à referência (institucional
vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabe- (discurso político, religioso, jurídico), ideológica (discurso petista, de direita,
mos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo de esquerda, cristão, etc), a domínios de saber (discurso médico, linguísti-
com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que co, filosófico, etc), à inter-relação entre elementos da exterioridade (discur-
ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de so autoritário, polêmico, lúdico)). Marcuschi não faz alusão a uma tipologia
maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o do discurso.
mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informa-
ções sobre um concurso público, por exemplo. Semelhante opinião entre os dois autores citados é notada quando fa-
lam que texto e discurso não devem ser encarados como iguais. Marcus-
Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece chi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente
que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa e corporificada em algum Gênero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso
“qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu para ele é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instân-
gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer? cia discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera
o discurso como a própria atividade comunicativa, a própria atividade
Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta produtora de sentidos para a interação comunicativa, regulada por uma
sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão, exterioridade sócio-histórica-ideológica (p. 03). Texto é o resultado dessa
romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc. atividade comunicativa. O texto, para ele, é visto como
uma unidade linguística concreta que é tomada pelos usuários da lín-
Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o
gua em uma situação de interação comunicativa específica, como uma
que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso,
unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reco-
comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social
nhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão (p. 03).
de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail
entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado
sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que
apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado sua preocupação é com a tipologia de textos, e não de discursos. Marcus-
(com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e- chi afirma que a definição que traz de texto e discurso é muito mais opera-
mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são cional do que formal.
exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa fun- Travaglia faz uma “tipologização” dos termos Gênero Textual, Tipolo-
ção de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a gia Textual e Espécie. Ele chama esses elementos de Tipelementos.
alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipológicos
votar que pode ter sido feita a um candidato. (Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie) são básicos na construção
das tipologias e talvez dos textos, numa espécie de analogia com os ele-
Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colo- mentos químicos que compõem as substâncias encontradas na natureza.
carei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que
não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões
apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros
rígida, como o bilhete. Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho
com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus
Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcuschi7 é a mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele
de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento
formais de estrutura e de superfície linguística e/ou aspectos de conteúdo. dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreen-
Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo são de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão
narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.
as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele
mostra as Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipo-
comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a corres- logia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem
pondência com as Espécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que
romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantásti- entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão
co, de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espé- dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem
cie daria conta de todos os Gêneros Textuais existentes. Será que é merece maiores discussões.
possível especificar todas elas? Talvez seja difícil até mesmo porque não é
fácil dizer quantos e quais são os gêneros textuais existentes. Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais i-
deais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de
Se em Travaglia nota-se uma discussão teórica não percebida em Mar- gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais
cuschi, o oposto também acontece. Este autor discute o conceito de Domí- formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. Os gêneros
nio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esfe- devem passar por um processo de progressão, conforme sugerem Sch-
ras da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo infor- neuwly & Dolz (2004).
ma, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam
origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas Travaglia, como afirmei, não faz considerações sobre o trabalho com a

Língua Portuguesa 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia 3 - Travaglia (2002) diz que uma carta pode ser exclusivamente des-
teria que, no mínimo, levar em conta a questão de com quais tipos de texto critiva, ou dissertativa, ou injuntiva, ou narrativa, ou argumentativa.
deve-se trabalhar na escola, a quais será dada maior atenção e com quais Acho meio difícil alguém conseguir escrever um texto, caracteriza-
será feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja do como carta, apenas com descrições, ou apenas com injunções.
considerada a ideia de Travaglia, deve levar em conta uma série de fatores, Por outro lado, meio que contrariando o que acabara de afirmar,
porém dois são mais pertinentes: ele diz desconhecer um gênero necessariamente descritivo.
a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composi- 4 - Termo usado pelas autoras citadas para os textos que fazem pre-
ção de quaisquer outros textos (não sei ao certo se isso é possível. visão, como o boletim meteorológico e o horóscopo.
Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo não dê ao alu- 5 - Necessárias para a carta, e suficientes para que o texto seja uma
no o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa. carta.
Um aluno que pára de estudar na 5ª série e não volta mais à escola 6 - Segundo Travaglia (1991), texto argumentativo stricto sensu é o
teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais que faz argumentação explícita.
trabalhado nessa série. Será que ele estaria preparado para produ- 7 - Pelo menos nos textos aos quais tive acesso. Sílvio Ribeiro da Sil-
zir, quando necessário, outros tipos textuais? Ao lidar somente com va.
o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, não deixa de
trabalhar com os outros tipos?); Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é
b) A utilização prática que o aluno fará de cada tipo em sua vida. transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um ro-
mance, um conto, uma poesia...
Acho que vale a pena dizer que sou favorável ao trabalho com o Gêne- Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da
ro Textual na escola, embora saiba que todo gênero realiza necessaria- forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de jornal, uma bula
mente uma ou mais sequências tipológicas e que todos os tipos inserem-se de medicamento.
em algum gênero textual.
Linguagem Verbal - Existem várias formas de comunicação. Quando o
Até recentemente, o ensino de produção de textos (ou de redação) era homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos
feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a
fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso, palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando
não exigissem aprendizagens específicas. A fórmula de ensino de redação, lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação
ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras – que consiste funda- mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita,
mentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação – tem por base expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos
uma concepção voltada essencialmente para duas finalidades: a formação por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. ela está
de escritores literários (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras moda- presente em textos em propagandas;
lidades textuais) ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade)
em reportagens (jornais, revistas, etc.);
(Antunes, 2004). Além disso, essa concepção guarda em si uma visão
em obras literárias e científicas;
equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que
na comunicação entre as pessoas;
dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última
em discursos (Presidente da República, representantes de classe,
tenha sido reservada às séries terminais - tanto no ensino fundamental
candidatos a cargos públicos, etc.);
quanto no ensino médio.
e em várias outras situações.
O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto Linguagem Não Verbal
pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor
de Língua Materna hoje, não mais visto aqui como um especialista em
textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do
aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais
e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado
numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e
concretizado pela adoção de algumas estratégias, como enviar uma carta
para um aluno de outra classe, fazer um cartão e ofertar a alguém, enviar
uma carta de solicitação a um secretário da prefeitura, realizar uma entre-
vista, etc. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores
das produções (que agora deixam de ser apenas “leitores visuais”), permi- Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em
tem também a participação direta de todos os alunos e eventualmente de um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza
pessoas que fazem parte de suas relações familiares e sociais. A avaliação do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na
dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literá- figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a ideia de
rios ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é atenção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se
aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas é permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se
aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzi- é proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante.
do, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o
nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalida-
de do texto.

Acredito que abordando os gêneros a escola estaria dando ao aluno a


oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais
socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação
humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua
constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favoreceria o
exercício da interação humana, da participação social dentro de uma socie-
dade letrada. Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente
1 - Penso que quando o professor não opta pelo trabalho com o gêne- decodificadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da
ro ou com o tipo ele acaba não tendo uma maneira muito clara pa- palavra? O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver
ra selecionar os textos com os quais trabalhará. ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar
2 - Outra discussão poderia ser feita se se optasse por tratar um pou- mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a
co a diferença entre Gênero Textual e Gênero Discursivo. palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos

Língua Portuguesa 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência chega
cores) Fonte: www.graudez.com.br ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu pretendente,
enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a história
TIPOLOGIA TEXTUAL familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no passa-
do: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou sua
filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala".
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilidade:
intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um artigo
interlocutores. indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo definido,
por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou apressa-
Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um
damente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém impaci-
texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo
entemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos anos 40."
falamos sozinhos.
O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que
É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz
travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos
existem tipos textuais e gêneros textuais. na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado que não intervém nem como ator nem como testemunha.
ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pontos
ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que as
retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fazem,
É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes acon-
nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e tecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.
Dissertação.
A Novela
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo
É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de
um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado
complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As
assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em
personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundá-
prosa.
rias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.
conceituam como gêneros textuais as diversas situações
A Obra Teatral
sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como
exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas, tragé-
monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se- dias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvolvendo
iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens, quer
do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico. dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes nas
situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído pelo
Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos, mas
extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos das
gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando personagens.
mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte
Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encontrar
O Conto
neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espontânea
É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfeita- das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações da
mente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilíbrio; sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e tempo.
segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, que Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem para
dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse conflito moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem os
que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido. turnos de palavras.
Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da representa-
si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio ção cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor e os
(secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os atores orientam sua interpretação.
núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que as Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão
cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada conta-
características destes personagens, assim como para as indicações de to apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determi-
lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos. nadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes qua-
Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das dros, que correspondem a mudanças de cenografias.
personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as chama-
travessões, para indicar a mudança de interlocutor). das notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos atores
A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a linha sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes cenografias
temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na apre- que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação. Estas notações
sentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao futuro). apresentam com frequência orações unimembres e/ou bimembres de
predicado não verbal.
A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os
contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de O Poema
temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...".
Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição espacial
Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção e na muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão rele-
interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predominam vância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com uma
na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descrições e nos silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos misteriosos
diálogos. labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para captar
o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pretende
Língua Portuguesa 7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo poeta, quer da, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informação
seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua versão da linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as explica-
realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo, relatar ções do texto.
epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apresentar
ensinamentos morais (como nas fábulas). É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na publica-
ção para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, a
O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sonoro primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos
das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte essen- jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização
cial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses
métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que textos.
compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicali-
dade depende desta distribuição. O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre a
posição adotada pela redação.
Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à
distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas A Notícia
diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chama- Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou
das licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas pessoas.
sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constitu-
em um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que
palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a infor-
h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também mação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo,
incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paro- não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de
xítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações
sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma. similares.

A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos, pois É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa pelo
existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequente na fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três partes
poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento. O
últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coin- título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a atenção
cidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal El País,
assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze palavras. A
acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até de- introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser um resumo
zesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento, de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes que não
são considerados dissílabos. aparecem na introdução.

As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas diferentes A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à mar-
combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à progressão gem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da primeira
temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade informativa pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir o eu ou o
vinculada ao tema central. nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo, não se
referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como nosso
Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos mecanismos país ou minha cidade).
de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a criação
de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábulos, Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracidade:
metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue comprovar
estilísticos que dão ambiguidade ao poema. de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a certas
fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descartado
TEXTOS JORNALÍSTICOS que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte, recorre ao
Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu portador ( discurso direto, como, por exemplo:
jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara dos
informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em Deputados durante a próxima semana .
que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualidade,
condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.
produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas. Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações
De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: infor- enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das
mação nacional, informação internacional, informação local, sociedade, notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é
economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos. frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela
polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita
A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o por um patrulheiro.
tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto
da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abor- A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê?
dado. quem? como? quando? por quê e para quê?.

Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns são O Artigo de Opinião
as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as crôni- Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atualida-
cas, as resenhas de espetáculos. de que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é
A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à medida considerado, ou merece ser, objeto de debate.
que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publicitários Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesquisa e
aparecem não só nos periódicos como também em outros meios ampla- as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a
mente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos referire- posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia,
mos a eles em outro momento. enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de
Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de suas seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões
seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os quais divergentes e até antagônicas em uma mesma página.
destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação cuida-

Língua Portuguesa 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessariamente
organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifica- incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a conversa-
ção do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e ção possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas
que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas deri-
tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar vados.
esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no
início do texto. Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe uma
garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de
A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo de
argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas propostas e de réplicas.
para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as
seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciências
distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se tanto
e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - deta- nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.
lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa
estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas
informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas
argumentos usados na validade da tese. suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos,
as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem
A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de temas sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).
derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus respectivos
comentários. Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semântica,
e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido das
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam palavras.
uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, com
frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama argumen- O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábulos a
tativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor da infor- que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é, evitam
mação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer o leitor os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem medi-
a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes artigos, ante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao termo
opta-se por orações complexas que incluem proposições causais para as polissêmico nesse contexto.
fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, concessivas e A Definição
condicionais.
Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura ideológica do determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-
autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar através de um processo de sinonímia.
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito. excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias men- termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
cionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um texto "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor aceite nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, cenas e
opiniões como positivas ou negativas. Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores mais
qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se referem:
A Reportagem Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou parte do
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, para Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente antes de
informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura- terminar o inverno.
chave para o conhecimento deste tópico. Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La Real
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a publica- Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
ção e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a aten- introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
ção dos leitores. traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, realizada plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-
com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-
A Entrevista te antes de terminar o inverno".

Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante As definições contêm, também, informações complementares relacionadas,
uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido com por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se inclui o
fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade, uma termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo ("do lat.
vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.
detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve Essas informações complementares contêm frequentemente abreviaturas,
somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu- cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Lat., Latim;
dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.
os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas
podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias básicas da
sobre as declarações do entrevistado. estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos quais
diferentes informações costumam ser codificadas através de tipografias
diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologias,

Língua Portuguesa 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco mediante O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado em
barras paralelas e /ou números. um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira
pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-
Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo
coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente
continuar em exercício; adiar o término de. entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,
A Nota de Enciclopédia do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.

Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama A Monografia


descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli- Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um
tude desta expansão. determinado tema é recolhida em diferentes fontes.
A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados com
temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem- base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como
se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu- fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos
los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os qualificados ou de especialistas no tema.
temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia,
população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc. As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coerente
dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem como
Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por exem-
quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por plo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os
exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra- aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona-
dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie- gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos,
dades: terrestres e aquáticos. teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que
Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lingua- esta valorização fique explícita.
gem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o tema
responde às exigências de concisão e de precisão. a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que, conjugan-
As características inerentes aos objetos apresentados aparecem através de do seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará as primei-
adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas pretas ras antecipações sobre a informação que espera encontrar e formulará as
no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o tema, estes
juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o que cada uma
dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais estarão listadas
qualidades próprias daquilo a que se referem. nas referências bibliográficas, de acordo com as normas que regem a
apresentação da bibliografia.
O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido
predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do texto
ligação - ser, estar, parecer, etc. que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de cons-
truções de discurso direto ou de discurso indireto.
O Relato de Experimentos
Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modificações,
Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da economia
ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda tramitação
descrevem experimentos. referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam a palavra
O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, mas de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que incluem o
que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é neces- nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida - declara
sário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações para Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos sinais que
concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para constatar o distinguem frequentemente o discurso direto.
que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições uma Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por outro,
planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se colocar em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos subordi-
suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições de nadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações, pronomes
luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais auxiliares,
fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que etc.
circunstâncias obtém-se um melhor crescimento.
Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría -
A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas categorias: nutrem-se do liberalismo’
uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, isto é, ao
registro da situação de experimentação; a outra, ao processo observado. Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu pensamento
nutriam -se do liberalismo'
Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que começam
com se (condicionais) e com quando (condicional temporal): Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi
(dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os
Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do
planta crescerá mais rápido. emissor.
Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a mostrar Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o autor
manchas marrons devido ao excesso de umidade. recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classifi-
Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável tempo cação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte
aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é possível consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os
observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos ...; de dados apresentados e o princípio de classificação adotado.
advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no mesmo Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipótese,
momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente essen- sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das fontes
cial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apresenta consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência estabe-
as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma das lecida entre os fatos e a conclusão.
etapas do processo.

Língua Portuguesa 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da
problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos. especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista
de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimen-
Os conectores lógicos oracionais e extra-oracionais são marcas linguísticas to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.),
relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem entre os a outra, desenvolve as instruções.
dados e para avaliar sua coerência.
As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitual-
A Biografia mente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acompa-
É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). nhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).
Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia. As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres, com
Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresentar verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou orações
ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens cuja unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo (misturar a
ação foi qualificada como relevante na história. farinha com o açúcar).

Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado que Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as
a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em sua construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem
construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conectivi- acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que
dade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial (Seus expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (sepa-
cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua cidade re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as
natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições tempo- claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados
rais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos da visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote
novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realidade), em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até
etc. que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com fre-
quência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo:
A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta-se Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste
nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apresen- momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui
tados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de pode intervir outro membro da equipe.
apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação
simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados TEXTOS EPISTOLARES
pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por escrito
importância que a eles atribui. com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho.
Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não autorizadas" Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de uma
de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma característica que empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos desig-
parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de revelar a nados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).
personagem através de uma profusa acumulação de aspectos negativos, Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de
especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios altamente forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo
reprovados pela opinião pública. das características contidas no texto.
TEXTOS INSTRUCIONAIS Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organização
Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais diversas espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabelece
atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou animais o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de
domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. Dentro tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto
desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação
os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião. e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de
Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de receitas e familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta
manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, etc. Mas a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, opta-
todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da função se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido
apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em
para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida. relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo
formal.
A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencionais
cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, estão A Carta
amplamente difundidos os modelos de regulamentos de co-propriedade; As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e argu-
então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste mentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa,
tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para expressiva e apelativa).
introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e
deveres das partes envolvidas. Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto é,
aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um
Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucio- amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimen-
nais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de alimen- tos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o
tos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir uma receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido
dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes textos afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a
incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego frequente e dimensão expressiva da mensagem.
sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de abordagem e de
produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as instru- Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor conheci-
ções. do, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transparecer
marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticências habilitam
As Receitas e as Instruções múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las; perguntas
Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções para que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que encerram
organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, fabricar em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de exclamação
um móvel, consertar um objeto, etc. que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas expressões que
refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas.

Língua Portuguesa 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enunciati- Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
vas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as Corre – letras: 5: fonemas: 4
dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a Hora – letras: 4: fonemas: 3
subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de Aquela – letras: 6: fonemas: 5
diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati- Guerra – letras: 6: fonemas: 4
vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições. Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
A Solicitação Canto – 5 letras e 4 fonemas
É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida Tempo – 5 letras e 4 fonemas
pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a Campo – 5 letras e 4 fonemas
possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um Chuva – 5 letras e 4 fonemas
emprego, uma vaga em uma escola, etc.
LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ceder ou determinado som.
não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que recorre
ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente para a
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
abertura e encerramento (atenciosamente ..com votos de estima e conside-
ração . . . / despeço-me de vós respeitosamente . ../ Saúdo-vos com o
maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se estes VOGAIS
textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que ... O abaixo-assinado, a, e, i, o, u
Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto
Politécnico a fim de solicitar-lhe...)
SEMIVOGAIS
As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-
através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identi- sou-ro, Pa-ra-guai.
ficam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirige-
se a...). CONSOANTES
A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o primei- b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z
ro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições que
reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados por
ENCONTROS VOCÁLICOS
frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos em
A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condições;
encontro vocálico.
por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua
Ex.: cooperativa
apelação.
Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram um Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão tanto
de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem desen- DITONGO
volver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como de É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o Dividem-se em:
solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta - orais: pai, fui
os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio - nasais: mãe, bem, pão
enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido). - decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
- crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo
A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal maneira
que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de solicita- TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal)
ção de bolsas de estudo, etc. Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam
Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana
Maria Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS. HIATO
Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em du-
as diferentes emissões de voz.
FONÉTICA E FONOLOGIA Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-í-
zo
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-
SÍLABA
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.
numa só emissão de voz.
Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA.
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta-
fonemas.
li-da-de.
No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-
nemas.
TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se
É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica.
sinal gráfico que representa o som.
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá,
pá.
Vejamos alguns exemplos:
Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras

Língua Portuguesa 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em: a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do- b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
mi-nó. ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá- guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa,
ter, a-má-vel, qua-dro. burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do, c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma. d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-
ENCONTROS CONSONANTAIS se análise, trombose, etc.
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo. e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. causa.
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
DÍGRAFOS em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia com- g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten-
posta para um som simples. der: pretensão; repreender: repreensão, etc.

Há os seguintes dígrafos: 2. Escrevem-se em Z.


1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh. a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
Exs.: chave, malha, ninho. mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização,
2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e organizado; realizar: realização, realizado, etc.
ss. b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados
Exs. : carro, pássaro. de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro,
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir. chapeuzinho, cãozito, etc.
4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer-
rando a sílaba em uma palavra. DISTINÇÃO ENTRE X E CH:
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.
1. Escrevem-se com X
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,
NOTAÇÕES LÉXICAS
feixe, etc.
São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes
c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.
dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras.
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
árvore que produz o látex).
São os seguintes:
e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-
1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas;
chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa-
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, ânco-
das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
ra;
pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade;
cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en +
4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã;
radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar:
5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude;
en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho;
o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno.
2. Escrevem-se com CH:
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
ORTOGRAFIA OFICIAL buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de la, piche, pichar, tchau.
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se
Eis algumas observações úteis: distingue pelo contraste entre o x e o ch.
Exemplos:
• brocha (pequeno prego)
DISTINÇÃO ENTRE J E G
• broxa (pincel para caiação de paredes)
1. Escrevem-se com J:
• chá (planta para preparo de bebida)
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
• xá (título do antigo soberano do Irã)
canjerê, pajé, etc.
• chalé (casa campestre de estilo suíço)
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije-
• xale (cobertura para os ombros)
cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
• chácara (propriedade rural)
c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, • xácara (narrativa popular em versos)
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis. • cheque (ordem de pagamento)
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. • xeque (jogada do xadrez)
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais • cocho (vasilha para alimentar animais)
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija. • coxo (capenga, imperfeito)

2. Escrevem-se com G: DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C


a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem, Observe o quadro das correlações:
ferrugem, etc.
b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.
c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.

DISTINÇÃO ENTRE S E Z
1. Escrevem-se com S:

Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Correlações Exemplos aluguel ou aluguer hem? ou hein?
t-c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
ter-tenção abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter amídala ou amígdala infarto ou enfarte
- detenção; reter - retenção assobiar ou assoviar laje ou lajem
rg - rs aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submer-
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
rt - rs são;
pel - puls inverter - inversão; divertir - diversão azaléa ou azaleia nenê ou nenen
corr - curs impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
sent - sens correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão bílis ou bile quatorze ou catorze
ced - cess sentir - senso, sensível, consenso cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar
ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - inter- carroçaria ou carroceria taramela ou tramela
gred - gress cessão. chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear
exceder - excessivo (exceto exceção) debulhar ou desbulhar ou relampar
prim - press agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão -
fleugma ou fleuma porcentagem ou percentagem
tir - ssão progresso - progressivo
imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repres-
são.
admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão. EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
(re)percutir - (re)percussão
Escrevem-se com letra inicial maiúscula:
PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES 1) a primeira palavra de período ou citação.
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."
ONDE-AONDE No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da
Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi- letra maiúscula.
vale sempre a PARA ONDE. 2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
AONDE você vai? sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
AONDE nos leva com tal rapidez? Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-
Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre- O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
ga-se ONDE 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
ONDE estão os livros? religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
Não sei ONDE te encontrar. do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República,
MAU - MAL etc.
MAU é adjetivo (seu antônimo é bom). 5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
Escolheu um MAU momento. Estado, Pátria, União, República, etc.
Era um MAU aluno. 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
órgãos públicos, etc.:
MAL pode ser: Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco
a) advérbio de modo (antônimo de bem). do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
Ele se comportou MAL. 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
Seu argumento está MAL estruturado científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
b) conjunção temporal (equivale a assim que). Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
MAL chegou, saiu Manhã, Manchete, etc.
c) substantivo: 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
O MAL não tem remédio, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
Ela foi atacada por um MAL incurável. 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
Oriente, o falar do Norte.
CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
CESSÃO significa o ato de ceder. 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais. Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os
torcedores. Escrevem-se com letra inicial minúscula:
1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
Assistimos a uma SESSÃO de cinema. ingleses, ave-maria, um havana, etc.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
empregados em sentido geral:
SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos. Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
HÁ / A "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
Na indicação de tempo, emprega-se: "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): mirra." (Manuel Bandeira)
HÁ dois meses que ele não aparece.
Ele chegou da Europa HÁ um ano. USO DO HÍFEN
A para indicar tempo futuro:
Daqui A dois meses ele aparecerá. Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo.
Ela voltará daqui A um ano. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos,
para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das
FORMAS VARIANTES regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos.

Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
biorritmo
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras for- contrarregra
madas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, contrassenso
como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, cosseno
eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, infrassom
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, microssistema
sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. minissaia
multissecular
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por neorrealismo
h. neossimbolista
Exemplos: semirreta
anti-higiênico ultrarresistente.
anti-histórico ultrassom
co-herdeiro
macro-história 5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo e-
mini-hotel lemento começar pela mesma vogal.
proto-história Exemplos:
sobre-humano anti-ibérico
super-homem anti-imperialista
ultra-humano anti-infl acionário
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). anti-infl amatório
auto-observação
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da contra-almirante
vogal com que se inicia o segundo elemento. contra-atacar
Exemplos: contra-ataque
aeroespacial micro-ondas
agroindustrial micro-ônibus
anteontem semi-internato
antiaéreo semi-interno
antieducativo
autoaprendizagem 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segun-
autoescola do elemento começar pela mesma consoante.
autoestrada Exemplos:
autoinstrução hiper-requintado
coautor inter-racial
coedição inter-regional
extraescolar sub-bibliotecário
infraestrutura super-racista
plurianual super-reacionário
semiaberto super-resistente
semianalfabeto super-romântico
semiesférico
semiopaco Atenção:
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, • Nos demais casos não se usa o hífen.
mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, super-
cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. proteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra inici-
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo ada por r: sub-região, sub-raça etc.
elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra i-
anteprojeto niciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
antipedagógico
autopeça 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o se-
autoproteção gundo elemento começar por vogal. Exemplos:
coprodução hiperacidez
geopolítica hiperativo
microcomputador interescolar
pseudoprofessor interestadual
semicírculo interestelar
semideus interestudantil
seminovo superamigo
ultramoderno superaquecimento
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice- supereconômico
rei, vice-almirante etc. superexigente
superinteressante
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo superotimismo
elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exem-
plos: 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
antirrábico sempre o hífen. Exemplos:
antirracismo além-mar
antirreligioso além-túmulo
antirrugas aquém-mar
antissocial ex-aluno

Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ex-diretor novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e
ex-hospedeiro palavras importadas do idioma inglês, como:
ex-prefeito km – quilômetro,
ex-presidente kg – quilograma
pós-graduação Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
pré-história
pré-vestibular Trema
pró-europeu Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito
recém-casado textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
recém-nascido linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
sem-terra derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso,
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, o “ü” lê-se “i”)
guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasio-
nalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas enca-
deamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou
não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a no- “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos
ção de composição. Exemplos: abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
girassol
madressilva Ex.
mandachuva
paraquedas
paraquedista Chá Mês nós
pontapé Gás Sapé cipó
Dará Café avós
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra
Pará Vocês compôs
ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na
linha seguinte. Exemplos: vatapá pontapés só
Na cidade, conta-se que ele foi viajar. Aliás português robô
O diretor recebeu os ex-alunos. dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos méis céu mói
pastéis Chapéus anzóis
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da ninguém parabéns Jerusalém
Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa Resumindo:
dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas
sua implementação. palavras.

É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que
as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos  L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.  N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de  R – câncer, caráter, néctar, repórter.
Leis ou Acordos.  X – tórax, látex, ônix, fênix.
 PS – fórceps, Quéops, bíceps.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de-  Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui  ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o
ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na
 I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.  ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
 UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira  US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante
a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil. Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen-
tes (semivogal+vogal):
Alfabeto Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo
as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.

Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân- 4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
temo, público, pároco, proparoxítona. cárie: cá-rie

QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS Separam-se as letras que representam um hiato.
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando: rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o

Não se separam as letras que representam um tritongo.


 Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
6- Paraguai: Pa-ra-guai
saguão: sa-guão
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
IMPORTANTE que a antecede.
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, 7- torna: tor-na núpcias: núp-cias
se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos
de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a que a segue
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. 8- pneumático: pneu-má-ti-co
gnomo: gno-mo
5. Trema psicologia: psi-co-lo-gia
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em
sílabas separadas.
6. Acento Diferencial 9- sublingual: sub-lin-gual
sublinhar: sub-li-nhar
O acento diferencial permanece nas palavras: sublocar: sub-lo-car
pôde (passado), pode (presente)
pôr (verbo), por (preposição) Preste atenção nas seguintes palavras:
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do trei-no so-cie-da-de
verbo está no singular ou plural: gai-o-la ba-lei-a
des-mai-a-do im-bui-a
SIN- ra-diou-vin-te ca-o-lho
PLURAL
GULAR te-a-tro co-e-lho
du-e-lo ví-a-mos
Ele
Eles têm a-mné-sia gno-mo
tem
co-lhei-ta quei-jo
Ele pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co
Eles vêm
vem dig-no e-nig-ma
e-clip-se Is-ra-el
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: mag-nó-lia
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
DIVISÃO SILÁBICA
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU, pausas da linguagem oral.
GU.
1- chave: cha-ve PONTO
aquele: a-que-le O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla-
palha: pa-lha rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos
manhã: ma-nhã comuns ele é chamado de simples.
guizo: gui-zo
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-
Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).
a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço PONTO DE INTERROGAÇÃO
reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
É usado para indicar pergunta direta.
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
Onde está seu irmão?
globo: glo-bo fraco: fra-co
implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação.
atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so
A mim ?! Que ideia!
prato: pra-to

Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
3- correr: cor-rer desçam: des-çam É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
fascinar: fas-ci-nar Ó jovens! Lutemos!

Não se separam as letras que representam um ditongo. VÍRGULA


Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau- • A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
sa na fala. Emprega-se a vírgula: • A ponte Rio – Niterói.
• Nas datas e nos endereços: • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
Largo do Paissandu, 128. ASPAS
• No vocativo e no aposto:
São usadas para:
Meninos, prestem atenção!
• Indicar citações textuais de outra autoria.
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)
• Nos termos independentes entre si:
• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares:
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
Há quem goste de “jazz-band”.
caso é usado o duplo emprego da vírgula:
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-
• Para enfatizar palavras ou expressões:
droeira.
Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.
• Após alguns adjuntos adverbiais:
• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc.
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego
• Em casos de ironia:
da vírgula:
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente.
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
• Após a primeira parte de um provérbio.
O que os olhos não vêem, o coração não sente.
• Em alguns casos de termos oclusos: PARÊNTESES
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate. Empregamos os parênteses:
• Nas indicações bibliográficas.
"Sede assim qualquer coisa.
RETICÊNCIAS
serena, isenta, fiel".
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas").
Não me disseste que era teu pai que ...
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
• Para realçar uma palavra ou expressão.
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
fora das órbitas. Amália se volta)".
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
(G. Figueiredo)
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de
PONTO E VÍRGULA fome."
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém (C. Lispector)
alguma simetria entre si. • Para isolar orações intercaladas:
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe- "Estou certo que eu (se lhe ponho
cido, guardando consigo a ponta farpada. " Minha mão na testa alçada)
• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu Sou eu para ela."
interior. (M. Bandeira)
Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais
calmo, resolveu o problema sozinho. COLCHETES [ ]
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
DOIS PONTOS
• Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas? ASTERISCO
• Para indicar uma citação alheia: O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de alguma nota (observação).
passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
que". BARRA
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri- A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas
or: abreviaturas.
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
• Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
CRASE

TRAVESSÃO Crase é a fusão da preposição A com outro A.


Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
palavras ou frases
– "Quais são os símbolos da pátria? EMPREGO DA CRASE
– Que pátria? • em locuções adverbiais:
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). à vezes, às pressas, à toa...
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra • em locuções prepositivas:
vez. em frente à, à procura de...
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma • em locuções conjuntivas:
coisa". (M. Palmério). à medida que, à proporção que...
• Usa-se para separar orações do tipo: • pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,
– Avante!- Gritou o general. as
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. Fui ontem àquele restaurante.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam Refiro-me àquilo e não a isto.
uma cadeia de frase:
Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A CRASE É FACULTATIVA
• diante de pronomes possessivos femininos: SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO
Entreguei o livro a(à) sua secretária . E FIGURADO DAS PALAVRAS.
• diante de substantivos próprios femininos:
Dei o livro à(a) Sônia.
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
• Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo Semântica
A:
Viajaremos à Colômbia. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
• Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,
Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-
neza, etc.
Viajaremos a Curitiba.
(Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
• Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
modifique.
Ela se referiu à saudosa Lisboa.
Vou à Curitiba dos meus sonhos.
• Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
Às 8 e 15 o despertador soou.
• Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-
da” ou "maneira":
Aos domingos, trajava-se à inglesa.
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo. Semântica (do grego σημαντικός, sēmantiká, plural neutro
• Antes da palavra casa, se estiver determinada: de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide
Referia-se à Casa Gebara. sobre a relação entre significantes, tais
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar. como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a
Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa). sua denotação.
• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo. A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos
Voltou à terra onde nascera. para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica
Chegamos à terra dos nossos ancestrais. incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal,
Mas: e semiótica.
Os marinheiros vieram a terra.
O comandante desceu a terra. A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente: sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo
Vou até a (á ) chácara. é expresso(por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção
Cheguei até a(à) muralha de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica
• A QUE - À QUE formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino cognitiva, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.
ocorrerá crase: Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em
Houve um palpite anterior ao que você deu. consideração:
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
ocorrerá crase. que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos:
Não gostei do filme a que você se referia. Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado,
Não gostei da peça a que você se referia. remoto.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
de: que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos:
Meu palpite é igual ao de todos Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Minha opinião é igual à de todos. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de
possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica,
NÃO OCORRE CRASE ou seja, os homônimos:
• antes de nomes masculinos: As homônimas podem ser:
Andei a pé.
Andamos a cavalo.  Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
• antes de verbos: Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente
Ela começa a chorar. indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa
Cheguei a escrever um poema. singular presente indicativo do verbo consertar);
• em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos cara a cara.
 Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
(substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
Escrevi a Vossa Excelência.  Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos:
Dirigiu-se gentilmente à senhora. cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo
• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: (verbo) - cedo (advérbio);
Não falo a pessoas estranhas.
Jamais vamos a festas.

Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais alto baixo
palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na bem mal
pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro -
cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura bom mau
(atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação bonito feio
decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar de-
(diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de menos
mais
de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido
doce salgado
(desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir
(soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor forte fraco
(que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, gordo magro
assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / salga-
onicolor - unicolor. insosso
do
 Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de amor ódio
apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na seco molhado
empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de
graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida. grosso fino
duro mole
 Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e
origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - doce amargo
São (santo) grande pequeno
Conotação e Denotação: sober-
humildade
ba
 Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do louvar censurar
original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
bendi-
maldizer
 Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. zer
Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas. ativo inativo
Sinônimo simpá-
antipático
tico
Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico pro-
ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro. regredir
gredir
O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem
rápido lento
repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem
enfadonhos. sair entrar
sozi- acompa-
Eufemismo nho nhado
Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto, con-
normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem discórdia
córdia
conhecida como eufemismo).
Exemplos: pesa-
leve
do
 gordo - obeso
 morrer - falecer quente frio
pre-
ausente
Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos sente
Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos. escuro claro
Sinônimos Perfeitos
inveja admiração
Se o significado é idêntico.
Exemplos:
 avaro – avarento,
Homógrafo
 léxico – vocabulário, Homógrafos são palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na
 falecer – morrer, pronúncia.
 escarradeira – cuspideira, Exemplos
 língua – idioma  rego (subst.) e rego (verbo);
 catorze - quatorze  colher (verbo) e colher (subst.);
 jogo (subst.) e jogo (verbo);
Sinônimos Imperfeitos  Sede: lugar e Sede: avidez;
Se os signIficados são próximos, porém não idênticos.
Exemplos: córrego – riacho, belo – formoso
 Seca: pôr a secar e Seca: falta de água.
Homófono
Palavras homófonas são palavras de pronúncias iguais. Existem dois
Antônimo
tipos de palavras homófonas, que são:
Antônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrário
(também oposto ou inverso) à outra.  Homófonas heterográficas
O emprego de antônimos na construção de frases pode ser um recurso  Homófonas homográficas
estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que Homófonas heterográficas
chame atenção do leitor ou do ouvinte. Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), mas
Pala- heterográficas (diferentes na escrita).
Antônimo Exemplos
vra
cozer / coser;
aberto fechado cozido / cosido;

Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
censo / senso As estrelas do cinema.
consertar / concertar O jardim vestiu-se de flores
conselho / concelho O fogo da paixão
paço / passo
noz / nós SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
hera / era
ouve / houve As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
voz / vós figurado:
cem / sem Construí um muro de pedra - sentido próprio
acento / assento Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
Homófonas homográficas A água pingava lentamente – sentido próprio.
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), e
homográficas (iguais na escrita).
Exemplos ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
Ele janta (verbo) / A janta está pronta (substantivo); No caso,
janta é inexistente na língua portuguesa por enquanto, já que As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
deriva do substantivo jantar, e está classificado como elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das
neologismo. palavras.
Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito
(substantivo). Exs.:
cinzeiro = cinza + eiro
Parônimo endoidecer = en + doido + ecer
Parônimo é uma palavra que apresenta sentido diferente e forma predizer = pre + dizer
semelhante a outra, que provoca, com alguma frequência, confusão. Essas
palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados Os principais elementos móficos são :
diferentes.
O parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a RADICAL
pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma.Palavras parônimas É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra.
são aquelas que têm grafia e pronúncia parecida. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
Exemplos enterrar = en + terra + ar
Veja alguns exemplos de palavras parônimas: pronome = pro + nome
acender. verbo - ascender. subir
acento. inflexão tônica - assento. dispositivo para sentar-se PREFIXO
cartola. chapéu alto - quartola. pequena pipa É o elemento mórfico que vem antes do radical.
comprimento. extensão - cumprimento. saudação Exs.: anti - herói in - feliz
coro (cantores) - couro (pele de animal)
deferimento. concessão - diferimento. adiamento SUFIXO
delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender É o elemento mórfico que vem depois do radical.
descrição. representação - discrição. reserva Exs.: med - onho cear – ense
descriminar. inocentar - discriminar. distinguir
despensa. compartimento - dispensa. desobriga
destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato) FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
emergir. vir à tona - imergir. mergulhar
eminência. altura, excelência - iminência. proximidade de ocorrência
emitir. lançar fora de si - imitir. fazer entrar As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a
enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá-
enformar. meter em fôrma - informar. avisar bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis-
entender. compreender - intender. exercer vigilância mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
lenimento. suavizante - linimento. medicamento para fricções
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala-
migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um país para
vras encontramos a seguinte divisão:
morar em outro - imigrar. entrar num país vindo de outro
peão. que anda a pé - pião. espécie de brinquedo  palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
recrear. divertir - recriar. criar de novo
se. pronome átono, conjugação - si. espécie de brinquedo  palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa
venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho  palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
vez. ocasião, momento - vês. verbo ver na 2ª pessoa do singular  palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor,
aguardente)
DENOTAÇAO E CONOTAÇAO
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conheci-
A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a mento dos seguintes processos de formação:
seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radi-
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se cais. São dois tipos de composição.
no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias  justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol,
interpretações. sexta-feira);
Observe os exemplos  aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de e-
Denotação lementos (pernalta, de perna + alta).
As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro.
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o a-
Conotação créscimo de afixos. São cinco tipos de derivação.

Língua Portuguesa 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil); trabalhar - trabalho
correr - corrida
 sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente); alto - altura
belo - beleza
 parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável
pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
 regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
de ajudar); florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
 imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva tempo, sol.
("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-
a comum). colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros
processos para formação de palavras, como: COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
 Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas de seres da mesma espécie.
por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo,
grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alco- Veja alguns coletivos que merecem destaque:
ômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino alavão - de ovelhas leiteiras
/ sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego); alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
 Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
antologia - de trechos literários escolhidos
zum, miau);
armada - de navios de guerra
 Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.) arquipélago - de ilhas
assembleia - de parlamentares, de membros de associações
 Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se- atilho - de espigas de milho
quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de atlas - de cartas geográficas, de mapas
siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista) banca - de examinadores
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
 Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas pala- bando - de aves, de pessoal em geral
vras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves
ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PRE- cancioneiro - de poemas, de canções
POSIÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE caravana - de viajantes
IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES). cardume - de peixes
clero - de sacerdotes
colmeia - de abelhas
SUBSTANTIVOS concílio - de bispos
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa
Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no- congregação - de professores, de religiosos
me aos seres em geral. congresso - de parlamentares, de cientistas
conselho - de ministros
São, portanto, substantivos. consistório - de cardeais sob a presidência do papa
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, constelação - de estrelas
Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado. corja - de vadios
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba- elenco - de artistas
lho, corrida, tristeza beleza altura. enxame - de abelhas
enxoval - de roupas
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS esquadra - de navios de guerra
a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie: esquadrilha - de aviões
rio, cidade, pais, menino, aluno falange - de soldados, de anjos
b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento. farândola - de maltrapilhos
Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To- fato - de cabras
cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair. fauna - de animais de uma região
c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro- feixe - de lenha, de raios luminosos
priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi- flora - de vegetais de uma região
que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con- frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus
creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta, girândola - de fogos de artifício
fada, bruxa, saci. horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só junta - de bois, médicos, de examinadores
existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, júri - de jurados
pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão, legião - de anjos, de soldados, de demônios
portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres: malta - de desordeiros
trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. manada - de bois, de elefantes
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje- matilha - de cães de caça
tivos ninhada - de pintos

Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nuvem - de gafanhotos, de fumaça o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
panapaná - de borboletas o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
pelotão - de soldados o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
penca - de bananas, de chaves
o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
pinacoteca - de pinturas
plantel - de animais de raça, de atletas
quadrilha - de ladrões, de bandidos Plural dos Nomes Simples
ramalhete - de flores 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
réstia - de alhos, de cebolas casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
récua - de animais de carga 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
romanceiro - de poesias populares a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
resma - de papel corações; grandalhão, grandalhões.
revoada - de pássaros b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
súcia - de pessoas desonestas guardiães.
vara - de porcos c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
vocabulário - de palavras cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.

Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma


FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e
ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
grau.
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,
Gênero armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini- 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,
no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-
fens (ou hífenes).
Podemos classificar os substantivos em: Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-
para o masculino, outra para o feminino: mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
aluno/aluna homem/mulher Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
menino /menina carneiro/ovelha 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas fósseis; réptil, répteis.
pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-
padrinho/madrinha bode/cabra ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.
cavaleiro/amazona pai/mãe 7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni-
b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses;
forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
em: São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os
1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix,
animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. os ônix.
Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve- 8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê- tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri-
mea mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi-
2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que tos.
designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a Substantivos só usados no plural
estudante, este dentista. afazeres anais
3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam arredores belas-artes
pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar- cãs condolências
tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn- confins exéquias
juge, a pessoa, a criatura. férias fezes
Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: núpcias óculos
uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino. olheiras pêsames
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes)
AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
Plural dos Nomes Compostos
São masculinos São femininos
o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
1. Somente o último elemento varia:
o teorema o ágape a análise a usucapião a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara-
o trema o caudal a cal a bacanal boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns;
o edema o champanha a cataplasma a líbido b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-
o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
o lança-perfume o formicida a comichão a hélice mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres;
o fibroma o guaraná a aguardente c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo
o estratagema o plasma ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda-
o proclama o clã
comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-
pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-
Mudança de Gênero com mudança de sentido melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
Veja alguns exemplos: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;
o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo)

Língua Portuguesa 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem- • É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-
rabo, burros-sem-rabo; tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade • Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos- mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.
banana-maçã, bananas-maçã. • Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos- minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-
correios, homens-rãs, navios-escolas, etc. zinho, pequenito.

3. Ambos os elementos são flexionados: Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves- gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas- diferentes para designar o sexo:
compromissos. bode - cabra genro - nora
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor- burro - besta padre - madre
perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida, carneiro - ovelha padrasto - madrasta
caras-pálidas. cão - cadela padrinho - madrinha
cavalheiro - dama pai - mãe
São invariáveis: compadre - comadre veado - cerva
a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi- frade - freira zangão - abelha
sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; frei – soror etc.
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem- ADJETIVOS
desocupa-o-copo;
c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
perde-ganha, os perde-ganha. FLEXÃO DOS ADJETIVOS
Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda- Gênero
marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa- Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-
lher simples; aluno feliz - aluna feliz.
Adjetivos Compostos b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-
Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona. tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino- alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
americanos; cívico-militar, cívico-militares.
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-
segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos melhante a dos substantivos.
amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur- Número
dos-mudos > surdas-mudas. a) Adjetivo simples
3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho. Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples:
Graus do substantivo pessoa honesta pessoas honestas
Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais regra fácil regras fáceis
podem ser: sintéticos ou analíticos. homem feliz homens felizes
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in-
variáveis:
Analítico blusa vinho blusas vinho
Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama- camisa rosa camisas rosa
nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande. b) Adjetivos compostos
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele-
Sintético mento varia, tanto em gênero quanto em número:
Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados. acordos sócio-político-econômico
acordos sócio-político-econômicos
causa sócio-político-econômica
Principais sufixos aumentativos causas sócio-político-econômicas
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO, acordo luso-franco-brasileiro
ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão, acordo luso-franco-brasileiros
lente côncavo-convexa
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu- lentes côncavo-convexas
ça. camisa verde-clara
camisas verde-claras
Principais Sufixos Diminutivos sapato marrom-escuro
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO, sapatos marrom-escuros
ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, Observações:
1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável:
montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, camisa verde-abacate camisas verde-abacate
pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, sapato marrom-café sapatos marrom-café
homúncula, apícula, velhusco. blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:
blusa azul-marinho blusas azul-marinho
Observações: camisa azul-celeste camisas azul-celeste
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui- 3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. variam:
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.
Língua Portuguesa 24 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
menino surdo-mudo meninos surdos-mudos magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
menina surda-muda meninas surdas-mudas manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
Graus do Adjetivo pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex- possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
pressas em dois graus: próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
- o comparativo público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
- o superlativo sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
Comparativo simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma
velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual,
voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
- Comparativo de igualdade:
Adjetivos Gentílicos e Pátrios
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral.
Argélia – argelino Bagdá - bagdali
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
- Comparativo de superioridade:
Bóston - bostoniano Braga - bracarense
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro.
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.
Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
- Comparativo de inferioridade:
bucarestense Campos - campista
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
Cairo - cairota Caracas - caraquenho
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.
Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
Catalunha - catalão Chipre - cipriota
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi-
Chicago - chicaguense Córdova - cordovês
dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense
- Superlativo absoluto
bricense Cuiabá - cuiabano
Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser:
Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho
Esta cidade é poluidíssima.
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense,
Esta cidade é muito poluída.
Egito - egípcio capixaba
- Superlativo relativo
Equador - equatoriano Évora - eborense
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a
Filipinas - filipino Finlândia - finlandês
outros seres:
Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano
Este rio é o mais poluído de todos.
Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Este rio é o menos poluído de todos.
Gabão - gabonês Galiza - galego
Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
Goiânia - goianense Granada - granadino
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -
Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco
muito trabalhador, excessivamente frágil, etc.
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano
- Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-
Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho
quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.
Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita
Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense
tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho
NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
Macapá - macapaense Macau - macaense
ABSOLUTO
Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe
RELATIVO
Madri - madrileno Manaus - manauense
bom melhor ótimo
Marajó - marajoara Minho - minhoto
melhor
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco
mau pior péssimo
Montevidéu - montevideano Natal - natalense
pior
Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano
grande maior máximo
Pequim - pequinês Pisa - pisano
maior
Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro
pequeno menor mínimo
Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense
menor
Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar
Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos: São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano
acre - acérrimo ágil - agílimo Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano
agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho
amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano
amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo Veneza - veneziano Vitória - vitoriense
áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo Locuções Adjetivas
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs-
célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo ser substituídas por um adjetivo correspondente.
eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo
frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
PRONOMES
incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre-
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

Língua Portuguesa 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
substantivo. ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
• Ele chegou. (ele) Considera-se errado seu emprego como complemento:
• Convidei-o. (o) Convidaram ELE para a festa (errado)
Receberam NÓS com atenção (errado)
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex- EU cheguei atrasado (certo)
tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. ELE compareceu à festa (certo)
• Esta casa é antiga. (esta) 2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
• Meu livro é antigo. (meu) pronomes retos:
Convidei ELE (errado)
Classificação dos Pronomes Chamaram NÓS (errado)
Há, em Português, seis espécies de pronomes: Convidei-o. (certo)
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas Chamaram-NOS. (certo)
de tratamento: 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; reto seu emprego como complemento:
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; Informaram a ELE os reais motivos.
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá- Emprestaram a NÓS os livros.
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou- Eles gostam muito de NÓS.
trem, nada, cada, algo. 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in- errado seu emprego como complemento:
terrogativas. Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis- Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de
curso: preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas
1ª pessoa: quem fala, o emissor. MIM e TI:
Eu sai (eu) Ninguém irá sem EU. (errado)
Nós saímos (nós) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Convidaram-me (me) Ninguém irá sem MIM. (certo)
Convidaram-nos (nós) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Tu saíste (tu) Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
Vós saístes (vós) TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
Convidaram-te (te) como sujeito de um verbo no infinitivo.
Convidaram-vos (vós) Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
Ele saiu (ele)
Eles sairam (eles) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
Convidei-o (o) gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de
Convidei-os (os) sujeito.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
Os pronomes pessoais são os seguintes: somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em
que os referidos pronomes não sejam reflexivos:
NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO Querida, gosto muito de SI. (errado)
singular 1ª eu me, mim, comigo Preciso muito falar CONSIGO. (errado)
2ª tu te, ti, contigo Querida, gosto muito de você. (certo)
3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe Preciso muito falar com você. (certo)
plural 1ª nós nós, conosco
2ª vós vós, convosco Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os
3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos:
Ele feriu-se
PRONOMES DE TRATAMENTO Cada um faça por si mesmo a redação
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra- O professor trouxe as provas consigo
tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a 6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados
você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso. normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica:
Veja, a seguir, alguns desses pronomes: Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
PRONOME ABREV. EMPREGO Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V .Ema cardeais 7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com-
Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa
binações possíveis são as seguintes:
Magnificência V. Mag a reitores de universidades
Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral me+o=mo me + os = mos
Vossa Santidade V.S. papas te+o=to te + os = tos
Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados lhe+o=lho lhe + os = lhos
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo- lhes + o = lho lhes + os = lhos
cês.
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS a, as.

Língua Portuguesa 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
me+a=ma me + as = mas 2. Depois do verbo - ênclise
te+a=ta te + as = tas Observo-te há dias.
- Você pagou o livro ao livreiro? 3. No interior do verbo - mesóclise
- Sim, paguei-LHO. Observar-te-ei sempre.

Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que Ênclise
representa o livreiro) com O (que representa o livro). Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como direto ou indireto.
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas O pai esperava-o na estação agitada.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos Expliquei-lhe o motivo das férias.
indiretos:
O menino convidou-a. (V.T.D ) Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l ) ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões) Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as 2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos: 3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado) Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado) 4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo) A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo) destino na mesa.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in- A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
finitivo: franco.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar. Próclise
Sofia deixou-se estar à janela. Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol- interrogativos e conjunções.
vendo as orações reduzidas de infinitivo: As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse. Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos: Quem lhe ensinou esses modos?
A mim, ninguém me engana. Quem os ouvia, não os amou.
A ti tocou-te a máquina mercante. Que lhes importa a eles a recompensa?
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas- 2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
mo vicioso e sim ênfase. Papai do céu o abençoe.
A terra lhes seja leve.
11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo, 3. Com o gerúndio precedido da preposição EM:
exercendo função sintática de adjunto adnominal: Em se animando, começa a contagiar-nos.
Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos. 4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
pausa entre eles.
12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo- Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
déstia:
Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Mesóclise
Vós sois minha salvação, meu Deus! Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando precedidos de palavras que reclamem a próclise.
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris.
falamos dessa pessoa: Dir-se-ia vir do oco da terra.
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Vossa Excelência já aprovou os projetos? Mas:
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração. Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris.
Jamais se diria vir do oco da terra.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE, Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª Lembrarei-me (!?)
pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como Diria-se (!?)
pronomes de terceira pessoa:
Você trouxe seus documentos?
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas. O Pronome Átono nas Locuções Verbais
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
COLOCAÇÃO DE PRONOMES enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
Podemos contar-lhe o ocorrido.
Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
Podemos-lhe contar o ocorrido.
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições:
Não lhes podemos contar o ocorrido.
1. Antes do verbo - próclise
O menino foi-se descontraindo.
Eu te observo há dias.

Língua Portuguesa 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O menino foi descontraindo-se. coisa designada em relação à pessoa gramatical.
O menino não se foi descontraindo.
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
cartes ." livro está longe de ambas as pessoas.
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo. Os pronomes demonstrativos são estes:
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o
ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta.
AQUELE (e variações), próprio (e variações)
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da
MESMO (e variações), próprio (e variações)
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua-
SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
gem escrita.
Emprego dos Demonstrativos
PRONOMES POSSESSIVOS 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu- a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
indo-lhes a posse de alguma coisa. fala).
Este documento que tenho nas mãos não é meu.
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o Isto que carregamos pesa 5 kg.
livro pertence a 1ª pessoa (eu) b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
Este coração não pode me trair.
Eis as formas dos pronomes possessivos: Esta alma não traz pecados.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. Tudo se fez por este país..
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. c) Para indicar o momento em que falamos:
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Neste instante estou tranquilo.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. Deste minuto em diante vou modificar-me.
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. momento em que falamos:
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile.
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem.
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de Um dia destes estive em Porto Alegre.
você). e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no
qual se inclui o momento em que falamos:
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui- Nesta semana não choveu.
dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). Neste mês a inflação foi maior.
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. Este ano será bom para nós.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Este século terminará breve.
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando:
Este assunto já foi discutido ontem.
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro- Tudo isto que estou dizendo já é velho.
nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar:
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as Só posso lhe dizer isto: nada somos.
suas mãos). Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.
Não me respeitava a adolescência. 2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se:
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. quem se fala):
Esse documento que tens na mão é teu?
Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: Isso que carregas pesa 5 kg.
1. Cálculo aproximado, estimativa: b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente:
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos Esse teu coração me traiu.
2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história Essa alma traz inúmeros pecados.
O nosso homem não se deu por vencido. Quantos vivem nesse pais?
Chama-se Falcão o meu homem c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese-
3. O mesmo que os indefinidos certo, algum jamos distância:
Eu cá tenho minhas dúvidas O povo já não confia nesses políticos.
Cornélio teve suas horas amargas Não quero mais pensar nisso.
4. Afetividade, cortesia d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa:
Como vai, meu menino? Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde.
Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo O que você quer dizer com isso?
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que
No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren- falamos:
tes de família. Um dia desses estive em Porto Alegre.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Comi naquele restaurante dia desses.
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida- f) Para indicar aquilo que já mencionamos:
de. Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan-
não sabia o que dizer. te.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se:
PRONOMES DEMONSTRATIVOS a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á
3ª.
São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
Aquele documento que lá está é teu?

Língua Portuguesa 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. cujo cujos cuja cujas que
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. quanto quanta quantas onde
Naquele instante estava preocupado. quantos
Daquele instante em diante modifiquei-me.
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele Observações:
século, para exprimir que o tempo já decorreu. 1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas, vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL.
usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou O médico de quem falo é meu conterrâneo.
variações) para a primeira: 2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso sempre um substantivo sem artigo.
e aquela tranquila. Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE, 3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos
pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural: de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose? Tenho tudo quanto quero.
Com um frio destes não se pode sair de casa. Leve tantos quantos precisar.
Nunca vi uma coisa daquelas. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter 4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
reforçativo: EM QUE.
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos. A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
ISSO ou AQUELE (e variações). PRONOMES INDEFINIDOS
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de
O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. modo vago, impreciso, indeterminado.
Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,
A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO
homens superiores. Exemplos:
8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: Algo o incomoda?
A menina ia cair, nisto, o pai a segurou Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE, Não faças a outrem o que não queres que te façam.
ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Quem avisa amigo é.
Tal era a situação do país. Encontrei quem me pode ajudar.
Não disse tal. Ele gosta de quem o elogia.
Tal não pôde comparecer. 2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA
CERTAS.
Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu- Cada povo tem seus costumes.
des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha Certas pessoas exercem várias profissões.
QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.
Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL
ou OUTRO TAL: PRONOMES INTERROGATIVOS
Suas manias eram tais quais as minhas. Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de
A mãe era tal quais as filhas. modo impreciso à 3ª pessoa do discurso.
Os filhos são tais qual o pai. Exemplos:
Tal pai, tal filho. Que há?
É pronome substantivo em frases como: Que dia é hoje?
Não encontrarei tal (= tal coisa). Reagir contra quê?
Não creio em tal (= tal coisa) Por que motivo não veio?
Quem foi?
PRONOMES RELATIVOS Qual será?
Quantos vêm?
Veja este exemplo:
Quantas irmãs tens?
Armando comprou a casa QUE lhe convinha.

A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo VERBO


casa é um pronome relativo.

PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re- CONCEITO


feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. “As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando-
A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. as no tempo.
No exemplo dado, o antecedente é casa. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re-
Outros exemplos de pronomes relativos: ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e
Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas.
O lugar onde paramos era deserto. Assim fiz. Morreram.”
Traga tudo quanto lhe pertence. (Clarice Lispector)
Leve tantos ingressos quantos quiser.
Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
a) Estado:
Eis o quadro dos pronomes relativos: Não sou alegre nem sou triste.
Sou poeta.
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS b) Mudança de estado:
Meu avô foi buscar ouro.
Masculino Feminino Mas o ouro virou terra.
o qual a qual quem c) Fenômeno:
os quais as quais
Língua Portuguesa 29 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Chove. O céu dorme. Particípio (falado)
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de a) agente do fato expresso.
estado e fenômeno, situando-se no tempo. O carroceiro disse um palavrão.
(sujeito agente)
FLEXÕES O verbo está na voz ativa.
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle- b) paciente do fato expresso:
xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: (sujeito paciente)
• a ação de cantar. O verbo está na voz passiva.
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). c) agente e paciente do fato expresso:
• o número gramatical (plural). O carroceiro machucou-se.
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). (sujeito agente e paciente)
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no O verbo está na voz reflexiva.
passado (indicativo). 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa). rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
Falo - Estudam.
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: fora do radical.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Falamos - Estudarei.
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. cantei - cantarei – cantava - cantasse.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme- b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
cemos. nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-
adormece. tado - morto - enxugado - enxuto.
b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
adormecem. gação.
3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante verbo ser: sou - fui
em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. verbo ir: vou - ia
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
A cachorra Baleia corria na frente. QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. 1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
Talvez a cachorra Baleia corra na frente . explícito. Quase todos os verbos são pessoais.
c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um O Nino apareceu na porta.
pedido 2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci-
Corra na frente, Baleia. to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais:
4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo, a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,
em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são: etc.
a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala: Garoava na madrugada roxa.
Fecho os olhos, agito a cabeça. b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele Houve um espetáculo ontem.
em que se fala: Há alunos na sala.
Fechei os olhos, agitei a cabeça. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos
c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala: claros.
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o Fazia dois anos que eu estava casado.
presente. Faz muito frio nesta região?

Veja o esquema dos tempos simples em português:


Presente (falo) O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)
INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
Imperfeito (falava) 3ª pessoa do singular - quando significa:
Mais- que-perfeito (falara) 1) EXISTIR
Futuro do presente (falarei) Há pessoas que nos querem bem.
do pretérito (falaria) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
Presente (fale) Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse) Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
Futuro (falar) 2) ACONTECER, SUCEDER
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que Não haja desavenças entre vós.
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
dos tempos simples. 3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
Infinitivo impessoal (falar) Há meses que não o vejo.
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) Haverá nove dias que ele nos visitou.
FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando) Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.

Língua Portuguesa 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O fato aconteceu há cerca de oito meses. O homem é mortal.
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
pretérito imperfeito, e não no presente: - fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada. maior realce à narrativa.
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis".
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo. É o chamado presente histórico ou narrativo.
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava. - fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
4) REALIZAR-SE Amanhã vou à escola.
Houve festas e jogos. Qualquer dia eu te telefono.
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos. b) Pretérito Imperfeito
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba. Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e - um fato passado contínuo, habitual, permanente:
seguido de infinitivo): Ele andava à toa.
Em pontos de ciência não há transigir. Nós vendíamos sempre fiado.
Não há contê-lo, então, no ímpeto. - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
Não havia descrer na sinceridade de ambos. por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. Era uma vez...
E não houve convencê-lo do contrário. - um fato presente em relação a outro fato passado.
Não havia por que ficar ali a recriminar-se. Eu lia quando ele chegou.
c) Pretérito Perfeito
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): ocorrido, concluído.
De há muito que esta árvore não dá frutos. Estudei a noite inteira.
De há muito não o vejo. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o
momento presente.
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com Tenho estudado todas as noites.
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª d) Pretérito mais-que-perfeito
pessoa do singular: Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em
Vai haver eleições em outubro. relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado):
Começou a haver reclamações. A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
Não pode haver umas sem as outras. e) Futuro do Presente
Parecia haver mais curiosos do que interessados. Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. futuro em relação ao momento em que se fala.
Irei à escola.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser f) Futuro do Pretérito
construída de três modos: Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
Hajam vista os livros desse autor. - um fato futuro, em relação a outro fato passado.
Haja vista os livros desse autor. - Eu jogaria se não tivesse chovido.
Haja vista aos livros desse autor. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto.
- Seria realmente agradável ter de sair?
CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às
vezes, ironia.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
- Daria para fazer silêncio?!
sentido da frase.
Exemplo:
Modo Subjuntivo
Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
a) Presente
A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar:
- um fato presente, mas duvidoso, incerto.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
Talvez eles estudem... não sei.
passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
- um desejo, uma vontade:
vando o mesmo tempo.
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
b) Pretérito Imperfeito
Outros exemplos:
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma
Os calores intensos provocam as chuvas.
hipótese, uma condição.
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Se eu estudasse, a história seria outra.
Eu o acompanharei.
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo.
Ele será acompanhado por mim.
e) Pretérito Perfeito
Todos te louvariam.
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar
Serias louvado por todos.
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
Prejudicaram-me.
características do modo subjuntivo).
Fui prejudicado.
Que tenha estudado bastante é o que espero.
Condenar-te-iam.
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito
Serias condenado.
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato
passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo:
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-
a) Presente
lamente.
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
e) Futuro
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu-
Eles estudam silenciosamente.
ído em relação a outro fato futuro.
Eles estão estudando silenciosamente.
Quando eu voltar, saberei o que fazer.
- uma ação habitual.
Corra todas as manhãs.
- uma verdade universal (ou tida como tal): VERBOS IRREGULARES
Língua Portuguesa 31 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem
DAR O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão imperativo negativo
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram CRER
Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam
Conjugam-se como crer, ler e descrer
MOBILIAR
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam DIZER
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,
AGUAR disseram
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam
Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
MAGOAR dissesse
Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa- Particípio dito
ram Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
APIEDAR-SE Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais- Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
vos, apiadam-se Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei- Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam
vos, apiedem-se Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis,
MOSCAR fizessem
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus- Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer
quem
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
RESFOLEGAR Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
resfolgam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, PODER
resfolguem Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam
NOMEAR Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,
Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam puderam
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam
nomeavam Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis,
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea- pudessem
ram Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem Gerúndio podendo
Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear Particípio podido
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
COPIAR imperativo negativo
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram PROVER
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá- Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
reis, copiaram Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê-
reis, proveram
ODIAR Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove-
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam riam
Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam
Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam
odiaram Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem provessem
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
Gerúndio provendo
CABER Particípio provido
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam QUERER
Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos, Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
coubéreis, couberam Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé-
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, reis, quiseram
coubessem Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, ABOLIR
quisessem Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem
Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
REQUERER Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis,
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem aboliram
Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão
requereram Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam
Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, Presente do subjuntivo não há
requerereis, requereram Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis,
Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis, abolissem
requererão Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere- Imperativo afirmativo abole, aboli
ríeis, requereriam Imperativo negativo não há
Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, Infinitivo impessoal abolir
requeiram Gerúndio abolindo
Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, Particípio abolido
requerêsseis, requeressem, O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I.
Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
requerem AGREDIR
Gerúndio requerendo Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Particípio requerido Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam
O verbo REQUERER não se conjuga como querer. Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I.
REAVER
Presente do indicativo reavemos, reaveis COBRIR
Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve- Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem
ram Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram
Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram
reouveram Particípio coberto
Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou- Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir
vésseis, reouvessem
Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, FALIR
reouverem Presente do indicativo falimos, falis
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen- Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam
ta a letra v Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
SABER Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Presente do subjuntivo não há
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
soubéreis, souberam Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Imperativo afirmativo fali (vós)
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, Imperativo negativo não há
soubessem Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem Gerúndio falindo
Particípio falido
VALER
Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem FERIR
Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem
Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.
TRAZER
Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem MENTIR
Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam
trouxéreis, trouxeram Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam FUGIR
Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
trouxessem
Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe- IR
rem Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Gerúndio trazendo Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Particípio trazido Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
VER Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio indo
Particípio visto Particípio ido

Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
OUVIR 6) NEGAÇÃO: não.
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam provavelmente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Particípio ouvido
Há Muitas Locuções Adverbiais
PEDIR 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir 3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
POLIR
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
REMIR 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam etc.
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
RIR
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Advérbios Interrogativos
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Palavras Denotativas
Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Gerúndio rindo 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Particípio rido 4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Conjuga-se como rir: sorrir 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
VIR Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Mas que olhos lindos!
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Veja só que maravilha!
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão NUMERAL
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem O numeral classifica-se em:
Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
- cardinal - quando indica quantidade.
Gerúndio vindo
Particípio vindo - ordinal - quando indica ordem.
Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir - multiplicativo - quando indica multiplicação.
- fracionário - quando indica fracionamento.
SUMIR
Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem Exemplos:
Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam Silvia comprou dois livros.
Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam Antônio marcou o primeiro gol.
Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-


vérbio, exprimindo uma circunstância. QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS
Os advérbios dividem-se em:
1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures, Algarismos Numerais
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan- Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários
te, através, defronte, aonde, etc. nos cos tivos
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, I 1 um primeiro simples -
nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, II 2 dois segundo duplo meio
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc. dobro
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, III 3 três terceiro tríplice terço
melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. IV 4 quatro quarto quádruplo quarto
4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema- V 5 cinco quinto quíntuplo quinto
siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto
mal, quase, apenas, etc. VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc. VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo

Língua Portuguesa 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
IX 9 nove nono nônuplo nono Não é aconselhável iniciar período com algarismos
X 10 dez décimo décuplo décimo 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
XI 11 onze décimo onze avos
primeiro A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-
XII 12 doze décimo doze avos nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois
segundo (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
XIII 13 treze décimo treze avos caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um,
terceiro página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a
XIV 14 quatorze décimo quatorze folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o
quarto avos numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
XV 15 quinze décimo quinze avos
quinto ARTIGO
XVI 16 dezesseis décimo dezesseis
sexto avos
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-
XVII 17 dezessete décimo dezessete
los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
sétimo avos
XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos
Dividem-se em
oitavo
• definidos: O, A, OS, AS
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
avos Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
XX 20 vinte vigésimo vinte avos Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos
XL 40 quarenta quadragé- quarenta Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
simo avos geral.
L 50 cinquenta quinquagé- cinquenta Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-
simo avos terminado).
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta
avos lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
LXX 70 setenta septuagési- setenta avos
mo
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos CONJUNÇÃO
XC 90 noventa nonagésimo noventa
avos Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
C 100 cem centésimo centésimo
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo Coniunções Coordenativas
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo 1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
CD 400 quatrocen- quadringen- quadringen- 2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
tos tésimo tésimo senão, no entanto, etc.
D 500 quinhen- quingenté- quingenté- 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer,
tos simo simo etc.
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési- 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por
mo mo consequência.
5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque,
DCC 700 setecen- septingenté- septingenté-
pois, etc.
tos simo simo
DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
Conjunções Subordinativas
simo simo
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
CM 900 novecen- nongentési- nongentési-
2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.
tos mo mo
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc.
M 1000 mil milésimo milésimo 4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc.
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
Emprego do Numeral etc.
Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc. 6) INTEGRANTES: que, se, etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais. 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de
Luis X (décimo) ano I (primeiro) forma que, de modo que, etc.
Pio lX (nono) século lV (quarto) 9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais,
etc.
De 11 em diante, empregam-se os cardinais: 10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.
Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES

Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal. Examinemos estes exemplos:


XX Salão do Automóvel (vigésimo) 1º) Tristeza e alegria não moram juntas.
VI Festival da Canção (sexto) 2º) Os livros ensinam e divertem.
lV Bienal do Livro (quarta) 3º) Saímos de casa quando amanhecia.
XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é
Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao uma conjunção.
emprego do ordinal.
Hoje é primeiro de setembro No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando
Língua Portuguesa 35 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
orações: são também conjunções. Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Desde que é impossível, não insistirei.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
mesma oração. ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa (= como).
da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
conjunção E é coordenativa. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à (Paulo Mendes Campos)
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
QUANDO é subordinativa. (Antônio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caça procurada."
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. (Amadeu de Queirós)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (Carlos Drummond de Andrade)
As conjunções coordenativas podem ser: Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. Os governantes realizam menos do que prometem.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
Não aprovo nem permitirei essas coisas. quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
Os livros não só instruem mas também divertem. menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam (= embora não).
as flores. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Beba, nem que seja um pouco.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape- Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
sar disso, em todo caso. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. afirmações.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. (= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Ficaremos sentidos, se você não vier.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
Hoje não atendo, em todo caso, entre. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou, que os mosquitos se opusessem."
ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc. (Ferreira de Castro)
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não
Ou você estuda ou arruma um emprego. são como (ou conforme) dizem.
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. "Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar."
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. (Machado de Assis)
"Já chora, já se ri, já se enfurece." 6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,
(Luís de Camões) tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de
4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con- forma que, de maneira que, sem que, que (não).
seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.
As árvores balançam, logo está ventando. Falou com uma calma que todos ficaram atônitos.
Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí.
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por- Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
que, porquanto, pois (anteposto ao verbo). 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem Afastou-se depressa para que não o víssemos.
causar incêndios. Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse.
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. Fiz-lhe sinal que se calasse.
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa- mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-
tivo: to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. À medida que se vive, mais se aprende.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde." À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
(Jorge Amado) Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à Observação:
outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida
traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou que e na medida em que. A forma correta é à medida que:
hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."
Abrangem as seguintes classes: (Maria José de Queirós)
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
que, uma vez que, desde que. 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa: que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que,
efeito). etc.

Língua Portuguesa 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Venha quando você quiser. DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
Não fale enquanto come. ATRÁS.
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora,
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval- conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo,
cânti) segundo, senão, tirante, visto, etc.
10) Integrantes: que, se.
Sabemos que a vida é breve. INTERJEIÇÃO
Veja se falta alguma coisa.

Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem


Observação:
ser:
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
- alegria: ahl oh! oba! eh!
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB,
- animação: coragem! avante! eia!
porém, não consigna esta espécie de conjunção.
- admiração: puxa! ih! oh! nossa!
- aplauso: bravo! viva! bis!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,
- desejo: tomara! oxalá!
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc.
- dor: aí! ui!
- silêncio: psiu! silêncio!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por-
- suspensão: alto! basta!
tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-
to. Assim, a conjunção que pode ser:
LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
1) Aditiva (= e):
valor de uma interjeição.
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
A nós que não a eles, compete fazê-lo.
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
2) Explicativa (= pois, porque):
Apressemo-nos, que chove.
3) Integrante: SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva: FRASE
Tanto se esforçou que conseguiu vencer. Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
Não vão a uma festa que não voltem cansados. O tempo está nublado.
Onde estavas, que não te vi? Socorro!
5) Comparativa (= do que, como): Que calor!
A luz é mais veloz que o som.
Ficou vermelho que nem brasa. ORAÇÃO
6) Concessiva (= embora, ainda que): Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal.
Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. A fanfarra desfilou na avenida.
Beba, um pouco que seja. As festas juninas estão chegando.
7) Temporal (= depois que, logo que):
Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. PERÍODO
8) Final (= pare que):
Período é a frase estruturada em oração ou orações.
Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
O período pode ser:
9) Causal (= porque, visto que):
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta).
"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
Fui à livraria ontem.
Coaraci)
• composto - quando constituído por mais de uma oração.
A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
Fui à livraria ontem e comprei um livro.
1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
disse. (sem que = embora não)
2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
(sem que = se não,caso não) São dois os termos essenciais da oração:
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
(sem que = que não) SUJEITO
4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não) Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.

Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes)

PREPOSIÇÃO O sujeito pode ser :


- simples: quando tem um só núcleo
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas;
Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter- núcleo: rosas)
mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o - composto: quando tem mais de um núcleo
segundo, um subordinado ou consequente. O burro e o cavalo saíram em disparada.
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo)
Exemplos: - oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal
Chegaram a Porto Alegre. Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu)
Discorda de você. - indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal
Fui até a esquina. Come-se bem naquele restaurante.
Casa de Paulo. - Inexistente: quando a oração não tem sujeito
Choveu ontem.
Preposições Essenciais e Acidentais Há plantas venenosas.
As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,

Língua Portuguesa 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PREDICADO TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
O predicado classifica-se em: alguma circunstância.
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
do sujeito. São termos acessórios da oração:
Nosso colega está doente. 1. ADJUNTO ADNOMINAL
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER, Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
PERMANECER, etc. substantivos. Pode ser expresso:
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a • pelos adjetivos: água fresca,
comunicar estado ou qualidade do sujeito. • pelos artigos: o mundo, as ruas
Nosso colega está doente. • pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
A moça permaneceu sentada. • pelos numerais : três garotos; sexto ano
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou • pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
transitivo.
O avião sobrevoou a praia. 2. ADJUNTO ADVERBIAL
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,
O sabiá voou alto. lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. Cheguei cedo.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio José reside em São Paulo.
de proposição.
Minha equipe venceu a partida. 3. APOSTO
• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
auxílio de preposição.
desenvolve ou resume outro termo da oração.
Ele precisa de um esparadrapo.
Dr. João, cirurgião-dentista,
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
complemento com auxilio de preposição.
4. VOCATIVO
Damos uma simples colaboração a vocês.
Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo
interpelar alguém ou alguma coisa.
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais
Tem compaixão de nós, ó Cristo.
predicativo do sujeito.
Professor, o sinal tocou.
Os rapazes voltaram vitoriosos.
Rapazes, a prova é na próxima semana.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico. PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
direto ou indireto. Fui ao cinema.
Elegemos o nosso candidato vereador. O pássaro voou.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO PERÍODO COMPOSTO


Chama-se termos integrantes da oração os que completam a No período composto há mais de uma oração.
significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à (Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens
compreensão do enunciado. folgam.)

1. OBJETO DIRETO Período composto por coordenação


Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo Apresenta orações independentes.
transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE. (Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.)

2. OBJETO INDIRETO Período composto por subordinação


Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo Apresenta orações dependentes.
transitivo indireto. (É bom) (que você estude.)
As crianças precisam de CARINHO.
Período composto por coordenação e subordinação
3. COMPLEMENTO NOMINAL Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de período é também conhecido como misto.
um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por (Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.)
um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo) ORAÇÃO COORDENADA
O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) Oração coordenada é aquela que é independente.
Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
(advérbio). As orações coordenadas podem ser:
- Sindética:
4. AGENTE DA PASSIVA Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção
Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na coordenativa.
voz passiva. Viajo amanhã, mas volto logo.
A mãe é amada PELO FILHO. - Assindética:
O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO. Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou
Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO. ponto e vírgula.
Chegou, olhou, partiu.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO A oração coordenada sindética pode ser:

Língua Portuguesa 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Desejo QUE VENHAM TODOS.
1. ADITIVA: Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
também: 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.

2. ADVERSATIVA: 4) COMPLETIVA NOMINAL


Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste Complemento nominal.
(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). Ser grato A QUEM TE ENSINA.
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Sou favorável A QUE O PRENDAM.
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. 5) PREDICATIVA (predicativo)
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
3. ALTERNATIVAS: Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra Não sou QUEM VOCÊ PENSA.
(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc).
Mudou o natal OU MUDEI EU? 6) APOSITIVAS (servem de aposto)
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!” Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
(C. Meireles)
7) AGENTE DA PASSIVA
4. CONCLUSIVAS: O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE,
etc).
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ.
um adjetivo.
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
5. EXPLICATIVAS:
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que
1) EXPLICATIVAS:
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR.
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
informação.
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração.
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
2) RESTRITIVAS:
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:
indispensáveis ao sentido da frase:
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.
Pedra QUE ROLA não cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
ORAÇÃO PRINCIPAL Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.
Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
por um conectivo. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
ELES DISSERAM que voltarão logo. Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
ELE AFIRMOU que não virá. um advérbio.
PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
ORAÇÃO SUBORDINADA 1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão:
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE.
introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal O tambor soa PORQUE É OCO.
nem sempre é a primeira do período.
Quando ele voltar, eu saio de férias. 2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS comparação.
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR O som é menos veloz QUE A LUZ.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função 3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite:
de um substantivo. POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram.
Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
substantivas classificam-se em: CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava.

1) SUBJETIVA (sujeito) 4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese:


Convém que você estude mais. SE O CONHECESSES, não o condenarias.
Importa que saibas isso bem. . Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO?
É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
com outro:
2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)

Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. vão para o singular ou para o plural.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Já estudei o primeiro e segundo livros.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. que se referem.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. Ela mesma veio até aqui.
Eles chegaram sós.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: Eles próprios escreveram.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. Muito obrigado. (masculino singular)
Muito obrigada. (feminino singular).
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica
oração principal: invariável quando é advérbio.
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. Quero meio quilo de café.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. Minha mãe está meio exausta.
É meio-dia e meia. (hora)
10) MODAIS: exprimem modo, maneira: 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. tivo a que se referem.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
A expressão em anexo é invariável.
ORAÇÕES REDUZIDAS Trouxe em anexo estas fotos.
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu-
gerúndio, infinitivo e particípio. em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis.
Vocês falaram alto demais.
Exemplos: O combustível custava barato.
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. Você leu confuso.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. Ela jura falso.
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
conseguirás. 16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos,
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS sofrem variação normalmente.
ATENTOS. Esses pneus custam caro.
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO, Conversei bastante com eles.
entristeceu-se. Conversei com bastantes pessoas.
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES Estas crianças moram longe.
MAIS. Conheci longes terras.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
me. CONCORDÂNCIA VERBAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL CASOS GERAIS

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL


Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante 1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões. O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
Principais Casos de Concordância Nominal O pessoal ainda não chegou.
1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em A turma não gostou disso.
gênero e número com o substantivo. Um bando de pássaros pousou na árvore.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico. 3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural.
normalmente para o plural. Os Estados Unidos são um grande país.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio. Os Lusíadas imortalizaram Camões.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai Os Alpes vivem cobertos de neve.
para o masculino plural. Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular.
Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios. Flores já não leva acento.
4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais O Amazonas deságua no Atlântico.
próximo: Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica.
Trouxe livros e revista especializada. 4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome
5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi- no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-
mo. temente.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos. A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios.
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram).
sujeito. 5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o
Meus amigos estão atrapalhados. sujeito paciente.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica- Vende-se um apartamento.
tivo no gênero da pessoa a quem se refere. Vendem-se alguns apartamentos.
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo. 6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o
8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo verbo para a 3ª pessoa do singular.

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Precisa-se de funcionários. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no concorda com o pronome.
singular e o verbo no singular ou no plural. A ciência, mestres, sois vós.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) Em minha turma, o líder sou eu.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. apenas um deles deve ser flexionado.
Mais de um jurado fez justiça à minha música. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
sujeito. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
Deu uma hora. calmente do outro.
Deram três horas.
Bateram cinco horas. A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
Naquele relógio já soaram duas horas. adjetivos).
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito. Exemplos:
Ela é que faz as bolas.
Eu é que escrevo os programas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
um pronome relativo. PARA = passagem
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Fui eu que fiz a lição A regência verbal trata dos complementos do verbo.
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-
veis.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• que: Fui eu que fiz a lição.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• quem: Fui eu quem fez a lição.
• pretender (transitivo indireto)
• o que: Fui eu o que fez a lição.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
2. OBEDECER - transitivo indireto
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
este sua impessoalidade.
3. PAGAR - transitivo direto e indireto
Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Já paguei um jantar a você.
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER 5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
Prefiro Comunicação à Matemática.
1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA- 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
RECER concordam com o predicativo. Informei-lhe o problema.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões. 7. ASSISTIR - morar, residir:
Aquilo é ilusão. Assisto em Porto Alegre.
• amparar, socorrer, objeto direto
2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con- O médico assistiu o doente.
corda sempre com o nome ou pronome que vier depois. • PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto
Que são florestas equatoriais? Assistimos a um belo espetáculo.
Quem eram aqueles homens? • SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Assiste-lhe o direito.
3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
a expressão numérica. 8. ATENDER - dar atenção
São oito horas. Atendi ao pedido do aluno.
Hoje são 19 de setembro. • CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto
De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros. Atenderam o freguês com simpatia.

4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER 9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
fica no singular. A moça queria um vestido novo.
Três batalhões é muito pouco. • GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto
Trinta milhões de dólares é muito dinheiro. O professor queria muito a seus alunos.

5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular. 10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto
Maria era as flores da casa. Todos visamos a um futuro melhor.
O homem é cinzas. • APONTAR, MIRAR - objeto direto
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER • pör o sinal de visto - objeto direto
concorda com o predicativo. O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
Dançar e cantar é a sua atividade.
Estudar e trabalhar são as minhas atividades. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores.

Língua Portuguesa 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Desobedeceram às leis do trânsito. não sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera você?); (3) nas
reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem é...
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE Sendo ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu o
• exigem na sua regência a preposição EM que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz à guerra! Guie-o a mão
O armazém está situado na Farrapos. da Providência!); (6) nas que têm o verbo na passiva pronominal (Elimina-
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. ram-se de vez as esperanças); (7) nas que começam por adjunto adverbial
(No profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a vontade de
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo. Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaças); (8) nas construí-
Essas tuas justificativas não procedem. das com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se normalmente
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se depois do verbo da oração principal as orações subordinadas substantivas:
com a preposição DE. é claro que ele se arrependeu.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A. Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes ca-
O secretário procedeu à leitura da carta. sos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) nas
exclamativas (Que bonito é esse lugar!).
14. ESQUECER E LEMBRAR Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do ad-
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto: junto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enunciado
Esqueci o nome desta aluna. lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa ordem:
Lembrei o recado, assim que o vi. (Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no sentido de
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos superlativos
Esqueceram-se da reunião de hoje. relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição do adjetivo,
Lembrei-me da sua fisionomia. em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande
homem, um pobre rapaz).
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do
• pagar - Pago o 13° aos professores. verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise,
• dar - Daremos esmolas ao pobre. pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia).
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de
• agradecer - Agradeço as graças a Deus. palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos
• pedir - Pedi um favor ao colega. (Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de
advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optativas
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: (Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te comportes);
O amor implica renúncia. (4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com infinitivo
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la, los, las
COM: (Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem pausa
O professor implicava com os alunos (Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanharam) ou
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi- de pronomes indefinidos (Todos a estimam).
ção EM:
Implicou-se na briga e saiu ferido Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o ver-
bo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, conta-
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: ram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja no
Ele foi a São Paulo para resolver negócios. infinitivo (Não quis incomodar-se).
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a me-
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
sóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o
verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome,
18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a língua
como sujeito:
moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal.
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di- Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompanha-
ficuldade, será objeto indireto. do de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a forma
Custou-me confiar nele novamente. oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a mim...).
Custar-te-á aceitá-la como nora. Havendo verbo auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a este. (Por
que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.)

COLOCAÇÃO PRONOMINAL Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome átono costuma
vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se um pouco, observou...). Nas
Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a compreensão locuções verbais, virá enclítico ao auxiliar (João foi-se afastando), salvo
de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posição funcionalmente quando este estiver antecedido de expressão que, de regra, exerça força
correta em relação às outras, assim como convém dispor com clareza as atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos, conjun-
orações no período e os períodos no discurso. ções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastando.
Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que se cuida da or- Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos pre-
dem ou disposição das palavras na construção das frases. Os termos da cedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez), salvo
oração, em português, geralmente são colocados na ordem direta (sujeito + quando vêm sem artigo definido (Guardei boas lembranças suas); quando
verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). As há ênfase (Não, amigos meus!); quando determinam substantivo já deter-
inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce do termo cuja minado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um numeral
posição natural se altera: Corajoso é ele! Medonho foi o espetáculo), ou de (Recebeu três cartas minhas), por um demonstrativo (Receba esta lem-
pura natureza gramatical, sem intenção especial de realce, obedecendo-se, brança minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos meus).
apenas a hábitos da língua que se fizeram tradicionais.
Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes
Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos: adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses pro-
(1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogativas, blemas). A posposição do demonstrativo é obrigatória em algumas formas

Língua Portuguesa 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormente: "Ouvi (8) Com formas verbais proparoxítonas
tuas razões, razões essas que não chegaram a convencer-me." - Nós o censurávamos.
Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam um adjetivo, um MESÓCLISE
particípio isolado ou outro advérbio vêm, em regra, antepostos a essas
palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – ama-
verbo, os advérbios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou rei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu –
admiravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao verbo, o amaria, amarias, …)
adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá longe a gaivota voava - Convidar-me-ão para a festa.
rente ao mar." - Convidar-me-iam para a festa.
Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, salien- Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
tem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de um
termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante caudalo- - Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
so" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão da ordem ÊNCLISE
normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-se na gela-
da areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse -- transposi- Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
ção, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A nossa
- Tornarei-me……. (errada)
Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (= Não digo
- Tinha entregado-nos……….(errada)
que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4) sínquise --
alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificulta a compre- Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
ensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João, filho de
Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro, moderava a - Entregar-lhe (correta)
rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. - Não posso recebê-lo. (correta)
Outros casos:
Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise) - Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
Por Cristiana Gomes
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa,
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), ocorrerá a próclise:
no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia. - Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
PRÓCLISE COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Usamos a próclise nos seguintes casos: Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio
ou particípio.
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada,
ninguém, nem, de modo algum. AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se
houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu. - Havia-lhe contado a verdade.
- De modo algum me afastarei daqui. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
- Ela nem se importou com meus problemas.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
embora, logo, que.
Infinitivo
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”. - Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- É necessário que a deixe na escola. - Quero dizer-lhe o que aconteceu.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
Gerúndio
(3) Advérbios - Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
- Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar
- Talvez o veja na escola. ou depois do verbo principal.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de Infinitivo
atrair o pronome. - Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
- Aqui, trabalha-se.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. Gerúndio
- Alguém me ligou? (indefinido) - Não lhe ia dizendo a verdade.
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) - Não ia dizendo-lhe a verdade.
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
(5) Em frases interrogativas. PROVA SIMULADA I
- Quanto me cobrará pela tradução?
(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). 01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras.
- Deus o abençoe! (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
- Macacos me mordam! (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados.
- Deus te abençoe, meu filho! (C) O processo foi julgado em segunda estância.
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. (D) O problema passou despercebido na votação.
- Em se plantando tudo dá. (E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão.

Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (C) àquele...à ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (D) ao ... à ... à
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (E) àquele ... a ... a
(C) A colega não se contera diante da situação.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. norma culta.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: trarão grandes benefícios às pesquisas.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. com o meio ambiente.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. vendo projetos na área médica.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
sentadas pelos economistas.
04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
conformidade com a norma culta. litoral ou aproveitam férias ali.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
interior da concha de moluscos reúne outras características interes- 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é:
santes, como resistência e flexibilidade. (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de chuvas.
componentes para a indústria. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla-
(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de mações.
componentes para a indústria. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à
(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com- cultura.
ponentes para a indústria. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de culpa.
componentes para a indústria. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria.
(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria. 12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó-
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele-
para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação
ele está empregado conforme o padrão culto. aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido-
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem. res.
(B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje. (Texto adaptado)
(C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha. Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro. as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi-
(E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa. dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está (B) delas ... a elas ... lhes ... deles
correta em: (C) seus ... nas ... los ... deles
(A) As características do solo são as mais variadas possível. (D) delas ... a elas ... lhes ... seu
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente. (E) seus ... lhes ... eles ... neles
(C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
(D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações. 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
(E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. com o padrão culto.
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
flexão de grau. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran- (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
te as férias.
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. direto e indireto em:
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade. (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala- (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
estatal ciência e tecnologia. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(A) à ... sobre o ... do ... para Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(B) a ... ao ... do ... para respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(C) à ... do ... sobre o ... a (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
(D) à ... ao ... sobre o ... à (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(E) a ... do ... sobre o ... à (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
eles devem estar aptos comercializar seus produtos. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação
(A) ao ... a ... à do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração
(B) àquele ... à ... à de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo

Língua Portuguesa 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
respeitam as regras de pontuação. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, dos galhos da velha árvore.
que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (A) Quem podou? e Quando podou?
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
Policial, confessou sua participação no referido furto. (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
(D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste (D) Que vizinho? e Que galhos?
funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Quando podou? e Podou o quê?
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili-
18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento
predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen- correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua-
te, apenas a: ção em:
(A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas.
(B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
(C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
(D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
(E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas.

Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. 25. Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
O livro de registro do processo que você procurava era o que estava Considere:
sobre o balcão. I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem modo;
a III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do
(A) processo e livro. fato;
(B) livro do processo. IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
(C) processos e processo. V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
(D) livro de registro. Está correto o contido apenas em
(E) registro e processo. (A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período (C) I, III e IV.
acima: (D) II, III e IV.
I. há, no período, duas orações; (E) III, IV e V.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. indicando concessão, é:
Está correto o contido apenas em (A) para poder trabalhar fora.
(A) II e IV. (B) como havia programado.
(B) III e IV. (C) assim que recebeu o prêmio.
(C) I, II e III. (D) porque conseguiu um desconto.
(D) I, II e IV. (E) apesar do preço muito elevado.
(E) I, III e IV.
27. É importante que todos participem da reunião.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do O segmento que todos participem da reunião, em relação a
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: É importante, é uma oração subordinada
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; (A) adjetiva com valor restritivo.
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura (B) substantiva com a função de sujeito.
pelo Juiz; (C) substantiva com a função de objeto direto.
III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen- (D) adverbial com valor condicional.
te ao da palavra mas; (E) substantiva com a função de predicativo.

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe- E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
lecida pelo termo como é de
(A) comparatividade. 33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
(B) adição. que ela:
(C) conformidade. A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em
(D) explicação. outras áreas;
(E) consequência. B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes
cidades;
29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam
franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão para a classe dominante;
contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di- D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a
versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos de outros indicadores sociais;
possíveis franqueados. E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e décadas.
relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(A) digo ... portanto ... mas 34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:
(B) como ... pois ... mas A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros
(C) ou seja ... embora ... pois indicadores sociais melhoraram;
(D) ou seja ... mas ... portanto B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
(E) isto é ... mas ... como mantém onipresente;
C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos
30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos incompetentes;
investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados. D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas,
A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí- a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo;
rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi- E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da
da, sem alterar o sentido da frase, é: miséria que leva à criminalidade.
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
(B) Concluído o processo de seleção dos investidores ... 35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na
(C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ... quantidade, exceto:
(D) Se concluído do processo de seleção dos investidores... A) frequência escolar;
(E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ... B) liderança diplomática;
C) mortalidade infantil;
A MISÉRIA É DE TODOS NÓS D) analfabetismo;
Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social E) desempenho econômico.
que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama- 36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com
nho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança
período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil na América Latina;
também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmen- B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;
te. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no
No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando cenário exterior;
uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien-
tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte temente forte para tornar-se líder;
oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior.

Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. 37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora:
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem B) se manifeste de formas distintas;
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida- C) esteja escondida dos olhos de alguns;
des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e D) seja combatida pelas autoridades;
se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações E) se torne mais disseminada e cruel.
é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da 38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em-
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim- preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma
ples. INCORRETA é:
Veja, ed. 1735 A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;
31. O título dado ao texto se justifica porque: C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante;
A) a miséria abrange grande parte de nossa população; D) não é um problema universal = é um problema particular;
B) a miséria é culpa da classe dominante; E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida.
C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós; 39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse
E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos. segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria:
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria;
32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no E) mantenha.
Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-
ção?'': 40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos
A) tem sua resposta dada no último parágrafo; abaixo é:
B) representa o tema central de todo o texto; A) ''Como entender a resistência da miséria...'';
C) é só uma motivação para a leitura do texto; B) ''No decorrer das últimas décadas...'';

Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
PROTESTO TÍMIDO B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam inútil;
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
um menino. as.

Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra- 44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a
ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os seguir:
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura- I- Daqui há pouco vou sair.
cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia I- Está no Rio há duas semanas.
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de III - Não almoço há cerca de três dias.
sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando- As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
nado. são:
A) I - II
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de B) I - III
sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns C) II - IV
mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru- D) I - IV
lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém E) II - III
tomava conhecimento da existência do menino.
45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do
Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões texto é:
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor- A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados
dasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu na crônica;
problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social? B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino
(....) C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é
a sujeira;
Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina- D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para o
ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem texto;
onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crônica.
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a
ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e 46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma
lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos forma que:
desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos A) salvo-conduto;
disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para B) abaixo-assinado;
nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que C) salário-família;
sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas esta- D) banana-prata;
mos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, con- E) alto-falante.
quistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor
abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de menores. 47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do
Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é
terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte. que o autor:
A) se utiliza de comparações depreciativas;
Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua, B) lança mão de vocábulo animalizador;
exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
com um monte de lixo. D) mostra precisão em todos os dados fornecidos;
Fernando Sabino E) usa grande número de termos adjetivadores.

41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor 48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto
definição: significa que:
A) registro de fatos históricos em ordem cronológica; A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava
B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano; morto;
C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado; B) a posição do menino era idêntica à de um morto;
D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas- C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou
tante variados; morto;
E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais. D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava
dormindo ou morto;
42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito - E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino.
vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem: 49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos
A) do passado para o presente; históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é:
B) da descrição para a narração; A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...'';
C) do impessoal para o pessoal; B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte'';
D) do geral para o específico; C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens'';
E) do positivo para o negativo. D) ''...isto é problema para o juizado de menores'';
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.

Língua Portuguesa 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
07. Abaixo, há uma frase onde a regência nominal não foi obedecida. Ache-
50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento a:
do texto é uma: a ( ) Éramos assíduos às festas da escola.
A) metonímia; b ( ) Os diretores estavam ausentes à reunião.
B) comparação ou símile; c ( ) O jogador deu um empurrão ao árbitro.
C) metáfora; d ( ) Nossa casa ficava rente do rio.
D) prosopopeia; e ( ) A entrega é feita no domicílio.
E) personificação.
08. Marque a afirmativa incorreta sobre o uso da vírgula:
RESPOSTAS – PROVA I a ( ) usa-se a vírgula para separar o adjunto adverbial anteposto;
01. D 11. B 21. B 31. D 41. D b ( ) a vírgula muitas vezes pode substituir a conjunção e;
02. A 12. A 22. A 32. B 42. B c ( ) a vírgula é obrigatória quando o objeto pleonástico for representado por
03. C 13. C 23. C 33. A 43. C pronome oblíquo tônico;
04. E 14. E 24. E 34. A 44. E d ( ) a presença da vírgula não implica pausa na fala;
05. A 15. C 25. D 35. B 45. A e ( ) nunca se deve usar a vírgula entre o sujeito e o verbo.
06. B 16. A 26. E 36. C 46. A
07. D 17. B 27. B 37. C 47. D 09. Marque onde há apenas um vocábulo erradamente escrito:
08. E 18. E 28. C 38. A 48. C a ( ) abóboda ; idôneo ; mantegueira ; eu quiz
09. C 19. D 29. D 39. A 49. B b ( ) viço ; sócio-econômico ; pexote ; hidravião
10. D 20. A 30. B 40. B 50. C c ( ) hilariedade ; caçoar ; alforje ; apasiguar
d ( ) alizar ; aterrizar ; óbulo ; teribintina
PROVA SIMULADA II e ( ) chale ; umedescer ; páteo ; obceno

01. Ache o verbo que está erradamente conjugado no presente do subjunti- 10. Identifique onde não ocorre a crase:
vo: a ( ) Não agrade às girafas com comida, diz o cartaz.
a ( ) requera ; requeras ; requera ; requeiramos ; requeirais ; requeram b ( ) Isso não atende às exigências da firma.
b ( ) saúde ; saúdes ; saúde ; saudemos ; saudeis ; saúdem c ( ) Sempre obedeço à sinalização.
c ( ) dê ; dês ; dê ; demos ; deis ; dêem d ( ) Só visamos à alegria.
d ( ) pule ; pules ; pule ; pulamos ; pulais ; pulem e ( ) Comuniquei à diretoria a minha decisão.
e ( ) frija ; frijas ; frija ; frijamos ; frijais ; frijam
11. Assinale onde não ocorre a concordância nominal:
02. Assinale a alternativa falsa: a ( ) As salas ficarão tão cheias quanto possível.
a ( ) o presente do subjuntivo, o imperativo afirmativo e o imperativo negati- b ( ) Tenho bastante dúvidas.
vo são tempos derivados do presente do indicativo; c ( ) Eles leram o primeiro e segundo volumes.
b ( ) os verbos progredir e regredir são conjugados pelo modelo agredir; d ( ) Um e outro candidato virá.
c ( ) o verbo prover segue ver em todos os tempos; e ( ) Não leu nem um nem outro livro policiais.
d ( ) a 3.ª pessoa do singular do verbo aguar, no presente do subjuntivo é :
águe ou ague; 12. Marque onde o termo em destaque está erradamente empregado:
e ( ) os verbos prever e rever seguem o modelo ver. a ( ) Elas ficaram todas machucadas.
b ( ) Fiquei quite com a mensalidade.
03. Marque o verbo que na 2ª pessoa do singular, do presente do indicati- c ( ) Os policiais estão alerta.
vo, muda para "e" o "i" que apresenta na penúltima sílaba? d ( ) As cartas foram entregues em mãos.
a ( ) imprimir e ( ) Neste ano, não terei férias nenhumas.
b ( ) exprimir
c ( ) tingir 13. Analise sintaticamente o termo em destaque:
d ( ) frigir "A marcha alegre se espalhou na avenida..."
e ( ) erigir a ( ) predicado
b ( ) agente da passiva
04. Indique onde há erro: c ( ) objeto direto
a ( ) os puros-sangues simílimos d ( ) adjunto adverbial
b ( ) os navios-escola utílimos e ( ) adjunto adnominal
c ( ) os guardas-mores agílimos
d ( ) as águas-vivas aspérrimas 14. Marque onde o termo em destaque não representa a função sintática ao
e ( ) as oitavas-de-final antiquíssimas lado:
a ( ) João acordou doente. (predicado verbo-nominal)
05. Marque a alternativa verdadeira: b ( ) Mataram os meus dois gatos. (adjuntos adnominais)
a ( ) o plural de mau-caráter é maus-caráteres; c ( ) Eis a encomenda que Maria enviou. (adjunto adverbial)
b ( ) chamam-se epicenos os substantivos que têm um só gênero gramati- d ( ) Vendem-se livros velhos. (sujeito)
cal para designar pessoas de ambos os sexos; e ( ) A ideia de José foi exposta por mim a Rosa. (objeto indireto)
c ( ) todos os substantivos terminados em -ão formam o feminino mudando
o final em -ã ou -ona; 15. Ache a afirmativa falsa:
d ( ) os substantivos terminados em -a sempre são femininos; a ( ) usam-se os parênteses nas indicações bibliográficas;
e ( ) são comuns de dois gêneros todos os substantivos ou adjetivos subs- b ( ) usam-se as reticências para marcar, nos diálogos, a mudança de
tantivados terminados em -ista. interlocutor;
c ( ) usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas assindéti-
06. Identifique onde há erro de regência verbal: cas de maior extensão;
a ( ) Não faça nada que seja contrário dos bons princípios. d ( ) usa-se a vírgula para separar uma conjunção colocada no meio da
b ( ) Esse produto é nocivo à saúde. oração;
c ( ) Este livro é preferível àquele. e ( ) usa-se o travessão para isolar palavras ou frases, destacando-as.
d ( ) Ele era suspeito de ter roubado a loja.
e ( ) Ele mostrou-se insensível a meus apelos. 16. Identifique o termo acessório da oração:
a ( ) adjunto adverbial

Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b ( ) objeto indireto _______________________________________________________
c ( ) sujeito
d ( ) predicado _______________________________________________________
e ( ) agente da passiva _______________________________________________________
17. Qual a afirmativa falsa sobre orações coordenadas? _______________________________________________________
a ( ) as coordenadas quando separadas por vírgula, se ligam pelo sentido _______________________________________________________
geral do período;
b ( ) uma oração coordenada muitas vezes é sujeito ou complemento de _______________________________________________________
outra;
c ( ) as coordenadas sindéticas subdividem-se de acordo com o sentido e
_______________________________________________________
com as conjunções que as ligam; ______________________________________________________
d ( ) as coordenadas conclusivas encerram a dedução ou conclusão de um
raciocínio; _______________________________________________________
e ( ) no período composto por coordenação, as orações são independentes _______________________________________________________
entre si quanto ao relacionamento sintático.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
RESPOSTAS
_______________________________________________________
01. A 06. A 11. B 16. A
02. C 07. A 12. D 17. B _______________________________________________________
03. D 08. C 13. D _______________________________________________________
04. B 09. B 14. C
05. E 10. A 15. B _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Língua Portuguesa 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ ______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Língua Portuguesa 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pertence ou não pertence

Se é um elemento de , nós podemos dizer que o


elemento pertence ao conjunto e podemos escrever
. Se não é um elemento de , nós podemos
1. Teoria dos conjuntos. Conjuntos numéricos.
Relações. Funções e equações polinomiais e transcen- dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
dentais (exponenciais, logarítmicas e trigonométricas). podemos escrever .
2. Análise combinatória, progressão aritmética, pro-
gressão geométrica e probabilidade básica.
3. Matrizes, Determinantes e Sistemas lineares. 1. Conceitos primitivos
4. Geometria plana: áreas e perímetros.
5. Geometria espacial: áreas e volumes. Antes de mais nada devemos saber que conceitos
6. Números complexos. primitivos são noções que adotamos sem definição.

Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de con-


TEORIA DOS CONJUNTOS junto, o de elemento e o de pertinência de um elemento
a um conjunto. Assim, devemos entender perfeitamente
CONJUNTO a frase: determinado elemento pertence a um conjunto,
sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é
Em matemática, um conjunto é uma coleção de elemento e o que significa dizer que um elemento per-
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os tence ou não a um conjunto.
elementos estão listados na coleção. Em contraste,
uma coleção de elementos na qual a multiplicidade, 2 Notação
mas não a ordem, é relevante, é chamada
multiconjunto. Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a
seguinte notação:
Conjuntos são um dos conceitos básicos da
matemática. Um conjunto é apenas uma coleção de • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas:
entidades, chamadas de elementos. A notação padrão A, B, C, ... ;
lista os elementos separados por vírgulas entre chaves • os elementos são indicados por letras
(o uso de "parênteses" ou "colchetes" é incomum) minúsculas: a, b, c, x, y, ... ;
como os seguintes exemplos: • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto
C é indicado com x ∈ C;
{1, 2, 3} • o fato de um elemento y não pertencer a um
conjunto C é indicado y ∉ C.
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
3. Representação dos conjuntos
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
Um conjunto pode ser representado de três
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de maneiras:
representar o mesmo conjunto.
• por enumeração de seus elementos;
É possível descrever o mesmo conjunto de • por descrição de uma propriedade
diferentes maneiras: listando os seus elementos (ideal característica do conjunto;
para conjuntos pequenos e finitos) ou definindo uma
• através de uma representação gráfica.
propriedade de seus elementos. Dizemos que dois
Um conjunto é representado por enumeração
conjuntos são iguais se e somente se cada elemento
quando todos os seus elementos são indicados e
de um é também elemento do outro, não importando a
colocados dentro de um par de chaves.
quantidade e nem a ordem das ocorrências dos
elementos.
Exemplo:
Conceitos essenciais
a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
formado pelos algarismos do nosso sistema de
Conjunto: representa uma coleção de objetos, numeração.
geralmente representado por letras maiúsculas; b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t,
u, v, x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do
Elemento: qualquer um dos componentes de um nosso alfabeto.
conjunto, geralmente representado por letras c) Quando um conjunto possui número elevado de
minúsculas; elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
Pertinê
ncia: é a característica associada a um primeiros e os últimos elementos, intercalados por
elemento que faz parte de um conjunto; reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o

Matemática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
conjunto dos números pares positivos, menores do
que100. 4 Número de elementos de um conjunto
d) Ainda usando reticências, podemos representar,
por enumeração, conjuntos com infinitas elementos que Consideremos um conjunto C. Chamamos de núme-
tenham uma lei de formação bem clara, como os ro de elementos deste conjunto, e indicamos com n(C),
seguintes: ao número de elementos diferentes entre si, que per-
tencem ao conjunto.
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números Exemplos
inteiros não negativos;
E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos a) O conjunto A = { a; e; i; o; u }
números inteiros; é tal que n(A) = 5.
F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal
ímpares positivos. que n(B) = 10.
c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n
A representação de um conjunto por meio da des- (C) = 99.
crição de uma propriedade característica é mais sintéti-
ca que sua representação por enumeração. Neste ca- 5 Conjunto unitário e conjunto vazio
so, um conjunto C, de elementos x, será representado
da seguinte maneira: Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C,
tal que n (C) = 1.
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
Exemplo: C = ( 3 )
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que
possui uma determinada propriedade: E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c,
tal que n(C) = 0.
Exemplos
2
Exemplo: M = { x | x = -25}
O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira: A = O conjunto vazio é representado por { } ou por
{ x | x é algarismo do nosso sistema de numeração } ∅.

O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser Exercício resolvido


representado por descrição da seguinte maneira G =
{ x | x é vogal do nosso alfabeto } Determine o número de elementos dos seguintes
com juntos :
O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira: a) A = { x | x é letra da palavra amor }
b) B = { x | x é letra da palavra alegria }
H = { x | x é par positivo } c) c é o conjunto esquematizado a seguir
d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
A representação gráfica de um conjunto é bastante e) E é o conjunto dos pontos comuns às
cômoda. Através dela, os elementos de um conjunto relas r e s, esquematizadas a seguir :
são representados por pontos interiores a uma linha
fechada que não se entrelaça. Os pontos exteriores a
esta linha representam os elementos que não perten-
cem ao conjunto.

Exemplo

Resolução

a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de
possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas
entre si.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que
pertencem a C: c e C e d e C
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
Por esse tipo de representação gráfica, chamada 8 = 2 . 4 é o 4º par positivo
diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ . .
C, z ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C. . .

Matemática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
. . O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo,
2
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo ele terá 2 = 4 subconjuntos.

logo: n(D) = 49 Exercício resolvido:

e) As duas retas, esquematizadas na 1. Determine o número de subconjuntos do conjunto


figura, possuem apenas um ponto comum. C = (a; e; i; o; u ) .
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário.
Resolução: Como o conjunto C possui cinco
5
6 igualdade de conjuntos elementos, o número dos seus subconjuntos será 2 =
32.
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e
indicaremos com A = 8, se ambos possuírem os mes- Exercícios propostas:
mos elementos. Quando isto não ocorrer, diremos que
os conjuntos são diferentes e indicaremos com A ≠ B. 2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
Exemplos . C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }

a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u} Resposta: 1024


b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u} 3. Determine o número de subconjuntos do conjunto
d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o} 1 1 1 2 3 3
2
e) { x | x = 100} = {10; -10} C=  ; ; ; ; ; 
f) { x | x = 400} ≠ {20}
2 2 3 4 4 4 5 

7 Subconjuntos de um conjunto Resposta: 32

Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS


um conjunto B se todo elemento, que pertencer a A,
também pertencer a B. 1 União de conjuntos

Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou
conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B : reunião de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao con-
junto constituído por todos os elementos que perten-
cem a A ou a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e


representando com hachuras a interseção dos
conjuntos, temos:
Indicamos que A é um subconjunto de B de duas
maneiras:

a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de


B ou A está contido em B ou A é parte de B;
b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B
inclui A.
Exemplos
Exemplo
a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
é brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A. c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}

Observações: 2 Intersecção de conjuntos

• Quando A não é subconjunto de B, indicamos Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interse-


com A ⊄ B ou B A. ção de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto
constituído por todos os elementos que pertencem a A
• Admitiremos que o conjunto vazio está contido
e a B.
em qualquer conjunto.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e
8 Número de subconjuntos de um conjunto dado
representando com hachuras a intersecção dos
Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n
n conjuntos, temos:
elementos, então este conjunto terá 2 subconjuntos.
Exemplo

Matemática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}

Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia,


como no exemplo a, dizemos que os conjuntos são
disjuntos.

Exercícios resolvidos

1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t 3. No diagrama seguinte temos:


), determinar os seguintes conjuntos: n(A) = 20
a) A ∪ B f) B ∩ C n(B) = 30
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C n(A ∩ B) = 5
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
e) B ∪ C Determine n(A ∪ B).
Resolução
Resolução
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v }
b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
d) A ∩ C = {y }
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
f) B ∩ C= ∅ Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t} elementos de B, estaremos considerando os 5
h) A ∩ B ∩ C= ∅ elementos de A n B duas vezes; o que, evidentemente,
i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y} é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair
uma vez os 5 elementos de A n B; teremos então:
2. Dado o diagrama seguinte, represente com
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
hachuras os conjuntos: :

a) A ∩ B ∩ C n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
n(A ∪ B) = 45.

4 Conjunto complementar

Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A,


chamamos de conjunto complementar de B em relação
a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A - B.
Observação: O complementar é um caso particular
de diferença em que o segundo conjunto é subconjunto
do primeiro.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e


.Resolução representando com hachuras o complementar de B em
relação a A, temos:

Matemática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
6. Números imaginários aparecem como soluções
2
de equações como x + r = 0 onde r > 0. O símbolo
usualmente representa este conjunto.

7. Números complexos é a soma dos números


reais e dos imaginários: . Aqui tanto r quanto s
podem ser iguais a zero; então os conjuntos dos
números reais e o dos imaginários são subconjuntos do
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f} conjunto dos números complexos. O símbolo
usualmente representa este conjunto.
Observação: O conjunto complementar de B
em relação a A é formado pelos elementos que
faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se
igualar a A. NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS,
IRRACIONAIS E REAIS.
Exercícios resolvidos:
Conjuntos numéricos podem ser representados de
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y;
diversas formas. A forma mais simples é dar um nome
u; t }, determinar os seguintes conjuntos:
ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao
lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exem-
A–B C-A
plo abaixo:
B–A B–C A = {51, 27, -3}
A–C C–B
Esse conjunto se chama "A" e possui três termos,
Resolução que estão listados entre chaves.
a) A - B = { y; z } Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiús-
b) B - A= {w;v} culas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar
c) A - C= {x;z} qualquer letra.
d) C – A = {u;t}
e) B – C = {x;w;v} Vamos começar nos primórdios da matemática.
f) C – B = {y;u;t} - Se eu pedisse para você contar até 10, o que você
me diria?
Exemplos de conjuntos compostos por números - Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove
e dez.
Nota: Nesta seção, a, b e c são números naturais,
enquanto r e s são números reais. Pois é, estes números que saem naturalmente de
sua boca quando solicitado, são chamados de números
1. Números naturais são usados para contar. O NATURAIS, o qual é representado pela letra .
símbolo usualmente representa este conjunto.
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e
2. Números inteiros aparecem como soluções de tinha como intenção mostrar quantidades.
*Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído
equações como x + a = b. O símbolo usualmente
neste conjunto, mas pela necessidade de representar
representa este conjunto (do termo alemão Zahlen que
uma quantia nula, definiu-se este número como sendo
significa números).
pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
3. Números racionais aparecem como soluções
de equações como a + bx = c. O símbolo Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros
usualmente representa este conjunto (da palavra números e possui algumas propriedades próprias, al-
quociente). gumas vezes teremos a necessidade de representar o
conjunto dos números naturais sem incluir o zero. Para
4. Números algébricos aparecem como soluções isso foi definido que o símbolo * (asterisco) empregado
de equações polinomiais (com coeficientes inteiros) e ao lado do símbolo do conjunto, iria representar a au-
envolvem raízes e alguns outros números irracionais. O sência do zero. Veja o exemplo abaixo:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
símbolo ou usualmente representa este
conjunto. Estes números foram suficientes para a sociedade
durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o
5. Números reais incluem os números algébricos aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens,
e os números transcendentais. O símbolo foi necessário criar uma representação numérica para
usualmente representa este conjunto. as dívidas.

Com isso inventou-se os chamados "números nega-

Matemática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tivos", e junto com estes números, um novo conjunto: o N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
conjunto dos números inteiros, representado pela letra
. Conjunto dos Números Inteiros
São todos os números que pertencem ao conjunto
O conjunto dos números inteiros é formado por to- dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negati-
dos os números NATURAIS mais todos os seus repre- vos).
sentantes negativos.
São representados pela letra Z:
Note que este conjunto não possui início nem fim Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
(ao contrário dos naturais, que possui um início e não
possui fim). O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,
eles são:
Assim como no conjunto dos naturais, podemos re-
presentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma - Inteiros não negativos
notação usada para os NATURAIS. São todos os números inteiros que não são negati-
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} vos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao
conjunto dos números naturais.
Em algumas situações, teremos a necessidade de
representar o conjunto dos números inteiros que NÃO É representado por Z+:
SÃO NEGATIVOS. Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}

Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo - Inteiros não positivos
do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia São todos os números inteiros que não são positi-
representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os vos. É representado por Z-:
números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
exemplo abaixo:
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...} - Inteiros não negativos e não-nulos
É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se es-
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um se subconjunto por Z*+:
início. E você pode estar pensando "mas o zero não é Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é Z*+ = N*
NULO.
- Inteiros não positivos e não nulos
Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia São todos os números do conjunto Z- excluindo o
do sinalzinho positivo representa todos os números zero. Representa-se por Z*-.
NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto. Z*- = {... -4, -3, -2, -1}

Se quisermos representar somente os positivos (ou Conjunto dos Números Racionais


seja, os não negativos sem o zero), escrevemos: Os números racionais é um conjunto que engloba
os números inteiros (Z), números decimais finitos (por
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos
periódicos (que repete uma sequência de algarismos
Pois assim teremos apenas os positivos, já que o
da parte decimal infinitamente), como "12,050505...",
zero não é positivo.
são também conhecidas como dízimas periódicas.
Ou também podemos representar somente os intei-
Os racionais são representados pela letra Q.
ros NÃO POSITIVOS com:
Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0} Conjunto dos Números Irracionais
É formado pelos números decimais infinitos não-
Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui i- periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o
nício. número PI (resultado da divisão do perímetro de uma
circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265
E também os inteiros negativos (ou seja, os não po- .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram
sitivos sem o zero): calcular bilhões de casas decimais para o PI.
Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}
Também são irracionais todas as raízes não exatas,
Assim: como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...)

Conjunto dos Números Naturais Conjunto dos Números Reais


São todos os números inteiros positivos, incluindo o É formado por todos os conjuntos citados anterior-
zero. É representado pela letra maiúscula N. mente (união do conjunto dos racionais com os irracio-
Caso queira representar o conjunto dos números natu- nais).
rais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um *
ao lado do N: Representado pela letra R.
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
Matemática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Representação geomé trica de 17 + 13 = 30
A cada ponto de uma reta podemos associar um ú- Veja outro exemplo: 47 + 35 – 42 – 15 =
nico número real, e a cada número real podemos asso- 82 – 42 – 15=
ciar um único ponto na reta. 40 – 15 = 25
Dizemos que o conjunto é denso, pois entre dois
números reais existem infinitos números reais (ou seja, Quando uma expressão numérica contiver os sinais
na reta, entre dois pontos associados a dois números de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procede-
reais, existem infinitos pontos). remos do seguinte modo:
1º Efetuamos as operações indicadas dentro dos
Veja a representação na reta de : parênteses;
2º efetuamos as operações indicadas dentro dos
colchetes;
3º efetuamos as operações indicadas dentro das
chaves.

1) 35 +[ 80 – (42 + 11) ] =
Fonte:
= 35 + [ 80 – 53] =
http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos-
numericos/ = 35 + 27 = 62

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N) 2) 18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =


= 18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } =
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO = 18 + { 72 – 63} =
Veja a operação: 2 + 3 = 5 . = 18 + 9 = 27
A operação efetuada chama-se adição e é indicada
escrevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os núme- CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO
ros.
Quando pretendemos determinar um número natu-
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 núme- ral em certos tipos de problemas, procedemos do se-
ro 5, resultado da operação, é chamado soma. guinte modo:
2 → parcela - chamamos o número (desconhecido) de x ou
+ 3 → parcela qualquer outra incógnita ( letra )
5 → soma - escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetua-
Exemplos:
da adicionando-se o terceiro número à soma dos dois
1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros
e assim por diante.
Solução:
3+2+6 = Seja x o número desconhecido. A igualdade cor-
5 + 6 = 11 respondente será:
x + 15 = 31
Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4
Calculando o valor de x temos:
Quando tiramos um subconjunto de um conjunto, x + 15 = 31
realizamos a operação de subtração, que indicamos x + 15 – 15 = 31 – 15
pelo sinal - . x = 31 – 15
7 → minuendo x = 16
–3 → subtraendo
4 → resto ou diferença Na prática , quando um número passa de um lado
para outro da igualdade ele muda de sinal.
0 minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o sub-
conjunto que se tira e o resto ou diferença o conjunto 2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11.
que sobra. Qual é esse número?

Somando a diferença com o subtraendo obtemos o Solução:


minuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtração. Seja x o número desconhecido. A igualdade corres-
4+3=7 pondente será:
x – 25 = 11
EXPRESSÕES NUMÉRICAS x = 11 + 25
x = 36
Para calcular o valor de uma expressão numérica
envolvendo adição e subtração, efetuamos essas ope- Passamos o número 25 para o outro lado da igual-
rações na ordem em que elas aparecem na expressão. dade e com isso ele mudou de sinal.

Exemplos: 35 – 18 + 13 = 3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é i-

Matemática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
gual a 20?
Solução: Não se esqueça:
x + 8 = 20 Se na expressão ocorrem sinais de parênteses col-
x = 20 – 8 chetes e chaves, efetuamos as operações na ordem
x = 12 em que aparecem:
1º) as que estão dentro dos parênteses
4) Determine o número natural do qual, subtraindo 2º) as que estão dentro dos colchetes
62, obtemos 43. 3º) as que estão dentro das chaves.
Solução:
x – 62 = 43 Exemplo:
x = 43 + 62 22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 }
x = 105 = 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } =
= 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } =
Para sabermos se o problema está correto é sim- = 22 + { 12 + 63 – 72 } =
ples, basta substituir o x pelo valor encontrado e reali- = 22 + 3 =
zarmos a operação. No último exemplo temos: = 25
x = 105
105 – 62 = 43 DIVISÃO

MULTIPLICAÇÃO Observe a operação: 30 : 6 = 5

Observe: 4 X 3 =12 Também podemos representar a divisão das se-


guintes maneiras:
A operação efetuada chama-se multiplicação e é in- 30
dicada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os 30 6 ou =5
números. 6
0 5
Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número
12, resultado da operação, é chamado produto. O dividendo (D) é o número de elementos do con-
3 X 4 = 12 junto que dividimos o divisor (d) é o número de elemen-
tos do subconjunto pelo qual dividimos o dividendo e o
3 fatores quociente (c) é o número de subconjuntos obtidos com
X 4 a divisão.
12 produto
Essa divisão é exata e é considerada a operação
Por convenção, dizemos que a multiplicação de inversa da multiplicação.
qualquer número por 1 é igual ao próprio número. SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30

A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0. observe agora esta outra divisão:

A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efe- 32 6


tuada multiplicando-se o terceiro número pelo produto 2 5
dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos 32 = dividendo
três primeiros; e assim por diante. 6 = divisor
3 x 4 x 2 x 5 = 5 = quociente
12 x 2 x 5 2 = resto
24 x 5 = 120
Essa divisão não é exata e é chamada divisão apro-
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ximada.

ATENÇÃO:
Sinais de associação
1) Na divisão de números naturais, o quociente é
O valor das expressões numéricas envolvendo as
sempre menor ou igual ao dividendo.
operações de adição, subtração e multiplicação é obti-
2) O resto é sempre menor que o divisor.
do do seguinte modo:
3) O resto não pode ser igual ou maior que o divi-
- efetuamos as multiplicações
sor.
- efetuamos as adições e subtrações, na ordem
4) O resto é sempre da mesma espécie do divi-
em que aparecem.
dendo. Exemplo: dividindo-se laranjas por certo
número, o resto será laranjas.
1) 3.4 + 5.8– 2.9=
5) É impossível dividir um número por 0 (zero),
=12 + 40 – 18
porque não existe um número que multiplicado
= 34
por 0 dê o quociente da divisão.
2) 9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 = PROBLEMAS
= 54 – 48 + 14 =
= 20
Matemática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1) Determine um número natural que, multiplica- x = 31
do por 17, resulte 238.
X . 17 = 238 10) O dobro de um número é igual a 30. Qual é o
X = 238 : 17 número?
X = 14 2 . x = 30
Prova: 14 . 17 = 238 2x = 30
x = 30 : 2
2) Determine um número natural que, dividido x = 15
por 62, resulte 49.
x : 62 = 49 11) O dobro de um número mais 4 é igual a 20.
x = 49 . 62 Qual é o número ?
x = 3038 2 . x + 4 = 20
2 x = 20 – 4
3) Determine um número natural que, adicionado 2 x = 16
a 15, dê como resultado 32 x = 16 : 2
x + 15 = 32 x=8
x = 32 – 15
x =17 12) Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o
dobro dos lápis de José. Quantos lápis tem
4) Quanto devemos adicionar a 112, a fim de ob- cada menino?
termos 186? José: x
x + 112 = 186 Paulo: 2x
x = 186 – 112 Paulo e José: x + x + x = 12
x = 74 3x = 12
x = 12 : 3
5) Quanto devemos subtrair de 134 para obter- x=4
mos 81? José: 4 - Paulo: 8
134 – x = 81
– x = 81 – 134 13) A soma de dois números é 28. Um é o triplo
– x = – 53 (multiplicando por –1) do outro. Quais são esses números?
x = 53 um número: x
Prova: 134 – 53 = 81 o outro número: 3x
x + x + x + x = 28 (os dois números)
6) Ricardo pensou em um número natural, adi- 4 x = 28
cionou-lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no re- x = 28 : 4
sultado. Qual o número pensado? x = 7 (um número)
x + 35 – 18 = 40
x= 40 – 35 + 18 3x = 3 . 7 = 21 (o outro número).
x = 23 Resposta: 7 e 21
Prova: 23 + 35 – 18 = 40
14) Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas.
7) Adicionando 1 ao dobro de certo número ob- Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro.
temos 7. Qual é esse numero? Quantas bolinhas tem cada um?
2 . x +1 = 7 Pedro: x
2x = 7 – 1 Marcelo: x + 6
2x = 6 x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
x =6:2 2 x + 6 = 30
x =3 2 x = 30 – 6
O número procurado é 3. 2 x = 24
Prova: 2. 3 +1 = 7 x = 24 : 2
x = 12 (Pedro)
8) Subtraindo 12 do triplo de certo número obte- Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
mos 18. Determinar esse número.
3 . x -12 = 18 EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS
3 x = 18 + 12 QUATRO OPERAÇÕES
3 x = 30
x = 30 : 3 Sinais de associação:
x = 10 O valor das expressões numéricas envolvendo as
quatro operações é obtido do seguinte modo:
9) Dividindo 1736 por um número natural, encon- - efetuamos as multiplicações e as divisões, na
tramos 56. Qual o valor deste numero natural? ordem em que aparecem;
1736 : x = 56 - efetuamos as adições e as subtrações, na ordem
1736 = 56 . x em que aparecem;
56 . x = 1736
x. 56 = 1736 Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 =
x = 1736 : 56

Matemática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 4 2.4 8
= 45 + 4 Exemplo: (3 ) = 3 =3
= 49 4ª) para elevar um produto a um expoente, eleva-
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 = se cada fator a esse expoente.
= 6 . 2 + 8 – 30 : 10 = (a. b)m = am . bm
= 12 + 8 – 3 =
3 3 3
= 20 – 3 Exemplos: (4 . 7) = 4 . 7 ; (3. 5)2 = 32 . 52
= 17
RADICIAÇÃO
POTENCIAÇÃO
Suponha que desejemos determinar um número
Considere a multiplicação: 2 . 2 . 2 em que os três que, elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse
2
fatores são todos iguais a 2. número, escrevemos: X = 9

Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou
2
3
2 (lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2 seja: 3 = 9
é o fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade
desses fatores. A operação que se realiza para determinar esse
número 3 é chamada radiciação, que é a operação
3 inversa da potenciação.
Assim, escrevemos: 2 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores)

A operação realizada chama-se potenciação. Indica-se por:


O número que se repete chama-se base. 2
9 =3 (lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3)
O número que indica a quantidade de fatores iguais
a base chama-se expoente. Daí , escrevemos:
O resultado da operação chama-se potência.
2
3
= 8
2
9 = 3 ⇔ 32 = 9
3 expoente
Na expressão acima, temos que:
base potência - o símbolo chama-se sinal da raiz
- o número 2 chama-se índice
Observações: - o número 9 chama-se radicando
1) os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especi- - o número 3 chama-se raiz,
ais de quadrado e cubo, respectivamente. - o símbolo 2
9 chama-se radical
2) As potências de base 0 são iguais a zero. 02 =
0.0=0 As raízes recebem denominações de acordo com o
3) As potências de base um são iguais a um. índice. Por exemplo:
3
Exemplos: 1 = 1 . 1 . 1 = 1 2
15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1 36 raiz quadrada de 36
4) Por convenção, tem-se que: 3
125 raiz cúbica de 125
0
- a potência de expoente zero é igual a 1 (a = 1,
a ≠ 0)
4
81 raiz quarta de 81
30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1 5
32 raiz quinta de 32 e assim por diante
1
- a potência de expoente um é igual à base (a =
a)
No caso da raiz quadrada, convencionou-se não es-
21 = 2 ; 71 = 7 ; 1001 =100 crever o índice 2.
PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS Exemplo : 2 49 = 49 = 7, pois 72 = 49

1ª) para multiplicar potências de mesma base, EXERCÍCIOS


conserva-se a base e adicionam-se os expoen-
tes. 01) Calcule:
am . an = a m + n a) 10 – 10 : 5 = b) 45 : 9 + 6 =
2 8 2+8 10
Exemplos: 3 . 3 = 3 =3 c) 20 + 40 : 10 = d) 9. 7 – 3 =
5 . 5 6 = 51+6 = 57 e) 30 : 5 + 5 = f) 6 . 15 – 56 : 4 =
2ª) para dividir potências de mesma base, conser- g) 63 : 9 . 2 – 2 = h) 56 – 34 : 17 . 19 =
va-se a base e subtraem-se os expoentes. i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 = j) 24 –12 : 4+1. 0 =
am : an = am - n
Exemplos: Respostas:
7
3 : 3 = 33 7–3
=3 4 a) 8 b) 11
c) 24 d) 60
510 : 58 = 5 10 – 8 = 52
e) 11 f) 76
3ª) para elevar uma potência a um outro expoente,
g) 12 h) 18
conserva-se base e multiplicam-se os expoen-
i) 8 j) 21
tes.

Matemática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
02) Calcule o valor das expressões: cada gaveta, 1 chave. Quantas chaves diferen-
3 2
a) 2 +3 = tes serão necessárias para abrir todas as gave-
2 2
b) 3.5 –7 = tas? (2700).
3 3
c) 2 . 3 – 4. 2 =
3 2 2
d) 5 –3 .6 +2 –1= 17) Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que
2 4 2
e) (2 + 3) + 2 . 3 – 15 : 5 = tenho, daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas
2 4 2
f) 1 + 7 – 3 . 2 + (12 : 4) = tenho realmente? (69)

Respostas: 18) A soma de dois números é 428 e a diferença


a) 17 b) 26 entre eles é 34. Qual é o número maior? (231)
c) 22 d) 20
e) 142 f) 11 19) Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31.
Qual é o número? (26)
03) Uma indústria de automóveis produz, por dia,
1270 unidades. Se cada veículo comporta 5 20) Qual o número que multiplicado por 7 resulta
pneus, quantos pneus serão utilizados ao final 56? (8)
de 30 dias? (Resposta: 190.500)
21) O dobro das balas que possuo mais 10 é 36.
04) Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o Quantas balas possuo? (13).
resto é 5. Qual é o dividendo? (113)
22) Raul e Luís pescaram 18 peixinhos. Raul
05) Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15 pescou o dobro de Luís. Quanto pescou cada
e o resto é 2. Qual é o quociente? (15) um? (Raul-12 e Luís-6)

06) Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é PROBLEMAS


45 e o resto é 5. Qual é o divisor? (7)
Vamos calcular o valor de x nos mais diversos ca-
07) Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e sos:
o quociente é 25. Qual ê o resto? (0)
1) x + 4 = 10
08) Numa chácara havia galinhas e cabras em igual Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-
quantidade. Sabendo-se que o total de pés des- sa da adição:
ses animais era 90, qual o número de galinhas? x = 10 – 4
Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 = x=6
15).
2) 5x = 20
09) O dobro de um número adicionado a 3 é igual a Aplicando a operação inversa da multiplicação, te-
13. Calcule o número.(5) mos:
x = 20 : 5
10) Subtraindo 12 do quádruplo de um número ob- x=4
temos 60. Qual é esse número (Resp: 18)
3) x – 5 = 10
11) Num joguinho de "pega-varetas", André e Rena- Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-
to fizeram 235 pontos no total. Renato fez 51 sa da subtração:
pontos a mais que André. Quantos pontos fez x = 10 + 5
cada um? ( André-92 e Renato-143) x =15

12) Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos 4) x : 2 = 4


39. Qual é o número? (18) Aplicando a operação inversa da divisão, temos:
x=4.2
13) Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3 x=8
amigos. No final sobraram 2. Quantas balas
coube a cada um? (16) COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM
PROBLEMA
14) A diferença entre dois números naturais é zero
e a sua soma é 30. Quais são esses números? Usando a letra x para representar um número, po-
(15) demos expressar, em linguagem matemática, fatos e
sentenças da linguagem corrente referentes a esse
15) Um aluno ganha 5 pontos por exercício que a- número, observe:
certa e perde 3 pontos por exercício que erra. - duas vezes o número 2.x
Ao final de 50 exercícios tinha 130 pontos.
Quantos exercícios acertou? (35) - o número mais 2 x+2
x
16) Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 sa- - a metade do número
las; cada sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas; 2
Matemática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- a soma do dobro com a metade do número 3 . 10 = 30
x Resposta: 10 e 30 anos.
2⋅ x +
2 PROBLEMA 6
x A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 a-
- a quarta parte do número nos mais velho que você. Quantos anos eu tenho?
4
x + x + 5 = 45
x + x= 45 – 5
PROBLEMA 1
2x = 40
Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o
x = 20
triplo do que tem Paula. Quanto tem cada uma?
20 + 5 = 25
Solução:
Resposta: 25 anos
x + 3x = 1080
4x= 1080
PROBLEMA 7
x =1080 : 4
Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha.
x= 270
Quanto pagamos por elas, se ambas custaram R$
3 . 270 = 810
150,00?
Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00
Solução:
x + x – 10= 150
PROBLEMA 2
2x = 150 + 10
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta.
2x = 160
Pagou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada
x = 160 : 2
um, sabendo-se que a computador é seis vezes x = 80
mais caro que a bicicleta? 80 – 10 = 70
Solução: Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00
x + 6x = 5600
7x = 5600
PROBLEMA 8
x = 5600 : 7
José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto
x = 800
quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada
6 . 800= 4800
um, se os três juntos possuem R$ 624,00?
R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00
Solução: x + 2x + x + 2x = 624
6x = 624
PROBLEMA 3
x = 624 : 6
Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs,
x = 104
de modo que cada menina receba o triplo do que
Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00
recebe José. Quantos cadernos receberá José?
Solução: PROBLEMA 9
x + 3x + 3x = 21
Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia
7x = 21
dar a você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas
x = 21 : 7
rosas tenho?
x =3
Solução: x+4–7 = 2
Resposta: 3 cadernos
x+4 =7+2
x+4 =9
PROBLEMA 4
x =9–4
Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que
x =5
o 2º receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o
Resposta: 5
dobro do que recebe o 2º. Quanto receberá cada
um?
Solução: CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z)
x + 2x + 4x = 2100
7x = 2100 Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N
x = 2100 : 7 = {0, 1, 2, 3, 4, 5, .....,}
x = 300
300 . 2 = 600 Assim, os números precedidos do sinal + chamam-
300 . 4 =1200 se positivos, e os precedidos de - são negativos.
Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00
Exemplos:
PROBLEMA 5 Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....}
A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....}
idade de uma é o triplo da idade da outra. Qual a i-
dade de cada uma? O conjunto dos números inteiros relativos é formado
Solução: pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos nú-
3x + x = 40 meros inteiros negativos. Também o chamamos de
4x = 40 CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o represen-
x = 40 : 4 tamos pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1,
x = 10 +2, +3, ... }

Matemática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A soma de dois números inteiros é sempre um nú-
O zero não é um número positivo nem negativo. To- mero inteiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z
do número positivo é escrito sem o seu sinal positivo.
2ª) ASSOCIATIVA
Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10 Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a
Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 , + (b + c) = (a + b) + c
1, 2, 3, ...}
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
N é um subconjunto de Z. (+3) + (-2) = (-1) + (+2)
+1 = +1
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
Cada número inteiro pode ser representado por um 3ª) ELEMENTO NEUTRO
ponto sobre uma reta. Por exemplo: Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a
e0+a=a

... -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 ... Isto significa que o zero é elemento neutro para a


... C’ B’ A’ 0 A B C D ... adição.

Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2


número zero.
4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO
Nas representações geométricas, temos à direita do Se a é um número inteiro qualquer, existe um único
zero os números inteiros positivos, e à esquerda do número oposto ou simétrico representado por (-a),
zero, os números inteiros negativos. tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)

Observando a figura anterior, vemos que cada pon- Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0
to é a representação geométrica de um número inteiro.
5ª) COMUTATIVA
Exemplos: Se a e b são números inteiros, então:
ponto C é a representação geométrica do núme- a+b=b+a
ro +3
ponto B' é a representação geométrica do núme- Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
ro -2 -2 = -2

ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS


1) A soma de zero com um número inteiro é o pró- Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para
prio número inteiro: 0 + (-2) = -2 5ºC, sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento
2) A soma de dois números inteiros positivos é um esse que pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) +
número inteiro positivo igual à soma dos módulos (+3) = +8
dos números dados: (+700) + (+200) = +900
3) A soma de dois números inteiros negativos é um Portanto:
número inteiro negativo igual à soma dos módu- A diferença entre dois números dados numa certa
los dos números dados: (-2) + (-4) = -6 ordem é a soma do primeiro com o oposto do segundo.
4) A soma de dois números inteiros de sinais contrá-
rios é igual à diferença dos módulos, e o sinal é Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4
o da parcela de maior módulo: (-800) + (+300) = 2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7
3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7
-500

ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eli-
A soma de três ou mais números inteiros é efetuada minando os parênteses
adicionando-se todos os números positivos e todos os - (+4 ) = -4
- ( -4 ) = +4
negativos e, em seguida, efetuando-se a soma do nú-
mero negativo.
Observação:
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais
Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) =
podem ser resumidos do seguinte modo:
(+17) + (-11) = +6
(+)=+ +(-)=-
- (+)=- - (- )=+
2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) =
(+5) + (-12) = -7
Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6
- (+3) = -3 +(+1) = +1
PROPRIEDADES DA ADIÇÃO
A adição de números inteiros possui as seguintes
propriedades: PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO
A subtração possui uma propriedade.
1ª) FECHAMENTO

Matemática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
FECHAMENTO: A diferença de dois números intei-
ros é sempre um número inteiro. PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS seguintes propriedades:
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS
INTEIROS POSITIVOS 1ª) FECHAMENTO
Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 2ª) ASSOCIATIVA
Logo: (+3) . (+2) = +6 Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas tam-
Observando essa igualdade, concluímos: na multi- bém podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas
plicação de números inteiros, temos: maneiras:
(+) . (+) =+ (+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É -24 = -24
NEGATIVO
Exemplos: De modo geral, temos o seguinte:
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12 Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
ou seja: (+3) . (-4) = -12 então: a . (b . c) = (a . b) . c

2) Lembremos que: -(+2) = -2 3ª) ELEMENTO NEUTRO


(-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15 Observe que:
ou seja: (-3) . (+5) = -15 (+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4

Conclusão: na multiplicação de números inteiros, Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
temos: ( + ) . ( - ) = - (-).(+)=- a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
Exemplos :
(+5) . (-10) = -50 O número inteiro +1 chama-se neutro para a multi-
(+1) . (-8) = -8 plicação.
(-2 ) . (+6 ) = -12
(-7) . (+1) = -7 4ª) COMUTATIVA
Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN- e (-4 ) . (+2 ) = - 8
TEIROS NEGATIVOS Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
isto é: (-3) . (-6) = +18 Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a .
b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o pro-
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, duto.
temos: ( - ) . ( - ) = +
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser Observe os exemplos:
resumidas na seguinte: (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
(+).(+)=+ (+).(-)=- (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
(- ).( -)=+ (-).(+)=-
Conclusão:
Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é i- Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
gual a 0: (+5) . 0 = 0 temos:
a) a . [b + c] = a . b + a . c
PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS IN- A igualdade acima é conhecida como proprieda-
TEIROS de distributiva da multiplicação em relação à adi-
Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) = ção.
(-20) . (-2 ) . (+3 ) = b) a . [b – c] = a . b - a . c
(+40) . (+3 ) = +120 A igualdade acima é conhecida como proprieda-
2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) = de distributiva da multiplicação em relação à sub-
(+2 ) . (+3 ) . (-2 ) = tração.
(+6 ) . (-2 ) = -12
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Podemos concluir que:
- Quando o número de fatores negativos é par, o CONCEITO
produto sempre é positivo. Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multipli-
- Quando o número de fatores negativos é ímpar, cado por 2, dê 16.
o produto sempre é negativo. 16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16

Matemática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4
(+2) = +16
4
O número procurado é 8. Analogamente, temos: 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é
, (-
4
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 2 ) = +16
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12
4 4
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12 Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
Então, de modo geral, temos a regra:
A divisão de números inteiros só pode ser realizada
quando o quociente é um número inteiro, ou seja, Quando o expoente é par, a potência é sempre um
quando o dividendo é múltiplo do divisor. número positivo.
6 2
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9

Exemplos: O EXPOENTE É ÍMPAR


( -8 ) : (+2 ) = -4 Calcular as potências:
3
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro 1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto é, (+2) = + 8
3
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
a mesma que vimos para a multiplicação: ou seja, (-2) = -8
(+):(+)=+ (+):( -)=-
3 3
(- ):( -)=+ ( -):(+)=- Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8

Exemplos: Daí, a regra:


( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 mesmo sinal da base.
3 4
PROPRIEDADE Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z
PROPRIEDADES
Portanto, não vale em Z a propriedade do fecha-
mento para a divisão. Alem disso, também não são PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3 2 3 2 5
válidas as proposições associativa, comutativa e do Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
elemento neutro. ( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10
POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS Para multiplicar potências de mesma base, mante-
mos a base e somamos os expoentes.
CONCEITO
A notação QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) (+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3
( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4
Para dividir potências de mesma base em que o ex-
é um produto de três fatores iguais poente do dividendo é maior que o expoente do divisor,
mantemos a base e subtraímos os expoentes.
Analogamente:
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) POTÊNCIA DE POTÊNCIA
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
Para calcular uma potência de potência, conserva-
é um produto de quatro fatores iguais mos a base da primeira potência e multiplicamos os
expoentes .
Portanto potência é um produto de fatores iguais.
2 POTÊNCIA DE UM PRODUTO
Na potência (+5 ) = +25, temos: 4 4 4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
4
+5 ---------- base
2 ---------- expoente Para calcular a potência de um produto, sendo n o
+25 ---------- potê
ncia expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
Observacões : POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
1 1
(+2 ) significa +2, isto é, (+2 ) = +2
1
( -3 ) significa -3, isto é
1
, ( -3 ) = -3 (+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0
5 5
e (+2 ) : (+2 ) = 1
CÁLCULOS 0 0
Consequentemente: (+2 ) = 1 ( -4 ) = 1
O EXPOENTE É PAR
Calcular as potências Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
4
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto ,
é
Observação:
Matemática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 2 2
Não confundir -3 com ( -3 ) , porque -3 significa POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
2 5 5 5-5 0
-( 3 ) e portanto (+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
5 5
-32 = -( 3 )2 = -9 e (+2 ) : (+2 ) = 1
0 0
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9 Consequentemente: (+2 ) = 1 ( -4 ) = 1
Logo: -3
2
≠ ( -3 )2 Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
2 2 2
Observação: Não confundir-3 com (-3) , porque -3
CÁLCULOS 2 2 2
significa -( 3 ) e portanto: -3 = -( 3 ) = -9
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
O EXPOENTE É PAR
Calcular as potências
Logo: -3
2
≠ ( -3 )2
4 4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é , (+2) =
NÚMEROS PARES E ÍMPARES
+16
4 4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto ,é(-2 ) =
Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e
+16
baseado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de
4 4 vida. Vamos definir números pares e ímpares de acordo
Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
com a concepção pitagórica:
• par é o número que pode ser dividido em duas par-
Então, de modo geral, temos a regra:
tes iguais, sem que uma unidade fique no meio, e
Quando o expoente é par, a potência é sempre um
ímpar é aquele que não pode ser dividido em duas
número positivo.
partes iguais, porque sempre há uma unidade no
6 2 meio
Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9

O EXPOENTE É ÍMPAR Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação


com à natureza dos números:
Exemplos: • número par é aquele que tanto pode ser dividido
Calcular as potências: em duas partes iguais como em partes desiguais,
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8 mas de forma tal que em nenhuma destas divisões
3
isto é
, (+2) = + 8 haja uma mistura da natureza par com a natureza
3
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8 ímpar, nem da ímpar com a par. Isto tem uma úni-
3
ou seja, (-2) = -8 ca exceção, que é o princípio do par, o número 2,
que não admite a divisão em partes desiguais, por-
3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8 que ele é formado por duas unidades e, se isto po-
de ser dito, do primeiro número par, 2.
Daí, a regra:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o Para exemplificar o texto acima, considere o número
mesmo sinal da base. 10, que é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5,
mas também como a soma de 7 e 3 (que são ambos
3 4
Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16 ímpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos são pares);
PROPRIEDADES mas nunca como a soma de um número par e outro ím-
PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE par. Já o número 11, que é ímpar pode ser escrito como
3 2 3 2 5
Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 ) soma de 8 e 3, um par e um ímpar. Atualmente, definimos
2 3 5 2+3+5 10
( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 ) números pares como sendo o número que ao ser dividido
por dois têm resto zero e números ímpares aqueles que
Para multiplicar potências de mesma base, mante- ao serem divididos por dois têm resto diferente de zero.
mos a base e somamos os expoentes. Por exemplo, 12 dividido por 2 têm resto zero, portanto 12
é par. Já o número 13 ao ser dividido por 2 deixa resto 1,
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE portanto 13 é ímpar.
5 2 5-2 3
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
7 3 7-3 4
( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 ) MÚLTIPLOS E DIVISORES
Para dividir potências de mesma base em que o ex-
poente do dividendo é maior que o expoente do divisor, DIVISIBILIDADE
mantemos a base e subtraímos os expoentes. Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4,
6 ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em
POTÊNCIA DE POTÊNCIA 4.
3 5 3.5 15
[( -4 ) ] = ( -4 ) = ( -4 )
Para calcular uma potência de potência, conserva- Um número é divisível por 3 quando a soma dos valo-
mos a base da primeira potência e multiplicamos os res absolutos dos seus algarismos é um número divisível
expoentes . por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divi-
sível por 3
POTÊNCIA DE UM PRODUTO
4 4 4 4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 ) Um número é divisível por 5 quando o algarismo das
Para calcular a potência de um produto, sendo n o unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O
expoente, elevamos cada fator ao expoente n. número 320 é divisível por 5, pois termina em 0.

Matemática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das 5 5
unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 1
500 é divisível por 10, pois termina em 0. Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5

NÚMEROS PRIMOS DIVISORES DE UM NÚMERO

Um número natural é primo quando é divisível apenas Consideremos o número 12 e vamos determinar todos
por dois números distintos: ele próprio e o 1. os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é
escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se
Exemplos: cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores.
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
números diferentes: ele próprio e o 1. = = = = = ==
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos
números distintos: ele próprio e o 1. divisores do número 12, temos:
• O número natural que é divisível por mais de dois D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
números diferentes é chamado composto.
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4. Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divi- 1º) Decompomos em fatores primos o número consi-
sível apenas por um número (ele mesmo). derado.
• O número 2 é o único número par primo. 12 2
6 2
3 3
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORA- 1
ÇÃO)
2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores
Um número composto pode ser escrito sob a forma de
primos e, à sua direita e acima, escrevemos o nume-
um produto de fatores primos.
ro 1 que é divisor de todos os números.
1
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma:
2 12 2
60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 2 . 3 . 5 que é chamada de forma fato- 6 2
rada. 3 3
1
Para escrever um número na forma fatorada, devemos
decompor esse número em fatores primos, procedendo 3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e es-
do seguinte modo: crevemos o produto obtido na linha correspondente.
x1
Dividimos o número considerado pelo menor número 12 2 2
primo possível de modo que a divisão seja exata. 6 2
Dividimos o quociente obtido pelo menor número pri- 3 3
mo possível. 1

Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo 4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos
menor número primo possível, até que se obtenha o quo- divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas
ciente 1. linhas correspondentes, sem repeti-los.
x1
Exemplo: 12 2 2
60 2 6 2 4
3 3
0 30 2 1

0 15 3 x1
5 0 5 12 2 2
6 2 4
1 3 3 3, 6, 12
Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 1

Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à di- Os números obtidos à direita dos fatores primos são
reita do número e, à direita dessa barra, escrever os divi- os divisores do número considerado. Portanto:
sores primos; abaixo do número escrevem-se os quocien- D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}
tes obtidos. A decomposição em fatores primos estará
terminada quando o último quociente for igual a 1. Exemplos:
1)
Exemplo: 1
60 2 18 2 2
30 2 9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
15 3 3 3 9, 18

Matemática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1
Observação: Esse processo prático costuma ser sim-
2) plificado fazendo-se uma decomposição simultânea dos
1 números. Para isso, escrevem-se os números, um ao
30 2 2 lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da
15 3 3, 6 barra vertical, colocada após o último número, escrevem-
5 5 5, 10, 15, 30 se os fatores primos comuns e não-comuns. 0 calculo
1 estará terminado quando a última linha do dispositivo for
composta somente pelo número 1. O M.M.C dos números
D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30} apresentados será o produto dos fatores.

MÁXIMO DIVISOR COMUM Exemplo:


Calcular o M.M.C (36, 48, 60)
Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou 36, 48, 60 2
mais números o maior dos divisores comuns a esses 18, 24, 30 2
números. 9, 12, 15 2
9, 6, 15 2
Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois 9, 3, 15 3
números é o chamado método das divisões sucessivas 3, 1, 5 3
(ou algoritmo de Euclides), que consiste das etapas se- 1, 1 5 5
guintes: 1, 1, 1
1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a 4 2
divisão for exata, o M.D.C. entre esses números é Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 2 . 3 . 5 = 720
o menor deles.
2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS
menor dos dois números) pelo resto obtido na di-
visão anterior, e, assim, sucessivamente, até se CONCEITO
obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determi- Consideremos o seguinte problema:
nado, será o M.D.C. dos números considerados. Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25.
2 2
Solução: (+5 ) = +25 e ( -5 ) =+25
Exemplo: Resposta: +5 e -5
Calcular o M.D.C. (24, 32)
Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de
32 24 24 8 +25.

8 1 0 3 Outros exemplos:
Número Raízes quadradas
Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8 +9 + 3 e -3
+16 + 4 e -4
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM +1 + 1 e -1
+64 + 8 e -8
Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou +81 + 9 e -9
mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero) +49 + 7 e -7
comuns a esses números. +36 +6 e -6
O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto
O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou
mais números, chamado de decomposição em fatores é 25 = +5
primos, consiste das seguintes etapas:
Como 25 = +5 , então: − 25 = −5
1º) Decompõem-se em fatores primos os números
apresentados. Agora, consideremos este problema.
2º) Determina-se o produto entre os fatores primos
comuns e não-comuns com seus maiores expo- Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -
entes. Esse produto é o M.M.C procurado. 25?
2 2
Solução: (+5 ) = +25 e (-5 ) = +25
Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18) Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado
seja -25, isto é, − 25 não existe no conjunto Z dos
Decompondo em fatores primos esses números, te- números inteiros.
mos:
12 2 18 2 Conclusão: os números inteiros positivos têm, como
6 2 9 3 raiz quadrada, um número positivo, os números inteiros
3 3 3 3 negativos não têm raiz quadrada no conjunto Z dos nú-
1 1 meros inteiros.
2 2
12 = 2 . 3 18 = 2 . 3
2 2 RADICIAÇÃO
Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36

Matemática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] =
A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que -(-3) - [-4 ] =
n
a = b. +3 + 4 = 7
2 3
n
b = a ⇒ an = b 4) –2( -3 –1) +3 . ( -1 – 3) + 4
2 3
-2 . ( -4 ) + 3 . ( - 4 ) + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 =
5
32 = 2 -32 – 192 + 4 =
-212 + 4 = - 208
5 índice
5 2 2
32 radicando pois 2 = 32 5) (-288) : (-12) - (-125) : ( -5 ) =
raiz (-288) : (+144) - (-125) : (+25) =
(-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3
2 radical
6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
Outros exemplos : 3
8 = 2 pois 2 3 = 8 (-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
-3 - (- 5) =
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8 - 3 + 5 = +2

PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0) 7)
2 2 4
–5 : (+25) - (-4 ) : 2 - 1 =
2

-25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =


a n = a n: p 310 = 3 3 2
m m: p 15
1ª) -1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3
2ª) n
a ⋅b = n a ⋅n b 6 = 2⋅ 3 2 3 2
8) 2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
4
5 5 2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
3ª) n
a:b = n a :n b 4 =4 +18 + (-5) - 4 =
16 16 + 18 - 9 = +9
4ª) ( a)
m
n
= m an ( x)
3
5
= 3 x5
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
5ª)
m n
a = m⋅n a 6
3 = 12 3
Os números racionais são representados por um
EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS IN- a
TEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES numeral em forma de fração ou razão, , sendo a e b
b
Para calcular o valor de uma expressão numérica com números naturais, com a condição de b ser diferente de
números inteiros, procedemos por etapas. zero.
1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado
1ª ETAPA: (a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde
a) efetuamos o que está entre parênteses ( )
b) eliminamos os parênteses a
um número fracionário .O termo a chama-se nume-
b
2ª ETAPA: rador e o termo b denominador.
a) efetuamos o que está entre colchetes [ ]
b) eliminamos os colchetes 2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser represen-
tado por uma fração de denominador 1. Logo, é possí-
3º ETAPA: vel reunir tanto os números naturais como os fracioná-
a) efetuamos o que está entre chaves { } rios num único conjunto, denominado conjunto dos
b) eliminamos as chaves números racionais absolutos, ou simplesmente conjun-
to dos números racionais Q.
Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na
seguinte ordem: Qual seria a definição de um número racional abso-
1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apa- luto ou simplesmente racional? A definição depende
recem. das seguintes considerações:
2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que apare- a) O número representado por uma fração não mu-
cem. da de valor quando multiplicamos ou dividimos
3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem. tanto o numerador como o denominador por um
mesmo número natural, diferente de zero.
Exemplos: Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
1) 2 + 7 . (-3 + 4) = ≈ é o símbolo de equivalência para frações
2 + 7 . (+1) = 2 + 7 = 9 2 2 × 5 10 10 × 2 20
≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅
2)
3 2
(-1 ) + (-2 ) : (+2 ) = 3 3 × 5 15 15 × 2 30
-1+ (+4) : (+2 ) = b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as
-1 + (+2 ) = frações equivalentes a uma fração dada.
-1 + 2 = +1 3 6 9 12
, , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fra-
1 2 3 4
Matemática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3  4
ção: ) fracionária;  2  A parte natural é 2 e a parte fracio-
1  7
Agora já podemos definir número racional : número 4
nária .
racional é aquele definido por uma classe de equiva- 7
lência da qual cada fração é um representante.
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais sim-
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO plificada, por ter seus termos primos entre si.
NATURAL: 3 5 3
0 0 , , , etc.
0 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 4 12 7
1 2
lência que representa o mesmo 4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que
número racional 0) não possua termos primos entre si, basta dividir os dois
1 2 ternos pelo seu divisor comum.
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 8 8:4 2
1 2 = =
lência que representa o mesmo 12 12 : 4 3
número racional 1)
e assim por diante. 5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES.
Para comparar duas ou mais frações quaisquer pri-
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚME- meiramente convertemos em frações equivalentes de
RO FRACIONÁRIO: mesmo denominador. De duas frações que têm o
1 2 3 mesmo denominador, a maior é a que tem maior nume-
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalên- rador. Logo:
2 4 6 6 8 9 1 2 3
cia que representa o mesmo < < ⇔ < <
número racional 1/2). 12 12 12 2 3 4
(ordem crescente)
NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS
Decimais: quando têm como denominador 10 ou De duas frações que têm o mesmo numerador, a
uma potência de 10 maior é a que tem menor denominador.
5 7 7 7
, ,⋅ ⋅ ⋅ etc. Exemplo: >
10 100 2 5
b) próprias: aquelas que representam quantidades OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
menores do que 1.
1 3 2 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc. A soma ou a diferença de duas frações é uma outra
2 4 7 fração, cujo calculo recai em um dos dois casos seguin-
tes:
c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou 1º CASO: Frações com mesmo denominador. Ob-
maiores que 1. servemos as figuras seguintes:
5 8 9
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
5 1 5
d) aparentes: todas as que simbolizam um número
natural. 3 2
20 8 6 6
= 5, = 4 , etc.
4 2
5
e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as fra- 6
ções, com exceção daquelas que possuem como de- 3 2 5
2 3
nominador 10, 10 , 10 ... Indicamos por: + =
6 6 6
f) frações iguais: são as que possuem os termos i-
3 3 8 8
guais = , = , etc.
4 4 5 5
2
g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao
numeral formado por uma parte natural e uma parte 6

Matemática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

5 2 7 3 3 5 1 1
a) + + = b) + + + =
6 15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
3 15 24 24 24 24
6 12 4
= = 18+ 20+ 3 +12
= =
5 2 3 15 5 24
Indicamos por: − = 53
6 6 6 =
24
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo Havendo número misto, devemos transformá-lo em
denominador, procedemos do seguinte modo: fração imprópria:
adicionamos ou subtraímos os numeradores e
mantemos o denominador comum. Exemplo:
simplificamos o resultado, sempre que possível. 1 5 1
2 + +3 =
3 12 6
Exemplos: 7 5 19
3 1 3 +1 4 + + =
+ = = 3 12 6
5 5 5 5 28
+
5
+
38
=
4 8 4 + 8 12 4 12 12 12
+ = = = 28 + 5 + 38 71
9 9 9 9 3 =
12 12
7 3 7−3 4 2
− = = =
6 6 6 6 3 Se a expressão apresenta os sinais de parênteses (
2 2 2−2 0 ), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma
− = = =0 ordem :
7 7 7 7 1º) efetuamos as operações no interior dos parênte-
ses;
Observação: A subtração só pode ser efetuada 2º) as operações no interior dos colchetes;
quando o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual 3º) as operações no interior das chaves.
a ele.
Exemplos:
2º CASO: Frações com denominadores diferentes:
2 3 5 4
Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com 1) +  −  −  =
denominadores diferentes, procedemos do seguinte 3 4 2 2
modo:
 8 9  1
• Reduzimos as frações ao mesmo denominador. = + − =
• Efetuamos a operação indicada, de acordo com o  12 12  2
caso anterior. 17 1
• Simplificamos o resultado (quando possível). = − =
12 2
Exemplos: 17 6
= − =
1 2 5 3 12 12
1) + = 2) + =
3 4 8 6 11
15 12
=
4 6 = + = 12
= + = 24 24
12 12
15 + 12
4+6 = =
= = 24
12
27 9
10 5 = =
= = 24 8
12 6

Observações:
Para adicionar mais de duas frações, reduzimos to-
das ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos
a operação.

Exemplos.
Matemática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4 
  9 2   5 3 
= 5 −  −  −  +  =
  6 6   3 4 
 7   20 9 
= 5 −  −  +  =
 6   12 12 
 30 7  29
= − − =
 6 6  12
23 29
= − = 1 2 3
6 12 Dizemos que: = =
2 4 6
46 29
= − =
12 12 - Para obter frações equivalentes, devemos multi-
17 plicar ou dividir o numerador por mesmo número dife-
=
12 rente de zero.
1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . =
NÚMEROS RACIONAIS 2 2 4 2 3 6

Para simplificar frações devemos dividir o numera-


dor e o denominador, por um mesmo número diferente
de zero.

Quando não for mais possível efetuar as divisões


dizemos que a fração é irredutível.
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dize-
mos que uma unidade dividida em duas partes iguais e Exemplo:
indicamos 1/2. 18 2 9 3
: = = ⇒ Fração Irredutível ou Sim-
onde: 1 = numerador e 2 = denominador 12 2 6 6
plificada

1 3
Exemplo: e
3 4

Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12


1 3 (12 : 3 ) ⋅ 1 (12 : 4 ) ⋅ 3 temos: 4 e 9
Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos e = e
3 4 12 12 12 12
(das três partes hachuramos 2).
1 4
Quando o numerador é menor que o denominador A fração é equivalente a .
temos uma fração própria. Observe: 3 12

Observe: 3 9
A fração equivalente .
4 12

Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes fra-
ções:
1 2
1) 2)
4 3
2 3 4 4 6 8
Quando o numerador é maior que o denominador Respostas: 1) , , 2) , ,
temos uma fração imprópria. 8 12 16 6 9 12

FRAÇÕES EQUIVALENTES COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES

Duas ou mais frações são equivalentes, quando re- a) Frações de denominadores iguais.
presentam a mesma quantidade. Se duas frações tem denominadores iguais a maior
será aquela: que tiver maior numerador.
3 1 1 3
Ex.: > ou <
4 4 4 4
Matemática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 2 5 4 5 2 4
b) Frações com numeradores iguais 1) e 2) e 3) , e
5 3 3 3 6 3 5
Se duas frações tiverem numeradores iguais, a me-
nor será aquela que tiver maior denominador.
2 2 4 5
7 7 7 7 Respostas: 1) < 2) <
Ex.: > ou < 5 3 3 3
4 5 5 4
4 5 3
3) < <
c) Frações com numeradores e denominadores 3 6 2
receptivamente diferentes.
Reduzimos ao mesmo denominador e depois com- OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
paramos. Exemplos:
2 1 1) Adição e Subtração
> denominadores iguais (ordem decrescente)
3 3 a) Com denominadores iguais somam-se ou subtra-
4 4 em-se os numeradores e conserva-se o denominador
> numeradores iguais (ordem crescente) comum.
5 3
2 5 1 2 + 5 +1 8
Ex: + + = =
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES 3 3 3 3 3
4 3 4−3 1
− = =
Para simplificar frações devemos dividir o numera- 5 5 5 5
dor e o denominador por um número diferente de zero.
b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo
Quando não for mais possível efetuar as divisões, denominador depois soma ou subtrai.
dizemos que a fração é irredutível. Exemplo: Ex:
18 : 2 9 : 3 3 1 3 2
= = 1) + + = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
12 : 2 6 : 3 2 2 4 3

Fração irredutível ou simplificada. (12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23


9 = =
36 12 12 12
Exercícios: Simplificar 1) 2)
12 45 4 2
2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
3 4 3 9
Respostas: 1) 2)
4 5 (9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
= =
9 9 9
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINA-
DOR COMUM
Exercícios. Calcular:
2 5 1 5 1 2 1 1
1 3 1) + + 2) − 3) + −
Ex.: e 7 7 7 6 6 3 4 3
3 4
8 4 2 7
Respostas: 1) 2) = 3)
Calcular o M.M.C. (3,4) = 12 7 6 3 12
1
e
3
=
(12 : 3 ) ⋅ 1 e (12 : 4 ) ⋅ 3 temos:
3 4 12 12 MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
4 9
e Para multiplicar duas ou mais frações devemos mul-
12 12 tiplicar os numeradores das frações entre si, assim
1 4 3 como os seus denominadores.
A fração é equivalente a . A fração equiva-
3 12 4 Exemplo:
9 2 3 2 3 6 3
lente . . = x = =
12 5 4 5 4 20 10

Exemplo: Exercícios: Calcular:


2 4 2 5 2 3 4  1 3  2 1
? ⇒ numeradores diferentes e denomina- 1) ⋅ 2) ⋅ ⋅ 3)  +  ⋅  − 
3 5 5 4 5 2 3 5 5 3 3
dores diferentes m.m.c.(3, 5) = 15
10 5 24 4 4
Respostas: 1) = 2) = 3)
(15 : 3).2 (15.5).4 10 12 12 6 30 5 15
? = < (ordem
15 15 15 15
DIVISÃO DE FRAÇÕES
crescente)

Exercícios: Colocar em ordem crescente: Para dividir duas frações conserva-se a primeira e
multiplica-se pelo inverso da Segunda.

Matemática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4 2 4 3 12 6 Outros exemplos:
Exemplo: : = . = =
5 3 5 2 10 5 34 635 2187
1) = 3,4 2) = 6,35 3) =218,7
10 100 10
Exercícios. Calcular:
4 2 8 6  2 3  4 1 Note que a vírgula “caminha” da direita para a es-
1) : 2) : 3)  +  :  −  querda, a quantidade de casas deslocadas é a mesma
3 9 15 25 5 5 3 3 quantidade de zeros do denominador.

20 Exercícios. Representar em números decimais:


Respostas: 1) 6 2) 3) 1
9 35 473 430
1) 2) 3)
10 100 1000
POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES
Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430
Eleva o numerador e o denominador ao expoente
dado. Exemplo: LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
3 3
2 2 8
  = 3 = Ex.:
 
3 3 27

Exercícios. Efetuar:
2 4 2 3
3  1  4   1
1)   2)   3)   −  
4 2 3 2

9 1 119
Respostas: 1) 2) 3)
16 16 72

RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES

Extrai raiz do numerador e do denominador.


4 4 2
Exemplo: = =
9 9 3
OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS
Exercícios. Efetuar:
1 16 9  1
2 Adição e Subtração
1) 2) 3) +  Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou sub-
9 25 16  2  traem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1:

1 4 10 + 0,453 + 2,832
Respostas: 1) 2) 3) 1 10,000
3 5
+ 0,453
2,832
NÚMEROS DECIMAIS _______
13,285
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc,
chama-se fração decimal. Exemplo 2:
3 4 7 47,3 - 9,35
Ex: , , , etc
10 100 100 47,30
9,35
Escrevendo estas frações na forma decimal temos: ______
3 37,95
= três décimos,
10
Exercícios. Efetuar as operações:
4 1) 0,357 + 4,321 + 31,45
= quatro centésimos
100 2) 114,37 - 93,4
7 3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
= sete milésimos
1000
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS
3 4 7
=0,3 = 0,04 = 0,007
10 100 1000 Multiplicam-se dois números decimais como se fos-
sem inteiros e separam-se os resultados a partir da

Matemática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
direita, tantas casas decimais quantos forem os alga- DIVISÃO
rismos decimais dos números dados. Para dividir os números decimais, procede-se as-
sim:
Exemplo: 5,32 x 3,8 1) iguala-se o número de casas decimais;
5,32 → 2 casas, 2) suprimem-se as vírgulas;
x 3,8→ 1 casa após a virgula 3) efetua-se a divisão como se fossem números in-
______ teiros.
4256
1596 + Exemplos:
______ ♦ 6 : 0,15 = 6,00 0,15
20,216 → 3 casas após a vírgula
000 40
Exercícios. Efetuar as operações: Igualam – se as casas decimais.
1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6 Cortam-se as vírgulas.
3) 31,2 . 0,753 7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57

Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto
3) 23,4936 285

DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma
vírgula ao quociente e zeros ao resto
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o ♦ 2 : 4 0,5
divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente. Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vír-
gula no quociente e zero no dividendo
Ex.: ♦ 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 =
a) 3:4 0,05
3 |_4_
30 0,75 Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vír-
20 gula no quociente e um zero no dividendo. Como 350
0 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao
b) 4,6:2 quociente e outro ao dividendo
4,6 |2,0 = 46 | 20
60 2,3 Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, ....
decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda,
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4
respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.
20 0,4
Exemplos:
Exercícios
25,6 : 10 = 2,56
1) Transformar as frações em números decimais.
04 : 10 = 0,4
1 4 1 315,2 : 100 = 3,152
1) 2) 3)
5 5 4 018 : 100 = 0,18
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 0042,5 : 1.000 = 0,0425
0015 : 1.000 = 0,015
2) Efetuar as operações:
1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2 milhar centena dezena Unidade décimo centésimo milésimo
simples
3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4 1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001

Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07


4) 37,855 5) 200,0833.... LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
Procedemos do seguinte modo:
Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
1000 2º) Lemos a parte decimal (como um número natu-
ral), acompanhada de uma das palavras:
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000..... - décimos, se houver uma ordem (ou casa) deci-
vezes maior, desloca-se a vírgula para a direita, res- mal
pectivamente, uma, duas, três, . . . casas decimais. - centésimos, se houver duas ordens decimais;
2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650 - milésimos, se houver três ordens decimais.
0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780
0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825 Exemplos:
1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e

Matemática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dois décimos". irracionais.

2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos
e setenta e cinco indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.
centésimos".
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de
3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e N.
trezentos e nove
milésimos''. Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos
indicar que os números negativos foram excluídos de
Observações: um conjunto.
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte de-
cimal é lida. Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram
Exemplos: excluídos de Z.
a) 0,5 - Lê-se: "cinco Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
décimos".
indicar que os números positivos foram excluídos de
um conjunto.
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito
centésimos".
Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos excluídos de Z.
e vinte e um
milésimos". Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o
símbolo (+) ou com o símbolo (-).
2) Um número decimal não muda o seu valor se a-
crescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do Exemplos
último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " ....... a) Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram
excluídos de Z.
3) Todo número natural pode ser escrito na forma b) Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos
de número decimal, colocando-se a vírgula após
o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. foram excluídos de Z.
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Exercícios resolvidos
1. Completar com ∈ ou ∉ :
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
a) 5 Z g) 3 Q*
b) 5 *
Z−
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E h) 4 Q
PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO *
Há números que não admitem representação
decimal finita nem representação decimal infinita e
c) 3,2 Z+
i) ( − 2) 2 Q-
1
periódico, como, por exemplo: d) Z j) 2 R
π = 3,14159265... 4
4 k) 4 R-
2 = 1,4142135... e) Z
1
3 = 1,7320508...
f) 2 Q
5 = 2,2360679... Resolução
a) ∈ , pois 5 é positivo.
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2 b) ∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram
*
excluídos de Z −
∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são
chamados de irracionais. c) ∉ 3,2 não é inteiro.
1
Podemos então definir os irracionais como sendo d) ∉ , poisnão é inteiro.
4
aqueles números que possuem uma representação
4
decimal infinita e não periódico. e) ∈ , pois = 4 é inteiro.
1
Chamamos então de conjunto dos números reais, e f) ∉ , pois 2 não é racional.
indicamos com R, o seguinte conjunto:
g) ∉ , pois 3 não é racional
R= { x | x é racional ou x é irracional}
h) ∈ , pois 4 = 2 é racional
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto
dos números racionais com o conjunto dos números
i) ∉ , pois ( − 2)2 = 4 = 2 é positivo, e os

Matemática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
positivos foram excluídos de Q− . b) ⊄ d) ⊂

j) ∈ , pois 2 é real. 4.
k) ∉ , pois 4 = 2 é positivo, e os positivos foram
excluídos de R−

2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
a) N Z* d) Q Z Reta numé rica
Uma maneira prática de representar os números re-
b) N Z+ *
e) Q + R+* ais é através da reta real. Para construí-la, desenha-
c) N Q mos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto,
um ponto origem que representará o número zero; a
Resolução: seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à
direita da origem, um ponto para representar a unidade,
a) ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * . ou seja, o número um. Então, a distância entre os pon-
b) ⊂, pois N = Z + tos mencionados será a unidade de medida e, com
c) ⊂ , pois todo número natural é também base nela, marcamos, ordenadamente, os números
racional. positivos à direita da origem e os números negativos à
d) ⊄ , pois há números racionais que não são sua esquerda.
2
inteiros como por exemplo, .
3
e) ⊂ , pois todo racional positivo é também real
positivo.
EXERCÍCIOS
Exercícios propostos: 1) Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos
1. Completar com ∈ ou ∉ são todos números racionais é:
a) 0 N 7  1 
g) Q +* a)  , 2, 3, 5, 4 2 
b) 0 N* 1  2 
c) 7 Z h) 7 Q  2 
d) - 7 Z+ c)  − 1, , 0, 2, 3 
i) 7 2  7 
{ }
Q
e) – 7 Q−
b) − 3, − 2, − 2, 0
R*
{ 4 , 5, 7 }
1 j) 7
f) Q d) 0, 9,
7
2) Se 5 é irracional, então:
2. Completar com ∈ ou ∉
a) 3 Q d) π Q a) 5 escreve-se na forma
m
, com n ≠0 e m, n ∈ N.
b) 3,1 Q e) 3,141414... Q n
c) 3,14 Q b) 5 pode ser racional
m
3. Completar com ⊂ ou ⊄ : c) 5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e
n
* N* *
a) Z + d) Z − R m, n ∈ N.
b) Z − N e) Z − R+ d) 2 5 é racional
c) R+ Q
3) Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos
4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os dos naturais, inteiros, racionais e reais, podemos
conjuntos N, Z, Q e R . escrever:
Respostas: a) ∀x ∈ N⇒x∈R c) Z ⊃ Q
1. b) ∀x ∈Q⇒x∈Z d) R ⊂ Z
a) ∈ e) ∈ i) ∈
b) ∉ f) ∈ j) ∈
4) Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos
c) ∈ g) ∈ afirmar que:
d) ∉ h) ∉ a) ∀ x ∈ A ⇒ x é primo
b) ∃ x ∈ A | x é maior que 7
2. c) ∀ x ∈ A ⇒ x é múltiplo de 3
a) ∈ c) ∈ e) ∈ d) ∃ x ∈ A | x é par
b) ∈ d) ∉ e) nenhuma das anteriores

3. 5) Assinale a alternativa correta:


a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄ a) Os números decimais periódicos são irracionais

Matemática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) Existe uma correspondência biunívoca entre os
pontos da reta numerada, e o conjunto Q.
c) Entre dois números racional existem infinitos nú-
meros racionais.
escrito em linguagem simbólica é:
d) O conjunto dos números irracionais é finito
a) { x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 }
6) Podemos afirmar que: b) { x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 }
a) todo real é racional.
b) todo real é irracional. 14) Assinale a alternativa falsa:
c) nenhum irracional é racional. a) R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0}
d) algum racional é irracional. b) 3∈ Q
c) Existem números inteiros que não são números
7) Podemos afirmar que: naturais.
a) entre dois inteiros existe um inteiro.
b) entre dois racionais existe sempre um racional.
c) entre dois inteiros existe um único inteiro. d) é a repre-
d) entre dois racionais existe apenas um racional. sentação de { x ∈ R | x ≥ 7 }

8) Podemos afirmar que: 15) O número irracional é:


a) ∀a, ∀b ∈ N⇒a-b∈N a) 0,3333... e)
4
b) ∀a, ∀b ∈ N⇒a:b∈N 5
c) ∀a, ∀b ∈ R⇒a+b∈R b) 345,777... d) 7
d) ∀a, ∀b ∈ Z⇒a:b∈Z
16) O símbolo R − representa o conjunto dos núme-
9) Considere as seguintes sentenças:
ros:
I) 7 é irracional. a) reais não positivos c) irracional.
II) 0,777... é irracional. b) reais negativos d) reais positivos.
III) 2 2 é racional.
Podemos afirmar que: 17) Os possíveis valores de a e de b para que a nú-
a) l é falsa e II e III são verdadeiros. mero a + b 5 seja irracional, são:
b) I é verdadeiro e II e III são falsas.
a) a = 0 e b=0 c) a = 0 e b = 2
c) I e II são verdadeiras e III é falsa.
d) I e II são falsas e III é verdadeira. c) a=1eb= 5 d) a = 16 e b = 0

10) Considere as seguintes sentenças: 18) Uma representação decimal do número 5 é:


I) A soma de dois números naturais é sempre um
a) 0,326... c) 1.236...
número natural.
b) 2.236... d) 3,1415...
II) O produto de dois números inteiros é sempre um
número inteiro.
19) Assinale o número irracional:
III) O quociente de dois números inteiros é sempre
a) 3,01001000100001... e) 3,464646...
um número inteiro.
b) 0,4000... d) 3,45
Podemos afirmar que:
a) apenas I é verdadeiro.
20) O conjunto dos números reais negativos é repre-
b) apenas II é verdadeira.
sentado por:
c) apenas III é falsa.
a) R* c) R
d) todas são verdadeiras.
b) R_ d) R*
11) Assinale a alternativa correta:
21) Assinale a alternativo falso:
a) R ⊂ N c) Q ⊃ N
a) 5 ∈ Z b) 5,1961... ∈ Q
b) Z ⊃ R d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
5
c) − ∈ Q
12) Assinale a alternativa correto: 3
a) O quociente de dois número, racionais é sempre 22) Um número racional compreendido entre 3 e
um número inteiro.
b) Existem números Inteiros que não são números 6 é:
reais. 3. 6
c) A soma de dois números naturais é sempre um a) 3,6 c)
2
número inteiro.
d) A diferença entre dois números naturais é sempre 6 3+ 6
b) d)
um número natural. 3 2

13) O seguinte subconjunto dos números reais 23) Qual dos seguintes números é irracional?
3
a) 125 c) 27

Matemática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4 Transformações de unidades: Cada unidade de
b) 1 d) 169
comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade
imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula
para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma
unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada
24) é a representação mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez)
gráfica de: transforma uma unidade na imediatamente superior.
a) { x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 }
c) { x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 } Ex.: 45 Km ⇒ 45 . 1.000 = 45.000 m
500 cm ⇒ 500 ÷ 100 = 5 m
RESPOSTAS 8 Km e 25 m ⇒ 8.000m + 25m = 8.025 m
1) d 5) b 9) b 13) b 17) c 21) b ou 8,025 Km.
2) c 6) c 10) c 14) d 18) b 22) b
Resumo
3) a 7) b 11) b 15) d 19) a 23) c
4) e 8) c 12) c 16) b 20) b 24) d

SISTEMA DE MEDIDAS LEGAIS

A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
C) Áreas Planas Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
D) Unidades de Volume e de Capacidade é a soma do comprimento de seus lados.
E) Volumes dos principais sólidos geométricos
F) Unidades de Massa

A) UNIDADES DE COMPRIMENTO

Medidas de comprimento:

Medir significa comparar. Quando se mede um


determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um número seguido de um
nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a
unidade de medida.

Podemos medir a página deste livro utilizando um Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado (0).
como medida padrão) caberá nesta página.

Para haver uma uniformidade nas relações humanas


estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico
decimal, adotado oficialmente no Brasil.

Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para


escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico
decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes


Elementos de uma circunferência:
HECTA significa 100 vezes
DECA significa 10 vezes
DECI significa décima parte
CENTI significa centésima parte
MILI significa milésima parte.

1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
1dam = 10m 1 m = 1000 mm

O perímetro da circunferência é calculado multiplican-


do-se 3,14 pela medida do diâmetro.

3,14 . medida do diâmetro = perímetro.

Matemática 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é


nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da
mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas
enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma
superfície esférica.

Damos o nome de área ao número que mede uma


superfície numa determinada unidade. Perímetro: é a soma dos quatro lados.
Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da
de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de base pela altura dividido por dois.
lado).

Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é


100 vezes maior do que a imediatamente inferior.

Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:


Perímetro – é a soma dos três lados.
Múltiplos Submúltiplos
2 2 2 2 2
km : 1.000.000 m m cm : 0,0001 m Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da
2 2 2 2
hm : 10.000 m dm : 0,01 m semi-soma das bases, pela altura.
2 2 2 2
dam : 100 m mm : 0,000001m
2 2
1km = 1000000 (= 1000 x 1000)m
2 2
1 hm = 10000 (= 100 x 100)m
2 2
1dam =100 (=10x10) m

Regras Práticas:

• para se converter um número medido numa unidade


para a unidade imediatamente superior deve-se Perímetro – é a soma dos quatro lados.
dividi-lo por 100.
• para se converter um número medido numa unidade, Losango: a área do losango é igual ao semi-produto
para uma unidade imediatamente inferior, deve-se das suas diagonais.
multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
2 2
are (a) —é o dam (100 m )
2 2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ).
Perímetro – á a soma dos quatro lados.
C) ÁREAS PLANAS
Área de polígono regular: a área do polígono regular é
Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida
apotema (a) sobre 2.
da base pela medida da altura.

Perímetro: a + a + b + b

Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto


“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base
= altura = lado. Perímetro – soma de seus lados.

DUNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Unidades de volume: volume de um sólido é a medida


deste sólido.

Matemática 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja
aresta mede 1 m.

Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes


maior que a unidade imediatamente inferior.
Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo
Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico: retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo,
é o dado.
MÚLTIPIOS SUB-MÚLTIPLOS
3 3 3 3
km ( 1 000 000 000m ) dm (0,001 m )
3 3 3 3
hm ( 1 000 000 m ) cm (0,000001m )
3 3 3 3
dam (1 000 m ) mm (0,000 000 001m )

Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3 3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
3 3
1dam = 1000 (10x10x10)m de suas três arestas que são iguais.
3 3 3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm V = a. a . a = a cubo
3 3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3 3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
dado pelo produto da área da base pela medida da altura.

Unidades de capacidade: litro é a unidade


fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l.

O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.

Múltiplos Submúltiplos

hl ( 100 l) dl (0,1 l)
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l)

Como se vê:
Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
1 hl = 100 l 1 l = 10 dl produto da área da base pela altura.
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml

VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS


GEOMÉTRICOS

Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum


dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de
suas três dimensões. F) UNIDADES DE MASSA

— A unidade fundamental para se medir massa de um


corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é
o kilograma (kg).
3
— o kg é a massa aproximada de 1 dm de água a 4
graus de temperatura.

Matemática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma:
4 + 8 + 12 + 20 44
Múltiplos Submúltiplos ma = = = 11
kg (1000g) dg (0,1 g) 4 4
hg ( 100g) cg (0,01 g)
dag ( 10 g) mg (0,001 g) Mé
dia Aritmé
tica Ponderada (mv):

Como se vê: A média aritmética ponderada de vários números aos


quais são atribuídos pesos (que indicam o número de vezes
1kg = 1000g 1g = 10 dg que tais números figuraram) consiste no quociente da soma
1 hg = 100 g e 1g= 100 cg dos produtos — que se obtém multiplicando cada número
1 dag = 10g 1g = 1000 mg pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.

Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno


durante o ano letivo, usamos a média aritmética ponderada.
A resolução é a seguinte:

Matéria Notas Peso


Português 60,0 5
Matemática 40,0 3
História 70,0 2
Para a água destilada, 1.º acima de zero.
60 . 5 + 40 3 + 70 . 2
volume capacidade massa mp =
1dm
2
1l 1kg 5+3+2

Medidas de tempo: 300 + 120 + 140


Não esquecer: = = 56
1dia = 24 horas 10
1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos ÂNGULO
1 ano = 365 dias Origem: Wikipé
dia, a enciclopé
dia livre.
1 mês = 30 dias
Ângulo É a região de um plano concebida pela

dia geomé
trica abertura de duas semi-retas que possuem uma origem
em comum, dividindo este plano em duas partes. A
Numa proporção contínua, o meio comum é
abertura do ângulo é uma propriedade invariante deste
denominado média proporcional ou média geométrica dos
extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média
e é medida, no SI, em radianos.
proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporção
contínua é chamado terceira proporcional. Assim, no nosso Unidades de medidas para ângulos
exemplo, 16 é a terceira proporcional depois de 4 e 8. De forma a medir um ângulo, um círculo com centro
no vértice é desenhado. Como a circunferência do
Para se calcular a média proporcional ou geométrica círculo é sempre diretamente proporcional ao
de dois números, teremos que calcular o valor do meio comprimento de seu raio, a medida de um ângulo é
comum de uma proporção continua. Ex.: independente do tamanho do círculo. Note que ângulos
4 X são adimensionais, desde que sejam definidos como a
=
X 16 razão dos comprimentos.
• A medida em radiano de um ângulo é o
4 . 16 x . x comprimento do arco cortado pelo ângulo,
2
dividido pelo raio do círculo. O SI utiliza o radiano
x = 64 x como o unidade derivada para ângulos. Devido
64 =8 ao seu relacionamento com o comprimento do
arco, radianos são uma unidade especial. Senos
4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de e cossenos cujos argumentos estão em radianos
uma proporção não continua. Ex.: possuem propriedades analíticas particulares, tal
como criar funções exponenciais em base e.
4 12
= , 4 . x = 8 . 12
• A medida em graus de um ângulo é o
8 F comprimento de um arco, dividido pela
96 circunferência de um círculo e multiplicada por
x= =24. 360. O símbolo de graus é um pequeno círculo
4
sobrescrito °. 2π radianos é igual a 360° (um
Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento círculo completo), então um radiano é
desconhecido de uma proporção). aproximadamente 57° e um grau é π/180
radianos.

dia Aritmé
tica Simples: (ma) • O gradiano, também chamado de grado, é uma
medida angular onde o arco é divido pela
A média aritmética simples de dois números é dada circunferência e multiplicado por 400. Essa forma
pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade é usado mais em triangulação.
das parcelas consideradas.
Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20
• O ponto é usado em navegação, e é definida
como 1/32 do círculo, ou exatamente 11,25°.
Matemática 32 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• O círculo completo ou volta completa representa
o número ou a fração de voltas completas. Por A velocidade média de um trem que percorre cem
exemplo, π/2 radianos = 90° = 1/4 de um círculo quilômetros em duas horas é de cinquenta quilômetros
completo. por hora. O valor médio da velocidade de um corpo é
igual à razão entre o espaço por ele percorrido e o
O ângulo nulo é um ângulo que tem 0º. tempo gasto no deslocamento, de acordo com a
fórmula v = s/t. A representação gráfica da velocidade
A classificação dos ângulos é por sua deve ser feita, em cada ponto, por um segmento
(normalmente) circunferência em graus. orientado que caracteriza seu módulo, sua direção
(tangente à trajetória) e seu sentido (que coincide com
Tipos de ângulos o sentido do movimento). No intervalo de duas horas, a
Com relação às suas medidas, os ângulos podem velocidade do trem pode ter variado para mais ou para
ser classificados como menos em torno da velocidade média. A determinação
• Nulo: Um ângulo nulo mede 0º ou 0 radianos. da velocidade instantânea se faz por meio do cálculo
• Agudo: Ângulo cuja medida é maior do que 0º da velocidade média num intervalo de tempo tão
(ou 0 radianos) e menor do que 90º (ou π/2 próximo de zero quanto possível. O cálculo diferencial,
radianos). inventado por Isaac Newton com esse fim específico,
• Reto: Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é permite determinar valores exatos da velocidade
exatamente 90º (ou π/2 radianos). Assim os seus instantânea de um corpo.
lados estão localizados em retas
perpendiculares. EQUAÇÕES
• Obtuso: É um ângulo cuja medida está entre 90º EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
e 180º (ou entre π/2 e π radianos).
• Raso: Ângulo que mede exatamente 180º (ou π IGUALDADES E PROPRIEDADES
radianos), os seus lados são semi-retas opostas. São expressões constituídas por números e letras,
• Côncavo: Ângulo que mede mais de 180º (ou π unidos por sinais de operações.
radianos) e menos de 360º (ou 2π radianos).
• Giro ou Completo: Ângulo que mede 360º (ou 2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mesmo
2π radianos). Também pode ser chamado de 3
2 2
Ângulo de uma volta. que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y
e z representam um número qualquer.
O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais
importante, pois o mesmo é encontrado em inúmeras Chama-se valor numé rico de uma expressão algébri-
aplicações práticas, como no encontro de uma parede ca quando substituímos as letras pelos respectivos valo-
com o chão, os pés de uma mesa em relação ao seu res dados:
tampo, caixas de papelão, esquadrias de janelas, etc... 2
Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo
os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ 4
2
Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o
círculo. Após esta volta completa este ângulo coincide → 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão.
com o ângulo de zero graus mas possui a grandeza de
360 graus (360 º). Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões:
Observação: É possível obter ângulos maiores do 1) 3x – 3y para x = 1 e y =3
que 360º mas os lados destes ângulos coincidirão com 2) x + 2a para x =–2 e a = 0
2
os lados dos ângulos menores do que 360º na medida 3) 5x – 2y + a para x =1, y =2 e a =3
que ultrapassa 360º. Para obter tais ângulos basta Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4
subtrair 360º do ângulo até que este seja menor do que
360º. Termo algé
brico ou monômio: é qualquer número
real, ou produto de números, ou ainda uma expressão
VELOCIDADE na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
A velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, tem literais.
4
direção e sentido, além do valor numérico. Duas Exemplo: 5x , –2y, 3 x , –4a , 3,–x
velocidades só serão iguais se tiverem o mesmo
módulo, a mesma direção e o mesmo sentido. Partes do termo algébrico ou monômio.
Velocidade é a grandeza física que informa com que Exemplo:
rapidez e em qual direção um móvel muda de posição sinal (–)
no tempo. Sua determinação pode ser feita por meio de 5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
um valor médio (que relaciona o deslocamento total de 5
x ybz parte literal
um corpo ao intervalo de tempo decorrido desde que
ele deixou a posição inicial até quando chegou ao fim Obs.:
do percurso) ou do valor instantâneo, que diz como a 1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas co-
posição varia de acordo com o tempo num determinado mo variáveis (valor variável)
instante. 2) quando o termo algébrico não vier expresso o co-

Matemática 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 2
eficiente ou parte numérica fica subentendido que 3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a =
2 2
este coeficiente é igual a 1. 3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =
2
(3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
3 4 3 4 2
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c 4x + 0x – 1.a + 1 =
2
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se- 4x – a + 1
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações. Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as
mesmas usadas para expressões numéricas no conjunto
Exemplos: Z.
3 3 3
1) a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes. Exercícios. Efetuar as operações:
3 3 3
2) –x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes. 1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2 2 2
2) 4x – 7x + 6x + 2 + 4x – x + 1
Grau de um monômio ou termo algé
brico: E a soma
2
dos expoentes da parte literal. Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x – 3x + 3

Exemplos: MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS


4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8. Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os
coeficientes e após o produto dos coeficientes escre-
Expressão polinômio: É toda expressão literal vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo- letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen-
nômios. tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as
2 2 letras que não são comuns aos dois monômios.
Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1
Exemplos:
Polinômios na variável x são expressões polinomiais 4 3 2 3
1) 2x y z . 3xy z ab = 2.3 .x
4+1 3+2 1+3
. y . z .a.b =
com uma só variável x, sem termos semelhantes. 5 5 4
6abx y z
2 2+1 1 +1 3 2
2) –3a bx . 5ab= –3.5. a .b . x = –15a b x
Exemplo:
2
5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja Exercícios: Efetuar as multiplicações.
2 3 n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0, 2 3 3
1) 2x yz . 4x y z =
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes. 3 2 2 2
2) –5abx . 2a b x =

Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô- 5 4


Respostas: 1) 8x y z
2 3
2) –10a b x
3 5

mio de maior grau.


2 4 2 EQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
que exprime uma relação de igualdade.
maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica
Exercícios
somente para determinado valor numérico atribuído à
1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
2 variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
a)–3x y z grau coefciente__________
7 2 2
b)–a x z grau coeficiente__________
Exemplo: 5 + x = 11
c) xyz grau coeficiente__________
↓ ↓
0 0
2) Dar o grau dos polinômios: 1 .membro 2 .membro
4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________
b) –2+xyz+2x y
5 2
grau __________ onde x é a incógnita, variável ou oculta.

Respostas: Resolução de equações


1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1 Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-
c) grau 3, coeficiente 1 mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
2) a) grau 5 b) grau 7 igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma i-
CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.
Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
Adição e Subtração de monômios e expressões poli- fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-
zem os termos semelhantes. Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
2.º membro com as operações invertidas.
Exemplo: Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-
2 2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a) zemos ainda que é o conjunto verdade (V).

Matemática 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
soma-se membro a membro:
Exercícios 5x + 2y = 18
Resolva as equações : 6x – 2y = 4
1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0 22
3) 7x – 26 = 3x – 6 11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2
11
Substituindo x = 2 na equação I:
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4} 5x + 2y = 18
2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5} 5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS 2y = 18 – 10
OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES 2y = 8
8
Resolução por adição. y=
2
 x+ y=7 -I y =4
Exemplo 1: 
 x − y = 1 - II então V = {(2,4)}

Soma-se membro a membro. Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:


2x +0 =8 7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28
2x = 8 1)  2)  3) 
5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10
8
x=
2 Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
x=4
INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va-
lor em qualquer uma das equações ( I ou II ), Distinguimos as equações das inequações pelo sinal,
Substitui em I fica: na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa-
4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3 ções são sinais de desigualdade.
> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
Se quisermos verificar se está correto, devemos
≤ menor ou igual
substituir os valores encontrados x e y nas equações
x+y=7 x–y=1
Exemplo 1: Determine os números naturais de modo
4 +3 = 7 4–3=1
que 4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}
2x > 12 – 4
2x + y = 11 - I 8
Exemplo 2 :  2x > 8 ⇒ x > ⇒ x>4
 x + y = 8 - II 2

Note que temos apenas a operação +, portanto de- Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco- que 4 + 2x ≤ 5x + 13
lhendo a II, temos: 4+2x ≤ 5x + 13
2x + y = 11 2x + y = 11 2x – 5x ≤ 13 – 4
 →
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8 –3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
soma-se membro a membro −9
3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
2x + y = 11 3
 +
 - x- y =-8 Exercícios. Resolva:
x+0 = 3 1) x – 3 ≥ 1 – x,
x=3 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
3 + y = 8, portanto y = 5 PRODUTOS NOTÁVEIS
Exemplo 3:
5x + 2y = 18 -Ι 1.º Caso: Quadrado da Soma
 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
2
3x - y = 2 - ΙΙ
↓ ↓
2 2
1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
2 (para “desaparecer” a variável y).
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18 drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
 ⇒
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4 quadrado do 2.º.

Matemática 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Exercícios. Resolver os produtos notáveis Exercícios. Fatorar:


2 2 2 2 2 2 3 2
1)(a+2) 2) (3+2a) 3) (x +3a) 1) 4a + 2a 2) 3ax + 6a y 3) 4a + 2a

Respostas: 1.º caso Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1)


2 2 2
1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a 2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a (2a + 1)
4 2 2
3) x + 6x a + 9a
2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
2.º Caso : Quadrado da diferença ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
2 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b
↓ ↓ Exemplo 1
2 2
1.º 2.º
2
⇒ a – 2ab + b
2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-

Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o


2 2 2
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
quadrado do 2.º. (quadrado da soma).

Exercícios. Resolver os produtos notáveis: Exemplo 2:


2 2 2 2 2
1) (a – 2) 2) (4 – 3a) 3) (y – 2b) 4a + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos

Respostas: 2.º caso 4a + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-


2
2 2
2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a
2 tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)
4 2 2
3) y – 4y b + 4b
Exercícios
3.º Caso: Produto da soma pela diferença Fatorar os trinômios (soma)
2 2 2
2 2 2
(a – b) (a + b) = a – ab + ab +b = a – b
2 1) x + 2xy + y 2) 9a + 6a + 1
2
↓ ↓ ↓ ↓ 3) 16 + 8a + a
1.º 2.º 1.º 2.º 2
Respostas: 2.º caso 1) (x + y)
2 2
Resumindo: “O produto da soma pela diferença é 2) (3a + 1) 3) (4 + a)
igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença)
2 2
Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife- x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos
rença: x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então:
1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3) 2 2 2
2 2 x – 2xy + y = (x – y)
3) (a – 1) (a + 1)
Exemplo 3:
Respostas: 3.º caso 2
2 2 16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos
1) a – 4 2) 4a – 9
4
3) a – 1 16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a,
2 2
então: 16 – 8a + a = (4 – a)
FATORAÇÃO ALGÉBRICA
Exercícios
1.º Caso: Fator Comum Fatorar:
2 2 2 2
1) x – 2xy + y 2) 4 – 4a + a 3) 4a – 8a + 4
Exemplo 1:
2
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica: Respostas: 2.º caso 1) (x – y)
2 2
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos 2) (2 – a) 3) (2a – 2)
no início (Fator comum e distributiva são “operações
inversas”) 3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
é um binômio)
Exercícios. Fatorar:
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab Exemplo 1
a2 = a e
2 2
Respostas: 1.º caso a – b , extrair as raízes dos extremos
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x) b2 = b, então fica: a – b = (a + b) . (a – b)
2 2

3) 4a. (c + b)
Exemplo 2:
Exemplo 2:
2
a2
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3, 4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
porque MDC (3, 6) = 3. 2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
2
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então Exercícios. Fatorar:
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo 2
1) x – y
2
2) 9 – b
2
3) 16x – 1
2
2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).
Matemática 36 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y) tes.
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
Exemplos:
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS 1) 3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2

São Equações cujas variáveis estão no denominador 2) 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6


4 1 3
Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exem- Multiplicação e Divisão de Radicais
x x 2x Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife- usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
rente de zero.
Exemplos
Para resolver uma equação fracionária, devemos a-
char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os 1) 2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos 2) 3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12
então uma equação do 1.º grau. 3
1 7 3) 3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
Ex: + 3 = , x ≠ 0, m.m.c. = 2x 3
x 2 4) 5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
1
2x . +3 =
7
. 2x 5) 3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90
x 2
2x 14 x Exercícios
+ 6x = , simplificando
x 2
Efetuar as multiplicações
2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau. 1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120
Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
Para a divisão de radicais usamos a propriedade
Exercícios a
também com índices iguais = a : b = a:b
Resolver as equações fracionárias: b
3 1 3
1) + = x≠0
x 2 2x Exemplos:
1 5
2) + 1 = x≠0
x 2x 18
1) = 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3
Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 3 } 2
2
20
RADICAIS 2) = 20 : 10 = 20 : 10 = 2
10
3
15
4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exa- 3) = 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3
3
5
tas são números inteiros, portanto são racionais: 2=
1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 = Exercícios. Efetuar as divisões
2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são 6 3
16 24
números inteiros. São números irracionais. Do mesmo 1) 2) 3)
3
3 2 6
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., são
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2
racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3
20 =
2,714417616595... são irracionais. Simplificação de Radicais

Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o n n
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice
índice e o radicando forem iguais. com expoente do radicando.
Exemplos:
Exemplos:
1)Simplificar 12
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2 decompor 12 em fatores primos:
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5 12 2
2
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes 6 2 12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
3 3
Operações: Adição e Subtração 1

Matemática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica: 3
16 33 2 3
18
Respostas: 1) 2) 3)
32 2 4 2 3
16 2
8 2 EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
4 2
2 2 Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2 variável toda equação de forma:
2
ax + bx + c = 0
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
128 2 Exemplos:
64 2 2
3x - 6x + 8 = 0
32 2 2
2x + 8x + 1 = 0
16 2 2 2
x + 0x – 16 = 0 y -y+9 =0
8 2 2 2
- 3y - 9y+0 = 0 5x + 7x - 9 = 0
4 2
2 2 COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
1 Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
fica equação do 2.º grau, sendo que:
• a representa sempre o coeficiente do termo x .
2
3 3 3
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2
• b representa sempre o coeficiente do termo x.
Exercícios • c é chamado de termo independente ou termo
Simplificar os radicais: constante.
1) 20 2) 50 3) 3 40 Exemplos:
2 2
Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 3 5 a)3x + 4x + 1= 0 b) y + 0y + 3 = 0
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3
2 2
Racionalização de Radiciação c) – 2x –3x +1 = 0 d) 7y + 3y + 0 = 0
Em uma fração quando o denominador for um radical a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0
2
devemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multipli- Exercícios
3 Destaque os coeficientes:
2 2
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical 1)3y + 5y + 0 = 0 2)2x – 2x + 1 = 0
2 2
do denominador. 3)5y –2y + 3 = 0 4) 6x + 0x +3 = 0
2 3 2 3 2 3 2 3
⋅ = = = Respostas:
3 3 3⋅3 9 3
1) a =3, b = 5 e c = 0
2 2 3 2)a = 2, b = –2 e c = 1
e são frações equivalentes. Dizemos que
3 3 3) a = 5, b = –2 e c =3
4) a = 6, b = 0 e c =3
3 é o fator racionalizante.
EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Exercícios Temos uma equação completa quando os
Racionalizar: coeficientes a , b e c são diferentes de zero.
1 2 3 Exemplos:
1) 2) 3)
5 2 2 2
3x – 2x – 1= 0
2
5 6 y – 2y – 3 = 0 São equações completas.
Respostas: 1) 2) 2 3) 2
y + 2y + 5 = 0
5 2
Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0,
2 costuma-se escrever a equação sem termos de coefici-
Outros exemplos: devemos fazer:
3
2 ente nulo.

2 3
22 2 ⋅ 3 22 23 4 23 4 3 Exemplos:
⋅ = = = = 4 2
3
2 1 3
2 2 3
2 ⋅2
1 2 3
2 3 2 x – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
2
x + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde-
pendente ou termo constante)
Exercícios. 2
x = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos
Racionalizar:
o termo x e termo independente)
3
1 3 2
1) 2) 3)
3 3 2 3 FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
4 2 3 2
ax + bx + c = 0

Matemática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
EXERCÍCIOS 2) 2x + x – 3 = 0
2
Escreva as equações na forma normal: 3) 2x – 7x – 15 = 0
2 2 2 2 2
1) 7x + 9x = 3x – 1 2) 5x – 2x = 2x + 2 4) x +3x + 2 = 0
2 2 2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x – 2x –2 = 0 5) x – 4x +4 = 0
Respostas
Resolução de Equações Completas 1) V = { 4 , 5)
Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a −3
fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara. 2) V = { 1, }
2 2
A expressão b - 4ac, chamado discriminante de
−3
equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se deita). 3) V = { 5 , }
2
∆ = b - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
2 4) V = { –1 , –2 }
5) V = {2}

−b± ∆ EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA


x=
2a Estudaremos a resolução das equações incompletas
2
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax + bx =
RESUMO 0 onde c = 0
NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS: Exemplo:
2
ou ∆ = b - 4ac
2 2x – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência
2
−b ± b − 4 a c (menor expoente)
x=
2a −b± ∆
x= x . (2x – 7) = 0 x=0
2a
7
Exemplos: ou 2x – 7 = 0 ⇒ x=
2 2
a) 2x + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3 7
Os números reais 0 e são as raízes da equação
− (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3
2
− b ± b2 − 4 a c 2
x= ⇒ x=
2a 2⋅2 S={0;
7
)
− (+ 7 ) ± 49 − 24 − (+ 7 ) ± 25 2
x= ⇒x = 2
Equação da forma: ax + c = 0, onde b = 0
4 4
− (+ 7 ) ± 5 −7 + 5 -2 -1 Exemplos
x= ⇒x'= = = 2
4 4 4 2 a) x – 81 = 0
−7 − 5 -12
2
x = 81→transportando-se o termo independente
x"= = =-3 para o 2.º termo.
4 4
−1  x = ± 81 →pela relação fundamental.
S =  , - 3
2  x=±9 S = { 9; – 9 }
2
b) x +25 = 0
ou 2
2 x = –25
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
∆ = b – 4.a. c
2 x = ± − 25 , − 25 não representa número real,
∆ =7 – 4 . 2 . 3
2
isto é − 25 ∉ R
∆ = 49 – 24 a equação dada não tem raízes em IR.
∆ = 25 S=φ ou S = { }
− (+ 7 ) ± 25 − (+ 7 ) ± 5
x= ⇒x = 2
4 4 c) 9x – 81= 0
2
−7 + 5 -2 -1 9x = 81
⇒ ‘x'= = = e 2 81
4 4 2 x =
−7 − 5 -12 9
x"= = =-3 2
x = 9
4 4
−1  x= ± 9
S =  , - 3 x=±3
2  S = { ±3}
Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
DA FORMULA. A equação incompleta ax = 0 admite uma única
solução x = 0. Exemplo:
EXERCÍCIOS 2
3x = 0
Resolva as equações do 2.º grau completa:
2
1) x – 9x +20 = 0

Matemática 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 0 b
x = S=x'+x"= −
3 a
2
x =0 c
2 • Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
x = + 0 a
S={0} Exemplos:
2
Exercícios Respostas: 1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.
(-72) = 72 = 8
2
1) 4x – 16 = 0 1) V = { –2, + 2} b
2
2) 5x – 125 = 0 2) V = { –5, +5} S=x'+x"= − =-
2 a 9 9
3) 3x + 75x = 0 3) V = { 0, –25}
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
Relações entre coeficiente e raízes a 9
2
Seja a equação ax + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”
2 2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos S=x'+x"= − =-
b (21) = - 21 = −7
coeficientes a, b, c. a 3 3
−b+ ∆ −b− ∆ c + (- 24 ) − 24
x'= e x"= P = x '⋅x " = = = = −8
2a 2a a 3 3
a = 4,
RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES
2
−b+ ∆ −b − ∆ 3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
x'+ x"= + ⇒ c = –16
2a 2a
b 0
−b+ ∆ −b− ∆ S = x ' + x "= − = = 0
x'+x"= a 4
2a c + (- 16 ) − 16
−2b b P = x '⋅ x " = = = = −4
x'+x"= ⇒ x'+ x"= − a 4 4
2a a a = a+1
2
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” = c = 2a+2
-b/a
S=x'+x"= − =-
b [- (a + 1)] = a + 1 = 1
b
Relação da soma: x ' + x " = − a a +1 a +1
a c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'⋅x " = = = =2
RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES a a +1 a +1
−b+ ∆ −b− ∆
x'⋅ x "= ⋅ ⇒ Se a = 1 essas relações podem ser escritas:
2a 2a
(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ )
b
x'+x"= − x ' + x " = −b
x'⋅x "= 1
4a2 x'⋅x "=
c
x '⋅ x "=c
 − b2  − ∆ 2
  ( ) 1

x'⋅x "=   ⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒ Exemplo:


4a 2 2
x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2
b2 −  b2 − 4ac  S=x'+x"= − =-
b (- 7)
=7
x '⋅ x " =   ⇒ a 1
4a 2
c 2
P = x'⋅x " = = = 2
b2 − b2 + 4ac a 1
x'⋅x "= ⇒ EXERCÍCIOS
4a2 Calcule a Soma e Produto
4ac c 2
x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " = 1) 2x – 12x + 6 = 0
2
4a2 a 2) x – (a + b)x + ab = 0
2
3) ax + 3ax–- 1 = 0
2
4) x + 3x – 2 = 0
c
Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
a Respostas:
c 1) S = 6 e P = 3
x '⋅ x " = ( Relação de produto) 2) S = (a + b) e P = ab
a
−1
3) S = –3 e P =
Sua Representação: a
• Representamos a Soma por S 4) S = –3 e P = –2

Matemática 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
2
Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
+ bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
temos: Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por meio
x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”) de uma equação ou de um sistema de equações do 2.º
x’ . x” = c c = x’ . x” grau.
2
Daí temos: x + bx + c = 0 Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir três etapas:
• Estabelecer a equação ou sistema de equações cor-
respondente ao problema (traduzir matemati-
camente), o enunciado do problema para linguagem
simbólica.
• Resolver a equação ou sistema
• Interpretar as raízes ou solução encontradas

REPRESENTAÇÃO Exemplo:
Representando a soma x’ + x” = S Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
Representando o produto x’ . x” = P seu dobro é igual a 15?
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0 número procurado : x
2
equação: x + 2x = 15
Exemplos:
a) raízes 3 e – 4 Resolução:
2
S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1 x + 2x –15 = 0
∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
2 2
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
x – Sx + P = 0 ∆ = 64
2
x + x – 12 = 0 − 2 ± 64 −2 ± 8
x= x=
2 ⋅1 2
b) 0,2 e 0,3
−2 + 8 6
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5 x'= = =3
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06 2 2
2
x – Sx + P = 0 −2 − 8 −10
2 x"= = = −5
x – 0,5x + 0,06 = 0 2 2

5 3 Os números são 3 e – 5.
c) e
2 4
5 3 10 + 3 13 Verificação:
S = x’+ x” = + = = 2
x + 2x –15 = 0
2
x + 2x –15 = 0
2 4 4 4 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0
2
(–5) + 2 (–5) – 15 = 0
5 3 15 9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
P=x.x= . =
2 4 8 0=0 0=0
2
x – Sx + P = 0 (V) (V)
2 13 15 S = { 3 , –5 }
x – x+ =0
4 8
RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:
d) 4 e – 4
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0 1) O quadrado de um número adicionado com o quá-
P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16 druplo do mesmo número é igual a 32.
2
x – Sx + P = 0 2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo
2
x –16 = 0 número é igual a 10. Determine esse número.
3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio
Exercícios número é igual a 30. Determine esse numero.
Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são: 4) A soma do quadrado de um número com seu quín-
−4 tuplo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.
1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5 Respostas:
4) 3 + 5e3– 5 5) 6 e 0 1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) −10 3 e 3 4) 0 e 3
Respostas:
2 2
1) x – 5x+6= 0 2) x – x – 30 = 0 FUNÇÕES E EQUAÇÕES LINEARES,
2 −6x 8 QUADRÁTICAS, EXPONENCIAIS,
3)x – – =0
5 5 LOGARÍTMICAS E TRIGONOMÉTRICAS;
2 2
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0 POLINÔMIOS E EQUAÇÕES.

Matemática 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
f)
DEFINICÂO
Consideremos uma relação de um conjunto A em um
conjunto B. Esta relação será chamada de função ou
aplicação quando associar a todo elemento de A um úni-
co elemento de B.

Exemplos:
Esta relação é uma função de A em B, pois associa
Consideremos algumas relações, esquematizadas
todo elemento de A um único elemento de B.
com diagramas de Euler-Venn, e vejamos quais são
funções:
Observações:
a) Notemos que a definição de função não permite
a)
que fique nenhum elemento "solitário" no domínio
(é o caso de x2, no exemplo d); permite, no entan-
to, que fiquem elementos "solitários" no contrado-
mínio (são os casos de y2, no exemplo e, e de y3,
no exemplo f ) .
b) Notemos ainda que a definição de função não
permite que nenhum elemento do domínio "lance
Esta relação é uma função de A em B, pois associa a mais do que uma flecha" (é o caso de x1, no e-
todo elemento de A um único elemento de B. xemplo b); permite, no entanto, que elementos do
contradomínio "levem mais do que uma flechada"
b) (são os casos dos elementos y1, nos exemplos c e
f ).

NOTAÇÃO
Considere a função seguinte, dada pelo diagrama
Euler-Venn:

Esta relação não é uma função de A em B, pois


associa a x1 Є A dois elementos de B : y1 e y2.
c)

Esta função será denotada com f e as associações


que nela ocorrem serão denotadas da seguinte forma:

y2 = f ( x 1): indica que y2 é a imagem de x1 pela f


y2 = f ( x 2): indica que y2 é a imagem de x2 pela f
y3 = f ( x 3): indica que y3 é a imagem de x3 pela f

Esta relação é uma função de A em B, pois associa O conjunto formado pelos elementos de B, que são
todo elemento de A um único elemento de B. imagens dos elementos de A, pela f, é denominado con-
d) junto imagem de A pela f, e é indicado por Im (f) .
No exemplo deste item, temos:
A = {x1, x2, x3 } é o domínio de função f.
B = {y1, y2, y3 } é o contradomínio de função f.
Im ( f ) = { y2, y3 } é o conjunto imagem de A pela f.

DOMÍNIO, CONTRADOMINIO E IMAGEM DE UMA


FUNCÃO
Esta relação não é uma função de A em B, pois não Consideremos os conjuntos:
associa a x2 Є A nenhum elemento de B. A = { 2, 3, 4 }
e) B = { 4, 5, 6, 7, 8 }
e f(x) = x+2

f(2)=2+2=4
f(3)=3+2=5
f(4)=4+2=6

Graficamente teremos:
Esta relação é uma função de A em B, pois associa A = D( f ) Domínio B = CD( f ) contradomínio
todo elemento de A um único elemento de B.

Matemática 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Como essa função é injetora e sobrejetora, dizemos


que é bijetora.
O conjunto A denomina-se DOMINIO de f e pode ser FUNÇÃO INVERSA
indicado com a notação D ( f ). Seja f uma função bijetora definida de A em B, com
x Є A e y Є B, sendo (x, y) Є f. Chamaremos de fun-
O conjunto B denomina-se CONTRADOMINIO de f e -1
ção inversa de f, e indicaremos por f , o conjunto dos pa-
pode ser indicado com a notação CD ( f ). -1
res ordenados (y, x) Є f com y Є B e x Є A.
O conjunto de todos os elementos de B que são ima- Exemplo: Achar a função inversa de y = 2x
gem de algum elemento de A denomina-se conjunto-
imagem de f e indica-se Im ( f ). Solução:
a) Troquemos x por y e y por x ; teremos: x = 2y
No nosso exemplo acima temos:
D(f)=A ⇒ D ( f ) = { 2, 3, 4 } b) Expressemos o novo y em função do novo x ;
CD ( f ) = B ⇒ CD ( f ) = { 4, 5, 6, 7, 8 } x x
Im ( f ) = { 4, 5, 6 }. teremos y = e então: f −1( x ) =
2 2
TIPOS FUNDAMENTAIS DE FUNÇÕES GRÁFICOS
FUNCÀO INJETORA SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL
Uma função f definida de A em B é injetora quando Como já vimos, o sistema cartesiano ortogonal é
cada elemento de B , é imagem de um único elemento de composto por dois eixos perpendiculares com origem
A. comum e uma unidade de medida.
Exemplo:

FUNÇÃO SOBREJETORA - No eixo horizontal, chamado eixo das abscissas,


Uma função f definida de A em B é sobrejetora se representamos os primeiros elementos do par or-
todas os elementos de B são imagens, ou seja: denado de números reais.
Im ( f ) = B - No eixo vertical, chamado eixo das ordenadas, re-
presentamos os segundos elementos do par or-
Exemplo: denado de números reais.

Vale observar que:


A todo par ordenado de números reais corresponde
um e um só ponto do plano, e a cada ponto corresponde
um e um só par ordenado de números reais.

Im ( f ) = { 3, 5 } = B Vamos construir gráficos de funções definidas por leis


y = f (x) com x Є IR . Para isso:
FUNCÃO BIJETORA 1º) Construímos uma tabela onde aparecem os valo-
Uma função f definida de A em B, quando injetora e res de x e os correspondentes valores de y, do se-
sobrejetora ao mesmo tempo, recebe o nome de função guindo modo:
bijetora. a) atribuímos a x uma série de valores do domínio,
b) calculamos para cada valor de x o correspondente
Exemplo: valor de y através da lei de formação y = f ( x );
é sobrejetora ⇒ Im(f) = B 2º) Cada par ordenado (x,y), onde o 1º elemento é a
é injetora - cada elemento da imagem em B tem um variável independente e o 2º elemento é a variável
único correspondente em A. dependente, obtido na tabela, determina um ponto
do plano no sistema de eixos.
3º) 0 conjunto de todos os pontos (x,y), com x Є D(f)
Matemática 43 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
formam o gráfico da função f (x).

Exemplo:
Construa o gráfico de f( x ) = 2x – 1 onde
D = { –1, 0, 1, 2 , 3 }

x y ponto
f ( –1 ) = 2 . ( –1 ) –1 = –3 –1 –3 ( –1, –3)
f ( 0 ) = 2 . 0 – 1 = –1 0 –1 ( 0, –1)
f(1)=2. 1 –1=1 1 1 ( 1, 1)
f(2)=2. 2 –1=3 2 3 ( 2, 3)
f(3)=2. 3 –1=5 3 5 ( 3, 5)

• ZERO DA FUNÇÃO:
3x 1 1
Os pontos A, B, C, D e E formam o gráfico da função. f(x)= 0 ⇒ + =0 ⇒ x = −
5 5 3
OBSERVAÇÃO
Graficamente, o zero da função é a abscissa do ponto
Se tivermos para o domínio o intervalo [–1,3], teremos
de intersecção do gráfico com o eixo x.
para gráfico de f(x) = 2x – 1 um segmento de reta com
infinitos pontos).
• DOMÍNIO: projetando o gráfico sobre o eixo x :
D ( f ) = [ –2, 3 ]
• IMAGEM: projetando o gráfico sobre o eixo y :
Im ( f ) = [ –1, 2 ]

observe, por exemplo, que para:


– 2 < 3 temos f (–2) < f ( 3 )
–1 2
portanto dizemos que f é crescente.

• SINAIS:
1
x Є [ –2, – [ ⇒ f(x)<0
Se tivermos como domínio o conjunto IR, teremos 3
para o gráfico de f(x) = 2x – 1 uma reta. 1
xЄ ]– ,3] ⇒ f(x)>0
ANÁLISE DE GRÁFICOS 3
Através do gráfico de uma função podemos obter • VALOR MÍNIMO: –1 é o menor valor assumido
informações importantes o respeito do seu por y = f ( x ) , Ymín = – 1
comportamento, tais como: crescimento, decrescimento, • VALOR MÁXIMO: 2 é o maior valor assumido
domínio, imagem, valores máximos e mínimos, e, ainda, por y = f ( x ) , Ymáx = 2
quando a função é positiva ou negativa etc.
3x 1 TÉCNICA PARA RECONHECER SE UM GRÁFICO
Assim, dada a função real f(x) = + e o seu gráfi- REPRESENTA OU NÃO UMA FUNÇAO
5 5 Para reconhecermos se o gráfico de uma relação re-
co, podemos analisar o seu comportamento do seguinte presenta ou não uma função, aplicamos a seguinte técni-
modo: ca:

Traçamos várias retas paralelas ao eixo y ; se o gráfi-


co da relação for interceptado em um único ponto, então o
gráfico representa uma função. Caso contrário não repre-
senta uma função.

Exemplos:

Matemática 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) f(x) = 3 d) f(x) = ½

Seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x , passando


pelo ponto (0, c).

O gráfico a) representa uma função, pois qualquer que


seja a reta traçada paralelamente a y, o gráfico é
interceptado num único ponto, o que não acontece com
b) e c ). FUNÇÃO IDENTIDADE
É a função de lR em lR definida por
FUNÇÂO CRESCENTE f(x) = x
Consideremos a função y = 2x definida de IR em IR. x y=f(x)=x
Atribuindo-se valores para x, obtemos valores –2 –2
correspondentes para y e os representamos no plano –1 –1
cartesiano: 0 0
1 1
2 2

Observe que seu gráfico é uma reta que contém as


bissetrizes do 1º e 3º quadrantes.
D = IR CD = IR lm = IR

FUNÇÃO AFIM
É toda função f de IR em IR definida por
f (x) = ax + b (a, b reais e a ≠ 0)

Exemplos:
a) f(x) = 2x –1 b) f(x) = 2 – x
Observe que a medida que os valores de x aumentam, c) f(x) = 5x
os valores de y também aumentam; neste caso dizemos
que a função é crescente. Observações
1) quando b = 0 a função recebe o nome de função
FUNÇÃO DECRESCENTE linear.
Consideremos a função y = –2x definida de IR em IR. 2) o domínio de uma função afim é IR: D(f) = IR
3) seu conjunto imagem é IR: lm(f) = IR
Atribuindo-se valores para x, obteremos valores 4) seu gráfico é uma reta do plano cartesiano.
correspondentes para y e os representamos no plano
cartesiano. FUNÇÃO COMPOSTA
Dadas as funções f e g de IR em IR definidas por
2
f ( x ) = 3x e g(x)=x temos que:
f(1)=3.1=3
f(2)=3.2=6
f ( a ) = 3 . a = 3 a (a Є lR)
f ( g ) = 3 . g = 3 g (g Є lR)
f [ g( x ) ] = 3.g( x )
⇒ f [ g ( x ) ] = 3x 2
g ( x ) = x2

função composta de f e g
Note que a medida que as valores de x aumentam, os Esquematicamente:
valores de y diminuem; neste caso dizemos que a função
é decrescente.

FUNÇÃO CONSTANTE
É toda função de IR em IR definida por
f(x)= c (c = constante)
Símbolo:
Exemplos: f o g lê-se "f composto g" - (f o g) ( x ) = f [ g ( x)]
a) f(x) = 5 b) f(x) = –2
Matemática 45 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
FUNÇÃO QUADRÁTICA todo x Є A, tivermos f (x ) = f ( –x ).
É toda função f de IR em IR definida por
2
f(x) = ax + bx + c Uma função f de A em B diz-se uma função ímpar se,
(a, b ,c reais e a ≠ 0 ) para todo x Є R, tivermos f( –x ) = – f (x).

Exemplos: Decorre das definições dadas que o gráfico de uma


2
a) f(x) = 3x + 5x + 2 função par é simé
trico em relação ao eixo y e o gráfico de
2
b) f(x) = x – 2x uma função ímpar é simétrico em relação ao ponto ori-
2
c) f(x) = –2x + 3 gem.
2
d) f(x) = x

Seu gráfico e uma parábola que terá concavidade


voltada "para cima" se a > 0 ou voltada "para baixo" se
a < 0.

Exemplos:
2
f ( x ) = x – 6x + 8 (a = 1 > 0) concavidade p/ cima
função par: f( x ) = f ( – x ) unção ímpar: f( –x ) = – f (x)

EXERCICIOS
01) Das funções de A em B seguintes, esquematiza-
das com diagramas de Euler-Venn, dizer se elas
são ou não sobrejetoras, injetoras, bijetoras.
a) b)

2
f ( x ) = – x + 6x – 8 (a = –1 < 0) concavidade p/ baixo
c) d)

RESPOSTAS
a) Não é sobrejetora, pois y1, y3, y4 Є B não estão
associados a elemento algum do domínio: não é
injetora, pois y2 Є B é imagem de x1, x2, x3, x4 Є A:
FUNÇÃO MODULAR logo, por dupla razão, não é bijetora.
Consideremos uma função f de IR em IR tal que, para
b) É sobrejetora, pois todos os elementos de B (no
todo x Є lR, tenhamos f ( x ) = | x | onde o símbolo | x |
caso há apenas y1) são imagens de elementos de
que se lê módulo de x, significa:
A; não é injetora, pois y1 Є B é imagem de x1, x2,
x, se x ≥ 0 x3, x4 Є A, logo, por não ser injetora, embora seja
x =
- x, se x < 0 sobrejetora, não é bijetora.
c) Não é sobrejetora, pois y1, y2, y4 Є B não estão
esta função será chamada de função modular. associados a elemento algum do domínio; é
injetora, pois nenhum elemento de B é imagem do
Gráfico da função modular: que mais de um elemento de A; logo, por não ser
sobrejetora, embora seja injetora, não é bijetora.
d) É sobrejetora, pois todos os elementos de B (no
caso há apenas y1) são imagens de elementos de
A; é injetora, pois o único elemento de B é imagem
de um único elemento de A; logo, por ser
simultaneamente sobrejetora e injetora, é bijetora.

2) Dê o domínio e a imagem dos seguintes gráficos:

FUNÇÃO PAR E FUNÇÃO ÍMPAR


Uma função f de A em B diz-se função par se, para

Matemática 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4) crescente
5) decrescente: ] – ∞ , 1] crescente: [ 1, + ∞ [
6) crescente: ] – ∞ , 1] decrescente: [ 1, + ∞ [
7) crescente
8) decrescente

04) Determine a função inversa das seguintes


funções:
a) y = 3x b) y = x – 2
x −5
d) y =
3
c) y = x
3
RESPOSTAS
x
a) y = b) y = x + 2
3
c) y = 3 x d) y = 3x + 5
2 2
05) Analise a função f ( x ) = x – 2x – 3 ou y = x –2x
– 3 cujo gráfico é dado por:

Respostas:
1) D ( f ) = ] –3, 3 ] e lm ( f ) = ] –1, 2 ]
2) D ( f ) = [ –4, 3 [ e lm ( f ) = [ –2, 3 [
3) D ( f ) = ] –3, 3 [ e lm ( f ) = ] 1, 3 [
4) D ( f ) = [ –5, 5 [ e lm ( f ) = [ –3, 4 [
5) D ( f ) = [ –4, 5 ] e lm ( f ) = [ –2, 3 ]
6) D ( f ) = [ 0, 6 [ e lm ( f ) = [ 0, 4[

03) Observar os gráficos abaixo, e dizer se as funções


são crescentes ou decrescentes e escrever os in-
tervalos correspondentes:

• Zero da função: x = –1 e x = 3
• f ( x ) é crescente em ] 1, + ∞ [
• f ( x ) e decrescente em ] – ∞ , 1[
• Domínio → D(f) = IR
• Imagem → Im(f) = [ –4, + ∞ [
• Valor mínimo → ymín = – 4
• Sinais: x Є ] – ∞ , –1[ ⇒ f ( x ) > 0
x Є ] 3, + ∞ [ ⇒ f ( x ) > 0
x Є [ – 1, 3 [ ⇒ f ( x ) < 0
3
06) Analise a função y = x – 4x cujo gráfico é dado
por:

RESPOSTAS RESPOSTAS
1) crescente: [ –3, 2] decrescente: [ 2, 5 ] crescente: • Zero da função: x = – 2; x = 0; x = 2
[ 5, 8 ]
2 3 2 3
2) crescente: [ 0, 3] decrescente: [ 3, 5 ] crescente: • f (x) é crescente em ]– ∞ ,– [ e em ] , +∞ [
[5, 8 ] 3 3
3) decrescente
Matemática 47 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 3 2 3 Outro exemplo:
• f ( x ) é decrescente em ] – , [ Construir, num sistema de coordenadas cartesianas, o
3 3
gráfico da função linear definida pela equação y = –3x.
• Domínio → D(f) = lR x = 1 → y = – 3 . (1) = – 3
• Imagem → Im(f) = lR x = –1 → y = –3 . (–1) = 3
• Sinais: x Є ] – ∞ , –2 [ ⇒ f ( x ) < 0 x = 2 → y = –3 . ( 2) = – 6
x Є ] – 2, 0 [ ⇒ f ( x ) > 0 x = –2 → y = –3 . (–2) = 6
x Є ] 0, 2 [ ⇒ f ( x ) < 0
x Є ] 2, + ∞ [ ⇒ f ( x ) > 0 x y
1 –3 → A ( 1,– 3)
FUNÇÃO DO 1º GRAU –1 3 → B ( –1, 3)
FUNCÃO LINEAR
2 –6 → C ( 2, – 6)
Uma função f de lR em lR chama-se linear quando é
–2 6 → D ( –2, 6)
definida pela equação do 1º grau com duas variáveis y =
ax , com a Є lR e a ≠ 0.

Exemplos:
f definida pela equação y = 2x onde f : x → 2x
f definida pela equação y = –3x onde f : x → –3x

GRÁFICO
Num sistema de coordenadas cartesianas podemos
construir o gráfico de uma função linear.

Para isso, vamos atribuir valores arbitrários para x


(que pertençam ao domínio da função) e obteremos valo-
res correspondentes para y (que são as imagens dos
valores de x pela função).

A seguir, representamos num sistema de coordenadas


O conjunto dos infinitos pontos A, B, C, D , ......
cartesianas os pontos (x, y) onde x é a abscissa e y é a
chama-se gráfico da função linear y = –3x.
ordenada.
Conclusão:
Vejamos alguns exemplos: O gráfico de uma função linear é a reta suporte dos
Construir, num sistema cartesiano de coordenadas infinitos pontos A, B, C, D, .... e que passa pelo ponto
cartesianas, o gráfico da função linear definida pela origem O.
equação: y = 2x.
x=1 →y=2.(1)=2 Observação
x = –1 → y = 2 . ( –1 ) = –2 Como uma reta é sempre determinada por dois
x=2 → y=2.(2)=4 pontos, basta representarmos dois pontos A e B para
x = – 3 → y = 2 . ( –3 ) = – 6 obtermos o gráfico de uma função linear num sistema de
coordenadas cartesianas.
x y
1 2 → A ( 1, 2) FUNÇÃO AFIM
–1 –2 → B (–1, –2) Uma função f de lR em lR chama-se afim quando é
2 4 → C ( 2, 4) definida pela equação do 1º grau com duas variáveis
–3 –6 → D ( –3, –6) y = ax + b com a,b Є IR e a ≠ 0.

Exemplos:
f definida pela equação y = x +2 onde f : x → x + 2
f definida pela equação y = 3x –1onde f : x → 3x – 1

A função linear é caso particular da função afim,


quando b = 0.

GRÁFICO
Para construirmos o gráfico de uma função afim, num
sistema de coordenadas cartesianas, vamos proceder do
mesmo modo como fizemos na função linear.

O conjunto dos infinitos pontos A, B, C, D, ..:... chama- Assim, vejamos alguns exemplos, com b ≠ 0.
se gráfico da função linear y = 2x.
Construir o gráfico da função y = x – 1

Matemática 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Solução:
x=0 → y=0 –1=–1 Assim são funções do primeiro grau:
x=1 → y=1–1 =0 f definida pela equação y = 3x
x = –1 → y = –1 – 1 = –2 f definida pela equação y = x + 4
x=2 → y=2 –1=1 f definida pela equação y = – x
x = –3 → y = –3 – 1 = –4 f definida pela equação y = – 4x + 1

FUNÇÃO CONSTANTE
x y → pontos ( x , y)
Consideremos uma função f de IR em IR tal que, para
0 –1 → A ( 0, –1) todo x Є lR, tenhamos f(x) = c, onde c Є lR; esta função
1 0 → B ( 1, 0 ) será chamada de função constante.
–1 –2 → C ( –1, –2)
2 1 → D ( 2, 1 ) O gráfico da função constante é uma reta paralela ou
–3 –4 → E ( –3, –4) coincidente com o eixo x ; podemos ter três casos:
a) c > 0 b) c = 0 c) c < 0

Observações:
Na função constante, f ( x ) = c ; o conjunto imagem é
unitário.

O conjunto dos infinitos pontos A, B, C, D, E,... chama- A função constante não é sobrejetora, não é injetora e
se gráfico da função afim y = x – 1. não é bijetora; e, em consequência disto, ela não admite
inversa.
Outro exemplo:
Construir o gráfico da função y = –2x + 1. Exemplo:
Consideremos a função y = 3, na qual a = 0 e b = 3
Solução: Atribuindo valores para x Є lR determinamos y Є lR
x=0 → y = –2. (0) + 1 = 0 + 1 = 1 xЄR y=0.X+3 y Є lR (x, y)
x=1 → y = –2. (1) + 1 = –2 + 1 = –1 –3 y = 0 .(–3)+ 3 y = 3 (–3, 3)
–2 y = 0. (–2) + 3 y = 3 (–2, 3)
x = –1 → y = –2. (–1) +1 = 2 + 1 = 3
–1 y = 0. (–1) + 3 y = 3 (–1, 3)
x=2 → y = –2. (2) + 1 = –4 + 1 = –3
0 y = 0. 0 + 3 y=3 ( 0, 3)
x = –2 → y = –2. (–2)+ 1 = 4 + 1 = 5 1 y = 0. 1 + 3 y=3 (1 , 3)
2 y = 0. 2 + 3 y=3 ( 2, 3)
x y → pontos ( x , y)
0 1 → A ( 0, 1) Você deve ter percebido que qualquer que seja o valor
1 –1 → B ( 1, –1) atribuído a x, y será sempre igual a 3.
–1 3 → C ( –1, 3)
2 –3 → D ( 2, –3) Representação gráfica:
–2 5 → E ( –2, 5)

Gráfico

Toda função linear, onde a = 0, recebe o nome de


função constante.

FUNÇÃO IDENTIDADE
Consideremos a função f de IR em IR tal que, para to-
do x Є R, tenhamos f(x) = x; esta função será chamada
função identidade.

Observemos algumas determinações de imagens na


FUNÇÃO DO 1º GRAU função identidade.
As funções linear e afim são chamadas, de modo x = 0 ⇒ f ( 0 ) = 0 ⇒ y = 0; logo, (0, 0) é um ponto
geral, funções do 1º grau.
Matemática 49 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
do gráfico dessa função.
x = 1 ⇒ f ( 1) = 1 ⇒ y = 1; logo (1, 1) é um ponto
do gráfico dessa função.
x = –1 ⇒ f (–1) = – 1 ⇒ y = –1; logo (–1,–1) é um
ponto gráfico dessa função.

Usando estes pontos, como apoio, concluímos que o


gráfico da função identidade é uma reta, que é a bissetriz
dos primeiro e terceiro quadrantes.

Observando o gráfico podemos afirmar:


a) para x = 3 obtém-se y = 0
b) para x > 3 obtêm-se para y valores negativos, isto
é, y < 0.
c) para x < 3 obtêm-se para y valores positivos, isto
é, y > 0.

Resumindo:
∀ x ∈ lR | x > 3 ⇒ y<0
∀ x ∈ lR | x < 3 ⇒ y>0
VARIAÇÃO DO SINAL DA FUNÇÃO LINEAR ∃ x ∈ lR | x = 3 ⇒ y=0
A variação do sinal da função linear y = ax + b é forne-
cida pelo sinal dos valores que y adquire, quando atribuí-
Esquematizando:
mos valores para x.

1º CASO: a > 0
Consideremos a função y = 2x – 4, onde a = 2 e
b= – 4.

Observando o gráfico podemos afirmar:


De um modo geral podemos utilizar a seguinte técnica
para o estudo da variação do sinal da função linear:

a) para x = 2 obtém-se y = 0 y tem o mesmo sinal de a quando x assume valores


b) para x > 2 obtém-se para y valores positivos, isto maiores que a raiz.
é, y > 0. y tem sinal contrário ao de a quando x assume valores
c) para x < 2 obtém-se para y valores negativos, isto menores que a raiz.
é, y < 0.
Resumindo: EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
∀ x ∈ lR | x > 2 ⇒ y>0 01) Determine o domínio das funções definidas por:
2
a) f ( x ) = x + 1
∀ x ∈ lR | x < 2 ⇒ y<0
x3 + 1
∀ x ∈ lR | x = 2 ⇒ y=0 b) f ( x ) =
x−4
x −1
Esquematizando: c) f ( x ) =
x−2

Solução:
a) Para todo x real as operações indicadas na
fórmula são possíveis e geram como resultado
um número real dai: D ( f ) = IR
b) Para que as operações indicadas na fórmula se-
2º CASO: a < 0 jam possíveis, deve-se ter: x – 4 ≠ 0, isto é, x
Consideremos a função y = –2x + 6, onde a = – 2 e ≠ 4. D ( f ) = { x Є lR | x ≠ 4}
b = 6. c) Devemos ter:
x –1 ≥ 0 e x–2 ≠0
x ≥ 1 x ≠2
e daí: D ( f ) = { x Є lR | x ≥ 1 e x ≠ 2 }

Matemática 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5
02) Verificar quais dos gráficos abaixo representam Portanto, y = 0 para x =
3
funções:
b) Determinação do sinal de y:
5
se x > , então y < 0 (mesmo sinal de a)
3
5
se x < , então y > 0 (sinal contrário de a)
3

Resposta:

Somente o gráfico 3 não é função, porque existe x 05) Dentre os diagramas seguintes, assinale os que
com mais de uma imagem y, ou seja, traçando-se uma representam função e dê D ( f ) e Im( f )
reta paralela ao eixo y, ela pode Interceptar a curva em
mais de um ponto. Ou seja:

Os pontos P e Q têm a mesma abscissa, o que não


satisfaz a definição de função.

3) Estudar o sinal da função y = 2x – 6


Solução a = +2 (sinal de a)
b=–6

a) Determinação da raiz:
y = 2x – 6 = 0 ⇒ 2x = 6 ⇒ x = 3
Portanto, y = 0 para x = 3.

b) Determinação do sinal de y:
Se x > 3 , então y > 0 (mesmo sinal de a)
Se x < 3 , então y < 0 (sinal contrário de a)

Respostas:
1) È função ; D(f) = {a.b,c,d} e Im(f) = {e,f }
2) Não é função
3) È função ; D(f) = {1, 2, 3} e Im(f) = { 4, 5, 6 }
4) È função ; D(f) = {1, 2, 3 } e Im(f) = { 3, 4, 5}
5) Não é função
04) Estudar o sinal da fundão y = –3x + 5 6) È função ; D(f) = {5, 6, 7, 8, 9} e Im(f) = {3}
Solução: 7) É função ; D(f) = { 2 } e Im(f) = { 3 }
a = –3 (sinal de a) b=+5
06) Construa o gráfico das funções:
a) Determinação da raiz: 1
a) f(x) = 3x b) g ( x ) = – x
5 2
y = –3x + 5 = 0 ⇒ –3x = – 5 ⇒ x=
3 2 5
c) h ( x ) = 5x + 2 d) i ( x ) = x +
3 2

Matemática 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e) y = – x 1) x > –2 ⇒ y > 0; x = –2 ⇒ y = 0; x < –2 ⇒ y < 0
2) x > –4 ⇒ y > 0; x = –4 ⇒ y = 0; x < –4 ⇒ y < 0
3) x > 2 ⇒ y < 0; x = 2 ⇒ y = 0; x < 2 ⇒ y > 0
4) x > 3 ⇒ y < 0; x = 3 ⇒ y = 0; x < 3 ⇒ y > 0
5) x > 2 ⇒ y > 0; x = 2 ⇒ y = 0; x < 2 ⇒ y < 0
6) x > 5 ⇒ y > 0; x = 5 ⇒ y = 0; x < 5 ⇒ y < 0
4 4 4
7) x > – ⇒ y < 0; x = – ⇒ y = 0; x < – ⇒ y>0
3 3 3
8) x > –5 ⇒ y < 0; x = –5 ⇒ y = 0; x < –5 ⇒ y > 0
9) x > –5 ⇒ y > 0; x = –5 ⇒ y = 0; x < –5 ⇒ y < 0

FUNÇÃO QUADRÁTICA

Solução: EQUACÃO DO SEGUNDO GRAU


Toda equação que pode ser reduzida à equação do
2
07) Uma função f, definida por f ( x ) = 2x – 1, tem tipo: ax + bx + c = 0 onde a, b e c são números reais e
domínio D(f ) = { x Є lR | –1 ≤ x ≤ 2} Determine a ≠ 0, é uma equação do 2º grau em x.
o conjunto-imagem
Exemplos:
Solução: São equações do 2º grau:
Desenhamos o gráfico de f e o projetamos sobre o 2
eixo 0x x – 7x + 10 = 0 ( a = 1, b = –7, c = 10)
2
3x +5 x + 2 = 0 ( a = 3, b = 5, c = 2)
2
x y x – 3x + 1 = 0 ( a = 1, b = –3, c = 1)
O segmento AB é o gráfico de f; sua 2
–1 –3 x – 2x = 0 ( a = 1, b = –2, c = 0)
projeção sobre o eixo 0y nos dá: 2
2 3 –x +3=0 ( a = –1, b = 0, c = 3)
Im ( f ) = [ – 3 , 3 ] 2
x =0 ( a = 1, b = 0, c = 0)

Resolução:
Calculamos as raízes ou soluções de uma equação do
−b± ∆
2º grau usando a fórmula: x =
2a
onde ∆ = b – 4a c
2

Chamamos ∆ de discriminante da equação ax + bx +


2

c=0

Podemos indicar as raízes por x1 e x2, assim:


−b + ∆ −b − ∆
x1 = e x2 =
2a 2a

A existência de raízes de uma equação do 2º grau


08) Classifique as seguintes funções lineares em depende do sinal do seu discriminante. Vale dizer que:
crescentes ou decrescentes: ∆ >0 → existem duas raízes reais e distintas (x1 ≠ x2)
a) y = f ( x ) = – 2x – 1 ∆ = 0 → existem duas raízes reais e iguais (x1 =x2)
b) y = g ( x ) = – 3 + x
∆ < 0 → não existem raízes reais
1
c) y = h ( x ) = x–5 Exercícios:
2
d) y = t ( x ) = – x 1) Determine o conjunto verdade da equação
2
x – 7x + 10 = 0, em IR
Respostas: temos: a = 1, b = –7 e c = 10
a) decrescente b) crescente ∆ = (–7) – 4 . 1 . 10 = 9
2

c) crescente d) decrescente x1 = 5
−(-7)± 9 7±3
x= = ⇒
09) Fazer o estudo da variação do sinal das funções: 2 ⋅1 2 x2 = 2
1) y = 3x + 6 6) y = 5x – 25 As raízes são 2 e 5.
2) y = 2x + 8 7) y = –9x –12 V = { 2, 5 }
3) y = –4x + 8 8) y = –3x –15
2
4) y = –2x + 6 9) y = 2x + 10 2) Determine x real, tal que 3x – 2x + 6 = 0
5) y = 4x – 8 temos: a = 3, b = –2 e c = 6
∆ = (–2 ) – 4 . 3 . 6 = –68
2

Respostas: ∆ = - 68 e - 68 ∉ lR
Matemática 52 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
não existem raízes reais V={ }

FUNÇÃO QUADRÁTICA

Toda lei de formação que pode ser reduzida a forma:


2 2
f ( x ) = ax + bx + c ou y = ax + bx + c

Onde a, b e c são números reais e a ≠ 0, define uma


função quadrática ou função do 2º grau para todo x real.

GRÁFICO
Façamos o gráfico de f : IR → IR definida por
2
f ( x ) = x – 4x + 3

A tabela nos mostra alguns pontos do gráfico, que é VÉRTICE E CONCAVIDADE


uma curva aberta denominada parábola. Basta marcar O ponto V indicado nos gráficos seguintes é
estes pontos e traçar a curva. denominado vértice da parábola. Em ( I ) temos uma
2 parábola de concavidade voltada para cima (côncava
x y = x - 4x + 3 ponto para cima), enquanto que em (II) temos uma parábola de
2
-1 y = ( -1 ) - 4 ( -1 ) + 3 = 8 (-1, 8) concavidade voltada para baixo (côncava para baixo)
2
0 y =0 -4.0+3=3 ( 0, 3) 2
2
1 y =1 -4 .1+3=0 ( 1, 0) I) gráfico de f(x) = x – 4x + 3
2
2 y = 2 - 4 . 2 + 3 = -1 ( 2,-1)
2
3 y =3 -4. 3+3=0 ( 3, 0)
2
4 y =4 -4. 4+3=3 ( 4, 3)
2
5 y =5 -4. 5+3=8 ( 5, 8)

De maneira geral, o gráfico de uma função quadrática


é uma parábola.

Gráfico:

Parábola côncava para cima


2
II) gráfico de f(x) = – x + 4x

2
Eis o gráfico da função f(x) = –x + 4x
2
x y = - x + 4x ponto
2
-1 y = - ( -1 ) + 4 ( -1 ) = -5 (-1, -5)
2
0 y =-0 +4.0=0 ( 0, 0 ) parábola côncava para baixo
2
1 y = -( 1 ) + 4 .1 = 3 ( 1, 3 )
2
2 y =-(2) + 4.2=4 ( 2, 4 ) Note que a parábola côncava para cima é o gráfico de
2
3 y =-(3) + 4.3=3 ( 3, 3 ) 2
f(x) = x – 4x + 3 onde temos a = 1 (portanto a > 0) en-
2
4 y =-(4) + 4.4=0 ( 4, 0 ) quanto que a côncava para baixo é o gráfico de f(x) =
2
5 y = - ( 5 ) + 4 . 5 = -5 ( 5, -5) 2
– x + 4x onde temos a = –1 (portanto a > 0).

Gráfico: De maneira geral, quando a > 0 o gráfico da função


2
f(x) = ax + bx + c é uma parábola côncava para cima.
E quando a < 0 a parábola é côncava para baixo.

COORDENADA DO VÉRTICE

Matemática 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observe os seguintes esboços de gráficos de funções 14 7
do 2º grau: = =
16 8
3 7
Portanto: V = ( , )
4 8

EXERCICIOS
Determine as coordenadas do vértice da parábola
definida pelas funções quadráticas:
2
a) y = x – 6x + 5
2
b) y = –x – 8x +16
2
c) y = 2x + 6x
2
d ) y = –2x + 4x – 8
2
e) y = –x + 6x – 9
2
f) y = x – 16

Respostas:
Note que a abscissa do vértice é obtida pela semi- a) V = {3, –4} b) V = {–4, 32}
soma dos zeros da função. No esboço ( a ) temos: c) V = {–3/2, –9/2} d) V = { 1, –6}
x + x2 2 + 4 6
xv = 1 = = =3 e) V = { 3, 0} f) V = {0, –16}
2 2 2
RAÍZES OU ZEROS DA FUNÇAO DO 2º GRAU
2
No esboço (b) temos: Os valores de x que anulam a função y = ax + bx + c
x + x 2 −1 + 3 2 são denominados zeros da função.
xv = 1 = = =1
2 2 2 2
Na função y = x – 2x – 3 :
Como a soma das raízes de uma equação do 2º grau • o número –1 é zero da função, pois para x = –1,
−b temos y = 0.
é obtida pela fórmula S = , podemos concluir que: • o número 3 é também zero da função, pois para x
a
= 3, temos y = 0.
−b
x1 + x 2 S −b 2
xv = = = a = Para determinar os zeros da função y = ax + bx + c
2
2 2 2 2a devemos resolver a equação ax + bx + c = 0.

ou seja, a abscissa do vértice da parábola é obtida Exemplos:


−b Determinar os zeros da função
pela fórmula: x v = 2
y = x – 2x – 3
2a
Solução:
Exemplos de determinação de coordenadas do vértice 2
x – 2x – 3 = 0
da parábola das funções quadráticas:
∆ = b – 4ac
2

∆ = ( – 2) – 4. ( 1 ). ( –3)
2
2
a) y = x – 8x + 15
Solução: ∆ = 4 + 12 = 16 ⇒ ∆=4
−b −( −8 ) 8 6
xv = = = =4 =3
2a 2(1) 2 − ( − 2) ± 4 2 ± 4
2
y v = (4) – 8. (4) + 15 = 16 – 32 + 15 = – 1 x= = ⇒ 2
2(1) 2 −2
= −1
Portanto: V = (4, –1) 2
2
b) y = 2x – 3x +2 Portanto: – 1 e 3 são os zeros da função:
2
y = x – 2x – 3
Solução:
− b − (− 3) 3 Como no plano cartesiano os zeros da função são as
xv = = = abscissas dos pontos de intersecção da parábola com o
2a 2 (2 ) 4 eixo x, podemos fazer o seguinte esboço do gráfico da
2 2
3 3 função y = x – 2x – 3.
y v = 2  − 3  + 2 =
4 4 Lembre-se que, como a > 0, a parábola tem a
9 9 18 9 18 − 36 + 32 concavidade voltada para cima.
= 2.  − + 2 = − + 2 = =
 16  4 16 4 16

Matemática 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Vamos determinar os zeros e esboçar o gráfico das
funções:
2
a) y = x – 4x + 3

Solução:
2
x – 4x + 3 = 0
∆ = b – 4ac
2 2
d) y = –3x + 2x – 1
∆ = (–4) – 4. ( 1 ) . ( 3 )
2

∆ = 16 – 12 = 4 ⇒ ∆ =2 Solução:
2
−b± ∆ –3x + 2x – 1= 0
x= ∆ = b – 4ac
2
2a ∆ = ( 2 ) – 4( –3 ) ( –1 )
2

6 ∆ = 4 – 12 = – 8
=3
− ( −4 ) ± 2 4 ± 2 2
x= = ⇒ A função não tem raízes reais.
2 ( 1) 2 2
=1
2
Como a = –3 < 0, a parábola tem a concavidade
voltada para baixo.
Como a = 1 > 0, a concavidade está voltada para
cima.

Em resumo, eis alguns gráficos de função quadrática:

2
b) y = –2x + 5x – 2

Solução:
∆ = b – 4ac
2

∆ = ( 5 ) – 4. ( –2 ) . ( –2 )
2

∆ = 25 – 16 = 9 ⇒ ∆ =3
−b± ∆
x=
2a
−2 1
=
− (5) ± 3 − 5 ± 3 −4 2
x= = ⇒
2(−2) −4 −8 CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO
=2 Para construir uma parábola começamos fazendo uma
−4 tabela de pontos da curva. O vértice é um ponto
importante e por isso é conveniente que ele esteja na
Como a = –2 < 0, a parábola tem a concavidade tabela.
voltada para baixo.
Eis como procedemos:
−b
a) determinemos xv, aplicando a fórmula xV =
2a
b) atribuímos a x o valor xv e mais alguns valores,
2
c) y = 4x – 4x + 1 menores e maiores que xv .
c) Calculamos os valores de y
Solução: d) marcamos os pontos no gráfico
2
4x – 4x +1= 0 e) traçamos a curva
∆ = b – 4ac
2

∆ = ( –4 ) – 4. ( 4 ) . ( 1 )
2 Exemplo:
2
∆ = 16 – 16 = 0 Construir o gráfico de f(x) = x – 2x + 2
−b -(-4) 4 1 Solução: temos: a = 1, b = –2 e c = 2
x= ⇒ x= = = −b −( −2)
2a 2(4) 8 2 xv = = =1
2a 2 ⋅ 1
Como a = 4 > 0, a parábola tem a concavidade voltada Fazemos a tabela dando a x os valores -1, 0, 2 e 3.
para cima.
x y = x² – 2x + 2 ponto
2
-1 y = ( -1 ) – 2( -1) + 2 = 5 ( -1, 5)
2
0 y=0 –2. 0+2=2 ( 0, 2)
2
1 y= 1 –2. 1+2=1 ( 1, 1)
2
2 y=2 –2. 2+2=2 ( 2, 2)

Matemática 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
3 y=3 –2. 3+2=5 ( 3, 5) Para x = 3 temos f ( x ) = 0 (3 é raiz de f ).

Gráfico: Depois de x = 3, todos os pontos da parábola estão


acima do eixo x, tendo ordenada y positiva. Isto significa
que para todos os valores de x maiores do que 3 temos
f(x) > 0.

Este estudo de sinais pode ser sintetizado num


esquema gráfico como o da figura abaixo, onde
representamos apenas o eixo x e a parábola.

ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO DO 2º GRAU


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar
os valores de x que tornam a função positiva, negativa ou
Marcamos no esquema as raízes 1 e 3, e os sinais da
nula.
função em cada trecho. Estes são os sinais das ordena-
das y dos pontos da curva (deixamos o eixo y fora da
Já sabemos determinar os zeros (as raízes) de uma
jogada mas devemos ter em mente que os pontos que
função quadrática, isto é, os valores de x que anulam a
estão acima do eixo x têm ordenada y positiva e os que
função, e esboçar o gráfico de uma função quadrática.
estão abaixo do eixo x têm ordenada negativa).
2
Sinais da função f ( x ) = ax + bx + c
Fica claro que percorrendo o eixo x da esquerda para
a direita tiramos as seguintes conclusões:
Vamos agora esboçar o gráfico de
2 x<1 ⇒ f(x)>0
f ( x ) = x – 4x + 3
x=1 ⇒ f(x)=0
As raízes de f, que são 1 e 3, são as abscissas dos 1<x<3 ⇒ f(x)<0
pontos onde a parábola corta o eixo x. x=3 ⇒ f(x)=0
x >3 ⇒ f(x)>0

De maneira geral, para dar os sinais da função poli-


2
nomial do 2º grau f ( x ) = ax + bx + c cumprimos as se-
guintes etapas:
a) calculamos as raízes reais de f (se existirem)
b) verificamos qual é a concavidade da parábola
c) esquematizamos o gráfico com o eixo x e a
parábola
d) escrevemos as conclusões tiradas do esquema
Vamos percorrer o eixo dos x da esquerda para a Exemplos:
direita. Vamos estudar os sinais de algumas funções
quadráticas:
Antes de chegar em x = 1, todos os pontos da
parábola estão acima do eixo x, tendo ordenada y 2
1) f ( x ) = –x – 3x
positiva. Isto significa que para todos os valores de x
menores que 1 temos f ( x ) > 0. Solução:
2
Raízes: – x – 3x = 0 ⇒ –x ( x + 3) = 0 ⇒
Para x = 1 temos f ( x ) = 0 (1 é uma das raízes de f )
( - x = 0 ou x + 3 = 0 ) ⇒ x = 0 ou x = – 3
Depois de x = 1 e antes de x = 3, os pontos da concavidade: a = – 1 ⇒ a < 0 para baixo
parábola estão abaixo do eixo x, tendo ordenada y
negativa. Isto significa que para os valores de x Esquema gráfico
compreendidos entre 1 e 3 temos f ( x ) < 0.

Conclusões:
x < –3 ⇒ f(x)<o
x = –3 ⇒ f(x)=0

Matemática 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
–3 < x < 0 ⇒ f(x)>0 para x = 2 ou x = 4 ⇒ y=0
x=0 ⇒ f(x)=0 para 2 < x < 4 ⇒ y<0
x>0 ⇒ f(x)<0
2
5) f ( x ) = –2x + 5x – 2
2
2) f ( x ) = 2x – 8x +8 Solução:
2
Solução: Zeros da função: ∆ = ( 5 ) – 4 . ( –2) .( –2)
Raízes: ∆ = 25 – 16 = 9 ⇒ ∆ =3
8 ± 64 − 4 ⋅ 2 ⋅ 8 -5+3 −2 1
2x – 8x + 8 = 0 ⇒ x = = =
2

4 −5±3 -4 −4 2
x= ⇒
8± 0 2( −2) -5-3 −8
= =2 = =2
4 -4 −4
1
x1 = e x2 = 2
A parábola tangência o eixo x no ponto de abscissa 2. 2

concavidade: a = 2 ⇒ a > 0 ⇒ para cima Esboço do gráfico:

Esquema gráfico

Estudo do sinal
1
Conclusões: Para x < ou x > 2 ⇒ y < 0
x< 2 ⇒ f(x)>0 2
x= 2 ⇒ f(x)=0 Para x =
1
ou x = 2 ⇒ y = 0
x> 2 ⇒ f(x)>0 2
1
2
3) f ( x ) = x + 7x +13 Para < x <2 ⇒ y > 0
2
Solução:
Raízes: 2
6) f ( x ) = x – 10x + 25
− 7 ± 49 − 4 ⋅ 1 ⋅ 13 − 7 ± − 3
2
Solução: ∆ = ( –10 ) – 4 . 1 . 25
x= = ∉ lR ∆ = 100 – 100 = 0
2 2
−( −10 ) 10
x= = =5
Esquema gráfico 2(1 ) 2

Esboço gráfico:

Conclusão: ∀ x ∈ lR, f ( x ) > 0


Estudo do sinal:
2
4) f ( x ) = x –6x + 8 para x ≠ 5 ⇒ y > 0
Solução: para x = 5 ⇒ y = 0
Raízes: ∆ = ( – 6) – 4 . 1 . 8
2

Observe que não existe valor que torne a função


∆ = 36 –32 = 4 ⇒ ∆ = 2
negativa.
6+2 8
= =4
6±2 2 2
2
7) f ( x ) = – x – 6x – 9
x= ⇒
2 6−2 4 Solução:
= =2 Zeros da função: ∆ = (–6) – 4(–1)(–9 )
2
2 2
∆ = 36 – 36 = 0
x1 = 2 e x2 = 4
−( −6) 6
x= = = −3
Esboço gráfico: 2( −1 ) − 2
Esboço gráfico:

Estudo do sinal:
para x < 2 ou x > 4 ⇒ y>0

Matemática 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estudo do sinal: 01) Determine as raízes, o vértice, D( f ) e Im( f ) das
para x ≠ –3 ⇒ y < 0 para x = –3 ⇒ y = 0 seguintes funções:
2
a) y = x + x +1
2
Observe que não existe valor de x que torne a função b) y = x – 9
2
positiva. c) y = – x + 4x – 4
2
d) y = – x – 8x
2
8) f ( x ) = x – 3x + 3
Solução: Respostas:
Zeros da função ∆ = (–3) – 4 . 1 . 3
2
3
∆ = 9 –12 = –3 a) não tem; (-1/2, 3/4); IR; { y Є lR | y ≥ }
4
b) 3, -3; (0, 0); lR; { y Є lR | y ≥ 0}
A função não tem zeros reais c) 2; (2,0); lR; { y Є R | y ≤ 0}
d) 0, -8; (-4, 16); lR; { y Є lR | y ≤ 16}
Esboço do gráfico:
02) Determine os zeros (se existirem) das funções
quadráticas:
2
a) y = x – 6x + 8
2
b) y = –x + 4x – 3
2
c ) y = –x + 4x
∀ x ∈ lR ⇒ y > 0
2
Estudo do sinal: d) y = x – 6x + 9
2
e) y = –9x + 12x – 4
2
9) Determine os valores de m, reais, para que a f) y = 2x – 2x +1
2
função g) y = x + 2x – 3
2
2 2
f ( x ) = (m – 4)x + 2x h) y = 3x + 6x
2
seja uma função quadrática. i) y = x
Solução:
A função é quadrática ⇔ a ≠ 0 Respostas:
Assim: m – 4 ≠ 0 ⇒ m ≠ 4 ⇒ m ≠ ± 2
2 2 a) 2 e 4 b) 1 e 3
c) 4 e 0 d) 3
Temos: m Є lR, com m ≠ ± 2
e) 2/3 f) φ
10) Determine m de modo que a parábola g) –3 e 1 h) – 2 e 0
2
y = ( 2m – 5 ) x – x i) 0
tenha concavidade voltada para cima.
Solução: 03) Determine os valores reais de m, para os quais:
2
Condição: concavidade para cima ⇔ a > 0 a) x – 6x – m – 4 = 0 admita duas raízes reais
5 diferentes
2
2m – 5 > 0 ⇒ m > b) mx – (2m – 2)x + m – 3 = 0 admita duas raízes
2 reais e iguais
2
c) x – (m + 4)x + 4m + 1 = 0 não admita raízes reais
11) Determinar m para que o gráfico da função qua- 2
d) x – 2mx – 3m + 4 = 0 admita duas raízes reais di-
2
drática y = (m – 3)x + 5x – 2 tenha concavidade ferentes.
volta para cima.
solução: Respostas:
condição: a > 0 ⇒ m – 3 > 0 ⇒ m > 3
{
a) m ∈ lR | m > − 13 }
12) Para que valores de m função f ( x ) = x – 3 x +
2
b) { m ∈ lR | m = - 1 }
c) { m ∈ lR | 2 < m < 6 }
m – 2 admite duas raízes reais iguais?
Solução:
condição: ∆ > 0 d) { m ∈ lR | m < - 4 e m > 1 }
∆ = ( –3)² – 4 ( 1 ) ( m – 2) = 9 – 4m +8 ⇒
−17
2
17 04) Dada a função y = x – x – 6, determine os valores
⇒ –4 m + 17 > 0 ⇒ m => ⇒m> de x para que se tenha y > 0.
−4 4
2
{
Resposta : S = x ∈ lR | x < - 2 ou x > 3 }
13) Para que valores de x a função f(x) = x –5x + 6
assume valores que acarretam f(x) > 0 e f(x) < 0? 2
05) Dada a função y = x – 8x + 12, determine os
Solução: valores de x para que se tenha y < 0.
{ }
2
f ( x ) = x – 5x + 6
2 Resposta : S = x ∈ lR | 2 < x < 6
f ( x ) = 0 ⇒ x – 5x + 6 = 0 ⇒ x1 = 2 e x2 = 3

Portanto: FUNÇÃO PAR


f(x)>0 para [ x Є R / x < 2 ou x > 3 ] FUNÇÃO ÍMPAR
f(x)<0 para [ x Є R / 2 < x < 3 ]
FUNÇAO PAR
EXERCÍCIOS Dizemos que uma função de D em A é uma função

Matemática 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
par se e somente se: f ( x ) = f (– x ), ∀ x , x ∈ D isto
é, a valores simétricos da variável x correspondem a Respostas
mesma imagem pela função. a) f(-x) = -x = -f(x); é função ímpar
2 2
b) f(-x) = (-x) = x = f(x); é função par
3 3
Exemplo: c) f(-x) = (-x) = -x = -f ( x ); é função ímpar
2
f ( x ) = x é uma função par, pois temos, por exemplo: d) f(-x) = | -x | = | x | = f ( x ); é função par
e) f(-x) = -x + 1
≠x+1=f(x)
f ( - 2) = ( - 2)2 = 4 ≠ - ( x + 1)= - f ( x )
f ( - 2) = f ( 2 )
f ( 2 ) = 22 = 4 não é função par nem função ímpar

02) Dizer se as funções seguintes, dados seus


Observe o seu gráfico: gráficos cartesianos são pares, ímpares ou
nenhuma das duas.

Resposta
Vale observar que: o gráfico de uma função par é a) é uma função par, pois seu gráfico é simétrico em
simétrico em relação ao eixo dos y. relação ao eixo x.
b) é uma função ímpar, pois seu gráfico é simétrico
FUNÇÃO ÍMPAR em relação ao ponto origem,
Dizemos que uma função D em A é uma função c) é uma função par, pois seu gráfico é simétrico em
impar se e somente se f ( – x ) = – f ( x ), relação ao eixo y.
∀ x , x ∈ D , isto é, os valores simétricos da variável x d) Não é nem função par nem função impar, pois seu
correspondem as imagens simétricas pela função. gráfico não é simétrico nem em relação ao eixo y
e nem em relação ao ponto origem.
Exemplo:
f ( x ) = 2x é uma função ímpar, pois temos, por FUNÇÃO MODULO
exemplo: Chamamos de função modular a toda função do tipo y = |
x | definida por:
f ( - 1) = 2( - 1) = - 2
f ( - 1) = − f ( 1 ) x, se x ≥ 0
f ( 1) = 2 ⋅ 1 = 2 f (x)=
- x, se x < 0, para todo x real
Observe o seu gráfico: Representação gráfica:

D(f)=R
O gráfico de uma função impar é simétrico em relação Im ( f ) = R+
a origem do sistema cartesiano.
EXERCÍCIOS Exemplos:
01) Dizer se as funções seguintes são pares, ímpares
a) y = | x | + 1
ou nenhuma das duas.
 x + 1, se x ≥ 0
a) f(x) = x y=
- x + 1, se x < 0
2
b) f(x) = x
3
c) f(x) = x
d) f(x) = | x |
e) f(x) = x +1

Matemática 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

D(f)=R Im ( f ) = { y Є lR | y ≥ 1}

b) Calcular | x – 5 | = 3
Solução:
| x – 5 | = 3 ⇔ x – 5 = 3 ou x – 5 = –3

Resolvendo as equações obtidas, temos:


x – 5=3 x – 5=–3
x=8 x=2
S = {2, 8}
2
c) Resolver a equação | x | + 2 | x | – 15 = 0 FUNÇÃO COMPOSTA
Solução: Consideremos a seguinte função:
Fazemos | x | = y, com y ≥ 0, e teremos
2
y + 2y – 15 = 0 ∆ = 64 Um terreno foi dividido em 20 lotes, todos de forma
y’ = 3 ou y " = – 5 (esse valor não convêm pois y ≥ 0) quadrada e de mesma área. Nestas condições, vamos
mostrar que a área do terreno é uma função da medida
Como | x | = y e y = 3, temos do lado de cada lote, representando uma composição de
| x | = 3 ⇔ x =3 ou x = –3 funções.
S = { –3, 3}
Para isto, indicaremos por:
2 x = medida do lado de cada lote
d) Resolver a equação | x – x – 1| = 1
y = área de cada terreno
Solução:
2 2 z = área da terreno
| x – x – 1| = 1 x – x – 1 = 1 ou
2
x –x–1 =–1 2
2 2 1) Área de cada lote = (medida do lado)
x –x–1 =1 x –x–1 =–1 2
2 2 ⇒ y =x
x –x–2 =0 x –x =0
∆ =9
x ( x – 1) = 0 Então, a área de cada lote é uma função da medida do
2
x’ = 2 ou x ” = –1 x’ = 0 ou x “ = 1 lado, ou seja, y = f ( x ) = x
S = { –1, 0, 1, 2 }
2) Área do terreno = 20. (área de cada lote)
2
e) Resolver a equação | x | – 2 | x | – 3 = 0 ⇒ z = 20y
Solução: Então, a área do terreno é uma função da área de cada
Fazendo | x | = y, obtemos lote, ou seja: z = g(y) = 20y
2
y – 2y – 3 = 0 ⇒ y = –1 ou y = 3
3) Comparando (1) e (2), temos:
2
Como y = | x |, vem: Área do terreno = 20 . (medida do lado) , ou seja: z =
2 2
| x | = 3 ⇒ x = –3 ou x = 3 20x pois y = x e z = 20y
| x | = –1 não tem solução pois | x | ≥ 0
então, a área do terreno é uma função da medida de
2
cada lote, ou seja, z = h ( x ) = 20x
Assim, o conjunto-solução da equação é
S = { –3, 3}

EXERCÍCIOS
Represente graficamente as seguintes funções
modulares e dê D ( f ) e lm ( f ) :
1) y = | x | + 2 4) y = –| x – 3 |
2) y = | x | – 1 5) y = –| x + 1 |
3) y = | x + 2| 6) y = | x – 1 | – 1 A função h, assim obtida, denomina-se função
composta de g com f.

Observe agora:

Matemática 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
y=f(x) Neste caso, vamos substituir x por g ( x ) na função f
⇒ z = g[ f ( x ) ] (x)e teremos 2 [ g ( x ) ] – 1 = 6x + 11.
z = g( y )
2 g ( x ) – 1 = 6x + 11 ⇒ 2 g ( x ) = 6x + 12
z =h( x )
⇒ h( x ) = g[h( x )] 6x + 12
z = g [f(x)] g ( x) =
2
⇒ g ( x ) = 3x + 6

A função h ( x ), composta de g com f, pode ser 05) Considere as funções:


indicada por: f de lR em lR, cuja lei é f ( x ) = x + 1
g[f(x)] ou (g o f ) ( x )
2
g de lR em lR, cuja lei é x

a) calcular (f o g) ( x ) d) calcular (f o f ) ( x )
b) calcular (g o f) ( x ) e) calcular (g o g ) ( x )
e) dizer se (f o g) ( x ) = (g o f ) ( x )
EXERCICIOS Respostas:
x3
2
a) ( f o g) ( x ) = x + 1
01) Sendo f ( x ) = 2x e g (x ) = funções reais, 2
b) (g o f) ( x) = x +2x +1
2
calcule g [ f ( –2) ]. c) Observando os resultados dos itens anteriores,
constatamos que, para x ≠ 0, (f o q) ( x) ≠ ( g o f)
Temos : (x)
f ( x ) = 2x ⇒ f ( –2) = 2 ( –2) = ⇒ f ( –2)= –4 d) ( f o f )(x) = x + 2
4
e) ( g o g)( x ) = x
x3
g(x)= e g [ f ( –2) ] = g ( –4 ) =
2 FUNÇÃO EXPONENCIAL
( −4)3
g [ f ( –2) ] = = –32 ⇒ g [ f ( –2) ] = –32
2 Propriedades das potê ncias
Considerando a, r e s reais, temos como
x3
02) Sendo f ( x ) = 2x e g ( x ) = funções reais, PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS:
2 Vamos admitir que : 1
calcule f [ g ( –2 ) ]. a =a
r s r +s
a . a =a
Temos :
( a ≠ 0)
r s r -s
a : a =a
g(x)=
x3
⇒ g ( –2 ) =
(− 2)3 ⇒ g ( –2) = –4
2 2
a = 1 ( a ≠ 0)
0
f ( x ) = 2x e f [ g (–2)] = f (–4)
f [ g(–2)] = 2 . (–4) = – 8 ⇒ f [ g (–2)] = – 8
r s r.s
(a ) = a
03) Sendo f(x) = 2x – 1 e g ( x ) = x + 2 funções reais, (a . b) = a . b
s s s

calcule:
a) ( g o f ) ou g [ f ( x ) ] 1
( a ≠ 0)
-r
a =
b) ( f o g ) ( x ) ar
s
a) Para obter g[ f ( x ) ] substituímos x de g( x ) por (s ∈ lN, s > 2)
r/s
a = ar
(2x – 1) que é a expressão de f ( x ).
g ( x ) = x + 2 ⇒ g [ f ( x )] = (2x – 1) + 2 ⇒
⇒ g [ f ( x ) ] = 2x + 1 Exemplos:
3 2 3+2+1 6
1) (-2 ) .( -2 ) .(-2) = (-2) = (-2) = 64
f(x) 2x – 1 5 3 5–3 2
2) 3 : 3 = 3 =3 =9
2
b) Para obter f [ g ( x ) ] substituímos o x de f ( x ) por (  1 3   1
6
1
x + 1 ) que é a expressão de g ( x ). 3)    =   =
f ( x ) = 2x – 2 ⇒ f [ g ( x )] = 2 (x + 2) –1 ⇒   
2  
2 64
2 2 2 2
⇒ f [ g ( x ) ] = 2x + 3 4) 2 . 5 = ( 2 . 5) = 10 = 100
1 1
5) 3 − 4 = 4 =
g(x) x+2 3 81

04) Dados f ( x ) = 2x – 1 e f [ g ( x ) ] = 6x + 11, 6) 53 2 = 53 = 5 5


calcular g ( x ).
RESOLVENDO EXERCÍCIOS:
Solução 1. Determine o valor de:

Matemática 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
0,1 2/5
a) (32) b) (81)
f(x) = ax ou y = ax
Resolvendo:
0,1 5 1/10 5/10 1/2
a) (32) = (2 ) = 2 =2 = 2
2/5 5 5 onde a é um número real positivo e diferente de 1,
b) (81) = 81 2 = 38 = 35 27 define uma função exponencial de base a para todo x
real.
2. Calcule e Simplifique:
−2 −1 2 0 Exemplos:
2  1 2
+ (− 2)
−3
a)   b) 243 :   ⋅  São funções exponenciais:
3 3 3 x x
 1  1 1
1) f ( x ) =   ou y =   , onde a =
Resolvendo: 2 2 2

( 3 )x ( 3 )x ,
−2
2 32
+ (− 2 )
−3 1 9 1 17
a)   = + = − = 2) f ( x ) = ou y = onde a = 3
3 2 2
(− 2) 3 4 8 8
−1 2 0 Gráfico
 1 2
b) 243 :   ⋅  Numa função exponencial, sendo a um numero real
 
3 3 positivo e diferente de 1, podemos ter a > 1 ou 0 < a <
5/2 1/2 5/2 – 1/2 2
=3 : 3 . 1= 3 =3 =9 1 e obtemos um tipo de curva para cada caso. Vamos,
então construir dois gráficos, um com a = 3 e outro com
3. Simplifique: 1
a= .
3r +1 ⋅ 9r −1 n+3 n+2 3
a) b) 5 +5
27r +1 a>1
x x
f ( x ) = 3 ou y = 3 onde a = 3 ⇒ a>1
Resolvendo: x y ponto
r+1 2r – 2 3r +3 r + 1 + 2r – 2 – 3r –3
a) 3 .3 :3 = 3 = 1 -2 1  1
1 1
f ( -2 )= (3)-2 =  − 2, 
–4
3 = 4 = 9 9  9
3 81 -1
1 1  1
n 3 n 2 n 3 2
b) 5 . 5 + 5 . 5 = 5 (5 + 5 ) = 5 . 150
n f ( -1 )= (3)-1 =  − 1, 
3 3  3
Exercícios: f ( 0 )= (3) 0 = 1 0 1 ( 0 , 1)
f ( 1 )= (3) 1 = 3 1 3 (1,3)
4. Calcule: f ( 2 )= (3) 2 = 9 2 9 (2,9)
2/3 1/3 0,25
a) (8) b) (0,027) c) (16)
−4
-0,25 –3  1 
d) (125) e) ( 2 ) f)  − 
 3
5. Efetue:
2
−1  3 
a) (0,75 ) ⋅  
0,08 0,17
b) (64) . (64)
4
−9
c) (0,01) ⋅ (0,001)2 ⋅  1

 10 
Podemos observar que:
6. Efetue e simplifique: • D = IR e Im = lR *+

a) 8⋅ 2: 4 3 4
b)
(3 ) 1 2 −3
⋅ 31 2 •

a curva intercepta o eixo dos y em 1.
a função é crescente.
3 − 4 ⋅ 32 3 0<a<1
5n ⋅ 52 + 5n ⋅ 5 −1 2n −1 − 2n − 2  1
x
 1
x
c) d) f(x)=   ou y =   ,
n −2 n+3
5 ⋅5 2 3 3
1
7. Copie apenas as verdadeiras onde a = ⇒ 0<a<1
n-2 n
a) 2 = 2 . 2
-2 b 3
b) 2 = 2 ⇔ b = 4 3
b+1 5 b+1 5 x y ponto
c) 3 =3 ⇔ b =5 d) 3 = 3 ⇔ b=4
−2
 1
f ( -2 )=   =9 -2 9 (2,9)
Gráfico 3
Definição: Uma lei de formação do tipo:
−1 -1 3
 1
f ( -1 )=   =3 (1,3)
3

Matemática 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
0 (1).
 1 -2 (-1) 2
f ( 0 )=   = 1 0 1 ( 0 , 1) f (-1) = ( 2 ) = 2 =4
3 1
-2 . 1 -2
1 1  1 f ( 1) = ( 2 ) =2 =
 1 1  − 1,  4
f ( 1 )=   = 1 3 -2 . 0 0
3 3  3  f(0)= 2 =2 =1

 1
2
1 1  1 x
f ( 2 )=   = 2  − 2,  9. Determine m ∈ IR de modo que f ( x ) =(m - 2)
9  9
3 9 seja decrescente:
f ( x ) é decrescente quando a base (m- 2) estiver
entre 0 e 1. Portanto:
0 < m - 2 ⇒ m > 2

0 < m - 2 < 1 ⇔ e
m - 2 < 1 ⇒ m < 3

Devemos Ter: 2 < m < 3

10. Determine o valor de x, em lR.


2 x −1 3 x 5
 1  1 2 2
a)   =  c)   >  
3 3 3 3
Podemos observar que:
x 3
• D = lR e Im = lR *+ 5 5
b)   > 
• a curva intercepta o eixo dos y em 1.  
4 4
• a função é decrescente.
Resolvendo:
Para qualquer função exponencial y = a ,
x
com a > 2 x −1 3
 1  1
0 e a ≠ 1, vale observar: a)   =   ⇔ 2x − 1 = 3 ⇒ x = 2
3 3
5
b) Como é maior que 1, conservamos a
4
desigualdade para os expoentes:
x 3
5 5
  >  ⇒x>3 S = {x ∈ lR | x > 3}
4 4
a > 1 ⇒ função crescente 2
c) Como está entre 0 e 1, invertemos a
1 3
x1 < x2 ⇔ a x1 < a x 2
desigualdade para os expoentes:
0 <a < 1 ⇒ função decrescente x 5
2 2
S = {x ∈ lR | x < 5}
2 x1 < x2 ⇔ a x 1 > a x 2   >  ⇒x<5
Domínio: D = lR  
3 3
3 Imagem: Im = lR *+
Exercícios:
10. Esboce o gráfico das funções dadas por:
x
x  1
a) y = 2 b) y =  
2
11. Sendo f ( x ) = (3 )x −2 , calcule:
2

a) f ( -1) b) f(0) c) f (2)


d)f ( 2)

x
12. Determine me IR de modo que f ( x ) = (2m - 3)
seja:
a curva está acima do eixo dos x.
a) crescente b) decrescente
a > 0 ⇒ a >0 ∀ x, x ∈ lR
x
4
a curva intercepta o eixo dos y em y = 1 13. Determine o valor de x, em lR:
0
5 x = 0 ⇒ y = a ⇒ y =1 x −1 −2
2 2
< 
x 4
a) 3 = 3 e)  
6 a x1 = a x 2 ⇔ x1 = x2 3 3
3 x −1 2 x +1 3
 1  1 4 4
b)   =  f)   > 
RESOLVENDO EXERCÍCIOS  
3 3 3 3
-2x x 5
8. Sendo f ( x ) = (2) , calcule f (-1), f (0) e f c) 2 < 2
Matemática 63 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x 3
 1  1
d)   >   3x = 3 ⇒ x = 1
 
2 2
V = { 1}
EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Exercícios:
Vamos resolver equações exponenciais, isto é, 20. Resolva a equação:
1
c) 27 2 + x =
equações onde a variável pode aparecer no expoente.
a) 3 x = 3 81
81
São equações exponenciais: 1
d) 2 x +1 =
x 2
b) 10 = 0,001
2] 5 X − X = 25
X 2 2X X
1] 2 = 32 3] 3 – 3 –6=0 2
21. Determine x em :
Resolução: Para resolver uma equação x -2 x-2 2x+1
a) 3 . 3 = 27 c) (0,001) =10
exponencial, devemos lembrar que: 2 x
b) ( 7 ) = 343
a x1 = a x 2 ⇔ x1 = x 2 (a > 0 e a ≠1 )
22. Resolva a equação:
2 (x-1) (2 –x)
RESOLVENDO EXERCÍCIOS: a) 2 x ⋅ 22 x = 215 c) [3 ] =1
1 4x
3 x-2 2  1 1 0
15. Resolva a equação (11 ) = b) 5 x ⋅   = Obs: 1 = 3
121 5 125
3( x –2) –2
11 = 11 ⇒ 3(x – 2)= -2 ⇒
4 23. Determine x tal que:
⇒ 3 x – 6 = - 2⇒ x =
3
a) 253 x +1 = 1254 x −2
6
4
V=  x-2 x
3  b) 81 . 3 = 94 (x ∈ lN | x ≥ 2)
−3 x
2  1 1 24. Resolva a equação:
16. Determine x tal que 2x =   ⋅ x+3 x-2 x x
2 4 a) 2 + 2 = 33 b) 25 –2 . 5 = -1
2x x 2x + 3 x
1 c) 3 + 2 . 3 = 0 d) 2 - 6 . 2 +1 = 0
⇒ 23 x ⋅ 2− 2 ⇒ 2 x = 23 x − 2 ⇒
2 2
2 x = 23 x ⋅
2
2
2 2 25. Resolva a equação;
⇒ x = 3x – 2 ⇒ x – 3x + 2 = 0 ⇒ x = 1 ou x = 2 x +2 x+3 6x 3x
a) 4 –2 + 1= 0 b) 2 –9.2 +8=0
V = {1, 2}
INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS
17. Resolva a equação 8 ⋅ 22x +5 = 8 x −1
4

3x −3 Vamos resolver inequações exponenciais, isto é,


3 2x +5 3(x –1 ) 1/4 2x + 8 inequações onde podemos ter a variável no expoente.
2 .2 = [2 ] ⇒2 = ⇒ 2 4
3x − 3 Exemplos:
⇒ 2x + 8 = ⇒ 8x + 32 = 3x - 3 ⇒ x = -7 x 2 −6x 9
4 x –1 2 2
V = {-7} 1] 2 <8 2]   ⋅  ≥ 1
3 3
Resolução:
18. Resolva a equação:
Para resolver uma inequação exponencial, vamos
X
33 ⋅ 3 X = 243 2 ( x ∈ lN, x ≥ 2) lembrar que:

5 2 5 2 10 a>1 0< a < 1


Sendo 243 = 3 , temos 243 = (3 ) = 3 ; então:
10 a x1 < a x 2 ⇔ x1 < x 2 a x1 < a x 2 ⇔ x1 > x 2
33 + x = 310 ⇒ 33 + x = 310 x ⇒ 3 + x =
x
⇒ “conservamos” a “invertemos” a desigual-
x
desigualdade dade
⇒ x 2 + 3 x − 10 = 0 ⇒ x1 = 2 ou x 2 = −5
Como x é índice de raiz, a solução é x = 2 RESOLVENDO EXERCÍCIOS
V = { 2} 2
26. Resolva a inequação: 2 x ⋅ 2 x < 410 .
2 x + x < 220 e como 2 é maior que 1, conservamos a
2x+1 x+1 2
19. Determine x em: 3 –3 = 18
2x x x 2 x desigualdade para os expoentes:
3 . 3 – 3 . 3 = 18 ⇒ (3 ) . 3 – 3 . 3 - 18 = 0
2 x + x < 220 ⇒ x 2 + x < 20
x 2
e fazendo 3 = y , temos:
2 2 2
3y – 3y - 18 = 0 ⇒ y = -2 ou y = 3 x + x < 20 ⇒ x + x – 20 < 0
x x
3 = -2 ∃ solução, pois 3 > 0
x Resolvendo essa inequação, temos: - 5 < x < 4.
3 –y
∀ x real S= ] -5, 4[

Matemática 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x 2 −6x +9 2x 2
 1  1
x 2 −4 6x b)   ≥1 d) 2 3x
⋅  ≥ 32 −1
 1  1 5 2
27. Determine x tal que:   < 
4 2

 1 
x2 −4
 1
6x
 1
(
2 x2 −4 )  1
6x 32. Determine x tal que:
 2  <  ⇒  <  a) 5 x +1 − 3 ⋅ 5 x + 5 x −1 ≤ 55
2  2 2 2
b) 52 x +1 − 5 x > 5 x + 2 − 5
1 c) 22 x −1 − 2 x −1 > 2 x − 1
como está entre 0 e 1, invertemos a 10
2 d) 32 x + 2 − ⋅ 3 x + 2 < −1
desigualdade para os expoentes. 9
( ) 72 x +1 + 1 ≤ 8 ⋅ 7 x
( )
2 x2 −4 6x e)
 1  1
  <  ⇒ 2 x2 − 4 > 6x
2 2 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO:
2
Resolvendo 2x - 6x - 8 > 0, temos: 33. Calcule:
x < -1 ou x> 4 , S = ]−∞,−1[ ∪ ]4,+∞[ 2

a) (27 ) d) (216 )−2 3


3

2x + 2 x
-5.2 ≤ -1
b) (8 )−0,25
28. Resolva a inequação: 2
e) 80,333...
−2
( )
2x 2 x x2 x
2 . 2 - 5 . 2 ≤ -1 ⇒ 4 . (2 ) - 5 . 2 + 1 ≤ 0  5  1 2
13
x c)  4  f)  7 4 
Fazendo 2 = y, Vem:  3  
 
1
4 y2 − 5y + 1 ≤ 0 ⇒ ≤ y ≤ 1⇒
4 12x3 34. Determine o valor de:
2
a) (81)0,21 ⋅ (81)0,09 : (81)0,05
⇒ 2−2 ≤ 2 x ≤ 20 ⇒ −2 ≤ x ≤ 0  1
−1 2
S = [ -2, 0] b) (0,04 )1 4 ⋅   ⋅ 125
5

29. Resolva a inequação:


1  1
<  <3
x
c)
(3 )
13 12
⋅ 3-1 2
9 3 32 ⋅ 3 -3 2
Devemos ter, simultaneamente:
35. Efetue:
m +1 52n +1 − 25n
a) 3 . 3m+3 : 9m –1 b)
52n
n+1 2n –1 n
c) (4 +2 ):4

36. Calcule:
-1 -1 -1
a) (a + b ) , com a ≠ 0, b ≠ 0 e a ≠ -b.
-2 -2 1
b) (a - b ) . , com a ≠ 0, b ≠ 0 e a ≠ b.
b−a

37. Copie apenas as afirmações verdadeiras:


a) 22 x − 3 = 4 ⇔ x = 2
x −1 3
 1 1 10
b)   = ⇔x=
S = ] - 1, 2 [ 2 8 3
Exercícios: 3 x
30. Resolva a inequação:  1  1
c)   <  ⇔x<3
x −1  
2 2
x 2 x −3  1
a) 3 ≤ 81 c) 5 ≤ 
5 d) 2 2x < 8 ⇔ x > 4
b) (0,2)x < (0,2)5 d) ( 2 ) 3 x > ( 2 ) 2x −5 38. Resolva as equações:
c) (0,01)2 x −1 = 1003 x + 2
1
31. Resolva a inequação: a) 22 x ⋅ = 16
x2 3x +4 (x −1)2 x −4
4
8 8  1  1 1 x 2 −1
a)   <  c)   ⋅  <
= 26(x −1)
4 x  1 
5 5 2 2 8 b) 25 ⋅ 5 = 125 d)  
 32 

Matemática 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
39. Determine x tal que: 9
35. a) 729 b) 4 c)
1− 2 x 6 x −1
a) 9 = 27 2
x −1 ab b+a
4 x 2 −7x +8  1  36. a) b)
b) 3 = 6  a+b a 2
⋅ b2
 27 
37. São verdadeiras b e c
40. Determine x tal que:  − 1  − 11 
38. a) { 3 } b) { 4 } c)   d)  , 1
a) 3 x +1 + 3 x + 3 x −1 = 39 5   5 
b) 52 x − 30 ⋅ 5 x + 125 = 0 5 
x x 39. a)   b) {2, 3}
c) − 16 ⋅ 2 + 4 = −64 9 
d) 32 x +1 − 10 ⋅ 3 x = −3 40. a) { 2 } b) { 1, 2} c) { 3 }
d) {1, 1}
Respostas:
4. a) 4 b) 0,3 c) 2 FUNÇÃO LOGARÍTMICA
5
4 2
d) e) f) 9 Definição:
5 4 3
Podemos dizer que em : 5 = 125
3 3 é o logaritmo de 125 na base 5. isso pode ser
5. a) b) 2 2 c) 10
4 escrito da seguinte forma: log5 = 125 = 3
1
6. a) 43 2 b) 93 3 c) 630 d) Veja outros casos:
32
2 = 32 ⇔ log232 = 5
5
7. são verdadeiras: a e d
3 = 81 ⇔ log381 = 4
4
1 1
= 2 ⇔ log10 2 = 0,3010
0.3010
11. a) b) c) 9 d) 1 10
3 9
3 De um modo geral, dados dois números reais a e b,
12. a) m >2 b) <m<2
2 positivos, com b ≠ 1, chama-se logaritmo de a na base
c) {x ∈ lR | x < 5}
C
13. a) 4 b)1 b, ao número c, tal que b = a. Ou seja:
{ } logb a = c ⇔ b = a
C
d) x ∈ lR | x < 3 e) {x ∈ lR | x > - 1}
f) {x ∈ lR | x > 2}
O número a recebe o nome de logaritimando e b é a
base.
4  − 10 
20. a)   b) {−3} c)   d) φ Alguns logaritmos são fáceis de serem encontrados.
3   3  Outros são achados nas tabelas.
3 
21. a) {5} b)   c) { 1 } Vamos, agora, achar alguns logaritmos fáceis.
2
22. a) {−5, 3} b) { 1, 3} c) { 1, 2} 1. Calcular:
− 3 a) log416
23. a)   b) { 2} x
 4  Solução: Se log416 = x, então 4 = 16.
φ
2
24. a) { 2 } b) {0 } c) d) { -2, -1} Como 16 = 4 , temos :
x 2
25. a) { -2 } b) { 0,1 } 4 =4
Comparando, vem que: x = 2
 4
30. a) ]−∞,4] b) ] 5, + ∞[ c)  − ∞,  Resposta: log416 = 2
 3
d) ]−5, + ∞[ b) log25 5
31. a) ]−1, 4[ b) { 3 } c) ]−∞, - 2[ ∪ ]3, + ∞[ Solução: Se log25 5 = x, então 25
x
=5
 5
d)  − 1, 2  2
Como 25 = 5 , temos: (5 ) = 5
2 x
 
32. a) ]−∞, 2] b) ]−∞, - 1[ ∪ ]1, + ∞[ 5
2x
=5 ou 2x = 1 ex=
1
c) ]−∞, 0[ ∪ ]1, + ∞[ d) ]−2, 0[ 2
e) ]−1, 0[ Resposta: log25 5 =
1
4 2
2 15 1
33. a) 9b) c) d) e) 2 f) 3 49 c) log3 1
2 5 36 x
Solução: Se log3 1 = x, então 3 = 1.
6 0
3 Como 3 = 1, temos:
34. a) 3 b) 5 5 c) x 0
3 3 = 3 ou x = 0
Resposta: log3 1 = 0

Matemática 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Obs.: De modo geral, para um número a qualquer 3. Qual é o logaritmo de - 9 na base 3?


positivo e diferente de 1, temos: Solução
x
log3(-9) = x, então 3 = - 9
loga 1 = 0 Não há um número x que satisfaça essas
condições. Lembre-se de que em logb a, a deve ser
d) log9 27 positivo.
x
Solução: Se log9 27 = x, então 9 = 27. Resposta: Não existem logaritmo de - 9 na base 3.
2 3
Como 9 = 3 e 27 = 3 , temos :
2 x 3
(3 ) = 3 4. Encontrar um número x tal que logx36 = 2
2x 3 3 Solução
3 = 3 ou 2x = 3 e x = 2
2 Se logx36= 2, então x = 36.
3 ou x = ± 36 ou x = ± 6
Resposta: log927 =
2 Como não tem sentido log-636, ficaremos somente
1 com x = 6.
e) log8
2 Resposta: x = 6
1 x 1
Solução: Se log8 = x, então 8 = . Exercícios Propostos
2 2
1 1. Calcular:
3 –1
Como 8 = 2 e = 2 temos: 1
2 a) log232 i) log2
3 x
(2 ) =2
–1 8
3x –1 −1 b) log1664 j) log8
1
2 =2 ou 3x = -1 e x =
3 16
1 −1 c) log100,01 l) log10010 000
Resposta: log8 =
2 3 d) log16 32 m) log6255
f) log100,1 e) log6464 n) log 3 3
x
Solução: log100,1= x, então 10 = 0,1 f) logxx, x > 0 e x ≠ 1 o) log981
1 –1 1 3
Como 0,1 = = 10 , temos: g) log4 p) loga a 2 , a > 0 e a ≠ 1
10 4
x –1
10 = 10 ou x = -1 h) log4 3 4
Resposta: log100,1= -1
2. Achar o valor de x tal que:
g) log2 3 2 a) logx4 = 1 f) log(x+1)4 = 2
x
Solução: Se log2 3 2 =x, então 2 = 3 2 b) log2 x = -1 g) log x 18 = 2
1 1
x 1 c) log2(4+x ) = 3 h) logx0,00001 = - 5
3 3 3
Como 2= 2 , temos: 2 = 2 ou x =
3 d) log2 x = 4 i) log2x2 = 2
1 e) logx169 = 2 j) log749 = 1 + x
Resposta: log2 3 2 =
3
3. Qual é a base na qual o logaritmo de 4 dá o
h) log125 3 25 mesmo resultado que o logaritmo de 10 na base
x
Solução: Se log125 3 25 =x, então 125 = 3 25 100?
2
3 3 3 2 PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS
Como 125 = 5 e 25 = 5 = 53 , temos: Quatro propriedades serão de importância
3 x 3 2 fundamental nos cálculos com logaritmos daqui para
(5 ) = 5
2
frente. Vamos estudá-las.
3x 2 2
5 = 53 ou 3x=ex= 1. Logaritmo de um produto
3 9
2 Já sabemos que log2 16 = 4 e log28 = 3. Podemos
Resposta: log125 3 25 = achar o log2( 16 . 8) da seguinte maneira:
9 x
Se log2 (16 . 8) = x, então 2 = 16 . 8
2. O logaritmo de 243 numa certa base é 5. Qual é 4 3
a base? Como 2 = 16 e 2 = 8, então :
x 4 3
Solução 2 = 2 . 2 ou x = 4 + 3
5
Se logx243 = 5, então x = 243. Assim: log2(16 . 8) = 4 + 3 ou ainda:
5 5
Como 243 =3 x =3 ou x =3 log2(16 . 8) = log2 16 + log2 8
Resposta: A base é 3.

Matemática 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
De um modo geral: De um modo geral, temos: log ca
log ba =
log cb
logC (a . b) = logC a + logC b
Nessa expressão, c é a base em que pretendemos
onde a, b e c são tais que tornam possível a
trabalhar.
existência da expressão.
Exercícios Resolvidos
2. Logaritmo de um quociente
1. Sabendo que log2 5 = 2,289 e log26 = 2,585,
Já sabemos que log216 = 4 e log28 = 3 Podemos
calcular:
 16   16  a) log230
achar log2   da seguinte maneira: log2   = x,
 8  8  Solução
x 16 Como 30 = 5 . 6, então log230 = log2 (5 . 6).
então 2 =
8 Aplicando a propriedade do logaritmo do produto,
4 3 vem:
Mas 16 = 2 e 8 = 2 . Podemos escrever então:
log2 30 = log2 (5 . 6) = log2 5 + log2 6
log2 30 = 2,289 + 2,585
24
2x = ⇒ 2 x = 24 − 3 ou x = 4 - 3 Resposta: log2 30 = 4,874
23
5
Assim : b) log2  
6
 16 
log2   = 4 – 3 ou ainda: Solução: Aplicando a propriedade do logaritmo do
 8  quociente, vem :
 16  5
log2   = log216 - log2 8 log2   = log25 - log26 = 2,289 - 2,585
 8  6
5
De um modo geral, temos: Resposta: log2   = - 0,296
6
a
log c   = log c a − log c b
b c) log2625
4
Solução Como 625 = 5 , temos :
3. Logaritmo da potê ncia log2 625 = log2 5
4
5
Sabendo que log2 8 = 3, podemos achar log2 8 da Usando a propriedade do logaritmo de potência,
seguinte maneira: temos:
5 x 5 4
Se log2 8 = x, então 2 = 8 . log2 625 = log2 5 = 4 log25 = 4 . 2,289
3
Mas como 8 = 2 , podemos escrever: Resposta: log2 625 = 9,156
x 3 5 x 3.5
2 = (2 ) ⇒ 2 = 2
x = 3 . 5 ou x = 5 . log28 d) log65
Solução: Usando a propriedade da mudança de
base, temos:
5
Desta maneira: log28 = 5 . log2 8 log 25 2,289
log 65 = = = 0,885
log 26 2,585
De um modo geral, temos:
Resposta: log65 = 0,885
logban = n logba
2. Desenvolver as expressões abaixo usando as
propriedades dos logaritmos:
4. Mudança de base  ab 
a) log x  
Sabendo que log28 = 3 e log216 = 4, podemos  c 
calcular Iog168 da seguinte forma:  ab 
x Solução: log x   =logX(ab)-logXc=logXa+logXb– logXc
log28 = x ⇒ 16 = 8  c 
4 3 4 x 3
Mas como 16 = 2 e 8 = 2 , temos: (2 ) = 2
 a2b3 
4x 3 3 b) log x  
2 = 2 ou 4x = 3 ⇒ x=  c4 
4  
3 Solução:
Portanto: log168 = ou ainda
4  a2b3 
log x  =
log 16 8 =
log 28  c4 
 
log 216

Matemática 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 3 4 2 3 4
= logx(a b ) – logxc = logxa + logxb – logxc =
= 2logxa + 3logxb – 4logxc Aplicando a propriedade do logaritmo do quociente
no sentido inverso, teremos:
2
log2(x + 2x - 7) – log2 ( x - 1) = 2
(a b)
1
2 3  x 2 + 2x − 7 
c) log x = log 2   = 2 ou
1  x -1 
c 2  
Solução: x 2 + 2x − 7 x 2 + 2x − 7
= 22 ⇒ =4
(a b)
1 x -1 x -1
( )
2 1 1
3
log x = = log x a b 2 3 − log x c 2 = x 2 + 2x − 7 = 4( x − 1) ⇒ x 2 + 2x − 7 = 4 x − 4
1
c 2 x 2 − 2x − 3 = 0

( )
1
1 Aplicando a fórmula de Báskara para resolução de
= log x a2b − log x c 2 =
3
− b ± b2 − 4ac
x=
( )
1 equações do segundo grau, , na
1 2a
= log x a2 + log xb − log x = c 2
2
3 qual a é o coeficiente de x , b é o coeficiente de x e c, o
= ( 2 log x a + log x b ) − log x c =
1 1 termo independente de x, vem :
3 2 x1 = 3
2 ± (− 2)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (− 3 ) 2 ± 4
x= =
 a  2 ⋅1 2
d) log x   x2 = − 1
2
 bc  Observe que x2 = -1 torna as expressões x - 1 e x -
2
 a  2x - 7, em log2(x - 1)e Iog2(x + 2x - 7), negativas. Por
Solução: log x   = log x a − log x bc =
isso, deveremos desprezar esse valor e considerar
 bc 
1
apenas x1 = 3.
Resposta: x = 3.
(bc )
2
= log x a − log x =

log x (bc ) =
1 6. Resolver a equação :
= log xa −
2 log4x = log2 3
Solução:
= log x a − (log xb + log x c )
1
2 Primeiramente vamos igualar as bases desses
logaritmos, passando-os para base 2.
log 2 x log 2 x
3. Dados log102 = 0,301 e log103 = 0,477, calcular = log 23 ⇒ = log 23
log10162. log 2 4 2
Solução: log 2 x = 2 log 23 ⇒ log 2 x = log 232
Decompondo 162 em fatores primos, encontramos log2 x = log2 9
4 4
162 = 2 . 3 . Então: log10 162 = log10 ( 2 . 3 )
Aplicando as propriedades, vem : Comparando os dois termos da igualdade,
log10162 = log102 + 4log103 concluímos que x = 9.
log10162 = 0,301 + 4 . 0,477 Resposta: x = 9.
log10162 = 2,209
Exercícios Propostos
4. Encontrar um número x > 0 tal que: 4. Aplicar as propriedades dos logaritmos para
desenvolver as expressões:
log5 x + log5 2 = 2
Solução: Utilizando ao contrário a propriedade do
logaritmo do produto, teremos:
( )
a) log c a2b
 ab 
f) log c 
 d 

 
log5 x + log5 2 = 2
2 25
b) (a b )
log c 3 4 ( )
g) log c abn
log5(x . 2) = 2 ou x . 2 = 5 e x =  3
2  a   a 
c) log c   h) log c 
 b2   3 b2 
5. Resolva a equação:  
2
log2(x + 2x + 7) – log2 ( x - 1) = 2  1 
Solução: d) log c a i) log c  
 abc 
Antes de começar a resolver esta equação,
devemos nos lembrar de que não podemos encontrar  a 
e) log c  
logaritmos de números negativos. Por isso, o valor de x  b2d3 
2
que encontraremos não poderá tornar x + 2x + 7 ou x -
1 negativos. 5. Sendo dado log102 = 0,301 e log103 = 0,477,

Matemática 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
calcular:
a) log 106 f) log 10 8
b) log 10 27 g) log 32
 1
c) log 10  h) log 23
 16 
3  10 
d) log 10  i) log 105  sugestão : 5 = 
2  2 
e) log 1054 j) log 10 45 Perceba que y = log2x é crescente. Então, podemos
dizer que se b > c então log2b > log2c. Isso de fato
6. Encontrar o valor de x tal que : acontece sempre que a base do logaritmo é um
a) log3x + log34 = 2 número maior que 1.
b) log32 – log3x = 4
c) log3x - 1 = log32 Em contrapartida, y = log 1 x é decrescente.
d) log4(x + 1) = log45 2
e) log10 3 + log10(2x +1) = log10(2 - x) Então, podemos dizer que se b > c, então
log 1 b < log 1 c Isso acontece sempre que a base é um
FUNÇÃO LOGARITMICA
Chamamos de função logarítmica a junção que a 2 2
cada número real e positivo x associa o seu logaritmo a número entre 0 e 1.
certa base positiva e diferente de 1.
Exercícios Propostos
Assim = y = logax, x > 0, a > 0, a ≠ 1
16. Construir os gráficos das funções ;
Vamos construir o gráfico de algumas funções a) y = log3x b) y = log 1 x
logarítmicas. 3
17. Verifique se as afirmações abaixo são
Gráfico 1 y = log2x verdadeiras ou falsas:
x log2x a) log25 > log23 b) log 1 5 > log 1 3
8 3 2 2
4 2 c) log0,40,31 > log0,40,32 d)Iog403100>Iog403000
2 1 e) log41,4> log51,4 f) log0,40,5 < log0,40,6
1 0
1 18. Construir num mesmo sistema de eixos os
2 -1 x
x  1
1 gráficos das funções f1(x) = 2 e f2(x) =   .
-2 2
4
Encontrar o ponto (x , y) em que f1(x) = f2(x).

Respostas dos exercícios


1)
a) 5 i) –3
b) 1,5 −4
c) –2 j)
3
d) 0,625
l) 2
e) 1
1
f) 1 m)
Gráfico 2 y = log 1 x g) –1 4
2 1 n) 2
x log 1 x h) o) 2
3
2 2
p)
8 -3 3
4 -2 2)
2 1 a) 4 f) 1
1 0 1 g) 18
b) h) 10
1 2
2 -1 c) 4 2
i)
1 d) 256 2
-2 e) 13 j) 1
4
3) 16
4)

Matemática 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) 2logc a + logc b b) 3logc a + 4 logc b
1 Conclusões:
c) logc a - logc b d) logc a
2
a) O domínio é D(f) = lR.
e) logc a - 2 logc b –3logc d b) O conjunto imagem é
f)
1
logc a +
1
logc b – logc d Im(f) = {y ∈ lR | - 1 ≤ y ≤ 1}
2 2 c) O nome da curva é senóide.
3 2 d) O período é 2 π rd.
g) logc a + n logc b h) logc a - logc b
2 3
i) - logc a - logc b –1 Exercícios
1. Calcular:
5) a) sen 90° b) sen π c) sen 270°
a) 0,778 f) 0,451 d) sen 2 π e) sen 0°
b) 1,431 g) 0,631
c) –1,204 h) 1,585 2. Encontre o sinal de:
d) 0,176 i) 0,699 a) sen 130° b) sen 300° c) sen 240°
e) 1.732 j) 1,653 d) sen 72° e) sen 350°

6) 3. Qual é o sinal de:


9 2 −1 2π 3π π
a) b) c) 6 d) 4 e) a) sen b) sen c) sen
4 81 7 3 4 3
5π 3π
16) d) sen e) sen
4 5
a) b)
4. Encontre o sinal de:
a) sen 670° b) sen 787° c) sen 1125°
d) sen 1275° e) sen 972°

5. Calcule: sen 90° + 3 sen 270° – 2 sen 180°.


Respostas
1. a) 1 b) 0 c) –1 d) 0 e) 0
17)
a) V b) F c) V d) V e) V f) F 2. a) + b) + c) – d) + e) –
18) (0, 1)
3. a) + b) + c) + d) – e) +
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
4. a) – b) + c) + d) – e) +
SENO
A função seno é definida pela ordenada do ponto M 5. – 2
no ciclo trigonométrico. No caso, a ordenada de M é
CO-SENO
OM'.
A função co-seno é definida pela abscissa do ponto
M no ciclo trigonométrico. No caso, a abscissa de M é
sen x = OM' OM".

cos x = OM"

Veja o gráfico de y = sen x:


Veja o gráfico da função y = cos x:

Matemática 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conclusões:
Veja o gráfico da função y = tg x :
a) O domínio é D(f) = lR.
b) O conjunto imagem é
Im(f) = {y ∈ lR | - 1 ≤ y ≤ 1}
c) O nome da curva é
co-senóide.
d) O período é 2 π rd.

Exercícios:
1. Calcule o valor de:
π
a) cos 0º b) cos c) cos π
2 a) O domínio é D(f) =
d) cos 270º e) cos 2 π  π 
x ∈ lR | x ≠ + kπ 
2. Encontre o Sinal de:  2 
a) cos 150º b) cos 216º c) cos 315º b) O conjunto imagem é
π lm(f) = lR
d) cos e) cos 682º c) O nome da curva é
3 tangentóide.
d) O período é igual a π
3. Qual é o sinal de y=sen 194°. cos 76°. cos 200° ou 180º.
4. Dada a função f(x) = cos 3x + sen x - 3 cos x, Exercícios:
calcule f(90)°. 1) Qual é o sinal de :
π  a) tg 132° b) tg 245° c) tg 309°
5. Calcule f   para f (x) = sen 2x − 4 cos x + sen x
2 3 + cos 2x
d) tg (– 40º) e) tg (– 110°) f) tg (– 202°)
6. Para que valores reais de m, existe cos x = m −1 ? π 3π
g) tg h) tg
2 4 5
1. Encontre o sinal de:
Respostas: a) tg 430° b) tg 674° c) tg 817°
1. a) 1 b) 0 c) –1 d) 0 e)1 d) tg 1.181°

2. a) – b) – c) + d) + e) + 2. Dada a função f(x) = tg x + 3 tg 3x + 1, calcule


f( π ).
3. o sinal de y é positivo
3. Para que valores reais de x está definida a
4. 1 5. ½ 6. –1 ≤ m ≤ 3 função f(x) = tg (x + 50°) ?
π
TANGENTE 4. Qual é o domínio de y = tg (x - )?
A função tangente é definida pelo segmento 2
Respostas:
orientado AT . 1. a) – b) + c) – d) – e) + f) – g) + h) –
tg x = AT
2. a) + b) – c) – d) –
sen x
Podemos mostrar que: tg x = 3. 1
cos x
4. x ≠ 40 º +k ⋅ 180 º
5. x ≠ π + k ⋅π

Vamos recordar os sinais de sen x, cos x e tg x.

Matemática 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

5. Qual é o sinal de
m = (sen 213°) . (cos 107°) . (tg 300°)?

6. Qual é o sinal de
a = (cos 350°) . (tg 110°) . (tg 215°)? Conclusões:
a) O domínio é D(f) = {x ∈ lR | x ≠ kπ } ( k ∈ Z)
7. Dada f(x) = sen 2x + 3 cos x + tg x, calcule f( π ). b) O conjunto imagem é lm(f) = lR
c) O nome da curva é co- tangentóide.
8. Se f(x) = cos 2x – sen x – tg x, encontre f(180°). d) O período é igual a π ou 180º.

9. se f(x) = (sen x) . (cos x) . (tg x) e x um arco do Exercícios:


2º quadrante, qual é o sinal de f(x)? 1. Qual é o sinal de:
a) cotg 140° b) cotg 252° c) cotg 310°
10. Calcule: sen 90° + 4 . cos 0° + 3 . tg 180°. d) cotg 615°

11. Encontre o sinal das expressões, calculando 2. Encontre o sinal de


inicialmente a menor determinação de cada m = (cotg 1313°) . (tg 973°).
arco.
a = (sen 462°) . (cos 613°) . (tg 815°) 3. Calcule a expressão
b = (sen 715°) . (cos 1125°) . (tg 507°) cotg 90º + sen180º + 4 ⋅ cos90º
c = (cos 930°) . (sen (– 580°) . (tg 449°)
3 ⋅ tg360 º + 2 ⋅ cos .0º
12. Qual é o valor de: 4. Dada a função f(x) = cotg x+ sen x+3 . tg 2x,
sen 540° + cos 900° + 3. tg 720° – 2 sen 450° π
calcule f( ).
2
13. Calcular o valor numérico de :
5. Qual é o sinal de
(sen 484º ) ⋅ (cot g 1610º ) ?
5π (tg 999º ) ⋅ (cos− 120 º )
sen + 3 ⋅ cos 5π − tg7π + 10
2 6. Ache o domínio de f(x) = cotg (2x – π ).
9π 8π
14. Determine o sinal de: (sen ). (tg ).
4 3 Respostas:
15. Se x é um arco do 2º quadrante, encontre o 1. a) – b) + c) – d) +
sinal de
(cos x + tg x ) . 2) + 3) 0 4) 1 5) – 6) x ≠
π
+

sen x 2 2

Respostas: SECANTE
6) – 7) – 8) – 3 9) 1 A função secante é definida pela função :
10) +
11) 5 12) a) + b) + c) – 1
13) – 3 14) 8 15) – 16) – f(x) = sec x =
cos x
CO-TANGENTE
Veja o gráfico de y = sec x :
A função co-tangente é definida pelo segmento
orientado BD . Podemos mostrar que:

cos x Conclusões:
cotg x =
sen x  π 
a) O domínio é D(f) = x ∈ lR | x ≠ + kπ  (k ∈ Z)
 2 
Veja o gráfico de y = cotg x:
Matemática 73 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) O conjunto imagem é lm(f) = {y ∈lR| y ≤ -1ou y ≥ 1} 3π
2. Ache o valor de: cosec +2.tg
c) O nome da curva é secantóide. 2
d) O período é igual a 2 π ou 360º. π
π +3.cos2 π +cosec
2
Exercícios:
1. Qual é o sinal de: 3. Seja a função
a) sec 92° b) sec 210° c) sec 318° f(x) = cosec x + sen 2x + 8 cotg x. Calcule f(90°).

d) sec 685° e) sec
3 4. Encontre o sinal da seguinte expressão :
2. Encontre o sinal da seguinte expressão : (cosec 315 °) .(sen 240 °) . (tg 100 °)
=
3π (cotg 295 °) . (cos - 108 °)
m = (sec 512°) . (cos 170°) . (sec 300°) . (tg )
4
5. Qual é o domínio de f(x) = cosec 2x ?
3. Dada a função f(x) = sec 2x + cos x - sen x,
calcule f( π ), a −1
6. Sendo cosec x = , encontre a para que
3
4. Determine o sinal de
exista cosec x.
(sec 210º ) ⋅  sec 3π  ⋅ (tg190º )
 4  Respostas:
(cot g800 º ) ⋅ (sec 732º ) 1. a) + b) + c) – d) +

2) 3 3) 1 4) – 5) x ≠
6sec 180º + 3cos 90º + 8 tg 0º 2
5. Calcule 6) a ≤ -2 ou a ≥ 4
3 sen 90 º + cot g 180 º

6. Qual é o domínio de y = sec 2x ?


PROGRESSÕES
Respostas:
1. a) – b) – c) + d) + e) – Observe a seguinte sequência: (5; 9; 13; 17; 21; 25; 29)
π kπ
2) – 3) 0 4) + 5) – 2 6) x ≠ + Cada termo, a partir do segundo, é obtido somando-
4 2
se 4 ao termo anterior, ou seja:
CO-SECANTE an = an – 1 + 4 onde 2 ≤ n ≤ 7
A função co-secante é definida pela função:
1 Podemos notar que a diferença entre dois termos
f(x) = cosec x = sucessivos não muda, sendo uma constante.
sen x
a2 – a1 = 4
Veja o gráfico de y = cossec x: a3 – a2 = 4
..........
a7 – a6 = 4

Este tipo de sequência tem propriedades


interessantes e são muito utilizadas, são chamadas de
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS.

Definição:
Progressão Aritmética ( P.A.) é toda sequência
onde, a partir do segundo, a diferença entre um termo
e seu antecessor é uma constante que recebe o nome
Conclusões: de razão.
a) O domínio é D(f) = {x ∈ lR | x ≠ kπ } (k ∈ Z)
AN – AN -1 = R ou AN = AN – 1 + R
b) O conjunto imagem é lm(f) = {y ∈lR| y ≤ -1ou y ≥ 1}
c) O nome da curva é co-secantóide. Exemplos:
d) O período é igual a 2 π ou 360º. a) ( 2, 5, 8, 11, 14, . . . . ) a1 = 2 e r = 3
1 1 3 1 1 1
Exercícios: b) ( , , , ,. . . . ) a1 = e r=
16 8 16 4 16 16
1. Qual é o sinal de:
a) cosec 82° b) cosec 160° c) cosec 300° c) ( -3, -3, -3, -3, ......) a1 = –3 e r = 0
2π d) ( 1, 3, 5, 7, 9, . . . . ) a1 = 1 e r = 2
d) cosec
5
Classificação
As Progressões Aritméticas podem ser classificadas

Matemática 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em três categorias: extremos.
1.º) CRESCENTES são as PA em que cada termo
é maior que o anterior. É imediato que isto VI - INTERPOLACÃO ARITMÉTICA
ocorre somente se r > 0. Dados dois termos A e B inserir ou interpolar k
(0, 5, 10, 15, 20, 25, 30 ) meios aritméticos entre A e B é obter uma PA cujo
(2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 ) primeiro termo é A, o último termo é B e a razão é
2.º) DECRESCENTES são as PA em que cada calculada através da relação:
termo é menor que o anterior. Isto ocorre se r < B−A
0.
( 0, - 2, - 4, - 6, - 8, - 10, - 12) K +1
( 13, 11, 9, 7, 5, 3, 1 ) Exemplo:
3.º) CONSTATES são as PA em que cada termo é Interpolar (inserir) 3 meios aritméticos entre 2 e 10
igual ao anterior. É fácil ver que isto só ocorre de modo a formar uma Progressão Aritmética.
quando r = 0.
( 4, 4 , 4, 4, 4, 4 ) Solução:
( 6, 6, 6, 6, 6, 6, 6 ) 1º termo A = 2
B−A
Aplicando a fórmula: último termo B = 10
As PA também podem ser classificadas em: K +1
k meios = 3
a) FINITAS: ( 1, 3, 5, 7, 9, 11)
Substituindo na forma acima vem:
b) INFINITAS: ( 6, 10 , 14 , 18 , ...)
B−A 10 − 2 8
⇒ = = 2
lV - TERMO GERAL K +1 3 +1 4
Podemos obter uma relação entre o primeiro termo portanto a razão da PA é 2
e um termo qualquer, assim:
a2 = a1 + r A Progressão Aritmética procurada será: 2, 4, 6, 8,
a3 = a2 + r = ( a1 + r ) + r = a1 + 2r 10.
a4 = a3 + r = ( a1 + 2r ) + r = a1 + 3r VII –SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA
a5 = a4 + r = ( a1 + 3r ) + r = a1 + 4r PA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Podemos determinar a fórmula da soma dos n
a10 = a9 + r = ( a1 + 8r ) + r = a1 + 9r primeiros termos de uma PA Sn da seguinte forma:
logo AN = A 1 + ( N – 1) . R Sn = a1 + a2 + a3 +....+ an -2 + an -1 + an ( + )
Sn = an -2 + an -1 + an +....+ a1 + a2 + a3
que recebe o nome de fórmula do Termo Geral de
uma Progressão Aritmética.
2Sn = (a1+ an) + (a1+ an)+ (a1 + an)+....+ (a1+ an)
V - TERMOS EQUIDISTANTES
Em uma PA finita, dois termos são chamados Observe que aqui usamos a propriedade dos termos
equidistantes dos extremos, quando o número de equidistantes, assim: 2Sn = n (a1+ an)
termos que precede um deles é igual ao número de ( A + AN ) ⋅ N
termos que sucede o outro. logo: SN = 1
2
Por exemplo: Dada a PA EXERCICIOS
( a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7, a8 ) Não esquecer as denominações:
an → termo de ordem n
a1 → 1º termo
n → número de termos
r → razão

a2 e a7 são equidistantes dos extremos 1) Determinar o 20º termo (a20) da PA (2, 5, 8, ...)
a3 e a6 são equidistantes dos extremos Resolução:
a1 = 2 an = a1 + (n – 1) . r
E temos a seguinte propriedade para os termos r=5–2=8–5=3 a20 = 2 + (20 – 1) . 3
equidistantes: A soma de dois termos equidistantes dos n = 20 a20 = 2 + 19 . 3
extremos é uma constante igual à soma dos extremos.
a20 = ? a20 = 2 + 57
Exemplo: a20 = 59
( –3, 1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29 )
– 3 e 29 são extremos e sua soma é 26 2) Escrever a PA tal que a1 = 2 e r = 5, com sete
1 e 25 são equidistantes e sua soma é 26 termos.
5 e 21 são equidistantes e sua soma é 26 Solução: a2 = a1 + r = 2 + 5 = 7
Dessa propriedade podemos escrever também que: a3 = a2 + r = 7 + 5 = 12
Se uma PA finita tem número ímpar de termos
então o termo central é a média aritmética dos a4 = a3 + r = 12 + 5 = 17

Matemática 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a5 = a4 + r = 17 + 5 = 22
a6 = a5 + r = 22 + 5 = 27 Sequências onde o quociente entre dois termos
consecutivos é uma constante também possuem
a7 = a6 + r = 27 + 5 = 32
propriedades interessantes. São também úteis para a
Matemática recebem um nome próprio:
Logo, a PA solicitada no problema é: (2, 7, 12, 17, PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.
22, 27, 32).
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS é toda sequência
3) Obter a razão da PA em que o primeiro termo é em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao
– 8 e o vigésimo é 30. produto do seu termo precedente por uma constante.
Solução: Esta constante é chamada razão da progressão
a20 = a1 + 19 r = ⇒ 30 = – 8 + 19r ⇒ geométrica.
⇒ 30 + 8 = 19r ⇒ 38 = 19r ⇒ r = 38 = 2
19 Em símbolos:
AN = A N - 1 . Q N = 1, 2, 3, . . .
4) Calcular r e a5 na PA (8, 13, 18, 23, ....) a 2 a3 a 4
Solução: ou seja: = = =. . .= q
a1 a2 a3
r = 23 – 18 = 13 – 8 = 5
CLASSIFICAÇÃO E TERMO GERAL
a5 = a4 + r
Quanto ao número de termos, podemos classificar a
a5 = 23 + 5 Progressão Geométrica em:
a5 = 28 - FINITA: quando o nº de termo for finito: 2, 4, 8,
16, 32, 64 ( 6 termos)
5) Achar o primeiro termo de uma PA tal que - INFINITA: quando o número de termos for
r = – 2 e a10 = 83. infinito: 2, 4, 8, 16, 32, 64, . . .
Solução:
Aplicando a fórmula do termo geral, teremos que o Quanto à razão, podemos classificar a PG em:
décimo termo é: a10 = a1 + ( 10 – 1 ) r ou seja: - CRESCENTE: quando cada termo é maior que o
anterior: 2, 4, 8, 16, 32
83 = a1 + 9 . (–2) ⇒ – a1 = – 18 – 83 ⇒
- DECRESCENTE: quando cada termo é menor
⇒ – a1 = – 101 ⇒ a1 = 101 que o anterior: 16, 8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, ..,
- CONSTANTE: quando cada termo é igual ao
6) Determinar a razão (r) da PA, cujo 1º termo (a1) anterior: 3, 3, 3, 3, 3, . . . (q = 1)
é – 5 e o 34º termo (a34) é 45. - OSCILANTE OU ALTERNANTE: quando cada
Solução: termo, a partir do segundo tem sinal contrário ao
a1 = –5 a34 = – 5 + (34 – 1) .r do termo anterior.
a34 = 45 45 = – 5 + 33 . r Em alguns problemas, seria útil existir uma relação
n = 34 33 r = 50 entre o primeiro termo e um termo qualquer. Vejamos
50 como obtê-la.
R=? r=
33 a2 = a1 . q
2
a3 = a2 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS 2
a4 = a3 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
3
3 4
a5 = a4 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
1 - DEFINIÇÃO
. . . . . . . . . . . . .
Vejamos a sequência 2, 6, 18, 54, 162 n -2 n -1
an = an -1 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
Onde cada termo, a partir do 2.º, é obtido AN = A1 . Q N -1
multiplicando-se o termo anterior por 3, ou seja:
an = an – 1 . 3 n = 2, 3, . . . , 5 Esta última expressão é chamada termo geral de
uma Progressão Geométrica.
Observe que o quociente entre dois termos
sucessivos não muda, sendo uma constante. EXERCÍCIOS
a2 6 1) Determinar o 9.º termo (a9) da P.G. (1, 2, 4, 8;....).
= = 3 Solução:
a1 2
an → termo de ordem n
a3 18
= = 3 a1 → 1º termo
a2 6 n → número de termos
a4 54 q → razão
= = 3
a3 18
n –1
a5 162 FÓRMULA DO TERMO GERAL: an = a1 . q
= = 3 a1 = 1 q=4=2=2 n=9 a9 = ?
a4 54
2 1
Matemática 76 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9 –1 8
a9 = 1 . 2 ⇒ a9 = 1 . 2 ⇒ n ( n -1)
∴ a9 = 256
a9 = 1 . 256
PN = A N • Q 2
1
2) Determinar a1 (1º termo) da PG cuja a8 (8º termo)
é 729, sabendo-se que a razão é 3. V - INTERPOLAÇÃO GEOMÉTRICA.
Solução: Inserir ou interpolar k meios geométricos entre os
a1 = ? q=3 n=8 a8 = 729 números A e B, significa obter uma PG de k+2 termos,
a8 = a1 . 3
8 –1 onde A é o primeiro termo e B é o último e a razão é
B
dada por: QK +1 =
7
729 = a1 . 3
6
3 = a1 . 3
7 A
6 7
a1 = 3 : 3 VI - SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG
–1 1 Seja uma PG de n termos a1 , a2, a3, ...., an
a1 = 3 ⇒ a1 =
3
A soma dos n primeiros termos será indicada por:
3) Determinar a razão de uma PG com 4 termos Sn = a1 + a2 + a3 + .... + an
cujos extremos são 1 e 64.
4 –1
Solução: a4 = a1 . q Observe que, se q = 1, temos S = n . a1.
4 –1 Suponhamos agora que, na progressão dada,
64 = 1 . q
3 3 tenhamos q ≠ 1. Multipliquemos ambos os membros
4 =1 .q
3 3 por q.
4 =q
Sn . q = a1 . q + a2 . q + a3 . q +....+ an –1 . q + an . q
q =4
Como a1 . q = a2 , a2 . q = a3 , ... an –1 . q = an
TERMOS EQUIDISTANTES temos:
Em toda PG finita, o produto de dois termos Sn . q = a2 + a3 + a4 +....+ an + an . q
equidistantes dos extremos é igual ao produto dos
extremos. E sendo a2 + a3 + a4 +....+ an = Sn – a1 , vem:
Sn . q = Sn – a1 + an . q
Exemplo:
Sn - Sn . q = a1 - an . q
( 1, 3, 9, 27, 81, 243 )
→ produto = 243 a -a . q
1 e 243 extremos Sn = 1 n ( q ≠ 1)
3 e 81 equidistantes → produto = 3 . 81 = 243 1- q
9 e 27 equidistantes → produto = 9 . 27 = 243 a1 - a1 . qn -1 ⋅ q
Sn =
1- q
Desta propriedade temos que:
Em toda Progressão Geométrica finita com número a1 - a1 . qn
Sn =
ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica 1- q
dos extremos.
1 - qn
Sn = a1 ⋅ ( q ≠ 1)
Exemplo: ( 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192) 1- q
2
24 = 3 . 192

IV - PRODUTO DOS N PRIMEIROS TERMOS VII - SOMA DOS TERMOS DE UMA PG INFINITA
DE UMA PG COM - 1 < Q < 1
Sendo a1, a2, a3, ..., an uma PG de razão q, Vejamos como calcular S = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + . . .
indicamos o produto dos seus n primeiros termos por: 2 4 8 16
Pn = a1 . a2 . a3 . ... . an
Neste caso, temos a soma dos termos de uma PG
0bserve que: 1
2 3 n –1 infinita com q = .
Pn = a1. ( a1 . q ) . (a1 . q ) . (a1 . q ) ... (a1 . q ) 2
1 2 3 n –1
Pn = ( a1. a1 . a1 . . . . a1 ) . ( q . q . q . . . q )
Pn = a1n. q1+ 2 + 3 + . . . +(n -1) Multiplicando por 2 ambos os membros, temos:

1 1 1 1
Mas 1 + 2 + 3 + .... + (n –1) é uma PA de (n –1) 2S = 2 + 1 + + + + + . ..
2 4 8 16
termos e razão 1. Considerando a fórmula da soma dos
S
termos de uma PA, temos:

S=
(a1 + an )n
⇒S=
[ 1+ ( n - 1) ] ⋅ n - 1 ⇒ S = n (n − 1) 2S=2+S ⇒ S=2
2 2 2 1 1 1
Calculemos agora S = 1 + + + + ...
3 9 27
Assim, podemos afirmar que: Multiplicando por 3 ambos os membros, temos:

Matemática 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1 1 1 a2 1 1
3 S = 3 +1 + + + +... q= = ⇒ q=
3 9 27 a1 2 2
S 1
4) Achar o sétimo termo da PG ( ; 1 ; 2 ; . . .)
3 2
3S = 3 + S ⇒ 2S = 3 ⇒ S =
2 Solução:
1
A PG é tal que a1 = e q=2
Vamos obter uma fórmula para calcular a soma dos 2
termos de uma PG infinita com -1 < q < 1, Neste caso a Aplicando então a fórmula do termo geral,
soma converge para um valor que será indicado por S teremos que o sétimo termo é:
S = a1 + a2 + a3 +....+ an + . . .
a7 = a1 ⋅ q(7 - 1) = ⋅ 26 = ⋅ 64
1 1
2 n –1
S = a1 + a1 . q + a1 . q +....+ a1 . q +... 2 2
portanto ( ∴ ) a7 = 32
multiplicando por q ambos os membros, temos:
2 3 n
Sq = a1q+ a1 q + a1 q +....+ a1 q + . . . ⇒
⇒ Sq = S – a1 ⇒ S – Sq = a1
a
⇒ S(1 – q) = a1 ⇒ S = 1
1− q
ANÁLISE COMBINATÓRIA
Resumindo:
se - 1 < q < 1, temos:
Princípio fundamental da contagem (PFC)
Se um primeiro evento pode ocorrer de m maneiras
a1
S = a1 + a2 + a3 + .... + an + . . . = diferentes e um segundo evento, de k maneiras diferen-
1− q tes, então, para ocorrerem os dois sucessivamente,
existem m . k maneiras diferentes.
EXERCÍCIOS
1) Determinar a soma dos termos da PG Aplicações
1 1 1 1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De
( 1, , , . . . . , ) quantos modos distintos ela pode se vestir?
2 4 64
1
Solução: a1 = 1 q= Solução:
2 A escolha de uma blusa pode ser feita de 4 manei-
a1 - an . q ras diferentes e a de uma saia, de 3 maneiras diferen-
Sn =
1- q tes.
1 1 1
1- . 1- Pelo PFC, temos: 4 . 3 = 12 possibilidades para a
Sn = 64 2 ⇒ S = 128 escolha da blusa e saia. Podemos resumir a resolução
n
1 1 no seguinte esquema;
1-
2 2
127 Blusa saia
127 127
Sn = 128 = ⋅ 2 ⇒ Sn = ou
1 128 64
2
4 . 3 = 12 modos diferentes
Sn = 1,984375
2) Existem 4 caminhos ligando os pontos A e B, e
2) Determinar a soma dos oito primeiros termos da 5 caminhos ligando os pontos B e C. Para ir de
2 3
PG (2, 2 , 2 , . . .). A a C, passando pelo ponto B, qual o número
Solução: de trajetos diferentes que podem ser realiza-
a1 = 2 q = 2 n=8 dos?
a1 ⋅ ( 1 - qn )
Sn = Solução:
1- q Escolher um trajeto de A a C significa escolher um
2 ⋅ ( 1 - 28 ) 2 ⋅ ( 1 - 256) caminho de A a B e depois outro, de B a C.
S8 = = =
1- 2 -1
2 ⋅ ( - 255)
= = 510 ∴ S8 = 510
−1

1 1 1 Como para cada percurso escolhido de A a B temos


3) Determinar a razão da PG ( 2 ; 1; ; ; ; ... )
2 4 8 ainda 5 possibilidades para ir de B a C, o número de
Solução: De a2 = a1. q tiramos que: trajetos pedido é dado por: 4 . 5 = 20.

Esquema:
Matemática 78 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Percurso Percurso
AB BC

4 . 5 = 20

3) Quantos números de três algarismos podemos


escrever com os algarismos ímpares?

Solução:
Os números devem ser formados com os algaris- 6) Quantos números de 3 algarismos distintos po-
mos: 1, 3, 5, 7, 9. Existem 5 possibilidades para a esco- demos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6,
lha do algarismo das centenas, 5 possibilidades para o 7, 8 e 9?
das dezenas e 5 para o das unidades.
Solução:
Assim, temos, para a escolha do número, 5 . 5 . 5 = Existem 9 possibilidades para o primeiro algarismo,
125. apenas 8 para o segundo e apenas 7 para o terceiro.
Assim, o número total de possibilidades é: 9 . 8 . 7 =
algarismos algarismos algarismos
504
da centena da dezena da unidade
Esquema:
5 . 5 . 5 = 125

4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se


forem utilizados três letras e três algarismos pa-
ra a identificação de um veículo? (Considerar 26
letras, supondo que não há nenhuma restrição.) 7) Quantos são os números de 3 algarismos distin-
tos?
Solução:
Como dispomos de 26 letras, temos 26 possibilida- Solução:
des para cada posição a ser preenchida por letras. Por Existem 10 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
outro lado, como dispomos de dez algarismos (0, 1, 2, Temos 9 possibilidades para a escolha do primeiro
3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10 possibilidades para cada algarismo, pois ele não pode ser igual a zero. Para o
posição a ser preenchida por algarismos. Portanto, pelo segundo algarismo, temos também 9 possibilidades,
PFC o número total de placas é dado por: pois um deles foi usado anteriormente.

Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibi-


lidades, pois dois deles já foram usados. O numero
total de possibilidades é: 9 . 9 . 8 = 648

Esquema:

5) Quantos números de 2 algarismos distintos po-


demos formar com os algarismos 1, 2, 3 e 4?

Solução:
Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro 8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos
algarismo e, para cada uma delas, 3 possibilidades formar com os algarismos pares, sem os
para o segundo, visto que não é permitida a repetição. repetir?
Assim, o número total de possibilidades é: 4 . 3 =12
Solução:
Esquema: Os candidatos a formar os números são : 0, 2, 4, 6 e
8. Como os números devem estar compreendidos entre
2000 e 5000, o primeiro algarismo só pode ser 2 ou 4.
Assim, temos apenas duas possibilidades para o
primeiro algarismo e 4 para o segundo, três para o
terceiro e duas paia o quarto.

O número total de possibilidades é: 2 . 4 . 3 . 2 = 48


Esquema:

Matemática 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
19) Quantos números de 5 algarismos distintos possu-
em o zero como algarismo das dezenas e come-
çam por um algarismo ímpar?
20) Quantos números de 4 algarismos diferentes tem
o algarismo da unidade de milhar igual a 2?
Exercícios 21) Quantos números se podem escrever com os alga-
1) Uma indústria automobilística oferece um determi- rismos ímpares, sem os repetir, que estejam com-
nado veículo em três padrões quanto ao luxo, três preendidos entre 700 e 1 500?
tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quan- 22) Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pes-
tas são as opções para um comprador desse car- soas tomam o ônibus. De quantas maneiras dife-
ro? rentes elas podem ocupar os lugares?
2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas 23) Dez times participam de um campeonato de fute-
diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e bol. De quantas formas se podem obter os três
que cada apartamento possui uma única porta de primeiros colocados?
entrada, de quantos modos diferentes um morador 24) A placa de um automóvel é formada por duas letras
pode chegar à rua? seguidas e um número de quatro algarismos. Com
3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de ma- as letras A e R e os algarismos pares, quantas pla-
neiras distintas de se entrar nele e sair do mesmo cas diferentes podem ser confeccionadas, de modo
por uma porta diferente da que se utilizou para en- que o número não tenha nenhum algarismo repeti-
trar? do?
4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à 25) Calcular quantos números múltiplos de 3 de quatro
cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma algarismos distintos podem ser formados com 2, 3,
pessoa deseja viajar de A a C, passando por B. 4, 6 e 9.
Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar 26) Obtenha o total de números múltiplos de 4 com
na viagem de ida e volta, sem utilizar duas vezes a quatro algarismos distintos que podem ser forma-
mesma linha? dos com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a
identificação de um veículo se forem utilizados du- ARRANJOS SIMPLES
as letras e quatro algarismos? (Observação: dis-
pomos de 26 letras e supomos que não haverá ne- Introdução:
nhuma restrição) Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2
6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser algarismos distintos podemos formar com 1, 2, 3 e 4.
confeccionadas se forem utilizados 4 letras e 2 al- Os números são :
garismos? 12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43
7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar
com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? Observe que os números em questão diferem ou
8) Quantos números de três algarismos podemos pela ordem dentro do agrupamento (12 ≠ 21) ou pelos
formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5? elementos componentes (13 ≠ 24). Cada número se
9) Quantos números de 4 algarismos distintos pode- comporta como uma sequência, isto é :
mos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? (1,2) ≠ (2,1) e (1,3) ≠ (3,4)
10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo
e 7? simples.
11) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po-
demos formar com os algarismos ímpares? Definição:
12) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po- Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se ar-
demos formar com o nosso sistema de numera- ranjo simples dos n elementos de /, tomados p a p, a
ção? toda sequência de p elementos distintos, escolhidos
13) Quantos números ímpares com 3 algarismos distin- entre os elementos de l ( P ≤ n).
tos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5
e 6? O número de arranjos simples dos n elementos,
14) Quantos números múltiplos de 5 e com 4 algaris- tomados p a p, é indicado por An,p
mos podemos formar com os algarismos 1, 2, 4, 5
e 7, sem os repetir? Fórmula:
15) Quantos números pares, de 3 algarismos distintos,
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 A n ,p = n . (n -1) . (n –2) . . . (n – (p – 1)),
e 7? E quantos ímpares? p ≤ n e {p, n} ⊂ IN
16) Obtenha o total de números de 3 algarismos distin-
tos, escolhidos entre os elementos do conjunto (1,
2, 4, 5, 9), que contêm 1 e não contêm 9. Aplicações
17) Quantos números compreendidos entre 2000 e 1) Calcular:
7000 podemos escrever com os algarismos ímpa- a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4
res, sem os repetir? Solução:
18) Quantos números de 3 algarismos distintos possu- a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
em o zero como algarismo de dezena? b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840

Matemática 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5! 11! + 10 !
2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2. b) d)
4! 10 !
Solução: Solução:
x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒ a) 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0
5! 5 ⋅ 4!
∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0 b) = =5
4! 4!
x = 0 (não convém) 8! 8 ⋅7 ⋅ 6!
c) = = 56
ou 6! 6!
x = 1 ( não convém) 11! + 10 ! 11 ⋅ 10 ! + 10 ! 10 ! (11 + 1)
ou d) = = = 12
10 ! 10! 10 !
n ⋅ ( n - 1)( n - 2 )!
x = 5 (convém)
S = {5} e)
n!
= = n2 − n
(n - 2)! ( n - 2 )!
3) Quantos números de 3 algarismos distintos
podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 2) Obter n, de modo que An,2 = 30.
5, 6, 7, 8 e 9?
Solução:
Solução: Utilizando a fórmula, vem :
Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o prin- n! n ( n - 1) ( n - 2) !
cipio fundamental da contagem. Utilizando-se a fórmu- = 30 ⇒ = 30 ∴
(n - 2)! (n - 2)!
la, o número de arranjos simples é:
A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números n=6
2
n – n – 30 = 0 ou
Observação: Podemos resolver os problemas sobre n = –5 ( não convém)
arranjos simples usando apenas o principio fundamen-
tal da contagem. 3) Obter n, tal que: 4 . An-1,3 = 3 . An,3.

Exercícios Solução:
1) Calcule: 4 ⋅ ( n - 1 )! n! 4 ⋅ ( n - 3 )! n!
= 3⋅ ⇒ = 3⋅ ∴
a) A8,1 b) A8,2 c ) A8,3 d) A8,4 ( n - 4) ! ( n - 3)! ( n - 4) ! ( n - 1) !
2) Efetue: 4 ⋅ ( n - 3 )( n - 4 ) ! n ( n - 1) !
A 8,2 + A 7,4 = 3⋅
a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 – A 10,2 b) ( n - 4)! ( n - 1) !
A 5,2 − A10,1
∴ 4n − 12 = 3n ∴ n = 12

3) Resolva as equações: ( n + 2 )! - ( n + 1) !
a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x – 1) 4) Obter n, tal que : =4
n!
FATORIAL
Solução:
Definição: ( n + 2 ) ( n +1) ⋅ n !- ( n + 1 ) ⋅ n !
= 4∴
• Chama-se fatorial de um número natural n, n ≥ n!
2, ao produto de todos os números naturais de 1
até n. Assim :
n ! ( n + 1 ) ⋅ [n + 2 - 1]
• n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n ≥ 2 (lê-se: n ⇒ =4
fatorial) n!
• 1! = 1
• 0! = 1 n + 1 = 2 ∴ n =1
∴ (n + 1 ) = 4
2

Fórmula de arranjos simples com o auxílio de n + 1 = –2 ∴ n = –3 (não


fatorial: convém )
, p ≤ n e { p, n} ⊂ lN
n!
A N,P =
( n − p) ! Exercícios
1) Assinale a alternativa correta:
10 !
a) 10 ! = 5! + 5 ! d) =5
Aplicações 2!
1) Calcular: b) 10 ! = 2! . 5 ! e) 10 ! =10. 9. 8. 7!
8! n! c) 10 ! = 11! -1!
a) 5! c) e)
6! (n - 2)!
2) Assinale a alternativa falsa;
a) n! = n ( n-1)! d) ( n –1)! = (n- 1)(n-2)!

Matemática 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) n! = n(n - 1) (n - 2)! e) (n - 1)! = n(n -1) O número de permutações simples de n elementos
c) n! = n(n – 1) (n - 2) (n - 3)! é indicado por Pn.

3) Calcule: OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n .


12 ! 7!
a) c) Fórmula:
10 ! 3! 4!
Aplicações
7! + 5! 8! - 6! 1) Considere a palavra ATREVIDO.
b) d)
5! 5! a) quantos anagramas (permutações simples)
podemos formar?
4) Simplifique: b) quantos anagramas começam por A?
n! n! c) quantos anagramas começam pela sílaba TRE?
a) d) d) quantos anagramas possuem a sílaba TR E?
( n - 1) ! n ( n - 1) !
e) quantos anagramas possuem as letras T, R e E

b)
( n + 2 )! n ! e)
5M ! - 2 ( M - 1 ) !
juntas?
f) quantos anagramas começam por vogal e
[( n + 1 ) ! ]2 M! terminam em consoante?
n ! + ( n + 1)!
c) Solução:
n! a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições
disponíveis.
5) Obtenha n, em: Assim:
(n + 1)!
a) = 10 b) n!+( n - 1)! = 6 ( n - 1)!
n!
n (n - 1)!
c) =6 d) (n - 1)! = 120
(n - 2)!
Ou então, P8 = 8 ! = 40.320 anagramas
1 n
6) Efetuando − , obtém-se: b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A;
n ! (n + 1)!
assim, devemos distribuir as 7 letras restantes em 7
1 2n + 1 posições, Então:
a) d)
(n + 1) ! (n + 1) !
1
b) e) 0
n!
n ! ( n + 1) !
c)
n -1 c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas
pela sílaba TRE, devemos distribuir as 5 letras restan-
7) Resolva as equações: tes em 5 posições. Então:
a) Ax,3 = 8Ax,2 b) Ax,3 = 3 . ( x - 1)

(n + 2) ! + (n + 1) !
8) Obtenha n, que verifique 8n! =
n +1

9) O número n está para o número de seus


d) considerando a sílaba TRE como um único
arranjos 3 a 3 como 1 está para 240, obtenha n. elemento, devemos permutar entre si 6 elementos,
PERMUTAÇÕES SIMPLES

Introdução:
Consideremos os números de três algarismos
distintos formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses
números são : 123 132 213 231 312 321
e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo
A quantidade desses números é dada por A3,3= 6. considerado as letras T, R, E como um único elemento:

Esses números diferem entre si somente pela posi-


ção de seus elementos. Cada número é chamado de
permutação simples, obtida com os algarismos 1, 2 e 3.
Definição:
Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se
permutação simples dos n elementos de l a toda a se- Devemos também permutar as letras T, R, E, pois
quência dos n elementos. não foi especificada a ordem :

Matemática 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Aplicações
1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos
formados pelos algarismos 2 e 3 de maneira
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E que cada um apareça duas vezes na formação
podem ser dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6 do número.
agrupamentos, temos
P6 . P3 anagramas. Então: Solução:
P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas 2233 2323 2332
os números são 
f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 3322 3232 3223
consoantes. Assim:
A quantidade desses números pode ser obtida por:
4 ⋅ 3 ⋅ 2!
P4(2,2 ) =
4!
= = 6 números
2! 2! 2! ⋅ 2 ⋅ 1

2) Quantos anagramas podemos formar com as


letras da palavra AMADA?
solução:
Exercícios
1) Considere a palavra CAPITULO: Temos:
A, A, A M D
a) quantos anagramas podemos formar?
b) quantos anagramas começam por C? Assim: 3 1 1

c) quantos anagramas começam pelas letras C, A


5 ⋅ 4 ⋅ 3!
p5(3,1,1) =
5!
e P juntas e nesta ordem? = = 20 anagramas
d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P 3 ! 1! 1! 3!
juntas e nesta ordem?
e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P 3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA
juntas? começam pela sílaba RA?
f) quantos anagramas começam por vogal e ter-
minam em consoante? Solução:
2) Quantos anagramas da palavra MOLEZA Usando R e A nas duas primeiras posições, restam
começam e terminam por vogal? 5 letras para serem permutadas, sendo que:
3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA
possuem as vogais e consoantes alternadas?
G A, A R F
{

{
{

4) De quantos modos diferentes podemos dispor Assim, 1 temos:


2 1 1
as letras da palavra ESPANTO, de modo que as 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 !
vogais e consoantes apareçam juntas, em p5(2,1,1) = = 60 anagramas
2!
qualquer ordem?
5) obtenha o número de anagramas formados com Exercícios
as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as 1) O número de anagramas que podemos formar
vogais se mantenham nas respectivas posições. com as letras da palavra ARARA é:
a) 120 c) 20 e) 30
PERMUTAÇÕES SIMPLES, COM ELEMENTOS RE- b) 60 d) 10
PETIDOS
2) O número de permutações distintas possíveis
Dados n elementos, dos quais : com as oito letras da palavra PARALELA,
α1 são iguais a a1 → a1 , a1 , . . ., a1 começando todas com a letra P, será de ;
α1 a) 120 c) 420 e) 360
α 2 são iguais a a2 → a2, a2 , . . . , a2 b) 720 d) 24
α2
3) Quantos números de 5 algarismos podemos
n!
pn (α1, α 2 , . . . αr ) = formar com os algarismos 3 e 4 de maneira que
α1 ! α ! . . . αr ! o 3 apareça três vezes em todos os números?
a) 10 c) 120 e) 6
b) 20 d) 24
. . . . . . . . . . . . . . . . .
ar → ar , ar , . . . , ar
4) Quantos números pares de cinco algarismos
αr são iguais a αr
podemos escrever apenas com os dígitos 1, 1,
2, 2 e 3, respeitadas as repetições
apresentadas?
sendo ainda que: α1 + α 2 + . . . + αr = n, e indicando-
a) 120 c) 20 e) 6 b) 24 d) 12
se por pn (α1, α 2 , . . . α r ) o número das permutações
simples dos n elementos, tem-se que: 5) Quantos anagramas da palavra MATEMÁTICA

Matemática 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
terminam pela sílaba MA? 5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
a) 10 800 c) 5 040 e) 40 320 C5,3 = = = 10 subconjunt os
3! 2! 3! ⋅ 2 ⋅ 1
b) 10 080 d) 5 400
Cn,3 4
COMBINAÇÕES SIMPLES 3) obter n, tal que =
Cn,2 3
Introdução: Solução:
Consideremos as retas determinadas pelos quatro n!
pontos, conforme a figura. 3! ( n - 3 )! 4 n! 2!( n - 2 )! 4
= ⇒ ⋅ = ∴
n! 3 3!( n - 3 ) n! 3
2! ( n - 2 )!
2 ⋅ ( n - 2 ) ( n - 3 )! 4
∴ = ∴n - 2 = 4
3 ⋅ 2 ⋅ ( n - 3 )! 3

n=6 convém
Só temos 6 retas distintas ( AB, BC, CD,
AC, BD e AD) porque AB e BA, . . . , CD e DC represen- 4) Obter n, tal que Cn,2 = 28.
tam retas coincidentes. Solução:
n! n ( n -1 ) ( n - 2 ) !
Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem = 28 ⇒ = 56 ∴
subconjuntos do conjunto formado por A, B, C e D. 2 ! ( n - 2 )! (n − 2) !
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combi-
nação simples dos n elementos de /, tomados p a p, a n=8
2
qualquer subconjunto de p elementos do conjunto l. n – n – 56 = 0

n = -7 (não convém)
Diferem entre si apenas pelos elementos
componentes, e são chamados combinações simples 5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2
dos 4 elementos tomados 2 a 2. distintos. Obter o número de triângulos que po-
demos formar com vértice nos pontos indicados:
O número de combinações simples dos n elementos
n
tomados p a p é indicado por Cn,p ou   .
p

OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p.

Fórmula:

n!
C n ,p = , p≤n e { p, n } ⊂ lN Solução:
p! ( n - p )! Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3
desses pontos, não importando a ordem. Assim, o nú-
Aplicações mero de triângulos é dado por:
1) calcular: 8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 . 5!
a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4 C 8,3 = = = 56
3!5 ! 3 ⋅ 2 . 5!
Solução:
6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5
7! 7 ⋅ 6!
a) C7,1 = = =7 moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 ra-
1! 6 ! 6! pazes e 2 moças, podem ser formadas?
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 !
b) C7,2 = = = 21
2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 ! Solução:
Na escolha de elementos para formar uma
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
c) C7,3 = = = 35 comissão, não importa a ordem. Sendo assim :
3!4! 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4 ! 6!
• escolher 3 rapazes: C6,3 = = 20 modos
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! 3!3!
d) C7,4= = = 35
4!3! 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 5!
• escolher 2 moças: C5,2= = 10 modos
2! 3!
2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um
conjunto de 5 elementos? Como para cada uma das 20 triplas de rapazes te-

Matemática 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mos 10 pares de moças para compor cada comissão,
então, o total de comissões é C6,3 . C5,2 = 200. A p,3
7) Obtenha o valor de p na equação: = 12 .
Cp,4
7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre
uma outra reta, paralela á primeira, 4 pontos.
a) Quantas retas esses pontos determinam? 8) Obtenha x na equação Cx,3 = 3 . Ax , 2.
b) Quantos triângulos existem com vértices em
três desses pontos? 9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos
distintos. Obtenha:
Solução: a) o número de retas distintas que esses
a) C10,2 – C6,2 – C4,2 + 2 = 26 retas onde pontos determinam;
b) o número de triângulos com vértices nesses
C6,2 é o maior número de retas possíveis de serem pontos;
determinadas por seis pontos C4,2 é o maior número c) o número de quadriláteros com vértices
de retas possíveis de serem determinadas por nesses pontos;
quatro pontos . d) o número de hexágonos com vértices
nesses pontos.

10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 dire-


b) C10,3 – C6,3 – C4,3 = 96 triângulos onde tores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comis-
sões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser
C6,3 é o total de combinações determinadas por três formadas?
pontos alinhados em uma das retas, pois pontos
colineares não determinam triângulo. 11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas
C4,3 é o total de combinações determinadas por três pretas. De quantos modos é possível tirar 5 bo-
pontos alinhados da outra reta. las, das quais duas sejam brancas e 3 sejam
pretas?

12) Em uma prova existem 10 questões para que os


alunos escolham 5 delas. De quantos modos is-
8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas. to pode ser feito?
De quantos modos é possível tirar 7 bolas das
quais pelo menos 4 sejam pretas? 13) De quantas maneiras distintas um grupo de 10
pessoas pode ser dividido em 3 grupos conten-
Solução: do, respectivamente, 5, 3 e duas pessoas?
As retiradas podem ser efetuadas da seguinte
forma: 14) Quantas diagonais possui um polígono de n la-
4 pretas e 3 brancas ⇒ C6,4 . C10,3 = 1 800 ou dos?
5 pretas e 2 brancas ⇒ C6,5 . C10,2 = 270 ou
6 pretas e1 branca ⇒ C6,6 . C10,1 = 10 15) São dadas duas retas distintas e paralelas. So-
bre a primeira marcam-se 8 pontos e sobre a
Logo. 1 800 + 270 + 10 = 2 080 modos segunda marcam-se 4 pontos. Obter:
a) o número de triângulos com vértices nos
Exercícios pontos marcados;
1) Calcule: b) o número de quadriláteros convexos com
a) C8,1 + C9,2 – C7,7 + C10,0 vértices nos pontos marcados.
b) C5,2 +P2 – C5,3
c) An,p . Pp 16) São dados 12 pontos em um plano, dos quais 5,
e somente 5, estão alinhados. Quantos triângu-
2) Obtenha n, tal que : los distintos podem ser formados com vértices
a) Cn,2 = 21 em três quaisquer dos 12 pontos?
b) Cn-1,2 = 36
c) 5 . Cn,n - 1 + Cn,n -3 = An,3 17) Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pre-
tas e 4 azuis. De quantos modos podemos tirar
3) Resolva a equação Cx,2 = x. 6 bolas das quais:
a) nenhuma seja azul
4) Quantos subconjuntos de 4 elementos possui b) três bolas sejam azuis
um conjunto de 8 elementos? c) pelo menos três sejam azuis

5) Numa reunião de 7 pessoas, quantas 18) De quantos modos podemos separar os


comissões de 3 pessoas podemos formar? números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4
elementos?
6) Um conjunto A tem 45 subconjuntos de 2
elementos. Obtenha o número de elementos de 19) De quantos modos podemos separar os
A números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4

Matemática 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
elementos, de modo que o 2 e o 6 não estejam
a)
[n !] c) ( n – 4 ) ! e) 4 !
no mesmo conjunto? 24( n - 4 )
20) Dentre 5 números positivos e 5 números n!
b) d) n !
negativos, de quantos modos podemos escolher (n-4)
quatro números cujo produto seja positivo?
28) No cardápio de uma festa constam 10 diferentes
21) Em um piano marcam-se vinte pontos, não tipos de salgadinhos, dos quais apenas 4 serão
alinhados 3 a 3, exceto cinco que estão sobre servidos quentes. O garçom encarregado de ar-
uma reta. O número de retas determinadas por rumar a travessa e servi-la foi instruído para que
estes pontos é: a mesma contenha sempre só dois tipos dife-
a) 180 rentes de salgadinhos frios e dois diferentes dos
b) 1140 quentes. De quantos modos diversos pode o
c) 380 garçom, respeitando as instruções, selecionar
d) 190 os salgadinhos para compor a travessa?
e) 181 a) 90 d) 38
b) 21 e) n.d.a.
22) Quantos paralelogramos são determinados por c) 240
um conjunto de sete retas paralelas,
interceptando um outro conjunto de quatro retas 29) Em uma sacola há 20 bolas de mesma dimen-
paralelas? são: 4 são azuis e as restantes, vermelhas. De
a) 162 quantas maneiras distintas podemos extrair um
b) 126 conjunto de 4 bolas desta sacola, de modo que
c) 106 haja pelo menos uma azul entre elas?
d) 84 20 ! 16 ! 1  20 ! 16 ! 
e) 33 a) − d) ⋅  − 
16 ! 12 ! 4 !  16 ! 12 ! 
23) Uma lanchonete que vende cachorro quente o- 20 !
b) e)n.d.a.
ferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e 4 ! 16 !
molho de tomate, como tempero adicional. 20 !
Quantos tipos de cachorros quentes diferentes c)
16 !
(Pela adição ou não de algum tempero) podem
ser vendidos?
a) 12 30) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas.
b) 24 Quantas comissões diferentes podemos formar
c) 16 com 4 meninos e 3 meninas, incluindo obrigato-
d) 4 riamente o melhor aluno dentre os meninos e a
e) 10 melhor aluna dentre as meninas?
a) A10,4 . A9,3 c) A9,2 – A8,3 e) C19,7
24) O número de triângulos que podem ser traçados b) C10,4 - C9, 3 d) C9,3 - C8,2
utilizando-se 12 pontos de um plano, não ha-
vendo 3 pontos em linha reta, é: 31) Numa classe de 10 estudantes, um grupo de 4
a) 4368 será selecionado para uma excursão, De quan-
b) 220 tas maneiras distintas o grupo pode ser forma-
c) 48 do, sabendo que dos dez estudantes dois são
d) 144 marido e mulher e apenas irão se juntos?
e) 180 a) 126 b) 98 c) 115 d)165 e) 122
25) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 de-
fensores, 3 jogadores de meio de campo e 3 a- RESPOSTAS
tacantes. Um técnico dispõe de 21 jogadores,
Principio fundamental da contagem
sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de
1) 63 14) 24
meio campo e 5 atacantes. De quantas manei-
2) 12 15) 90 pares e 120 ím-
ras poderá escalar sua equipe?
3) 20 pares
a) 630
4) 72 16) 18
b) 7 000
9 5) 6 760 000 17) 48
c) 2,26 . 10
6) 45 697 600 18) 72
d) 21000
7) 216 19) 1 680
e) n.d.a.
8) 180 20) 504
9) 360 21) 30
26) Sendo 5 . Cn, n - 1 + Cn, n - 3, calcular n.
10) 2 520 22) 20
11) 120 23) 720
27) Um conjunto A possui n elementos, sendo n ≥
12) 4 536 24) 48
4. O número de subconjuntos de A com 4
13) 60 25) 72
elementos é:
26) 96

Matemática 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Arranjos simples
1) a) 8 c) 336
b) 56 d) 1680
Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha.
2) a) 9 b) 89,6 Dizemos que a probabilidade da extração de uma bola
5 1
3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5} vermelha é e a da bola branca, .
6 6
Fatorial
Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a ex-
1) e 2) e
tração de uma vermelha seria certa e de probabilidade
3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330
igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola
n+2 5M − 2 branca seria impossível e de probabilidade igual a zero.
4) a) n b) c) n + 2 d) 1 e)
n +1 M
5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6 Espaço amostral:
Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do
6) a acaso, chamamos espaço amostral ao conjunto de todos
os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo
7) a) S = {10} b) S = {3} pela letra E.

8) n = 5 EXEMPLOS:
Lançamento de um dado e observação da face
9) n = 17 voltada para cima:
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Permutações simples
1) a) 40 320 d) 720 2) 144 Lançamento de uma moeda e observação da face
b) 5 040 e) 4 320 3) 72 voltada para cima :
c) 120 f) 11 520 4) 288 E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa.
5) 120
Lançamento de duas moedas diferentes e
Permutações simples com elementos repetidos observação das faces voltadas para cima:
1) d 2) c 3) a 4) d 5) b E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) }

Combinações simples Evento:


n! p! 15) a) 160 b) 168 Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço
1) a) 44 c) 16) 210 amostral. Tomemos, por exemplo, o lançamento de um
(n − p)!
17) a) 28 c) 252 dado :
b) 2
2) a) n = 7 b) n = 10
b) 224 • ocorrência do resultado 3: {3}
c) n = 4
18) 70 • ocorrência do resultado par: {2, 4, 6}
19) 55 • ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo)
3) S = {3}
4) 70
20) 105 • ocorrência de resultado maior que 6 : φ (evento
21) e
5) 35 impossível)
22) b
6) 10
23) c
7) p=5 Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as
24) b
8) S={20} operações entre conjuntos apresentadas a seguir.
25) d
9) a) 21 c) 35
26) n =4 • União de dois eventos - Dados os eventos A e B,
b) 35 d) 7 chama-se união de A e B ao evento formado pe-
27) a
10) 140
28) a los resultados de A ou de B, indica-se por A ∪ B.
11) 180
29) d
12) 252
30) d
13) 2 520
31) b
n(n − 3)
14)
2

PROBABILIDADE • Intersecção de dois eventos - Dados os eventos


A e B, chama-se intersecção de A e B ao evento
ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO formado pelos resultados de A e de B. Indica-se
Suponha que em uma urna existam cinco bolas ver- por A ∩ B.
melhas e uma bola branca. Extraindo-se, ao acaso, uma
das bolas, é mais provável que esta seja vermelha. Isto
irão significa que não saia a bola branca, mas que é
mais fácil a extração de uma vermelha. Os casos possí-
veis seu seis:

Matemática 87 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Indicando o evento pela letra B, temos:
B = { (2, 5), (4, 3), (6, 1)} ⇒ n(B) = 3 elementos

Exercícios
1) Dois dados são lançados. O número de
elementos do evento "produto ímpar dos pontos
Se A ∩ B = φ , dizemos que os eventos A e B são mu- a) 6
obtidos nas faces voltadas para cima" é:
b) 9 c) 18 d) 27 e) 30
tuamente exclusivos, isto é, a ocorrência de um deles eli-
mina a possibilidade de ocorrência do outro. 2) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''esco-
lher 3 pessoas sendo que uma determinada este-
ja sempre presente na comissão". Qual o número
de elementos desse evento?
a) 120 b) 90 c) 45 d) 36 e) 28

3) Lançando três dados, considere o evento "obter


pontos distintos". O número de elementos desse
• Evento complementar – Chama-se evento comple- evento é:
mentar do evento A àquele formado pelos resulta- a) 216 b) 210 c) 6 d) 30 e) 36
dos que não são de A. indica-se por A .
4) Uma urna contém 7 bolas brancas, 5 vermelhas
e 2 azuis. De quantas maneiras podemos retirar
4 bolas dessa urna, não importando a ordem em
que são retiradas, sem recoloca-las?
a) 1 001 d) 6 006
14 !
b) 24 024 e)
Aplicações 7! 5! 2!
1) Considerar o experimento "registrar as faces c) 14!
voltadas para cima", em três lançamentos de
uma moeda. PROBABILIDADE
a) Quantos elementos tem o espaço amostral? Sendo n(A) o número de elementos do evento A, e
b) Escreva o espaço amostral. n(E) o número de elementos do espaço amostral E ( A
⊂ E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se
Solução: indica por P(A), é o número real:
a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para
n( A )
cada lançamento temos duas possibilidades e, P( A )=
assim: 2 . 2 . 2 = 8. n(E )
b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R,
R,C), (R, C, R), (C, R, R), (R, R, R) } OBSERVAÇÕES:
1) Dizemos que n(A) é o número de casos favoráveis
2) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara ao evento A e n(E) o número de casos possíveis.
no lançamento de duas moedas". 2) Esta definição só vale se todos os elementos do
espaço amostral tiverem a mesma probabilidade.
Solução:
Cada elemento do evento será representado por um 3) A é o complementar do evento A.
par ordenado. Indicando o evento pela letra A, temos: A
= {(C,R), (R,C), (C,C)} Propriedades:
3) Obter o número de elementos do evento "soma
de pontos maior que 9 no lançamento de dois
dados".

Solução: Aplicações
O evento pode ser tomado por pares ordenados com 4) No lançamento de duas moedas, qual a
soma 10, soma 11 ou soma 12. Indicando o evento pela probabilidade de obtermos cara em ambas?
letra S, temos:
S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} ⇒ Solução:
⇒ n(S) = 6 elementos Espaço amostral:
E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} ⇒ n(E).= 4
4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o nú-
mero de elementos do evento "número par no Evento A : A = {(C, C)} ⇒ n(A) =1
primeiro lançamento e soma dos pontos igual a n( A ) 1
7". Assim: P ( A ) = =
n(E ) 4
Solução:

Matemática 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5) Jogando-se uma moeda três vezes, qual a probabilidade de se obter soma dos pontos igual
probabilidade de se obter cara pelo menos uma a 10?
vez?
Solução:
Solução: Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos
E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, pontos:
C), (R, C, R), (C, R, R), (R. R, R)} ⇒ n(E)= 8 A
A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, B 1 2 3 4 5 6
C), (R, C, R), (C, R, R) ⇒ n(A) = 7 1 2 3 4 5 6 7
n( A ) 7 2 3 4 5 6 7 8
P( A )= ⇒ P(A) = 3 4 5 6 7 8 9
n(E ) 8
4 5 6 7 8 9 10
6) (Cesgranrio) Um prédio de três andares, com 5 6 7 8 9 10 11
dois apartamentos por andar, tem apenas três 6 7 8 9 10 11 12
apartamentos ocupados. A probabilidade de que
cada um dos três andares tenha exatamente um Da tabela: n(E) = 36 e n(A) = 3
apartamento ocupado é : n( A ) 3 1
Assim: P ( A ) = = =
a) 2/5 c) 1/2 e) 2/3 n ( E ) 36 12
b) 3/5 d) 1/3
Exercícios
Solução: 1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos
O número de elementos do espaço amostral é dado pontos iguais nos dois é:
6! 1 1 7
por : n(E) = C6,3 = = 20 a) c) e)
3!3! 3 6 36
5 1
O número de casos favoráveis é dado por n (A) = 2 . b) d)
2 . 2 = 8, pois em cada andar temos duas possibilidades 36 36
para ocupa-lo. Portanto, a probabilidade pedida é:
2) A probabilidade de se obter pelo menos duas
n( A ) 8 2
P( A )= = = (alternativa a) caras num lançamento de três moedas é;
n ( E ) 20 5 3 1 1
a) c) e)
8 4 5
7) Numa experiência, existem somente duas
possibilidades para o resultado. Se a 1 1
b) d)
1 2 3
probabilidade de um resultado é , calcular a
3
ADIÇÃO DE PROBABILIDADES
probabilidade do outro, sabendo que eles são
Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E,
complementares.
tem-se que:
Solução:
P(A ∪ B) = P (A) + P(B) – P(A ∩ B)
1
Indicando por A o evento que tem probabilidade ,
3
"A probabilidade da união de dois eventos A e B é i-
vamos indicar por A o outro evento. Se eles são
gual á soma das probabilidades de A e B, menos a pro-
complementares, devemos ter:
babilidade da intersecção de A com B."
1
P(A) + P( A ) = 1 ⇒ + P( A ) = 1 ∴
3

2
P( A ) =
3

8) No lançamento de um dado, qual a probabilidade


de obtermos na face voltada para cima um Justificativa:
número primo? Sendo n (A ∪ B) e n (A ∩ B) o número de
elementos dos eventos A ∪ B e A ∩ B, temos que:
Solução: n( A ∪ B) = n(A) +n(B) – n(A ∩ B) ⇒
Espaço amostral : E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} ⇒ n(E) = 6
Evento A : A = {2, 3, 5} ⇒ n(A) = 3 n( A ∪ B) n( A ) n(B) n( A ∩ B)
n( A ) 3 1 ⇒ = + − ∴
Assim: P ( A ) = = ⇒ P( A ) = n(E) n(E) n(E) n(E)
n(E ) 6 2 ∴ P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

9) No lançamento de dois dados, qual a OBSERVA ÇÃO:

Matemática 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, isto é: 13 7 11
A ∩ B= φ , então, P(A ∪ B) = P(A) + P(B). a)
20
c)
10
e)
20
4 3
b) d)
Aplicações 5 5
1) Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 verdes e 4
azuis. Retirando-se uma bola da urna, qual a 2) (Santa casa) Num grupo de 60 pessoas, 10 são
probabilidade de que ela seja branca ou verde? torcedoras do São Paulo, 5 são torcedoras do
Palmeiras e as demais são torcedoras do Corin-
Solução: thians. Escolhido ao acaso um elemento do gru-
Número de bolas brancas : n(B) = 2 po, a probabilidade de ele ser torcedor do São
Número de bolas verdes: n(V) = 3 Paulo ou do Palmeiras é:
Número de bolas azuis: n(A) = 4 a) 0,40 c) 0,50 e) n.d.a.
b) 0,25 d) 0,30
A probabilidade de obtermos uma bola branca ou
uma bola verde é dada por: 3) (São Carlos) S é um espaço amostral, A e B e-
P( B ∪ V) = P(B) + P(V) - P(B ∩ V) ventos quaisquer em S e P(C) denota a probabi-
lidade associada a um evento genérico C em S.
Porém, P(B ∩ V) = 0, pois o evento bola branca e o Assinale a alternativa correta.
evento bola verde são mutuamente exclusivos. a) P(A ∩ C) = P(A) desde que C contenha A
Logo: P(B ∪ V) = P(B) + P(V), ou seja: P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
2 3 5
P(B ∪ V) = + ⇒ P(B ∪ V ) =
9 9 9 b) P(A ∪ B) ≠ P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
c) P(A ∩ B) < P(B)
2) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se d) P(A) + P(B) ≤ 1
obter o número 4 ou um número par? e) Se P(A) = P(B) então A = B

Solução: 4) (Cescem) Num espaço amostral (A; B), as


O número de elementos do evento número 4 é n(A) = probabilidades P(A) e P(B) valem
1. 1 2
respectivamente e Assinale qual das
3 3
O número de elementos do evento número par é n(B) alternativas seguintes não é verdadeira.
= 3.
a) A ∪ B = S d) A ∪ B = B
Observando que n(A ∩ B) = 1, temos: b) A ∪ B = φ e) (A ∩ B) ∪ (A ∪ B) = S
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ⇒
c) A ∩ B = A ∩ B
1 3 1 3 1
⇒ P(A ∪ B) = + − = ∴ P( A ∪ B ) = 5) (PUC) Num grupo, 50 pessoas pertencem a um
6 6 6 6 2 clube A, 70 a um clube B, 30 a um clube C, 20
pertencem aos clubes A e B, 22 aos clubes A e
3) A probabilidade de que a população atual de um C, 18 aos clubes B e C e 10 pertencem aos três
pais seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A clubes. Escolhida ao acaso uma das pessoas
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é presentes, a probabilidade de ela:
8%. Calcular a probabilidade de ser 110 milhões. 3
a) Pertencer aos três Clubes é ;
Solução: 5
Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%. b) pertencer somente ao clube C é zero;
c) Pertencer a dois clubes, pelo menos, é 60%;
A probabilidade de ser 110 milhões é P(A ∩ B). d) não pertencer ao clube B é 40%;
Observando que P(A ∪ B) = 100%, temos: e) n.d.a.
P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ⇒
⇒ 100% = 95% + 8% - P(A ∩ B) ∴ 6) (Maringá) Um número é escolhido ao acaso entre
os 20 inteiros, de 1 a 20. A probabilidade de o
(A ∩ B) = 3%
número escolhido ser primo ou quadrado perfeito
Exercícios é:
1) (Cescem) Uma urna contém 20 bolas numeradas 1 4 3
a) c) e)
de 1 a 20. Seja o experimento "retirada de uma 5 25 5
bola" e considere os eventos; 2 2
A = a bola retirada possui um número múltiplo de b) d)
25 5
2
B = a bola retirada possui um número múltiplo de
PROBABILIDADE CONDICIONAL
5
Muitas vezes, o fato de sabermos que certo evento
Então a probabilidade do evento A ∪ B é:
ocorreu modifica a probabilidade que atribuímos a outro
Matemática 90 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
evento. Indicaremos por P(B/A) a probabilidade do even-
to B, tendo ocorrido o evento A (probabilidade condicio-
nal de B em relação a A). Podemos escrever:

n ( A ∩ B)
P(B / A ) =
n (A)

Multiplicação de probabilidades:
A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B
é igual ao produto da probabilidade de um deles pela
probabilidade do outro em relação ao primeiro. 2) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a
probabilidade de obtermos cara na moeda e o
Em símbolos: número 5 no dado.
Justificativa: Solução:
n ( A ∩ B) Evento A : A = {C} ⇒ n(A) = 1
n ( A ∩ B) n(E) Evento B : B = { 5 } ⇒ n ( B ) = 1
P(B / A ) = ⇒ P(B / A ) = ∴
n (A) n (A)
n(E) Sendo A e B eventos independentes, temos:
1 1
P ( A ∩ B) P(A ∩ B) = P(A) . P(B) ⇒ P(A ∩ B) = ⋅ ∴
∴ P(B / A ) = 2 6
P (A)
1
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A) P(A ∩ B) =
12
Analogamente:
3) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões
P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)
no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho,
e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do
Eventos independentes:
outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao
Dois eventos A e B são independentes se, e somente
acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A
se: P(A/B) = P(A) ou P(B/A) = P(B)
probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e
de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:
Da relação P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), e se A e B
forem independentes, temos: 1 2 1 2 1
a) b) c) d) e)
2 5 5 3 6
P(A ∩ B) = P(A) . P(B)
Solução:
Evento A : cartão com as duas cores
Aplicações: Evento B: face para o juiz vermelha e face para o
1) Escolhida uma carta de baralho de 52 cartas e jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores
sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a
probabilidade de ser dama? Temos:
1 1
Solução: P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A ∩ B) = ⋅
Um baralho com 52 cartas tem 13 cartas de ouro, 13 3 2
de copas, 13 de paus e 13 de espadas, tendo uma dama 1
P(A ∩ B) = (alternativa e)
de cada naipe. 6
Respostas:
Observe que queremos a probabilidade de a carta
ser uma dama de ouros num novo espaço amostral mo- Espaço amostral e evento
dificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de: 1) b 2) d 3) b 4) a
• evento A: cartas de ouros
• evento B: dama Probabilidade
• evento A ∩ B : dama de ouros 1) c 2) b

Temos: Adição de probabilidades


n ( A ∩ B) 1 1) d 2) b 3) a 4) b 5) b 6) e
P(B / A ) = =
n (A) 13
GEOMETRIA NO PLANO E NO ESPAÇO.
PERÍMETRO.

1.POSTULADOS
a) A reta é ilimitada; não tem origem nem
extremidades.
b) Na reta existem infinitos pontos.

Matemática 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) Dois pontos distintos determinam uma única reta de congruência: ≅ ).
(AB).

2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois
subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-
reta.

8. ÂNGULO RETO
Considerando ângulos suplementares e con-
gruentes entre si, diremos que se trata de ângulos
3. SEGMENTO retos.
Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB .
Ficam determinadas as semi-retas: AB e BA .

AB ∩ BA = AB
A intersecção das duas semi-retas define o
9. MEDIDAS
segmento AB . 1 reto ↔ 90° (noventa graus)
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°

1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos)


1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos)

4. ÂNGULO As subdivisões do segundo são: décimos,


A união de duas semi-retas de mesma origem é um centésimos etc.
ângulo.

90o = 89o 59’ 60”

10. ÂNGULOS COMPLEMENTARES


5. ANGULO RASO
São ângulos cuja soma é igual a um ângulo reto.
É formado por semi-retas opostas.

6. ANGULOS SUPLEMENTARES
São ângulos que determinam por soma um ângulo 11. REPRESENTAÇÃO
raso. x é o ângulo; (90° – x) seu complemento e
(180° – x) seu suplemento.

12. BISSETRIZ
É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e
o divide em dois ângulos congruentes.
7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS
O conceito de congruência é primitivo. Não há
definição. lntuitivamente, quando imaginamos dois
ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que
possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal

Matemática 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
opostos pelo vértice. Determine-as.
Resolução:
2x + 20° = 5x – 70° ⇔
⇔ + 70° + 20° = 5x – 2x ⇔
⇔ 90° = 3x ⇔

x = 30°
13. ANGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE
São ângulos formados com as semi-retas apostas Resp. : os ângulos medem 80º
duas a duas.
Ângulos apostos pelo vértice são congruentes 3) As medidas de dois ângulos complementares
(Teorema). estão entre si como 2 está para 7. Calcule-as.
Resolução: Sejam x e y as medidas de 2
ângulos complementares. Então:
x + y = 90 o x + y = 90 o
 
 x 2 ⇔ x 2 ⇔
 = y + 1 = + 1
 y 7  7
x + y = 90o x + y = 90 o
14. TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS  
x + y 9 ⇔  90o 9
 y =7
PARALELAS =

Se uma reta transversal forma com duas retas de   y 7
um plano ângulos correspondentes congruentes, então
as retas são paralelas. ⇒ x = 20° e y = 70°
Resp.: As medidas são 20° e 70°.

4) Duas retas paralelas cortadas por uma


transversal formam 8 ângulos. Sendo 320° a
soma dos ângulos obtusos internos, calcule os
demais ângulos.

) )
a ≅ m
) )
b ≅n
) )  ângulos correspondentes congruentes
c ≅ p
) ) Resolução:
d ≅ q  De acordo com a figura seguinte, teremos pelo
enunciado:
Consequências:
a) ângulos alternos congruentes: â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔ â = 160°
) ) ) )
d ≅ n = 180 0 (alternos a ≅ p (alternos
) ) Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:
) ) ) ) ) )
c ≅ m = 180 0 internos) b ≅ q externos) a + b = 180° ou 160° + b = 180° ⇒ b = 20°
Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os
b) ângulos colaterais suplementares: agudos 20°.
) )
a + q = 180 o 
) ) (colaterais externos) 5) Na figura, determine x.
b + p = 180 o 
) )
d + m = 180 o 
) ) (colaterais internos)
c + n = 180 o 

15. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


1) Determine o complemento de 34°15'34". Resolução: Pelos ângulos alternos internos:
Resolução:
89° 59' 60" x + 30° = 50° ⇒ x = 20°
- 34° 15' 34"
55° 44' 26" 16. TRIÂNGULOS
Resp.: 55° 44' 26" 16.1 – Ângulos
2) As medidas 2x + 20° e 5x – 70° são de ângulos
Matemática 93 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

∆ ABC = AB ∪ BC ∪ CA
AB; BC; CA são os lados
) ) )
A; B; C são ângulos internos
) ) )
A ex ; B ex ; C ex são angulos externos

LEI ANGULAR DE THALES:

) ) )
A + B + C = 180°

Obs. : Se o triângulo possui os 3 ângulos menores


que 90°, é acutângulo; e se possui um dos seus
ângulos maior do que 90°, é obtusângulo.

16.3 - Congruê
ncia de triângulos
Dizemos que dois triângulos são congruentes
Consequê
ncias: quando os seis elementos de um forem congruentes
) ) com os seis elementos correspondentes do outro.
A + A ex = 180°  ) ) )
) ) )  ⇒ Aex = B + C
A + B + C = 180°

Analogamente:
) ) )
B ex = A + C
) ) ) ) )
 A ≅ A' AB ≅ A' B'
C ex = B + A  ) ) 
B ≅ B' e BC ≅ B' C'
Soma dos ângulos externos: ) ) 
C ≅ C' AC ≅ A' C'
) ) )
A ex + B ex + Cex = 360° ⇔ ∆ABC ≅ ∆A' B' C'

16.2 – Classificação 16.4 - Critérios de congruência

LAL: Dois triângulos serão congruentes se pos-


suírem dois lados e o ângulo entre eles
congruentes.
LLL: Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem os três lados respectivamente con-
gruentes.
ALA : Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois ângulos e o lado entre eles
congruentes.
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois ângulos e o lado oposto a um
deles congruentes.

16.5 - Pontos notáveis do triângulo


a) O segmento que une o vértice ao ponto médio
do lado oposto é denominado MEDIANA.
O encontro das medianas é denominado
BARICENTRO.

Matemática 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
terceiro lado é 13.

2) O perímetro de um triângulo é 13 cm. Um dos


lados é o dobro do outro e a soma destes dois
lados é 9 cm. Calcule as medidas dos lados.

Resolução:

G é o baricentro
Propriedade: AG = 2GM
BG = 2GN
CG = 2GP

b) A perpendicular baixada do vértice ao lado


oposto é denominada ALTURA. a + b + c = 13
O encontro das alturas é denominado a = 2b 3b = 9
ORTOCENTRO. a + b = 9
b =3 a = 6
e

Portanto: c = 4

As medidas são : 3 cm; 4 cm; 6 cm

3) Num triângulo isósceles um dos ângulos da


base mede 47°32'. Calcule o ângulo do vértice.

Resolução:
c) INCENTRO é o encontro das bissetrizes in-
ternas do triângulo. (É centro da circunferência
inscrita.)
d) CIRCUNCENTRO é o encontro das mediatrizes
dos lados do triângulo, lÉ centro da
circunferência circunscrita.)

16.6 – Desigualdades
Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe
o maior ângulo e vice-Versa.

Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a x + 47° 32' + 47° 32' = 180° ⇔
soma dos outros dois. x + 94° 64' = 180° ⇔
x + 95° 04' = 180° ⇔
16.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS x = 180° – 95° 04' ⇔
1) Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de x = 84° 56'
um triângulo, determine o maior número inteiro rascunho:
possível para ser medida do terceiro lado em 179° 60'
cm. – 95° 04'
84° 56'
Resolução:
Resp. : O ângulo do vértice é 84° 56'.

4) Determine x nas figuras:


a)

x < 6 + 8 ⇒ x < 14
6 < x + 8 ⇒ x > –2 ⇒ 2 < x < 14
8 < x + 6 ⇒ x > 2 b)
Assim, o maior numero inteiro possível para medir o

Matemática 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

17.4 – Quadriláteros
a) Trapé
zio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC

Resolução:
a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°
b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°

5) Determine x no triângulo: b) Paralelogramo:


Resolução: “Lados opostos paralelos dois a dois”.
AB // DC e AD // BC

) )
B ≅ C e portanto:
Sendo ∆ABC isósceles, vem:
) ) ) ) )
B ≅ C = 50° , pois A + B + C = 180° . Propriedades:
1) Lados opostos congruentes.
Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130° 2) Ângulos apostos congruentes.
3) Diagonais se encontram no ponto médio
17. POLIGONOS
O triângulo é um polígono com o menor número de c) Retângulo:
lados possível (n = 3), "Paralelogramo com um ângulo reto".
De um modo geral dizemos; polígono de n lados.

17.1 - Número de diagonais

Propriedades:
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais congruentes.

n ( n - 3) d) Losango:
d = "Paralelogramo com os quatro lados congruentes".
2

( n = número de lados )

De 1 vértice saem (n – 3) diagonais.

De n vértices saem n . (n – 3) diagonais; mas, cada


uma é considerada duas vezes.
n ( n - 3)
Logo ; d =
2
Propriedades:
17.2 - Soma dos ângulos internos 1) Todas as do paralelogramo.
Si = 180° ( n – 2 ) 2) Diagonais são perpendiculares.
3) Diagonais são bissetrizes internas.
17.3 - Soma dos ângulos externos e) Quadrado:
"Retângulo e losango ao mesmo tempo".
Se = 360°

Matemática 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
razão de semelhança
Exemplo: calcule x

Obs: um polígono é regular quando é equiângulo e


equilátero.
Resolução :
SEMELHANÇAS ∆ABC ~ ∆MNC ⇔
AB AC x 9
1. TEOREMA DE THALES = ⇒ = ∴x = 6
Um feixe de retas paralelas determina sobre um MN MC 4 6
feixe de retas concorrentes segmentos cor- 4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO
respondentes proporcionais. RETÂNGULO

Na figura:

AB EF MN
= = = ...
CD GH PQ
AC EG MP
= = = ... A é vértice do ângulo reto (Â = 90° )
BC FG NP ) )
B + C = 90°
etc...
m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a
2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dada a correspondência entre dois triângulos, n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a
dizemos que são semelhantes quando os ângulos H é o pé da altura AH = h.
correspondentes forem congruentes e os lados 4.1 – Relações
correspondentes proporcionais. AB HB
∆AHB ~ ∆CAB ⇔ ⇔ ⇔
a) CB AB
3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA
a) (AAL) Dois triângulos possuindo dois ângulos ⇔ AB 2 = CB ⋅ HB
correspondentes congruentes são ou (I)
semelhantes.
AC HC
b) (LAL) Dois triângulos, possuindo dois ∆AHC ~ ∆BAC ⇔ = ⇔
lados proporcionais e os ângulos entre BC AC
eles formados congruentes, são seme-
lhantes.
⇔ AC 2 = BC ⋅ HC 2
c =a.m
c) (LLL) Dois triângulos, possuindo os 2
ou b =a.n (II)
três lados proporcionais, são
semelhantes.
Cada cateto é média proporcional entre a
Representação: hipotenusa e a sua projeção sobre a mesma.
) )
 A ≅ A'
) ) AH HB
∆ABC ~ ∆A' B' C' ⇔ B ≅ B' e ∆AHB ~ ∆CHA ⇔ = ⇔
) ) b) CH HA
C ≅ C '
⇔ AH 2 = CH ⋅ HB

ou h2 = m . n (III)
AB BC AC
= = = k
A' B' B' C' A' C' A altura é média proporcional entre os seg-
mentos que determina sobre a hipotenusa

Matemática 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Consequências:

(I) + (II) vem:


c 2 + b 2 = am + an ⇔
⇔ c 2 + b 2 = a (m + n ) ⇔
o número δ é denominado Potência do ponto
2
a

⇔ c DE
4.2 - TEOREMA + bPITÁGORAS
=a 2 2 2 P em relação à circunferência.
δ 2= d2 − R 2
2 2 2
a +b =c 6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado:
Exemplo:
Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90° O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos.
e M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.

Resolução:

a) Teorema de Pitágoras:
BC 2 = AB2 + AC2 ⇒ BC2 = 52 + 2 2 ⇒ AB = lado do quadrado ( l 4)
OM = apótema do quadrado (a4)
⇒ BC = 29 ≅ 5,38 e MB =
29 OA = OB = R = raio do círculo
2 Relações:

AB BC • AB 2 = R 2 + R 2 ⇒
b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔ = ou AB
MB BI • OM = ⇒ l4
2 a4 =
2
5 29 29 •
= ⇔ BI = = 2,9 Área do quadrado:
S 4 = l 24
29 BI 10
AI = 2,1
2 b) Triângulo equilátero:

Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:

AI = 5 - 2,9 ⇒
5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO

AC = l 3 (lado do triângulo)
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo)

Relações:


2
AC = AH + HC
2 2
⇒ l3 3
h=
2
Nas figuras valem as seguintes relações: (altura em função do lado)
δ 2
=PA . PB=PM . PN
R = 2a
• AO = 2 OH ⇒
Matemática 98 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(o raio é o dobro do apótema)

l3 = R 3

• (lado em função do raio)

• Área:
l 23 3
S= l 2 = 4 2 + 32 ⇒ l = 5m
4
(área do triângulo equilátero em função do lado)
O perímetro é: P = 4 X 5 m = 20 m
c) Hexágono regular:
3) Calcule x na figura:

AB = l 6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo)
OM = a (apótema) Resolução:
PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10
Relações: ⇔
• ∆ OAB é equilátero ⇒ 4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔

• OM é altura ∆ OAB ⇒ ⇔ x=18


R 3
a=
• Área: 2 4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja
2
área é 9 3 m :
2
S = 6 ⋅ S ∆ABC ⇒ S=
3R 3 Resolução:
2 l2 3 l2 3
S= ⇒9 3= ∴ l = 6m
7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 4 4
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm l 3 6 3
e 12 cm. Calcule as suas projeções sobre a h= ⇒h= ∴ h=3 3 m
hipotenusa. 2 2
Resolução: A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3

TEOREMA DE PITÁGORAS
Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo
que possui um ângulo interno reto. ( = 90º)
2
a) Pitágoras: a = b + c
2 2

⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm
2
b) C = a . m ⇒ 92 = 15 . m ⇒ m = 5,4
cm
2
c) b = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒ n = 9,6
cm
2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m.
Calcule o seu perímetro: Obs: Num triângulo retângulo o lado oposto ao ân-
Resolução: gulo reto é chamado hipotenusa e os lados adjacentes
ao ângulo reto são chamados catetos.

Matemática 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Teorema de Pitágoras • AB é o cateto adjacente ao ângulo B.
Enunciado: Num triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
das medidas dos catetos.

Exemplo:

Tomando como referência o ângulo C, dizemos que:


Exemplo numérico: • AC o cateto adjacente ao ângulo C;
• AB é o cateto oposto ao ângulo C.

Razões trigonomé tricas


Num triângulo retângulo, chama-se seno de um ân-
gulo agudo o número que expressa a razão entre a
Exercícios: medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 8 cm hipotenusa.
e 6 cm; a hipotenusa mede:

a) 5 cm
b) 14 cm
c) 100 cm
d) 10 cm

O seno de um ângulo o indica-se por sen α.


2) Num triângulo retângulo os catetos medem 5 cm
e 12 cm. A hipotenusa mede: medida do cateto oposto a B b
sen B = ⇒ sen B =
a) 13cm b) 17 cm c) 169 cm d) 7 cm medida da hipotenusa a
3) O valor de x na figura abaixo é:
medida do cateto oposto a C c
sen C = ⇒ sen C =
medida da hipotenusa a

Num triângulo retângulo, chama-se cos-


seno de um ângulo agudo o número que
expressa a razão entre a medida do cateto
adjacente ao ângulo e a medida da hipote-
Respostas: 1) d 2) a 3) x = 3 nusa.
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGU-
O cosseno de um ângulo a indica-se por cos α.
LO RETÂNGULO
Vamos observar o triângulo retângulo ABC (reto em
medida do cateto adjacente a B c
A). cos B = ⇒ cos B =
medida da hipotenusa a

medida do cateto adjacente a C b


cos C = ⇒ cos C =
medida da hipotenusa a

Num triângulo retângulo chama-se tangente de um


ângulo agudo o número que expressa a razão entre a
medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacen-
te a esse ângulo.
Nos estudos que faremos nesta unidade, se faz ne-
cessário diferenciar os dois catetos do triângulo. Usa- A tangente de um ângulo a indica-se por tg α
mos para isso a figura que acabamos de ver. cateto oposto a C c
tg C = ⇒ tg C = .
cateto adjacente a C b
Tomando como referência o ângulo E. dizemos que:
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NUM TRIÂN-
• AC é o cateto oposto de B: GULO QUALQUER

Matemática 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

No triângulo da figura destacamos:


• h1 : medida de altura relativa ao lado BC:
• h2 : medida da altura relativa ao lado AB,

no ∆ retângulo ABH1 ( H1 é reto):


h1
sen B = ⇒ h1 = c ⋅ sen B Resolução:
c
Pela lei dos senos:
8 x 8 x
= ⇒ =
sen 45° sen 60° 2 3
2 2

8 3 x 2 8 3 2
⇒ = ⇒x= .
2 2 2 2
8 6
⇒ `x = ⇒ x=4 6
2
No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto):
h1 LEI DOS COSENOS
sen C = ⇒ h1 = b ⋅ sen C 1. No triângulo acutângulo ABC,
2
temos b = a +
2

b 2
c - 2am

Comparando 1 e 2. temos:
c b
c . sen B = b . sen C ⇒ =
sen C sen B

No ∆ retângulo BCH2 ( H é reto):


h
sen B = 2 ⇒ h2 = a . sen B
a

No ∆ retângulo ACH2 (H é reto):


m
h No triângulo retângulo ABH. temos: cos B = ⇒
sen A = 2 ⇒ h2 = b . sen A c
b
m = C . cos b
Comparando 4 e 5, temos: 2 2 2
Substituindo 2 em 1: b = a + c - 2ac . cos B
a b
a . sen B = b . sen A ⇒ =
sen A sen B A expressão foi mostrada para um triângulo acutân-
gulo. Vejamos, agora, como ela é válida, também. para
Comparando 3 e 5. temos: os triângulos obtusângulos:
a b c
= = 2
No triângulo obtusângulo ABC, temos: b = a + c
2 2
sen A sen B sen C
+ 2am
Observação: A expressão encontrada foi desen-
volvida a partir de um triângulo acutângulo. No entanto,
chegaríamos à mesma expressão se tivéssemos parti-
do de qualquer triângulo. Daí temos a lei dos senos:
a b c
= =
sen A sen B sen C

º
No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180 – B)
m
=
c
º
Como cos (180 – B) = – cos B, por uma propriedade
Exemplo: No triângulo da figura calcular a medida x: não provada aqui, temos que:
m
– cos B = ⇒ m = – c . cos B
c

Matemática 101 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Substituindo 2 em 1, temos: 5) Calcule  e Ĉ num triângulo ABC onde b = 1, c
2 2 2
b = a + c + 2 . a .( –c . cos B ) º
= 3 +1 e B̂ = 15 .
2 2 2
b = a + c – 2 a c . cos B
6) Calcule a num triângulo ABC, onde b = 4 cm, c =
Dai a lei dos cosenos: º
3 cm e  = 30 .

7) Calcule as diagonais de um paralelogramo cujos


lados medem 6cm e 2 cm e formam um ângulo de
º
45 .

8) Calcule a área de um triângulo ABC, sabendo


2 2 2
que o lado AB mede 2cm, o lado BC mede 5cm e que
a = b + c – 2 b . c . cos A º
esses lados formam entre si um ângulo de 30 .
2 2 2
b = a + c – 2 a . c . cos B
2 2 2
c = a + b – 2 a . b . cos C 9) Calcule a medida da diagonal maior do losango
da figura abaixo:
Exemplo:
No triângulo abaixo calcular a medida de b

Resolução: Aplicando ao triângulo dado a lei dos


cosenos: Respostas
2 2 2 º
b = 10 + 6 – 2 . 10 . 6 . cos 60 1) b = 2 2 cm, c = 6 + 2 cm
2 1 º º
b = 100 + 36 – 120 . 2) Â = 30 ; Ĉ = 45
2
2
b = 76 ⇒ b = 76 ⇒ b = 2 19 3) ( 2 3 + 6 – 2 ) cm
4) x = 100 2 cm
Exercícios º
5) Ĉ = 45 ; Â = 120
º
Resolva os seguintes problemas:
6) a = 7 cm
º
1) Num triângulo ABC, calcule b e c, sendo  = 30 , 7) d1 = 26 ; d2 = 50
º 2
B̂ = 45 e a = 2cm 8) 2,5 cm
9) 108 cm
2) Num triângulo ABC, calcule  e Ĉ , sendo B̂ =
º 2 6− 2 ÁREA DAS FIGURAS PLANAS
105 , b = cm e c = cm.
2 2
RETÂNGULO
3) Calcule o perímetro do triângulo abaixo:
A=b.h

A = área b = base h = altura

Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 1

4) Calcule x na figura:

Qual a área de um retângulo cuja altura é 2 cm e


seu perímetro 12 cm?

Matemática 102 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Solução: A = b. h
Área do triângulo:
h = 2 cm
2 +b+2+b = 12 b ⋅ h
A =
2b+4 = 12 2
2b = 12 - 4
2b =8 Exemplo 4:
b = 8 ÷ 2=4 A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a
b =4cm metade da altura. Calcular sua área.
A=4 .2 b ⋅ h
2 Solução: A =
A = 8 cm 2
h = 8cm
QUADRADO h 8
b = = = 4 cm
2 2
PERÍMETRO: L + L + L + L = 4L
Área do quadrado: 8⋅4
A=
2
A = l ⋅ l = l2
2
A = 16 m

TRAPÉZIO

Perímetro: B + b + a soma dos dois lados.


Área do trapézio:
B = base maior
b = base menor
h = altura
Exemplo 5:
Exemplo 2 Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm,
Qual a área do quadrado de 5 cm de lado? base menor de 4 cm. e altura de 3 cm.
Solução:
Solução: A = l2 (B + b ) ⋅ h
l = 5 cm A=
2 2
A=5 B = 6 cm; b = 4 cm; h = 3 cm
2
A = 25 cm
A =
( 6 + 4) ⋅ 3
2
PARALELOGRAMO 2
A = 15 cm
A = área do paralelogramo:
LOSANGO
A=B.H
Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 3
A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução: A = b .h
h = 4cm
b =2.h
b = 2 . 4 = 8cm
2
A =8.4 A = 32 m

D= diagonal maior
TRIÂNGULO
d = diagonal menor
Perímetro: é a soma dos três lados.
Perímetro = é a soma dos quatro lados.
Área do losango:

D ⋅ d
A =
2

Exemplo 6:
Calcular a área do losango de diagonais 6 cm

Matemática 103 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e 5 cm. 2
D ⋅ d AT = 6 . a (área total)
Solução: A =
2
6 ⋅ 5 V=a
3
(volume)
A =
2
2 a = aresta
A = 15 cm

CIRCULO

Área do círculo:

A = π R2

A = área do círculo
R = raio
π = 3,14
Para o cálculo das diagonais teremos:
Exemplo 7
O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua (diagonal de uma face)
d=a 2
área.
A = π R2 (diagonal do cubo)
2 D=a 3
A = 3,14 . 3
A = 3,14 . 9
2 1.2 - Paralelepípedo reto retângulo
A = 28,26 cm

Geometria no Espaço
1. PRISMAS

São sólidos que possuem duas faces apostas


paralelas e congruentes denominadas bases.
dimensões a, b, c
a l = arestas laterais AT = 2 ( ab + ac + bc ) (área total)

h = altura (distância entre as bases)

V = abc
(volume)

(diagonal)
D = a2 + b2 + c 2

2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora
do plano dessa base.

Cálculos:
A b = área do polígono da base.
A l = soma das áreas laterais.

A T = A l + 2A b (área total).
Para a pirâmide temos:
V = Ab . h A b = área da base
(volume)
A l = álea dos triângulos faces laterais
1.1 – Cubo

O cubo é um prisma onde todas as faces são (área total) AT = Al + Ab


quadradas.

Matemática 104 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

1 (volume)
V= Ab ⋅ h 3.1 - Cilindro equilátero
3
Quando a secção meridiana do cilindro for
quadrada, este será equilátero.
2.1 - Tetraedro regular
É a pirâmide onde todas as faces são triângulos
equiláteros.

Logo:

A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
Tetraedro de aresta a : V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3

a 6
h= ( altura ) 4. CONE CIRCULAR RETO
3
g é geratriz.
AT = a 2
3 (área total)
∆ ABC é secção meridiana.

a3 2 ( volume )
V=
12

3. CILINDRO CIRCULAR RETO


As bases são paralelas e circulares; possui uma
superfície lateral.

2 2 2
g =h +R
A l = πRg (área lateral)
A b = πR 2
(área da base)

AT = Al + Ab (área total)
A b = πR 2 ( área da base) 1
v= ⋅ Ab ⋅ h (volume)
3
A l = 2πR ⋅ h
( área lateral )
4.1 - Cone equilátero

A T = 2A b + A l ( área total ) Se o ∆ ABC for equilátero, o cone será deno-


minado equilátero.

V = Ab ⋅h ( volume )

Matemática 105 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
complemento é:
a) 60° b) 20º c) 35º d) 40º e) 50°

3) O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12” b) 143°47'32"
c) 143°57'42" d) 134°03'03"
e) n.d.a.

4) número de diagonais de um polígono convexo de


7 lados é:
a) 6 b) 8 c) 14 d) 11 e) 7

5) O polígono que tem o número de lados igual ao


número de diagonais é o:
a) quadrado b) pentágono
c) hexágono d) de15 lados
e) não existe
h=R 3 (altura) 6) O número de diagonais de um polígono convexo é
A b = πR 2 (base) o dobro do número de vértices do mesmo. Então o
número de lados desse polígono é:
A l = πR ⋅ 2R = 2πR (área lateral)
2
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7

A T = 3πR 2 (área total) 7) A soma dos ângulos internos de um pentágono é


igual a:
1
V = πR 3 3 (volume) a) 180° b) 90° c) 360°
d) 540° e) 720°
3
8) Um polígono regular tem 8 lados; a medida de um
5. ESFERA dos seus ângulos internos é:
a) 135° b) 45° c) 20°
d) 90° e) 120°

9) O encontro das bissetrizes internas de um


triângulo é o:
a) bicentro
Perímetro do círculo maior: 2 π R b) baricentro
c) incentro
Área da superfície: 4 π R
2
d) metacentro
e) n.d.a.
4
Volume: πR 3 10) As medianas de um triângulo se cruzam num
3 ponto, dividindo-se em dois segmentos tais que
um deles é:
a) o triplo do outro
Área da secção meridiana: π R2. b) a metade do outro
c) um quinto do outro
2
d) os do outro
3
e) n.d.a.

11) Entre os.critérios abaixo, aquele que não garante a


congruência de triângulos é:
a) LLL b) ALA c) LAAO d) AAA
e) LAL

12) O menor valor inteiro para o terceiro lado de um


triângulo, cujos outros dois medem 6 e 9, será:
a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1

13) Num paralelogramo de perímetro 32cm e um dos


EXERCICIOS PROPOSTOS 1 lados10cm, a medida para um dos outros lados é:
a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm
1) Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de d) 22 cm e) 5 cm
60° são:
a) 30° b) 70º c) 60º d) 90º e) 100º RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) d 6) e 11) d
2) A medida de um ângulo igual ao dobro do seu 2) a 7) d 12) a
Matemática 106 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) b 8) a 13) a
4) c 9) c 9) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo mede
5) b 10) b 14,4 dm e a projeção de um dos catetos sobre a
mesma 10,8 dm. O perímetro do triângulo é:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2 a) 15 dm b) 32 dm c) 60 dm
d) 72 dm e) 81 dm

10) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo


retângulo de catetos 5 cm e 12 cm, mede:
a) 4,61cm b) 3,12 cm c) 8,1 cm
d) 13,2 cm e) 4 cm

11) Duas cordas se cruzam num círculo. Os segmentos


de uma delas medem 3 cm e 6 cm; um dos
segmentos da outra mede 2 cm. Então o outro
segmento medirá:
1) Na figura a) 7 cm b) 9 cm c) 10 cm
AB = 4 cm BC = 6 cm MN = 8 cm d) 11 cm e) 5 cm
Então, NP vale:
a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
e) 9 cm 1) c 5) e 9) d
2) b 6) c 10) a
2) Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não 3) d 7) a 11) b
paralelos do trapézio ABCD, construímos o ∆ ABE. 4) e 8) b
Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cm. O valor de
BE é: MATRIZES
a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm
Conceito
3) O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D
pertencente ao lado AB, distante 5 cm de A, constrói- Matrizes formam um importante conceito matemáti-
se paralela ao lado BC que encontra o lado AC em E co, de especial uso n transformações lineares.
a 8 cm de A. A medida de AC é: Não é o propósito de o estudo de sta página a
a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm teoria dessas transformações, mas apenas al-
d) 25,6 cm e) 14 cm guns fundamentos e operações básicas com ma-
trizes que as representam.
4) A paralela a um dos lados de um triângulo divide os
outros dois na razão 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as Uma matriz Am×n pode ser entendida como um conjunto
medidas desses dois lados. O maior dos segmentos de m×n (m multiplicado por n) números ou variáveis dispostos
determinado pela paralela mede: em m linhas e n colunas e destacados por colchetes confor-
a) 9cm b) 12cm c) 18 cm me abaixo:
d) 25 cm e) 24 cm

5) Num trapézio os lados não paralelos prolongados a11 a12 ... a1n 
determinam um triângulo de lados 24 dm e 36 dm. O  
menor dos lados não paralelos do trapézio mede 10 a 21 a 22 ... a 2n 
dm. O outro lado do trapézio mede: A mxn = 
a) 6 dm b) 9 dm c) 10 dm  
d) 13 dm e) 15 dm . 
.a a ...a 
6) Num triângulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm.  m1 m2 mn 
O lado correspondente ao menor deles, num segundo
triângulo semelhante ao primeiro, mede 16cm. O Portanto, para a matriz da Figura 02, de 2 linhas e 3
perímetro deste último triângulo é: colunas,
a) 60 cm b) 62 cm c) 66 cm
d) 70 cm e) 80 cm a11 = 4 a12 = 0 a13 = 9

7) Dois triângulos semelhantes possuem os seguintes a21 = 1 a22 = 7 a23 = 3


perímetros: 36 cm e 108 cm. Sendo 12 cm a medida
de um dos lados do primeiro, a medida do lado
4 0 9 
correspondente do segundo será: A 2x3 =  
a) 36 cm b) 48 cm c) 27 cm 1 7 3 
d) 11 cm e) 25 cm
Rigorosamente, uma matriz Am×n é definida como
12 uma função cujo domínio é o conjunto de todos
8) A base e a altura de um retângulo estão na razão
5 os pares de números inteiros (i, j) tais que 1 ≤ i ≤
. Se a diagonal mede 26cm, a base medida será: m e 1 ≤ j ≤ n. E os valores que a função pode as-
a) 12 cm b) 24 cm c) 16 cm sumir são dados pelos elementos aij.
d) 8 cm e) 5 cm

Matemática 107 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Matriz unitária In (ou matriz identidade) é uma matriz
quadrada n×n tal que
Essa operação só pode ser feita com matrizes de mesmo
número de linhas e mesmo número de colunas. Iij = 1 se i = j e Iij = 0 se i ≠ j.

Sejam duas matrizes Am×n e Bm×n. Então a matriz R = A Exemplo:


± B é uma matriz m×n tal que cada elemento de R é dado
por:
1 0 0 
rij = aij ± bij . I 3 = 0 1 0 
0 0 1 
Exemplo:

Uma matriz quadrada An×n é dita matriz diagonal se


4 0 8 2 4 1  6 4 9
1 3 3  + 2 5 4 = 3 8 7 
      aij = 0 para i ≠ j

MULTIPLICAÇÃO POR UM ESCALAR Exemplo:

NESSA OPERAÇÃO, TODOS OS ELEMENTOS DA MATRIZ - 3 0 0


= 0 5 0 
SÃO MULTIPLICADOS PELO ESCALAR. SE AM×N É UMA
MATRIZ QUALQUER E C É UM ESCALAR QUALQUER, A 3x3
0 0 8 
P = c A é uma matriz m×n tal que

pij = c aij A matriz unitária é, portanto, uma matriz diagonal com os


elementos não nulos iguais a 1.

Uma matriz quadrada An×n é dita matriz simé


trica se

Exemplo: aij=aji

4 0 2 8 0 4 Exemplo:
2x  = 
1 3 3  2 6 6 3 7 9
ALGUMAS PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES DE A 3x3 = 7 4 6 
ADIÇÃO E DE MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR
9 6 2 
Sejam as matrizes A e B, ambas m×n, e os escalares a e
b. Multiplicação de matrizes

• a (bA) = ab (A) Sejam Am×p e Bp×n, isto é, duas matrizes tais que o núme-
ro de colunas da primeira (p) é igual ao número de linhas da
• a (A + B) = aA + aB segunda (p).

• se aA = aB, então A = B
O produto C = AB é uma matriz m×n (Cm×n) tal que
Matrizes nulas, quadradas, unitárias, diagonais e si-
métricas cij = ∑k=1,p aik bkj

Uma matriz m×n é dita matriz nula se todos os elementos


são iguais a zero. Geralmente simbolizada por Om×n. 1 2
 4 0 5   9 8 
A=  B = 2 5 C = AB =  
Assim, Oij = 0   6 7 
1 1 3  1 0
0 0 0 
Exemplo: O 3x2 =   No exemplo acima,os cálculos são:
0 0 0 
c11 = 4.1 + 0.2 + 5.1 = 9
Matriz quadrada é a matriz cujo número de linhas é igual
ao de colunas. Portanto, se Am×n é quadrada, m = n. Pode- c12 = 4.2 + 0.5 + 5.0 = 8
se então dizer que A é uma matriz m×m ou n×n.
c21 = 1.1 + 1.2 + 3.1 = 6

Matemática 108 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c22 = 1.2 + 1.5 + 3.0 = 7 Transposição de matrizes

Na linguagem prática, pode-se dizer que se toma a pri-


meira linha de A e se multiplica pela primeira coluna de B (a Seja uma matriz Am×n. A matriz transposta de A, usual-
soma é a primeira linha e primeira coluna da matriz do produ- mente simbolizada por AT, é uma matriz n×m tal que
to). Depois, a primeira linha de A pela segunda coluna de B.
Depois, a segunda linha de A pela primeira coluna de B e
assim sucessivamente. aTij = aji para 1 ≤ i ≤ n e 1 ≤ j ≤ m

Ordem dos fatores Na prática, as linhas de uma são as colunas da outra. E-


xemplo:
Notar que, segundo a definição anterior de produto, só é
possível calcular AB e BA se A e B são matrizes quadradas. T
1 4 
2 5  1 2 3 
1 1  2 2 3 3  = 4 5 6 
A=  B=  AB =      
1 2  1 1  4 4  3 6

Entretanto, na multiplicação de matrizes, a ordem dos fa- Algumas propriedades da transposição de matri-
tores não é indiferente. Em geral, AB ≠ BA. Veja exemplo: zes

(AT)T = A
 2 2 1 1 4 8 
B=  A=  BA =  
1 1  1 2  2 3  (A + B)T = AT + BT

Isso significa que nem sempre ocorre a propriedade co-


(kA)T = k AT
mutativa. Se AB = BA, as matrizes A e B são denominadas
comutativas.
(AB)T = BT AT
Algumas propriedades do produto de matrizes
Se A = AT, então A é simétrica
Sejam as matrizes A, B e C.

1) Se os produtos A (BC) e (AB) C são possíveis de cálculo, det(AT) = det(A)


então
Matriz inversa
A (BC) = (AB) C
Seja A uma matriz quadrada. A matriz inversa de A, usu-
−1
almente simbolizada por A , é uma matriz também quadrada
2) Se os produtos AC e BC são possíveis, então tal que

(A + B) C = AC + BC A A− 1 = A− 1 A = I

3) Se os produtos CA e CB são possíveis, então Ou seja, o produto de ambas é a matriz unitária (ou matriz
identidade).
C (A + B) = CA + CB
Nem toda matriz quadrada admite uma matriz inversa. Se
4) Se Ip é a matriz unitária p×p conforme visto em página a matriz não possui inversa, ela é dita matriz singular. Se a
anterior, então valem as relações: inversa é possível, ela é uma matriz não singular.

Ip Ap×n = Ap×n Algumas propriedades das matrizes inversas


Bm×p Ip = Bm×p
Potê
ncias de matrizes (A− 1)− 1 = A

Seja A uma matriz quadrada e n um inteiro n≥1. As rela- (AB)− 1 = B− 1 A− 1


ções básicas de potências são:

0 (AT)− 1 = (A− 1)T


A =I

n n−1
A =AA

Matemática 109 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Matriz ortogonal éuma matriz quadrada cuja transposta é
igual á sua inversa. Portanto,
1 0 0 1 -1 0
0 1 1 - 1 2 0 

A AT = AT A = I 0 0 - 1 1 - 4 1 
Determinando a matriz inversa
Essa operação formou a segunda coluna da matriz identi-
Neste tópico são dados os passos para a determinação dade.
da matriz inversa pelo método de Gauss-Jordan.
3ª linha = 3ª linha multiplicada por −1.
Seja a matriz da abaixo, cuja inversa se deseja saber.
Multiplicação executada para fazer 1 no elemento 33 da
matriz esquerda.
2 1 1
1 1 
 1 1 0 0 1 -1 0
2 3 2  0 1 1 - 1 2 0 

0 0 1 - 1 4 - 1
O primeiro passo é acrescentar uma matriz unitária no la-
do direito conforme abaixo:
2ª linha = 2ª linha + 3ª linha multiplicada por −1.

2 1 1 1 0 0 Essa operação forma a terceira e última coluna da dese-


1 1 1 0 1 0  jada matriz identidade no lado esquerdo.

2 3 2 0 0 1  1 0 0 1 -1 0
0 1 0 0 - 2 1 
O objetivo é somar ou subtrair linhas multiplicadas por es- 
calares de forma a obter a matriz unitária no lado esquerdo. 0 0 1 - 1 4 - 1 
Notar que esses escalares não são elementos da matriz.
Devem ser escolhidos de acordo com o resultado desejado.
E a matriz inversa é a parte da direita.
1ª linha = 1ª linha + 2ª linha multiplicada por −1.
 1 - 1 0
Com essa operação, consegue-se 1 no elemento 11 (pri-
meira linha, primeira columa) da matriz esquerda.
 0 - 2 1
 
- 1 4 - 1 
1 0 0 1 -1 0 
1 1 1 0 1 0  É claro que há outros métodos para a finalidade. Para ma-
 trizes 2x2, uma fórmula rápida é dada na Figura 08A (det =
2 3 2 0 0 1  determinante.

Os elementos 12 e 13 tornaram-se nulos, mas é apenas a b 


uma coincidência. Em geral isso não ocorre logo na primeira Se A= ,
operação. c d 
2ª linha = 2ª linha + 1ª linha multiplicada por −1.
−1
 d -b 
3ª linha = 3ª linha + 1ª linha multiplicada por −2.
então A = ( 1 / det(A) ) = - c a 
 
1 0 0 1 - 1 0  Obs: o método de Gauss-Jordan pode ser usado também
0 1 1 - 1 2 0  para resolver um sistema de equações lineares. Nesse
  caso, a matriz inicial (Figura 01) é a matriz dos coeficientes e
0 3 2 - 2 2 1  a matriz a acrescentar é a matriz dos termos independentes.

Seja o sistema de equações:

2x − 5y + 4z = −3
Com as operações acima, os elementos 21 e 22 torna-
ram-se nulos, formando a primeira coluna da matriz unitária. x − 2y + z = 5

3ª linha = 3ª linha + 2ª linha multiplicada por −3. x − 4y + 6z = 10

Monta-se a matriz conforme abaixo:

Matemática 110 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 - 5 4 -3  a a 
1 - 2  Dada a matriz M =  11 12  ,

1 5
  a 21 a 22 
1 - 4 6 10 
de ordem 2, por definição o determinante associado a
Usando procedimento similar ao anterior, obtém-se a ma- M , determinante de 2ª ordem, é dado por:
triz unitária:
a11 a12
1 0 0 124  = a11 a 22 − a12 a 21
a21 a22
0 1 0 75 
 
0 0 1 31 
DETERMINANTE DE 3ª ORDEM

Para o cálculo de determinantes de ordem 3 podemos uti-


E a solução do sistema é: lizar uma regra prática, conhecida como Regra de Sarrus,
que só se aplica a determinantes de ordem 3. A seguir, expli-
x = 124 y = 75 z = 31. caremos detalhadamente como utilizar a Regra de Sarrus
para calcular o determinante

a11 a12 a13 a11 a12


Fonte: http://www.mspc.eng.br
D = a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
DETERMINANTES a 31 a32 a 33 a 31 a 32
Determinante é um número que se associa a uma matriz
1º passo:
quadrada. De modo geral, um determinante é indicado es-
crevendo-se os elementos da matriz entre barras ou antece-
Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira:
dendo a matriz pelo símbolo det .

Assim, se a11 a12 a13 a11 a12


a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
a b
A=  , o determinante de A é indicado por: a 31 a 32 a 33 a 31 a 32
c d 
2ª passo:
a b a b
detA = det  = Devemos encontrar a soma do produto dos elementos da
c d c d diagonal principal com os dois produtos obtidos pela multipli-
O cálculo de um determinante é efetuado através de regras cação dos elementos das paralelas a essa diagonal:
específicas que estudaremos mais adiante. É importante
ressaltarmos alguns pontos:

Somente às matrizes quadradas é que associamos de-


terminantes.

O determinante não representa o valor de uma matriz.


Lembre-se, matriz é uma tabela, e não há significado falar em
valor de uma tabela. multiplicar e somar

DETERMINANTE DE 1 ª ORDEM 3º passo:

Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M = [a11 ] , o Encontramos a soma do produto dos elementos da diago-
nal secundária com os dois produtos obtidos pela multiplica-
seu determinante é o número real a11 : ção dos elementos das paralelas a essa diagonal:

detM = [a11 ] = a11

Exemplo

M = [5] ⇒ detM = 5 ou | 5 |= 5

Determinante de 2ª Ordem multiplicar e somar

Matemática 111 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Assim, subtraindo o segundo produto do primeiro, pode-
mos escrever o determinante como:
 a11 a12 a13 
Considerando M =  a 21 a 22 a 23 

D = (a11 a 22 a 33 + a12 a 23 a 31 + a13 a 21 a 32 )  a 31 a32 a 33 
- (a13 a 22 a 31 + a11 a 23 a 32 + a12 a 21 a 33 )
calcularemos o cofator A23 . Temos que i = 2 e j = 3 ,
MENOR COMPLEMENTAR
A23 = (− 1)
2+ 3
logo: ⋅ MC 23 .
Chamamos de menor complementar relativo a um ele-
mento ai j de uma matriz M quadrada de ordem n > 1, o Devemos calcular MC 23 .
determinante MC i j , de ordem n −1, associado à matriz
obtida de M quando suprimimos a linha e a coluna que
passam por ai j . Por exemplo, dada a matriz:

A23 = (− 1) ⋅ (a11 a32 − a12 a31 )


2+3
a a  Assim
M =  11 12 
 a 21 a 22 
TEOREMA DE LAPLACE
de ordem 2, para determinar o menor complementar rela-
a11 (MC11 ) , eliminamos a linha 1 e a colu-
O determinante de uma matriz quadrada
tivo ao elemento
na 2:
M = a ij[ ]mXn (m ≥ 2) pode ser obtido pela soma dos produtos
dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da ma-
triz M pelos respectivos cofatores.

Desta forma, fixando j ∈ N , tal que 1 ≤ j ≤ m , temos:

det M = ∑i =1 aij Aij


m
De modo análogo, para obtermos o menor complementar
relativo ao elemento a13 , eliminamos a linha 1 e a coluna 2:
m
em que ∑ i=1 é o somatório de todos os termos de ín-
dice i , variando de 1 até m , m ∈ N .

Exemplo:
Para um determinante de ordem 3, o processo de obten-
ção do menor complementar é o mesmo utilizado anterior- Calcule o determinante a seguir utilizando o Teorema de
mente, por exemplo, sendo Laplace:

2 3 -4
 a11 a12 a13 
D = -2 1 2
M =  a 21 a 22 a 23 
 0 5 6
 a 31 a32 a 33 
Aplicando o Teorema de Laplace na coluna 1, temos:
de ordem 3, temos:
1 2 3 -4 3 -4
D = 2 (− 1)1+1 + (− 2 )(− 1)2 +1 + 0(− 1)3+1
5 6 5 6 1 2

D = 2 (+1)(−4) + (−2)(−1)38 + 0 = -8 + 76 = 68
Cofator

Observação
Chama-se de cofator de um elemento ai j de uma matriz
quadrada o número A i j tal que Se calcularmos o determinante utilizando a Regra de Sar-
rus, obteremos o mesmo número real.

Ai j = (− 1)
i+ j
⋅ MC i j PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES

Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) são


Exemplo nulos, o determinante dessa matriz é nulo.

Matemática 112 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Se duas filas de uma matriz são iguais, então seu determi- 2x + y = 20
nante é nulo. 
3x - y = 10
Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, é um sistema de duas equações nas incógnitas x e
então seu determinante é nulo. y. É possivel resolver esse sistema, ou seja, é possivel
descobrir quais são os valores de x e y que satisfazem
Se os elementos de uma matriz são combinações lineares às duas equações simultaneamente.
dos elementos correspondentes de filas paralelas, então Você pode verificar que x = 6 e y = 8 é a solução do
seu determinante é nulo. nosso sistema, substituindo esses valores nas duas
equações, temos:
Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz não se
altera quando somamos aos elementos de uma fila, uma
2 · 6 + 8 = 20

combinação linear dos elementos correspondentes de fi- 3 · 6 - 8 = 10
las paralelas. Vamos aprender a resolver sistemas de duas equa-
ções com duas incógnitas.
O determinante de uma matriz e o de sua transposta são Mas, antes, vamos perceber que, para serem resol-
iguais.
vidos, muitos problemas dependem dos sistemas.
Sistemas aparecem em problemas
Multiplicando-se por um número real todos os elementos de
uma fila em uma matriz, o determinante dessa matriz fica Para que você perceba que os sistemas aparecem
multiplicado por esse número. em problemas simples, imagine a situação a seguir.
Pedro e Paulo conversam despreocupadamente
Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o de- quando chega José, um amigo comum, que está para
terminante de uma matriz muda de sinal. se aposentar. José fala sobre as idades das pessoas
que se aposentam e percebe que os dois amigos ain-
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da dam estão longe da aposentadoria. Então, ele pergun-
diagonal principal são todos nulos, o determinante é igual ta:
ao produto dos elementos dessa diagonal. - Que idade vocês têm?
Pedro, o mais velho, percebendo um pequeno erro
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da na pergunta, responde:
diagonal secundária são todos nulos, o determinante é - Nós temos 72 anos.
igual ao produto dos elementos dessa diagonal multipli- A conversa, então, segue assim:
( )
cados por (− 1)
n n −1 José- Como? Você está brincando comigo. Esse aí
.
2 não passa de um garoto e você certamente não chegou
aos 50.
Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n , Pedro - Da maneira que você perguntou, eu res-
det ( AB ) = detA ⋅ detB . Como A ⋅ A −1 = I , pondi. Nós, eu e Paulo, temos juntos 72 anos.
José- Está bem, eu errei. Eu devia ter perguntado
det A -1 = 1/det A . que idades vocês têm. Mas, pela sua resposta, eu não
consigo saber as idades de cada um.
Se k ∈ R , então det (k ⋅ A) = k n ⋅ det A . Pedro - É claro que não. Você tem duas coisas
desconhecidas e apenas uma informação sobre elas. É
preciso que eu lhe diga mais alguma coisa e, aí sim,
você determina nossas idades.
Fonte: http://www.mundofisico.joinville.udesc.br José- Diga.
Pedro - Vou lhe dizer o seguinte. A minha idade é o
dobro da de Paulo. Agora, José, você tem duas coisas
SISTEMAS LINEARES desconhecidas, mas tem também duas informações
sobre elas. Com a ajuda da matemática, você poderá
Resolvendo sistemas saber nossas idades.
Introdução Vamos pensar um pouco na situação apresentada.
Nas equações de 1º grau, cada equação tem uma José tem duas coisas a descobrir: a idade de Pedro e a
incógnita, em geral representada pela letra x. idade de Paulo. Essas são suas incógnitas.
Qualquer equação com duas incógnitas (x e y) não Podemos então dar nomes a essas incógnitas:
pode ser resolvida porque, para cada valor de x, pode- idade de Pedro = x
mos calcular um valor diferente para y. Por exemplo, na idade de Paulo = y
equação 2x + y = 20, se fizermos x = 3 e x = 6 então A primeira informação que temos é que os dois jun-
teremos, respectivamente: tos possuem 72 anos.
2 · 3 + y = 20 → y = 20 - 6 = 14 Então, nossa primeira equação é:
2 · 6 + y = 20 → y = 20 - 12 = 8 x + y = 72
e assim por diante. Vemos então que, para saber os A outra informação que temos é que a idade de Pe-
valores corretos de x e y precisamos de uma outra dro é o dobro da idade de
informação a respeito das nossas incógnitas. Paulo. Com isso, podemos escrever a nossa
Se conseguimos obter duas equações a respeito segunda equação:
das mesmas incógnitas, temos um sistema. x = 2y
Por exemplo: Essas duas equações formam o nosso sistema:

Matemática 113 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x + y = 72 encontrados estarão certos se eles transformarem as
 duas equações em igualdades verdadeiras.
x = 2y
3x + 2y = 22
Esse sistema, por simplicidade, pode ser resolvido  x = 4, y = 5
sem necessidade de nenhuma técnica especial. Se a 4x - 0y = 11
segunda equação nos diz que x é igual a 2y, então 3 · 4 + 2 · 5 = 22 → certo
substituiremos a letra x da primeira equação por 2y. 4 · 4 - 5 = 11 → certo
Veja. Tudo confere. Os valores encontrados estão corre-
x+y = 72 tos.
2y+y = 72 Outra coisa que desejamos esclarecer é que isola-
3y = 72 mos a incógnita y na segunda equação porque isso nos
3y 72 pareceu mais simples.
=
3 3 No método da substituição, você pode isolar
y = 24 qualquer uma das duas incógnitas em qual-
Como x = 2y, então x = 2 · 24 = 48. Assim, conclui- quer das equações e, depois, substituir a
mos que Pedro tem 48 anos e que Paulo tem 24. expressão encontrada na outra equação.
Nem sempre os sistemas são tão simples assim. O método da adição
Nesta aula, vamos aprender dois métodos que você Para compreender o método da adição, vamos re-
pode usar na solução dos sistemas. cordar inicialmente o que significa somar duas igualda-
O mé todo da substituição des membro a membro. Se temos:
O sistema do problema que vimos foi resolvido pelo A=B
método da substituição. e
Vamos nos deter um pouco mais no estudo desse C=D
método prestando atenção na técnica de resolução. podemos somar os dois lados esquerdos e os dois
Agora, vamos apresentar um sistema já pronto, sem lados direitos, para concluir:
a preocupação de saber de onde ele veio. Vamos, en- A+C=B+D
tão, resolver o sistema: Considere agora o seguinte problema.
3x + 2y = 22 “Encontrar 2 números, sabendo que sua soma é 27

4x - y = 11
e que sua diferença é 3.”
Para resolvê-lo, vamos chamar nossos números
Para começar, devemos isolar uma das letra em
desconhecidos de x e y. De acordo com o enunciado,
qualquer uma das equações.
temos as equações:
Observando o sistema, vemos que o mais fácil é
x + y = 27
isolar a incógnita y na segunda equação; assim:
x-y=3{
4x - y =11
{
- y =11 - 4x
10
- y = -11 + 4x
A U L A Veja o que acontece quando somamos
Isso mostra que o valor de y é igual a 4x - 11. As-
membro a membro as duas equações:
sim, podemos trocar um pelo outro, pois são iguais.
x + y = 27
Vamos então substituir y por 4x - 11 na primeira equa-
x - y = 03 +
ção.
3x + 2y = 22 x + x + y - y = 27 + 3
3x + 2(4x - 11) = 22 2x 30
=
Temos agora uma equação com uma só incógnita, e 2 2
sabemos o que temos de 2x = 30
fazer para resolvê-la: x = 15
3x + 2(4x - 11) = 22 Encontramos o valor de x. Para encontrar o valor de
3x + 2 · 4x - 2 · 11 = 22 y vamos substituir x por 15 em qualquer uma das e-
3x + 8x = 22 + 22 quações. Por exemplo, na segunda:
11x = 44 15 - y = 3
11x 44 - y = 3 - 15
= - y = - 12
11 11
x =4 y = 12
Já temos o valor de x. Repare que logo no inicio da A solução do nosso problema é, portanto, x = 15 e y
solução tínhamos concluido que y = - 11 + 4x. Então, = 12.
para obter y, basta substituir x por 4. O método da adição consiste em somar membro a
y = - 11 + 4x membro as duas equações, com o objetivo de eliminar
y = - 11 + 4 · 4 uma das incógnitas. No sistema que resolvemos, a
y = - 11 + 16 incógnita y foi eliminada quando somamos membro a
y =5 membro as duas equações. Mas isso freqüentemente
A solução do nosso sistema é, portanto, x = 4 e y = não acontece dessa forma tão simples. Em geral, de-
5. vemos ajeitar o sistema antes de somar.
Observações - Ao resolver um sistema, é sempre Vamos mostrar a técnica que usamos resolvendo o
aconselhável conferir a resposta encontrada para ver seguinte sistema:
se não erramos na solução. Os valores de x e de y
Matemática 114 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
8x + 3y = 21 3. x = 5, y = - 2 4. x = - 2, y = 3
 5. x = 3/2 , y = 1 6. x = 2, y = 0
5x + 2y = 13 7. x = 4, y = 3
Para começar, devemos escolher qual das duas in-
cógnitas vamos eliminar. SISTEMAS RESOLVEM PROBLEMAS
Por exemplo, o y será eliminado. Mostramos como resolver sistemas de duas
Observe que, multiplicando toda a primeira equação equações de 1º grau com duas incógnitas.
por 2 e toda a segunda equação por 3, conseguimos Agora vamos usar essa importante ferra-
tornar os coeficientes de y iguais. menta da matemática na solução de pro-
blemas.
8x + 3y = 21 (x 2) 6x + 6y = 42 Em geral, os problemas são apresentados em lin-
 →  guagem comum, ou seja, com palavras. A primeira
5x + 2y = 13 (x 3) 15x + 6y = 39 parte da solução (que é a mais importante) consiste em
traduzir o enunciado do problema da linguagem comum
Para que o y seja eliminado, devemos trocar os si- para a linguagem matemática. Nessa linguagem,
nais de uma das equações e depois somá-las membro usamos os números, as operações, as letras que re-
a membro. presentam números ou quantidades desconhecidas, e
Veja: as nossas sentenças são chamadas de equações.
- 16x + 6y = 42 Para dar um exemplo, considere a seguinte situa-
- 15x - 6y = - 39 + ção: uma costureira de uma pequena confecção ganha
R$ 7,00 por dia mais uma determinada quantia por
x=3 cada camisa que faz. Certo dia, ela fez 3 camisas e
ganhou R$ 19,00.
Se quisermos saber quanto essa costureira ganha
por cada camisa que faz devemos traduzir em lingua-
Em seguida, substituimos esse valor em qualquer gem matemática a situação apresentada. Vamos então
uma das equações do sistema. Por exemplo, na primei- representar por x a quantia que ela recebe por cada
ra. camisa. Ela faz 3 camisas e ganha R$ 7,00 por dia,
8 · 3 + 3y = 21 independentemente do número de camisas que faz. Se
24 + 3y = 21 nesse dia ela ganhou R$ 19,00, a equação que traduz
3y = 21 - 24 o problema é:
3y = - 3 7 + 3x = 19
3y 3 Como já sabemos resolver equações e sistemas,
=−
3 3 daremos mais importância, nesta aula, à tradução do
y =-1 enunciado dos problemas para linguagem matemática.
A solução do nosso sistema é, portanto, x = 3 e y = - Agora vamos apresentar alguns problemas e suas so-
1 luções. Entretanto, procure resolver cada um antes de
Você agora deve praticar fazendo os exercícios ver a solução. Para ajudar, incluímos algumas orienta-
propostos. Procure resolver cada sistema pelos dois ções entre o enunciado e a solução.
métodos para que, depois, você possa decidir qual EXEMPLO 1
deles é o de sua preferência. Não se esqueça também Em uma festa havia 40 pessoas. Quando 7 homens
de conferir as respostas. saíram, o número de mulheres passou a ser o dobro do
Exercícios número de homens. Quantas mulheres estavam na
Exercício 1 x - 3y = 1 festa?
 Pense um pouco e leia as orientações a seguir.
2x + 5y = 13 Orientações - A quantidade de homens e mulheres
Exercício 2 2x + y = 10 serão as nossas incógnitas. Então:
 o número de homens = x
x + 3y = 15 o número de mulheres = y
Exercício 3 3x + y = 13 Traduza em linguagem matemática a frase: “havia 40

2x - y = 12 pessoas na festa”.
Se 7 homens saíram, quantos ficaram na festa?
Exercício 4 2x + 7y = 17
 Traduza em linguagem matemática a frase: “o número
5x - y = - 13 de mulheres é o dobro do número de homens que
Exercício 5 2x + y = 4 ficaram na festa”.
 Solução - Seguindo as nossas orientações, temos
4x - 3y = 3 como primeira equação x + y = 40. Depois, se tínhamos
Exercício 6 x + y = 2 x homens e 7 saíram, então ficaram na festa x - 7 ho-

3x + 2y = 6 mens. E, se o número de mulheres é o dobro do núme-
Exercício 7 ro de homens, podemos escrever y = 2 (x - 7).
x y
 + =3 O problema dado é traduzido em linguagem mate-
2 3 mática pelo sistema:
x - y = 1 x + y = 40


Respostas: y = 2 (x - 7)
1. x = 4, y = 1 2. x = 3, y = 4
Matemática 115 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Agora, vamos resolvê-lo. Como a incógnita y está Se, em seguida, mudamos todos os sinais da pri-
isolada na segunda equação, podemos usar o método meira equação, estamos prontos para eliminar a incóg-
da substituição. Temos, então: nita y.
x + y = 40
x + 2 (x - 7) = 40
2x + 30y = 280 x (- 2) 2x - 30y = - 280
x + 2x - 14 = 40  →
3x = 40 + 14 3x + 10y = 280 x (3) 9x + 30y = 840 +
3x 54 9x - 2x = 840 - 280
=
3 3 7x = 560
x = 18 7x 560
=
Substituindo esse valor na primeira equação, temos: 7 7
18 + y = 40 x = 80
y = 40 - 18 Concluímos, então, que cada ovo contém 80 calori-
y = 22 as.
Na festa havia então 22 mulheres. EXEMPLO 3
EXEMPLO 2 Para ir de sua casa na cidade até seu sítio, João
Uma omelete feita com 2 ovos e 30 gramas de quei- percorre 105 km com seu automóvel. A primeira parte
jo contém 280 calorias. do percurso é feita em estrada asfaltada, com veloci-
Uma omelete feita com 3 ovos e 10 gramas de quei- dade de 60 km por hora. A segunda parte é feita em
jo contém também 280 calorias. Quantas calorias pos- estrada de terra, com velocidade de 30 km por hora. Se
sui um ovo? Pense um pouco e leia as orientações a João leva duas horas para ir de sua casa até o sítio,
seguir. quantos quilômetros possui a estrada de terra?
Orientações - A caloria é uma unidade de energia. Pense um pouco e leia as orientações a seguir.
Todos os alimentos nos fornecem energia em maior ou Orientações - A velocidade de um automóvel é o
menor quantidade. Neste problema, vamos chamar de número de quilômetros que ele percorre em uma hora.
x a quantidade de calorias contida em um ovo. Para De uma forma geral, a distância percorrida é igual ao
diversos alimentos, a quantidade de calorias é dada por produto da velocidade pelo tempo de percurso.
grama. Isso ocorre porque um queijo pode ter diversos distância = velocidade x tempo
tamanhos, assim como uma abóbora pode também ter Estabeleça as incógnitas:
os mais variados pesos. Então, no nosso problema, x = distância percorrida na estrada asfaltada
vamos chamar de y a quantidade de calorias contidas y = distância percorrida na estrada de terra
em cada grama de queijo. l Se cada grama de queijo O esquema abaixo ajuda a compreender o proble-
possui y calorias, quantas calorias estão contidas em ma.
30 gramas de queijo?
Quantas calorias possuem dois ovos?
Escreva em linguagem matemática a frase: “dois ovos
mais 30 gramas de queijo possuem 280 calorias”.
Escreva em linguagem matemática a outra informação
contida no enunciado. Escreva uma equação com as distâncias.
Solução - Vamos novamente seguir as orientações Procure escrever uma equação com o seguinte sig-
para resolver o problema. nificado: “o tempo em que João andou na estra-
Se as nossas incógnitas estão bem definidas, não da asfaltada mais o tempo em que ele andou na
teremos dificuldade em traduzir o enunciado do pro- de terra é igual a duas horas”.
blema em linguagem matemática. Temos que: Solução - Mais uma vez, vamos resolver o problema
número de calorias contidas em um ovo = x seguindo as orientações. Se João andou x km na es-
número de calorias contidas em um grama de quei- trada asfaltada e y km na estrada de terra, então a
jo = y nossa primeira equação é x + y = 105.
Portanto, se dois ovos e 30 gramas de queijo pos- Observe novamente a relação:
suem 280 calorias temos a equação: (distância) = (velocidade) x (tempo)
2x + 30y = 280 Na primeira parte do percurso, a distância foi x, a
Da mesma forma, se três ovos e 10 gramas de quei- velocidade foi 60 e o tempo gasto será chamado de t1.
jos possuem 280 calorias podemos escrever: Temos, então:
3x + 10 y = 280 x = 60 · t1 ou
O sistema que dará a solução do nosso problema é x
2x + 30 y = 280 = t1
60
3x + 10 y = 280
Na segunda parte do percurso a distância foi y, a
Repare que o problema pergunta qual é o número
velocidade foi 30 e o tempo gasto será chamado de t2.
de calorias contidas em um ovo. Portanto, se a respos-
Temos, então:
ta do problema é o valor de x, podemos usar o método
y = 30 · t2 ou
da adição e eliminar a incógnita y.
Observe que, multiplicando a segunda equação por y
= t2
3, tornamos iguais os coeficientes de y. 30
Como a soma dos dois tempos é igual a 2 horas,
conseguimos a segunda equação:

Matemática 116 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x y a) A que distância da cidade A deu-se o encontro
+ = 2 dos dois ciclistas?
60 30
b) A que horas deu-se o encontro?
Vamos melhorar o aspecto dessa equação antes de
formarmos o sistema. Respostas:
Multiplicando todos os termos por 60, temos: 1. 25 e 18
2. 28
3. 32 automóveis;;11 motos
4. 36
5. açúcar: R$ 0,60;; farinha: R$ 0,35
6. Pedro: R$ 45,00;; Paulo: R$ 36,00QQ
7. 30 km; 11hs
Temos, agora, o sistema formado pelas duas equa- Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br
ções:
x + y = 105
 NÚMEROS COMPLEXOS
x + 2y = 120
O valor de y nesse sistema é calculado imediata- A FORMA a + bi DOS NÚMEROS COMPLEXOS
mente pelo método da adição:
O conjunto dos complexos.
- x - y = - 105
x + 2y = 120 + Os vários conjuntos numéricos são:
2y - y = 120 - 105
y = 15 o conjunto lN dos números naturais:
Concluímos, então, que a estrada de terra tem lN = { 0; 1; 2; 3; 4; .. . } ;
15 km. o conjunto Z dos números inteiros:
Nesta aula você viu a força da álgebra na solução Z ={... ; -2, -1; 0; 1; 2;... } ;
de problemas. Entretanto, para adquirir segurança é o conjunto Q dos números racionais:
preciso praticar. Para cada um dos exercícios, procure
“matematizar” as situações descritas usando o método  p 
algébrico. Escolha suas incógnitas e arme as equa- Q = x = | p, q ∈ Z e q ≠ 0
 q 
ções. Depois, resolva os sistemas e verifique se os
valores encontrados estão corretos.
Exercícios: conjunto IR dos números reais:
1) Determine dois números, sabendo que sua soma é IR = { x | x é racional ou x é irracional }.
43 e que sua diferença é 7.
2) Um marceneiro recebeu 74 tábuas de compensa- E, além disso, verificamos que: lN ⊂ Z ⊂ Q ⊂ IR.
do. Algumas com 6 mm de espessura e outras com
8 mm de espessura. Quando foram empilhadas, a- Vamos definir um novo conjunto numérico. Chama-
tingiram a altura de 50 cm. Quantas tábuas de se conjunto dos números complexos, e se indica com
8mm ele recebeu? C, ao seguinte conjunto :

∈ lR e i2 = - 1}
3) Em um estacionamento havia carros e motocicletas
num total de 43 veículos e 150 rodas. Calcule o C = { Z = a + bi | a, b
número de carros e de motocicletas estacionados.
4) Uma empresa desejava contratar técnicos e, para Exemplos de números complexos
isso, aplicou uma prova com 50 perguntas a todos
os candidatos. Cada candidato ganhou 4 pontos z = 2 + 3i, onde a = 2 e b = 3.
para cada resposta certa e perdeu um ponto para z = -3 + 4i, onde a = -3 e b = 4.
cada resposta errada. Se Marcelo fez 130 pontos, z = 2 – i , onde a = 2 e b = -1.
quantas perguntas ele acertou? z = -3 - 5i, onde a = -3 e b = -5.
5) Certo dia, uma doceira comprou 3 kg de açúcar e 4 z = 2, onde a = 2 e b = 0.
kg de farinha e, no total, pagou R$ 3,20. Outro dia, z = 1, onde a = 0 e b = 1.
ela comprou 4 kg de açúcar e 6 kg de farinha, pa-
gando R$ 4,50 pelo total da compra. Se os preços Observação: O exemplo e nos mostra que 2 ∈ C, e
foram os mesmos, quanto estava custando o quilo o mesmo ocorre com qualquer outro número real; logo,
do açúcar e o quilo da farinha? IR ⊂ C e vale, então, a seguinte seqüência de inclu-
6) Pedro e Paulo têm juntos R$ 81,00. Se Pedro der sões
10% do seu dinheiro a Paulo, eles ficarão com
quantias iguais. Quanto cada um deles tem? N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ lR ⊂ C
7) A distância entre duas cidades A e B é de 66 km.
Certo dia, às 8 horas da manhã, um ciclista saiu da
cidade A, viajando a 10 km por hora em direção à DEFINIÇÃO
cidade B. No mesmo dia e no mesmo horário um
ciclista saiu da cidade B, viajando a 12 km por hora
em direção à cidade A. Pergunta-se:

Matemática 117 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dado o complexo z = a + bi, chama-se parte real de
− (− 4 ) ± (− 4)2 − 4 ⋅ 1⋅ 13 =
z o número real a; chama-se parte imaginária de z o
4 ± − 36
número real b. z= =
2 ⋅1 2
Os complexos da forma z = bi (para os quais a = 0 4 ± 6i
= 2 ± 3i , ou seja:
e b ≠ 0) são chamados de imaginários puros. 2
S = { 2 + 3i ; 2 – 3i }
Exercícios resolvidos
2
2 Resolver, em C, a equação z + z + 1 = 0.
Resolver, em C, a equação z = -1
Resolução
Resolução: Aplicando a fórmula resolutiva da equação do
2
Como, por definição, i = - 1; então i é uma raiz da
equação proposta. − b ± b2 − 4ac
segundo grau : z = , onde, neste
2 2
2a
Observemos ainda que (- i ) = ( - i ) . (- i) = i = -1; caso: a = 1, b = 1 e c = 1, temos:
logo, - i também é raiz da equação proposta. E então o
conjunto-solução da equação será:
− 1 ± 12 − 4 ⋅ 1 ⋅ 1 − 1 ± − 3 − 1± 3i
z = = = , ou
S ={ i ; - i } 2 ⋅1 2 2
seja:
2
Resolver, em C, a equação z = -100.  − 1 3 -1 3 
S=  + i , − i
Resolução:  2 2 2 2 
2
Observemos inicialmente que z = -100 ⇒
2
z = 100 . (-1) ; logo, z = ±10i, ou seja:
Exercícios propostos
S ={ 10i ; - 10 i } 2
Resolver, em C, a equação z = -4.
2 2
Resolver, em C, a equação z = -3. Resolver, em C, a equação z = -49.
2
Resolver, em C, a equação z = -144.
2
Resolução: Resolver, em C, a equação z = - 2.
2 2
Observemos inicialmente que z = -3 ⇒ Resolver, em C, a equação (z - 1) = -121.
2
2 Resolver, em C, a equação z + 60 = 0.
z = 3 . (-1); logo, z = ± 3 i, ou seja: Resolver, em
2
C, a equação z - 2z + 5 = 0.
2
Resolver, em C, a equação z + 2z + 5 = 0.
2
S ={ 3i;- 3 i} Resolver, em C, a equação z - z + 1 = 0.
2
Resolver, em C, a equação 3z + z + 4 = 0.
Observação: Para simplificar a linguagem
escreveremos: Respostas:

S = { 2i; -2i }
z = -1 ⇒ z = ± −1 = ± i
2
S = { 7i ; -7i }
Z = -100 ⇒ Z = ± − 100 = ± 10i
2
S = { 12i ; -12i }
z =-3 ⇒ z= ±
2
−3 = ± 3i {
S = 2i; - 2i }
S = { 1+ 11i; 1- 11i }
{ }
2
Resolver, em C, a equação z + 13 = 0.
S = 2 15i ; - 2 15i
Resolução: S = { 1 + 2i ; 1 - 2 i }
2 2
S = { -1+2i ; -1 –2i}
z +13 = 0 ⇒ z = - 13 ⇒
 1 3 1 3 
⇒ z =± − 13 = ± 13 i , ou seja: S=  + i; − i
 2 2 2 2 

S ={ 13 i ; - − 13 i }  1 47 1 47 
S = − + i; − − i
 6 6 6 6 
2
Resolver, em C, a equação z - 4z + 13 = 0.
IGUALDADE DE COMPLEXOS
Resolução
Aplicando a fórmula resolutiva da equação de Dois números complexos :
−b ± b − 4⋅c 2 z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i são iguais se, e somente
segundo grau: z = , onde, neste se, a1 = a2 e b1 = b2 :
2a
a1 + b1i = a2 + b2i ⇔ a1 = a2 e b1 = b2
caso: a = 1, b = - 4 e c = 13, temos:

Matemática 118 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Adição de Complexos Resolução:
2
Dados dois complexos z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i , (3 + 4i) . (5 - 7i) = 15 - 21i + 20i – 28 i =
sua soma é um complexo cuja parte real é a soma das 15 – i + 28 = 43 - i
partes reais e cuja parte imaginária é a soma das par-
2
tes imaginárias: Efetuar a potência (3 + 4i) .

(a1 + b1i) + (a2 + b2i) = (a1 + a2) + (b1 + b2)i Resolução:


2 2 2 2
Subtração de Complexos (3 + 4i) = 3 + 2 .3. 4i + (4i) = 9 + 24i +16 i =
9 + 24i –16 = - 7 + 24i
Dados dois complexos z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i,
sua diferença é um complexo cuja parte real é a dife- Efetuar o produto (6 + 5i) . (6 - 5i).
rença das partes reais e cuja parte imaginária é a dife-
rença das partes imaginárias. Resolução:
2 2 2
(a1 + b1i) - (a2 + b2i) = (a1 - a2) + (b1 - b2)i (6 + 5i) . (6 - 5i) = 6 - (5 i) = 36 – 25 i =
36 + 25 = 61
2
Multiplicação de Complexos Resolver, em C, a equação z + 3zi = 0.

Para multiplicarmos dois complexos, z1 = Resolução:


a1 + b1i e z2 = a2 + b2i, procedemos como se estivés-
z + 3zi = 0 ⇔ z (z + 3i) = 0 ⇔
2
semos multiplicando dois binômios, (a1 + b1 x) e
2
(a2 + b2x), e levamos em conta que i = -1; assim, z = 0 ou z + 3i = 0
temos: z = 0 ou z = -3i, ou seja,

(a1 + b1i) . (a2 + b2i) = S= { 0; -3i }


2
= a1 a2 + a1 b2 i +a2 b1i + b1 b2 i =
= a1 a2 + (a1 b2 + a2b1)i - b1 b2i ; ou seja:
Resolver, em C, a equação:
(a1 + b1i) . (a2 + b2i) = 2
z - 16iz - 73 = 0.
= (a1 a2 - b1 b2) + (a1 b2 + a2 b1 )i
Resolução:
Propriedade Importante
Aplicando a fórmula resolutiva da equação de
Como no caso dos números reais, vale também
para o produto de números complexos a seguinte − b ± b2 − 4 ⋅ a ⋅ c
segundo grau : z = , onde, neste
propriedade: 2a
caso: a = 1, b = -16i e c = - 73, temos:
z1 . z2 = 0 ⇔ z1 = 0 ou z2 = 0
16i ± (− 16i)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (- 73 )
Exercícios resolvidos z= =
2 ⋅1
Efetuar as operações 16i ± 256i2 + 292 16i ± 256 + 292
(4 + 5i) + (7 - 2i) - (2 - 6i). = =
2 2
Resolução: 16i ± 36 16i ± 6
= = 8i ± 3 ou seja:
2 2
(4 + 5i ) + (7- 2i) - (2 - 6i) =
(4 + 7 - 2) + (5 – 2 + 6)i = 9 + 9i S = (3 + 8i, -3 + 8i )

Efetuar as operações
2 (5 - 2i) - 7 (4 + 1) + 3 (2 + 5i).
Exercícios propostos
Resolução:
Efetuar as operações
2 (5 - 2i) -7(4 + i) + 3(2 + 5i) = (6 - 3i) - (4 + 5i) - (2 - i).
(10 - 4i) - (28 + 7i) + (6 + 15i) =
= (10 – 28 + 6) + (- 4 -7 +15)i = -12 + 4i Efetuar as operações
5 (2 + i) - 3(7 +4i) + 4(2- 3i).
Efetuar o produto
(3 + 4i) . (5 - 7i). Efetuar o produto (-6 + 2i) . (3 - 5i).

Matemática 119 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
Efetuar a potência (2 + 7i) . e) z5 = 7i ⇒ z 5 = -7i
Efetuar a potência (2 - 7i) .
2 f) z6 = 3 = 3 + 0i ⇒ z 6 = 3 - 0i = 3

Efetuar o produto (8 - 3i) . (8 + 3i). Observação: O conjugado de um número real, como


no item f, é sempre o próprio número.
Efetuar o produto (6 + 7i) . (6 - 7i).

Sendo a, b ∃ IR, mostrar que 7 + 2i


Efetuar o quociente
(a + bi) . (a - bi) é real. 5 − 3i
2
Resolução:
Resolver, em C, a equação 2z = 5zi.
2
Multiplicando os dois termos da fração pelo
Resolver, em C, a equação z - 2i - 2 = 0. conjugado do denominador, temos:

Respostas:
7 + 2i 7 + 2i 5 + 3i 35 + 21i + 10i + 6i2
= ⋅ = =
–7i 5 − 3i 5 − 3i 5 + 3i 5 2 − 3 2 i2
–3 – 19i 35 + 31i − 6 29 + 31i 29 31
–8+36i = = + i
25 + 9 34 34 34
–45 + 28i
–45 – 28i
73
Achar o inverso do complexo z = 4 + 5i.
85
2 2 2 2 2 2 2 Resolução:
(a +bi) (a -bi) = a - (bi) =a -b i = a +b , que é real
1
 5  O inverso do complexo z será o complexo , ou
S = 0 ; i  z
 2  seja:
S = { 1 + i; -1 + i } 1 1 4 - 5i 4 − 5i 4 − 5i
= ⋅ = = =
z 4 + 5i 4 - 5i 4 − 5 i
2 2 2 16 + 25
Complexos conjugados 4 − 5i 4 5
= − i
41 41 41
Dado um número complexo, z = a + bi, chama-se
conjugado de z, e se indica com z , o complexo z = a - Resolver, em C, a equação:
bi (conserva a parte real e troca o sinal da parte imagi- (2 + 3i)z + (7 - 2i) = (4 + 5i)
nária de z).
Resolução:
Divisão de complexos
isolando a variável z, temos:
Dados os complexos z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i ≠
0, para dividirmos z1 por z2, ou seja, para encontrar- (2 + 3i)z = (4 +5i) – (7 -2i) ⇔
a +b i (2 + 3i)z = (4 – 7 ) + ( 5 + 2)i ⇔
mos 1 1 , multiplicamos o numerador e o denomi- −3 + 7i 2 - 3i
a2 + b 2i (2 + 3i)z = -3 + 7i ⇔ Z= ⋅ =
nador desta fração pelo conjugado do denominador e 2 + 3i 2 - 3i
efetuamos as operações indicadas. − 6 + 9 i + 14 i − 21 i2 −6 + 23i + 21
= =
2
2 −3 i 2 2 4+9
Exercícios resolvidos
15 + 23i 15 23
= + i ou seja:
Determinar os conjugados dos seguintes 13 13 13
complexos:
a) z1 = 3 + 2i d) z4 = -5 - 2i 15 23 
b) z2 = - 2 + 5i e) z5 = 7i S= + i
c) z3 = 4 – i f) z6 =3 13 13 

Resolução:
Exercícios propostos
Aplicando a definição de conjugado temos:
Determinar os conjugados dos seguintes
complexos:
a) z1 = 3 + 2i ⇒ z 1 = 3 - 2i
a) z1 = 6 + i e) z5 = -2i
b) z2 = - 2 + 5i ⇒ z 2 = -2 - 5i b) z2 = -4 + 2i f) z6 = 4
c) z3 = 4 - i ⇒ z 3 = 4 + i c) z3 = 7 - 3i g) z7 = -3
d) z4 = -9 - 4i h) z8 = 0
d) z4 = -5 - 2i ⇒ z 4 = -5 + 2i
Matemática 120 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_______________________________________________________
2 + 5i _______________________________________________________
Efetuar o quociente
3−i
_______________________________________________________
Achar o inverso do complexo z = 3 - 2i. _______________________________________________________
_______________________________________________________
Achar o inverso do complexo z = 1 + i .
_______________________________________________________
Achar o inverso do complexo z = i. _______________________________________________________
_______________________________________________________
Resolver, em C, a equação:
_______________________________________________________
(4 - i) z – (2 + 3i ) = (8 - 5i). _______________________________________________________

Respostas: _______________________________________________________
_______________________________________________________
a) z 1 = 6 – i b) z 2 = -4 –2i c) z 3 =7 + 3i _______________________________________________________
d) z 4=-9+4i e) z 5 =2i f) z 6 = _______________________________________________________
4
______________________________________________________
g) z 7 = -3 h) z 8 = 0
_______________________________________________________
1 17 _______________________________________________________
+ i
10 10 _______________________________________________________
3 2
+ i _______________________________________________________
13 13
1 1 _______________________________________________________
− i
2 2 _______________________________________________________
–i _______________________________________________________
 42 2 
S=  + i _______________________________________________________
 17 17 
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Matemática 121 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ ______________________________________________________

Matemática 122 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá a-
cesso ao Menu Iniciar, de onde se pode acessar outros menus que, por
sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre
um item com uma seta, será exibido outro menu.
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti-
1. Conhecimentos básicos de Word, Excel e Power ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do
Point versão 2003. computador, localizar um arquivo, abrir um documento.
O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP, você pode op-
tar por trabalhar com o novo menu Iniciar ou, se preferir, configurar o menu
WINDOWS XP Iniciar para que tenha a aparência das versões anteriores do Windows
Iniciando o Windows (95/98/Me). Clique na barra de tarefas com o botão direito do mouse e
Ao iniciar o windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar.
nela, selecionamos o usuário que irá utilizar o computador. Esta guia tem duas opções:
Ao entrarmos com o nome do usuário, o windows efetuará o Logon  Menu iniciar: Oferece a você acesso mais rápido a e−mail e In-
(entrada no sistema) e nos apresentará a área de trabalho: ternet, seus documentos, imagens e música e aos programas usados
 Área de Trabalho ou Desktop recentemente, pois estas opções são exibidas ao se clicar no botão Iniciar.
Esta configuração é uma novidade do Windows XP
 Na Área de trabalho encontramos os seguintes itens:
 Menu Iniciar Clássico: Deixa o menu Iniciar com a aparência das
 Ícones:
versões antigas do Windows, como o windows ME, 98 e 95.
 Barra de tarefas Todos os programas
 Botão iniciar O menu Todos os Programas, ativa automaticamente outro subme-
Atalhos e Ícones nu, no qual aparecem todas as opções de programas. Para entrar neste
Figuras que representam recursos do computador, um ícone pode re- submenu, arraste o mouse em linha reta para a direção em que o subme-
presentar um texto, música, programa, fotos e etc. você pode adicionar nu foi aberto. Assim, você poderá selecionar o aplicativo desejado. Para
ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns ícones são executar, por exemplo, o Paint, basta posicionar o ponteiro do mouse
padrão do Windows: Meu Computador, Meus Documentos, Meus locais de sobre a opção Acessórios. O submenu Acessórios será aberto. Então
Rede, Internet Explorer. aponte para Paint e dê um clique com o botão esquerdo do mouse.
Atalhos MEU COMPUTADOR
Primeiramente visualize o programa ou ícone pelo qual deseja criar o Se você clicar normalmente na opção Meu Computador, vai abrir uma
atalho, para um maior gerenciamento de seus programas e diretórios , tela que lhe dará acesso a todos os drives (disquete, HD, CD etc.) do
acesse o Meu Computador local onde poderemos visualizar todos os sistema e também às pastas de armazenamento de arquivos.
drives do computador no exemplo abaixo será criado um atalho no drive de Meus documentos
disquete na área de trabalho: A opção Meus Documentos abre apasta-padrão de armazenamento
Depois de visualizar o diretório a ser criado o atalho, clique sobre o í- de arquivos. A pasta Meus Documentosrecebe todos os arquivos produzi-
cone com o botão direito do mouse e escolha a opção, criar atalho. dospelo usuário: textos, planilhas, apresentações, imagens etc. Natural-
O atalho será criado na área de trabalho, podermos criar atalhos pelo mente, você pode gravararquivos em outros lugares. Mas, emcondições
menu rápido, simplesmente clicando com o mouse lado direito, sobre o normais, eles são salvos na pasta Meus Documentos.
ícone, programa, pasta ou arquivo e depois escolher a opção, criar atalho. Acessórios do Windows
A criação de um atalho não substitui o arquivo, diretório ou programa O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferra-
de origem, a função do atalho simplesmente será de executar a ação de mentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para
abrir o programa, pasta, arquivo ou diretório rapidamente, sem precisar melhorar a performance do computador, calculadora e etc.
localizar o seu local de origem. Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá-
Sistemas de menu rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine
Windows XP é, até hoje, o sistema operacional da Microsoft com o que você está montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem
maior conjunto de facilidades para o usuário, combinado com razoável com um determinado programa do computador. Neste manual, com certe-
grau de confiabilidade. za você acrescentaria a imagem das janelas do programa. Para copiar as
Barra de tarefas janelas e retirar só a parte desejada, utilizaremos o Paint, que é um pro-
grama para trabalharmos com imagens. As pessoas que trabalham com
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste mo-
criação de páginas para a Internet utilizam o acessório Bloco de Notas,
mento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra
que é um editor de texto muito simples. Assim, vimos duas aplicações para
janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas
dois acessórios diferentes.
com rapidez e facilidade.
A pasta acessório é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na
A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e, no submenu
criando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede que aparece, escolha Acessórios.
para você imprimir uma determinada planilha que está em seu micro.
Componentes da Janela
Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo
que está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir, enquanto imprime Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicati-
você não precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a vo do Windows. O Bloco de Notas. Para abri−lo clique no botão Iniciar /
impressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no Todos os Programas / Acessórios / Bloco de Notas.
botão ao correspondente na Barra de tarefas e volte a trabalhar. Barra de Título: esta barra mostra o nome do arquivo (Sem Título) e o
A barra de Tarefas, na visão da Microsoft, é uma das maiores ferra- nome do aplicativo (Bloco de Notas) que está sendo executado na janela.
mentas de produtividade do Windows. Vamos abrir alguns aplicativos e ver Através desta barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não
como ela se comporta. está maximizada. Para isso, clique na barra de título, mantenha o clique e
arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a
posição desejada. Depois é só soltar o clique.
Botão Iniciar

Informática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Na Barra de Título encontramos os botões de controle da janela. Estes
são: Acima Para ir ao diretório acima.
Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o
Pesquisar - Para localizar arquivos, imagens, sons, vídeos, etc.
botão referente á janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela
novamente, clique em seu botão na Barra de tarefas. Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta.
Maximizar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocu- PASTAS E ARQUIVOS
pe toda a Área da Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o
botão na Barra de Título, que era o maximizar, alternou para o botão Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles esti-
Restaurar. Clique neste botão e a janela será restaurada ao tamanho vessem em um mesmo lugar, seria uma confusão.
original. Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de com-
Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua putador em pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar
janela. Esta mesma opção poderá ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair. Se arquivos e ajudar a mantê-Ios organizado assim como as prateleiras e
o arquivos que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela não foi cabides ajudam você a manter suas roupas organizadas
salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta Os destaques incluem o seguinte:
perguntando se queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação  Meus Documentos
de sair do aplicativo. 4. Digite o nome e tecle ENTER
MEU COMPUTADOR 5. Pronto! A Pasta está criada.
O ícone de Meu Computador representa todo o material em seu com-
 Fazer uma pasta
putador. Meu Computador contém principalmente ícones que representam
as unidades de disco em seu sistema: a unidade de disquete A, o disco  Excluir arquivos
rígido C e sua unidade de CD-ROM ou de DVD, bem como outros discos  Recuperar arquivos
rígidos, unidades removíveis etc. Clicar nesses ícones de unidade exibe o  Renomear arquivos
conteúdo das unidades, arquivos e pastas, que são a soma de tudo em
seu computador. (Daí o nome, Meu Computador.)  Copiar arquivos
Windows Explorer gerenciamento de arquivos e pastas  Mover arquivos
O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Orga- Entendendo como as pastas funcionam
nizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo, As pastas contêm arquivos, normalmente arquivos de um tipo relacio-
cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Com- nado. Por exempIo, todos os documentos utilizados para criar um livro,
putador traz como padrão a janela sem divisão, você observará que o como esta apostila por exemplo, residem em uma pasta chamada Apostila.
Windows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas tanto no Cada matéria é um arquivo. E cada arquivo da área de informática é
primeiro como no segundo, esta configuração pode ser mudada. Podemos colocado dentro de uma pasta chamada informática, dentro da pasta
criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arqui- Apostila. Estas pastas mantêm esses arquivos específicos separados de
vos para disquete, apagar arquivos indesejáveis e muito mais. outros arquivos e pastas no disco rígido.
Janela do Windows Explorer Meus Documentos
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde
computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta pode ser feita uma pasta -e então se esquecer do lugar onde você a
selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos. Ele é colocou. Então o Windows facilita as coisas para você fornecendo uma
composto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é pasta pessoal, chamada Meus Documentos. Essa é a localização principal
uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de para todo o material que você criará e usará enquanto estiver no Windows.
disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma Não há nenhuma regra sobre excluir arquivos e pastas até se falar de
pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquer- Meus Documentos. Você não pode excluir a pasta Meus Documentos. A
da e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Microsoft quer que você a tenha e você irá mantê-la. Então, você deve
Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, é possível divi- conviver com isso! Se clicar com o botão direito do mouse na pasta Meus
di−la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para Documentos em sua área de trabalho, notará que há uma opção Excluir.
abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os Essa opção é para excluir o atalho, que é realmente o que você vê na área
Programas / acessórios e clique sobre Windows Explorer ou clique sob de trabalho, mas você não está eliminando a pasta Meus Documentos.
o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar. Você pode renomear Meus Documentos se quiser. Clique com o botão
Preste atenção na Figura da página anterior que o painel da esquerda direito do mouse na pasta e escolha Renomear. Digite o novo nome.
na figura acima, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que Embora não seja recomendado.
contêm outras pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indi- Você pode compartilhar a pasta Meus Documentos com outros com-
cam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as sub−pastas). putadores conectados ao seu computador e com aqueles que estão confi-
Painel de controle gurados como um usuário diferente em seu computador. Siga exatamente
O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configura- os passos.
ção de dispositivos e opções em utilização como vídeo, resolução, Compartilhar Meus Documentos
som, data e hora, entre outros. Estas opções podem ser controladas 1. Clique com o botão direito do mouse na pasta Meus Documentos.
e alteradas pelo usuário, daí o nome Painel de controle.
2. Escolha Propriedades.
Para acessar o Painel de controle
3. Clique a guia Compartilhamento.
1. Clique em Iniciar, Painel de controle.
Isto traz a guia Compartilhamento para frente -onde você de-
2. Inicialmente o Painel de controle exibe nove categorias distintas. cide quem consegue compartilhar, quem não, e quanto con-
Painel de controle trole essas pessoas têm sobre sua pasta.
3. Clique na opção desejada. 4. Escolha Compartilhar Esta Pasta.
4. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada. Tudo agora ganha vida e você tem todo tipo de opção:
Utilize os botões de navegação: Criando uma pasta (DIRETÓRIO)
A pasta Meus Documentos pode ficar facilmente desorganizada se
Voltar Para voltar uma tela. você não se antecipar e criar pastas adicionais para organizar melhor seu
material. Lembre-se: Meus Documentos é como um grande gabinete de
Avançar - Para retornar a tarefa. arquivos. Quando precisar de um novo arquivo, digamos para um novo

Informática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
assunto, você prepara uma pasta para ele. Conforme continuar a trabalhar, programa: você seleciona o arquivo e então escolhe Copiar do menu
você preencherá cada pasta com arquivos diferentes. Editar. Para fazer a cópia, você localiza uma nova pasta ou unidade de
Criar uma pasta (DIRETÓRIO) disco para o arquivo e então escolhe o comando Colar do menu Editar.
Isso é copiar e colar!
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos.
Copiar um arquivo
2. Clique em Arquivo > Novo, ou
1. Localize o arquivo que quer copiar
3. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
4. Novo > Pasta
3. Selecione Copiar.
COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS
4. Localize o lugar onde você quer colar essa nova cópia.
Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma
pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados 5. Selecione Editar da barra de menus.
nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um 6. Escolha Colar da lista.
documento para editar. Para ser realmente eficiente, você deve fazer isso a partir do Windows
Abrir um arquivo ou pasta Explorer. Todos os seus arquivos estão listados e disponíveis para serem
1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco. manuseados. Apenas selecione o arquivo que quer copiar, escolha Editar
do menu e então clique em Copiar. Agora, vá para a nova localização do
O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material
arquivo, clique em Editar novamente no menu e clique em Colar.
aí dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite que você
veja que arquivos e pastas residem lá. Enviar Para
2. Dê um passeio. A opção Enviar Para permite enviar uma cópia de um arquivo ou de
uma pasta para uma das muitas localizações: um disquete (normalmente
Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê
na unidade A:), sua área de trabalho, um destinatário de correio (por
outra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas.
correio eletrônico) ou a pasta Meus Documentos.
3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone.
Utilizar Enviar Para
4. Feche a pasta quando tiver terminado.
1. Localize seu arquivo (ou pasta).
Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
superior direito da janela.
3. Escolha Enviar Para.
Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas-
tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte 4. Clique em uma das quatro opções:
superior da janela, na barra de título.  Disquete -Você deve ter um disco na unidade A: (ou sua unidade
Excluindo arquivos de disquete).
1. Selecione o arquivo destinado a ser destruído.  Área de trabalho - Cria um atalho na área de trabalho para o ar-
Clique no arquivo uma vez com o mouse para selecioná-lo. quivo ou pasta selecionado.
2. Escolha Excluir a partir do menu Arquivo.  Destinatário de correio - Abre o programa de correio eletrônico
Outlook Express. Digite o endereço na caixa Para, ou clique no Catálogo
Aparecerá a mensagem: Você tem certeza de que quer enviar o
de Endereços ao lado da palavra Para e escolha um endereço de e-mail.
arquivo para a Lixeira?
Clique no botão Enviar quando tiver terminado
3. Clique em Sim.
 Meus Documentos - Faz uma cópia do arquivo ou pasta na pasta
Se você mudar de idéia, você pode sempre clicar em Não. Se você Meus Documentos.
escolher Sim, talvez tenha uma breve animação gráfica representando
Movendo arquivos
papéis voando para um balde. Isso significa que seu arquivo está sendo
jogado fora. Mover arquivos é como copiar arquivos, embora o original seja excluí-
do; apenas a cópia (o arquivo "movido") permanece. É como recortar e
Recuperação de arquivos
colar em qualquer programa. Lembre-se de que toda a questão em torno
OK, você exclui o arquivo. Pensando bem, você não está tão seguro de mover, copiar e excluir arquivos é para manter as coisas organizadas
se deveria ter excluído este arquivo. Não se preocupe. Há um ícone em de modo que seja fácil localizar seus arquivos.
sua Área de trabalho chamado Lixeira.
Você pode mover arquivos de duas maneiras: recortando e colando ou
Recuperando um arquivo arrastando.
1. Dê um clique duplo no ícone Lixeira. Recortando e colando
2. Localize o arquivo que você excluiu Recortar e colar um arquivo ou uma pasta é a opção para se mudar
3. Clique uma vez no arquivo. um arquivo ou pasta para o seu local correto.
4. Clique em Arquivo. Recortar e colar um arquivo
5. Escolha Restaurar. 1. Localize o arquivo que você quer utilizar.
Renomear um arquivo Novamente, este arquivo pode ser localizado em qualquer lu-
1. Localize o arquivo que quer renomear gar. Abra Meus Documentos, utilize o Explorer, ou uma pasta qual-
Você pode utilizar o Explorer, ou se estiver abrindo um arquivo a quer.
partir de qualquer pasta e encontrar aí um arquivo que quer renomear, 2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
você pode seguir os passos abaixo para alterar o nome de arquivo. 3. Escolha Recortar.
2. Pressione a tecla F2. 4. Localize e abra a pasta onde você quer colar o arquivo.
Depois de pressionar a tecla F2, o texto do nome de arquivo já es- 5. Selecione Editar do menu.
tá selecionado para você. Você pode substituir inteiramente o nome exis- 6. Selecione Colar.
tente, simplesmente começando a digitar ou mover o cursor para editar
Pronto!
partes do nome.
Arrastando arquivos
3. Digite um novo nome.
Arrastar arquivos é a maneira mais rápida e fácil de mover um ar-
4. Pressione Enter.
quivo. É especialmente conveniente para aqueles arquivos que você
E aí está: você tem um novo nome. deixou um pouco largados por aí sem uma pasta para acomodá-los.
Copiando arquivos Arrastar um arquivo
No Windows, copiar um arquivo é como copiar informações em um
Informática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1. Selecione o arquivo e arraste de interrogação no canto superior direito da caixa de diálogo Formatar e,
Não solte o arquivo depois de clicar nele. Você está literalmente em seguida, clique na opção. Não será possível formatar um disco se
agarrando o arquivo, e irá arrastá-lo. houver arquivos abertos, se o conteúdo do disco estiver sendo exibido ou
se ele contiver a partição do sistema ou de inicialização.
2. Paire o ícone sobre a pasta desejada.
Para formatar um volume básico (formatando o computador)
Essa é a pasta onde você quer que o arquivo resida.
1. Abra o Gerenciamento do computador (local).
3. Solte o ícone.
2. Clique com o botão direito do mouse na partição, unidade lógica
Agora seu arquivo reside seguramente em sua nova casa.
ou volume básico que você deseja formatar (ou reformatar) e, em seguida,
Localizando arquivos e pastas clique em Formatar ou copiar disco (ou backup para efetuar uma cópia da
Por mais que tente se manter organizado, há momentos em que você unidade lógica)
não pode se lembrar de onde colocou um arquivo ou uma pasta. Embora o 3. Selecione as opções desejadas e clique em OK.
Windows tente mantê-lo organizado com a pasta Meus Documentos, as
Para abrir o Gerenciamento do computador, clique em Iniciar, aponte
coisas podem ficar confusas.
para Configurações e clique em Painel de controle. Clique duas vezes
Felizmente, o Windows fornece um recurso Pesquisar. Esse recurso em Ferramentas administrativas e, em seguida, clique duas vezes em
procura arquivos e pastas com base em vários tipos de critérios. Gerenciamento do computador.
Lixeira do Windows Na árvore de console, clique em Gerenciamento de disco. Importan-
A Lixeira é uma pasta especial do Windows e ela se encontra na Área te: A formatação de um disco apaga todas as informações nele contidas.
de trabalho, como já mencionado, mas pode ser acessada através do
Windows Explorer. Se você estiver trabalhando com janelas maximizadas,
não conseguirá ver a lixeira. Use o botão direito do mouse para clicar em MICROSOFT WORD 2003
uma área vazia da Barra de Tarefas. Em seguida, clique em Minimizar 1. Iniciar o Word
todas as Janelas. Para verificar o conteúdo da lixeira, dê um clique sobre o
É muito fácil o procedimento para iniciar o Word: basta clicar no botão
ícone e surgirá a seguinte figura:
Iniciar, localizado do lado esquerdo (ou parte superior) da barra de tare-
Atenção para o fato de que, se a janela da lixeira estiver com a apa- fas do Microsoft Windows. Após iniciar o Word, o programa aparece em
rência diferente da figura acima, provavelmente o ícone Pasta está ativo. sua janela com um documento aberto, novo e em branco.
Vamos apagar um arquivo para poder comprovar que o mesmo será
Em outras palavras, a janela do Word e cada documento aberto são
colocado na lixeira. Para isso, vamos criar um arquivo de texto vazio com o
exibidos em telas diferentes. Você pode usar o Word para ter vários docu-
bloco de notas e salva-lo em Meus documentos, após isto, abra a pasta, e
mentos abertos (consequentemente, várias janelas de documentos) ao
selecione o arquivo recém criado, e então pressione a tecla DELETE.
mesmo tempo. Além disso, você pode mudar o tamanho de uma janela de
Surgirá uma caixa de dialogo como a figura a seguir:
documento e também pode minimizar uma janela. Quando você minimiza
Esvaziando a Lixeira uma janela de documento, ela é reduzida a um botão na barra de tarefas
Ao Esvaziar a Lixeira, você está excluindo definitivamente os arquivos do Windows. A janela do Word contém componentes gráficos para ajudá-
do seu Disco Rígido. Estes não poderão mais ser mais recuperados pelo lo a usar o aplicativo, incluindo menus, barras de ferramentas e botões.
Windows. Então, esvazie a Lixeira somente quando tiver certeza de que Familiarizar-se com os componentes na janela do Word vai economizar
não precisa mais dos arquivos ali encontrados. tempo quando você começar a criar e editar documentos. Observe na
1. Abra a Lixeira figura seguinte que as barras de ferramentas Padrão e Formatar estão
2. No menu ARQUIVO, clique em Esvaziar Lixeira. em linhas separadas, para que você possa vê lãs com clareza.
Você pode também esvaziar a Lixeira sem precisar abri-la, para
tanto, basta clicar com o botão DIREITO do mouse sobre o ícone da
Lixeira e selecionar no menu de contexto Esvaziar Lixeira.
Gerenciamento da lixeira
Como alterar a configuração da lixeira
a. Dar um clique simples sobre a lixeira, com o botão direito do mou-
se .
b. Clicar em Propriedades
Pode-se definir
c. se os arquivos deletados devem ser guardados temporariamente
Muitos dos componentes na janela do Word são parecidos com os de
na Lixeira ou sumariamente deletados
outros programas do Windows. A figura a seguir exibe os elementos na
d. tamanho da área de disco que poderá ser utilizada pela Lixeira. janela do Word. Adiante você verá uma descrição de cada elemento.
e. se deve aparecer a pergunta confirmando a exclusão.
Ajuda do Windows
Barra de título – Área de uma janela ou caixa de diálogo que exibe o
Para obter ajuda ou suporte do Windows XP, basta executar o seguin- nome da caixa ou do aplicativo e o nome do documento que está aberto.
te comando, pressionar a tecla Alt + F1 será exibido uma caixa de diálogo Ela está localizada ao longo do topo da janela.
com todos os tópicos e índice de ajuda do sistema, caso ainda não seja
esclarecida as suas dúvidas entre em contato com o suporte on-line atra-
vés da internet. Barra de menu – Área que lista os nomes dos comandos disponíveis
no Word, na qual você pode fazer a seleção, clicar sobre cada um deles e
Formatação e cópia de discos escolher uma série de ações. A barra de menu está localizada logo abaixo
1. Se o disco que você deseja formatar for um disquete, insira-o em da barra de título.
sua unidade.
2. Abra Meu computador e clique no disco que você deseja formatar.
Barra de ferramentas Padrão – Ela fornece acesso rápido às fun-
3. No menu Arquivo, aponte para o nome do disquete e clique em ções de edição mais utilizadas. Por exemplo, nela, o botão que você usa
Formatar ou Copiar disco para efetuar uma cópia. para salvar um documento contém um ícone de um disquete. A barra de
A Formatação rápida remove arquivos do disco sem verificá-lo em ferramentas Padrão está localizada logo abaixo da barra de menu.
busca de setores danificados. Use esta opção somente se o disco tiver
sido formatado anteriormente e você tiver certeza de que ele não está
Ponto de inserção – É uma linha vertical piscante, na janela do do-
danificado. Para obter informações sobre qualquer opção, clique no ponto

Informática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
cumento, que indica onde vai aparecer, ao ser digitado, o próximo caracte-
re – qualquer letra, número, espaço, espaçamento longo (tab), quebra de
página, marca de parágrafo ou símbolo que se pode inserir num documen-
to.

Régua – Trata-se de uma escala numerada na tela, com marcação


em polegadas ou em outras unidades de medida, que muda as margens
de parágrafos, reinicia a margem de uma página (uma área de espaço em
branco entre o final do papel e o texto) e ajusta a largura de colunas.
A régua está localizada abaixo das barras de ferramentas.
Modos de visualização
Normal
Para poder visualizar-se o texto quando não é necessário ter ainda
uma ideia sobre como irá ficar o trabalho final, deverá ser selecionado este
modo de visualização, pois necessita de menos recursos do computador .
Para aceder a esta opção basta selecionar o menu Ver , opção Normal
Esquema Web
Se desejar-se visualizar o resultado do texto, se fosse gravado como Alinhar um texto em um documento
páginas de Web, num Browser (Exemplo: Internet Explorer) deve selecio- Como padrão, o texto que você digita tem o atributo de alinhado à
nar-se este modo de visualização. esquerda já aplicado. Isto é, o texto está alinhado pela margem esquerda.
Para aceder a esta opção basta selecionar o menu Ver , opção Es- Entretanto, você pode alterar esse atributo, deixando seu texto centraliza-
quema Web do na página, alinhado à direita ou justificado – ou seja, preenchendo todo
Esquema Impressão o espaço entre as margens direita e esquerda.
Quando é necessário visualizar o trabalho para se poder analisar co-
mo irá ficar após ser impresso em papel, deve-se selecionar este modo de Alinhar à esquerda Centralizar Alinhar à direita
visualização. Para aceder a esta opção basta selecionar o menu Ver,
opção Esquema de Impressão Justificar
Esquema Leitura
Quando se deseja trabalhar sobre a estrutura do texto em modo se- Recortar, copiar e colar texto
melhante a um livro, deve-se selecionar o modo de visualização de es- A opção Recortar e Colar permite que você remova um texto de um
quema de leitura. Para aceder a esta opção basta selecionar o menu Ver , lugar e o coloque em outro – tanto no mesmo documento quanto em outro.
opção Esquema de Leitura.
A opção Copiar e Colar duplica a informação original em outro lugar
ou documento.
Há vários métodos para trocar trechos de informação de lugar: com o

trecho selecionado, você pode clicar em Recortar e Colar no


menu Editar; clicar nos botões Recortar e Colar na barra de ferramentas
Padrão; ou, ainda, clicar com o botão direito do mouse e escolher essas
opções no menu de atalho que então aparece.

Formatação de texto
As mesmas opções estão disponíveis para os recursos Copiar
O Word permite que cada letra do texto possa estar com uma deter- e Colar
minada fonte e/ou efeito. Existem dois modos de formatar o tipo de letra,
um consiste em selecionar com mouse, mantendo premido o botão do lado
direito do mesmo sobre o texto a modificar e o outro consiste em selecio- Configurar página
nar o tipo e efeito desejado e começar a escrever. Na maioria das vezes, é preferível usar a caixa de diálogo Configurar
Para aceder a esta opção basta selecionar o menu Formatar , opção página, pois nela, além de ajustar as configurações das margens de
Tipo de Letra página superior, inferior, esquerda e direita, é possível definir o posiciona-
mento de cabeçalhos e rodapés e selecionar a quantidade de texto que
No separador Tipo de letra podem ser alteradas as fontes das letras
quer que as configurações afetem. Ao usar a caixa de diálogo Configurar
assim como seus tamanhos. Também os estilos do texto podem ser alte-
página, você vai determinar a aparência do documento na página impres-
rados (negrito, sublinhado, itálico) e aplicados efeitos ao texto (superior à
sa. As margens das páginas afetam o documento inteiro, pois, depois de
linha , alto relevo, sombra) .
mudadas, podem alterar para mais ou para menos o número de páginas
no documento, dependendo da quantidade de texto que permitirão por
página.

Informática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Por exemplo: se lembrarmos que o trecho desejado contém determinada
palavra ou frase, podemos usar a caixa de diálogo
Localizar e substituir para localizar a palavra errada.
No menu Editar, clique em Localizar.

Inserindo data e hora


No menu Inserir, clique em Data e hora.
A caixa de diálogo Data e hora se abre, mostrando todos os formatos
possíveis de data e hora na lista Formatos disponíveis.

Imprimir um documento
Você pode usar dois métodos para imprimir um documento no

Word.Um deles é pelo botão Imprimir . Esse método é conveniente


quando você quer imprimir o documento inteiro, pois com ele você obtém
uma cópia de todas as páginas do documento que estiver visível na janela
do Word. Com ele, é acionada a impressora padrão vinculada a seu
computador. Outro método é pelo menu Arquivo, para exibir a caixa de
diálogo Imprimir. Assim, você pode imprimir várias cópias do documento,
imprimir em uma impressora diferente, imprimir um trecho selecionado do
texto ou imprimir um número limitado de páginas. Basta especificar qual-
quer uma dessas opções na caixa de diálogo Imprimir. Clique no formato desejável (o dia, o mês por extenso e o ano) e cli-
Cabeçalho e Rodapé: Escolha que em OK.
Assim como a numeração de páginas, os cabeçalhos e os rodapés Inserindo símbolos e caracteres especiais
são ótimos para organizar documentos de mais de uma página – princi- No menu Inserir, clique em Símbolo, ou Caracteres especiais
palmente os que contêm capítulos ou seções. Usando cabeçalhos e roda-
pés como referência, o leitor sempre saberá que parte do documento está
lendo. Você pode acrescentar um texto de cabeçalho ou rodapé a um
documento nas margens superior ou inferior da página. Esse texto pode
ser um identificador, como o nome do arquivo ou informações sobre o
autor. Lembre-se: assim como a numeração das páginas, cabeçalhos e
rodapés só são visíveis no modo de exibição Layout de impressão.
1 No menu Exibir, clique em Cabeçalho e rodapé .
A barra de ferramentas e as caixas Cabeçalho e rodapé aparecerão.
Repare que o texto principal da página ficará inacessível e você poderá
apenas acrescentar texto nas caixas de cabeçalho ou de rodapé. Observe
que a caixa Cabeçalho está na parte superior da página e que a caixa
Rodapé está na parte inferior.
Escolha um símbolo e depois no botão Inserir.
O símbolo será inserido no documento, na posição atual do ponto de
inserção do mouse.
Inserindo imagens
Se você tiver arquivos de imagem disponíveis em seu disco local, em
2 Na barra de ferramentas Cabeçalho e rodapé, clique no botão Alter- um disquete ou em um CD-ROM, poderá inseri-las facilmente em seus
nar entre cabeçalho e rodapé. documentos do Word – no local em que estiver o ponto de inserção do
mouse. Para trabalhar com imagens, é preciso usar o modo de exibição
layout de impressão do Word ou o modo de exibição de layout da Web,
já que as imagens não aparecem no modo Normal.
O ponto de inserção se moverá do cabeçalho para o texto de rodapé. 1. No menu Inserir, aponte para Imagem e clique em Do arquivo.
Clique no botão Alternar entre cabeçalho e rodapé novamente. O
ponto de inserção estará de volta ao cabeçalho.
Digite seu nome. Ele aparecerá no canto superior esquerdo do cabe-
çalho.
Localizar e substituir
Às vezes estamos trabalhando em um documento grande e, de repen-
te, nos damos conta de que digitamos uma palavra errada. E isso pode ter
acontecido várias vezes. Procurar o erro em cada linha escrita seria um
atraso de vida. Demoraria um tempão! Mas o Word possui recursos que
nos permitem encontrar rapidamente um trecho específico do documento.

Informática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

2. Selecione a imagem desejada, e clique no botão Inserir. A imagem é Depois de definir a formatação das colunas, você pode modificá-las
inserida no ponto de inserção do mouse. usando tanto a caixa de diálogo Colunas.
Inserindo imagens do Clip-Art Tabelas
O Microsoft Office 2002 possui centenas de imagens prontas que es- No Word, uma tabela é uma estrutura composta de caixas retangula-
tão disponíveis no Microsoft Clip Gallery, como paisagens, mapas, pré- res chamadas células, que estão ordenadas em colunas e linhas. Uma
dios, pessoas e fotos. O Word designa essas imagens como clip-arts. célula é a interseção de uma linha e uma coluna, sendo usada para arma-
Dependendo de como o Word tiver sido instalado em seu disco local, você zenar e formatar texto, números ou um gráfico. Uma coluna é a ordenação
pode ter centenas ou pelo menos 144 imagens arquivadas em seu disco vertical de textos ou números na tabela, enquanto uma linha representa
rígido. o Clip Gallery para visualizar e inserir sons e videoclipes em um sua ordenação horizontal.
documento.
Clique na opção Inserir.
Na barra de ferramentas Padrão, você pode clicar no botão Tabela
para especificar o número de colunas e linhas que quer em sua tabela.

Você pode usar a caixa de diálogo Inserir tabela para especificar o


número de colunas e linhas para sua tabela, além de outras formatações
oferecidas.
Será apresentada uma caixa de dialogo de pesquisa pela qual pode-
remos procurar todas figuras armazenadas no computador, ou caso queira
efetuar uma busca apenas sobre um titulo referente, o exemplo acima
apenas será exibido, imagens referentes a fogos de artifício.
Criar colunas Depois de ter criado uma tabela, você pode continuar a modificar sua
Você pode criar rapidamente colunas de mesma largura, usando o bo- estrutura, combinando células, inserindo e excluindo colunas ou linhas,
tão Colunas na barra de ferramentas Padrão. Ao clicar nesse botão, o redimensionando linhas e colunas, ou aplicando uma formatação para a
Word exibe um menu gráfico que você pode utilizar para especificar o tabela toda ou para as linhas, colunas ou células selecionadas.
número de colunas que deseja. Veja a figura: Mesclar células da tabela
Depois de criar uma tabela, você pode achar que alguns de seus da-
dos não estão bem organizados nas células definidas. Por exemplo, se
você criou uma tabela de quatro colunas, em que cada uma contém as
informações de gastos mensais para o atual trimestre, a primeira célula da
primeira coluna pode trazer o título da tabela, enquanto a última célula da
primeira coluna pode trazer o texto Total geral.

Você também pode usar a caixa de diálogo Colunas – acessível pelo


menu Formatar – para criar quantas colunas desejar, sejam de mesma
largura ou de larguras diferentes. Nessa caixa de diálogo, você pode,
ainda, personalizar cada coluna com uma medida específica.

É possível usar o Word para mesclar células nesse tipo de formata-


Informática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ção de tabela – seja para juntar várias células de uma linha em uma única planilhas eletrônicas.
célula, seja para unir várias células de uma coluna para formar uma única Observe a figura exibindo a tela de abertura padrão do Excel 2003:
célula. O Word também permite que várias células de várias colunas sejam
mescladas em uma única célula. Todas essas tarefas de mesclagem usam
o comando Mesclar células. Para tanto, basta selecionar as células que
quer mesclar e, no menu Tabela, clicar em Mesclar células.

Inserir e excluir colunas e linhas


Imagine que depois de montar sua tabela você perceba que precisa
adicionar novas colunas e linhas a ela. No menu Tarefa é possível fazer
isso sem problemas. Assim como fazer o contrário: excluir colunas e
linhas. Para inserir colunas ou linhas em uma tabela, posicione o cursor
dentro de uma célula que estiver acima ou abaixo da área onde você quer
inserir a linha ou a coluna. No menu Tabela, aponte para Inserir e clique
na opção desejada e onde você quer que a coluna ou linha seja inserida.
Também é possível selecionar várias linhas ou colunas para indicar que se
quer inserir esse número de linhas ou colunas no local indicado.
Barra de Título – esta barra exibe o nome do aplicativo, no caso, Micro-
soft Excel, e em seguida é mostrada inicialmente a informação Pasta1, até
MICROSOFT EXCEL 2003 que se salve a planilha e dê um nome a ela. Figura :
O que é Microsoft Excel
O Microsoft Excel é, sem dúvida, o melhor e mais fácil programa para
Figura – Barra de título.
manipulação de planilhas eletrônicas.
Em sua versão 2003, o programa trás uma interface mais leve, com Botão Minimizar
tons de cores mais suaves, ficando mais flexível e intuitivo, com mudanças Botão Maximizar
voltadas para novos usuários e atendendo pedidos de usuários fieis do
programa. Botão Restaurar
Oito em cada dez pessoas utilizam o Microsoft Excel para trabalhar Botão Fechar
com cálculos e sistemas de gráficos indicadores de valores.
Barra de Menu – esta barra exibe os nomes dos menus de aplicações
O usuário pode utilizar formulas e funções que facilitarão operações permitindo utilizar os vários recursos que o Excel 2003 oferece. Figura :
específicas ao trabalhar com diversos valores.
Barra de Ferramentas Padrão – é um conjunto de botões que permi-
O aprimoramento do produto faz do Excel uma excelente ferramenta te agilizar as operações mais utilizadas do Excel 2003 evitando-se percor-
para desenvolver planilhas profissionais, pois o programa ao ser carregado rer pelo interior dos menus. Verifique os botões presentes na barra de
exibe um painel de tarefas facilitando a abertura e pesquisa de trabalhos ferramentas padrão do Excel 2003 na figura :
salvos.
Inicialização do Excel 2003
Figura – Barra de Ferramentas Padrão.
O pressuposto será que o item Microsoft Excel 2003 esteja presente
dentro da opção Programas no Menu Iniciar, que fica localizado na parte Barra de Ferramentas Formatação – esta barra permite a utilização
inferior esquerda da janela principal do Windows. da maioria dos recursos de formatação encontrados no Excel 2003. Veja a
figura :
Ambiente de trabalho
Quando o Excel é iniciando é exibido uma nova pasta de trabalho em
branco. Nesta pasta você poderá inserir seus dados dentro das planilhas
Figura – Barra de Ferramentas Formatação.
denominadas Plan1, Plan2, Plan3.
Caixa de Nomes – esta área exibe a localização da célula ativa, o
nome da célula ou objetos selecionados e o tamanho de uma seleção.
Barra de Fórmulas – é usada para inserir ou editar dados em células
de planilhas ou em gráficos.
Para incluir dados, selecione uma célula, digite os dados e selecione
com o mouse a caixa de entrada da barra de fórmula () ou pressione
ENTER.
Para editar dados, selecione a barra de fórmula com o mouse ou
pressione F2. Em seguida, digite as alterações e selecione com o mouse a
caixa de entrada, ou pressione ENTER.
Para cancelar as alterações, pressione o botão do mouse sobre a cai-
xa de cancelamento da barra de fórmula (X) ou pressione ESC.
A seguir são mostradas a Caixa de Nomes e a Barra de Fórmulas com
seus respectivos botões para que se possa conhecer o ponto onde deve
ser clicado o mouse para a devida operação desejada.
Do lado direito, está o painel de tarefas. Um eficiente painel para tare- Caixa de
fas corriqueiras como abrir pasta de trabalho ou criar uma nova pasta de Nomes Cancelar Confirmar Barra de Fórmulas

trabalho baseado em modelos.


Para fechar o Painel de tarefas, basta clicar no botão ( ) Fechar do
próprio painel. Barra de Status – Com ela é possível, por exemplo, efetuar cálculos
Elementos da Tela de Abertura simples e rápidos, que não exijam fórmulas complexas. Se você digitar
Após a inicialização do programa, o computador mostra a tela de aber- estes números e selecioná-los, é possível calcular a soma.
tura do Excel 2003 e seus respectivos elementos, que como já se conhe-
ce, possui os mesmos elementos encontrados nos programas da Micro-
soft, mudando apenas, os elementos específicos para o trabalho com

Informática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Figura – Exemplos de seleções de células


Inserir dados na planilha
Para inserir dados na planilha, proceda da seguinte maneira.
Clicando com o botão direito sobre a e2003ressão Soma = 1500 será Clique na célula que você desejar iniciar o texto ou numérico.
exibido um menu com opções de fórmulas. Escolhendo, por exemplo, Pressione a tecla ENTER e o cursor irá pra a próxima célula.
Média,...

APAGAR DADOS NA PLANILHA


Basta selecionar uma ou mais células e pressionar a tecla DEL.
Para alterar o conteúdo da célula pressione F2 com a célula já sele-
...o Excel calculará a média das células selecionadas. cionada e digite o novo conteúdo.
Linha, Coluna e Célula Teclas de atalho
Na área de trabalho do Excel 2003 existe uma janela de planilha onde Trabalhar utilizando o teclado para digitar dados na planilha e utilizar o
é apresentado o nome Pasta1 na barra de título, uma planilha vazia, onde mouse para posicionar-se em uma célula, pode ser um pouco cansativo.
se encontram linhas e colunas dispostas de tal forma que as informações Saiba como minimizar a troca entre teclado e mouse, utilizando as teclas
possam ser inseridas dentro da grade formada com o cruzamento desses de atalho do teclado.
dois elementos. Teclas Ação
• Linha – dentro da janela da planilha as linhas são identificadas por Ctrl + Home Levam ao início da planilha, célula A1
números no canto esquerdo da tela que vai de 1 a 65536. (parte superior esquerda).
• Coluna – as colunas são identificadas com letras de A a Z e combina- Ctrl + Y Abrem rapidamente a caixa de diálogo
ções de letras até totalizarem 256 colunas. A largura padrão da coluna Ir Para.
em uma nova planilha é de 8,43 e pode-se tornar uma coluna tão larga CTRL+BACKSPACE Rola para exibir a célula ativa.
quanto a janela da planilha (255 caracteres) ou tão estreita quanto a CTRL+PGDN Move para a próxima planilha na pasta
fração de um caracter. de trabalho.
• Célula – é a unidade de uma planilha na qual se insere e armazena CTRL+PGUP Move para a planilha anterior na pasta
os dados. A interseção de cada linha e coluna em uma planilha forma de trabalho.
uma célula. É possível inserir um valor constante ou uma fórmula em CTRL+P Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
cada célula, onde um valor constante é normalmente um número (in- CTRL+SHIFT+F12 Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
cluindo uma data ou hora) ou texto, mas pode também ser um valor SHIFT+CTRL+PAGE DOWN Seleciona a planilha atual e a seguinte.
lógico ou valor de erro. SHIFT+CTRL+PAGE UP Seleciona a planilha atual e a anterior.
Célula Ativa SHIFT+F11 Insere uma nova planilha.
É a célula exibida com uma borda em negrito indicando que ela está ALT+O H R Renomeia a planilha atual.
selecionada e onde os próximos dados digitados serão inseridos ou o ALT+E M Move ou copia a planilha atual
próximo comando escolhido será aplicado. Se for selecionada mais de ALT+E L Exclui a planilha atual
uma célula ao mesmo tempo, a primeira será a célula ativa e as outras ALT+PAGE DOWN Move uma tela para a direita.
serão destacadas na cor escura. Observe a figura : ALT+PAGE UP Move uma tela para a esquerda.
ALT+SHIFT+F1 Insere uma nova planilha.
F5 Exibe a caixa de diálogo Ir para.
F6 Alterna para o próximo painel em uma
pasta de trabalho.
Renomear planilhas
Clique com o botão di-
reito de mouse em Plan 1,
Figura – Apresentação da célula ativa. por exemplo.
Intervalo de Células
Quando se trabalha com uma planilha, muitas vezes depara-se com a
necessidade de tratar um trecho ou uma determinada região de maneira
diferente do restante da planilha. Um intervalo de células é uma região
da planilha selecionada a fim de permitir que se trabalhe, edite, for-
mate e modifique mais de uma célula ao mesmo tempo. O intervalo de
células é reconhecido como o conjunto de células que fica entre a célula
do canto superior esquerdo e a do canto inferior direito. Observe a figura :
Informática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Digite o nome
e pressione a tecla
Enter.

Mover ou copiar uma planilha 2

Clique no menu Editar e em


4
seguida na opção Mover ou Copi-
ar.

Abrindo uma pasta de trabalho


Clique no botão ( ) Abrir na barra de ferramentas Padrão.

A caixa de diálogo Mover ou Copiar abrirá.

Clique na opção desejada pa-


ra mover a planilha.

Editando uma planilha


Os dados digitados nas células das planilhas do Excel servem como
referência para as fórmulas e funções existentes. Através da manipulação
desses dados podemos editar a planilha por meio de operações simples.
O funcionamento de uma planilha Excel é bem simples.
Insira os valores para as células. Por exemplo, valores para entrada e
saída de um produto.
Posicione o cursor do mouse no local onde deseja realizar a operação.

Clique no botão OK.


Salvar uma pasta de trabalho
Clique no botão ( ) Salvar na barra de ferramentas Padrão.
Digite o sinal de igualdade (=). Visualize os valores das células.
A caixa de diálogo “Salvar como” se abrirá.
Você pode utilizar como base o cruzamento de linhas com as colunas.
Sendo os números no canto esquerdo correspondendo às linhas e as
letras no topo da planilha as colunas.

Digite A letra da coluna e o número da linha correspondente o valor


necessário para operação. Exemplo D3.
Figura
Na maior parte das vezes o resultado final de uma operação é gerado
Converter um arquivo *.xls em *.html pela soma ou subtração de valores, portanto, digite o sinal de operação
Clique no botão ( ) Salvar ou Salvar Como na barra de ferramentas correspondente à operação desejada.
Padrão.
A caixa de diálogo “Salvar como” se abrirá.
Na caixa de diálogo, clique em “Salvar como tipo”.
Selecione a opção “Página da Web” no menu de arquivos.
Clique em “Salvar”. Digite a letra e o número da célula onde se encontra o próximo valor
que fará parte da operação. Digite o operador correspondente

Informática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Digite a letra e o número de célula correspondente ao valor que fará
parte da operação.

Pressione a tecla Enter, o valor será exibido na célula correspondente.

No menu “Inserir”, clique no comando “Hyperlink”. A caixa de diálogo


será apresentada como na figura abaixo:

Pastas de Trabalho
As pastas de trabalho proporcionam um meio de organizar muitas pla-
nilhas em um mesmo arquivo. Uma pasta de trabalho é uma coleção de
várias páginas de planilha que possuem o mesmo número de colunas
e linhas que a primeira, e opcionalmente, pode-se criar planilhas
exclusivas para gráficos. Cada página de planilha é uma grade formada
por colunas e linhas distribuídas na tela de maneira tal que se possa
relacionar informações horizontal e verticalmente.
Cada pasta de trabalho é gravada como se fosse um arquivo, sendo Clique no botão “Examinar” e encontre o arquivo
que, o nome de arquivo padrão para a primeira pasta de trabalho é Pas- Clique no botão “OK”. O Hiperlink é criado na planilha.
ta1.
Hiperlink para outros arquivos
Há três utilizações principais para fazer uso da pasta de trabalho:
Clique com o botão direito do mouse na célula ou no elemento gráfico
Dividir uma planilha grande em partes menores, ou seja, em páginas que você deseja que represente o hiperlink e, em seguida, clique em
separadas. Hiperlink no menu de atalho.
Reunir dados relacionados logicamente no mesmo arquivo.
Consolidar planilhas de formato semelhante em um mesmo arquivo.

Pasta de Trabalho
Divisão de Planilha
Se estiver trabalhando com uma planilha que possua uma grande
quantidade de dados no Excel 2003, pode-se tornar o trabalho muito mais
fácil se a planilha for dividida em partes separadas em cada página da
pasta de trabalho. Em “Vincular a”, no lado esquerdo da caixa de diálogo, clique em
Para chegar a uma página específica, deve-se clicar planilha (isto se Criar novo documento.
torna mais fácil do que movimentar-se entre as diversas partes de uma Digite um nome para o novo arquivo na caixa Nome do novo docu-
única planilha de tamanho maior), que fica na parte inferior da tela. E mento.
também, quando se escreve uma fórmula que faz referência a células de Para especificar um local diferente daquele mostrado em Caminho
outra página, o nome da planilha aparece na fórmula, ficando fácil perce- completo, digite o novo local na caixa Nome do novo documento ou
ber que se está fazendo uma referência. clique em Alterar e selecione o local desejado. Clique em OK.
São atalhos que permitem que você salte para outros arquivos de Em Quando editar, clique em uma opção para especificar se deseja
maneira fácil e rápida. Você pode criar Hiperlink em uma célula ou em abrir o novo arquivo para edição agora ou mais tarde.
objetos gráficos como formas e figuras. Para atribuir uma dica a ser exibida quando você posicionar o ponteiro
Ao criar um Hiperlink, você pode pular para outra localização como um sobre o hiperlink, clique em Dica de tela, digite o texto desejado na caixa
arquivo em seu próprio computador, para outros computadores da rede, ou Texto de dica de tela e clique em OK.
para um arquivo de qualquer outro computador do planeta que esteja
conectado á Internet.
Hiperlink para o mesmo arquivo
O hiperlink dentro de um mesmo arquivo é útil quando você trabalha
com arquivos extensos e deseja localizar informações rapidamente.
Para criar o Hiperlink:
Mantenha a pasta de trabalho aberta
Ative a planilha
Clique sobre uma célula qualquer em branco

Informática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5
Um intervalo de Clique na primeira célula do intervalo e arraste até a
células última célula.
Um intervalo de Clique na primeira célula do intervalo, mantenha
3 células grande pressionada a tecla SHIFT e clique na última célula
do intervalo. Você pode rolar para tornar a última
célula visível.
Todas as células Clique no botão Selecionar tudo.
2 4 de uma planilha
5 Células ou inter- Selecione a primeira célula ou o primeiro intervalo
valos de células de células, mantenha pressionada a tecla CTRL e
não-adjacentes selecione as outras células ou os outros intervalos.
Figura passo a passo
Uma linha ou Clique no cabeçalho de linhas ou colunas.
Hiperlink para a Internet coluna inteira
Clique com o botão direito do mouse no texto ou no elemento gráfico
que você deseja que represente o hiperlink e, em seguida, clique em Linhas ou colu- Arraste o cursor pelos cabeçalhos de linhas ou
Hiperlink no menu de atalho. nas adjacentes colunas. Você também pode selecionar a primeira
linha ou coluna, manter pressionada a tecla SHIFT
Em Vincular a no lado esquerdo da caixa de diálogo, clique em Pági- e selecionar a última linha ou coluna.
na da Web ou arquivo existente.
Linhas ou colu- Selecione a primeira linha ou coluna, mantenha
nas não- pressionada a tecla CTRL e selecione as outras
adjacentes linhas ou colunas.
Um número Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na
maior ou menor última célula que você deseja incluir na nova sele-
de células do que ção. O intervalo retangular entre a célula ativa e a
a seleção ativa célula em que você clicar passará a ser a nova
seleção.
Cancelar uma Clique em qualquer célula na planilha.
seleção de
1 2 células
Siga um destes procedimentos: Formatação da Planilha
Para selecionar um arquivo da pasta atual, clique em Pasta atual e, Formatar texto e caracteres individuais: Para destacar o texto, você
em seguida, clique no arquivo ao qual você deseja vincular. pode formatar todo o texto em uma célula ou caracteres selecionados.
Para selecionar a página da Web a partir de uma lista de páginas na- Selecione os caracteres que deseja formatar e clique em um botão na
vegadas, clique em Páginas navegadas e, em seguida, clique na página barra de ferramentas Formatação.
da Web à qual deseja vincular o hiperlink.
Para selecionar um arquivo em uma lista dos arquivos que você usou
recentemente, clique em Arquivos recentes e, em seguida, clique no Girar texto e bordas: Os dados em uma coluna são geralmente muito
arquivo ao qual deseja vincular o hiperlink. estreitos enquanto o rótulo da coluna é muito mais largo. Em vez de criar
Se souber o nome e local do arquivo ou página da Web à qual deseja colunas largas ou rótulos abreviados desnecessariamente, você pode girar
vincular o hiperlink, você poderá digitar essa informação na caixa Endere- o texto e aplicar bordas que são giradas no mesmo ângulo do texto.
ço. Adicionar bordas, cores e padrões: Para diferenciar os vários tipos
a 4 de informação em uma planilha, você pode aplicar bordas a células, som-
b
brear células com uma cor de plano de fundo ou sombrear células com um
padrão de cor.
Mover linhas ou colunas
Selecione a linha ou coluna que você deseja mover e clique em “Recortar”.

Linha

Para atribuir uma dica a ser exibida quando você posicionar o ponteiro
sobre o hiperlink, clique em Dica de tela, digite o texto desejado na caixa Coluna
Texto de dica de tela. Clique em OK.
Movendo e copiando células
Selecione as células que você deseja mover ou copiar.
Para selecionar Siga este procedimento 2- Selecione uma linha ou coluna abaixo ou à direita do local em que
você deseja mover a seleção.
Texto em uma Se a edição em uma célula estiver ativada, selecio-
célula ne a célula, clique nela duas vezes e selecione o 3- No menu Inserir, clique em Células recortadas
texto na célula.
Se a edição em uma célula estiver desativada,
selecione a célula e, em seguida, selecione o texto
na barra de fórmulas.
Uma única célula Clique na célula ou pressione as teclas de direção
para ir para a célula.

Informática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Certifique-se de que os dados na planilha estão organizados de forma
adequada ao tipo de gráfico que você deseja usar.
Selecione as células que contêm os dados que você deseja usar no
gráfico.

Alterar a largura da coluna e a altura da linha Clique em Assistente de gráfico.


Alterar a largura:
Siga as instruções do Assistente de gráfico.
De uma única coluna
Arraste a borda à direita do cabeçalho da coluna até que a coluna fi-
que com a largura desejada.

A largura da coluna exibida é o número médio de dígitos de 0 a 9 da


fonte padrão ajustados em uma célula.
Tipos de Gráficos e Subtipos de Gráficos

De várias Colunas
Selecione as colunas a serem alteradas e arraste para a direta um li-
mite de cabeçalho de uma coluna selecionada.
Para fazer o mesmo para todas as colunas na planilha, clique no bo-
tão Selecionar tudo e arraste o limite de qualquer cabeçalho de coluna.

Alterar a altura
De uma única linha
Arraste o limite embaixo do
cabeçalho da linha até que a
linha fique da altura desejada.
De diversas linhas
Selecione as linhas que você
deseja alterar, arraste um limite
embaixo do cabeçalho de uma linha
selecionada.

Para alterar a altura de to-


das as linhas na planilha, clique
no botão Selecionar tudo e
arraste o limite embaixo de
qualquer cabeçalho de linha.

Gráficos: A criação de um gráfico: Impressão

Informática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Imprimir uma área selecionada de uma planilha do mouse estiver sobre a planilha na janela do documento, ele será apre-
No menu Exibir clique em Visualizar quebra de página. sentado como um sinal de mais (+). Dentro da barra de fórmulas, o pontei-
ro do mouse terá a forma de uma viga (I), criada para posicionar um ponto
Selecione a área que você deseja imprimir.
de inserção com precisão entre dois caracteres. Dentro da barra de ferra-
No menu Arquivo, aponte para Área de impressão e clique em Defi- mentas e da barra de menu, a forma do ponteiro é uma seta. A tabela a
nir área de impressão. seguir ilustra os perfis do ponteiro que, muito provavelmente, serão encon-
trados.
Perfil Posição
Sobre as células da planilha

Dentro da barra de fórmula e dentro da caixa de texto


na extremidade esquerda da barra de ferramentas

Sobre a barra de títulos, botões na barra de ferramen-


tas, barra de menu e barras de rolagem, do lado es-
querdo da barra de fórmulas e sobre as bordas das
células da planilha.
No limite de um cabeçalho de coluna ou de linha (para
Configurar um gráfico para impressão redimensionamento)
Um gráfico incorporado
Você pode ajustar o local onde o gráfico será impresso na página di- Sobre a alça de preenchimento no canto inferior direito
mensionando e movendo o gráfico com o mouse no modo de exibição de da célula ativa
quebra de página.
Clique na planilha fora da área de gráfico. Fórmulas
Clique em Visualizar quebra de página no menu Exibir. 1 SINAIS DE OPERAÇÕES 2. SINAIS PARA CONDIÇÃO
SINAL FUNÇÃO SINAL FUNÇÃO
+ SOMAR > MAIOR QUE
- SUBTRAÇÃO < MENOR QUE
* MULTIPLICAÇÃO <> DIFERENTE QUE
/ DIVISÃO >= MAIOR E IGUAL A
% PORCENTAGEM <= MENOR E IGUAL A
= IGUALDADE = IGUAL A
Lembrete: Toda fórmula que você for criar deverá começar com o sinal
de igualdade, caso contrário, a fórmula não funcionará. Ao final da fórmula
pressione a tecla ENTER.
Fórmula para Somar
=A1+B1+C1+D25+A25
Uma planilha de gráfico
Função Somar
Você pode dimensionar e ajustar a área do gráfico, especificar como
ele deve ser colocado na página impressa e, em seguida, visualizá-lo na =SOMA(A1:B25)
janela de visualização.
Clique na guia da planilha de gráfico. Este é o botão da AutoSoma.
Clique em Configurar página no menu Arquivo. Para trabalhar com o botão da Autosoma você deve fazer o seguinte:
Selecione as opções desejadas na guia Gráfico. Selecionar os valores que desejar somar.
Depois clicar no Botão da Autosoma e ele mostrará o resultado.
Veja mais um exemplo de Soma
Agora você deseja somar todos os valores dispostos nesta planilha
usando uma única fórmula, desta vez você terá que digitar a fórmula.
A B C D E
1 10 25 15 10
2 15 20 25 15
3 14 25 25 25
4 TOTAL =SOMA(A1:D3)

Observação: Para mover e dimensionar a área de gráfico de uma Para fazer isto, só basta digitar o endereço inicial (em destaque) e o
planilha de gráfico usando o mouse, você deve clicar em Personalizar na endereço final (em destaque)
guia Gráfico e, em seguida, clicar em OK para retornar a essa planilha. Fórmula para Subtração.
Formas do Ponteiro do Mouse =B2-C2
Quando o ponteiro do mouse é movimentado ao longo da janela do
Excel 2003, este se transforma a fim de indicar o que acontecerá se for A B C D E
dado um clique com o mouse naquela área da janela. Enquanto o ponteiro
Informática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1 FUNC SL. BRUTO DESCT. SL LIQUIDO 7
2 José 800 175 =B2-C2 Função Mínimo
3 =MÍNIMO(A2:A5)
Mostra o valor mínimo de uma faixa de células.
Fórmula para Multiplicação
=B2*C2 A B C

A B C D 1 PESO

1 Produto Valor Quant. Total 2 15

2 Feijão 1,5 80 =B2*C2 3 16

3 4 25

Fórmula para Divisão 5 30


=A2/B2 6 MENOR IDADE: =MÍNIMO(A2:A5)
A B C 7
1 Renda Membros Valor Função Média
2 25000 15 =A2/B2 =MÉDIA(A2:A5)
Calcula a média de uma faixa de valores.
3
A B C
Fórmula para Porcentagem
=B2*5/100 1 IDADE
=((B2*5%)-B2) 2 15
=B2*0,95 3 16
Todas as formulas acima são idênticas na resposta.
4 25
O cálculo se realiza da mesma maneira como numa máquina de cal-
cular, a diferença é que você adicionará endereços na fórmula. Veja o 5 30
exemplo. 6 MÉDIA IDADE =MÉDIA(A2:A5)
Um Aluno, fez uma compra no valor de R$ 1.500,00 e você deseja
dar a ele um desconto de 5% em cima do valor da compra. Veja como Função Data
ficaria a formula no campo Desct. =HOJE ()
Esta fórmula insere a data automática em uma planilha.
A B C D A B C
1 Cliente TCompra Desconto Vl a Pagar 1 Data =HOJE()
=B2*5/100 ou se preferir 2
2 Márcio 1500 =B2-C2
assim também =B2*5% 3
3 Função Se
Onde: =SE(A1>=1000;”Salário maior que Mil”;”Salário menor que Mil”)
B2 – se refere ao endereço do valor da compra ( ) – Indica a ordem de execução. Exemplo:
* - sinal de multiplicação (((A1+1)-2)*5)
5/100 – é o valor do desconto dividido por 100 No caso acima a ordem de execução seria 1º Soma, 2º Subtração e 3º
Ou seja, você está multiplicando o endereço do valor da compra por 5 Multiplicação.
e dividindo por 100, gerando assim o valor do desconto. Suponhamos que desejasse criar um Controle de Notas de Aluno,
Se preferir pode fazer o seguinte exemplo: onde ao se calcular a média, ele automaticamente especificasse se o
Onde: aluno fora aprovado ou não. Então Veja o exemplo abaixo.
B2 – endereço do valor da compra No campo situação deve aparecer Aprovado somente se o aluno ti-
rar uma nota Maior ou igual a 7 na média, caso contrário ele deverá
* - sinal de multiplicação escrever Reprovado, já que o aluno não atingiu a condição para pas-
5% - o valor da porcentagem. sar.
Função Máximo
A B C
=MÁXIMO(A2:A5)
1 ALUNO MÉDIA SITUAÇÃO
Mostra o valor máximo de uma faixa de células.
2 Márcio 7 =SE(B2>=7;”Aprovado”;”Reprovado”)
A B C
3
1 IDADE
Onde:
2 15
• “Aprovado”- refere-se a resposta verdadeiro, ou seja, se a con-
3 16 dição for verdadeira (a nota for maior ou igual a 7) então ele es-
4 25 creverá aprovado. Por isso você deve colocar entre aspas, já que
se refere a Texto.
5 30 • ;este outro ponto e vírgula subentendem-se senão faça, ou seja,
6 MAIOR IDADE: =MÁXIMO(A2:A5) caso contrário, fará outra coisa.
• “Reprovado” – refere-se a resposta falso, ou seja, caso ele não

Informática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tenha média maior ou igual a 7, então escreva Reprovado.

POWERPOINT
No Microsoft PowerPoint XP, você cria sua apresentação usando ape-
nas um arquivo, ele contém tudo o que você precisa – uma estrutura para
sua apresentação, os slides, o material a serem distribuído à platéia, e até
mesmo as anotações do apresentador.
Você pode utilizar o Microsoft PowerPoint XP para planejar todos os
aspectos de uma apresentação bem sucedida. O Microsoft PowerPoint XP
ajuda a organizar as idéias da apresentação. Para obter essa ajuda, utilize
o Assistente de Auto Conteúdo do Microsoft PowerPoint XP.
Iniciando o Microsoft PowerPoint XP
Clique no botão Iniciar da barra de tarefas do Microsoft Windows
Aponte para o grupo Programas. Selecione Microsoft PowerPoint.
A tela do Microsoft PowerPoint XP é composta por vários elementos
gráficos como ícones, menus e alguns elementos que são comuns ao
ambiente Microsoft Windows, com o qual você já deve estar familiarizado.
Antes de iniciarmos propriamente o trabalho com textos, é necessário que
se conheça e identifique a função dos elementos que compõem a tela do
aplicativo. Novo slide (menu Inserir)
Iniciando o Documento Solicita que você clique em um layout de slide e, em seguida, insira
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint engloba: iniciar com um novo slide após o slide ativo.
um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; escolher layouts; Clique no botão Inserir, Novo slide.
modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou Clique no layout que deseja aplicar ao slide atual. Para aplicar o layout
aplicando diferentes modelos de estrutura e criar efeitos, como transições aos slides selecionados, reaplicar estilos mestres ou inserir um novo slide,
de slide animados. As informações a seguir enfatizam as opções que clique na seta para baixo na miniatura do layout do slide.
estarão disponíveis quando você for iniciar o processo. O painel de tarefas
Selecione a segunda miniatura do layout de conteúdo e clique no bo-
Nova apresentação no PowerPoint oferece um intervalo de formas com as
tão Aplicar aos slides selecionados.
quais você pode iniciar a criação da apresentação.
Clique no botão Fechar.
Estão incluídos:
 Em branco - Inicia com slides que têm o design mínimo e não têm
cores.
 Apresentação existente - Baseie sua nova apresentação em uma
já existente. Esse comando cria uma cópia da apresentação exis-
tente para que você possa desenvolver um design ou alterações
de conteúdo que você deseja para uma nova apresentação.
 Modelo de estrutura - Baseie sua apresentação em um modelo
PowerPoint que já tenha design, fontes e esquema de cores con-
ceituadas. Além disso, para os modelos que acompanham o Po-
werPoint, você pode usar um dos modelos que você mesmo criou.
Modelos com sugestão de conteúdo - Use o Assistente de Auto
Conteúdo para aplicar um modelo de estrutura que tenha suges-
tões para o texto de seus slides. Em seguida, digite o texto que
você deseja. Um modelo em um site da Web - Crie uma apresen-
tação usando um modelo localizado em um site da Web. Um mo-
delo do Microsoft.com - Escolha um modelo adicional no Microsoft
Office Template Gallery do PowerPoint. Esses modelos estão or-
Cabeçalho e rodapé (menu Exibir)
ganizados de acordo com o tipo de apresentação.
Adiciona ou altera o texto que aparece na parte superior e inferior de
Observação - O hiperlink neste tópico vai para a Web. Você pode vol-
cada página ou slide.
tar para a Ajuda a qualquer momento. Conteúdo inserido a partir de outras
origens - Você também pode inserir slides de outras apresentações ou Clique no menu Exibir, Cabeçalho e rodapé.
inserir texto de outros aplicativos, como o Microsoft Word.
Clique no menu Arquivo, Novo.

Informática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Adiciona a data e à hora ao rodapé do slide. Exclui o slide atual no modo de exibição de slide ou de anotações. Ex-
Adiciona o número do slide ao rodapé. clui os slides selecionados no modo de exibição de classificação de slides
ou no modo normal.
Adiciona à parte inferior do slide o texto digitado na caixa Rodapé.
Clique no menu Editar, Excluir slide.
Clique no botão Aplicar a todos.
Formatando Fonte
Clip-art
Fonte (menu Formatar)
Abre a ClipGallery onde você pode selecionar a imagem de clip-art
que deseja inserir no arquivo ou atualizar a coleção de clip-art. No Power- Altera os formatos de espaçamento de caractere e fonte do texto sele-
Point, esse comando só está disponível nos modos de exibição de slides e cionado.
de anotações. Selecione o texto a ser formatado.
Clique no botão Inserir clip-art. Clique no menu Formatar, Fonte.

Clique na fonte que você deseja aplicar ao texto selecionado. As fon-


tes TrueType e fontes de impressora são designadas por ícones. As fontes
sem ícone próximo a elas são nativas do Windows.
Clique em Itálico, Negrito ou Negrito e itálico para aplicar esses forma-
Selecione uma figura e clique no OK. tos ao texto selecionado. Clique em Normal para remover a formatação de
negrito ou itálico.
Insira um tamanho de fonte para o texto selecionado. Os tamanhos
contidos na lista Tamanho dependem da impressora e da fonte seleciona-
da na caixa Fonte.
Selecione os formatos de fonte que você deseja aplicar ao texto sele-
Clique no botão Recolorir figura da barra de ferramentas Figura. cionado. Desmarque uma caixa de seleção para remover esse formato de
Clique na nova cor que você deseja usar em sua figura. O PowerPoint fonte do texto selecionado.
aplicará a nova cor se a caixa de seleção estiver marcada. Se a caixa de Clique na cor que você deseja aplicar ao texto selecionado. Clique em
seleção estiver desmarcada, o PowerPoint reterá a cor original. Mais cores se a cor desejada não for exibida.
Clique em Cores para exibir todas as cores da figura na caixa acima.
Clique em Preenchimentos para exibir todas as cores, exceto as de linha.
Clique no botão OK para aplicar as alterações.

Clique no botão OK para aplicar as alterações.


Excluir slide (menu Editar) Para desfazer comandos errados.
Clique no menu Editar, Desfazer.

Informática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Define uma cor, textura, padrão ou imagem de plano de fundo.
Clique no menu Formatar, Plano de fundo.

O comando Desfazer poderá anular (desfazer) todas as operações


que foram feitas. Caso você tenha mandado desfazer um comando e
deseja refazê-la, clique no próximo ícone (refazer).
Design do slide
Exibe o painel de tarefas Design do slide no qual você pode selecionar
modelos de designs, esquemas de cor e esquemas de animação.
Clique no menu Formatar, Design do slide.

Exibe modelos de estrutura que podem ser aplicados à sua apresen-


tação. Posicione o ponteiro sobre um modelo de estrutura e clique na seta
para baixo. Selecione uma opção para aplicar o modelo de estrutura a
todos ou a alguns slides selecionados.

Clique no preenchimento que deseja usar para o plano de fundo dos


slides.
Clique no botão OK para aplicar as alterações.
Clip-art
Abre a ClipGallery onde você pode selecionar a imagem de clip-art
que deseja inserir no arquivo ou atualizar a coleção de clip-art. No Power-
Clique no botão Fechar. Point, esse comando só está disponível nos modos de exibição de slides e
Layout do slide (menu Formatar) de anotações.
Altera o layout do slide selecionado ou reaplica os estilos mestres atu- Clique no botão Inserir clip-art.
ais aos espaços reservados se você modificou os atributos. Este comando
não afeta os objetos e o texto fora dos espaços reservados.
Clique no menu Formatar, Layout do slide.

Selecione uma figura e clique no OK.

Clique no layout que deseja aplicar ao slide atual. Para aplicar o layout
aos slides selecionados, reaplicar estilos mestres ou inserir um novo slide,
clique na seta para baixo na miniatura do layout do slide.
Clique no botão Fechar.
Plano de fundo

Informática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
você pode usar um efeito de transição. Para adicionar um efeito ao slide
faça o seguinte:
1. No modo de slides, exiba o slide que receberá o efeito de transi-
ção.
2. No menu Apresentações escolha Transição de slides... Surgirá o
painel de tarefas com a página Transição de slides.

Clique no botão Recolorir figura da barra de ferramentas Figura.


Clique na nova cor que você deseja usar em sua figura. O PowerPoint
aplicará a nova cor se a caixa de seleção estiver marcada. Se a caixa de
seleção estiver desmarcada, o PowerPoint reterá a cor original.
Clique em Cores para exibir todas as cores da figura na caixa acima.
Clique em Preenchimentos para exibir todas as cores, exceto as de linha.
Clique no botão OK para aplicar as alterações.
Configurar apresentação (menu Apresentações)

3. Escolha um efeito. Ao clicar no nome do efeito você vê o exemplo


do efeito no slide.
4. Escolha a opção de velocidade para o slide: Lenta, Média ou Rá-
pida.
5. Escolha um som para associar ao efeito de transição. A opção ou-
tro som... permite definir um som que não está na lista.
6. Escolha uma opção de avanço: ao clique do mouse ou após um
determinado intervalo de tempo.
Define opções para a execução da sua apresentação de slides, inclu- 7. Escolha Aplicar a todos se quiser o mesmo efeito em todos os sli-
indo o tipo de apresentação que você está criando, os slides a serem des, ou, Aplicar se quiser o efeito apenas no slide atual.
incluídos, se serão incluídos efeitos de som e animação, a cor da caneta Esquema de animação
de anotação e como você deseja avançar os slides.
Num slide com vários parágrafos é possível fazer uma entrada gradual
Clique no menu Apresentações, Configurar apresentação. do texto na tela, parágrafo a parágrafo, com efeitos de animação. Supo-
nhamos que o seu slide contenha a pergunta: ‘O que devemos fazer?’ e na
seqüência venha uma lista de ações a tomar. Para dar mais impacto na
apresentação você pode apresentar as ações gradualmente, uma a uma,
usando a entrada gradual de texto. Faça assim:
1. Selecione o slide que terá animação de texto.
2. No menu Apresentações escolha Esquema de animação. Surgirá
o Painel de tarefas com a página Esquemas de animação.
3. Escolha um tipo de animação na lista.
4. Para pré−visualizar o efeito, clique em Executar.

Clique no tipo de apresentação de slides que deseja definir.


Informe ao PowerPoint quais slides você deseja incluir em uma apre-
sentação de slides.
Clique na maneira como você deseja mover-se de um slide para o
próximo durante uma apresentação de slides. Se clicar em Usar intervalos,
se houver e a apresentação de slides não incluir intervalos predefinidos,
você precisará avançar os slides manualmente. Se clicar em Manualmen-
te, o PowerPoint suprimirá, mas não excluirá qualquer intervalo predefini-
do.
Selecione opções para vários monitores quando houver mais de um
monitor ou sistema de projeção configurado no computador.
Selecione as opções para melhorar o desempenho da sua apresenta-
ção.
Clique no botão OK para aplicar as alterações. Depois de definir um esquema de animação, você pode detalhar me-
Efeitos de transição lhor como a animação vai acontecer. Faça assim:
Durante uma apresentação, os slides são exibidos sucessivamente. Clique no menu Apresentações e em Personalizar animação. Surgirá
Para dar mais vida à apresentação, na passagem de um slide para outro o painel de tarefas com a página Personalizar animação. Ajuste os recur-

Informática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sos de animação como ordem de entrada, velocidade, direção, etc. Os Botões de ação
ajustes são feitos imediatamente. Os botões de ação deixam sua apresentação mais interativa. Com e-
Controlando os tempos de exibição les você cria links que deixam a seqüência da apresentação menos rígida.
Há dois modos de avançar para o slide seguinte: ao clique do mouse, Basicamente, um botão de ação é um objeto que responde ao clique do
ou automaticamente, após um intervalo de tempo. O avanço ao clique do mouse com uma ação. Há diversas ações que se pode associar a um
mouse dá mais liberdade para o apresentador e o avanço automático é botão. Por exemplo: ir para o início da apresentação, ir para o final da
ideal para apresentações que rodam em quiosques. apresentação, ir para um slide específico, executar um clip, executar um
programa, etc.
Para configurar o modo de avanço de um slide faça o seguinte:
Para colocar um botão de ação no slide faça o seguinte:
1. No menu Apresentações escolha Transição de slides...
1. No menu Apresentações aponte sobre Botões de ação
2. No painel de tarefas tique na opção desejada. Há duas opções de
avanço: Ao clicar com o mouse e Automaticamente após. As op- 2. Escolha um botão com ação pré−definida ou, então, o botão Per-
ções podem ser ticadas simultaneamente. sonalizar.
3. Opcionalmente, você pode definir os avanços dos slides através 3. Clique no slide para posicionar o botão. O botão surgirá e logo em
do comando Testar intervalos do menu Apresentações. Escolhen- seguida, teremos a caixa de diálogo Configurar ação.
do este comando a apresentação será iniciada com um cronôme-
tro no canto da tela para você definir os intervalos enquanto ob-
serva os slides. Este modo de configuração é interessante, pois
permite ao usuário simular as condições reais de apresentação.
Apresentações personalizadas
Em certas ocasiões você pode querer usar a mesma apresentação
com dois públicos diferentes. Por exemplo: você vai divulgar um produto
numa empresa. Terá que expor o produto, primeiro para o pessoal técnico
e depois para a equipe financeira. Os interesses dos dois grupos são
diferentes. O pessoal técnico não precisa conhecer os detalhes econômi-
cos do produto, e o pessoal da área financeira não precisa conhecer os
detalhes técnicos. Você pode criar duas apresentações personalizadas 4. Selecione os slides que serão apresentados usando o botão Adi-
dentro da sua apresentação completa, uma para a equipe técnica e outra cionar. Quando todos os slides desejados estiverem na caixa Sli-
para a equipe financeira. des da apresentação personalizada, clique em OK.
Vejamos como: 5. Para rodar uma apresentação personalizada clique no botão Mos-
1. No menu Apresentações escolha Personalizar apresentações... trar, ou então, durante a apresentação clique na tela com o botão
2. Na caixa de diálogo Apresentações personalizadas clique no bo- direito do mouse e escolha Ir para/Apresentação personalizada.
tão Nova. Navegador de slides
3. Surgirá a caixa de diálogo Definir as apresentações personaliza- O Navegador de slides funciona como um índice que você pode usar
das. Digite um nome para sua apresentação personalizada. durante uma apresentação se quiser ir para um slide específico. Para usá-
lo faça assim:
1. Durante a apresentação, clique com o botão direito do mouse.
2. Escolha a opção Ir para e Navegador de slides.
3. Selecione o slide que lhe interessa e clique no botão Ir para.

4. Selecione os slides que serão apresentados usando o botão Adi-


cionar. Quando todos os slides desejados estiverem na caixa Sli-
des da apresentação personalizada, clique em OK.
5. Para rodar uma apresentação personalizada clique no botão Mos-
trar, ou então, durante a apresentação clique na tela com o botão Registro de Reunião
direito do mouse e escolha Ir para/Apresentação personalizada.
É possível fazer anotações de reunião durante uma apresentação u-
Slides ocultos sando o Registro de reunião. Para usá-lo faça o seguinte:
Alguns slides de sua apresentação podem ficar ocultos para serem e- 1. Durante a apresentação clique com o botão direito do mouse e
xibidos só em caso de necessidade. Para ocultar um slide faça o seguinte: escolha Registro de reunião.
No menu Apresentações escolha Ocultar slide. O slide atual ficará o- 2. Surgirá a caixa de diálogo onde você pode digitar suas anotações
culto durante a apresentação. Se você quiser exibir um slide oculto durante de reunião.
a apresentação, clique com o botão direito do mouse sobre o slide imedia-
tamente anterior. Escolha a opção Ir para/Slide oculto.

Informática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3. A guia Itens de ação permite definir tarefas, ações e compromis-
sos. 5. São recursos do Word, exceto:
4. Uma das opções do Registro de reunião é o agendamento de a) criação automática de listas numeradas;
compromissos. b) bordas simples ou duplas automáticas;
c) assistente de Ajuda do Word;
Basta clicar no botão Agendar... para acionar o programa de a-
d) verificação Ortográfica ao digitar
genda configurado em seu computador. É provável que este pro-
grama seja o Outlook, que faz parte do pacote Office.
6. No menu "Inserir do Word" temos as opções, exceto:
a) quebra;
b) símbolo;
c) zoom;
d) figura.

7. No menu "Inserir do Excel" temos as opções, exceto:


a) linha;
b) coluna;
c) função;
d) tela inteira.

8. Quando se afirma que um computador é de 16 bits, com 16 Mb de


Impressão Memória, isto significa que:
Você pode imprimir os slides de uma apresentação. Também pode a) o tamanho da palavra manipulado pela UCP é de 16 bits;
imprimir folhetos com amostras dos slides, o conteúdo de suas anotações b) os dados são armazenados na sua memória em blocos de 16 bits,
e o texto dos slides que aparece no modo tópicos. denominados bytes.
Para imprimir faça o seguinte: c) o seu clock deve oscilar numa frequência superior a 16Mb.
d) sua memória cache é 16 bits.
1. No menu Arquivo escolha Imprimir...
2. No campo Impressora/Nome selecione a impressora que você vai 9. A respeito das noções de informática, assinale a incorreta:
usar. a) cilindros e trilhas são como estão organizados os discos flexíveis;
3. No campo Intervalo de impressão defina que partes serão impres- b) Winchester e Disco Rígido designam o mesmo periférico;
sas: toda a apresentação, alguns slides ou o slide atual? c) o Cd-Rom é um periférico usado no kit-multimídia;
4. No campo Imprimir defina o que será impresso: slides, folhetos, d) a RAM e o Winchester são tipos de memórias do computador.
anotações ou a estrutura de tópicos?
5. Defina os demais itens da caixa de diálogo e clique em OK. 10. Acerca de um computador digital, assinale a incorreta:
a) memória, unidade central de processamento e dispositivos de entra-
da/saída, são seus componentes básicos;
b) disquete, fita magnética e disco rígido são memórias secundárias;
c) unidade de controle e unidade lógica e aritmética são partes da CPU;
PROVA SIMULADA I
d) "mouse", gabinete e impressora são periféricos.

1. O Word para Windows: 11. Com relação ao Microsoft Word, assinale a incorreta:
a) permite a alteração do tamanho da fonte no Word através do menu a) o comando Capitular insere automaticamente um grande caractere
Formatar + Fonte, ou da Barra de Ferramentas de Formatação; maiúsculo como primeiro caractere de um parágrafo e alinha a extremida-
b) possui como algumas de suas ferramentas a Hifenização, a Autocorre- de superior do caractere à primeira linha do parágrafo;
ção e a Mala Aberta; b) uma âncora indica que uma determinada figura está ancorada ao pará-
c) não permite aplicar fórmulas como SOMAS nas suas tabelas; grafo, significando que ela acompanhará um possível deslocamento desse
d) faz a Verificação Ortográfica Automática só após se ter digitado todo o parágrafo;
texto e se ativar a opção Ferramentas + Verificar Ortografia; c) legendas são usadas no Word também para se criar índices;
d) efeitos especiais, tais como: curvar, girar ou esticar um texto, não po-
2. Sobre Windows, assinale a alternativa correta: dem ser criados com o Microsoft Word.
a) A opção de Auto-Ocultar da Barra de Tarefas funciona escondendo a
mesma e só exibindo-a quando se dá um clique duplo com o mouse. 12. Com relação ao Microsoft Word para Windows:
b) O relógio da Barra de Tarefas do Windows fica no lado direito da mes- a) Um documento com várias seções possui, necessariamente, numeração
ma, não importando a sua posição na tela. de página independente para cada seção.
c) No menu Iniciar a opção Localizar, em conjunto com Arquivos e Atalhos b) A fim de facilitar a edição, Cabeçalhos e Rodapés são visíveis tanto no
tem como finalidade localizar arquivos nas unidades ou periféricos do seu modo de Visualização de Impressão, quanto no modo de Layout de Pági-
computador. na.
d) Pode-se localizar um arquivo no Windows, caso se tenha só o seu c) O botão Imprimir - da Barra de Ferramentas Padrão - permite que
tamanho aproximado. apenas uma parte do documento ativo seja selecionada para impressão.
d) Uma deficiência do Word é não permitir o acesso direto a uma página
3. São opções do Painel de Controle, exceto: específica, obrigando o usuário a rolar, por meio da Barra de Rolagem,
a) vídeo; todas as páginas precedentes à página desejada, a fim de visualizá-la na
b) adicionar ou remover Hardware; tela.
c) adicionar ou remover Programas;
d) mouse. 13. Com relação à utilização de fórmulas no Microsoft Excel, julgue os
itens abaixo.
4. Com relação ao Windows e seus componentes, assinale a incorre- a) Fórmulas podem ser constituídas por funções usadas sozinhas ou
ta: aninhadas dentro de outras funções, as quais podem ser inseridas auto-
a) o Backup permite fazer cópias de segurança de arquivos; maticamente pelo Assistente de Função.
b) o Scandisk permite verificar e corrigir erros em arquivos e pastas; b) As fórmulas "=MÉDIA(C22:C26) e =(C22+C23+C24+C25+C26)/5" são
c) o Drivespace reorganiza os arquivos no Winchester; equivalentes.
d) o Wordpad é um editor de texto c) Nomes de intervalos - grupos de dados semelhantes em uma área

Informática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
retangular de uma planilha - podem ser utilizados nas fórmulas, no lugar dos pelo computador;
das referências de células. c) estão presentes todos os comandos que compõem uma linguagem de
d) todas estão corretas programação;
d) estão armazenadas as instruções de um único programa que está em
14. Com relação ao Windows: execução naquele momento;
a) Permite copiar arquivos, de um diretório e/ou disco para outro, da mes-
ma forma que blocos de texto são copiados e colados em um editor de 20. A barra de títulos, no Windows, identifica
textos para Windows ou seja, utilizando-se as opções Copiar e Colar do a) o ícone que está ativo no momento;
menu Editar. b) o título da aplicação que está ativa no momento;
b) Utiliza o conceito de pastas analogamente ao conceito de arquivos, das c) a janela (ou o grupo de comandos) que está ativa(o) no momento;
versões anteriores do Windows. d) a aplicação futura.
c) Permite abrir os documentos mais recentemente utilizados, a partir da
opção Configurações do menu Iniciar. GABARITO
d) Possui o Windows Explorer para configurar a aparência da área de 1. A; 2. D; 3. B; 4. C; 5. C; 6. C; 7. D; 8. A; 9. A; 10. D; 11. D; 12. B; 13.
trabalho. D; 14. A; 15. B; 16. B; 17. C; 18. C; 19. A; 20. B.

15. O Microsoft Word para Windows é um programa de processamen-


to de textos que possui vários recursos, exceto: PROVA SIMULADA II
a) Autocorreção = corrige erros ortográficos comuns - como digitar "nume- 1. Os sistemas de informática são compostos de quais itens:
ro" em vez de "número" - assim que o usuário digita o primeiro espaço a.( ) Monitor, Gabinete e Teclado
após a palavra. b.( ) CPU, BIOS e SETUP
b) Verificação de Ortografia Automática = revisa rapidamente o texto e a c.( ) Hardware, Programas e Peopleware
formatação existente em um documento e melhora sua aparência, aplican- d.( ) Hardware, Software e Spyware
do estilos - padrão a cabeçalho, parágrafos de texto e parágrafos formata- e.( ) Windows, Linux e DOS
dos como listas. Os sistemas são compostos, basicamente, de equipamentos, programas
c) Assistente do Office = monitora os comandos utilizados enquanto traba- de computador e pessoas que interagem com eles.
lha com o Word e apresenta sugestões para tornar o trabalho mais eficien- Resposta: C
te.
d) Autotexto = permite maior controle sobre a inserção de texto repetido e 2. O melhor conceito de hardware é:
é especialmente útil quando se digitam números ou texto com formatação a.( ) Conjunto de sistemas e banco de dados
complexa. b.( ) Conjunto de dados e sistema de informações
c.( ) Monitor, teclado e mouse
16. Uma tabela, no Word para Windows, é uma grade de linhas e d.( ) Conjunto de placas, peças e CI de TIC
colunas contendo caixas - chamadas células - de textos ou de gráfi- e.( ) Conjunto de rotinas de software
cos. A respeito desse assunto, assinale a alternativa correta: Hardware é o conjunto de equipamentos, placas, peças circuitos integra-
a) Dentro de cada célula, o texto quebra somente quando se pressiona a dos, ou seja, tudo que tenha consistência física.
tecla Enter, ao contrário do que acontece nas outras partes do documento, Resposta: D
em que a quebra ocorre de forma automática, nas margens.
b) A estrutura estética de uma tabela pode ser reproduzida utilizando-se 3. VLSI também é conhecido como
recursos de tabulação. a.( ) Computador rápido
c) O Conteúdo de uma tabela só pode ser alterado quando as grades b.( ) ON BOARD
estão visíveis. c.( ) OFF BOARD
d) O Microsoft Word não possui opção para auto-formatar tabelas. d.( ) Memória Cache
e.( ) Subsistema da BIOS
17. A respeito do Microsoft Excel, assinale a incorreta: VLSI constitui equipamento ou componente em larga escala industrial, ou
a) Para selecionar apenas duas células não-adjacentes, um usuário deve seja, refere-se a equipamentos On Board.
selecionar uma célula qualquer e, mantendo a tecla Shift pressionada, Resposta: B
selecionar a célula não-adjacente desejada.
b) No Excel, as pastas de trabalho podem conter múltiplas planilhas, 4. Help desk é o local onde as pessoas buscam ajuda quando têm proble-
podendo o usuário navegar de uma para a outra utilizando as combina- ma de informática. Esse termo está ligado a
ções das teclas CTRL + Page Down e CTRL + Page Up. a.( ) Software
c) A fim de indicar ao Microsoft Excel que uma fórmula vai iniciar em uma b.( ) Hardware
célula, qualquer um dos seguintes caracteres deve ser digitado + - = @. c.( ) Peopleware
d) O botão AutoSoma - da Barra de Ferramentas Padrão - pode ser usado d.( ) Pessoas que operam computadores em oficinas e fábricas
para localizar e totalizar as linhas ou colunas do intervalo mais próximo à e.( ) Todas as pessoas de uma empresa de informática
célula, para totalizar todo um intervalo selecionado ou para acrescentar O subconjunto de pessoas que mantém o sistemas em funcionamento é
totais gerais a um intervalo contendo outros totais. denominado de peopleware.
Resposta: C
18. Com relação ao Windows:
a) a única forma para se mudar o horário mostrado na Barra de Ferramen- 5. O sistema digital possui suas representações na informática. Elas são
tas é modificar o arquivo CONFIG.SYS, por meio de um editor de texto; a.( ) conjunto de 8 bits
b) uma das limitações do Windows é não permitir a execução de qualquer b.( ) 0
programa em ambiente de rede; c.( ) 1
c) no Windows, os nomes de arquivos não podem conter todos os caracte- d.( ) 0 e 1
res constantes no teclado do computador; e.( ) 0 ou 1
d) a função principal do acessório ScanDisk, fornecido pelo Windows, é a As representações são os números binários, ou seja, 0 e 1.
edição de texto; Resposta: D

19. Na memória principal do computador: 6. São componentes de um computador


a) estão presentes as partes dos programas e dos dados que estão sendo a.( ) Memórias: RAM, Cache e registrador
processados naquele momento; b.( ) BIOS, Memórias e E/S
b) estão presentes todos os programas e dados que podem ser processa- c.( ) BIOS, SETUP e POST

Informática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d.( ) Gabinete, teclado, monitor e mouse
d.( ) Windows e computador desktop ou notebook 14. A BIOS é um tipo de memória ROM. Podemos encontrar 02 subsiste-
Componentes ou periféricos são: gabinete, teclado, moniotor e mouse. mas distintos nessa memória, um para testar os componentes elétricos e
Resposta: D outro para armazenar configurações do equipamento. Sobre esse assunto,
é correto afirmar que
7. São tipos de processadores no aspecto de engenharia a.( ) CR2032 é uma bateria para alimentar os circuitos E/S
a.( ) CISC e RISC b.( ) RJ45 é o conector de rede topologia Estrela
b.( ) Intel e AMD c.( ) CR2032 é uma bateria para alimentar os circuitos da BIOS
c.( ) P4 e Athlon d.( ) RJ45 é o conector para cabos UTP
d.( ) Dual core e Tetra core e.( ) CR2032 é uma bateria para alimentar apenas o relógio da BIOS
e.( ) Com ou sem cooler CR2032 é um tipo de bateria que serve para manter as configurações
As CPUs podem ser divididas em CISC e RISC. armazenadas na BIOS.
Resposta: A Resposta: C

8. Todos as CPUs possuem 15. Acerca das UCPs, assinale a única alternativa correta
a.( ) Controlador, registrador e Cache a.( ) AMD e Intel são fabricantes exclusivos de CPUs e Chipsets
b.( ) Controlador, registrador e ULA b.( ) Core 2 Duo são processadores com memórias registradoras adicio-
c.( ) Cache auxiliar nais
d.( ) Cache primario (L1) e secundario (L2) c.( ) Graças a tecnologia ONBOARD, em alguns casos, é dispensável a
e.( ) Velocidade em Hz CPU
São componentes da CPU: Core (ULA, Register e UC) e memória cache. d.( ) 16, 24, 32 e 64 bits são barramentos de processamento para UCP
ALgumas CPUs possuem GPU. e.( ) Em qualquer CPU atual apenas sinais elétricos são analisados por ela
Resposta: A Por enquanto, as atuais CPUs trabalham com bits, que são sinais elétricos.
Resposta: E
9. Memória que se apaga imediatamente com a falta de energia elétrica
a.( ) EPROM 16. Componente devidamente instalado para leitura de mídias em um
b.( ) ROM computador, como exemplo: JAZZ DRIVE, IOMEGA DRIVE ou BLU RAY.
c.( ) EEPROM Trata-se especificamente de
d.( ) EAROM a.( ) DRIVER
e.( ) RAM b.( ) DRIVE
RAM são memórias voláteis, ou seja, perdem seu contetúdo. c.( ) Memória RAM ou de Trabalho
Resposta: E d.( ) BIOS
e. ( ) Periférico de computador
10. A principal função é informar ao sistema de como trabalhar com os Drive é leitor de mídia, driver é um utilitário.
periféricos, trata-se da Resposta: B
a.( ) Memória RAM
b.( ) BIOS 17. A melhor mídia para BACKUP em termos de capacidade e manuseio
c.( ) Memória de Massa a. ( ) disquete de 3 ½ polegadas
d.( ) Memória Cache b. ( ) CDROM
e.( ) ligações e cabos c. ( ) DVDROM
A memória BIOS ensina o computador a trabalhar com dispositivos insta- d. ( ) DATROM
lados na placa mãe. e. ( ) LTO
Resposta: B Mídias específicas de backup: DAT e LTO.
Resposta: E
11. São subsistemas da BIOS
a.( ) SETUP e POST 18. Naturalmente, é uma forma de partição do HD em sistema Red Hat
b.( ) CRT e LCD a. ( ) FAT12
c.( ) TFT e Dual Scan b. ( ) FAT16
d.( ) E/S c. ( ) FAT32
e.( ) I/O d. ( ) NTFS
Por ser memória ROM, a BIOS possui o SETUP e POST. e. ( ) Ext2
Resposta: A Red Hat é Linux, que formata HDD no padrão EXT2.
Resposta: E
12. São tipos de barramentos
a.( ) ISA, PCI e UTP 19. Esta memória volátil está localizada na pastilha de silício:
b.( ) Touch Screen, AGP e PCI (A) RAM.
c.( ) Rede Wireless e Rede com fio (B) ROM.
d.( ) Slot, AGP e STP (C) SSD.
e.( ) USB, AGP e PCI (D) HDD.
Barramentos são conectores ou slots de conexão. (E) SRAM.
Resposta: E Pastilha de silício é a CPU, que possui as memórias cache e registradora,
ambas SRAM.
13. Há uma tendência de terceirização – outsourcing – dos sistemas de Resposta: E
informática nos Órgãos Públicos. Fica clara essa evidência no subsistema
de: 20. O conceito básico de sustentabilidade também está presente no mun-
a.( ) Assistência Técnica do da TIC. O equipamento que não é uma tecnologia verde apresenta-se
b.( ) Desenvolvimento de Software na alternativa
c.( ) Compras de Hardware (A) notebook.
d.( ) Central de Serviços (B) thin client.
e.( ) Projeto de Redes (C) nettop.
O help desk normalmente é terceirizado em diversas empresas. (D) netbook.
Resposta: D (E) tablet.

Informática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tecnologia verde induz a sustentabilidade com menor consumo de energi- B) Ao ser inserida em um documento editado no Word, uma figura deve
a. Exclui-se desse conceito o notebook. ser dimensionada no tamanho desejado, pois, uma vez inserida no docu-
Resposta: A mento, ela não poderá ser redimensionada.
C) A barra de ferramentas de formatação dos aplicativos da suíte Office
permite que seja aplicada a determinado conteúdo uma série de ações,
tais como salvar, copiar, colar e apagar.
PROVA SIMULADA III D) O recurso denominado Selecionar tudo, acionado a partir do conjunto
das teclas CTRL + T, permite que, com o apoio do mouse, o usuário
selecione trechos arbitrários de documentos, planilhas ou apresentações
01) Acerca do sistema operacional Windows, assinale a opção correta. editados, respectivamente, no Word, no Excel e no PowerPoint.
A) Para se fazer logoff no Windows, é necessário fechar todos os aplicati- E) Ao ser inserida em um documento editado no Word, uma planilha criada
vos que estejam em execução e, em seguida, desligar o computador para utilizando-se o Excel é convertida em tabela, que deixa de ter vínculo com
que ele se reinicie com um usuário diferente. a planilha original e, por isso, alterações na tabela não afetam o conteúdo
B) Clicar e arrastar objetos no Windows é uma das suas características da planilha, nem vice-versa.
que facilitam a noção espacial do usuário. Essa característica permite
gravar uma pasta dentro de um arquivo, bastando arrastar com o mouse o 07) Com relação ao Windows, assinale a opção correta.
ícone associado à pasta e posicioná-lo sobre o nome do arquivo que A) Por meio da janela Meu Computador, é possível acessar o diretório
receberá a pasta. Arquivos de programas, que consiste em um diretório especial do Windows
C) Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre a área de trabalho do para instalação e remoção de programas. Para a remoção correta de
Windows, tem-se acesso a uma janela que contém diversas informações determinado programa, é suficiente excluir desse diretório o programa
do sistema, como a quantidade de espaço em disco utilizada, em função desejado.
dos arquivos e programas nele instalados. B) O Windows disponibiliza ao usuário uma lista de documentos recentes,
D) É possível localizar um arquivo que esteja armazenado na estrutura de que pode ser utilizada para acesso rápido a arquivos, desde que estes
diretórios do Windows, a partir da ferramenta Pesquisar, disponibilizada ao arquivos tenham sido salvos recentemente no computador em uso.
se clicar com o mouse sobre o botão Iniciar. Essa opção oferece uma C) Por meio do menu Iniciar do Windows XP, tem-se acesso à opção
janela do gerenciador de arquivos, como o Windows Explorer, com campo Executar, que permite abrir arquivos editados em aplicativos da suíte
para digitação do termo correspondente para pesquisa ou nome específico Microsoft
do arquivo. Office, sem que os respectivos aplicativos sejam previamente executados.
E) O Windows Update é um recurso de atualização do sistema Windows, o D) A opção Definir acesso e padrões do programa, que pode ser acessada
qual oferece opções de renovação de licença de uso e também de atuali- a partir do menu Iniciar do Windows, permite que sejam especificados
zação do software antivírus específico da Microsoft programas-padrão a serem utilizados para realizar atividades como nave-
gação na Internet e envio de mensagens de e-mail, entre outras.
02) Assinale a opção correta a respeito de conceitos, ferramentas, aplicati- E) No Windows, fazer logoff de usuário significa excluir do sistema um
vos e procedimentos de Internet. usuário cadastrado e seus arquivos armazenados, além de tornar sua
A) A Internet é financiada pelo custo do envio de mensagens eletrônicas, senha inválida.
as quais são contabilizadas pelos provedores de acesso à Internet e
repassadas para o usuário a partir da sua conta telefônica, doméstica ou 08) Com relação a conceitos de Internet e intranet, assinale a opção
empresarial. correta.
B) Para acesso a uma rede de comunicação por meio de uma linha telefô- A) Os mecanismos de busca atualmente utilizados na Internet, como os
nica ou de um sistema de TV a cabo, é necessário o uso do equipamento utilizados pelo Google, por exemplo, permitem o acesso a páginas de
denominado modem. intranets de empresas.
C) Tanto o Internet Explorer como o Google Chrome permitem a edição e B) O acesso à Internet por meio de redes ADSL, que empregam a linha
alteração de arquivo no formato html ou htm. telefônica e modems como recursos tecnológicos para a transmissão de
D) Para que os dados trafeguem facilmente na Internet, utilizam-se apenas dados, é possível e permite obter taxas de transmissão superiores a 10
os protocolos TCP/IP para acesso à rede, e envio de e-mail e arquivos. Mbps.
E) Por questões de segurança do computador, uma mensagem de correio C) O acesso ao que se denomina intranet deve ser feito por meio de uma
eletrônico somente pode ser aberta se houver software antivírus instalado rede local, não sendo possível esse acesso a partir de um computador
na máquina. conectado à Internet, garantindose, assim, segurança.
D) A Internet e as intranets diferenciam-se pelos tipos de protocolos de
05) Assinale a opção correta a respeito de conceitos básicos, ferramentas, comunicação utilizados: a Internet é embasada no protocolo TCP/IP e as
aplicativos e procedimentos de Internet. intranets, no protocolo Telnet.
A) O correio eletrônico é um serviço de troca de mensagens de texto, que E) Na Internet, o protocolo de comunicação padrão para acesso ao serviço
podem conter arquivo anexado. Esse serviço utiliza um protocolo específi- de correio eletrônico é o http.
co denominado FTP.
B) Um modem ADSL é um equipamento que permite que uma linha telefô-
nica seja compartilhada simultaneamente por tráfego analógico de voz e
outro digital de dados. 09) Com relação aos aplicativos para acesso à Internet, assinale a opção
C) Se a conta de e-mail está localizada em um servidor do tipo Exchange que apresenta apenas navegadores web.
Server, quando o usuário acessar as suas mensagens, elas são automati- A) Outlook Express, Internet Explorer, Netscape Navigator, Internet Ex-
camente baixadas para a máquina usada pelo usuário para fazer o acesso plorer
à conta, não ficando cópia das mensagens acessadas nos servidor. B) Windows Explorer, Internet Explorer, Thunderbird, Mozzila Firefox,
D) Usando a ferramenta Telnet, pode-se verificar se uma máquina está ou Outlook
não no ar, e até mesmo obter o endereço IP dessa máquina. C) Netscape Navigator, Internet Explorer, Mozzila Firefox, Opera
E) O uso do modelo OSI permite uma melhor interconexão entre os diver- D) Thunderbird, Netscape Navigator, Internet Explorer, Outlook
sos protocolos de redes, que são estruturados em sete camadas, divididas E) Opera, Internet Explorer, Painel de Controle, Mozzila Firefox
em três grupos: entrada, processamento e saída.
10) Com relação à Internet, assinale a opção correta.
06) Acerca dos modos de utilização de aplicativos do ambiente Microsoft A) A Internet emprega o modelo de comunicação cliente-servidor.
Office, assinale a opção correta. B) Denomina-se domínio da Internet o servidor que contém as informações
A) No Excel, o recurso de mesclar células de uma planilha permite criar que se deseja acessar para diversas finalidades, tais como correio
uma célula de planilha a partir de células vizinhas selecionadas. eletrônico, transferência de arquivos, acesso à Web etc.

Informática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
C) O cliente de e-mail consiste em um programa que permite acesso à 03. B
caixa postal do usuário de correio eletrônico; para essa atividade, dispen- 04. A
sa-se o servidor. 05. D
D) Uma VPN é uma rede virtual privada utilizada como alternativa segura 06. B
para usuários que não desejam utilizar a Internet. 07. C
E) VoIP é uma tecnologia atualmente promissora que, ao otimizar o uso da 08. A
linha telefônica residencial ou empresarial, permite a realização de liga- 09. A
ções telefônicas em tempo real e com baixo custo. 10. A
11. B
13) A respeito de conceitos e modos de utilização de tecnologias associa-
das à Internet e à intranet, assinale a opção correta. PROVA SIMULADA IV
A) O navegador Internet Explorer permite fazer downloads de arquivos e
salvá-los em pastas e subpastas do disco rígido no computador local.
B) A utilização do Outlook Express tem a vantagem, em relação ao Micro- 1. Diversos modelos de barramento tais como ISA e PCI, por exemplo,
soft Outlook, de não necessitar de configuração prévia para o envio e são disponibilizados na placa mãe dos microcomputadores por meio
recebimento de mensagens de correio eletrônico.
de conectores chamados de:
C) Para se fazer upload de um arquivo armazenado no disco rígido do
computador, é necessário anexar o arquivo a uma mensagem do cliente (A) clocks.
de email. (B) boots.
D) Um arquivo que for recebido em anexo a uma mensagem de correio (C) bios.
eletrônico pode ser armazenado em uma pasta qualquer do disco rígido do (D) cmos.
computador, desde que o nome do referido arquivo não seja alterado.
E) Na intranet, os arquivos são armazenados em servidores localizados (E) slots.
fisicamente na empresa; enquanto, na Internet, os arquivos são armaze-
nados em servidores externos. 2. O elemento de um microcomputador que não pode ter dados gra-
vados pelo usuário, mas cuja gravação das informações referentes às
16) Com relação a conceitos de computação e de informática, assinale a rotinas de inicialização é feita pelo fabricante do microcomputador é:
opção correta.
A) Diversos modelos do dispositivo denominado pen drive têm capacidade (A) o cache de disco rígido
de armazenamento de dados superior a 1 milhão de bytes. (B) a memória ROM
B) Nos modelos antigos de impressoras do tipo jato de tinta, a conexão (C) a memória virtual
entre a impressora e o computador era feita por meio de interface USB. (D) o Universal Serial Bus
Hoje, as impressoras modernas possibilitam que a comunicação seja
realizada apenas por meio da porta serial, com o uso da interface RS-232. (E) a memória RAM
C) São funções do dispositivo denominado modem, também chamado de
no-break: estabilizar a tensão proveniente da rede elétrica que energiza o 3. Um programa ou software aplicativo no momento de sua execução
computador, proteger o computador de sobrecargas de tensão que pos- em um microcomputador normalmente tem que estar carregado:
sam ocorrer na rede elétrica e manter o suprimento de energia por um (A) na memória RAM
tempo limitado, quando faltar energia.
D) Em uma intranet que utilize o padrão Ethernet para a conexão de (B) na memória Flash
computadores, um arquivo do Word armazenado em um computador não (C) na memória ROM
pode ser aberto por um usuário que esteja trabalhando em um outro (D) no processador
computador da rede. (E) no disco rígido
E) Os computadores digitais utilizam, para armazenar e processar dados,
o sistema ternário, que é um sistema de numeração diferente do decimal.
Nesse sistema ternário, apenas os dígitos 0, 1 e 2 são utilizados para a 4. NÃO é um tipo de hardware considerado como dispositivo multimí-
representação de qualquer número. dia:
(A) placa de captura de vídeo
17) Com relação a correio eletrônico, assinale a opção correta. (B) placa de som
A) A estrutura típica de um endereço de correio eletrônico comercial tem a
forma br.empresatal.com@fulano, em que fulano é o nome de um usuário (C) caixas acústicas
que trabalha em uma empresa brasileira denominada “empresatal”. (D) scanner
B) O aplicativo Microsoft Office Outlook 2003 é um exemplo de programa (E) microfone
que pode permitir a recepção e o envio de mensagens de correio eletrôni-
co. 5. A unidade mais simples de armazenamento de informação em um
C) Ao incluir um endereço de correio eletrônico no campo cc: de um aplica-
tivo para manipulação de correio eletrônico, o usuário configura esse computador é:
aplicativo para não receber mensagens vindas do referido endereço. (A) o byte
D) Ao incluir um endereço de correio eletrônico no campo cco: de um (B) o bit
aplicativo para manipulação de correio eletrônico, o usuário indica a esse (C) o binário
aplicativo que, quando for recebida mensagem vinda do referido endereço,
(D) a ROM
o programa deve apresentar, na tela, texto em que se pergunta ao usuário
se deseja ou não receber a mensagem em questão. (E) a RAM
E) Atualmente, todos os programas de e-mail realizam, automaticamente e
sem necessidade de configuração pelo usuário, operações de criptografia 6. A principal diferença entre dois processadores, um deles equipado
nos arquivos a serem enviados, de forma que não existe a possibilidade de com memória cache e o outro não, consiste na:
uma mensagem de e-mail ser interceptada, lida e entendida por um usuá-
rio para o qual ela não foi destinada. (A) capacidade de armazenamento na memória RAM
(B) velocidade final de processamento
RESPOSTAS C) velocidade de acesso à memória RAM
01. D (D) velocidade de acesso ao disco rígido
02. B
(E) capacidade de solução de operações matemáticas
Informática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7. Os softwares de correio eletrônico normalmente utilizam para (D) Firewall
entrada de emails e saída de emails, respectivamente, os servidores: (E) Hub
(A) POP3 + HTTP 14. Programa malicioso que, uma vez instalado em um microcompu-
(B) POP3 + SMTP tador, permite a abertura de portas, possibilitando a obtenção de
(C) SMTP + POP3 informações não autorizadas, é o:
(D) SMTP + HTTP (A) Firewall
(E) HTTP + POP3 (B) Trojan Horse
(C) SPAM Killer
08. Na troca de mensagens pela Internet, entre dois usuários de (D) Vírus de Macro
empresas diferentes, os servidores Web responsáveis pela comuni- (E) Antivírus
cação estão localizados:
(A) nos computadores dos provedores de acesso 15. Em uma criptografia, o conceito de força bruta significa uma
(B) nos computadores da Intranet de cada empresa técnica para:
(C) nos computadores dos usuários envolvidos (A) eliminar todas as redundâncias na cifra
(D) no computador do usuário remetente (B) tornar complexa a relação entre a chave e a cifra
(E) no computador do usuário destinatário (C) acrescentar aleatoriedade aos dados, tornando maior o caos
(D) quebrar uma criptografia simétrica por meio de busca exaustiva da
09. Um serviço muito utilizado em ambiente Internet, tendo como chave
porta padrão de funcionamento a TCP 80: (E) ocultar uma determinada informação para torná-la imperceptível
(A) DNS
(B) FTP 16. Um firewall tradicional…
(C) TELNET (A) permite realizar filtragem de serviços e impor políticas de segurança
(D) HTTP (B) bem configurado em uma rede corporativa realiza a proteção contra
(E) GHOST vírus, tornando-se desnecessária a aquisição de ferramentas antivírus
(C) protege a rede contra bugs e falhas nos equipamentos decorrentes da
10. A transferência de informações na Web, que permite aos autores não atualização dos sistemas operacionais
de páginas incluir comandos que possibilitem saltar para outros (D) evita colisões na rede interna e externa da empresa, melhorando, com
recursos e documentos disponíveis em sistemas remotos, de forma isto, o desempenho do ambiente organizacional
transparente para o usuário, é realizada por um conjunto de regras (E) deve ser configurado com base em regras permissivas (todos podem
denominado: fazer tudo o que não for proibido), restringindo-se acessos apenas quando
(A) Hypermedia Markup Protocol necessário, como melhor política de segurança
(B) Hypermedia Transfer Protocol
(C) Hypertext Markup Protocol 17. NÃO é um componente exibido na barra de tarefas do Windows
(D) Hypertext Transfer Protocol XP:
(E) Hypertext Markup Language (A) o menu Iniciar
(B) a área de notificação
11. Não é um endereço IP válido em uma rede: (C) a área de transferência
(A) 192.168.0.1 (D) a barra de ferramentas
(B) 10.45.64.02 (E) a barra de Inicialização rápida
(C) 200.204.10.3
(D) 256.128.0.4 18. O comando “desfazer”, utilizado pelos editores de texto, normal-
(E) 19.254.253.5 mente executa a operação de:
(A) apagar caracteres, por meio das teclas delete ou backspace
12. Na disciplina de segurança de redes e criptografia, a propriedade (B) apagar caracteres, somente por meio da tecla delete
que traduz a confiança em que a mensagem não tenha sido alterada (C) apagar caracteres, somente por meio da tecla backspace
desde o momento de criação é: (D) substituir a última ação realizada
(A) autenticidade (E) voltar às ações realizadas
(B) criptologia
(C) não-repúdio 19. Uma conta interna usada para fazer logon em um computador,
(D) integridade sob o Windows XP, quando o usuário não tem uma conta no compu-
(E) confidencialidade tador ou num domínio da rede, denomina-se conta:
(A) de usuário
13. Tradicionalmente realiza a proteção de máquinas de uma rede (B) do computador
contra os ataques (tentativas de invasão) provindos de um ambiente (C) de grupo
externo. Trata-se de: (D) de convidado
(A) Roteador (E) global
(B) Antivírus
(C) Password

Informática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
20. Para acessar mais rapidamente arquivos ou pastas pode-se utili- _______________________________________________________
zar, na área de trabalho do Windows, ícones de atalho identificados: _______________________________________________________
(A) com o formato de uma pasta aberta
_______________________________________________________
(B) com o desenho de uma lupa sobre os ícones
(C) com uma seta no canto inferior esquerdo(D) por uma figura única que _______________________________________________________
representa atalho _______________________________________________________
(E) necessariamente com a palavra atalho _______________________________________________________

GABARITO 1A, 2B, 3A, 4D, 5B, 6B, 7B, 8A, 9D, 10D, 11D, 12C, 13E, 14B, _______________________________________________________
15D, 16A, 17C, 18E, 19D e 20C _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Informática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ ______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Informática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TÉCNICO(A) DE OPERAÇÃO das. Dessa forma, por meio do valor da constante de ioni-
zação, pode-se medir a força de um ácido. Quanto mais
JÚNIOR elevado for o valor dessa constante, maior será a força do
1. Conhecimentos básicos de Química: ácido e maior a concentração de íons hidrogênio.
Ácidos, bases, sais e óxidos. Outro artifício utilizado para avaliar o poder dos ácidos é
Reações de oxidação-redução. o conceito de pH. Definido como o logaritmo negativo da
Termoquímica. concentração de íons hidrogênio em solução aquosa, o pH
Cálculos estequiométricos. varia entre zero e 14. Todos os ácidos apresentam pH entre
Transformações químicas e equilíbrio. zero e 7, sendo que, quanto menor esse valor, mais eleva-
Química Orgânica: hidrocarbonetos e polímeros. da é a força do ácido.
Soluções aquosas. Além disso, os ácidos reagem com os metais colocados
acima do hidrogênio na série de atividade dos metais ou na
tabela de potenciais de oxidação, liberando hidrogênio e
ÁCIDOS, BASES, SAIS E ÓXIDOS.
formando o sal correspondente.
ÁCIDO Por outro lado, os ácidos oxidantes, isto é, aqueles cujos
íons negativos têm capacidade de realizar reações de oxi-
Desde os tempos dos alquimistas, observou-se que cer-
dação, não libertam hidrogênio e reagem até com os metais
tas substâncias apresentavam comportamentos peculiares
abaixo do hidrogênio na tabela de potenciais.
quando dissolvidos na água. Entre tais propriedades desta-
cavam-se o sabor, semelhante ao do vinagre; a facilidade Os ácidos reagem com os óxidos (exceto os neutros e
de atacar os metais, dando origem a um gás inflamável; e o os anidridos) formando sais e água, e com os carbonatos e
fato de produzirem espuma quando em contato com calcá- bicarbonatos desprendendo CO2. Os ácidos reagem com
rios. Essas substâncias foram denominadas ácidos. as bases, formando sais e água. Daí dizer-se que a reação
de ácidos com bases é de salificação (devido à formação de
Definição. Os critérios inicialmente usados para carac-
sal) ou de neutralização (devido à anulação do caráter bási-
terizar os ácidos baseavam-se nas propriedades de suas
co da solução), tornando o meio neutro.
soluções aquosas. Dizia-se que ácidos eram substâncias
que apresentavam sabor azedo ou ácido e produziam mu- Nomenclatura. A denominação dos ácidos obedece aos
dança de cor dos indicadores. Evidentemente, essas pro- seguintes princípios: nos hidrácidos, à palavra "ácido" se-
priedades não são completas nem específicas, pois outras gue-se o nome do elemento ou radical eletronegativo, com
substâncias podem também apresentá-las. Com o passar o sufixo "ídrico": HCL, ácido clorídrico; HCN, ácido cianídri-
do tempo, foram estabelecidos conceitos mais definidos co; H2S, ácido sulfídrico etc. Nos oxiácidos, à palavra "áci-
para a caracterização dos ácidos, tais como o de Arrhenius, do" segue-se o nome do radical eletronegativo com a termi-
o de Brönsted-Lowry e o de Lewis. nação "ico": H2CO3, ácido carbônico; HCNO, ácido ciânico
etc.
Na segunda metade do século XIX, Arrhenius definiu á-
cido como um composto que, dissolvido em água, libera Quando um mesmo elemento forma dois oxiácidos, usa-
íons hidrogênio. Essa definição, no entanto, tem sua aplica- se o sufixo "oso" para o menos oxigenado: HNO2, ácido
ção limitada às soluções aquosas. Para superar essa restri- nitroso; HNO3, ácido nítrico. Numa série de oxiácidos de
ção, o químico dinamarquês Johannes M. Nicolaus um mesmo elemento, usa-se o prefixo "hipo" e o sufixo
Brönsted e o inglês Thomas Lowry elaboraram a teoria "oso" para o ácido menos oxigenado, e o prefixo "per" e a
protônica, segundo a qual ácido seria toda substância íon desinência "ico" para o mais oxigenado: HClO, ácido hipo-
ou molécula capaz de doar prótons, partícula subatômica de cloroso, HClO3, ácido clórico; HClO4, ácido perclórico.
carga positiva. Essa teoria pode aplicar-se a qualquer tipo
de solvente, e não somente à água, como no caso do crité- A nomenclatura oficial UIQPA (União Internacional de
rio de Arrhenius. Química Pura e Aplicada) consiste em substituir o "o" do
hidrocarboneto correspondente pelo sufixo "óico". Nos áci-
Baseando-se em critérios distintos, o americano Gilbert dos ramificados, a cadeia principal é a mais longa que con-
Lewis definiu ácido como uma substância que pode aceitar tenha o grupamento funcional (-COOH), ponto a partir do
um par de elétrons, partículas subatômicas de carga negati- qual a cadeia é numerada. Os átomos de carbono da ca-
va, que giram em torno do núcleo atômico. deia principal podem também ser designados por letras: o
carbono de carboxila é ômega, e os seguintes, alfa, beta,
Alguns átomos apresentam maior tendência a ceder elé-
gama etc.
trons e se convertem em íons positivos ou cátions, enquan-
to outros tendem a aceitar pares de elétrons, e se conver- Tipos de ácidos. Os ácidos se dividem fundamental-
tem em íons negativos ou ânions. Em toda reação química mente em orgânicos e inorgânicos ou minerais. Os ácidos
ocorre esse processo simultâneo de doação e recebimento orgânicos são compostos que contêm em sua estrutura o
de elétrons, no qual Lewis se baseou para formular sua grupamento carboxila, composto por um átomo de carbono
teoria. ligado a um átomo de oxigênio por ligação dupla e a um
grupo de hidroxila, por ligação simples. Entre os milhares de
Propriedades. Os ácidos possuem sabor azedo ou
ácidos orgânicos conhecidos, alguns são de enorme impor-
cáustico, facilmente identificado em frutas cítricas, como
tância para o homem.
limão, laranja e maçã. Têm a capacidade de alterar a cor de
certas substâncias orgânicas, denominadas indicadores. O ácido fórmico, primitivamente obtido de certa espécie
Assim, em presença de solução aquosa ácida, o papel azul de formiga, é atualmente produzido a partir da reação do
de tornassol passa para vermelho; o papel vermelho-do- monóxido de carbono com hidróxido de sódio sob pressão
congo passa para azul e uma solução básica de fenolftaleí- (sete atmosferas), na temperatura de 120 a 150o C, obten-
na passa de vermelho para incolor. Em soluções aquosas do-se formiato de sódio, que, tratado por ácidos minerais,
diluídas, os ácidos são bons condutores de eletricidade. libera o ácido fórmico. É usado em corantes de tecidos,
para formar a solução ácida, sendo que, no final do proces-
Os ácidos apresentam, em solução aquosa, diferentes
so, o ácido que fica na fazenda se evapora. Preferido para a
graus de ionização, isto é, uma relação variável entre o
coagulação do látex de borracha, é também usado na neu-
número de moléculas ionizadas e o de moléculas dissolvi-

Química 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tralização da cal, que é empregada no processamento do Para o americano Gilbert Lewis, base é qualquer subs-
couro. tância química capaz de ceder um par de elétrons para a
formação de co-valência coordenada. Certos sais são for-
O ácido acético, o mais importante dos ácidos carboxíli- mados sem transferência de prótons (na ausência de água)
cos, forma-se a partir de soluções diluídas de etanol por e, nesse caso, nem a teoria de Arrhenius nem a de
ação de microrganismos, sendo esse o processo de prepa- Brønsted-Lowry seriam suficientes para classificar como
ração de vinagre de vinho; é utilizado em grandes quantida- bases as substâncias que reagem com os compostos de
des como solvente e como meio não aquoso, em reações. caráter ácido para formar esses sais.
Tem também uso importante na neutralização ou acidula-
ção, quando não são aplicáveis ácidos minerais (por exem- As bases designam-se pela expressão "hidróxido de"
plo, no processamento de filmes e papéis fotográficos). seguida do nome do cátion ou metal. Quando o cátion apre-
senta mais de um número de oxidação e, conseqüentemen-
Os ácidos graxos, presentes nas gorduras animais e ve- te, forma mais de um hidróxido, coloca-se, após o nome do
getais, ocorrem, normalmente, combinados com glicerina ou cátion, o seu número de oxidação em algarismos romanos.
glicerol, sob a forma de triésteres chamados glicerídeos, Usam-se, também, as terminações "-oso" e "-ico", conforme
dos quais são obtidos por saponificação. São utilizados na o número de oxidação seja menor ou maior, respectivamen-
produção industrial de ceras, cosméticos e pinturas. te.
Os ácidos inorgânicos são de origem mineral e dividem- As bases reagem com os ácidos, com os óxidos de ca-
se em hidrácidos, quando não apresentam oxigênio em sua ráter ácido e com os anfóteros, produzindo sal e água. Com
combinação, e oxiácidos, quando esse átomo faz parte de os anidridos ácidos a reação pode conduzir a mais de um
sua estrutura. Entre eles, os mais utilizados industrialmente sal, conforme se use ou não excesso de anidrido. Os hidró-
são o ácido clorídrico, o nítrico, o fosfórico e o sulfúrico. O xidos são bons condutores de corrente elétrica, tanto fundi-
ácido clorídrico ou cloreto de hidrogênio é um gás incolor, dos quanto em solução aquosa, sendo os produtos da ele-
de odor irritante e tóxico. Tem ponto de fusão -112o C e de trólise diferentes num caso e noutro.
ebulição -83,7o C. É muito solúvel em água, solução cha-
mada de ácido clorídrico. Ácido forte é quase totalmente ÓXIDO
ionizado, e emprega-se na síntese de diversos compostos
orgânicos de interesse. A ferrugem que corrói os objetos de ferro e a pátina que
recobre as cúpulas de bronze de certas igrejas nada mais
O ácido nítrico é um líquido incolor, de cheiro irritante e são que variedades de óxidos formados pela reação dessas
tóxico; tem ponto de ebulição 86o C e ponto de fusão -41,3o substâncias com o oxigênio do ar.
C. É miscível com a água em todas as proporções. Suas
soluções aquosas são incolores, mas se decompõem com o Óxido é um composto binário do oxigênio com elemen-
tempo, sob a ação da luz. É utilizado como matéria-prima tos menos eletronegativos. Segundo suas propriedades, os
na indústria de plásticos, fertilizantes, explosivos e corantes. óxidos distinguem-se em básicos, ácidos ou neutros.
O ácido ortofosfórico é um sólido incolor, muito higros- Chamam-se básicos os óxidos que reagem com a água
cópico e muito solúvel em água. Aplica-se na indústria de para formar bases (ou hidróxidos) e com ácidos para produ-
fertilizantes, nos processos de estamparia nas indústrias zir sais. Os elementos que se ligam ao oxigênio nos óxidos
têxteis e na síntese de inúmeros compostos de interesse. básicos pertencem aos grupos Ia, IIa e IIIa (exceto o boro)
ou são elementos de transição, como nos óxidos de sódio
O ácido sulfúrico é um líquido oleoso, com densidade de (Na2O) e de cálcio (CaO). Os óxidos ácidos, ou anidridos,
1,84g/cm3. Tem ponto de fusão de 10o C e de ebulição de como o dióxido de carbono (CO2) e o dióxido de enxofre
338o C. Embora muito estável quando aquecido, sua solu- (SO2), reagem com a água para formar ácidos e com bases
ção diluída perde água, gradualmente, com o aquecimento. para formar sais. São produzidos com elementos não-
Durante o aquecimento, o ácido puro perde SO3. É utilizado metálicos dos grupos IVa, Va, VIa e VIIa e alguns elemen-
como matéria-prima na produção do sulfato de amônio, tos de transição. Já exemplos de óxidos neutros (nem áci-
intermediário da elaboração de fertilizantes, de detergentes, dos nem básicos) são o monóxido de carbono (CO) e o
explosivos, pigmentos e corantes, entre outros produtos. monóxido de nitrogênio (NO).
BASE Embora se enquadrem na classificação anterior, mere-
cem destaque os óxidos anfóteros, como o óxido de alumí-
Os antigos dividiam as substâncias em dois grandes nio (Al2O3), que reage tanto com ácidos como com bases
grupos: as que se assemelhavam ao vinagre, denominadas para formar sais. São anfóteros tanto os peróxidos, como o
ácidos, e as semelhantes às cinzas de plantas, chamadas peróxido de sódio (Na2O2), que reagem com a água para
álcalis. Os álcalis eram substâncias detergentes ou, segun- formar bases e peróxido de hidrogênio (água oxigenada,
do o farmacêutico e químico francês Guillaume François H2O2), e com ácidos para formar sal e peróxido de hidro-
Rouelle, bases. gênio, quanto os superóxidos, como o superóxido de sódio
No final do século XIX, o sueco Svante Arrhenius definiu (NaO2), que em reação com a água formam bases, peróxi-
base como substância que, em solução aquosa, libera íon do de hidrogênio e oxigênio, e com os ácidos formam sal,
hidroxila, OH-, como único ânion. Esse conceito correspon- peróxido de hidrogênio e oxigênio. Mencionam-se ainda os
de ao de hidróxido. De fato, base é uma classe mais geral ozonides (ou ozonetos), resultantes da reação entre ozônio
de compostos, de forma que todo hidróxido é uma base, (O3) e hidróxidos de metais alcalinos (exceto LiOH), e os
mas nem toda base é um hidróxido. óxidos salinos, como o Fe3O4, que formam, pela reação
com ácidos, dois sais diferentes do mesmo metal. Exceto
Um conceito mais abrangente, porém ainda não comple- nos peróxidos e superóxidos, o oxigênio nessas reações
to, desses compostos foi proposto pelo dinamarquês Jo- tem valência dois, ou seja, participa das ligações com dois
hannes Nicolaus Brønsted e pelo britânico Thomas Martin elétrons.
Lowry na década de 1920. Segundo os dois químicos, base
é qualquer substância química, molecular ou iônica, capaz SAL
de receber prótons. Esse conceito, mais geral do que o de A importância histórica do sal comum como conservante
Arrhenius, permite incluir entre as bases outras substâncias de alimentos e como moeda permaneceu em várias expres-
além dos hidróxidos. sões de linguagem. A palavra salário, derivada do latim,
representava originalmente a porção de sal que os soldados
Química 2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da antiguidade romana recebiam como pagamento por seus mais de um sal, aplica-se o critério do número de oxidação
serviços. em algarismos romanos, ou as terminações "-oso" e "-ico",
como em FeSO4 (sulfato de ferro II, ou sulfato ferroso) e
Na linguagem vulgar, o termo sal designa estritamente o Fe2(SO4)3 (sulfato de ferro III, ou sulfato férrico).
cloreto de sódio (NaCl), utilizado na alimentação. Em quími-
ca, porém, tem um sentido muito mais amplo e se aplica a Quando se tem sais ácidos, há várias alternativas de
uma série de compostos com características bem definidas, nomenclatura: (1) indica-se o número de íons positivos
que têm em comum com o cloreto de sódio o fato de se pelos prefixos "mono-", "di-", "tri-" etc; (2) indica-se o núme-
formarem pela reação de um ácido com uma base. O clore- ro de átomos de hidrogênio ácido não substituídos com as
to de sódio resulta da reação do ácido clorídrico com o expressões "mono-hidrogeno", "di-hidrogeno" etc; (3) utili-
hidróxido de sódio. zam-se os termos "monoácido", "diácido" etc; ou (4) coloca-
se o prefixo "bi-" antes do nome do íon negativo, no caso de
Pode-se, assim, definir sal como composto iônico resul- sais ácidos derivados de diácidos. Um exemplo é NaHSO4,
tante da reação entre um ácido e uma base, mas há outras sulfato monossódico, também designado mono-hidrogeno-
conceituações igualmente aceitas. Segundo a teoria de sulfato de sódio, ou sulfato monoácido de sódio, ou bissulfa-
Arrhenius, que defende a existência de três tipos de eletróli- to de sódio.
tos (ou substâncias em dissolução), sais são substâncias
que, em dissolução, produzem cátions e ânions de vários
tipos, mas sempre diferentes dos íons hidrogênio (H3O+),
também chamados hidroxônios, e hidroxila (OH-). Os outros
dois tipos de eletrólitos, segundo Arrhenius, são: os ácidos,
que em água se ionizam e produzem, como cátions, exclu-
sivamente íons hidrogênio; e as bases que, em água, se
dissociam e produzem, como ânions, exclusivamente íons
hidroxila. Por serem sobretudo iônicos, os sais são em geral
cristalinos e solúveis em água.
Classificação. De acordo com o ácido de que derivam,
os sais se classificam em: (1) halóides, derivados de hidrá-
cidos, e (2) oxissais, derivados de oxiácidos. Os halóides
são sais não-oxigenados, como NaCl e KBr (bromato de
potássio). Os oxissais apresentam oxigênio no íon negativo,
como no caso do Na2SO4 (sulfato de sódio). Outra classifi-
cação distingue os sais ácidos, básicos, e neutros ou nor- Preparação. Alguns sais ocorrem em grandes quanti-
mais. Os sais ácidos resultam da substituição, parcial ou dades na natureza. Basta, portanto, escolher o melhor pro-
total, de um ou mais hidrogênios ácidos (ionizáveis ou subs- cesso de extração, como no caso do cloreto de sódio, pre-
tituíveis) por íons positivos, como no caso do NaH2PO4 sente na água do mar. Muitos outros sais, porém, são pre-
(fosfato de sódio). Sais básicos têm uma ou mais hidroxilas, parados artificialmente por meio de reações entre ácidos e
como no caso do Zn(OH)Cl (cloreto monobásico de zinco), bases (chamadas reações de salificação); entre ácidos e
e resultam das bases por substituição parcial ou total das óxidos básicos; ou entre óxidos ácidos e básicos. Outros
hidroxilas por íons negativos. Os que não contêm hidrogê- processos de obtenção de sais incluem a ação de ácido,
nio ácido nem hidroxila, como é o caso do CaSO4 (sulfato base ou sal sobre um sal, geralmente em solução aquosa; a
de cálcio), são chamados de sais neutros ou normais. reação entre metal e ácidos, bases ou sais; e a combinação
Quando se misturam soluções de dois ou mais sais sim- de um metal com um ametal.
ples, pode-se formar um terceiro sal, chamado duplo, como Sal comum. Dos inúmeros compostos salinos que po-
por exemplo o KCl.MgCl2.6H2O (cloreto duplo de potássio dem ser encontrados na natureza, o que mais importância
e magnésio). Os sais compostos de íons complexos, forma- apresenta para o ser humano é o cloreto de sódio, chamado
dos de diversos átomos, são chamados de sais complexos. sal comum ou sal de cozinha, muito empregado na alimen-
Em solução aquosa, os sais podem fixar uma ou mais mo- tação como condimento e como conservante, neste caso
léculas de água e se tornarem hidratados, como ocorre em especialmente para carnes e pescados. A grande importân-
CuSO4.5H2O (sulfato de cobre II penta-hidratado). cia do sal, no entanto, decorre de seus múltiplos usos e
Nomenclatura. Existem regras para nomear os sais aplicações, além do consumo humano e animal. Emprega-
mais comuns. No caso dos sais halóides, substitui-se a se o sal em refrigeração, na indústria eletroquímica de cloro
terminação "-ídrico" do hidrácido pelo sufixo "-eto". Acres- e seus derivados, como o ácido clorídrico e cloretos diver-
centa-se a preposição "de" e o nome do íon positivo. Tem- sos, hipocloritos, cloratos e percloratos. É ainda usado na
se assim, por exemplo, derivado do ácido cianídrico (HCN), fabricação de inseticidas como o DDT, de plásticos com
o cianeto de potássio (KCN). base de cloro e outros.

Quando um metal forma dois sais, derivados do mesmo A eletrólise do cloreto de sódio fornece, além do cloro, o
ácido, acrescenta-se após o nome do sal, entre parênteses, sódio metálico ou soda cáustica, que tem na indústria um
o número de oxidação do metal em algarismos romanos. É papel equivalente ao do ácido sulfúrico, pela diversidade de
comum também o emprego das terminações "-oso", para o empregos, entre eles a produção de sabões, óleos vegetais
sal em que o metal apresenta o menor número de oxidação, e minerais, celulose etc. O sal também é matéria-prima para
e "-ico", para o número de oxidação maior. O estanho, por fabricação de barrilha (Na2CO3), empregada na indústria
exemplo, forma os sais SnCl2 (cloreto estanoso) e SnCl4 têxtil, na produção de vidro e em muitos outros casos em
(cloreto estânico). que se necessita de um álcali fraco.

No caso dos oxissais, derivados dos oxiácidos, substitu- Tipos de sal. O sal comum pode ser classificado, de
em-se as terminações "-oso" e "-ico" dos ácidos de que acordo com seu teor de pureza, ou seja, a maior ou menor
derivam os sais pelas terminações "-ito" e "-ato", respecti- porcentagem de outros sais em sua composição, em dois
vamente. Acrescenta-se a preposição "de" e o nome do tipos: sal bruto e sal beneficiado. Sal bruto é o produto ime-
cátion do sal. Do ácido sulfúrico (H2SO4), por exemplo, diato da extração, com todas as impurezas de manipulação
deriva o sulfato de potássio (CaSO4). Ao metal que forma extrativa e tudo o que cristaliza com o cloreto de sódio.

Química 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pode ser de três tipos: sal marinho (verde e curado); sal de
minas, lagos salgados ou mares interiores (salmoura); sal
Ácidos orto, meta e piro. O elemento E tem o mesmo
de jazidas de sal-gema (ou halito) e depósitos de sais mis-
nox. Esses ácidos diferem no grau de hidratação:
tos. O sal beneficiado se subdivide em alimentício (sal de
cozinha e sal grosso) e de conserva, a qual pode ser salga 1 ORTO - 1 H2O = 1 META
seca ou salmoura. No Brasil, uma lei de 1953 determina
que seja distribuído exclusivamente sal iodado nas regiões 2 ORTO - 1 H2O = 1 PIRO
sujeitas ao bócio endêmico, doença causada pela deficiên-
Nome dos ânions sem H ionizáveis - Substituem as
cia de iodo na alimentação.
terminações ídrico, oso e ico dos ácidos por eto, ito e ato,
Extração de sal. Ainda que a fonte principal de sal seja respectivamente.
a água do mar -- na qual sua concentração é muito variável,
com uma média de 3,3% --, o produto pode ser encontrado CLASSIFICAÇÃO
também em lagos salgados. Em ambos os casos, o proce- • Quanto ao número de H ionizáveis:
dimento de extração consiste em isolar a água salgada em
tanques rasos, as salinas, onde, exposta ao sol e ao vento, - monoácidos ou ácidos monopróticos
a solução atinge concentrações cada vez maiores, até o - diácidos ou ácidos dipróticos
ponto de saturação, quando começa a precipitar o cloreto
de sódio. - triácidos ou ácidos tripróticos
O sal obtido do mar apresenta-se geralmente menos pu- - tetrácidos ou ácidos tetrapróticos
ro que o sal-gema, encontrado em depósitos subterrâneos
ou superficiais formados a partir da evaporação dos mares • Quanto à força
em eras geológicas passadas. O sal-gema é um mineral - Ácidos fortes, quando a ionização ocorre em grande
que ocasionalmente apresenta cristais de forma cúbica extensão.
regular e se caracteriza pelo sabor e pouca dureza (dois, na
escala de Mohs). Entre as principais jazidas de sal-gema Exemplos: HCl, HBr, HI . Ácidos HxEOy, nos quais (y - x)
estão a da baixa Saxônia, na Alemanha, e outras na Áustri- ³ 2, como HClO4, HNO3 e H2SO4.
a, Espanha, Itália e Rússia. No que se refere à produção - Ácidos fracos, quando a ionização ocorre em pequena
global de sal, os principais países produtores são Estados extensão.
Unidos, China e Rússia.
Exemplos: H2S e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 0,
FUNÇÕES DA QUÍMICA INORGÂNICA: como HClO, H3BO3.
ÁCIDOS - Ácidos semifortes, quando a ionização ocorre em
Ácido de Arrhenius - Substância que, em solução a- extensão intermediária.
+ +
quosa, libera como cátions somente íons H (ou H3O ).
Exemplos: HF e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 1, co-
Nomenclatura mo H3PO4, HNO2, H2SO3.
Ácido não-oxigenado (HxE):
Exceção: H2CO3 é fraco, embora (y - x) = 1.
ácido + [nome de E] + ídrico
Exemplo: HCl - ácido clorídrico Roteiro para escrever a fórmula estrutural de
Ácidos HxEOy, nos quais varia o nox de E: um ácido HxEOy
1. Ligue a E tantos -O-H quantos forem os H ionizáveis.
Nox de E
Grupo de E

2. Ligue a E os H não-ionizáveis, se houver.


Nome do
Exemplo
ácido HxEOy 3. Ligue a E os O restantes, por ligação dupla (E = O) ou
dativa (E O).
ácido per +
HClO4 ácido perclórico
Ácidos mais comuns na química do cotidiano
7 [nome de E]
+ ico Nox do Cl = +7 • Ácido clorídrico (HCl)
ácido - O ácido impuro (técnico) é vendido no comércio com o
HClO3 ácido clórico
a<7 [nome de E] nome de ácido muriático.
Nox do Cl = +5
+ ico
7 - É encontrado no suco gástrico .
Ácido
HClO2 ácido cloroso
b<a [nome de E] - É um reagente muito usado na indústria e no laboratório.
Nox do Cl = +3
+ oso
- É usado na limpeza de edifícios após a sua caiação,
ácido hipo + para remover os respingos de cal.
HClO ácido hipocloroso
c<b [nome de E]
Nox do Cl = +1
+ oso - É usado na limpeza de superfícies metálicas antes da
ácido soldagem dos respectivos metais.
H3PO4 ácido fosfórico
G [nome de E] • Ácido sulfúrico (H2SO4)
Nox do P = +5
+ ico
G Ácido - É o ácido mais importante na indústria e no laboratório.
H3PO3 ácido fosforoso O poder econômico de um país pode ser avaliado pela
¹ a<G [nome de E]
7 + oso Nox do P = +3 quantidade de ácido sulfúrico que ele fabrica e conso-
me.
ácido hipo + H3PO2 ácido hipofosfo-
b<a [nome de E] roso - O maior consumo de ácido sulfúrico é na fabricação de
+ oso Nox do P = +1 fertilizantes, como os superfosfatos e o sulfato de amô-
nio.

Química 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- É o ácido dos acumuladores de chumbo (baterias) usa- Classificação
dos nos automóveis.
Solubilidade em água:
- É consumido em enormes quantidades em inúmeros
processos industriais, como processos da indústria pe- São solúveis em água o hidróxido de amônio, hidróxidos de
troquímica, fabricação de papel, corantes, etc. metais alcalinos e alcalino-terrosos (exceto Mg). Os hidróxi-
dos de outros metais são insolúveis.
- O ácido sulfúrico concentrado é um dos desidratantes
mais enérgicos. Assim, ele carboniza os hidratos de Quanto à força:
carbono como os açúcares, amido e celulose; a carboni- São bases fortes os hidróxidos iônicos solúveis em água,
zação é devido à desidratação desses materiais. como NaOH, KOH, Ca(OH)2 e Ba(OH)2.
- O ácido sulfúrico "destrói" o papel, o tecido de algodão, São bases fracas os hidróxidos insolúveis em água e o
a madeira, o açúcar e outros materiais devido à sua e- hidróxido de amônio. O NH4OH é a única base solúvel e
nérgica ação desidratante. fraca.
- O ácido sulfúrico concentrado tem ação corrosiva sobre Ação de ácidos e bases sobre indicadores
os tecidos dos organismos vivos também devido à sua
ação desidratante. Produz sérias queimaduras na pele. Indicador Ácido Base
Por isso, é necessário extremo cuidado ao manusear
tornassol róseo azul
esse ácido.
fenolftaleína incolor avermelhado
- As chuvas ácidas em ambiente poluídos com dióxido de
alaranjado de avermelhado amarelo
enxofre contêm H2SO4 e causam grande impacto ambi-
metila
ental.
• Ácido nítrico (HNO3)
- Depois do sulfúrico, é o ácido mais fabricado e mais Bases mais comuns na química do cotidiano
consumido na indústria. Seu maior consumo é na fabri-
• Hidróxido de sódio ou soda cáustica (NaOH)
cação de explosivos, como nitroglicerina (dinamite), trini-
trotolueno (TNT), trinitrocelulose (algodão pólvora) e á- - É a base mais importante da indústria e do laboratório. É
cido pícrico e picrato de amônio. fabricado e consumido em grandes quantidades.
- É usado na fabricação do salitre (NaNO3, KNO3) e da - É usado na fabricação do sabão e glicerina:
pólvora negra (salitre + carvão + enxofre).
(óleos e gorduras) + NaOH glicerina + sabão
- As chuvas ácidas em ambientes poluídos com óxidos do
nitrogênio contém HNO3 e causam sério impacto ambi- - É usado na fabricação de sais de sódio em geral. E-
ental. Em ambientes não poluídos, mas na presença de xemplo: salitre.
raios e relâmpagos, a chuva também contém HNO3,
mas em proporção mínima. HNO3 + NaOH NaNO3 + H2O

- O ácido nítrico concentrado é um líquido muito volátil; - É usado em inúmeros processos industriais na petro-
seus vapores são muito tóxicos. É um ácido muito cor- química e na fabricação de papel, celulose, corantes,
rosivo e, assim como o ácido sulfúrico, é necessário etc.
muito cuidado para manuseá- lo.
- É usado na limpeza doméstica. É muito corrosivo e
• Ácido fosfórico (H3PO4) exige muito cuidado ao ser manuseado.

- Os seus sais (fosfatos) têm grande aplicação como - É fabricado por eletrólise de solução aquosa de sal de
fertilizantes na agricultura. cozinha. Na eletrólise, além do NaOH, obtêm-se o H2 e
o Cl2, que têm grandes aplicações industriais.
- É usado como aditivo em alguns refrigerantes.
• Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)
• Ácido acé
tico (CH3 - COOH)
- É a cal hidratada ou cal extinta ou cal apagada.
- É o ácido de vinagre, produto indispensável na cozinha
(preparo de saladas e maioneses). - É obtida pela reação da cal viva ou cal virgem com a
água. É o que fazem os pedreiros ao preparar a arga-
• Ácido fluorídrico (HF) massa:
- Tem a particularidade de corroer o vidro, devendo ser - É consumido em grandes quantidades nas pinturas a cal
guardado em frascos de polietileno. É usado para gravar (caiação) e no preparo da argamassa usada na alvena-
sobre vidro. ria.
• Ácido carbônico (H2CO3) • Amônia (NH3) e hidróxido de amônio (NH4OH)
- É o ácido das águas minerais gaseificadas e dos refrige- - Hidróxido de amônio é a solução aquosa do gás amônia.
rantes. Forma-se na reação do gás carbônico com a á- Esta solução é também chamada de amoníaco.
gua:
- A amônia é um gás incolor de cheiro forte e muito irritan-
CO2 + H2O H2CO3 te.
BASES - A amônia é fabricada em enormes quantidades na in-
dústria. Sua principal aplicação é a fabricação de ácido
Base de Arrhenius - Substância que, em solução a- nítrico.
-
quosa, libera como ânions somente íons OH .
- É também usada na fabricação de sais de amônio, muito
usados como fertilizantes na agricultura. Exemplos:
NH4NO3, (NH4)2SO4, (NH4)3PO4

Química 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- A amônia é usada na fabricação de produtos de limpeza Reações caraterísticas Exemplos de reações
doméstica, como Ajax, Fúria, etc.
SO3 + H2O → H2SO4
• sio (Mg(OH)2)
Hidróxido de magné
óxido ácido + água → SO3 +2KOH → K2SO4 +
- É pouco solúvel na água. A suspensão aquosa de ácido H2O
óxido ácido + base → sal N2O5 + H2O → 2HNO3
Mg(OH)2 é o leite de magnésia, usado como antiácido
estomacal. O Mg(OH)2 neutraliza o excesso de HCl no
suco gástrico.
+ água N2O5 + 2KOH → 2KNO3 +
H2O
Mg(OH)2 + 2HCl MgCl2 + 2H2O
Óxidos ácidos mistos
• Hidróxido de alumínio (Al(OH)3) NO2
- É muito usado em medicamentos antiácidos estomacais, Reações caraterísticas Exemplos de reações
como Maalox, Pepsamar, etc. óxido ácido misto + água 2NO2 + H2O HNO3 +
TEORIA PROTÔNICA DE BRÖNSTED-LOWRY E ácido(1) + ácido(2) HNO2
óxido ácido misto + base 2NO2 + 2KOH KNO3 +
TEORIA ELETRÔNICA DE LEWIS
sal(1) + sal(2) + água KNO2 + H2O
Teoria protônica de Brönsted-Lowry - Ácido é um do-
+ Óxidos básicos
ador de prótons (H ) e base é um receptor de prótons.
Li2O Na2O K2O Rb2O Cs2O MgO CaO SrO BaO RaO
ácido(1) + base(2) ácido(2) + base(1) Cu2O CuO Hg2O HgO Ag2O FeO NiO CoO MnO
- Um ácido (1) doa um próton e se tranforma na sua base Reações caraterísticas Exemplos de reações
conjugada (1). Um ácido (2) doa um próton e se tran- Na2O + H2O → 2NaOH
forma na sua base conjugada (2). óxido básico + água →
Na2O + 2HCl → 2NaCl +
- Quanto maior é a tendência a doar prótons, mais forte é base
H2O
óxido básico + ácido →
CaO + H2O → Ca(OH)2
o ácido.
sal + água
- Quanto maior a tendência a receber prótons, mais forte CaO + 2HCl → CaCl2
é a base, e vice-versa.
Óxidos anfóteros
Teoria eletrônica de Lewis - Ácidos são receptores de As2O3 As2O5 Sb2O3 Sb2O5 ZnO Al2O3 Fe2O3 Cr2O3 SnO
pares de elétrons, numa reação química. SnO2 PbO PbO2 MnO2
ÓXIDOS Reações caraterísticas Exemplos de reações

Óxido - Composto binário de oxigênio com outro ele- ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O
ZnO + 2KOH → K2ZnO2 +
óxido anfótero + ácido →
mento menos eletronegativo.
H2O
sal + água
Nomenclatura Al2O3 + 6HCl → 2AlCl3 +
óxido anfótero + base →
3H2O
Óxido ExOy: sal + água
Al2O3 + 2KOH → 2KAlO2 +
nome do óxido = [mono, di, tri ...] + óxido de [mono, di, H2O
tri...] + [nome de E]
Óxidos neutros
O prefixo mono pode ser omitido. NO N2O CO
Os prefixos mono, di, tri... podem ser substituídos pelo nox Não reagem com a água, nem com os ácidos, nem com
de E, escrito em algarismo romano. as bases.
Óxidos salinos
Nos óxidos de metais com nox fixo e nos quais o oxigênio Fe3O4 Pb3O4 Mn3O4
tem nox = -2, não há necessidade de prefixos, nem de indi-
car o nox de E. Reações caraterísticas Exemplos de reações

Óxidos nos quais o oxigê


nio tem nox = -1:
óxido salino + ácido Fe O + 8HCl → 2FeCl +
3 4 3
→ sal(1) + sal(2) + água FeCl2 + 4H2O
nome do óxido = peróxido de + [nome de E ] Peróxidos
Óxidos ácidos, óxidos básicos e óxidos anfóte- Li2O2 Na2O2 K2O2 Rb2O2 Cs2O2 MgO2 CaO2 SrO2 BaO2
ros RaO2 Ag2O2 H2O2
Reações caraterísticas Exemplos de reações
• Os óxidos dos elementos fortemente eletronegativos
(não-metais), como regra, são óxidos ácidos. Exce- peróxido + água → base Na2O2 + H2O → 2NaOH +
ções: CO, NO e N2O. + O2 1/2 O2
• Os óxidos dos elementos fracamente eletronegativos peróxido + ácido → sal + Na2O2 + 2HCl → 2NaCl +
(metais alcalinos e alcalino-terrosos) são óxidos bási- H2O2 H2O2
cos.
• Os óxidos dos elementos de eletronegatividade interme-
Óxidos mais comuns na química do cotidiano
diária, isto é, dos elementos da região central da Tabela
Periódica, são óxidos anfóteros. • Óxido de cálcio (CaO)
Óxidos ácidos - É um dos óxidos de maior aplicação e não é encontrado
Cl2O Cl2O7 I2O5 SO2 SO3 N2O3 N2O5 P2O3 P2O5 CO2 SiO2 na natureza. É obtido industrialmente por pirólise de cal-
CrO3 MnO3 Mn2O7 cário.

Química 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Fabricação de cal hidratada ou Ca(OH)2. 2SO2 + O2 (ar) → 2SO3
- Preparação da argamassa usada no assentamento de SO3 + H2O → H2SO4
tijolos e revestimento das paredes.
• Dióxido de nitrogê
nio (NO2)
- Pintura a cal (caiação).
- É um gás de cor castanho-avermelhada, de cheiro forte
- Na agricultura, para diminuir a acidez do solo. e irritante, muito tóxico.
• Dióxido de carbono (CO2) - Nos motores de explosão dos automóveis, caminhões,
etc., devido à temperatura muito elevada, o nitrogênio e
- É um gás incolor, inodoro, mais denso que o ar. Não é
oxigênio do ar se combinam resultando em óxidos do ni-
combustível e nem comburente, por isso, é usado como
trogênio, particularmente NO2, que poluem a atmosfera.
extintor de incêndio.
- O NO2 liberado dos escapamentos reage com o O2 do
- O CO2 não é tóxico, por isso não é poluente. O ar con-
ar produzindo O3, que é outro sério poluente atmosférico
tendo maior teor em CO2 que o normal (0,03%) é impró-
prio à respiração, porque contém menor teor em O2 que NO2 + O2 → NO + O3
o normal.
- Os automóveis modernos têm dispositivos especiais que
- O CO2 é o gás usado nos refrigerantes e nas águas transformam os óxidos do nitrogênio e o CO em N2 e
minerais gaseificadas. Aqui ocorre a reação: CO2 (não poluentes).
CO2 + H2O → H2CO3 (ácido carbônico) - Os óxidos do nitrogênio da atmosfera dissolvem-se na
água dando ácido nítrico, originando assim a chuva áci-
- O CO2 sólido, conhecido por gelo seco, é usado para
da, que também causa sério impacto ambiental.
produzir baixas temperaturas.
- Atualmente, o teor em CO2 na atmosfera tem aumenta- SAIS
do e esse fato é o principal responsável pelo chamado Sal de Arrhenius - Composto resultante da neutraliza-
efeito estufa. ção de um ácido por uma base, com eliminação de água. É
• Monóxido de carbono (CO) formado por um cátion proveniente de uma base e um ânion
proveniente de um ácido.
- É um gás incolor extremamente tóxico. É um seríssimo
poluente do ar atmosférico. Nomenclatura
- Forma-se na queima incompleta de combustíveis como nome do sal = [nome do ânion] + de + [nome do
álcool (etanol), gasolina, óleo, diesel, etc. cátion]
- A quantidade de CO lançada na atmosfera pelo esca- Classificação
pamento dos automóveis, caminhões, ônibus, etc. cres-
ce na seguinte ordem em relação ao combustível usado: Os sais podem ser classificados em:
álcool < gasolina < óleo diesel. • sal normal (sal neutro, na nomenclatura antiga),
- A gasolina usada como combustível contém um certo • hidrogê
nio sal (sal ácido, na nomenclatura antiga)
teor de álcool (etanol), para reduzir a quantidade de CO e
lançada na atmosfera e, com isso, diminuir a poluição do
ar, ou seja, diminuir o impacto ambiental. • hidróxi sal (sal básico, na nomenclatura antiga).
• Dióxido de enxofre (SO2) REAÇÕES DE SALIFICAÇÃO
- É um gás incolor, tóxico, de cheiro forte e irritante. Reação da salificação com neutralização total do á-
cido e da base
- Forma-se na queima do enxofre e dos compostos do
-
enxofre: Todos os H ionizáveis do ácido e todos os OH da base
são neutralizados. Nessa reação, forma-se um sal normal.
S + O2 (ar) → SO2 -
Esse sal não tem H ionizável nem OH .
- O SO2 é um sério poluente atmosférico. É o principal Reação de salificação com neutralização parcial do
poluente do ar das regiões onde há fábricas de H2SO4. ácido
Uma das fases da fabricação desse ácido consiste na
queima do enxofre. Nessa reação, forma-se um hidrogênio sal, cujo ânion
contém H ionizável.
- A gasolina, óleo diesel e outros combustíveis derivados
do petróleo contêm compostos do enxofre. Na queima Reação de salificação com neutralização parcial da
desses combustíveis, forma-se o SO2 que é lançado na base
atmosfera. O óleo diesel contém maior teor de enxofre
Nessa reação, forma-se um hidróxi sal, que apresenta o
do que a gasolina e, por isso, o impacto ambiental cau- -
ânion OH ao lado do ânion do ácido.
sado pelo uso do óleo diesel, como combustível, é maior
do que o da gasolina. Sais naturais
- O álcool (etanol) não contém composto de enxofre e, CaCO3 NaCl NaNO3
por isso, na sua queima não é liberado o SO2. Esta é Ca3(PO4)2 CaSO4 CaF2
mais uma vantagem do álcool em relação à gasolina em sulfetos metálicos
termos de poluição atmosférica. silicatos etc.
(FeS2, PbS, ZnS,HgS)
- O SO2 lançado na atmosfera se transforma em SO3 que Sais mais comuns na química do cotidiano
se dissolve na água de chuva constituindo a chuva áci-
da, causando um sério impacto ambiental e destruindo a • Cloreto de sódio (NaCl)
vegetação:

Química 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Alimentação - É obrigatória por lei a adição de certa - Fabricação do vidro comum.
quantidade de iodeto (NaI, KI) ao sal de cozinha, como
prevenção da doença do bócio. - Fabricação do cimento Portland:

- Conservação da carne, do pescado e de peles. Calcáreo + argila + areia → cimento Portland

- Obtenção de misturas refrigerantes; a mistura gelo + - Sob forma de mármore é usado em pias, pisos, escada-
NaCl(s) pode atingir -22°C. rias, etc.

- Obtenção de Na, Cl2, H2, e compostos tanto de sódio • Sulfato de cálcio (CaSO4)
como de cloro, como NaOH, Na2CO3, NaHCO3, HCl, etc. - Fabricação de giz escolar.
- Em medicina sob forma de soro fisiológico (solução - O gesso é uma variedade de CaSO4 hidratado, muito
aquosa contendo 0,92% de NaCl), no combate à desi- usado em Ortopedia, na obtenção de estuque, etc.
dratação.
• Nitrato de sódio (NaNO3)
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO.
- Fertilizante na agricultura.
Oxidação e Redução
- Fabricação da pólvora (carvão, enxofre, salitre).
Na classificação das reações químicas, os termos oxi-
• Carbonato de sódio (Na2CO3) dação e redução abrangem um amplo e diversificado con-
junto de processos. Muitas reações de oxi-redução são
- O produto comercial (impuro) é vendido no comércio comuns na vida diária e nas funções vitais básicas, como o
com o nome de barrilha ou soda. fogo, a ferrugem, o apodrecimento das frutas, a respiração
- Fabrição do vidro comum (maior aplicação): e a fotossíntese.
Oxidação é o processo químico em que uma substância
Barrilha + calcáreo + areia ® vidro comum
perde elétrons, partículas elementares de sinal elétrico
- Fabricação de sabões. negativo. O mecanismo inverso, a redução, consiste no
ganho de elétrons por um átomo, que os incorpora a sua
• Bicarbonato de sódio (NaHCO3) estrutura interna. Tais processos são simultâneos. Na rea-
- Antiácido estomacal. Neutraliza o excesso de HCl do ção resultante, chamada oxi-redução ou redox, uma subs-
suco gástrico. tância redutora cede alguns de seus elétrons e, conseqüen-
temente, se oxida, enquanto outra, oxidante, retém essas
NaHCO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2 partículas e sofre assim um processo de redução. Ainda
que os termos oxidação e redução se apliquem às molécu-
- O CO2 liberado é o responsável pelo "arroto". las em seu conjunto, é apenas um dos átomos integrantes
- Fabricação de digestivo, como Alka-Seltzer, Sonrisal, sal dessas moléculas que se reduz ou se oxida.
de frutas, etc. Número de oxidação
- O sal de frutas contém NaHCO3 (s) e ácidos orgânicos Para explicar teoricamente os mecanismos internos de
sólidos (tartárico, cítrico e outros). Na presença de água, uma reação do tipo redox é preciso recorrer ao conceito de
o NaHCO3 reage com os ácidos liberando CO2 (g), o res- número de oxidação, determinado pela valência do elemen-
ponsável pela efervecência: to (número de ligações que um átomo do elemento pode
fazer), e por um conjunto de regras deduzidas empiricamen-
NaHCO3 + H → Na + H2O + CO2
+ +
te:
- Fabricação de fermento químico. O crescimento da (1) quando entra na constituição das moléculas monoa-
massa (bolos, bolachas, etc) é devido à liberação do tômicas, diatômicas ou poliatômicas de suas variedades
CO2 do NaHCO3. alotrópicas, o elemento químico tem número de oxidação
- Fabricação de extintores de incêndio (extintores de igual a zero;
espuma). No extintor há NaHCO3 (s) e H2SO4 em com- (2) o oxigênio apresenta número de oxidação igual a -2,
partimentos separados. Quando o extintor é acionado, o em todas as suas combinações com outros elementos,
NaHCO3 mistura-se com o H2SO4, com o qual reage exceto nos peróxidos, quando esse valor é -1;
produzindo uma espuma, com liberação de CO2. Estes
extintores não podem ser usados para apagar o fogo em (3) o hidrogênio tem número de oxidação +1 em todos
instalações elétricas porque a espuma é eletrolítica os seus compostos, exceto aqueles em que se combina
(conduz corrente elétrica). com os ametais, quando o número é -1;
(4) os outros números de oxidação são determinados de
• Fluoreto de sódio (NaF) tal maneira que a soma algébrica global dos números de
- É usado na prevenção de cáries dentárias (anticárie), na oxidação de uma molécula ou íon seja igual a sua carga
fabricação de pastas de dentes e na fluoretação da água efetiva. Assim, é possível determinar o número de oxidação
potável. de qualquer elemento diferente do hidrogênio e do oxigênio
nos compostos que formam com esses dois elementos.
• Carbonato de cálcio (CaCO3)
Assim, o ácido sulfúrico (H2SO4) apresenta, para seu
- É encontrado na natureza constituindo o calcário e o elemento central (enxofre), um número de oxidação n, de
mármore. forma que seja nula a soma algébrica dos números de oxi-
dação dos elementos integrantes da molécula:
- Fabricação de CO2 e cal viva (CaO), a partir da qual se
obtém cal hidradatada (Ca(OH)2): 2.(+1) + n + 4.(-2) = 0, logo, n = +6
CaCO3 → CaO + CO2 Em toda reação redox existem ao menos um agente o-
xidante e um redutor. Em terminologia química, diz-se que o
CaO + H2O → Ca(OH)2 redutor se oxida, perde elétrons, e, em conseqüência, seu

Química 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
número de oxidação aumenta, enquanto com o oxidante Nesses mecanismos se apóia o método generalizado de
ocorre o oposto. balanço de reações redox, chamado íon-elétron, que permi-
Oxidantes e redutores te determinar as proporções exatas de átomos e moléculas
participantes. O método íon-elétron inclui as seguintes eta-
Os mais fortes agentes redutores são os metais alta- pas: (1) notação da reação sem escrever os coeficientes
mente eletropositivos, como o sódio, que facilmente reduz numéricos; (2) determinação dos números de oxidação de
os compostos de metais nobres e também libera o hidrogê- todos os átomos participantes; (3) identificação do agente
nio da água. Entre os oxidantes mais fortes, podem-se citar oxidante e redutor e expressão de suas respectivas equa-
o flúor e o ozônio. ções iônicas parciais; (4) igualação de cada reação parcial e
O caráter oxidante e redutor de uma substância depen- soma de ambas, de tal forma que sejam eliminados os
de dos outros compostos que participam da reação, e da elétrons livres; (5) eventual recomposição das moléculas
acidez e alcalinidade do meio em que ela ocorre. Tais con- originais a partir de possíveis íons livres.
dições variam com a concentração de elementos ácidos. Autoria: Mônica Josene Barbosa
Entre as reações tipo redox mais conhecidas -- as reações
Questões:
bioquímicas -- inclui-se a corrosão, que tem grande impor-
tância industrial. 01. (UFSC) O número de oxidação do chalcogênio (O,
S, Se, Te, Po) nos compostos H2O2, HMnO4, Na2O4 e
Um caso particularmente interessante é o do fenômeno
F2O são respectivamente:
chamado auto-redox, pelo qual um mesmo elemento sofre
oxidação e redução na mesma reação. Isso ocorre entre a) –1, -2, -2, -0,5
halogênios e hidróxidos alcalinos. Na reação com o hidróxi-
b) –1, -2, -0,5, +2
do de sódio a quente, o cloro (0) sofre auto-redox: se oxida
para clorato (+5) e se reduz para cloreto (-1): c) –2, -2, -2, -2
-
6Cl + 6NaOH ⇒ 5 NaCl + NaClO3 + 3H2O d) –0,5, +2, -1, +2
Balanço das reações redox e) –1, -0,5, +1, +2
As leis gerais da química estabelecem que uma reação 02. (UFES) Considere o composto químico fosfato de
química é a redistribuição das ligações entre os elementos cálcio, também chamado de ortofosfato de cálcio. Em rela-
reagentes e que, quando não há processos de ruptura ou ção a ele, marque a opção incorreta:
variação nos núcleos atômicos, conserva-se, ao longo de (Ca = 40, P = 31, O = 16)
toda a reação, a massa global desses reagentes. Desse
modo, o número de átomos iniciais de cada reagente se a) sua fórmula contém 13 (treze átomos);
mantém quando a reação atinge o equilíbrio. b) a massa de seu mol é de 310 g;
Em cada processo desse tipo, existe uma relação de c) o número de oxidação do fósforo é +5;
proporção fixa e única entre as moléculas. Uma molécula
de oxigênio, por exemplo, se une a duas de hidrogênio para d) o composto é um sal normal;
formar duas moléculas de água. Essa proporção é a mesma e) o cálcio substitui os dois hidrogênios ionizáveis do á-
para todas as vezes que se procura obter água a partir de cido de origem.
seus componentes puros:
03. Explique porque a frase d é certa ou errada.
2H2 + O2 ⇒ 2H2O
04. (ITA) Dadas as substâncias abaixo, em qual delas o
A reação descrita, que é redox por se terem alterado os nº de oxidação do manganês é máximo?
números de oxidação do hidrogênio e do oxigênio em cada
um dos membros, pode ser entendida como a combinação I. MnO2
de duas reações iônicas parciais: II. Mn
+ -
H2 ⇒ 2H + 2e (semi-oxidação) III. MnSO4
- + -
4e + 2H + O2 ⇒ 2OH (semi-redução) IV. K2MnO4
em que os elétrons ganhos e perdidos representam-se V. KMnO4
+ -
com e- e os símbolos H e OH simbolizam respectivamente
os íons hidrogênio e hidroxila. Em ambas as etapas, a car- a) I
ga elétrica nos membros iniciais e finais da equação deve b) II
ser a mesma, já que os processos são independentes entre
c) II
si.
d) IV
Para fazer o balanceamento da reação global, igualam-
se as reações iônicas parciais, de tal maneira que o número e) V
de elétrons doados pelo agente redutor seja igual ao núme-
05. (UEMT) A soma algébrica dos números de oxidação
ro de elétrons recebidos pelo oxidante, e procede-se a sua
do iodo nas seguintes substâncias: hipoiodito de sódio,
soma:
iodeto de sódio, iodato de amônio e iodo elementar é:
+ -
( H2 ⇒ 2H + 2e ) x 2
a) 3
- + -
( 4e + 2H + O2 ⇒ 2OH ) x 1 b) 4
--------------------------------------------------------------- c) 5
- + + - -
2H2 + 4e + 2H + O2 ⇒ 4H + 4e + 2OH d) 6
o que equivale a: e) 7
2H2 + O2 ⇒ 2H2O 06. (UFSE) Calcule o número de oxidação do cloro nos
-
pois os elétrons se compensam e os íons H+ e OH se compostos:
unem para formar a água. a) HCl

Química 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) HClO 07. A
c) HClO2 08. C
d) Ba(ClO3)2 09. C
e) Al(ClO4)3 10. D
07. (MACK) Assinale o número de oxidação INCORRE-
TO:
a) Li = -1 CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS.
b) N = +5
c) S = -2 REAÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS
d) Cl = -1 Como sabemos, os compostos se formam através de li-
e) Sr = +2 gações químicas, na tentativa de diminuir o contéúdo ener-
gético dos átomos constituintes da substância. Mas o conta-
08. (GV) Os números de oxidação do cromo nos com-
to com outras substâncias pode fazer com que este arranjo
postos K2Cr2O7, K2CrO4 e Cr2(SO4)3 são respectivamen-
inicial seja modificado, e novas substâncias se formem pela
te:
recombinação dos elementos.
a) 6, 4, 3
Este rearranjo ocorre no sentido de diminuir ainda mais
b) 3, 4, 3 o conteúdo energético dos átomos presentes, com a forma-
c) 6, 6, 3 ção de substâncias mais estáveis que as anteriores.

d) 3, 3, 3 As reações químicas, portanto, ocorrem apenas quando


as substâncias que eventualmente se formarão (produtos),
e) 6, 3, 6 apresentarem energia interna menor que as iniciais (rea-
09. (OSEC) Qual das reações abaixo é uma reação de gentes).
oxi-redução? BALANCEAMENTO DE EQUAÇÃO
a) H3PO4 + NaOH → NaH2PO4 + H2O
Acertar os coeficientes de uma equação química (balan-
b) CaCO3 → CaO + CO2 cear) significa igualar o número total de átomos de cada
c) 2 NH3 → N2 + 3 H2 elemento no primeiro e no segundo membros.

d) HNO3 + H2O → H3O+ + NO Pode-se balancear as equações pelo método das tenta-
tivas, seguindo-se as seguintes regras:
e) AgNO3 + NaCl → AgCl + NaNO3
1. Pega-se um elemento que aparece em só uma substân-
Para responder a pergunta 10, considere as seguin- cia no primeiro membro e em só uma substância no se-
tes reações químicas: gundo membro.
1. 2 FeSO4 + 2 Ce(SO4)2 + Fe2(SO4)3 + Ce2(SO4)3
2. Se acontecer a condição acima com mais de um ele-
2. AgNO3 + NaCl → AgCl + NaNO3 mento, escolhe-se o de maior índice.
3. CuSO4 + 4 NH4OH → Cu(NH3)4SO4 + 4 H2O 3. O índice do elemento do primeiro membro será coefici-
4. Al(OH)3 + 3 HCl → AlCl3 + 3 H2O ente deste elemento no segundo membro, e vice-versa.

5. H2S + 8 HNO3 → H2SO4 + 8 NO2 + 4 H2O 4. Partindo-se destes coeficientes, acertam-se os demais.
10. (FMU) Assinale qual dessas reações químicas é de Ex.:
neutralização:
Balancear a equação: P2O5 + H2O → H3PO4.
a) 1
1) Escolhemos o fósforo ou o hidrogênio para iniciar. O
b) 2 mais adequado é o H.
c) 3 2) Utilizando-se índices como coeficientes no hidrogê-
d) 4 nio, temos:
e) 5 P2O5+3H2O— 2H3PO4
Resolução: Acertando o fósforo temos:
01. B 1 P2O5 + 3 H3O —4 2 H3PO4.
02. E Obs.: O coeficiente 1 pode ser omitido.
03. Certa. O sal não apresenta H+ nem OH-. Se tivesse
H+ seria um sal ácido e OH- um sal básico.
04. E REAÇÕES INORGÂNICAS

05. C Podemos dividir as reações inorgânicas em quatro


grandes grupos:
06. a) –1
a) Reações de combinação ou síntese
b) +1
Ocorrem quando duas ou mais substâncias reagem para
c) +3
formar uma única substância.
d) +5
1.º caso: metal + ametal → sal ou óxido
e) +7

Química 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 Na(S) + Cl2(g) → 2 NaCl(S) HCl(aq)+NaOH(aq) → NaCl (aq) + H2O (I) A água é subs-
tância pouco ionizada.
4 Fe (s) + 3 O2(g) → 2Fe2O3
2.º caso: ametal + ametal → composto molecular
ESTEQUIOMETRIA
N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g)
É a parte da química que envolve os cálculos das quan-
H2(g) + Cl2(g) → 2 HCl(g) tidades de reagentes e produtos nas reações químicas.
3.º caso: óxido ametálico + água → oxiácido (ácido C2H6O(l) + 3O2(g) 2CO2(g) + 3H2O(v)
que contém oxigê
nio)
O cálculo estequiométrico não pode ser dispensado por
SO3(g) + H2O(I) → H2SO4(aq) nenhum processo químico .(laboratório ou indústria), porque
é através de sua aplicação envolvendo as leis ponderais e
CO2(g) + H2O(l) → H2CO3(aq) volumétricas obtém-se:
4.º caso: óxido metálico + água → hidróxido do metal
• rendimento de processos industriais
• grau de pureza de uma amostra
Na2O(S) + H2O(I) → NaOH(aq)
Para resolvermos problemas de cálculo estequiométrico
CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2(aq) precisamos:
• equação representativa da reação química
b) Reações de Decomposição ou análise • ajustar o coeficiente
Reações onde um reagente dá origem a duas ou mais • aplicar cálculos de proporções (como a regra de 3)
substâncias.
*Obs.: lembrando que a proporção entre coeficientes é
2 H2O(I) → 2H2(g) + O2(g) uma proporção entre moléculas, que é a que existe entre
CaCO3(S) — CaO(S) + CO2(g) mols das substâncias.
Exemplo 1: Combustão completa do álcool etílico

c) Reações de Substituição, Deslocamento ou Sim-


ples Troca C2H5OH + 3 O2 2 CO2 + 3 H2O
Ocorrem quando um elemento mais reativo, em uma 1 molécula : 3 moléculas : 2 moléculas : 3 moléculas
substância simples, entra em contato com uma substância (proporção molecular)
composta. A substituição pode ocorrer no cátion ou no â-
23 23 23 23
nion. 6,02 x 10 : 18,06 x 10 : 12,04 x 10 : 18,06 x 10
Série de Reatividade de alguns metais (ordem decres- 1 mol 3 mols 2 mols 3 mols (proporção molar)
cente):
46 g 3 x 32 g 2 x 44g 3 x 18 g (proporção ponderal)
Li, K, Sr, Ca, Na, Mg, AI, Zn, Fe, Ni, Sn, Pb, H, Cu, Hg,
----- 3 x 22,4 L 2 x 22,4 L 3 x 22,4 L (proporção volumé-
Ag, Au
tricaCNTP)
Série de Reatividade de alguns ametais (ordem decres-
Qualquer que seja a solicitação de cálculo utilizamos
cente):
uma regra de 3 entre qualquer item.
F, O, Cl, Br, I, S, ...
Massas em excesso: deve-se retirar o excesso para
Exemplos de reações de substituição: poder trabalhar com a proporção exata.
Zn(S) + CaSO4(aq) → não reagem, pois o Ca, que deveria Exemplo:
ser substituído, é mais reativo que o Zn.
Na reação entre benzeno (C6H6) e bromo (Br2) forma-se
Al(S) + 3AgNO3(aq) → Al(NO3)3(aq) + 3 Ag(s). A reação o- bromobenzeno (C6H5Br) e bromidreto (HBr) , segundo a
corre, bois o Al é mais reativo que o Ag. equação abaixo. Colocam-se para reagir 50 g de benzeno e
100 g de bromo:
1) a reação
d) Reações de dupla troca ou metáteses
C6H6 + Br2 → C6H5Br + HBr
Reações entre substâncias compostas, onde ocorre a
inversão dos cátions dos reagentes. 2)as massas molares
Estas reações ocorrem apenas se um dos produtos for: MM (C6H6) = 78 g
a) Um precipitado: sal ou base insolúvel em água. MM (Br2) = 160 g
b) um gás. MM (C6H5Br) = 157 g
c) uma substância pouco ionizada. 3) quem está em excesso?
Ex.: C6H6 + Br2 → C6H5Br + HBr
AgNO3(aq) + NaCl(aq) → AgCl(s) + NaNO3(aq) . O AgCl é in- 78 g ________________160 g
soluvel.
x ________________ 100 g
Na2CO3(aq) + 2 HNO3(aq) → 2 NaNO3(aq) + CO2(g) + H2O (I)
x = 48,75 g

Química 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
48,75 g é a massa de C6H6 que reagirá efetivamente H: 1 x 2 = 2
com os 100 g de Br2
S: 32 x 1 = 32
Podemos calcular a massa de bromobenzeno obtida por
meio de um dos seguintes cálculos: O: 16 x 4 = 64

C6H6________________ C6H5Br MM (H2SO4) = 98

78 g ________________ 157 g 3) molécula de C12H22O11 (glicose)

48,75 g_______________ y C: 12 x 12 = 144

y = 98,1 g H: 22 x 1 = 22

ou O: 11 x 16 = 176

Br2________________ C6H5Br MM (C12H22O11) = 342

160 g ______________ 157 g Átomo-grama ou molécula-grama

100 g ______________ z Elemento ou Massa atômica Átomo-grama ou


Substância ou Massa mole- Molé
cula-grama
z = 98,1 g cular "Quantidades
Cálculo do rendimento de uma reação "Valores compa- pesadas numa
rados ao átomo balança"
Freqüentemente não é igual a 100% de carbono-12"
Valor teórico = massa teórica __100% Carbono (C) 12 uma 12 g
Cálcio (Ca) 40 uma 40 g
Valor real = massa real_______ R %
Dióxido de Car- 44 uma 44 g
Cálculo do grau de pureza bono (CO2)
Massa total com impurezas____100 % Sacarose 342 uma 342 g
Massa pura__________________ P %
Exemplo: • Obs: 1 átomo-grama ou 1 molécula-grama não in-
dicam a massa de um único átomo ou de uma única molé-
O minério de sulfeto de zinco denominado Blenda, é en-
cula em gramas. Representam "pacotes" contendo um
contrado na natureza com pureza máxima de 82 % . Qual é
número enorme de átomos ou moléculas.
a massa de sulfeto de zinco puro existente em 105 T de
minério ? NÚMERO OU CONSTANTE DE AVOGADRO.
23
100 % __________105 T NÚMERO DE AVOGADRO = 6,02 x 10
82 % __________ m É referente ao "pacote" que contém 1 átomo-grama.
m = 86,1 T Mol.
CONCEITOS E CÁLCULOS DECORRENTES DAS LEIS Com o passar do tempo, generalizou-se na Química a
aplicação do número de Avogadro, como mostramos a
E DA TEORIA ATÔMICA-MOLECULAR.
seguir:
Unidade de massa atômica (uma) 23
1 atómo-grama 40g de Ca 6,02 x 10
Utiliza-se como padrão o isótopo 12 do átomo de carbo- de Ca átomos de Ca
no ( é o átomo que possui 6 prótons e 6 nêutrons em seu 23
1 molécula- 44g de CO2 6,02 x 10
núcleo). A esse átomo foi atribuída arbitrariamente a massa
grama de CO2 moléculas de
12, então desse átomo separou-se uma "fatia" correspon-
CO2
dente a um doze avos ( 1/12 de 12 é igual a 1), que é usada + 23
como unidade internacional para a medida de massas atô- 1 íon-grama de 23g de Na 6,02 x 10
+ +
micas e moleculares. Na íons de Na
23
1 elétron-grama 1/1836 g de 6,02 x 10
Atualmente, pode-se determinar experimentalmente que
de elétrons elétron elétrons
uma é ≅ 1,66 x 10 g.
–24
12 23
1 átomo-grama 12g de C 6,02 x 10
Massa atômica (MA): é a massa do átomo medida em 12 12
de C átomos de C
unidades de massa atômica (u). Ela indica quantas vezes o
↓ ↓ ↓
átomo considerado é mais pesado que 1/12 do átomo de
12 Mol Quantidade de Número cons-
C .
matéria tante (Avoga-
Massa molecular (MM): é a massa medida em unida- dro) partículas
des de massa atômica (u). ou entidades
Exemplos: elementares

1) molécula de CO2 (gás carbônico) Daí surgiu a definição moderna de Mol ligada ao padrão
de massas atômicas.
C: 12 x 1 = 12
Mol: é a quantidade de matéria de um sistema, que con-
O: 16 x 2 = 32 tém tantas entidades elementares (átomos, moléculas, íons,
MM (CO2) = 12 + 32 = 44 elétrons, etc.) quantos átomos existem em 12g de carbono-
12.
2) molécula de H2SO4 (ácido sulfúrico)

Química 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Massa molecular. sua molécula. Quando se formam gases, indica-se o fato
pelo sinal " ".
É a massa, em gramas, de um mol da substância (íons,
elétrons, etc.). A equação química pode indicar ainda que se trata de
reação reversível ou irreversível. A dupla seta " " informa
Volume Molar (Vm) de um gás, em determinada pres- que a reação reversível é a que se passa nos dois sentidos.
são e temperatura, é o volume que 1 mol de gás ocupa na Nesse caso, a reação da esquerda para a direita é dita
pressão e temperatura consideradas. direta; e a da direita para a esquerda é inversa.
Nas condições normais de pressão e temperatura Os coeficientes estequiométricos expressam os aspec-
(CNTP) o volume molar é 22,4L. tos quantitativos de uma reação química. Aparecem numa
Para calcular o Vm em qualquer outra condição de pres- equação química na forma de números que antecedem as
são e temperatura, bastará aplicar a Equação Geral dos fórmulas das moléculas participantes da reação. A equação
Gases: química é um exemplo de equação de conservação pois
exprime o fato de que, numa reação química, o número de
átomos de cada elemento é conservado. Esse princípio é
usado no balanceamento de uma equação, procedimento
P x V P0 x V0 que também se denomina acerto de coeficientes estequio-
= métricos.
T T0
Reação química
Usualmente CNTP = 22,4 L; 0° C; 760 mmHg Nas ciências modernas, o fenômeno das transmutações
químicas equivale ao ideal dos alquimistas, que pretendiam
transformar metais não-nobres em ouro com ajuda da nun-
ca descoberta pedra filosofal.
TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E EQUILÍBRIO.
Reação química é um processo de intercâmbio que, es-
TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS tabelecido entre substâncias químicas iniciais ou reagentes,
altera suas propriedades e natureza interna até convertê-las
Equação Química
em novas substâncias, chamadas produtos da reação.
Os estudiosos de química preocuparam-se, desde cedo, Diferentes das transformações físicas, que ativam nas subs-
em encontrar uma forma de registrar os resultados de suas tâncias apenas uma mudança de estado (líquido, sólido e
experiências realizadas em laboratório. Para isso, precisa- gasoso), as reações químicas provocam modificações na
ram criar uma linguagem comum, de fácil leitura e entendi- estrutura íntima da matéria.
mento por parte dos que se dedicariam aos estudos e à As unidades fundamentais do intercâmbio químico são
pesquisa química. No vocabulário específico dessa lingua- as moléculas, entes físicos formados pelo agrupamento
gem os elementos foram substituídos pelos símbolos; os homogêneo ou heterogêneo de átomos. Enquanto as rea-
compostos, pelas fórmulas. Analogamente, as reações ções nucleares se baseiam na alteração dos átomos parti-
químicas passaram a ser representadas pelas equações cipantes, as reações químicas criam novas moléculas pela
químicas. constituição de diferentes ligações entre átomos, que per-
Equação química é a representação gráfica do que ocor- manecem inalterados.
re numa reação ou num fenômeno químico. Seu papel é A vida diária apresenta vários exemplos de reações
descrever o processo químico tanto qualitativa quanto quan- químicas, entre eles a queima de um fósforo, a descarga de
titativamente, de uma forma ao mesmo tempo precisa e uma bateria de automóvel, a digestão dos alimentos e a
breve. Equações termoquímicas indicam as trocas térmicas respiração dos animais. Uma reação química é descrita por
que acompanham o fenômeno químico, ou seja, se uma uma equação química em que os reagentes, no primeiro
reação desprende ou absorve calor, e equações nucleares membro, e os produtos, no segundo, são representados por
representam a transmutação de um elemento em outro. suas fórmulas químicas e separados pelo sinal "+". Entre os
Qualquer que seja a equação, porém, é imprescindível que dois membros, há uma seta que significa "produz". Duas
represente fenômenos que realmente se passem; contenha condições são fundamentais para que uma reação química
todas as substâncias envolvidas na transformação; e obe- ocorra: afinidade -- tendência natural para que os reagentes
deça à lei da conservação da matéria, enunciada por Lavoi- interajam -- e contato. Quanto maior for o número de pontos
sier. de contato da mistura, mais fácil será a reação.
Para se escrever uma equação química é necessário: Tipos de reação química
(1) saber quais são as substâncias consumidas (reagentes)
e quais as formadas (produtos); (2) conhecer as fórmulas Existe uma ampla variedade de transformações de ori-
dos reagentes e dos produtos; e (3) usar sempre a seguinte gem química, mas pode-se estabelecer uma classificação
forma: geral em quatro grandes grupos.
reagentes --> produtos (1) Processos de síntese ou adição, nos quais duas ou
mais substâncias reagentes formam um único produto da
O símbolo "-->", que corresponde ao sinal "=" nas equa- reação.
ções matemáticas, significa "produz" ou "forma". Quando
mais de um reagente, ou mais de um produto, participam da (2) Reações de deslocamento ou simples troca, que o-
reação, as fórmulas das substâncias são separadas pelo correm entre uma substância simples e uma composta, de
sinal "+", que à esquerda da seta quer dizer "reage com" e à tal forma que a substância simples desloca e substitui um
direita, "junto com". dos componentes do composto para formar um novo produ-
to.
A equação se lê, portanto: uma molécula de cloreto de
sódio reage com uma de nitrato de prata e produz uma (3) Reações de decomposição ou análise, que consis-
molécula de nitrato de sódio junto com uma de cloreto de tem na separação de um composto em seus componentes
prata. Nessas condições, o cloreto de prata é um sal insolú- elementares ou em moléculas mais simples, freqüentemen-
vel e precipitará da solução, o que se indica com uma seta te sob a ação do calor ou do aumento da pressão externa.
vertical (orientada para baixo) logo depois da fórmula de As reações de decomposição alcançam normalmente o

Química 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
equilíbrio dinâmico, no qual os produtos da reação intera- partículas elementares de carga elétrica negativa, denomi-
gem com a mesma velocidade que as substâncias reagen- nadas elétrons. Inspirado nas idéias de Bohr, Gilbert Lewis
tes, para produzir um processo químico simultâneo de adi- elaborou uma teoria eletrônica de reações entre compostos
ção e decomposição conhecido como dissociação. como intercâmbios de elétrons. Essas partículas formam
diferentes ligações, cuja natureza e distribuição determina
(4) Redistribuição interna ou reação isomérica, na qual
as moléculas resultantes. De acordo com essa hipótese, os
não há troca de matéria. Nesse caso, ocorre apenas um
elétrons da última camada da estrutura atômica são os
reagrupamento espacial das ligações químicas entre os
responsáveis diretos pelas combinações químicas.
átomos do composto. O equilíbrio dinâmico dessa reação é
conhecido como tautomeria.
De acordo com a capacidade dos produtos reverterem TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
ao estado inicial, as reações químicas podem ainda ser Relações entre as quantidades envolvidas
reversíveis ou irreversíveis, entendendo-se por reações
reversíveis as que são capazes de se processar em ambos Erivanildo Lopes da Silva e Marcus Vinicius Bahia
os sentidos de transformação. Quanto à intervenção de Muitos dos objetos que utilizamos cotidianamente pro-
fatores do meio ambiente, a reação química pode ser es- vêm de indústrias que transformam materiais em produtos.
pontânea, quando não são necessários agentes externos Isso com o objetivo básico de nos auxiliar nas mais variadas
de ativação, ou induzida. A espontaneidade de uma reação tarefas. Para tanto, as transformações químicas envolvi-
depende de trocas energéticas a que dê origem. das nesses processos são controladas das mais variadas
Leis das reações químicas formas.
A estrutura metodológica criada pelo francês Antoine- Um dos controles básicos diz respeito às quantidades u-
Laurent Lavoisier, no final do século XVIII, foi consolidada, tilizadas e produzidas nas transformações químicas. Esse
no início do século XIX, com a enunciação dos princípios controle é baseado na Lei da Conservação de Massa, de
básicos das combinações químicas. Antoine Laurent de Lavoisier, e na Lei das Proporções Defi-
nidas, de Joseph Louis Proust.
A lei da conservação da massa, do próprio Lavoisier, a-
firma que, em todo processo químico, não ocorre perda de Lei de Lavoisier
matéria, somente transformação. Assim, a massa das subs- A Lei de Conservação de Massa é resultante de estudos
tâncias reagentes coincide com a dos produtos. Conforme quantitativos sobre as transformações químicas. O trabalho
mostrou Albert Einstein, no entanto, verifica-se transforma- de Lavoisier foi caracterizado pelo uso sistêmico de instru-
ção de massa em energia em certos processos de alteração mentos de medição e controle rigoroso das quantidades dos
de matéria, que recebem o nome de reações nucleares. materiais envolvidos nas transformações químicas.
Joseph-Louis Proust enunciou a lei das proporções defi- Entre seus experimentos, destaca-se o estudo com o
nidas, segundo a qual a combinação de dois ou mais ele- aquecimento do mercúrio líquido. Ele aqueceu em sistema
mentos para formar um determinado composto se efetua fechado uma amostra de mercúrio previamente mensurada
sempre numa relação idêntica de pesos. O princípio das e observou a formação de um sólido vermelho, o óxido de
proporções múltiplas, devido a John Dalton, propõe uma mercúrio, verificando que a massa do óxido formado era
relação múltipla, ainda que limitada, entre os pesos dos igual à massa inicial dos reagentes. Veja uma representa-
vários elementos, que se combinam para formar vários ção da reação utilizada por Lavoisier:
compostos da mesma família.
O químico alemão Jeremias Richter descobriu a lei das Massa inicial = Massa final
proporções recíprocas, segundo a qual todos os elementos
químicos reagem entre si para formar qualquer tipo de
compostos, de acordo com um conjunto de relações numé- Massa de reagen- Massa de
ricas simples. Esse valor de reação, característico para tes produto
cada elemento químico, é denominado equivalente-grama
ou equivalente químico. Define-se como a quantidade de
elemento que desloca, ou se combina, com oito partes de Materiais mercúrio + gás óxido de mer-
oxigênio. A lei dos volumes de combinação, demonstrada oxigênio cúrio
por Gay-Lussac, postula que, nas reações químicas, os
gases são obtidos e se conjugam em relações numéricas Características líquido prateado - sólido verme-
simples.
gás incolor lho
A conjunção teórica das leis das combinações químicas
levou à hipótese atômica de John Dalton. Publicada em
Lavoisier registrou em seus trabalhos que existe ainda
1808, a hipótese pode ser resumida em dois princípios: as
uma relação entre as massas dos reagentes envolvidas e
espécies químicas são compostas de unidades indivisíveis
os produtos, na qual não se podem usar quaisquer quanti-
e básicas chamadas átomos, e os átomos de um elemento dades de reagentes para obter uma quantidade arbitrária de
são idênticos entre si e diferentes dos átomos de outros
produto(s). Ele chegou a essa conclusão a partir de seu
elementos.
experimento envolvendo os gases oxigênio e hidrogênio,
A idéia de Amedeo Avogadro de tomar a molécula, ou para obtenção da água em sistema fechado.
agrupamento de átomos, como unidade que define a estru- A Tabela 1, a seguir, com dados similares aos adotados
tura interna dos compostos concluiu o modelo clássico da
por Lavoisier em seus experimentos, pode ajudar no enten-
química do século XIX. A teoria das partículas, desenvolvi-
dimento de sua postulação:
da no século XX, modificou algumas dessas concepções ao
questionar a indivisibilidade do átomo e verificar a existên- Tabela 1 - Dados similares aos obtidos em 4 das experiências de
cia dos isótopos, átomos ligeiramente distintos pertencentes Lavoisier
a um mesmo elemento.
Niels Bohr propôs um modelo de átomo formado por um
núcleo central e níveis periféricos de energia ocupados por

Química 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Experiência Massa Massa de Massa Massa Massa de 24,3 : 16 = 1,52
de gás gás de água de hidrogênio
oxigênio hidrogênio formada oxigênio que não A reação de formação do óxido de magnésio apresenta-
(g) (g) (g) que não reagiu (g) rá sempre a mesma relação entre magnésio e oxigênio,
reagiu qualquer que seja a massa formada, ou seja, 1,52 partes de
(g) magnésio para 1 parte de oxigênio.

a 0,033 0,002 0,018 0,016 0,0 É importante ressaltar que Lavoisier e Proust realizaram
seus experimentos com quantidades de materiais possíveis
b 0,033 0,004 0,037 0,0 0,0 de serem mensuradas nas balanças existentes em suas
épocas - e que, atualmente, trabalhos dessa natureza, rea-
c 0,033 0,006 0,037 0,0 0,002 lizados com balanças de última geração, apontam para a
confirmação das duas teorias.
d 0,085 0,0015 0,095 0,0 0,004
http://educacao.uol.com.br/quimica/transformacoes-
Obs.: 0,001g para cima ou para baixo está dentro do considerado erro quimicas-relacoes-entre-as-quantidades-envolvidas.jhtm
de pesagem da balança.

A relação entre reagentes e produtos é verificada nos Entenda como determinadas reações acontecem
dados apresentados nos quatro ensaios (a, b, c, d). Consi- Jacques Antonio de Miranda e Erivanildo Lopes da Silva
derando a precisão da balança, pode-se afirmar que real-
Em algumas cavernas podemos encontrar estalactites e
mente ocorreu a conservação da massa. Vejamos o caso
estalagmites, aquelas formações, com aparência de colu-
do experimento b: foram utilizados 0,033 g de gás oxigênio
nas, que pendem do teto ou se elevam do chão. Como será
e 0,004 g de gás hidrogênio para produzir 0,037 g de água
que elas surgem? A seguir, dentro do conceito de equilí-
com nenhuma sobra de reagentes.
brio químico, vamos buscar soluções para essa e outras
Pode-se verificar que a massa de água formada é exa- dúvidas.
tamente o somatório das massas dos dois gases envolvi-
Numa primeira explicação poderíamos sugerir a seguin-
dos. Essa conclusão é reforçada ao observar a experiência
te representação:
c, na qual se utilizou 0,006 g de gás hidrogênio, ao invés
dos 0,004 g adotados no experimento b, pois a diferença
entre os dois valores, 0,002 g, é o exato valor que sobrou
de hidrogênio nessa experiência.
Talvez você esteja se perguntando o que essa represen-
Considerando também o experimento d como referência tação significa e como percebemos nela a produção de
de análise, verifica-se que para formar 0,095 g de água são estalactites e estalagmites.
necessários 0,085 g de gás oxigênio e 0,011 g de gás hi-
drogênio, ou seja, dos 0,015 g de hidrogênio utilizados De modo mais completo, representamos a produção das
restaram 0,004 g, demonstrando, assim, que existem quan- duas formações assim:
tidades especificas dos gases reagentes.
Lei de Proust
Em 1799, Joseph Louis Proust, com base no raciocínio
da Lei da Conservação das Massas, estabeleceu a Lei das
Proporções Definidas (Lei de Proust), segundo a qual um O carbonato de cálcio (CaCO3) presente nas rochas é
determinado composto químico sempre contém os seus dissolvido pela água da chuva, que é ligeiramente ácida,
elementos nas mesmas proporções em massa. devido ao ácido carbônico (H2CO3). Da interação do carbo-
Como exemplo pode-se analisar a reação de combustão nato com a água da chuva resulta uma solução aquosa com
2+
entre o metal magnésio e o gás oxigênio. Veja a represen- íons Ca (cálcio) e HCO3- (bicarbonato). A formação des-
tação: ses fenômenos depende da reversibilidade das reações
químicas, pois a água mineral, uma vez na caverna, libera o
Tabela 2 - Valores de trê
s experiê
ncias envolvendo a CO2, formando novamente o CaCO3.
combustão do magné sior Verifica-se, então, que parece ocorrer a formação de
2+
produtos, Ca (aq.) + 2HCO3-(aq.) ao mesmo tempo em que
Experiência 2Mg + O2 ==> 2MGgO
também surgem reagentes: CaCO3(s) + CO2 (g) + H2O(l). Isso
a 48,6 g 32 g 80,6 g parece estranho: o que se forma, parece não se formar
mais, e forma-se novamente. Como se explica tal fenôme-
b 97,2 g 64 g 161,2 g no?
As reações que apresentam essas características são
c 24,3 g 16 g 0,0 40,3 g
explicadas pelo equilíbrio químico. Nesse sentido, a repre-
sentação mais acertada das três fórmulas acima é a primei-
Segundo a Lei de Proust, existe uma proporção definida
entre as massas de reagentes para a formação de produ- ra, pois a seta representa uma reação em equilí-
tos. Por exemplo, no caso específico da combustão do brio.
metal magnésio, representado na Tabela 2, a proporção é Formação do gás amônia
constante, mesmo tendo sido utilizadas massas diferentes
Existem muitas outras reações que se processam em
dos materiais nas três experiências. Vejamos o raciocínio
equilíbrio dinâmico. Por exemplo, a formação do gás amô-
matemático:
nia (NH3) a partir dos gases hidrogênio (H2) e nitrogênio
(N2). Veja a equação química:
48,6 : 32 = 1,52

97,2 : 64 = 1,52

Química 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A compreensão do fenômeno envolvido torna-se mais um composto de odor agradável, utilizado como solvente
clara quando analisamos o que ocorre à medida que a rea- em alguns materiais. Analisaremos o equilíbrio dessa rea-
ção (analisada no sentido da esquerda para direita) se pro- ção a partir do quadro a seguir:
cessa. Inicialmente, há apenas os gases N2 e H2- e nenhu-
ma NH3 formada. À medida que o gás NH3 vai se formando,
inicia-se também a reação indireta, ou seja, sua decompo-
sição nos gases N2 e H2. Em certo momento, as velocida-
des das duas reações (direta e indireta) se igualam, dando
a impressão de que a reação para.
Entretanto, é fundamental que compreendamos que as
reações de equilíbrio alcançam uma situação em que coe- * A concentração molar é habitualmente representada
xistem produtos e reagentes em constante interação. Sendo pela expressão [ ].
que, nesta situação, tanto os reagentes quanto os produtos
A partir da tabela verifica-se que 0,830 mol/L de ácido
se encontram em quantidades não necessariamente iguais, o
acético reage, a 25 C, com 0,009 mol/L de etanol, produ-
mas constantes.
zindo 0,171 mol/L de acetato de etila e 0,171mol/L de água.
Por se tratar de uma discussão em termos das velocida- Vimos, então, que esses valores de acetato de etila e água
des das duas reações (direta e indireta), poderíamos ainda obtidos são consumidos para a formação dos reagentes.
estabelecer a seguinte relação:
Pode-se verificar essa relação mais evidente ao se ana-
lisar a extensão da reação. Vejam esse estudo, no caso da
reação entre os gases hidrogênio (H2) e gás iodo (I2), for-
mando o HI:

Se considerarmos as leis de velocidade para cada rea-


ção:

A condição de equilíbrio é considerada no momento em


que v1 = v2. Assim,

Isolando as constantes:
Como se vê na tabela, assim que a reação inicia temos
as mesmas quantidades de H2 e I2, ou seja, 0,0175mol/L
para ambos. No decorrer do tempo são consumidos (o sinal
negativo) 0,0138 mol/L dos dois gases e produzidos exatos
Sendo Kc igual à constante de equilíbrio, em função das 0,0276mol/L de HI. Então, 0,0037 mol/L (0,0175-0,0138) é a
concentrações molares [mol/L]. concentração que se encontra em equilíbrio.
Essa constante estabelece uma condição para que rea- Assim, pode-se determinar o Kc a partir da representa-
gentes e produtos estejam em equilíbrio na reação. Generi- ção matemática:
camente, para as reações em equilíbrio dinâmico tem-se a
expressão:

Obtemos uma razão 56 para o Kc. Esse valor será o


mesmo para todas as reações envolvendo os dois reagen-
tes em questão, isso nas mesmas condições de temperatu-
Nessa expressão: ra e pressão.
a) as concentrações dos produtos são postas no nume- O estudo do equilíbrio químico nas reações químicas
rador e as dos reagentes no denominador; pode, portanto, contribuir para o entendimento das reações
b) cada concentração é elevada à potência de seu coe- que não se completam. Nessas reações, não se realiza tão
ficiente estequiométrico na equação balanceada; facilmente uma previsão estequiométrica, pois a coexistên-
cia de reagentes e produtos dificulta tal prognóstico. Agora,
c) no momento em que a reação atinge o equilíbrio, o
uma vez que compreendemos tais reações em equilíbrio
valor constante K depende da reação em questão e da
químico dinâmico, essa previsão já pode ser realizada.
temperatura.
Não usamos unidades para a constante.
SOLUÇÕES AQUOSAS.
Acetato de etila e ácido iodídrico
Para aprofundar esse estudo, analisaremos a reação de
Uma solução aquosa é uma solução na qual o solvente
obtenção do acetato de etila (CH3COOCH2CH3) e da produ-
é água. É normalmente mostrada em equações químicas
ção de ácido iodídrico (HI).
com o subscrito (aq). A palavra aquoso refere-se a isto, ou
Esse acetato, obtido a partir da reação de esterificação dissolvido em água. Como água é um excelente solvente
do ácido acético (CH3COOH) com o etanol (CH3CH2OH), é

Química 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
assim como naturalmente abundante, esta logicamente se do que resulta uma única constante (o produto de duas
tornou um solvente onipresente na química. constantes), ou seja:
Substâncias que não dissolvem-se bem em água são +
Kw = [H ].[OH ]
-
chamadas hidrofóbicas ('medo de água') enquanto que as
que o fazem são conhecidas como hidrofílicas ('amantes da que é o chamado produto iônico da água, onde o w se
água'). Um exemplo de substância hidrofílica é o cloreto de deve à palavra inglesa water.
sódio (ordinariamente sal de cozinha). Ácidos e bases são
soluções aquosas, como parte de sua definições de Caráter das Soluções Aquosas
Aquosas
Arrhenius.
A habilidade de uma substância para dissolver-se em Solução ácida:
água é determinada por se a substância pode alcançar ou + -7 - -7
[H ] > 10 mol/L e [OH ] < 10 mol/L
ultrapassar as fortes forças atrativas que as moléculas de
água geram entre elas mesmas. Se a substância carece da Solução básica:
habilidade para dissolver-se em água as moléculas formam + -7 - -7
um precipitado. [H ] < 10 mol/L e [OH ] > 10 mol/L
Soluções aquosas que conduzem corrente elétrica Solução neutra:
eficientemente contém eletrólitos fortes, enquanto aquelas + -7 - -7
que conduzem fracamente são consideradas contendo [H ] = 10 mol/L e [OH ] = 10 mol/L
eletrólitos fracos. Estes eletrólitos fortes são substâncias
que são completamente ionizadas em água. Não-eletrólitos pH
são sunstâncias que dissolvem--se em água mas não
produzem qualquer íon. Sörensen definiu pH como sendo o logaritmo (decimal)
Ao executar os cálculos a respeito de reação de um ou do inverso da concentração hidrogeniônica:
mais soluções aquosas, deve-se geralmente saber a +
pH = log 1/[H ]
concentração, ou molaridade, das soluções aquosas. A
concentração da solução é dada nos termos da forma do Ou ainda, como o cologarítmo da concentração hidroge-
soluto anteriormente a ele ter-se dissolvido. niônica:
+
pH e pOH de Soluções Aquosas pH = colog [H ]
Ou seja:
Por Luiz Molina Luz
+ +
pH = log 1/[H ] → pH = log 1 – log [H ]
É muito comum ouvirmos alguém dizer que o pH da á-
gua de uma piscina precisa ser controlado, assim como o Como log 1 = 0:
pH da água de um aquário ou de um solo, para favorecer + +
um determinado plantio. Até mesmo nosso sangue deve pH = -log[H ] ou pH = colog [H ]
manter um pH sempre entre os valores de 7,35 e 7,45. Uma que é igual ao inverso do log.
variação de 0,4 pode ser fatal! O que exatamente é o pH e
o que significam seus valores? Vejamos a variação do pH em função das concentra-
+ -
ções de H e OH , a 25 °C:
PRODUTO IÔNICO DA ÁGUA
Meio neutro: pH = 7
Considere um copo com água. Será que essa água é
composta apenas por moléculas de H2O? Não, pois como Meio ácido: pH < 7
essas moléculas estão em constante movimento, elas se Meio básico: pH > 7
chocam o tempo todo. Resultado: uma molécula de água
pOH
pode colidir e reagir com outra molécula de água! O equilí-
brio gerado é conhecido como auto-ionização da água:
+ -
HOH ↔ H + OH Por analogia, define-se pOH como sendo o logaritmo
(decimal) do inverso da concentração hidroxiliônica:
ou
-
+ - pOH = log 1/[OH ]
HOH + HOH ↔ H3O + OH
Ou ainda, como sendo o cologaritmo da concentração
Como já é sabida, a concentração da água ─ [H2O] ≈ -
de OH :
55,6 mol/L ─ será desprezivelmente alterada caso alguma
-
nova substância seja adicionada (como um ácido, por e- pOH = colog [OH ]
xemplo) para a formação de soluções diluídas como as que
Assim:
estamos estudando (dificilmente mais de 0,5 mol de água
- -
será consumido na formação dessas soluções. Começar pOH = log 1/[OH ] → pOH = log 1 – log [OH ]
com 55,6 mol e terminar a experiência com 55,1 mol de
água não é uma alteração significativa). Portanto, vamos Como log 1 = 0:
considerar [H2O] constante. -
pOH = -log[OH ] ou pOH = colog [OH ]
-

+
Como a água pura é neutra (já que para cada íon H , Vejamos a variação do pOH em função das concentra-
- + -
forma-se também um íon OH ), temos que [H ] = [OH ], a 25 - +
ções de OH e H :
+ - -14 + -
°C, quando [H ].[OH ] = 1,0.10 , temos que [H ] = [OH ] =
-7
10 mol/L. Meio neutro: pOH = 7
Como a concentração molar da água é praticamente Meio ácido: pOH > 7
constante, retomando a constante de equilíbrio, podemos
Meio básico: pOH < 7
escrever:
+ -
K.[H2O] = [H ].[OH ] Relação entre pH e pOH:
pH + pOH = 14 (25 °C)

Química 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observação: Representação:
Os conceitos de pH e pOH indicam que em qualquer so-
+ -
lução coexistem H e OH . Por mais ácida que seja a solu-
ção, sempre existirão, embora em pequeno número, íons
-
OH . Nas soluções básicas também estarão presentes os
+
íons H . As concentrações desses íons jamais se anulam.
SOLUBILIDADE DOS SAIS
Os sais solúveis são os que sofrem o processo de disso-
lução no qual uma grande quantidade de íons fica na solu-
ção. Os sais solúveis,são aqueles que um grande número Quando o sal se dissolve em água, ele se dissolve to-
de íons vai para a solução, já os sais insolúveis ou pouco talmente para produzir cátions (H+) e ânions (OH-). Repare
solúveis, são aqueles que uma pequena quantidade de íons na equação acima que estes íons contribuíram para a for-
vai para a água, fazendo com que a maior parte dele fique mação de um ácido (HA) e uma base (COH).
coeso.
A palavra Hidrólise significa reação de decomposição de
Por exemplos uma substância pela água.
O cloreto de potássio é um tipo de sal muito solúvel. H+ + H2O ↔ HOH + H+
O cloreto de prata é um tipo de sal pouco solúvel.
A decomposição de um cátion (H+) caracteriza as solu-
Para que ocorra uma melhor compreensão dos estudos ções ácidas.
das reações de dupla-troca é de extrema importância o
contato com a tabela de solubilidade dos sais na água. OH- + H2O ↔ HOH + OH-

Regra de solubilidade dos sais na água A decomposição de um ânion (OH-) dá origem a solu-
ções básicas.
Regra 1 – solúveis: sais dos metais alcalinos e do amô- Por Líria Alves
nio
Hidrólise salina de ácido fraco e base forte
Regra 2 – solúveis: nitratos
No preparo de uma solução aquosa de NaCN (cianeto
Regra 3 – solúveis: os acetatos de sódio), verificamos que seu pH é maior que 7, portanto
Exceção dos acetatos: CH3 COOAg constitui uma base forte. Acompanhe a análise da hidrólise
deste sal:
Regra 4 – solúveis: os cloretos (Cl-), brometos (Br-) e
iodetos (I-);
Exceções que não são solúveis:
- PbCl2, AgCl e Hg2Cl2 (insolúveis)
- PbBr2, AgBr e Hg2Br2 (insolúveis)
- PbI2, AgI, Hg2, I2 (insolúveis)
Ao se adicionar a base NaCN em meio neutro (água),
Regra 5 – solúveis: os sulfatos (SO2-4);
ela torna a solução básica (pH > 7).
Principais exceções:
A equação clássica do processo é:
CaSO4, SrSO4, BaSO4, PbSO4 (insoluveis)
Regra 6 – solúveis: os sulfetos (S2-)
Principais exceções:
- sulfeto dos metais alcalinos e de amônio. (solúveis)
Os produtos da reação são:
- sulfeto dos metais alcalino-terrosos. (solúveis)
NaOH (hidróxido de sódio): base forte
Regra 7 – insolúveis: os carbonatos (CO2-3), os fosfa-
tos (PO3-4), os sais dos outros ânions que não foram cita- HCN (ácido cianídrico): ácido fraco
dos são quase todos insolúveis. As duas regras a seguir são úteis para se obter a equa-
Exceções: sais dos alcalinos e do ânion. ção do processo de Hidrólise do sal:

É importante sabermos que nas reações de dupla-troca 1. Dissociar o sal (separar o cátion do ânion)
pode ocorrer a formação de um sal que seja insolúvel na
água, portanto podemos dizer que esse sal ele precipita, e
conseqüentemente forma-se um precipitado. 2. Dissociar a base forte (COH → C+ +OH-)
HIDRÓLISE • NaCN, por ser sal solúvel, encontra-se dissociado:
Hidrólise salina é o processo em que íons provenientes
NaCN → Na + CN-
+
de um sal reagem com a água.
Uma solução salina pode originar soluções ácidas e bá- • NaOH, por ser base forte, encontra-se dissociada:
sicas. Os sais presentes se dissociam em cátions e ânions,
NaOH → Na + OH-
+
e dependendo destes íons a solução assume diferentes
valores de pH.

Química 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Assim, a maneira mais correta de representar a reação HNO3 (ácido nítrico): ácido forte
é:
A presença do íon H+ justifica a acidez da solução (pH <
7).
Conclusão:
Sal de ácido forte e base fraca dá à solução caráter áci-
do.
CN- (aq) + H2O(l) ↔ OH- (aq) +HCN(aq)
FATORES QUE INFLUENCIAM O EQUILÍBRIO :
Repare que a hidrólise (quebra da molécula através da
água) foi do ânion CN-, ou seja, do íon proveniente do ácido A partir do momento em que uma reação quimica está
fraco. ocorrendo tanto no seu sentido direto como no sentido in-
verso com velocidades iguais, caracterizando o estado de
Equação genérica da Hidrólise do ânion: A + HOH → HA equilibrio, podemos esperar que esse estado de equilíbrio
-

- seja vulnerável a alguns fatores como temperatura, concen-


+ OH
tração e pressão. Se a velocidade de uma das duas rea-
Conclusão: sal de ácido fraco e base forte dá à solução ções (reação direta ou inversa) for alterada, o equilíbrio será
caráter básico (pH > 7). A presença do íon OH- justifica o desbalanceado devido à diferença entre as velocidades das
meio básico. reações direta e inversa. Chama-se esse desbalanceamen-
to do equilíbrio de deslocamento do equilíbrio.
Por Líria Alves
Qualquer deslocamento de equilibrio gera aumento ou
Hidrólise salina de ácido forte e base fraca queda nas concentrações das espécies químicas presentes,
Ao preparamos uma solução aquosa de Nitrato de amô- por exemplo :
nio (NH4NO3) podemos constatar que seu pH fica abaixo de 2SO2(g) + O2(g) = 2SO3(g)
7.
Se o equilíbrio sofrer deslocamento e a concentração da
espécie SO3(g) aumentar, então o equilíbrio foi deslocado
para a direita. (porque SO3(g) está à direita do sinal igual ( =
).
No entanto, se ocorrer o contrário e a concentração das
espécies SO2(g) e O2(g) aumentarem, o equilíbrio foi deslo-
cado para a esquerda. (porque essas espécies estão à
esquerda da dupla seta ).

A adição de NH4NH3 à água torna a solução ácida. Por outro lado, se não for notado qualquer variação nas
concentrações das espécies, não houve deslocamento de
Para se obter a equação do processo de Hidrólise do equilíbrio.
sal, devemos seguir as seguintes regras:
Exemplo :
• dissociar o sal (separar o cátion do ânion)
A seguinte reação encontrava-se em equilíbrio :
• ionizar o ácido forte (HA → H + A )
+ -
2 NO2 = N2O4
• dissociar a base forte (COH → C + OH )
+ -
A temperatura foi elevada e a concentração de N2O4
aumentou !
Como a espécie N2O4 está à direita da dupla seta, a re-
ação foi deslocada para a direita.
(não é sempre que o aumento da temperatura causa es-
• NH4NO3, por ser sal solúvel, encontra-se dissociado: se efeito, apenas em alguns casos)
NH4NO3 → NH+4 + NO-3 Mudanças na concentração :

• HNO3, por ser ácido forte, encontra-se ionizado: A situação de equilíbrio existente em um sistema quími-
co depende sempre da igualdade de velocidades das duas
HNO3 → H+ + NO-3 reações : a direta e a inversa. Quando uma dessas reações
ocorre com maior velocidade em relação a outra, seus pro-
Assim, a maneira mais correta de representar a reação dutos adquirem maior concentração pois passam a ser
é: produzidos mais rápidamente do que a reação inversa pode
consumi-los.
A+B⇔C+D
V = K[A].[B]
Observe que a hidrólise foi do cátion, ou seja, do íon Devemos lembrar de que a velocidade de uma reação
proveniente da base fraca. depende sempre de seus reagentes.

+ HOH ↔ NH4OH + H
4+ + Dessa forma, se forem adicionadas quantidades extras
Hidrólise do cátion: NH
de reagentes A e B, a velocidade da reação aumenta. Com
A Hidrólise salina do nitrato de amônio deu origem aos isso uma maior quantidade dos produtos C e D serão for-
produtos: mados.
NH4OH (hidróxido de amônio): base fraca Se a reação inversa estiver ocorrendo :

Química 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
C+D⇔A+B Quando adicionamos a espécie C parte da concentração
da espécie D reagiu com a espécie C que foi adicionada
Da mesma forma, a sua velocidade depende das con- produzindo A e B. Dessa forma, a concentração da espécie
centrações dos reagentes C e D. Assim, se forem adiciona- D restante é menor que a inicial.
das quantidades extras das espécies C e D a velocidade
desta reação aumenta produzindo maiores quantidades de Seguindo esse raciocínio é possível resolver qualquer
produtos A e B. problema relacionado a equilíbrio químico envolvendo alte-
rações nas concentrações das espécies envolvidas.
Portanto, se tivermos o equilíbrio :
Mudanças na pressão :
A+B=C+D
A pressão total do sistema é frequentemente um fator
O que aconteceria ao adicionar quantidades extras das capaz de deslocar o equilíbrio químico. De acordo com a lei
espécies A e B ? de Le Chatelier, se a pressão total do sistema é aumentada,
O que aconteceria ao adicionar quantidades extras das o sistema tenderá a reduzir esse efeito. Assim, o equilíbrio
espécies C e D ? será deslocado no sentido de diminuir a pressão. Num sis-
tema onde o equilíbrio envolve espécies gasosas, o equilí-
Devemos ter em mente que a velocidade de uma reação brio será deslocado no sentido de diminuir a quantidade de
depende das concentrações dos reagentes. gás no sistema. Para isso ser possível, o equilíbrio deve
Partindo da situação de equilíbrio, ao adicionar quanti- deslocar-se para o lado que possui menor número de moles
dades extras das espécies A e B, as concentrações dessas gasosos.
espécies aumentariam. A velocidade da reação que trans- Por exemplo :
forma A e B em C e D aumentaria também e assim as con-
centrações de C e D aumentariam. Portanto o equilíbrio 2NO2(g) = N2O4(g)
seria deslocado para a direita. Se a pressão do sistema aumentar, o equilíbrio é deslo-
Seguindo o mesmo raciocínio, tendo uma situação inicial cado para a direita pois o número de moles gasosos no lado
de equilíbrio, ao adicionar quantidades extras das espécies direito é menor. Por outro lado, se a pressão diminuir acon-
C e D, as concentrações dessas espécies aumentariam e tece o contrário: o equilíbrio desloca-se para a direita.
com isso a velocidade da reação inversa (C + D A + B) Mudanças na temperatura :
aumentaria também. Dessa forma uma quantidade maior
dos produtos A e B seriam produzidos aumentando suas Vamos considerar agora o deslocamento do equilíbrio
concentrações. Assim o equilíbrio seria deslocado para a causado pela variação da temperatura do sistema.
esquerda.
Sempre que a temperatura aumenta, a energia cinética
Exemplo 1 : das moléculas aumenta e os choques entre elas tornam-se
mais intensos. Isso faz com que a velocidade de qualquer
Inicialmente temos o seguinte equilíbrio : reação aumente. Como temos duas reações ocorrendo no
+
H2CO3 = H + HCO
3- estado de equilíbrio, as velocidades das duas irão aumen-
tar.
Ao adicionar H2CO3 o equilíbrio será deslocado para a
+ 3-
direita pois a produção de H e HCO será maior. No entanto, as velocidades das duas reações presentes
no estado de equilíbrio não aumentam em proporções i-
Exemplo 2 : guais. Assim, as velocidades das duas reações tornam-se
diferentes entre si e a partir disso o equilíbrio é deslocado.
Inicialmente temos o seguinte equilíbrio :
Por que as velocidades das duas reações presentes no
A+B=C+D
estado de equilíbrio não crescem igualmente se a variação
O que acontece ao adicionar quantidade extra apenas da temperatura é a mesma para as duas reações ?
da espécie C ?
Cada reação possui uma característica própria e exclu-
Qual das reações terá sua velocidade aumentada ? a di- siva sua. Esta característica é denominada "Entalpia" e está
reta ou a inversa ? relacionada com a quantidade de calor liberada na reação.
O raciocínio envolvido no equilíbrio químico é bastante Existem reações que liberam calor e por isso são cha-
desenvolvido ao responder essas questões. madas "reações exotérmicas". Por exemplo :
Adicionando-se a espécie C a velocidade da reação in- 2CO + O2 → 2CO2 + calor
versa aumenta :
Quando queremos dizer que uma reação libera calor,
C+D⇔A+B não utilizamos a notação acima. Basta dizer que a entalpia
dH < 0).
V = K[C].[D]
Calor é sinônimo de energia térmica. No exemplo acima
Assim o equilíbrio será deslocado para a esquerda (no ocorre a liberação de energia.
sentido de aumentar as concentrações das espécies A e B).
Existem reações que consomem energia, por exemplo a
E a concentração da espécie D ? aumenta, diminui ou reação inversa :
permanece constante ?
2CO2 + calor ⇔ 2CO + O2
Sabemos que as concentrações das espécies A e B
aumentam porque o equilíbrio foi deslocado para a esquer- Reações que consomem energia são chamadas rea-
da. A concentração da espécie C aumentou pois foi a espé- ções endotérmicas e possuem entalpia positiva (dH > 0). O
cie de que adicionamos quantidades extras, mas e a con- valor de dH é positivo porque temos de adicionar energia
centração da espécie D ? para a reação ocorrer.
A concentração da espécie D diminui ! A forma correta de expressar estas duas reações é a
seguinte :

Química 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2CO + O2 ⇔ 2CO2 dH < 0 APLICAÇÃO DA VELOCIDADE E DO EQUILÍBRIO
QUÍMICO NO COTIDIANO.
2CO2 ⇔ 2CO + O2 dH > 0
Estado de Equilíbrio, o que é?
"Calor" não é reagente nem produto de reação. A ener-
gia representada por "Calor" é a elevação da temperatura. Bem, você pode imaginar uma situação real e que acon-
tece no seu dia-a-dia.
Se aumentarmos a temperatura, estamos fornecendo
energia à reação. Ao contrário, se resfriarmos o sistema, Imagine uma garrafa de cerveja, quando a colocamos
estamos retirando energia da reação. em um congelador ou freezer e esquecemos de retirá-la
após um determinado tempo, possivelmente a garrafa teria
Se uma reação precisa de energia para ocorrer, oque estourado, mas muitas vezes isso não ocorre, ocorrendo
devemos fazer para que ela ocorra ? elevar a temperatura um fenômeno que é denominado de supercongelamento,
ou resfriar o sistema ? isto é, quando o líquido, no caso a cerveja, "esquece" de
Para a reação ocorrer é necessário energia. Uma forma congelar, pois o processo de resfriamento foi muito rápido e
de fornecer energia é aumentar a temperatura, portanto as moléculas do líquido estão em um estado de equilíbrio.
devemos elevar a temperatura do sistema. No entanto, quando retiramos a garrafa do congelador e a
abrimos, ela estoura, pois diminuímos a pressão no interior
Sempre que uma reação apresentar dH > 0 significa que da garrafa, ou seja, diminuímos a pressão dentro do siste-
sua velocidade aumenta se a temperatura elevar. Se dH < 0 ma, o que provoca uma perturbação no estado de equilíbrio
a veocidade da reação aumenta se a temperatura diminuir. que se estabelecia dentro da garrafa.
dH > 0 temperatura aumenta velocidade aumenta Estados de Equilíbrio estão muito presentes no nosso
dia-a-dia, seja em fenômenos físicos, biológicos e até mes-
dH < 0 temperatura diminui velocidade aumenta
mo fenômenos químicos.
Suponhamos que :
Exemplos diversos de equilíbrio químico podem ser veri-
2CO + O2 ⇔ 2CO2 dH < 0 ficados no nosso cotidiano, tais como os descritos abaixo.

2CO2 ⇔ 2CO + O2 dH > 0 Óculos

Temos o seguinte equilíbrio : Você, possivelmente, já viu ou ouviu falar dos óculos fo-
tocromáticos, talvez não os conheça por este nome, mas
2CO + O2 = 2CO2 devem conhecê-los.
O que acontece se a temperatura aumentar ? Óculos fotocromáticos são aqueles óculos que possuem
Se a temperatura aumentar, a reação cujo valor dH > 0 lentes que mudam de cor, conforme a intensidade luminosa,
é a reação inversa : ou seja, quando uma pessoa que usa este tipo de óculos
está dentro de uma residência, as lentes são praticamente
2CO2 2CO + O2 dH > 0 incolores, mas quando esta pessoa sai para fora da resi-
dência, ficando exposta à luz, as lentes tendem a ficar com
Se esta reação sofrer aumento de velocidade, o equilí-
uma coloração escura. Isso é devido à uma reação química
brio será deslocado no sentido de produzir as espécies
que ocorre nos óculos, você sabia?
químicas CO + O2. O equilíbrio
A reação que ocorre nas lentes dos óculos é a seguinte:
2CO + O2 = 2CO2
será deslocado para a esquerda. AgCl + Energia Ag + Cl
O princípio de Le Chatelier :
Le Chatelier propôs este teorema geral em 1884 : O cloreto de prata (AgCl), quando na lente, dá uma apa-
"Se uma perturbação é aplicada a um sistema em equi- rência clara para a mesma, já a prata metálica (Ag), quando
líbrio, o sistema altera-se, se possível, no sentido de anular é formada na lente dá uma aparência escura à lente. Esta
a perturbação". reação é um caso em que se aumentar a energia, no caso a
claridade, na lente o equilíbrio deslocará para o lado da
Catalisadores não alteram o equilíbrio ? formação do Ag elementar que é escuro (na lente). Quando
se diminui a intensidade luminosa na lente ocorre o favore-
Catalisadores são espécies químicas geralmente encon-
cimento da reação inversa, ou seja, a diminuição da sensa-
tradas nos metais de transição. Foi descoberto o fato de
ção escura.
alguns metais de transição tornarem determinadas reações
químicas mais velozes e a partir disso inicializou-se o uso Este exemplo é abrangido pelo princípio de Le Chatelier,
desses metais de transição no sentido de facilitar a ocor- que diz: "Quando um sistema está em equilíbrio e sofre
rência de algumas reações que até então dificilmente os alguma perturbação, seja ela por variação de pressão, de
químicos conseguiam realizar em laboratórios. concentração de algum dos reagentes ou dos produtos, ou
pela variação da temperatura, o sistema tenderá a retornar
A grande função dos catalisadores consiste em aumen-
o estado de equilíbrio, a partir da diminuição do efeito pro-
tar a velocidade das reações. No entanto eles não são ca-
vocado pela perturbação."
pazes de deslocar equilíbrios químicos. A explicação para
esse fenômeno é bastante simples : os catalizadores não Este princípio pode ser enunciado de uma maneira mais
aumentam apenas a velocidade da reação direta. A veloci- simplificada, quando se aplica uma perturbação a um sis-
dade da reação inversa também é aumentada proporcio- tema em equilíbrio, o sistema tende a provocar um reajuste
nalmente de modo que o deslocamento do equilíbrio é para diminuir as influências da perturbação.
compensado. Essa informação foi comprovada experimen-
talmente através da síntese da amônia a partir de nitrogênio Um outro exemplo de equilíbrio químico em nosso dia-a-
e hidrogênio utilizando o ferro como catalizador. Da mesma dia é o caso da garrafa de refrigerante, é isso mesmo, refri-
forma que o ferro ajudava a reação de síntese da amônia, gerante.
facilitava a sua decomposição. Refrigerante

Química 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dentro de uma garrafa de refrigerante, ocorre várias re- rápido, devido à elevação de temperatura em relação às
ações, mas um destaque pode ser dado para o ácido car- panelas comuns.
bônico (H2CO3), que se decompõe em H2O e CO2 .
Luz: Certas reações, as chamadas reações fotoquími-
cas, podem ser favorecidas e aceleradas pela incidência de
H2CO3(aq) H2O + CO2(g) luz. Trata-se de uma reação de fotólise, ou seja, da decom-
Esta é a reação de decomposição do ácido carbônico, posição de uma substância pela ação da luz. Podemos
sendo que ela está em equilíbrio químico, pois a medida retardar a velocidade de uma reação diminuindo a quanti-
que ocorre a decomposição, também ocorre a formação de dade de luz. Exemplo: A fotossíntese, que é o processo
ácido carbônico, sendo assim pode se dizer que esta é uma pelo qual as plantas convertem a energia solar em energia
reação que representa um estado de equilíbrio, que sofre química, é uma reação fotoquímica.
influência pelo aumento de temperatura, pela pressão e Catalisadores: São substâncias capazes de acelerar
também pela concentração. uma reação. Exemplo: alguns produtos de limpeza contêm
Quando abrimos uma garrafa de refrigerante, ocorre enzimas para facilitar na remoção de sujeiras. Essas enzi-
uma diminuição da pressão no interior do sistema (garrafa mas facilitam a quebra das moléculas de substâncias res-
de refrigerante), ocorrendo um deslocamento do equilíbrio ponsáveis pelas manchas nos tecidos.
para o lado de maior número de mols gasosos, ou seja, o Superfície de contato: Quanto maior a superfície de
lado dos produtos. Isto é mostrado pelo princípio de Le contato dos reagentes, maior será a velocidade da reação.
Chatelier. O estado de equilíbrio também pode ser desloca- Exemplo: os antiácidos efervescentes quando triturados se
do pelo aumento da temperatura, ou seja, caso coloquemos dissolvem mais rápido em água do que em forma de com-
um pouco de refrigerante para aquecer em um recipiente primido inteiro, isto porque a superfície de contato fica maior
adequado, ocorrerá a liberação de gases (esta reação é para reagir com a água.
endotérmica), assim como no caso em que abrimos a garra-
fa de refrigerante, ou seja, o gás liberado é o gás carbônico,
CO2,, Neste exemplo, nas duas situações, estaremos pro- DISPERSÕES.
vocando um deslocamento de equilíbrio químico, o que
provocará no refrigerante uma modificação no seu gosto.
Isto você já deve ter percebido, quando um resto de refrige- 1. Conceito de dispersão
rante fica muito tempo dentro da geladeira, ele fica com um Considere a imagem abaixo, na qual uma substância A
gosto diferente, isto ocorre devido ao fato de ter ocorrido foi acrescentada a outra substância B.
perda de CO2, logo, perda de H2CO3. A substância A será distribuída no interior da substância
B, sob a forma de pequenas partículas que são chamadas
Estes dois exemplos, lentes fotocromáticas e garrafa de de partículas dispersas.
refrigerante, são exemplos de equilíbrio químico, que ocor-
rem em nosso cotidiano, mas não são os únicos exemplos, Neste caso, denominamos a substância A como disper-
podemos citar, ainda, o caso do equilíbrio químico que so e a substância B como dispergente. Portanto, dispersão
ocorre nos dentes ou do que ocorre nos pulmões, entre é denominada como a combinação de um dispersante com
outros tantos. um disperso.

Velocidade das reações químicas


Uma reação química ocorre quando certas substâncias
sofrem transformações em relação ao seu estado inicial.
Para que isso possa acontecer, as ligações entre átomos e
moléculas devem ser rompidas e devem ser restabelecidas
de outra maneira. Não existe uma velocidade geral para
todas as reações químicas, cada uma acontece em sua
velocidade específica. Algumas são lentas e outras são
rápidas, como por exemplo: a oxidação (ferrugem) de um
pedaço de ferro é um processo lento, pois levará algumas
semanas para reagir com o oxigênio do ar. Já no caso de
um palito de fósforo que acendemos, a reação de combus- 2. Classificação das dispersões
tão do oxigênio ocorre em segundos gerando o fogo, sendo As dispersões são classificadas em: grosseiras, colóides
assim é uma reação rápida. e soluções. A diferença entre essas dispersões está rela-
cionada com as características das partículas dispersas.
A velocidade das reações químicas depende de uma sé-
rie de fatores: a concentração das substâncias reagentes, a Angstrom (Å)
-8 -10
temperatura, a luz, a presença de catalisadores, superfície 1 Å = 10 cm = 10 m
de contato. Esses fatores nos permitem alterar a velocidade Nanômetro (nm)
-9
natural de uma reação química, vejamos por que: 1nm = 10 m = 10Å
Concentração de reagentes: Quanto maior a concen- Dispersão grosseira
tração dos reagentes, mais rápida será a reação química. As partículas dispersas da dispersão grosseira possuem
Essa propriedade está relacionada com o número de coli- em média diâmetro superior a 1000Å (100nm), sendo assim
sões entre as partículas. Exemplo: uma amostra de palha sua visualização pode ser feita através de um microscópio
de aço reage mais rápido com ácido clorídrico concentrado ou até mesmo a olho nu. As dispersões grosseiras são
do que com ácido clorídrico diluído. subdivididas em suspensões (sólido e líquido) e emulsões
(líquido e líquido).
Temperatura: De um modo geral, quanto maior a tem-
Exemplo:
peratura, mais rapidamente se processa a reação. Pode-
mos acelerar uma reação lenta, submetendo os reagentes a Suspensão: areia dispersa na água.
uma temperatura mais elevada. Exemplo: se cozinharmos Emulsão: óleo disperso na água.
um alimento em panela de pressão ele cozinhará bem mais

Química 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Colóide ∆H = variação de entalpia
As partículas dispersas dos colóides apresentam em
média diâmetro inferior a 1000Å (100mn), sendo assim, Hf = soma das entalpias dos produtos da reação
somente através de um ultramicroscópio é que podemos
fazer a sua visualização.
Hi = soma das entalpias dos reagentes da reação
Exemplos: 2. Tipos de reações
Espuma, que é formada por bolhas de gás dispersas 2.1. Reações Exoté
rmicas
num líquido
Nuveme e neblina, referem-se a gotículas de água dis- São aquelas que liberam calor para o meio ambi-
persas em um gás, que no caso é o ar atmoférico. ente.
Exemplos
Solução
Combustão da gasolina, queima da vela, etc.
As soluções possuem as menores partículas dispersas,
íons e/ou moléculas, possuindo diâmetro inferior a 10Å Há uma diminuição do conteúdo calorífico do sis-
(1nm), não podendo, portanto, serem visualizadas por ne- tema. Se ocorre liberação de calor, podemos concluir
nhum tipo de instrumento de pesquisa.
que, no final, a quantidade de calor (Hf) contida no
Mais adiante iremos nos aprofundar mais no estudo das
soluções, que é o grupo mais importante.
sistema é menor que no início (Hi) do processo.
Exemplos:
Açúcar dissolvido em água.
Toda mistura de gases.
NaCι dissolvido em água.
TERMOQUÍMICA. como ∆H= Hf – Hi, logo, H<0
Uma das consequências do progresso da humani-
dade é o aumento no consumo da energia, pois não
imaginamos civilização moderna sem indústrias, au-
tomóveis, aviões, fogões, geladeiras, etc.
Exemplos
A grande fonte de nossos recursos energéticos
são, sem dúvida, as reações químicas, já que durante Seja a combustão do acetileno:
a ocorrência destas, há perda ou ganho de energia. C2H2(g) + 5/2 O2(g) → 2 CO2(g) + H2O(g) ∆H = -
Essas variações energéticas são frequentemente 310,6 kcal
expressas na forma de calor e serão estudadas na
Termoquímica. De onde concluímos que durante esta reação, a
25 °C e 1 atm, são liberados 310,6 kcal para cada mol
Termoquímica é a parte da Química que estuda as de acetileno queimado.
quantidades de calor liberadas ou absorvidas durante
as reações químicas. 2.2. Reações Endoté
rmicas

Os calores liberados ou absorvidos pelas reações São aquelas que absorvem calor do meio ambien-
são expressos em Joule (J), ou caloria (cal). te.

Uma caloria é a quantidade de calor necessária Exemplo


para aquecer um grama de água de 14,5 °C a 15,5 Decomposição da amônia, etc.
°C. Seu múltiplo é a quilocaloria, (kcal), sendo que:
Numa reação endotérmica, há aumento do conte-
Relação entre cal, joule: údo calorífico do sistema. Se ocorre absorção de e-
nergia, podemos concluir que, no final, a quantidade
de calor (Hf) contida no sistema é maior que no início
do processo (Hi).

O aparelho usado para medir a quantidade de ca-


lor envolvida nas transformações físicas ou químicas
é o calorímetro.
1. Entalpia (H) como ∆H = Hf – Hi, logo, H > 0.
Entalpia é o conteúdo de calor de um sistema, à O ∆H das reações endotérmicas é positivo.
pressão constante. Não é possível fazer a medida Exemplo
absoluta da entalpia de um sistema, mas podemos
medir (com calorímetros), a variação de entalpia, ∆H, Seja a decomposição da água:
que ocorre numa reação. Esta variação é entendida H2O(l)→ H2(g) + 1/2 O2(g) ∆H = + 68,4 kcal
como a diferença entre a entalpia final (dos produtos
da reação) e a entalpia inicial (dos reagentes da rea- de onde concluímos que durante essa reação, a
ção). 25 °C e 1 atm, são absorvidas 68,4 kcal para cada
mol de água decomposta.
3. Diagrama de Entalpia

Química 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No diagrama de entalpia, relacionamos num eixo
vertical os valores de Hi e Hf e podemos, portanto,
calcular o valor de ∆H.
3.1. Diagrama de Reação Exoté
rmica

Hi = – 94,1 kcal
Hf = – 26,4 kcal
Os produtos possuem entalpia menor que os rea- ∆H = Hf – H i → ∆H = – 26,4 – (–94,1)→ ∆H =
gentes. Logo, houve perda de calor e o ∆H é negati- +67,7 kcal
vo.
Reação Endoté
rmica
Exemplo
∆H positivo

4. Fatores que alteram o ∆H


4.1. Estado Físico de Reagentes e Produtos
O estado físico de reagentes e produtos interfere
no H de uma reação. Se em um determinado pro-
cesso ocorrido com os mesmos reagentes, no mesmo
estado físico e mesmo produto, cujos estados físicos
Hi = –26,4 kcal são diferentes, a energia liberada no estado sólido é
maior que no estado líquido e esta é maior no estado
Hf = –94,1 kcal gasoso. Isso acontece porque o vapor é um estado
∆H = Hf – Hi → ∆H = –94,1 – (–26,4)→ ∆H = – 67,7 mais energético que o sólido.
kcal Exemplificando
Reação Exoté
rmica
∆H negativo
3.2. Diagrama de Reação Endoté
rmica

Observamos que os produtos diferem apenas no


estado físico.
Graficamente, podemos representar:

Os produtos possuem entalpia maior que os rea-


gentes. Logo, houve ganho de calor e o ∆H é positivo.
Exemplos

Química 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4.2. Estado Alotrópico de Reagentes e Produ- 4.3. Temperatura
tos
A determinação do ∆H deve ser feita a uma tem-
Um mesmo elemento pode formar substâncias peratura constante, pois se verifica, experimentalmen-
simples diferentes. A este fenômeno damos o nome te, que a variação de temperatura tem influência so-
de alotropia. bre o valor do ∆H. Normalmente, as determinações
Na natureza encontramos muitas variedades alo- de DH são feitas em condições-padrão, ou seja, tem-
trópicas, tais como: peratura de 25 °C.
4.4. A Quantidade de Reagentes e Produtos
O ∆H de qualquer reação é determinado pela
– Carbono quantidade de reagentes envolvidos.
Exemplo
– Enxofre

– Fósforo
5. O Estado-Padrão
Como é impossível determinar o valor absoluto da
entalpia de um sistema, adota-se um referencial ou
– Oxigênio
padrão. Por convenção adotam-se as seguintes con-
Para uma reação envolvendo variedades alotrópi- dições para ser um padrão:
cas de um mesmo elemento, vamos obter entalpias
• temperatura de 25 °C
diferentes. Por exemplo:
• pressão de 1 atm
C(grafite) + O2(g) → CO2(g) ∆H1 = – 392,9 kJ
• estado físico mais comum a 25 °C e 1 atm
C(diamante) + O2(g) → CO2(g) ∆H2 = – 395 kJ
Exemplo
Podemos dizer que o diamante apresenta, em sua
estrutura cristalina, mais entalpia que o grafite. Por- H2O(l), O2(g), Al(s), Hg(l), Cl2(g)
tanto, o diamante é mais reativo (menos estável) que • estado alotrópico mais estável
o grafite (mais estável).
Exemplo
Graficamente, encontramos:
C(gr), O2(g), S(R), P(V)

Observação
Caso o padrão seja substância sim-
ples (elemento químico), a ela será
atribuído arbitrariamente o valor zero
de entalpia.

Exemplos
H2O(l) → é padrão, mas H ≠ 0 (não é substância
simples)
H2(g) → é padrão e substância simples, logo H = 0.
O2(l) → é substância simples, mas não é padrão,
logo H ≠ 0.
Para as demais formas alotrópicas citadas, pode-
mos colocar: C(s,gr) → é substância simples e está no estado alo-
trópico mais estável, logo H = 0.
Como determinar, então, uma entalpia relativa?
Veja a seguinte reação a 25 °C e 1 atm:

Assim, a entalpia água líquida (fórmula) é igual a –


68,4 kcal/mol.

Química 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
6. Equação Termoquímica Os valores das entalpias de formação são muito
A equação química é a representação da reação importantes, pois representam a própria entalpia de 1
química. Equações que trazem, além dos reagentes e mol da substância que está sendo formada, já que,
produtos, o estado físico (ou alotrópico) desses rea- nas reações de formação, Hi é sempre zero.
gentes e produtos, a temperatura, a pressão do pro- Exemplos
cesso e a variação da entalpia envolvida na reação
são chamadas equações termoquímicas.
S(rômico) + 1O2(g) → 1SO2(g) ∆H = –70,92Kcal (a 25ºC
e 1atm) 1)
Significado: quando 1 mol de enxofre rômbico re- Como as entalpias do H2(g) e O2(g) são iguais a zero
age com 1 mol de oxigênio gasoso, liberam 70,92 kcal (estado padrão), a entalpia inicial, (Hi), também é
para formar 1 mol de dióxido de enxofre gasoso. zero, portanto:
1C(gr) + 2S(R) → 1CS2(l) ∆H = 18Kcal ( a 25ºC e Hf = Hf – Hi → ∆Hf = Hf – 0
1atm) Hf = Hf, logo ∆Hf H2O(i) = – 68,4Kcal
Significado: quando 1 mol de carbono grafite rea- Hf H2O(i), significa que 1 mol de água líquida pos-
ge com 2 mols de enxofre rômbico, ocorre absorção sui a entalpia igual a – 68,4 kcal.
de 18 kcal para formar 1 mol de dissulfeto de carbono
líquido. 2)

Observação
Quando na equação não aparecer indica-
ção da temperatura e pressão, significa
que o processo ocorreu a 25 °C e 1 atm
(condições ambientes). 3)

7.2. Calor de Combustão


(a mudança do estado físico acarreta uma mudan- É a variação de entalpia ( H) na combustão de 1
ça no valor do H). mol de uma substância a 25 °C e 1 atm.

C(gr) + O2(g) → CO2(g) ∆H = – 94,1Kcal Por exemplo

C(d) + O2(g) → CO2(g) ∆H = – 94,4Kcal C6H12O6(s) + 6O2(g) → 6CO2(g) + 6H2O(l) ∆Hc = – 673
kcal/mol
(a mudança do estado alotrópico acarreta uma
mudança no valor do H). logo a combustão de 1 mol de glicose libera 673
kcal.
7. Calor de Reação
O ∆H nesse caso é sempre negativo, pois as
A variação de entalpia que ocorre numa reação é combustões são sempre exotérmicas.
chamada de calor de reação ou entalpia de reação e
é medida a 25 °C e 1 atm. Esse calor de reação rece-
be, conforme a reação, as seguintes denominações:
calor de formação, calor de combustão, calor de neu-
tralização etc.
7.1. Calor de Formação
É a quantidade de calor liberada ou absorvida du-
rante a formação de 1 mol de um composto, a partir
de substâncias simples, no estado padrão.
Por exemplo: a 25 °C e 1 atm, temos:
7.3. Energia de Ligação
Para rompermos uma ligação entre 2 átomos, de-
H2(g) + O2(g) → 1H2O(l) vemos fornecer energia. Assim o processo é sempre
∆H = –68,4 kcal / mol, o que significa que, para endotérmico e o ∆H é sempre positivo. Quanto mais
formar um mol de água líquida, a partir de substân- estável é a ligação, maior é a quantidade de energia
cias simples, H2(g) e O2(g), no estado padrão (25 °C, e absorvida para rompê-la.
1 atm, estado físico e alotrópico mais estável) há a Chamamos calor de ligação ou energia de ligação
liberação de 68,4 kcal. à quantidade de calor absorvida para rompermos um

Química 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mol de ligações, considerando reagentes e produtos
no estado gasoso, a 25 °C e 1 atm.

Com uma tabela de energia de ligação podemos


calcular a energia total necessária para romper as
ligações de 1 mol de moléculas, ou ainda, o que é
Total de ligações quebradas:
mais importante, o ∆H das reações.
Exemplo
Conhecendo-se as seguintes energias de ligação; Total de ligações formadas:
C — H ... + 98,8 kcal/mol ∆H = 4 · 98,8 + 1 · 146,8 + 1 · 104,2 + 6 · (–98,8) +
1 · (– 83,2)
C ≡ C ... + 200,6 kcal/mol
podemos calcular a energia total necessária para
"quebrar" as ligações de 1 mol de moléculas de aceti-
leno (C2H2). Porém, observando cuidadosamente a reação,
podemos perceber que apenas houve o rompimento
H — C ≡ C — H(g) → 2C(g) + 2H(g) de uma ligação C = C (+ 146,8) e uma H – H (+
Quebramos 104,2) enquanto formou-se uma ligação C – C (–
83,2) e duas C – H (2 · (– 98,8)):

∋H = + 197,6 + 200,6 →
Porém, para calcularmos o ∆H de uma reação, Somando-se os valores, obtemos o ∆H:
usando valores de energia de ligação, devemos ob-
servar que se para romper ligações há absorção de ∆H = + 146,8 + 104,2 – 83,2 – 197,6
de energia, para formar, há liberação de energia (pro-
cesso exotérmico). ∆H = –
29,8 Kcal
Cl2(g) → 2Cl(g) ∆H = +58 kcal
2Cl(g) → Cl2(g) ∆H = – 58 kcal 8. Lei de Hess

O ∆H será o saldo energético entre o calor absor- Por volta de 1840, Germain Herman Hess, traba-
vido no rompimento das ligações entre os átomos dos lhando na determinação de certos calores de reação,
reagentes e o calor liberado na formação das ligações cuja medida experimental era muito difícil, constatou
entre os átomos dos produtos. que: "A variação de entalpia (∆H) de uma reação
química depende apenas dos estados final e inicial,
Exemplo não importando o caminho da reação". Esta importan-
Calcular o ∆H da reação: te lei experimental foi chamada de lei dos estados
final ou inicial, lei de adição de calores ou, simples-
C2H4(g) + H2(g) → C2H6(g) mente, Lei de Hess.
conhecendo-se as seguintes energias de ligação, Seja uma reação genérica A → B da qual se quer
em kcal/mol: determinar o ∆H. Esta reação pode ser realizada por
C = C ... + 146,8 diversos caminhos, onde, para cada um deles, os
estados inicial e final são os mesmos.
C — H ... + 98,8
C — C ... + 83,2
H — H ... + 104,2
Resolução

Para que A se transforme em B temos 3 caminhos:


A→B
A→C→D→B
A→E→B

Química 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sendo que: mento (ruptura) catalítico do petróleo. Os hidrocarbonetos
aromáticos foram assim chamados por terem sido obtidos
∆Hx = ∆H1 + ∆H2 + ∆H3 inicialmente a partir de produtos naturais como resinas ou
ou
bálsamos, e apresentarem odor característico. Com o tem-
po, outras fontes desses compostos foram descobertas. Até
∆Hx = ∆H4 + ∆H5 a segunda guerra mundial, por exemplo, sua fonte mais
Portanto, não importa o número de etapas que o importante era o carvão. Com o crescimento da demanda,
durante e após a guerra, outras fontes foram pesquisadas.
processo apresenta, o ∆H da reação total será a so-
Atualmente, grande parte dos compostos aromáticos, base
ma dos ∆H das diversas etapas, e em conseqüência de inúmeros processos industriais, se obtém a partir do
a equação termoquímica pode ser tratada como uma petróleo.
equação matemática. Logo, quando usamos a Lei de
Estrutura e nomenclatura
Hess no cálculo do DH de uma reação, devemos ar-
rumar as equações fornecidas de modo que a soma A estrutura das moléculas dos hidrocarbonetos baseia-
delas seja a equação cujo ∆H estamos procurando. se na tetravalência do carbono, isto é, em sua capacidade
Para isso, usamos os seguintes procedimentos: de ligar-se, quimicamente, a quatro outros átomos, inclusive
de carbono, simultaneamente. Assim, as sucessões de
a) Somando várias equações, somamos também átomos de carbono podem formar cadeias lineares, ramifi-
os respectivos ∆H; cadas em ziguezague, que lembram anéis e estruturas de
três dimensões.
b) Invertendo a equação, invertemos também o si-
nal do ∆H; Hidrocarbonetos saturados

c) Multiplicando uma equação por um número A fórmula empírica molecular dos hidrocarbonetos satu-
rados, também chamados alcanos ou parafinas, é C-
qualquer (diferente de zero), multiplicamos também o nH2n+2, segundo a qual n átomos de carbono combinam-
∆H, pelo mesmo número. se com 2n + 2 átomos de hidrogênio para formarem uma
molécula. Valores inteiros sucessivos de n dão origem aos
termos distintos da série: metano (CH4), etano (C2H6),
propano (C3H8), butano (C4H10) etc.
QUÍMICA ORGÂNICA: HIDROCARBONETOS E
POLÍMEROS. A partir do quarto termo da série, o butano, os quatro
carbonos podem formar uma cadeia linear ou uma estrutura
ramificada. No primeiro caso, o composto se denomina n-
HIDROCARBONETOS butano. Na estrutura ramificada, um átomo de carbono se
Hidrocarbonetos são compostos formados exclusiva- liga ao carbono central da cadeia linear formada pelos ou-
mente de carbono e hidrogênio, que também são chamados tros três, formando o iso-butano, ou pode dar origem a uma
hidrocarburetos, carboidretos, carbetos, carburetos ou car- estrutura cíclica, própria do composto chamado ciclobutano,
bonetos de hidrogênio. em que os átomos de carbono das extremidades estão
ligados entre si. A existência de compostos com mesma
fórmula molecular, mas com estruturas diferentes, é fenô-
meno comum nos hidrocarbonetos, designado como isome-
ria estrutural. As substâncias isômeras possuem proprieda-
des físicas e químicas semelhantes, mas não idênticas, e
formam, em certos casos, moléculas completamente dife-
rentes.
Os termos da série saturada são nomeados a partir do
butano com o prefixo grego correspondente ao número de
átomos de carbono constituintes da molécula: penta, hexa,
hepta etc., acrescidos da terminação "ano". Nos cicloalca-
nos, hidrocarbonetos de cadeia saturada com estrutura em
Classificação e ocorrê
ncia anel, a nomenclatura faz-se com a anteposição da palavra
"ciclo" ao nome correspondente ao hidrocarboneto análogo
Os hidrocarbonetos se classificam de acordo com a pro-
na cadeia linear. Finalmente, os possíveis isômeros presen-
porção dos átomos de carbono e hidrogênio presentes em
tes na série saturada cíclica se distinguem por meio de
sua composição química. Assim, denominam-se hidrocar-
números, associados à posição da ramificação no ciclo.
bonetos saturados os compostos ricos em hidrogênio, en-
quanto os hidrocarbonetos ditos insaturados apresentam Exemplo:
uma razão hidrogênio/carbono inferior e são encontrados
principalmente no petróleo e em resinas vegetais.
Os grupos de hidrocarbonetos constituem as chamadas
séries homólogas, em que cada termo (composto orgânico)
difere do anterior em um átomo de carbono e dois de hidro-
gênio. Os termos superiores da série homóloga saturada,
de peso molecular mais alto, encontram-se em alguns tipos
de petróleo e como elementos constituintes do pinho, da
casca de algumas frutas e dos pigmentos das folhas e hor- Butano
taliças. Hidrocarbonetos insaturados
Os hidrocarbonetos etilênicos, primeiro subgrupo dos in- O primeiro grupo de hidrocarbonetos insaturados, cons-
saturados, estão presentes em muitas modalidades de tituído pelos compostos etilênicos, também chamados alce-
petróleo em estado natural, enquanto os acetilênicos, que nos, alquenos ou olefinas, tem como característica estrutu-
compõem o segundo subgrupo dos hidrocarbonetos insatu- ral a presença de uma dupla ligação entre dois átomos de
rados, obtêm-se artificialmente pelo processo de craquea- carbono. Sua fórmula molecular é CnH2n e os primeiros

Química 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
termos da série homóloga correspondente recebem o nome ro grupo de hidrocarbonetos aromáticos constitui-se de
de etileno ou eteno (C2H4), propileno ou propeno (C3H6), compostos formados por condensação de anéis benzêni-
butileno ou buteno (C4H8) etc. Os termos seguintes têm cos, de modo que dois ou mais átomos de carbono sejam
uma nomenclatura análoga à dos hidrocarbonetos satura- comuns a mais de um anel, tais como o naftaleno, com dois
dos, acrescidos da terminação "eno". anéis, e o antraceno, com três.
A posição da dupla ligação na molécula dos alcenos po- Exemplos:
de dar origem a diferentes isômeros. Para distingui-los, o
número do primeiro carbono a conter essa ligação precede
o nome do hidrocarboneto na nomenclatura desses com-
postos. Existem, ainda, hidrocarbonetos etilênicos com mais
de uma dupla ligação -- denominados dienos, quando pos-
suem duas ligações, e polienos, com três ou mais. O grupo
mais importante dessa classe de hidrocarbonetos constitui-
se de compostos com duplas ligações em posições alterna-
das, os dienos conjugados. A nomenclatura dos alcenos de
estrutura anelar, ditos cicloalquenos, é formalmente análoga
à dos cicloalcanos.
Os alcinos ou alquinos (de fórmula molecular CnH2n-2),
também conhecidos como hidrocarbonetos acetilênicos e
componentes do segundo grupo dos compostos insatura-
dos, apresentam ligação tripla em sua estrutura e sua no-
menclatura é similar à dos alcenos, com a terminação "ino"
que lhes é própria. Os cicloalquinos inferiores (de baixo
peso molecular) são instáveis, sendo o ciclo-octino, com
oito átomos de carbono, o menor alcino cíclico estável co-
nhecido.
Exemplos:

Propriedades e aplicações
Os hidrocarbonetos em geral são insolúveis em água,
mas se solubilizam prontamente em substâncias orgânicas
como o éter e a acetona. Os primeiros termos das séries
homólogas são gasosos, enquanto os compostos de maior
peso molecular são líquidos ou sólidos. Graças a sua capa-
cidade de decompor-se em dióxido de carbono e vapor
d'água, em presença de oxigênio, com desprendimento de
grande quantidade de energia, torna-se possível a utilização
de vários hidrocarbonetos como combustíveis.
Os hidrocarbonetos saturados, ou parafinas, caracteri-
zam-se sobretudo por ser quimicamente inertes. Industrial-
mente, são empregados no processo de craqueamento
(cracking) ou ruptura, a elevadas temperaturas, e produzem
misturas de compostos de estruturas mais simples, satura-
Eteno Buteno dos ou não. A hidrogenação catalítica dos alcenos é utiliza-
Hidrocarbonetos aromáticos da, em escala industrial, para a produção controlada de
moléculas saturadas. Esses compostos são usados ainda
A estrutura do benzeno, base dos hidrocarbonetos aro- como moderadores nucleares e como combustíveis (gás de
máticos, foi descrita pela primeira vez por Friedrich August cozinha, em automóveis etc.).
Kekulé, em 1865. Segundo ele, a molécula do benzeno tem
o formato de um hexágono regular com os vértices ocupa- Os hidrocarbonetos insaturados com duplas ligações
dos por átomos de carbono ligados a um átomo de hidrogê- têm a capacidade de realizar reações de adição com com-
nio. Para satisfazer a tetravalência do carbono, o anel ben- postos halogenados e formam importantes derivados orgâ-
zênico apresenta três duplas ligações alternadas e conju- nicos. Além disso, com a adição de moléculas de alcenos, é
gadas entre si, o que lhe confere sua estabilidade caracte- possível efetuar a síntese dos polímeros, empregados in-
rística. dustrialmente no fabrico de plásticos (polietileno, teflon,
poliestireno etc) e de fibras sintéticas para tecidos (orlon,
Os hidrocarbonetos da série homóloga benzênica subdi- acrilan etc.). Além disso, faz parte da gasolina uma impor-
videm-se em três grupos distintos. O primeiro constitui-se tante mistura de alquenos. Metade da produção de acetile-
de compostos formados pela substituição de um ou mais no é utilizada, como oxiacetileno, na soldagem e corte de
átomos de hidrogênio do anel pelos radicais de hidrocarbo- metais. Os hidrocarbonetos aromáticos, além de bons sol-
netos. Esses compostos têm seus nomes derivados do ventes, são empregados na produção de resinas, corantes,
radical substituinte, terminado em "il", e seguidos da palavra inseticidas, plastificantes e medicamentos.
"benzeno". Alguns, no entanto, apresentam denominações
alternativas (ou vulgares), mais comumente empregadas. Alcanos
Assim, o metil-benzeno é conhecido como tolueno, o dime- São hidrocarbonetos alifáticos saturados, ou seja, ca-
til-benzeno como xileno etc. deia aberta simples com ligações que podem ser ramifica-
No segundo grupo, encontram-se os compostos forma- das ou normal.
dos pela união de anéis benzênicos por ligação simples - Conceito: H3C – CH2 – CH2 – CH3
entre os átomos de carbono, como a bifenila, ou com um ou
mais átomos de carbono entre os anéis. Por último, o tercei- butano (C4H10)

Química 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Nomenclatura: A) Amina primária.
• Cadeia normal: Prefixo + ano B) Éter.
• Cadeia ramificada: Nº do carbono + prefixo C) Éster.
D) Amida.
- Fórmula Geral: CnH2n + 2
E) Aldeído.
Alcenos
Resp: E
São hidrocarbonetos alifáticos insaturados que apresen-
tam uma dupla ligação. As regras para estabelecer a no- Exercício 2: (PUC-RIO 2010)
menclatura dos alcinos são as mesmas que foram utilizadas
O colesterol dá origem à testosterona, um hormônio li-
para os alcenos.
gado ao desenvolvimento sexual, e ao estradiol, que regula
- Conceito: H2C ═ CH – CH2 – CH3 as funções sexuais (ver figuras).
1-buteno (C4H8)
- Nomenclatura: Prefixo + eno + O numero que indica a
posição da ligação dupla deve ser a menor possível e deve
ser representado antecedendo o nome do carbono.

- Fórmula Geral: CnH2n


Alcinos
São hidrocarbonetos alifáticos insaturados por um tripla
ligação.
- Conceito: CH C – CH3
Propino
- Nomenclatura:
Prefixo + ino + O numero que indica a posição da liga-
ção tripla deve ser a menor possível e deve ser representa-
do antecedendo o nome do carbono.

- Fórmula Geral: CnH2n – 2


Alcadienos
São hidrocarbonetos alifáticos insaturados por duas li-
gações duplas. Os alcadienos segue as mesmas regras
vistas para os outros hidrocarbonetos insaturados. Nesse
caso, como existem duas ligações na cadeia, o seu nome é Sobre essas substâncias, é CORRETO afirmar que:
precedido de dois números, quando necessário.
A) o estradiol e a testosterona não possuem carbonoas-
- Conceito: CH2 = C = CH – CH2 – CH3 simétrico.
1,2-pentadieno B) a testosterona é uma substância aromática.
- Nomenclatura: Prefixo + dieno C) ambas as substâncias possuem carbonos com hibri-
dização sp
- Fórmula Geral: CnH2n
D) em ambas as substâncias, pode-se identificar duplas
Autoria: Fernanda Medeiros ligações conjugadas.
http://www.coladaweb.com/quimica/quimica- E) as duas substâncias possuem grupo carbonila.
organica/alcanos,-alcenos,-alcinos-e-alcadienos
Resp: D

Exercício 1: (PUC-RIO 2010)


Exercício 3: (PUC-RIO 2009)
A sibutramina (representada abaixo) é um fármaco con-
trolado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária que
tem por finalidade agir como moderador de apetite.

O oseltamivir, representado na figura ao lado, é o princí-


pio ativo do antiviral Tamiflu® que é utilizado no tratamento
da gripe A (H1N1). Assinale a opção que NÃO indica uma Sobre a sibutramina, é incorreto afirmar que:
função orgânica presente na estrutura da molécula do osel-
tamivir. A) trata-se de uma substância aromática

Química 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
B) identifica-se um elemento da família dos halogênios
em sua estrutura
C) sua fórmula molecular é C12H11NCl
D) identifica-se uma amina terciária em sua estrutura
E) identifica-se a presença de ligações  π em sua es-
trutura
Resp: C
Exercício 4: (PUC-RIO 2009)
Fluorquinolonas constituem uma classe de antibióticos
capazes de combater diferentes tipos de bactérias. A nor-
floxacina, a esparfloxacina e a levofloxacina são alguns dos
membros da família das fluorquinolonas.

Considerando a estrutura de cada composto, as liga-


ções químicas, os grupamentos funcionais e a quantidade
de átomos de cada elemento nas moléculas, marque a
opção correta.
A) A dipirona sódica é uma substância insolúvel em á-
gua.
B) Apenas o paracetamol é uma substância aromática.
C) A massa molecular da dipirona sódica é menor que a
do paracetamol.
D) Na dipirona sódica, identifica-se um grupo sulfônico.
E) O paracetamol e a dipirona sódica são aminoácidos.
Resp: D

Exercício 6: (FUVEST 2010)


De acordo com as informações acima, é incorreto afir-
mar que: Em um experimento, alunos associaram os odores de
alguns ésteres a aromas característicos de alimentos, co-
A) a norfloxacina apresenta um grupo funcional cetona mo, por exemplo:
em sua estrutura.
B) a norfloxacina e a esparfloxacina apresentam os gru-
pos funcionais amina e ácido carboxílico em comum.
C) a esparfloxacina apresenta cadeia carbônica insatu-
rada.
D) a norfloxacina e a levofloxacina apresentam grupo
funcional amida.
E) a levofloxacina apresenta anel aromático.
Resp: D
Exercício 5: (PUC-RIO 2008) Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresenta-
A dipirona sódica e o paracetamol são fármacos que se dos, pode-se dizer que, dentre eles, os que têm cheiro de:
encontram presentes em medicamentos analgésicos e A) maçã e abacaxi são isômeros.
antiinflamatórios.
B) banana e pepino são preparados com álcoois secun-
dários.
C) pepino e maçã são heptanoatos.
D) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxíli-
co.

Química 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
E) pera e banana possuem, cada qual, um carbono as- Assinale a alternativa correta.
simétrico.
A) No composto 3 a função orgânica circulada 4 repre-
Resp: D senta um álcool.
B) No composto 1 a função orgânica circulada 1 repre-
senta uma amina.
Exercício 7: (PUC-RIO 2007)
C) No composto 2 a função orgânica circulada 3 repre-
Nossos corpos podem sintetizar onze aminoácidos em
senta um éter.
quantidades suficientes para nossas necessidades. Não
podemos, porém, produzir as proteínas para a vida a não D) No composto 3 a função orgânica circulada 6 repre-
ser ingerindo os outros nove, conhecidos como aminoáci- senta um álcool.
dos essenciais.
E) No composto 3 a função orgânica circulada 5 repre-
senta um ácido carboxílico.
Resp: A

Exercício 9: (UFMG 2010)


A estrutura dos compostos orgânicos pode ser represen-
tada de diferentes modos. Analise estas quatro fórmulas
Assinale a alternativa que indica apenas funções orgâni- estruturais:
cas encontradas no aminoácido essencial fenilalanina, mos-
trada na figura acima.
A) Álcool e amida.
B) Éter e éster.
C) Ácido orgânico e amida.
D) Ácido orgânico e amina primária.
E) Amina primária e aldeído.
Resp: D

Exercício 8: (UDESC 2010)


Considerando as funções orgânicas circuladas e nume-
radas presentes nas moléculas abaixo:

A partir dessa análise, é CORRETO afirmar que o nú-


mero de compostos diferentes representados nesse conjun-
to é:
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
Resp: A

Exercício 10: (UFMG 2009)


Analise a fórmula estrutural da aureomicina, substância
produzida por um fungo e usada como antibiótico no trata-
mento de diversas infecções:

Química 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A partir da análise dessa fórmula estrutural, é CORRE- C) metano, hidrocarbonetos de cadeia curta, metanol e
TO afirmar que a aureomicina apresenta funções carboníli- mistura de butano e propano.
cas do tipo:
D) butano, hidrocarbonetos aromáticos, etanol e meta-
A) ácido carboxílico e aldeído. no.
B) aldeído e éster. E) metano, hidrocarbonetos saturados, etanol e mistura
de butano e propano.
C) amida e cetona.
Resp: E
D) cetona e éster.
Exercício 13: (UDESC 2008)
Resp: C
Os compostos ilustrados abaixo são conhecidos como
organoclorados e são utilizados largamente como pestici-
Exercício 11: (FUVEST 2009) das, sendo que alguns deles apresentam elevada toxicida-
Uma espécie de besouro, cujo nome científico é Antho- de.
nomus grandis, destrói plantações de algodão, do qual se
alimenta. Seu organismo transforma alguns componentes
do algodão em uma mistura de quatro compostos, A, B, C e
D, cuja função é atrair outros besouros da mesma espécie:

Os nomes oficiais desses compostos são, respectiva-


mente:
A) 6-cloro-benzeno, ácido 2-cloro etanóico, hidróxi pen-
tacloro-benzeno e 1,2,3,4,5,6- hexacloro-cicloexano.
Considere as seguintes afirmações sobre esses com- B) hexacloro-benzeno, ácido 2-cloro etanóico, hidróxi
postos: pentacloro-benzeno e 1,2,3,4,5,6- hexacloro-cicloexano
I. Dois são álcoois isoméricos e os outros dois são alde- C) hexacloro-benzeno, ácido 1-cloro etanóico, meta-
ídos isoméricos. hidroxi-pentacloro-benzeno e hexaclorocicloexano.
II. A quantidade de água produzida na combustão total D) cloro-benzeno, ácido 1-cloro etanóico, fenol e hexa-
de um mol de B é igual àquela produzida na combustão clorocicloexano.
total de um mol de D.
E) hexaclorocicloexano, ácido propanóico, fenol e hexa-
III. Apenas as moléculas do composto A contêm átomos cloro-ciclopentano
de carbono assimétricos.
Resp: B
É correto somente o que se afirma em:
Exercício 14: (UFF 2010)
A) I
Vinhos resinados eram produzidos desde a Antiguidade
B) II até a Idade Média. Estudos de textos antigos descrevem a
C) III utilização de remédios, preparados através de processo de
maceração, infusão ou decocção em mel, leite, óleo, água e
D) I e II
bebidas alcoólicas, sendo as mais comuns vinho e cerveja.
E) I e III Pela análise química de resíduos de jarros de vinho, recen-
Resp: E tes estudos sugerem a presença de ervas em “prescrições
médicas”. Essas conclusões se baseiam nas substâncias já
identificadas, como as mostradas abaixo, e nos estudos de
Exercício 12: (UDESC 2008) textos antigos.

Diversos tipos de combustível têm em sua formação


compostos orgânicos; entre eles, o gás natural, a gasolina,
o álcool e o gás liquefeito de petróleo. Os compostos orgâ-
nicos presentes majoritariamente nesses combustíveis são,
respectivamente:
A) propano, isooctano, metanol e mistura de hidrocarbo-
netos C7 e C8.
B) butano, hidrocarbonetos saturados, álcool isopropílico
e metano.

Química 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Assinale as funções orgânicas presentes nas estruturas


(I) e (II), respectivamente.
A) carbonila, éster
B) carbonila , hidróxido
C) ácido carboxílico, amida
Segundo as estruturas apresentadas, conclui-se que: D) amida, álcool
A) a substância denominada reteno é a mais ácida de E) cetona, aldeído
todas. Resp: C
B) existe apenas uma substância com anel aromático.
C) as cadeias apresentadas são somente alifáticas. Exercício 16: (UFF 2008)
D) todas as substâncias têm carbono quiral presente em
sua estrutura química.
E) em pelo menos uma, podem-se encontrar as funções
orgânicas ácido carboxílico e cetona.
Resp: E
Exercício 15: (UFF 2009)
O Ácido Lisérgico (estrutura I) é o precursor da síntese
do LSD (dietilamida do Ácido Lisérgico; estrutura II), que é
uma das mais potentes substâncias alucinógenas conheci- A adrenalina é uma substância produzida no organismo
das. Uma dose de 100 microgramas causa uma intensifica- humano capaz de afetar o batimento cardíaco, a metaboli-
ção dos sentidos, afetando também os sentimentos e a zação e a respiração. Muitas substâncias preparadas em
memória por um período que pode variar de seis a quatorze laboratório têm estruturas semelhantes à adrenalina e em
horas. O LSD-25 é um alcalóide cristalino que pode ser muitos casos são usadas indevidamente como estimulantes
produzido a partir do processamento das substâncias do para a prática de esportes e para causar um estado de
esporão do centeio. Foi sintetizado pela primeira vez em euforia no usuário de drogas em festas raves. A DOPA é
1938, mas somente em 1943 o químico Albert Hofmann uma substância intermediária na biossíntese da adrenalina.
descobriu os seus efeitos, de uma forma acidental. É uma Observe a estrutura da DOPA. Assinale a opção correta.
droga que ganhou popularidade na década de 1960, não A) Identifica-se entre outras as funções fenol e amina.
sendo ainda considerada prejudicial à saúde, e chegou a
ser receitada como medicamento. B) Existem, entre outros, três átomos de carbono assi-
métrico (carbono quiral).
C) Verifica-se a existência de cadeia carbônica alifática
insaturada.
D) Existem dois isômeros geométricos para a DOPA.
E) Verifica-se a existência de três átomos de carbono
primário e de dois átomos de carbono secundário.

Química 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Resp: A ( ) O oseltamivir apresenta em sua estrutura as funções
orgânicas: éter, éster e amida.
Exercício 17: (UFPR 2010)
Assinale a alternativa que apresenta a sequência corre-
As plantas sintetizam a estrutura de poliisopreno das
ta, de cima para baixo.
borrachas naturais usando o pirofosfato de 3-metil-3-
butenila. Muitos outros produtos naturais são derivados A) V – F – F – V – V.
desse composto, incluindo os terpenos. O sesquiterpeno
B) F – F – V – V – V.
farnesol é uma das substâncias mais comuns do reino ve-
getal e é um precursor biossintético da estrutura de esteroi- C) V – F – V – F – F.
des. D) V – V – F – V – F.
E) F – V – F – F – V.
Resp: B

Farnesol Exercício 19: (UFPB 2008)


Sobre o composto orgânico farnesol, considere as se- Os químicos, com o objetivo de diminuir impactos nega-
guintes afirmativas: tivos para o meio ambiente, têm produzido compostos sinté-
ticos para usá-los como essências na produção de perfu-
1. A estrutura do farnesol apresenta seis átomos de carbo- mes, substituindo os aromas naturais. Dentre esses com-
no sp2. postos, encontram-se o MIRCENO, o CITRAL, o GERANI-
2. O produto de oxidação do farnesol é uma cetona. OL e a CIVETONA, conforme estruturas abaixo. Esses
compostos substituem essências extraídas, respectivamen-
3. O farnesol é um álcool insaturado.
te, da verbena, do limão, de rosas e de glândulas de um
4. O composto farnesol apresenta cadeia ramificada. gato originário do Egito.
5. A cadeia hidrocarbônica do farnesol apresenta três
ligações duplas na configuração trans.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
B) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 1, 2 e 5 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
E) Somente as afirmativas 4 e 5 são verdadeiras.

Exercício 18: (UFPR 2010) Em relação às estruturas desses compostos, é INCOR-


RETO afirmar:
A) Civetona e Citral são compostos carbonílicos.
B) Geraniol é um álcool insaturado, com ligações duplas
conjugadas.
C) Mirceno é um trieno que possui ligações duplas con-
jugadas.
D) Civetona possui cadeia cíclica, homogênea e insatu-
rada.
E) Mirceno e Geraniol são, respectivamente, apolar e
polar.
Sob o nome comercial de Tamiflu®, o medicamento o- Resp: B
seltamivir (figura ao lado) é um pró-fármaco que não possui
atividade antiviral. Porém, após ser metabolizado pelo fíga-
do e pelo trato gastrintestinal, é transformado no carboxilato Exercício 20: (UFPB 2008)
de oseltamivir, tornando-se assim seletivo contra o vírus
influenza dos tipos A e B, tendo sido usado como o principal A molécula do Paracetamol, estrutura representada a-
antiviral na pandemia de gripe H1N1 que ocorreu em 2009. baixo, é o princípio ativo dos analgésicos Tylenol, Cibalena
e Resprin.
Com base nas informações apresentadas, identifique as
afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) A molécula do oseltamivir contém quatro centros qui-
rais (carbonos assimétricos).
( ) Só a molécula com estereoquímica apresentada pos-
sui atividade antiviral; os outros quinze (15) estereoisôme-
ros possíveis não apresentam atividade biológica.
( ) O oseltamivir só é ativo após a hidrólise básica do
grupo éster. Em relação à molécula do Paracetamol, é correto afir-
( ) O oseltamivir tem fórmula molecular C16H28N2O4. mar que:

Química 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A) possui um anel ciclo-hexano.
B) possui apenas átomos de carbono insaturados.
C) possui apenas átomos de carbono secundários.
D) possui as funções fenol e amida.
E) é apolar.
Resp: D b) copolímeros: obtidos pela adição de dois monômeros
diferentes. Ex.:

http://www.infoescola.com/quimica/quimica-
organica/exercicios/
.

POLÍMEROS
Roberto Grillo Cúneo
Polímeros são moléculas gigantes que apresentam uni-
dades que se repetem.
A substância inicial é chamada de monômero e sua re-
petição 2x, 3x .... nx dá origem ao:
( 2x ) dímero, ......... ( 3x ) trímero ......... ( nx ) polímero -
mais de 100 unidades, c) condensação: obtidos pela adição de dois monôme-
ros diferentes com eliminação de substância inorgânica
Exemplo de dímero: (geralmente água ou gás amoníaco).
repetição de duas moléculas do etino (acetileno) produz Ex.:
o butenino.

Exemplo de trímero: repetição de três moléculas do eti-


no (acetileno) produz o benzeno.

Exemplo de polímero: repetição de n moléculas do


eteno (etileno) produz o polietileno.

Outros polímeros
Polímeros naturais:.
Borracha natural: polímero de adição do isopreno (metil-
butadieno-1,3).
Classificação dos Polímeros Amido: polímero de condensação da alfa-glicose (com
eliminação de água).
1. Quanto à ocorrê
ncia:
Celulose: polímero de condensação da beta-glicose
a) polímeros naturais (os que existem na natureza).
(com eliminação de água).
Ex.: proteína, celulose, amido, borracha, etc...
Proteina: polímero de condensação de alfa-aminoácidos
b) polímeros artificiais (obtidos em laboratório). (com eliminação de água).
Ex.: polietileno, isopor (poliestireno insuflado com ar Polímeros artificiais:
quente), etc ...
Plásticos:
2. Quanto ao mé
todo de obtenção:
Isopor (poliestireno): polímero de adição do estireno / vi-
a) polímeros de adição: obtidos pela adição de um úni- nil-benzeno (insuflado com ar). Isolante térmico.
co monômero. Ex.:
Quando não expandido é utilizado na fabricação de pra-
tos, copos, etc...

Química 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PVC (cloreto de polivinila): polímero de adição do cloreto d) n.d.a.
de vinila / cloro-eteno. Isolante térmico e material usado em 02) Modernamente considera-se o átomo como uma
estofamentos. a) partícula indivisível
b) partícula divisível
Teflon: polímero de adição do tetraflúor-eteno. Material
c) onda de energia
usado em revestimento de utensílios domésticos.
d) esfera maciça
Plásticos: e) não há nenhuma alternativa satisfatória
Poliisobutileno: polímero de adição do isobutileno (metil- 03) Qual das substâncias abaixo é formada por dois ele-
propeno ou isobuteno). Empregado na fabricação de câma- mentos diferentes:
ras de ar. a) oxigênio
b) nitrogênio
Buna-N: copolímero do acrilonitrila(o) e butadieno-1,3 c) argônio
(eritreno). Empregado na fabricação de pneus. d) gás carbônico
Fibras: e) hidrogênio
04) Os pesos atômicos dos elementos são calculados
Poliéster: copolímero de ácidos dicarboxílicos. Empre- a) experimentalmente
gado na fabricação de tecidos. b) a partir dos números atômicos
Nylon: copolímero de diaminas com ácidos dicarboxíli- c) a partir dos números dos elétrons
cos. Empregado na fabricação. d) a partir do número atômico e número de massa
e) n.d.a.
Dacron: polímero de condensação entre éster de ácido 05) Qual a informação mais importante para quem deseja
orgânico com poliálcool do tipo glicol. Empregado na fabri- caracterizar um elemento químico:
cação de velas de embarcações, etc... a) peso atômico
3. Quanto às aplicações industriais: b) mol
c) número de massa
a) elastômeros: possuem propriedades elásticas. d) número atômico
Ex.: borrachas (naturais ou sintéticas). e) número de isótopos
06) Os átomos do mesmo elemento químico têm em co-
b) plásticos: são sólidos mais ou menos rígidos.
mum
Ex.: PVC, poliuretano, polietileno, etc... a) os núcleos atômicos
b) o número de nêutrons
c) fibras: quando se prestam à fabricação de fios.
c) o número de massa
Ex.: nylon, poliéster, etc... d) o número de prótons
OBS.: Os plásticos que sofrem fusão sem decomposi- e) a, d corretas
ção, são chamados de termoplásticos, isto é, podem ser 07) A carga elétrica da eletrosfera é devida a
remoldados sucessivamente. a) elétrons
b) prótons
Ex.: poletileno, etc ... c) nêutrons
Os plásticos que sofrem decomposição por aquecimen- d) mésons
to, antes que ocorra a fusão, são chamados de termoestá- e) outras partículas
veis (termofixos), isto é, não podem ser remoldados. 08) A carga elétrica dos núcleos atômicos é devida aos
a) elétrons
Ex.: epóxidos, etc... b) prótons
4. Quanto à estrutura: c) nêutrons
d) nésons
a) polímeros lineares: são, geralmente, termoplásticos. e) outras partículas
09) Número atômico de um átomo é o seu
a) número de prótons
b) número de nêutrons
Os polímeros lineares podem ser transformados em tri- c) número de elétrons
dimensionais pelo aquecimento. d) número de prótons somado ao seu número de
b) polímeros tridimensionais: são, geralmente, termoes- elétrons
táveis (termofixos). e) n.d.a.
10) Número atômico de um elemento, na forma iônica por
exemplo
+ ++ +++ -
Na , Ca , Al , C1
é o número de
a) elétrons do Íon
b) nêutrons do íon
c) prótons do íon
d) núcleos do íon
e) n.d.a.
11) A diferença entre o número de massa de um átomo e
seu número atômico dá o número de
a) prótons
b) nêutrons
c) níveis de energia '
PROVA DE QUÍMICA d) orbitais
01) A massa do próton é aproximadamente e) elétrons
a) 1840 vezes inferior à do elétron 12) A relação entre as massas do próton e do nêutron é
b) 1/1840 vezes ã do elétron respectivamente
c) 1840 vezes superior ã do elétron a) 1:1

Química 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) 2:1 d) III e IV
c) 1:2 e) II e III
d) 1 : 1840 20) Um átomo tem 3 prótons e 4 nêutrons. Ú seu peso
e) 1840 : 1 atômico será
13) O átomo de certo elemento tem 44 nêutrons e 35 a) 3
elétrons. Assinale a afirmativa correta: b) 4
a) A = 79 e Z = 44 c) 7
b) A = 79 e Z = 35 d) 6
c) A = 70 e Z = 35 e) 10
d) A = 88 e Z = 35 21) Qual o número de orbitais quando n = 4?
e) n.d.a. a) 10
14) O número de massa de um átomo é b) 8
a) o número de prótons c) 12
b) o número de nêutrons d) 16
c) o número de elétrons e) 2
d) a soma do número de prótons e o de nêutrons 22) Os números quânticos de um elétron que gera campo
e) a soma do número de prótons e o de elétrons magnético negativo no nível M, sub-nível s estão:
15) O átomo de certo elemento neutro tem 91 elétrons e a) 3 0 0 ± 1
140 nêutrons. b) 2 1 1 ± 1/2
O seu número de massa será c) 3 0 0 ± 1/2
a) 49 d) 1 1 1 ± 1/2
b) 140 e) n.d.a.
c) 91 23) Quais são os quatro números quânticos dos dois
d) 182 elétrons mais externos do átomo de Cálcio (Z = 20)?
e) 231 a) 4, 0, 0, -1/2 4, 0, 0, + 1/2
16 Dadas as afirmações: à vista desarmada b) 4, 1, 0, -1/2 4, 1, 0, + 1/2
A) toda mistura heterogênea é um sistema polifási- c) 3, 0, 1, -1/2 3, 0, 1, + 1/2
co d) 2, 1, -1, -1/2 2, 1, -1, + 1/2
B) todo sistema polifásico é uma mistura heterogê- e) n.d.a.
nea 24)
1
Um elétron é representado pela notação 3s . Seus
C) todo sistema monofásico é uma mistura homo- números quânticos serão
gênea a) n = 3, l = 0, m = 1, s = +
D) toda mistura homogênea é um sistema monofá- b) n = 3, l = 0, m = 0, s = +
sico c) n = 3, l = 1, m = 1, s = +
São verdadeiras as afirmações: d) n = 3, l = 1, m = 1, s = -
a) AeB
b) AeC 25) Qual a representação correta da camada de valência
c) BeD do elemento enxofre
d) BeC (Z 16)
e) AeD a) ↑ ↑↓ ↑↓ ↑
11) Considere as seguintes frases relativas ã mistura de b) ↑↓ ↑↓ ↑↓
substâncias:
c) ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑
I) os componentes podem estar presentes em quais-
d) ↑↓ ↑↓ ↑ ↑
quer proporções.
II) O volume da mistura é a soma dos volumes dos
componentes.
26) Um elétron que apresenta n = 4 e m = -3, obrigatoria-
III) As misturas são sistemas polifásicos.
mente, deverá estar no subnível :
Das três frases somente:
a) s
a) I é sempre verdadeira
b) p
b) lI é sempre verdadeira
c) d
c) III é sempre verdadeira
d) f
d) I e II são sempre verdadeiras
e) n.d.a.
e) I e III são sempre verdadeiras
27) Na configuração eletrônica do átomo de Z = 30 temos
18) São fenômenos físicos
a) 2 elétrons na camada de valência.
a) a combustão e a fusão
b) 18 elétrons na camada M
b) a liquefação e a pulverização
c) 8 elétrons contidos em subnível de t = 0
c) a ebulição e a decomposição térmica
d) subnível 3d completo
d) a eletrólise e a solidificação
e) todas as alternativas corretas
e) a destilação e a salificação
28) Um átomo apresenta 2K elétrons , 8L elétrons , 8M
19) Considere as seguintes substâncias e seus corres-
elétrons e 1N elétrons. 0 número total de elétrons con-
pondentes estados de agregação
tidos em subnível de l = 1 é igual a
I) cloreto de sódio (sólido)
a) 6
II) mercúrio (liquido)
b) 12
III) água (liquido)
c) 10 '
IV) dióxido de carbono (gasoso)
d) 18
V) oxigênio (gasoso)
e) n.d.a.
Dentre estas substâncias, quais as que, misturadas
29) Nos modelos atômicos, atualmente aceitos, o número
em quaisquer proporções, sempre conduzem a um
máximo de elétrons presentes num mesmo orbital é
sistema monofásico?
a) 2 com spins contrários
a) I e III
b) 2 com spins no mesmo sentido
b) II e V
c) 8 com spins contrários
c) IV e V

Química 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) 8 com spins no mesmo sentido número de nêutrons
e) 18 com spins variados ?
30) O total de orbitais com número quântico l = 2 é : número de prótons
a) 1 a) 3H
b) 2 b) 22Na
c) 3 c) 131I
d) 4 d) 238U '
e) 5 e) 257Lw
31) O número atômico de Be é 4. O conjunto dos quatro 40) 0 deutério e o trítio são, em relação ao hidrogênio:
números quânticos, n, l,, m, s, respectivamente, para a) isômeros
o último elétron do Berílio é b) formas alotrópicas
a) 2, 0, 0, + c) sinônimos
b) 2, 1, 1, + d) isótopos
c) 2, 0, 1, + e) isóbaros
d) 1, 0, 0, - 41) 0 átomo que possui 22 prótons, 26 nêutrons e 22
e) n.d.a. elétrons tem seus números de massa e número atô-
32) O padrão de massa atômica é micos expresso por
a) o isótopo 1 de hidrogênio a) A = 48 e Z = 22
b) o isótopo 16 do oxigênio b) A = 22 e Z = 48
c) o isótopo 18 do oxigênio c) A = 26 e Z = 22
d) o isótopo 12 do carbono d) A = 48 e Z = 26
e) o isótopo 13 do carbono e) n.d.a.
33) A existência de massas atômicas fracionárias se deve 42) 0 hélio encontrado na natureza tem dois isótopos. Em
principalmente a que estes isótopos diferem entre si?
a) erros de sua determinação a) número de elétrons
b) existência de isótopos naturais b) número atômico'
c) existência de isóbaros naturais c) número de prótons
d) escolha do padrão de massas atômicas d) carga eletrônica
e) existência de formas alotrópicas e) número de massa
3 4 5 43) Sabendo-se que o número de massa do titânio é 50,
34) A seguinte representação x, x, x (X = podemos afirmar que os números atômico e de nêu-
2 2 2 trons, são respectivamente
símbolo do elemento químico) a) 25 e 25
refere-se a átomos com b) 24 e 26
a) igual número de nêutrons c) 26 e 24
b) igual número de prótons d) 23 e 27
c) diferente número de elétrons e) nada podemos afirmar com certeza
d) diferentes números atômicos 44) Tem-se três espécies de átomos A, B e C, de núme-
e) diferentes números de oxidação ros atômicos 18, 19 e 19, de números de nassa 39, 39
35) Um átomo neutro, de número atômico 24 e contendo e 40, respectivamente. Pode-se dizer que:
28 nêutrons em seu núcleo possui a) A e B são isóbaros
a) 24 elétrons, 24 prótons e número de massa 52 b) B e C são isóbaros
b) 24 elétrons, 28 prótons e número de massa 28 c) A e B são isótopos
c) 28 elétrons, 24 prótons e número de massa 48 d) A e C são isótopos
d) 28 elétrons, 28 prótons e número de massa 56 e) A e B são isótonos
e) n.d.a. 45) Para os átomos de um mesmo isótopo, quais os nú-
36) Assinale a única afirmação que não é correta: meros que são diferentes?
a) diamante e grafite são estados alotrópicos do a) número de prótons
carbono b) número de nêutrons
b) hidrogênio e deutério são isótopos c) número de massa
c) átomos com mesmo número atômico pertencem d) as alternativas b e c estão corretas
a um mesmo elemento e) n.d.a.
d) uma substância pura tem composição ponderal 46)
3
Os átomos 1H e 2He são
4
constante a) isótopos
e) uma substância pura não pode constituir um sis- b) isóbaros
tema difásico c) isótonos
37) Isóbaros são átomos que d) isoeletrônicos
a) têm o mesmo número de massa, porém, diferen- e) n.d.a.
tes números atômicos 47) 0 átomo que apresenta número atômico e número de
b) tem diferentes números de elétrons massa iguais é
c) tem diferentes números de nêutrons a) oxigênio - 16
d) as alternativas a, b e c estão corretas b) cloro - 35
e) n.d.a. c) urânio - 235
38) 0 fenômeno da isotopia ocorre em d) prótion
a) elementos de mesmo peso atômico e) não existe tal átomo
b) elementos de mesmo número atômico 48) Um átomo de flúor apresenta:
c) elementos de mesmo número de nêutrons a) 19 prótons, 19 elétrons e 9 nêutrons
d) elementos de igual soma de prótons e nêutrons b) 9 prótons, 9 elétrons e 10 nêutrons
e) elementos de mesmo número de elétrons exter- c) 9 prótons, 9 elétrons e 9 nêutrons
nos d) 19 prótons, 19 elétrons e 19 nêutrons
39) Qual dos isótopos abaixo apresenta maior relação? e) 9 prótons, 19 elétrons e 9 nêutrons

Química 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
49) Em relação aos elementos do Grupo 1A da tabela _______________________________________________________
periódica é errado afirmar que
a) são condutores de eletricidade _______________________________________________________
b) são chamados metais alcalinos _______________________________________________________
c) formam compostos tônicos com os halogênios
d) não são encontrados no estado elementar na _______________________________________________________
natureza _______________________________________________________
e) são agentes oxidantes fortes
50) Pela posição do mercúrio na tabela periódica, pode-se _______________________________________________________
concluir que ele é
_______________________________________________________
a) de densidade desprezível
b) pouco denso _______________________________________________________
c) denso
d) muito denso . _______________________________________________________
e) o mais denso dos metais ______________________________________________________
_______________________________________________________
TESTES DE QUÍMICA - RESPOSTAS _______________________________________________________

01. D 11. B 21. E 31. A 41. A _______________________________________________________


02. B 12. A 22. C 32. D 42. E _______________________________________________________
03. D 13. B 23. A 33. B 43. E
04. A 14. D 24. B 34. B 44. E _______________________________________________________
05. D 15. E 25. D 35. A 45. D
_______________________________________________________
06. D 16. B 26. D 36. E 46. C
07. A 17. A 27. A 37. D 47. E _______________________________________________________
08. B 18. B 28. B 38. B 48. B
09. A 19. C 29. A 39. A 49. C _______________________________________________________
10. C 20. C 30. C 40. D 50. D _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Química 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE O neozelandês Ernest Rutherford demonstrou que, ao
bombardear-se uma chapa metálica com partículas radioati-
FÍSICA E MECÂNICA BÁSICA: vas alfa, apenas uma pequena fração dessas partículas so-
fria um desvio de trajetória, após atravessar a chapa. Ruther-
ford concluiu que isso ocorria porque as partículas não en-
NOÇÕES INICIAIS contravam na chapa obstáculos que provocassem uma de-
flexão em sua trajetória. Baseado nisso, propôs um modelo
de estrutura atômica na qual os elétrons, partículas de di-
Átomo mensões mínimas e grande mobilidade, giravam em torno do
Desde a antiguidade o homem suspeitava que o mundo núcleo -- região central do átomo e local onde se concentrava
físico fosse formado por partículas menores, invisíveis ao a maior parte de sua massa -- descrevendo órbitas similares
olho humano e, segundo alguns pensadores da Grécia anti- às dos planetas em torno do Sol. Dessa forma, a maior parte
ga, indivisíveis. do átomo se encontraria vazia, com praticamente a totalidade
de sua massa condensada no núcleo, que mediria cerca de
dez mil vezes menos que o átomo.
Em 1912, Frederick Soddy descobriu que os átomos de
um mesmo elemento poderiam apresentar massas nucleares
diferentes. Paralelamente, Thomson percebeu que um feixe
de átomos de neônio submetido à ação de um campo mag-
nético se separava em dois feixes, que seguiam trajetórias
diferentes. Dessa experiência Thomson deduziu a existência
de duas "formas" para o mesmo elemento, as quais recebe-
ram o nome de isótopos.
O modelo de Rutherford, entretanto, apresentava sérias
lacunas. Como era possível que os elétrons girassem em
torno dos núcleos sem emitir energia radiante? Com o auxílio
da teoria quântica, formulada pelo alemão Max Planck, o
dinamarquês Niels Bohr confirmou que os elétrons só podiam
mover-se em determinadas órbitas ou níveis energéticos, nos
quais não absorviam nem emitiam energia; a absorção ou
emissão de energia ocorreria somente quando um elétron
saltava de um nível energético para outro.
A hipótese de Bohr permitia explicar a configuração apre-
Graças a essa propriedade, que lhes foi atribuída errone- sentada pelos espectros de emissão (conjunto de raias cor-
amente, tais partículas receberam o nome de átomos, termo
respondentes aos comprimentos de onda da radiação lumi-
grego que significa "o que não pode ser dividido".
nosa emitida pelos átomos) do átomo de hidrogênio -- ele-
Conceitos e evolução histórica. Alguns dos mais destaca- mento que apresenta apenas um elétron --, mas era ainda
dos filósofos gregos, como Leucipo e Demócrito, procuraram insuficiente para explicar a configuração dos espectros de
determinar a estrutura da matéria, afirmando que não seria átomos com um número mais elevado de elétrons.
razoável supor que ela pudesse se subdividir indefinidamen-
Coube ao alemão Arnold Sommerfeld introduzir modifica-
te. Segundo eles, deveria existir um limite, que permitisse ções no modelo de Bohr, postulando órbitas elípticas ao
alcançar uma determinada porção, ainda que ínfima, a partir invés de circulares e introduzindo uma série de parâmetros
da qual uma posterior fragmentação não seria possível. Essa
que corrigiam os desvios encontrados entre o modelo antigo
teoria, no entanto, só sairia do campo da mera especulação
e as observações experimentais. A maior falha do modelo de
dois mil anos mais tarde, quando o conceito de átomo foi Bohr advinha do fato de que, embora baseado em conceitos
incluído no âmbito da ciência. da mecânica clássica, introduzia princípios que não podiam
No século XIX, o químico inglês John Dalton, analisando ser explicados por essa teoria.
os resultados obtidos por ele e por outros pesquisadores ao
pesarem as quantidades de reagentes e de reações entre
diferentes compostos, deduziu as chamadas leis estequiomé-
tricas, sobre as proporções e relações quantitativas que re-
gem as reações químicas, entre as quais se incluem as leis
das proporções definidas e das proporções múltiplas. A pri-
meira afirma que, quando dois elementos se unem para for-
mar um determinado composto, sempre o fazem em propor-
ções e em pesos definidos e fixos. Segundo a lei das propor-
ções múltiplas, quando dois elementos reagem entre si para
formar mais de um composto, as proporções dos elementos
presentes nesses diferentes compostos estão relacionadas
por meio de números inteiros. Um exemplo desse tipo de
reação ocorre quando se combina oxigênio e cloro, dando
origem aos óxidos hipocloroso, cloroso, clórico e perclórico.
Louis Victor de Broglie, Erwin Schrodinger e Werner Hei-
Robert Boyle e Edme Mariotte enunciaram a lei dos ga- senberg desenvolveram, em conjunto, uma nova teoria me-
ses, que quantificava a relação existente entre seu volume e cânica, denominada ondulatória. Essa teoria estava funda-
pressão. O fato de apresentarem elevada compressibilidade mentada na hipótese proposta por Broglie de que todo cor-
quando submetidos a altas pressões, indicava que os gases púsculo atômico pode comportar-se como onda e como par-
eram constituídos de partículas separadas por grandes dis- tícula. Heisenberg postulou, em 1925, seu famoso princípio
tâncias. Dessa forma, concluiu-se que a matéria não era da incerteza, segundo o qual não era possível determinar
contínua. Esse e outros fenômenos físicos só encontraram simultaneamente, com precisão, a posição e a velocidade de
explicação na teoria atômica. uma partícula subatômica. Dessa forma, a idéia de órbita
Ao final do século XIX, o físico alemão Wilhelm Conrad eletrônica perdia o sentido, dando lugar ao conceito de pro-
Roentgen descobriu a existência de um tipo singular de radi- babilidade de encontrar um determinado elétron em uma
ação, denominada raios X, capaz de atravessar um objeto dada região do espaço, em um instante qualquer. O átomo,
material, sendo parte dessa radiação incidente absorvida por portanto, diferentemente do que haviam proposto Dalton e os
ele. Observou-se também que a quantidade de energia ab- antigos filósofos gregos, não era indivisível, constituindo, na
sorvida por um corpo era diretamente proporcional a sua verdade, um microuniverso de enorme complexidade. Seu
espessura e ao peso atômico do material de que era constitu- estudo levava ao próprio limite da realidade da matéria e
ído. Aos trabalhos de Roentgen somaram-se as pesquisas do fazia desvanecer as noções comuns de certeza e precisão,
inglês Sir Joseph John Thomson, que conseguiu isolar o espaço e tempo, energia e matéria.
elétron, partícula carregada negativamente, que parecia fazer Partículas e parâmetros atômicos. Os elétrons, de carga
parte da estrutura do átomo; e o desenvolvimento da teoria negativa e massa infinitesimal, movem-se em órbitas ao
da radioatividade, pelo casal Pierre e Marie Curie e por Henri redor do núcleo atômico. Esse último, situado no centro do
Becquerel. átomo, é constituído por prótons, partículas de carga positiva,
com uma massa equivalente a 1.837 vezes a massa do elé-

Química e Física 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tron, e por nêutrons, partículas sem carga e de massa ligei- Número atômico das matérias: As matérias que formam a
ramente superior à dos prótons. O átomo é, dessa forma, natureza são constituídas de átomos de números atômicos
eletricamente neutro, uma vez que possui números iguais de de 1 a 92 ou seja, são constituídas de sistemas formados de
prótons e elétrons. 1 próton e 1 elétron até 92 prótons e 92 elétrons.
O número de elétrons de um átomo é denominado núme- Cada átomo tem seu número atômico e cada número a-
ro atômico, sendo esse valor utilizado para estabelecer o tômico corresponde a um determinado elemento químico.
lugar que um elemento ocupa na tabela periódica, ordenação
Assim o elemento químico hidrogênio tem um número atômico
sistemática dos elementos químicos conhecidos. Cada ele-
1, ou seja, é formado por 1 elétron e 1 próton; o carbono tem
mento caracteriza-se por possuir um determinado número de
um número atômico 6, ou seja, é formado por 6 elétrons e 6
elétrons, que se distribuem nos diferentes níveis de energia
prótons e assim por diante,
do átomo, ocupando uma série de camadas, designadas
pelos símbolos K, L, M, N, O, P e Q. Cada uma dessas ca- Vemos que o átomo é um sistema descontínuo, onde e-
madas possui uma quantidade fixa de elétrons. Assim, a xistem espaços vazios entre as partículas constituintes e
camada K, mais próxima do núcleo, comporta somente dois deste modo podemos também dizer que a matéria é descon-
elétrons; a camada L, imediatamente posterior, oito, e assim tínua.
por diante. Os elétrons da última camada, os mais afastados Número de massa : Chama-se número de massa a um
da região central, são responsáveis pelo comportamento átomo à soma do número de prótons e do número de nêu-
químico do elemento, sendo por isso denominados elétrons trons que formam o átomo.
de valência.
O número de massa e o número atômico são constantes
Outro parâmetro importante no estudo dos átomos é o que podemos determinar experimentalmente, e conhecendo-
número de massa, equivalente à soma do número de prótons se estes números podemos conhecer a composição do áto-
e nêutrons presentes no núcleo. Um átomo pode, por diver- mo, pois:
sos mecanismos, perder elétrons, carregando-se positiva-
mente, e nesse caso é chamado de íon positivo. Por outro número atômico = número de prótons = número de
lado, ao receber elétrons, um átomo se torna negativo, sendo elétrons
denominado íon negativo. O deslocamento dos elétrons pro- número de massa = número de prótons + número de
voca uma corrente elétrica, que dá origem a todos os fenô- nêutrons.
menos relacionados à eletricidade e ao magnetismo.
Por exemplo: o elemento químico sódio tem número atô-
Na segunda metade do século XX foram feitas inúmeras mico 11 e número de massa 23; isto significa que ele tem 11
pesquisas sobre a natureza da força que une os componen- elétrons, 11 prótons e 23 - 11 = 12 nêutrons.
tes do núcleo. Atualmente, os físicos reconhecem a existên-
cia de quatro forças básicas: além da força da gravidade e do MOLÉCULA
magnetismo, a chamada interação nuclear forte, responsável Uma partícula formada de dois ou mais átomos ligados
pela coesão do núcleo, e a interação nuclear fraca. entre si por meio de elétrons, chama-se molécula. As mo-
Tais forças de interação nuclear são responsáveis em léculas podem ser formadas por átomos do mesmo elemento
grande parte pelo comportamento do átomo. Entretanto, as químico ou por átomos de diferentes elementos químicos.
propriedades físicas e químicas de um elemento são deter- Espécie química ou substância pura: é a matéria formada
minadas predominantemente por sua configuração eletrônica de moléculas quimicamente iguais, ou seja, formada por
(fórmula estrutural da disposição dos elétrons em torno do átomos dos mesmos elementos químicos, nas mesmas pro-
núcleo) e, em especial, pela estrutura da última camada de porções, e igualmente ligados na molécula. Como exemplo,
elétrons, ou camada de valência. temos a água que é sempre formada de um átomo de oxigê-
Observando-se a tabela criada pelo russo Dmitri Ivanovit- nio para dois de hidrogénio.
ch Mendeleiev, na qual os elementos químicos são ordena- As substâncias puras podem ser simples ou compostas.
dos em grupos verticais e períodos horizontais, conclui-se
que as propriedades atribuídas a cada um desses elementos Substâncias simples: é constituída de moléculas forma-
se repetem ciclicamente; daí o nome de tabela ou sistema das por átomos do mesmo elemento químico. Como exem-
periódico de elementos. plo, podemos tomar o elemento químico Hidrogênio (H2) no
qual os átomos ligam-se dois a dois formando a molécula H2.
Um parâmetro cuja determinação causou grandes pro-
blemas aos cientistas foi o peso do átomo. Devido a suas Substância composta: é constituída de moléculas forma-
dimensões, um átomo não é suscetível de pesagem direta e das por átomos de dois ou mais elementos químicos. É o
foi necessário encontrar um artifício que permitisse relacionar exemplo tão citado da água.
os pesos dos diversos átomos. A unidade escolhida foi o Mistura: é a matéria formada de moléculas químicas dife-
chamado peso de combinação, correspondente ao peso de rentes. Estas moléculas que formam a mistura permanecem
um átomo que se liga com uma parte de hidrogênio e oito de inalteradas. A mistura é pois a reunião de duas ou mais es-
oxigênio. pécies químicas. Exemplo: a solução de água e açúcar. Nes-
Cabe mencionar, ainda, dois aspectos relacionados à es- ta solução as moléculas de água e as de açúcar mantém-se
trutura atômica e ao comportamento de determinados tipos inalteradas na mistura, o que existe é a disseminação das
de átomos. Primeiro, a existência dos já mencionados isóto- moléculas de açúcar entre as moléculas de água.
pos, átomos de um mesmo elemento, com mesmo número É importante não confundir mistura com substância
de prótons, porém com uma quantidade diferente de nêu- composta.
trons; segundo, o fenômeno da radioatividade. Através desse
processo, alguns átomos atuam como emissores de uma Classificação das misturas: As misturas podem ser
radiação nuclear, que constitui a base do uso da energia homogêneas ou heterogêneas.
atômica. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Misturas homogêneas, são aquelas que apresentam as
Ltda. mesmas propriedades em toda sua extensão. É o caso da
ÁTOMO E MOLÉCULA água com açúcar, em toda a extensão esta apresenta as
mesmas propriedades e ainda não conseguimos distinguir as
Átomo: é um sistema formado por um certo número de moléculas de açúcar em solução, mesmo com aparelhos
prótons, nêutrons e elétrons; os prótons e nêutrons constitu- como o uItramicroscópio. Ou seja, não conseguimos distin-
em o núcleo, ao redor deste temos os elétrons em número guir a superfície de separação das moléculas de açúcar e da
igual ao número dos prótons. água.
Os prótons são partículas de natureza elétrica positiva, os Misturas heterogêneas, são as que apresentam diferentes
elétrons de natureza elétrica negativa e os nêutrons são propriedades nas diferentes partes de sua extensão e ainda
eletricamente neutros. A massa dos prótons é aproximada- podemos distinguir a superfície de separação das partículas
mente igual à massa do nêutron, enquanto que a massa do componentes da mistura. É o caso do granito formado de
elétron é muito pequena em relação à do próton. A massa do quartzo, feldspato e mica, cujas superfícies de separação são
elétron é cerca de 1/1840 da massa do próton. bem definidas.
O número de prótons que forma o núcleo do átomo é PESO ATÓMICO
sempre igual ao número de elétrons que o envolve, isto torna
o átomo um sistema eletricamente neutro. Este número de É o peso do átomo de um elemento em relação ao peso
prótons igual ao número de elétrons, é que dá ao átomo suas do átomo de oxigênio, o qual foi fixado em 16. A de-
propriedades químicas. Este número é chamado número terminação do peso atômico é feita experimentalmente,
atômico. consiste em combinar-se o elemento químico cujo peso
atômico se quer determinar com o elemento químico padrão.

Química e Física 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Assim escolheu-se o oxigênio como elemento padrão pois em que I é o momento de inércia e w é a velocidade
este combina-se com quase todos os elementos químicos angular.
com exceção dos gases raros.
O movimento oscilatório inclui uma energia potencial
Átomo grama é o peso atômico tomado em gramas.
elástica, que se define como a energia armazenada no
Peso molecular é a soma dos pesos atômicos dos
campo de forças contrário, em todo momento, ao sentido do
átomos que constituem a molécula.
movimento, cuja representação é uma mola esticada que
oscila em torno de sua posição de equilíbrio. Essa energia se
expressa como:
LEIS DE NEWTON.
2
Newton enunciou três axiomas fundamentais da dinâmica Ep = 1/2 k.x
nos sistemas e partículas materiais:
em que k é a constante elástica do oscilador e x é a
(1) A lei da inércia, esboçada previamente por Galileu, se- posição atual do oscilador.
gundo a qual todo corpo não submetido a perturbações
exteriores tende a conservar seu estado de repouso ou A expressão matemática do trabalho exercido por uma
movimento. força, equiparável em valor à energia consumida para efetuá-
lo, adquire o nível de uma soma infinita de termos ao longo
(2) O princípio fundamental da dinâmica, que situa nas forças de toda a trajetória, ou seja, de uma integral. De modo
mecânicas a origem de todo movimento, de acordo com a simples, pode ser expresso como:
relação matemática F = m. a, segundo a qual toda força
aplicada a um corpo imprime nele uma aceleração inver- T = F.s
samente proporcional a sua massa.
(3) A lei de ação e reação, segundo a qual todo corpo A, em que T é o trabalho realizado; F é a força aplicada e s
submetido a uma força aplicada por outro corpo B, aplica- é a distância que o corpo percorre durante o período em que
rá sobre o último uma força de mesma intensidade e sen- se aplica a força.
tido contrário. As grandezas força, velocidade, aceleração, momento
A aplicação de tais princípios a problemas estáticos e ci- linear e momento angular têm caráter vetorial, enquanto
nemáticos simples facilita sua compreensão e resolução. massa, energia em todos os seus aspectos e trabalho são
Com base nesses axiomas, a dinâmica clássica apresen- grandezas escalares, ou seja, se determinam perfeitamente
ta três importantes teoremas de conservação de suas determinadas com a expressão de seu valor absoluto. Cada
grandezas fundamentais: uma dessas grandezas deriva de outras fundamentais, que
são, em mecânica, massa (M), distância (D) e tempo (T), e
(1) Segundo o princípio de conservação da massa, todo em função delas pode ser expressa por meio de equações.
sistema físico fechado mantém uma acumulação de ma- Nessas expressões, do tipo F = MDT-2, que deriva de F =
téria uniforme e invariável ao longo dos processos nele m.a, incluem-se os correspondentes coeficientes positivos,
desenvolvidos. Esse axioma foi questionado e revisto pe- negativos, nulos ou fracionários, segundo os casos
las doutrinas relativistas de Einstein. deduzidos da formulação matemática da grandeza.
(2) De acordo com o princípio de conservação do momento O campo de aplicação da mecânica permite que as
linear, todo processo físico que implica colisões de partí- grandezas que intervêm em seu estudo sejam inteiramente
culas ou de corpos macroscópicos caracteriza-se pela expressas por meio de equações dimensionais. Deve-se
conservação do momento linear global do sistema. lembrar, no entanto, que existem outras grandezas físicas,
(3) Por último, o princípio de conservação da energia estabe- como a densidade relativa e o rendimento de uma máquina,
lece que a soma das energias contidas no interior de todo que por serem nulas em relação a qualquer das grandezas
sistema físico isolado tem de ser nula. Em problemas que fundamentais denominam-se adimensionais.
incluam rotações e movimentos circulares, essas leis de
conservação se completam com a do momento angular. ELETROSTÁTICA.
O problema da conservação da energia, ampliado pela CARGA ELÉTRICA
teoria relativista para conservação do conjunto massa-
energia, foi profundamente debatido ao longo da história. Em A carga elétrica é uma das propriedades fundamentais da
mecânica, definem-se dois tipos fundamentais de energia: a matéria associada a algumas partículas elementares (partícu-
cinética, devida à velocidade das partículas materiais em las que constituem os átomos como: prótons, elétrons, pósi-
movimento; e a potencial gravitacional, motivada pela distân- trons, nêutrons, neutrinos, etc.). Cada partícula elementar
cia do corpo com relação ao nível do solo. As duas formas, recebe um valor numérico que representa sua quantidade de
também expressas em forma de trabalho ou de capacidade carga elétrica. A carga elétrica é medida indiretamente pelos
de atuação sobre o movimento do sistema, podem ser redu- cientistas. Algumas partículas não possuem carga e são
zidas a fórmulas matemáticas simples: chamadas de neutras. O nêutron é um exemplo desse tipo de
partícula. O elétron e o próton receberam um valor de carga
2 elétrica denominado carga elementar, representado pela letra
Ec = 1/2 m.v
e. Na época de suas descobertas não se pensava em algo
mais primitivo que essas partículas, por isso o nome elemen-
em que Ec é a energia cinética; m é a massa da partícula;
tar. Hoje se conhece partículas com cargas menores do que
e v é a velocidade da partícula; e
a carga elementar e, por convenção, esse termo se mantém
em uso.
Ep = m.g.h
Experimentalmente, com a observação de efeitos de atra-
em que Ep é a energia potencial; g é a aceleração da ção e repulsão em corpos eletrizados, deduziu-se que eles
gravidade e h é a altura em relação a um nível de referência. também ocorrem nessas partículas. Caracterizou-se assim a
existência de dois tipos de carga elétrica: a carga do próton e
Deve-se distinguir do conjunto as forças ditas a carga do elétron. A diferença entre elas se fez através dos
conservativas, ou seja, as que geram campos de energia sinais "+" e "-", respectivamente. Esses experimentos mostra-
cinética e potencial, e em todo momento são capazes de ram que cargas de mesmo tipo se repelem e de tipos contrá-
produzir trabalho. Existem, além destas, forças como as de rios se atraem. Fonte: www.ufpa.br
atrito e as de aceleração angular, que não podem ser
transformadas em movimento útil e produzem dissipação de CARGA ELÉTRICA
energia em forma de calor. Para dar tratamento físico a
essas forças recorre-se a métodos termodinâmicos ou a A existência de atração e repulsão foi descrita pela pri-
critérios relativistas. meira vez em termos de cargas elétricas por Charles Fran-
çois de Cisternay du Fay em 1773. Investigando-se a eletri-
A dinâmica dos corpos em rotação e, em especial, a do zação por atrito concluiu-se que existem dois tipos de carga:
chamado sólido rígido -- sistema que mantém constantes as carga positiva e carga negativa, como mostra a figura abaixo.
distâncias que separam partículas dentro do corpo -- inclui
uma energia cinética de rotação que se expressa
matematicamente de maneira análoga à linear:

2
Ec = 1/2 I.w

Química e Física 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Princípios da eletrostática
Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais
Tipos de cargas contrários se atraem.
Conservação da carga

Normalmente um corpo é neutro por ter quantidades i-


guais de cargas positivas e negativas. Quando o objeto I
transfere carga de um dado sinal para o objeto II, o objeto I
fica carregado com carga de mesmo valor absoluto, mas de
sinal contrário. Esta hipótese, formulada pela primeira vez
por Benjamin Franklin, é considerada a primeira formulação
da lei de conservação de carga elétrica.
Quantização da carga
negativo -------- neutro -------- positivo
Em diversos problemas que serão abordados neste cur-
so, assumiremos a existência de cargas distribuídas continu- Num sistema eletricamente isolado, a soma das cargas
amente no espaço, do mesmo modo como ocorre com a elétricas é constante.
massa de um corpo. Isto pode ser considerado somente uma
boa aproximação para diversos problemas macroscópicos. Corpo negativo: O corpo ganhou elétrons
De fato, sabemos que todos os objetos diretamente observa-
Corpo neutro: Número de prótons = Número de elétrons
dos na natureza possuem cargas que são múltiplos inteiros
da carga do elétron Corpo positivo: O corpo perdeu elétrons

Medida da carga elétrica


Dq = - n.e (se houver excesso de elétrons)
onde a unidade de carga , o coulomb, será definida mais Dq = + n.e (se houver falta de elétrons)
adiante. Este fato experimental foi observado pela primeira
vez por Millikan em 1909. Fonte: satie.if.usp.br e = 1,6.10-19 C
CARGA ELÉTRICA Dq = quantidade de carga (C)
n = número de cargas
e = carga elementar (C)
unidade de carga elétrica no SI é o coulomb (C)
É usual o emprego dos submúltiplos:
1 microcoulomb = 1mC = 10-6C
1 milecoulomb = 1mC = 10-3C

POTENCIAL ELÉTRICO
Admita um ponto A de um campo elétrico. Define-se
potencial elétrico como sendo a grandeza escalar que
descreve as características do campo e do ponto A
considerado.
O potencial elétrico pode ser entendido como a me-
A matéria é formada de pequenas partículas, os átomos. dida do nível de energia potencial do ponto, e é deter-
Cada átomo, por sua vez, é constituído de partículas ainda minado como:
menores, no núcleo: os prótons (positivos) e os nêutrons
(sem carga); na eletrosfera: os elétrons (negativos). Epot
Às partículas eletrizadas, elétrons e prótons, chamamos
V onde:
q
"carga elétrica".
V = potencial elétrico;
Epot = energia potencial;
q = carga elétrica.

Unidades
Condutores de eletricidade O potencial elétrico, pelo Sistema Internacional, é
medido em volts (V), a energia potencial em joules (J)
São os meios materiais nos quais há facilidade de movi- e a carga elétrica em coulombs (C).
mento de cargas elétricas, devido a presença de "elétrons
livres". Ex: fio de cobre, alumínio, etc.
Isolantes de eletricidade CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
Em um campo elétrico uniforme pode-se determinar
São os meios materiais nos quais não há facilidade de o trabalho realizado para levar uma carga q de um
movimento de cargas elétricas. Ex: vidro, borracha, madeira ponto A para um ponto B:
seca, etc.

Química e Física 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Potencial elétrico no ponto A:

k Q
VA  onde:
d
O trabalho é:
VA = potencial elétrico no ponto A;
=q.E.d onde:
k = constante eletrostática;
 = trabalho realizado;
Q = valor da carga elétrica geradora de campo;

q = carga elétrica;
d = distância entre as cargas elétricas.
E = intensidade do campo elétrico;
d = distância entre os pontos.
Energia Potencial da carga Q no ponto A:
k Qq
Unidades Epot  ou Epot  q  VA onde:
d
O trabalho é medido em joules (J), a carga elétrica
em coulombs (C), o campo elétrico em N/C e a distân- Epot = energia potencial;
cia em metros (m).
Observação: Quando o sentido do movimento da k = constante eletrostática;
carga é contrário ao do campo elétrico, como na figura Q = valor da carga geradora de campo;
acima, a energia potencial aumenta, e quando o senti-
do do movimento é o mesmo do campo elétrico, a e-
q = valor da carga puntiforme no ponto A;
nergia potencial diminui.
d = distância entre as cargas;

A diferença de potencial entre dois pontos é:


VA = potencial elétrico no ponto A.
U=E.d onde: Exemplo: Duas cargas localizadas nos pontos A e
B, de 5.10 C e 3 C, respectivamente, estão separadas
U = diferença de potencial; por uma distância de 30 cm. Determine:
E = intensidade do campo elétrico; a) O potencial elétrico no ponto B;
d = distância entre os pontos. b) A energia potencial no ponto B.
9
Dado: k = 9.10

Exemplo: Uma carga de 3 C encontra-se sobre Resolução:


ação de um campo elétrico de intensidade 3.10 N/C Dados:
-4
Pede-se: Q = 5.10 C q = 3 C = 3.106 C
2
a) Qual o trabalho realizado para levar esta carga d = 30 cm = 30.10 m
para outro ponto localizado a uma distância de 30 cm? 9
k = 9.10
b) Qual a diferença de potencial entre os pontos
do item anterior? K Q 9  109  5  104
a) VA   VA   VA  1,5  107 V
d 30  102
-6 7
Resolução: b) Epot = q . VA  Epot = 3 . 10 . 1,5 . 10 

Dados:
q = 3 C = 3. 10 C
-6 Epot = 45 J
7
E = 3.10 N/C Se uma carga puntiforme q é transportada de um
ponto A para um ponto B, existe um trabalho realizado
30 cm = 30. 102 m para este deslocamento:

2 6 7 -2
a)  = q.E.d   = 3.10 .3.10 .3.10 
 = 2,7J

7 -2 5
b) U = E . d  U = 3.10 .3.10  U = 9.10 V

CAMPO ELÉTRICO DE UMA CARGA PUNTIFORME


Se considerarmos uma carga puntiforme Q criando
um campo elétrico à sua volta, e uma carga puntiforme
Este trabalho é calculado pela expressão: =
q a uma certa distância d da carga geradora de campo,
q.(VA - VR ) onde:
temos:
 = trabalho realizado no deslocamento;

Química e Física 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
q = valor da carga da partícula movimentada; Outro aspecto importante da linha de campo é que,
VA = potencial elétrico no ponto A; se colocarmos uma bússola sobre qualquer ponto dela,
a agulha magnética da bússola assumirá uma posição
VB = potencial elétrico no ponto B. tangente em relação à linha. O sentido do campo mag-
nético é dado pelo sentido da reta que contém os pólos
da agulha magnética em repouso.
POTENCIAL GERADO POR DIVERSAS CARGAS
PUNTIFORMES
Se tivermos várias cargas puntiformes criando, ca-
da uma delas, um potencial em um ponto A, o potencial
resultante neste ponto é dado pela soma algébrica dos
potenciais:
VA = V1 + V2 + V3 + . . . onde:
VA = potencial elétrico no ponto A;
V1, V2,V3 potencial elétrico criado por cada carga
elétrica puntiforme.

Mapeamento de um campo magnético com a agu-


LINHAS DE CAMPO. SUPERFÍCIES lha de uma bússola, aqui representada pelas setas.
EQUIPOTENCIAIS.
A reta que contém os pólos de uma agulha magné-
LINHAS E PÓLOS MAGNÉTICOS tica é a direção de um vetor denominado vetor indu-
Os efeitos de um campo magnético não podem ser ção magnética ( ) - e o sentido é do sul para o norte
vistos. Mas podem ser percebidos, o que permite fazer da agulha. A unidade de no SI é o tesla (T). Tam-
seu desenho - uma representação geométrica -, no bém é utilizada a unidade gauss (G).
qual estampamos os pólos e linhas magnéticos.
Existe uma relação de interação entre esses dois
Todo campo magnético está associado a uma carga elé- pólos: quando aproximamos o pólo de um ímã do pólo
trica em movimento. Basta uma carga elétrica em movimento
para, simultaneamente, termos um campo magnético. Mas
oposto de outro ímã podemos constatar uma atração
uma carga em movimento não gera um campo magnético. entre eles. Mas quando aproximamos um ímã com um
Na verdade, podemos pensar essas duas grandezas (carga de seus pólos voltado para o mesmo pólo de outro ímã
em movimento e campo magnético) como uma só, pois a percebemos uma forte repulsão entre eles.
partir do momento que temos uma, temos também a outra.
Um campo magnético pode - da mesma forma que
um campo elétrico - ser representado geometricamente
por figuras denominadas linhas de campos, também
chamadas de linhas de indução ou linhas de força
do campo magnético. O local onde o campo magnético
tem maior intensidade é representado por uma concen-
tração maior de linhas.
É importante lembrar que o conceito de um campo
de força que surge a partir de linhas de força foi de-
senvolvido por Faraday, quando ele relacionou o mag-
netismo com a eletricidade. A figura mostra campos magnéticos entre pólos de dois
Lei de Gauss ímãs. Na primeira dupla de ímãs, no alto, temos o pólo norte
de um ímã com a face voltada para o pólo sul de outro (há
Os ímãs apresentam regiões onde o campo magné- uma interação atrativa entre eles). Nos outros dois casos,
tico é mais intenso e que são denominadas pólos temos interações repulsivas.
magnéticos. Essas regiões são denominadas, arbitrari-
amente, de pólo sul e pólo norte. Esses pólos são
representados, geralmente, por cores diferentes nos CARGAS EM MOVIMENTO.
ímãs.
Ímãs diferentes podem ter esses pólos em regiões
diferentes: CORRENTE ELÉTRICA
Define-se corrente elétrica como sendo o fluxo or-
denado de cargas elétricas que atravessam um condu-
tor.
Por convenção, dizemos que as linhas de campo são
orientadas do pólo norte para o pólo sul; e é comum
ouvirmos que elas "saem" ou "nascem" no pólo norte e
"entram" ou "morrem" no pólo sul.

Quando um condutor é ligado a um gerador é pos-


sível ter-se esta movimentação, pois o gerador é res-
ponsável pelo surgimento de falta de cargas em uma
região, e excesso de cargas em outra. Se as cargas
forem prótons, estes se movimentarão do pólo positivo
(onde há excesso de prótons) para o negativo (onde há
falta de prótons). Este é o sentido convencional da
Linhas de campo de um ímã em barra.
corrente elétrica.
Mas é importante sabermos que essa é uma lin-
Como a corrente elétrica é, comumente, fluxo de e-
guagem figurada, pois as linhas de campo magnético
létrons, o fluxo destas cargas ocorre sempre em senti-
na verdade são fechadas (sem começo ou fim), e não
do contrário ao da corrente elétrica.
existe lugar onde essas linhas possam "nascer" ou
"morrer". Tal fato representa a lei de Gauss magnética.

Química e Física 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A intensidade da corrente elétrica é determinada da Uma outra versão atribui o nome do mineral ao fato de ele
seguinte forma: ser abundante na região asiática da Magnésia. Seja qual for
a versão verdadeira da origem da palavra, a magnetita é um
imã natural - um minério com propriedades magnéticas.
Q
i onde: Sejam naturais ou artificiais, os ímãs são materiais capa-
t zes de se atraírem ou repelirem entre, si bem como de atrair
ferro e outros metais magnéticos, como o níquel e o cobalto.
i = intensidade de corrente elétrica;
Polaridade
Q = quantidade de carga que percorre o condutor;
Os imãs possuem dois pólos magnéticos, chamados de
t = intervalo de tempo. pólo norte e pólo sul, em torno dos quais existe um campo
magnético. Seguindo a regra da atração entre opostos, co-
Unidades: mum na física, o pólo norte e o sul de dois imãs se atraem
Pelo Sistema Internacional, a intensidade de corren- mutuamente. Por outro lado, se aproximarmos os pólos i-
te elétrica é medida em ampères (A), a quantidade de guais de dois imãs o efeito será a repulsão.
carga em coulombs (C) e o intervalo de tempo em se- O campo magnético é um conjunto de linhas de força ori-
gundos (s). entadas que partem do pólo norte para o pólo sul dos imãs,
promovendo sua capacidade de atração e repulsão, meca-
Exemplo: Por um condutor passam 7200 C em 1 nismo que fica explicado na figura que segue:
hora. Qual a intensidade da corrente elétrica que passa
neste condutor?
Resolução:
Dados: Q = 7200 C
t 1 h = 3600 s

Q 7200
i  i  i  2A
t 3600
As linhas de força promovem a atração entre pólos opos-
tos e repulsão entre pólos iguais.
PROPRIEDADE GRÁFICA Um fato interessante sobre os pólos de um imã é que im-
possível separá-los. Se cortarmos um imã ao meio, exata-
Nos gráficos i x t, a área nos fornece a quantidade
mente sobre a linha neutra que divide os dois pólos, cada
de carga transportada no intervalo de tempo conside- uma das metades formará um novo imã completo, com seu
rado. próprio pólo norte e sul.
Perfis magnéticos
Um modo de visualizarmos as linhas de força do campo
magnético é pulverizando limalha de ferro em torno de um
imã. Abaixo, a figura ilustra esse efeito pelo qual as partícu-
las metálicas atraídas desenham o perfil do campo magnéti-
co.

Exemplo: O gráfico abaixo representa a varia-


ção da corrente com o tempo em um condutor. Qual
a quantidade de carga que atravessa este condutor
entre 0 e 8 s?

Limalha de ferro desenha as linhas de força do campo


magnético de um imã.
Como os planetas também possuem pólos magnéticos
norte e sul, a Terra se comporta como um imenso imã, razão
pela qual, numa bússola, o pólo sul da agulha imantada a-
ponta sempre para o pólo norte da Terra.
Entretanto, se as propriedades dos imãs já eram conheci-
das desde a antiguidade, demorou um bom tempo até que as
(B  b)h (8  4). 5 correlações entre os fenômenos elétricos e magnéticos fos-
A  A 
2 2 sem estabelecidos. O cientista inglês Michael Faraday (1791-
1867) foi um dos pioneiros do estudo desta correlação.
12  5 60
A  A   A  30 Indução eletromagnética
2 2 Faraday descobriu que uma corrente elétrica era gerada
ao posicionar um imã no interior de uma bobina de fio condu-
N tor. Deduziu que se movesse a bobina em relação ao imã
Q =A  Q = 30C
 obteria uma corrente elétrica contínua, efeito que após com-
provado recebeu o nome de indução eletromagnética.
A indução eletromagnética é o princípio básico de funcio-
ELETROMAGNETISMO.
namento dos geradores e motores elétricos, sendo estes dois
Eletromagnetismo equipamentos iguais na sua concepção e diferentes apenas
Ímãs e indução eletromagnética na sua utilização.
*Carlos Roberto de Lana No gerador elétrico, a movimentação de uma bobina em
relação a um imã produz uma corrente elétrica, enquanto no
Conta uma lenda que a palavra magnetismo deriva do motor elétrico uma corrente elétrica produz a movimentação
nome de um pastor da Grécia antiga, chamado Magnes, que de uma bobina em relação ao imã.
teria descoberto que um determinado tipo de pedra atraía a
ponta metálica de seu cajado. Em homenagem a Magnes, a A seguir, a ilustração representa o efeito de indução ele-
pedra foi chamada de magnetita, de onde derivam as pala- tromagnética, como pesquisado por Faraday:
vras magnético e magnetismo.

Química e Física 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No caso da luz e demais radiações eletromagnéti-
cas (ondas de rádio, raios X, raios gama), a velocidade
tem valor constante, equivalendo no vácuo a
c = 299792458 m/s

A movimentação de um campo elétrico


próximo a uma bobina produz a corren-
te elétrica i.

O princípio da indução eletromagnética é também a base


de funcionamento dos eletroímãs, equipamentos que geram
campos magnéticos apenas, enquanto uma corrente elétrica
produz o efeito de indução. Uma vez desligados perdem suas
propriedades, ao contrário dos imãs permanentes.
Hoje, as leis do eletromagnetismo fundamentam boa par-
te da nossa tecnologia mecânica e eletroeletrônica. Os cam-
pos magnéticos e suas interações elétricas fazem funcionar
desde um secador de cabelos até os complexos sistemas de
telecomunicações, desde os poderosos geradores elétricos
das usinas nucleares até os minúsculos componentes utiliza-
dos nos circuitos eletrônicos. Magnes, o lendário pastor gre-
go, ficaria muito impressionado com o que se descobriu fazer
possível com os poderes da pedra que encontrou por acaso.

RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS.
As três grandezas acham-se relacionadas pela ex-
pressão matemática
Radiação eletromagnética, ondas produzidas pela
oscilação ou aceleração de uma carga elétrica. Essas comprimento de onda lambda = c / f
ondas têm componentes elétricos e magnéticos. Por Como c é constante, decorre que, para cada com-
ordem decrescente de freqüência (ou crescente de primento de onda, corresponde uma única freqüência f,
comprimento de onda), o espectro eletromagnético é e vice-versa.
composto por raios gama, raios X ‘duros’ e ‘moles’,
radiação ultravioleta, luz visível, raios infravermelhos, Posteriores estudos de Max Plank e mais tarde, de
microondas e ondas de rádio. Não necessitam de um Albert Einstein permitiram estabelecer a quantidade de
meio material para propagar-se e se deslocam no vazio energia (E) transportada por uma onda. Esse valor
a uma velocidade de c = 299.792 km/s. Apresentam as depende da freqüência:
propriedades típicas do movimento ondulatório, como a
E = h.f
difração e a interferência. O comprimento de onda (ë) e
a freqüência (f) das ondas eletromagnéticas, sintetiza-
dos na expressão ë • f = c, são importantes para de- A letra h representa a constante de Plank, que vale:
terminar sua energia, sua velocidade e seu poder de
6,55x10-34 J.s
penetração.
A Natureza da Luz Unindo as duas expressões, encontra-se a energia
James Clerk Maxwell, em 1864, munido das corre- da radiação em função do comprimento de onda, que
tas leis do eletromagnetismo, partiu para a dedução pode ser determinada experimentalmente com facilida-
matemática da teoria sobre a natureza da luz. Esta, de:
segundo demonstrou, é produzida a partir de movimen-
tos de cargas elétricas, ficando estabelecido seu cará- E=hc X (comprimento de onda)
ter de onda eletromagnética – em outras palavras,
dotada de energia radiante e capaz de produzir fenô- Descobriram-se também fenômenos em que se
menos eletromagnéticos. manifestam interações entre a radiação e os corpos
materiais. A condição dessas ocorrências implica a
A qualquer fenômeno eletromagnético associam-se
atribuição de uma dupla natureza à luz; ondulatória e
três grandezas, vinculadas entre si:
corpuscular.
- A freqüência, f (número de oscilações por uni-
O caráter ondulatório diz respeito aos fenômenos
dade de tempo);
de difração, interferência e polarização. E o aspecto
- O comprimento de onda, lambda (distância en- corpuscular liga-se à sua capacidade de "empurrar" e
tre duas cristas de onda consecutivas); e desviar as partículas materiais, como ocorre nas coli-
- A velocidade, c, de propagação da onda. sões entre corpos; constituem exemplos o efeito fotoe-
létrico e o efeito Compton.

Química e Física 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NOÇÕES DE ELETRICIDADE E ELETRÔNICA. algumas características, como o tipo do material e a espes-
sura.

RELAÇÕES ENTRE GRANDEZAS ELÉTRICAS:


TENSÃO, CORRENTE, POTÊNCIA E ENERGIA. CAPACITORES.

Potência Elétrica Capacitores

Potência Elétrica pode ser entendida como o trabalho rea- Em circuitos eletrônicos alguns componentes necessitam
lizado pela corrente elétrica. A unidade usada para medir que haja alimentação em corrente contínua, enquanto a fonte
potência é o Watts (W). Os múltiplos do Watt também são está ligada em corrente alternada. A resolução deste proble-
comumente usados. Assim temos o quilowatt (KW) que é ma é um dos exemplos da utilidade de um capacitor.
correspondente a 1000W e o Megawatt ( MW) que corres- Este equipamento é capaz de armazenar energia poten-
ponde a 1.000.000W. cial elétrica durante um intervalo de tempo, ele é construído
Em eletricidade a potência elétrica pode ser calculada a- utilizando um campo elétrico uniforme. Um capacitor é com-
través da formula: posto por duas peças condutoras, chamadas armaduras e
um material isolante com propriedades específicas chamado
Potência é igual ao valor da Tensão multiplicada pela dielétrico.
Corrente.
Para que haja um campo elétrico uniforme é necessário
P=V.I que haja uma interação específica, limitando os possíveis
Mudando a posição dos termos deduzimos que: formatos geométricos de um capacitor, assim alguns exem-
plos de capacitores são:
Tensão é igual ao valor da tensão dividido pelo valor
da corrente. Capacitores planos
V=P / I
Corrente é igual ao valor da potência dividido pelo valor
da tensão.
I=P / V
Exemplo de uso:
Um chuveiro tem a potencia de 2200W e esta ligado a re-
de elétrica de 220V. Qual a corrente que vai consumida pelo
chuveiro?
I=P/V
I=2200 / 220
I= 10A Capacitores cilíndricos
Resposta: A corrente que vai circular pela resistência do
chuveiro é de 10 Ampéres.
Uma lâmpada de automóvel usando 12 Volts e uma cor-
rente de 5 Ampéres tem uma potencia de 60 Watts. Já uma
lâmpada comum de 60W ligada a rede de 110 V consome
0,54 A.
Um processador que realiza suas funções usando 1.2V
de tensão e uma corrente de 50 amperes, por exemplo, utili-
za 60 watts.
Para medir a quantidade de energia que foi utilizada fre- EFEITO JOULE.
qüentemente utilizamos a unidade Watts por Hora (Wh) ou o
Quando uma corrente elétrica passa por um resistor, este
quilowatt (KWh).
converte energia elétrica em energia térmica. O resistor dis-
Um microcomputador ligado a rede elétrica de 110V e sipa a energia em forma de calor. Assim a potência total do
que tem uma corrente de 1 ampere circulando nele tem a sistema diminuiu, o aquecimento de um resistor por passa-
potencia de 110W. Se esse computador ficar ligado durante gem de uma corrente é chamado de efeito Joule.
10 horas, o consumo de energia será de 1100W (1,1 KWh).
Joule foi o cientista que primeiramente percebeu de ma-
Se você reparar no medidor de consumo de energia elétrica
neira quantitativa como funciona o calor produzido por um
da sua casa, verá que a unidade de consumo é o KWh.
resistor.
Lembre-se, a Watt é uma taxa enquanto o watt/hora me-
Este fato pode ser explicado como os elétrons da corrente
de a quantidade.
colidem com os átomos e moléculas do condutor.
Outro conceito importante é o de Eficiência. Pelo que vi-
Potência elétrica dissipada em um resistor.
mos até agora, pode parecer que, por exemplo, uma lâmpa-
da de 60W ilumine mais que uma lâmpada de 25W. Mas na A potencia elétrica em qualquer circuito é dada por :
realidade não é bem assim. Aqui entra o conceito de eficiên-
cia. Voltando ao exemplo citado, uma lâmpada incandescen-
P=i.v
te de 60W pode iluminar menos que uma lâmpada fluores-
cente de 25W, porque as lâmpadas incandescentes são Segundo a lei de Ohm temos que:
menos eficientes que as fluorescentes. v=R.i
E mesmo entre duas lâmpadas incandescentes de 60W Assim podemos encontrar que:
pode haver diferenças entre a quantidade de luz produzida,
dependendo do grau de eficiência de cada uma delas. P = i . (R . i)
2
Podemos definir a eficiência como sendo percentual de P=R.i
transformar energia em trabalho. Ou ainda se i = v/r podemos fazer:
Uma fonte para PC com 90% de eficiência precisa de 334 P = (v / R) . v
watts da rede elétrica para fornecer 300 watts ao equipamen- 2
to, enquanto uma fonte com 70% de eficiência precisaria de P=v /R
429 watts para fornecer os mesmos 300 watts. Sendo que qualquer uma destas três equações mede a
Na maioria das vezes as perdas de potência ocorrem sob potência dissipada de maneira satisfatória.
a forma de dissipação de calor. Como exemplo temos a
lâmpada incandescente tem como principal fornecer luz, mas
perde muita potência na forma de calor.
Note que quando a corrente percorre um condutor sem-
pre há produção de calor. A quantidade de calor depende de

Química e Física 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A resistência é medida em ohms (), a resistividade em
.m, o comprimento em metros (m) e a área da seção trans-
2
versal em m .

Exemplo:
Qual a resistência de um condutor de resistividade 0,2 .m,
sendo que o seu comprimento é de 2 m e sua seção trans-
2
versal é de 0,02 m ?
Resolução:
Dados:  = 0,2 .m
2
= 2 m A = 0,02 m

 2
Rρ  R  0,2 . 
A 0,02
A lâmpada de filamento incandescente funciona graças
ao efeito Joule, o filamento com a passagem da corrente 0,4
elétrica se aquece e libera energia em forma de luz e em R  R  20 Ω
forma de calor. 0,02
LEI DE OHM. RESISTÊNCIA ELÉTRICA E RESISTIVIDADE
1.ª LEI DE OHM RESISTÊNCIA ELÉTRICA
“À temperatura constante, a diferença de potencial e Define-se resistência elétrica como sendo a medida da dificul-
a intensidade de corrente são diretamente proporcionais dade imposta por parte do condutor ao movimento das cargas
A constante de proporcionalidade que torna esta lei válida elétricas.
é justamente o valor da resistência do resistor ou condutor. A resistência é a propriedade física característica dos
Equação: U = R . i onde: condutores e resistores. Um resistor é representado da se-
guinte forma:
U = diferença de potencial;
R = resistência elétrica;
i = intensidade da corrente elétrica.

Unidades:
A diferença de potencial é medida em volts (V), a resis- ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
tência elétrica em ohms (), e a intensidade de corrente em Os resistores, para fins práticos, são associados em série
ampères (A). ou em paralelo.
Exemplo: Nestas associações determina-se a resistência equivalen-
te, que é a resistência do resistor equivalente aos da associ-
Qual a diferença de potencial em um resistor de 20  que
ação. Este resistor pode ser entendido como um substituto,
é percorrido por uma corrente de 3A?
ou seja, se substituirmos os resistores da associação por um
Resolução: único resistor, este deve ter o valor da resistência equivalen-
te. E evidente que, na prática, isto não funciona, portanto o
Dados: R =20  i = 3A
cálculo da resistência equivalente é meramente teórico.
U=R.i  U =20.3  U = 60V a) Associação em série
Pode-se construir a curva característica do resistor:

Propriedades:
N  A corrente elétrica é a mesma em todos os resistores;
onde: tg R
  a diferença de potencial total é a soma das parciais:

2.ª LEI DE OHM U = U1 +U2 +U3


“A resist
ência elé trica é diretamente proporcional ao
comprimento do resistor e inversamente proporcional à  a resistência equivalente é determinada desta forma:
sua seção transversal”.

Req = R1 + R2 + R3
Esta lei é expressa pela equação:
Exemplo:
 Dado o circuito abaixo:
R   onde:
A
R = resistência elétrica;
 = resistividade elétrica (característica do material do
condutor);
 = comprimento do condutor;
A = área da seção transversal do condutor. Determinar:
a) valor da corrente no circuito;

Unidades: b) valor de R2
c) valor de U3
d) valor da diferença de potencial no circuito;

Química e Física 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e) valor da resistência equivalente. 1 1 1 1 1 1 1 1
Resolução: c)        
R eq R1 R2 R3 R 12 6 4
eq
a) Em R1 :
U1 20 1 1 2  3 1 6
U1  R1  i  i  i  i  2A    
R1 10 R 12 R 12
eq eq
b) Em R2:
12
U 40 R eq   R eq  2 Ω
U2  R2  i  R2  2  R2   R2  20 6
i 2
No caso especial de dois resistores associados em para-
c) Em R3 :
lelo temos:
U3  R3  i  U3  15  2  U3  30 V
R1.R2
d) U = U1 + U2 + U3  R eq 
R1  R2
U = 20 + 40 + 30 =  U = 90 V
e) Req = R1 + R2 + R3  Req = 10 + 20 + 15  Req = 45 Exemplo:

Determine a resistência equivalente no circuito abaixo:
b) Associação em paralelo

Resolução:

R1.R 2 24  8
R eq   R  
Propriedades: R1  R 2 eq 24  8

192
A corrente elétrica total (i) é a soma das correntes parci-  R  R  6Ω
 eq 32 eq
ais: i = i1 + i2 + i3
No caso de vários resistores de mesmo valor associados
 A diferença de potencial é a mesma em todos os resisto-
em paralelo temos:
res;
 A resistência equivalente é determinada da seguinte R
forma: Req 
n
1 1 1 1 onde:
  
Req R1 R2 R3 R = valor da resistência dos resistores;
n = número de resistores associados em paralelo.
Exemplo: Determine a resistência equivalente no circuito:
Exemplo: Dado o circuito:

R 15
Resolução: Req   Req   Req  5 
n 3
Determinar:
a) valores de i1, i2 e i3 ; VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA COM A
TEMPERATURA
b) valor da corrente no ponto A;
A resistividade varia com a temperatura e, como conse-
c) valor da resistência equivalente. qüência, a resistência elétrica também varia. Esta variação
Resolução: se dá pela equação:

a) Em R1 :
R = R0 [ 1+  (T - T0 ) ] onde:
48
U  R1 . i1  48  12 . i1  i 1   i1  4 A
12 R = resistência elétrica na temperatura dada;
Em R2: R0 = resistência elétrica na temperatura de referência;

48  = coeficiente de variação de resistência com a tempera-


U  R2 . i2  48  6 . i2  i 2   i2  8 A tura;
6
T = temperatura dada;
Em R3:
T0 = temperatura de referência.
48
U  R3 . i3  48  4 . i3  i 3   i3  12 A
4 Exemplo: Qual o valor da resistência de um resistor de
0
b) i = i1 + i2 + i3  i = 4+ 8+12  i =24 A resistência nominal 20 a 20 C, sabendo que o coeficiente de

Química e Física 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
0
variação de resistência com a temperatura é de 0,4 / C, e aplicada, as cargas elétricas atingem uma velocidade cons-
0
que a temperatura ambiente é de 25 C? tante ao longo do condutor em questão. A este movimento
das cargas elétricas dá-se o nome de corrente elétrica con-
Resolução:
tínua. Observe o gráfico ixt.
Dados: R0 = 20 
0 0 0
 = 0,4 . C T = 25 C T0 = 20 C
R = R0 [1+ .( T - T0) ] 
R = 20 [1+0,4. (25 - 20)] 
R = 20 [1 + 0,4.5]  R = 20 [1+2] 
R = 20 . 3  R = 60 

CIRCUITOS ELÉTRICOS SIMPLES.


CIRCUITOS ELÉTRICOS
A corrente elétrica é formada por elétrons livres em mo- Note que o valor de da corrente elétrica i permanece
vimento organizado. A energia elétrica transportada pela constante para quelquer instante de tempo. A corrente elétri-
corrente nada mais é do que a energia cinética dos elétrons. ca é dada pela equação:
Assim, nos circuitos elétricos, a energia cinética dos elétrons
livres pode transformar-se em energia luminosa ou em ener- i =ΔQ/Δt
gia cinética dos motores, por exemplo.
Esta equação satisfaz a todos os tipos de corrente elétri-
ca. Porém, para corrente contínua, haverá um fluxo de car-
gas elétricas igual para intervalos de tempo iguais. Ou seja, a
quantidade de cargas elétricas que passa por uma seção
transversal reta de um condutor é igual para intervalos de
tempo iguais.
A unidade de medida de intensidade da corrente elétrica
é o ampère, em homenagem ao importante estudioso na
área, o cientista francês André Marie Ampère (1775 – 1836).
Ao percorrer o circuito, do pólo negativo da pilha até o pó- Este cientista nasceu em Polemieux-Le-Mont-d’Or, próximo a
lo positivo, os elétrons livres perdem totalmente a energia Lyon, na França. Seu trabalho de maior relevância talvez
que transportavam. E sem a reposição dessa energia não tenha sido a famosa lei circuital de Ampère, que assim como
seria possível a permanência de uma corrente elétrica. a lei de Gauss, aproveita a simetria do problema para facilitar
a resolução, tornando-a mais fácil e elegante. Claro, a lei de
A função de uma pilha é, portanto, fornecer a energia ne- Gauss relaciona campo elétrico, carga elétrica e força elétri-
cessária aos elétrons livres do fio, para que eles permane- ca. Já a lei de Ampère trata de campo magnético criado por
çam em movimento. uma corrente elétrica.
Dentro da pilha, os elétrons adquirem energia ao serem
CORRENTE ALTERNADA
levados do pólo positivo ao negativo. Ao chegarem ao pólo
negativo, movimentam-se novamente pela parte externa do
circuito até alcançarem o pólo positivo, e assim sucessiva-
mente.

Onda Senoidal
Corrente alternada ou AC é a corrente elétrica na qual a
intensidade e a direção são grandezas que variam
Ao levar um certo número de elétrons do pólo positivo pa-
ciclicamente ao contrário da corrente contínua, DC, que tem
ra o negativo, a pilha cede a eles uma certa quantidade de
direção bem definida e não varia com o tempo. Em um
energia. O valor da energia que esses elétrons recebem,
circuito de potência de corrente alternada a forma da onda
dividido pela quantidade de carga que eles têm, é a tensão
mais utilizada é a onda senoidal, no entanto, ela pode se
elétrica existente entre os pólos da pilha. Nas pilhas comuns,
apresentar de outras formas como, por exemplo, a onda
esse valor é 1,5 volt.
triangular e a onda quadrada.
Esse tipo de corrente surgiu com Nicola Tesla, que foi
contratado para construir uma linha de transmissão entre
duas cidades de Nova York. Naquela época, Thomas Edison
tentou desacreditar Tesla de que isso daria certo, no entanto,
o sistema que Tesla fez acabou sendo adotado. A partir de
então a corrente elétrica em forma de corrente alternada
passou a ser muito utilizada, sendo hoje aplicada na
Em geral, um circuito elétrico é constituído por um conjun- transmissão de energia elétrica que vai das companhias de
to de componentes ligados uns aos outros e conectados aos energia elétrica até os centros residenciais e comerciais. A
pólos de um gerador. Uma bateria de carro ou uma pilha, corrente alternada é a forma mais eficaz de transmissão de
pode funcionar como gerador. energia elétrica por longas distâncias, pois ela apresenta
facilidade para ter o valor da sua tensão alterado por
CORRENTES CONTÍNUA E ALTERNADA. MEDIDORES
aparelhos denominados transformadores.
ELÉTRICOS.
I.
CORRENTE CONTÍNUA MEDIDORES ELÉTRICOS
As cargas elétricas sob a ação de uma diferença de po- Galvanômetro
tencial podem entrar em movimento. Para isto, é necessário É um dispositivo utilizado para detectar correntes
que o meio material do qual elas fazem parte seja condutor. elétricas de pequena intensidade. Possui resistência alta e
Em geral, os condutores não são perfeitos, ou seja, pos- a corrente máxima que suporta (corrente de fundo de
suem certa resistividade. Portanto, quando uma tensão é escala) é muito baixa (da ordem de miliampères). Este
medidor não serve para situações do cotidiano.

Química e Física 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Amperímetro
E um dispositivo utilizado para medir corrente. O amperí-
metro deve ser colocado em série com o resistor no qual se
deseja fazer a leitura da corrente, e sua resistência elétrica é
desprezível.
Voltímetro
É um dispositivo utilizado para medir a diferença de po-
tencial. O voltímetro deve ser colocado em paralelo com o
resistor no qual se deseja fazer a leitura da diferença de
potencial, e possui resistência elétrica considerada infinita.
LEIS DE KIRCHHOFF
Determine o valor da corrente i2.
1.ª Lei de Kirchhoff
Resolução:
“A soma das intensidades das correntes que chegam a
um nó é igual à soma das intensidades das correntes que Pela 2.ª Lei de Kirchhoff temos:
saem do nó”.
- 4 . i2 + 50 – 1 . i2+ 2.2 - 20+3 . 2 = 0 
Exemplos:

- 4 . i2 + 50 - i2 - 20 + 6 = 0 
20
- 5 . i2 = - 20  i2 =  i2 = 4A
5

PONTES DE WHEATSTONE
E um grupo de resistores associados a um galvanômetro.
A ponte de Wheatstone é considerada em equilíbrio
quando o galvanômetro não acusa corrente. Nestas condi-
ções os produtos das resistências opostas são iguais:

Observação: Nó é a interseção de três ou mais conduto-


res.
2.ª Lei de Kirchhoff
“A soma das diferenças de potencial ao longo de qualquer
malha de um circuito é igual a zero”.
As parcelas desta soma são E ou R . i. Exemplo 1:
Exemplo: Dado o circuito:

Percorrendo a malha no sentido ABCDA temos: R2 . i2 + Determine o valor de R4.


E2 - r2.i2 + r1.i1 E1 + R1. i1 = 0 Resolução:
c) Convenção dos sinais
24
Ao percorrer o circuito em um certo sentido, temos que o R1 . R3 = R2 R4  6 .4 = 3.R4  24 = 3 . R4  R4 =
3
sinal de E é o do lado de chegada, e de R.i depende do sen-
 R4 = 8 
tido da corrente.
Exemplo:
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE CIRCUITOS. SÍMBOLOS
CONVENCIONAIS.
Dispositivos de manobra
Os dispositivos de manobra são elementos que servem
para acionar ou desligar um circuito elétrico. Exemplo para
estes elementos: chaves e interruptores.
Resistor elétrico
O resistor é um dispositivo cujas principais funções são:
dificultar a passagem da corrente elétrica e transformar ener-
Exemplo da aplicação das Leis de Kirchhoff: Dado o cir- gia elétrica em energia térmica por Efeito Joule. Entendemos
cuito abaixo: a dificuldade que o resistor apresenta à passagem da corren-
te elétrica como sendo resistência elétrica. O material mais
comum na fabricação do resistor é o carbono.
Abaixo temos a representação do resistor:

Gerador elétrico

Química e Física 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O gerador elétrico é um mecanismo que transforma ener- Já o voltímetro mede a diferença de potencial elétrico en-
gia mecânica, química ou outra forma de energia em energia tre dois pontos do circuito, e pode ser representado através
elétrica, ou seja, o gerador elétrico é o agente do circuito que dos seguintes símbolos:
o abastece, fornecendo energia elétrica às cargas que o
atravessam.
Um gerador ideal é representado pela seguinte figura:

Para medir a ddp entre dois pontos do circuito o voltíme-


tro deve ser ligado em paralelo a este trecho que se pretende
medir. Abaixo um exemplo de ligação:

Onde:
ε = é a força eletromotriz.
i = corrente elétrica que o atravessa.
Receptor elétrico
O receptor elétrico é todo elemento do circuito elétrico
que transforma energia elétrica em outra forma de energia
que não seja calor. Na ligação acima o voltímetro mede a tensão entre os pó-
los do resistor R2.
Abaixo temos a representação de um receptor:

POTÊNCIA E CONSUMO DE ENERGIA EM DISPOSITIVOS


ELÉTRICOS.

ENERGIA ELÉTRICA
Como já vimos, a potência elétrica mede a quantidade de
energia elétrica consumida em um dado intervalo de tempo, o
Onde: que quer dizer que se desejarmos saber a quantidade de
ε’ = é a força contra eletromotriz. energia elétrica consumida, basta multiplicar a potência elé-
trica pelo tempo de uso:
r’ = resistência interna
i = corrente elétrica que atravessa o receptor Eel = Pot . t onde:
Dispositivos de segurança
Eel = energia elétrica consumida;
Estes dispositivos servem para garantir a segurança do
circuito interrompendo a passagem da corrente elétrica Pot = potência elétrica dissipada;
quando necessário. Exemplo para estes elementos: fusíveis t = intervalo de tempo considerado.
e disjuntores.
O fusível é um componente do circuito elétrico que tem
como função proteger o circuito de possíveis sobrecargas de Unidades:
corrente elétrica. Um uma instalação elétrica todos os com- Pelo Sistema Internacional, a energia elétrica é medida
ponentes são escolhidos para suportarem a corrente máxima em joules (J), a potência em watts (W) e o intervalo de tempo
prevista para o circuito, os fios, por exemplo, devem ter uma em segundos (s). Uma unidade usual para medir energia
bitola que suporte a intensidade da corrente ou podem fundir elétrica é o kWh, com a potência sendo medida em kW e o
com o calor liberado pelo Efeito Joule. Mesmo tendo este intervalo de tempo em horas (h).
cuidado é necessário utilizar um dispositivo que corte a cor-
rente caso haja alguma sobrecarga para que os aparelhos
ligados não sejam danificados, o fusível é este dispositivo. Exemplo 1:
Medidores elétricos Um aparelho de som de 100 W de potência é utilizado du-
Os medidores elétricos são instrumentos que têm seus rante 30 minutos. Qual a energia elétrica consumida, em
funcionamentos baseados no eletromagnetismo e são dois joules?
os mais importantes o amperímetro e o voltímetro.
Os amperímetros são medidores da intensidade de cor- Resolução:
rente elétrica em determinada parte do circuito elétrico. Eles
podem ser representados pelos símbolos abaixo: Dados: P= 100W t =30 min = 1800s
Eel = Pot . t  Eel = 100. 1800 
Eel =180 000 J

Veja um exemplo de um amperímetro em um circuito elé- Exemplo 2:


trico: Um chuveiro de 4500 W é usado por 30 minutos durante
um banho. Se o preço do kWh é R$ 0,04, determine o custo
deste banho.

Resolução:
Dados: Pot = 4500 W = 4,5 kW
t = 30 mm = 0,5 h preço do kWh = R$ 0,04

Nesse exemplo o amperímetro mede apensas a intensi-


Energia Elétrica:
dade da corrente elétrica que o atravessa, ou seja, a mesma
corrente elétrica que atravessa o resistor R1. Eel = Pot . t  Eel = 4,5 . 0,5  Eel = 2,25 kWh
Observe que o amperímetro foi ligado em série com o re-
sistor. E, é desta maneira que ele deve ser ligado para que a
custo do banho:
corrente elétrica o atravesse.
custo = 2,25.0,04  custo = R$ 0,09

Química e Física 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

P U
GERADOR ELÉTRICO g  u  onde:
Pt E
Gerador é um elemento capaz de transformar uma moda-
lidade de energia em energia elétrica.
g = rendimento do gerador;
Esta energia é fornecida às cargas que atravessam o ge-
rador. A diferença de potencial entre os pólos do gerador é Pu = potência útil do gerador;
chamada força eletro-motriz (f.e.m.), e é representada por E. Pt = potência total do gerador;
O gerador é representado por: U = diferença de potencial no gerador;
E = força eletromotriz do gerador.

Exemplo: Dado o circuito:

Mas na verdade, quando uma corrente atravessa um ge-


rador, ela encontra uma certa resistência, chamada resistên-
cia interna. Daí a representação de um gerador real é:

Determine:
a) A corrente que percorre o circuito;

A existência de resistência interna faz com que a diferen- b) a diferença de potencial no gerador;
ça de potencial entre os pólos do circuito seja menor que a
força eletromotriz. Assim, a equação do gerador é: c) a potência útil do gerador;

U=E–r.i onde: d) a potência dissipada pelo gerador;


e) o rendimento do gerador.
U = diferença de potencial;
E = força eletromotriz; Resolução:
r = resistência interna do gerador;
i = intensidade da corrente que percorre o circuito. a) i 
E  i
20
i
20
 i2A
R 28 10

A curva característica do gerador é representada em um b) U = E -r . i  U = 20 – 2 . 2 


gráfico U x i:
U = 20 – 4  U =16 V
c) Pu = U . i  Pu = 16 . 2  Pu = 32 V
2 2
d) Pd = r . i  Pd = 2 . 2 
Pd = 2 . 4  Pd = 8 V
U 16
e) g   g   g  0,8 ou g  80 %
E 20

A potência útil do gerador (potência fornecida ao gerador) RECEPTOR ELÉTRICO


é:
Dispositivo que consome energia elétrica, transformando-
a em outro tipo de energia. Assim como nos geradores, nos
Pu = U . i onde: receptores também há resistência interna.

P = potência útil do gerador; Quando se aplica a um receptor uma diferença de poten-


cial igual a U, esta se divide em duas partes: a primeira cor-
U = diferença de potencial no gerador; responde à queda de tensão na resistência interna e a se-
i = intensidade de corrente. gunda é a diferença de potencial útil do receptor, denomina-
da força contra-motriz.
Equação característica do receptor:
A potência dissipada pelo gerador é:

2
U=E+r.i onde:
Pd = r . i onde:
U = diferença de potencial no receptor;
Pd = potência dissipada pelo gerador;
E = força eletromotriz;
r = resistência interna do gerador;
r = resistência interna do receptor;
i = intensidade da corrente elétrica.
i = intensidade de corrente.

A potência total (Pu + Pd) é:


A representação do receptor é idêntica à do gerador:
Pt = E . i onde:

Pt = potência total;
E = força eletromotriz do gerador;
i = intensidade de corrente.
A curva característica do receptor é:
E o rendimento do gerador é:

Química e Física 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) U = E -r . i  U = 30 + 1 . 2 
U = 30 + 2  U =32 V

2
c) Pu = E . i  Pu = 1 . 2  Pu = 60 W

2 2
d) Pd = r . i  Pd = 1 . 2  Pd = 1 . 4  Pd = 4 W
A potência útil do receptor é:
d) Pt = U . i  Pt = 32 . 2  Pt = 64 W
Pu = E . i onde:
Pu 60
e) R   g  
Pu = potência útil; Pt 64
E = força eletromotriz;
i = intensidade de corrente.
 R  0,937 ou  R  93,7 %
A potência dissipada no receptor é: POTÊNCIA ELÉTRICA

Potência elétrica é a medida da quantidade de energia e-


2
Pd = r . i onde: létrica consumida em um dado intervalo de tempo.
A potência elétrica é expressa por:
Pd = potência dissipada;
r = resistência interna do receptor; Pot = U . i onde:
i = intensidade de corrente.
Pot = potência elétrica dissipada;
A potência total é
U = diferença de potencial;
Pt = U . i onde: i = intensidade da corrente elétrica.
Unidade:
P = potência total do receptor; Pelo Sistema Internacional a potência elétrica é expressa
U = diferença de potencial no receptor; em watts (W).
i = intensidade de corrente. Em um resistor a passagem da corrente elétrica faz com
que haja conversão de energia elétrica em térmica (Efeito
Joule), e a potência dissipada é dada por:
O rendimento do receptor é:
2
Pot = R . i onde:
P E
R  u  onde:
Pt U Pot = potência dissipada;
R = resistência elétrica do resistor;
R = rendimento do receptor; i = intensidade da corrente elétrica.
PU = potência útil do receptor;
PT = potência total do gerador, U2
ou Pot  onde:
E = força eletromotriz; R
U = diferença de potencial
Pot = potência dissipada;
U = diferença de potencial;
Exemplo: Dado o circuito:
R = resistência elétrica.

Exemplo 1:
Qual a potência dissipada por uma lâmpada quando é
percorrida por uma corrente de 0,5 A sob uma diferença de
potencial de 110 V?
Resolução:
Dados: U= 110V i = 0,5 A
Pot = U . i  Pot = 110. 0,5  Pot = 55 W

Determinar:
Exemplo 2:
a) A corrente elétrica que percorre o circuito;
Qual a potência dissipada por um aparelho de resistência
b) a diferença de potencial no receptor; 20 Q, quando submetido à diferença de potencial de 120 V?
c) a potência útil do receptor; Resolução:
d) a potência dissipada pelo receptor; Dados: U = 120V R = 20 
e) a potência total do receptor; 2
U 1202
f) o rendimento do receptor. Pot   Pot  
R 20
Resolução:

E  E' 30 - 10 Pot 
14400
 Pot  720 W
a) i  i 
R 2  5 1 2 400
Exemplo 3:
20
i  i2A Qual a potência elétrica consumida por um aparelho de
10 resistência 25  , quando percorrido por uma corrente de 2
A?

Química e Física 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Resolução: Dados: R = 25  i = 2A
2 2
T1  P  T1  10 3N
Pot = R . i  Pot = 25.2 
Pot = 25.4  Pot = 100 W
Como o ponto A da figura se encontra em equilíbrio, te-
ESTÁTICA, CINEMÁTICA E DINÂMICA. mos:

ESTÁTICA T1  T2  T3  0
EQUILIBRIO DO PONTO MATERIAL Uma forma de se simplificar a solução matemática deste
exercício é determinar que se a resultante das três forças for
Ponto material: é todo corpo cujas dimensões possam ser
nula, a soma de duas delas quaisquer deve ser anulada pela
consideradas desprezíveis no problema analisado; como
terceira. Assim, temos:
decorrência, só terá significado analisarmos movimentos de
translação desse ponto material.
T1  T2  T3
Sendo o equilíbrio estático do ponto material, a situação
estudada agora, a resposta é dada diretamente pela primeira Graficamente, temos:
lei de Newton: a resultante das forças que atuam sobre o
ponto material é nula. Essa condição é necessária e suficien-
te para que o equilíbrio do ponto material seja atingido.
Assim, todos os problemas referentes ao equilíbrio de um
ponto material serão resolvidos a partir da aplicação dessa
idéia.
Conceitualmente, são problemas de fácil resolução, exi-
gindo, do aluno, porém, alguma habilidade no trabalho com
vetores.
Resumindo: seja A um ponto material sujeito ao sistema
de forças F1 , F2 ,...Fn . .

A partir da observação do triângulo retângulo ABC da fi-


gura, escrevemos, sempre lembrando que T1 já é conhecido:

T1 T1 10 3
sen 60º   T3  
T2 sen 60º 3
5
Se esse ponto material estiver em equilíbrio, então:
T3  20 N
F1  F2  F3  ...  Fn  0

T2 1
Exemplo: cos 60º   T2  T3  cos 60º  20 
T3 2
No esquema que se segue, o peso P de 10 3 N está
em equilíbrio. Determine as forças de tração nos fios da figu- T2  10 N
ra.

EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO


Já vimos que a condição necessária e suficiente para que
um ponto material permaneça em equilíbrio é que a resultan-
te das forças que atuam sobre ele seja nula.
Um exemplo bem simples, todavia, mostra-nos que essa
condição não será suficiente se quisermos impor o equilíbrio
a um corpo extenso. Para tanto, consideremos uma barra
situada sobre a mesa, conforme a figura, e apliquemos aos
Solução: seus extremos duas forças de mesmo módulo, mesma dire-
ção e sentidos opostos. Tente você mesmo, na prática.
Assinalando as forças que atuam no sistema, teremos:

Embora a resultante das forças seja nula, a barra não


permanecerá em equilíbrio, mas executará um movimento de
rotação em torno de um dos seus pontos.
Vemos, então, que uma nova condição deve ser imposta, de forma que o
movimento de rotação não seja possível.

OBSERVAÇÃO Lembre-se: quando a resultante das for-


ças é nula, o corpo não executa movimento de translação.
Estando o corpo em questão em equilíbrio, resulta:
CINEMÁTICA ESCALAR

Química e Física 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Divisão da Mecânica
A Mecânica estuda o movimento dos corpos. Para estu-
darmos a Mecânica, dividimo-la em duas grandes partes
denominadas Cinemática e Dinâmica.
A Cinemática procura apenas descrever o movimento dos
corpos, sem preocupar-se com as suas causas, e está dividi-
da em Cinemática Escalar e Cinemática Vetorial. A Dinâmica,
por sua vez, explica as causas dos movimentos e faz a liga-
ção com os efeitos.
Resposta:
Para que seja possível descrever um movimento de forma
correta, precisamos de certos elementos que são medidos, No primeiro caso a trajetória será uma reta vertical, e no
como tempo, posição, velocidade e aceleração. Essas medi- segundo um arco de parábola.
das são chamadas de Grandezas Físicas, e permitem a des-
crição perfeita do movimento de um corpo.
PONTO MATERIAL POSIÇÃO OU ESPAÇO

Um corpo é considerado ponto material quando suas di- E a distância medida sobre a trajetória a partir do ponto
mensões não interferem no fenômeno estudado. Um corpo referencial. Esta distância pode ser medida em qualquer
pode ser ou não ponto material, dependendo apenas do unidade.
fenômeno que está sendo estudado. Um carro em uma es- É representada pela letra S.
trada pode ser considerado um ponto material, pois sua di-
mensão pode ser desprezada, quando comparada com a ORIGEM
dimensão da estrada, mas o mesmo carro não será ponto O ponto referencial, a partir do qual começaremos a con-
material quando considerarmos o movimento de manobra em tagem da distância de um objeto recebe o nome de origem, e
uma garagem, pois seu tamanho não pode ser desprezado adota sempre o valor zero.
em relação ao tamanho da garagem.
Para saber se um móvel encontra-se à direita ou a es-
PONTO REFERENCIAL
querda da origem, adotamos arbitrariamente um sentido
Para determinarmos situações de movimento e repouso positivo para a trajetória. O mais comum é adotar o sentido
devemos adotar algum ponto como referencial, a partir do da esquerda para a direita como sendo o positivo.
qual poderemos fazer a classificação.
Exemplo:
O Ponto Referencial pode ser qualquer objeto, e é consi-
derado sempre em repouso.
Você deve tomar cuidado com a classificação de situa-
ções de movimento e repouso, pois estas são feitas em rela-
ção ao ponto referencial, mesmo parecendo absurdas para o
observador.
MOVIMENTO
Um corpo está em movimento quando a distância deste Desta maneira, quando o móvel estiver colocado à es-
em relação ao ponto referencial muda com o passar do tem- querda da origem, adotará posições com valores negativos e
po. quando estiver à direita, adotará valores positivos para suas
REPOUSO posições.

Um corpo está em repouso quando a distância deste em Lembre-se que esta convenção é a mais comum, mas
relação ao ponto referencial não muda com o passar do tem- não é a única, foi adotada arbitrariamente, podendo ser modi-
po. ficada, conforme a vontade ou necessidade que a resolução
de uma questão nos coloque.
Exemplo:
Considere uma caneta colocada no bolso de um homem
POSIÇÃO INICIAL
que caminha pela sala. Em relação a um observador na
mesma sala a caneta encontra-se em movimento ou em É representada por S0 e indica a posição do móvel no ins-
repouso? E em relação ao dono da caneta? tante inicial (t = 0). Você deve tomar cuidado para não con-
fundir posição inicial com origem. A posição inicial pode ado-
Resposta:
tar qualquer valor, inclusive o zero, mas a origem sempre tem
Em relação ao observador a caneta encontra-se em mo- como valor o zero.
vimento, pois a distância entre o ponto referencial (observa-
Tome a seguinte situação como exemplo:
dor) e o objeto (caneta) está mudando. Em relação ao dono
da caneta, esta encontra-se em repouso, pois a distância Um automóvel parte do km 25 de uma estrada, no sentido
entre ambos não se altera. da trajetória, para uma viagem que durará 6 horas. Ao final
TRAJETÓRIA deste período o automóvel irá encontrar-se no km 505 da
mesma estrada.
É a representação gráfica do movimento de um objeto.
A partir da afirmação dada acima, podemos concluir que
Quando um objeto está em movimento, este ocupa várias a posição inicial é 25 km, e não zero, pois o automóvel está a
posições diferentes no espaço. A união dos pontos corres- 25 km da origem no início do movimento; a posição final é
pondentes às várias posições adotadas corresponde à traje- 505 km.
tória.
DESLOCAMENTO
Cabe observar que a trajetória depende do referencial
É a variação de posição sofrida pelo móvel, e é represen-
adotado, pois em relação a vários referenciais diferentes as
trajetórias serão diferentes. tado por S.

Exemplo: Esta variação é determinada pela subtração

Qual a trajetória de uma laranja caindo de uma árvore em das posições final e inicial:
relação a um observador parado na frente da árvore? E em
relação a um observador que passa em um carro que se S = S – S0
afasta da árvore?
onde:
S = deslocamento;
S = posição final;
S0 = posição inicial.

Química e Física 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Utilizando o exemplo do item anterior, podemos calcular 20 m/s
qual o deslocamento realizado pelo automóvel.
É possível, também, classificar o movimento em função
posição inicial: da velocidade:
S0 = 25 km posição final : S = 505 km Movimento Progressivo: v > 0.
deslocamento: Movimento Retrógrado : v < 0.
S = S - S0 = 505 - 25 = 480 km
ACELERAÇÃO
MOVIMENTO PROGRESSIVO Mede o quanto a velocidade aumenta, ou diminui, em um
dado intervalo de tempo.
É todo movimento que ocorre com S > O.
Se o valor da aceleração for positivo, a velocidade estará
O exemplo do item anterior é um caso de movimento pro- aumentando, e se for negativo, a velocidade estará diminuin-
gressivo (S > 0). do.

II. IV.
MOVIMENTO RETRÓGRADO ACELERAÇÃO MÉDIA
É todo movimento que ocorre com S < 0. Aceleração média é a relação entre a variação de veloci-
Exemplo: dade e o intervalo de tempo. E representada por M

Um ônibus parte do km 300 de uma estrada e, após 3 ho-


V
ras, encontra-se no km 90 da mesma estrada. Classifique o M 
movimento em progressivo ou retrógrado. t
Resolução:
Primeiro calculamos o S:
onde:
S = S – S0 = 90 -300= - 210 km
M = aceleração média;
Como o S é negativo, classificamos o movimento como
V = variação da velocidade;
retrógrado.
t = intervalo de tempo.
III.
mas temos que V = V - V0 ,
INTERVALO DE TEMPO
com v = velocidade final;
É a diferença entre o instante final e o instante inicial do
movimento. E representado por At. v0 = velocidade inicial.
Unidades:
t = t – t0 No Sistema Internacional, a aceleração é medida em
2 2
m/s , mas pode-se utilizar outras unidades como km/h ,
2
cm/s , etc.
onde: PRINCÍPIOS DA DINÂMICA
t = intervalo de tempo t = instante final a) Princípio da Inércia (1.ª Lei de Newton)
t0 = instante inicial “Se a resultante das forças agindo sobre um corpo for nu-
la, esse corpo permanece em seu estado inicial (em repouso
Tome o seguinte exemplo: Um caminhão parte da cidade ou em Movimento Retilíneo e Uniforme)”.
A às 9 horas e chega à cidade B às 15 horas. Qual o interva-
lo de tempo gasto na viagem? Isto quer dizer que, se um corpo estiver em repouso, a
tendência é que permaneça em repouso e se estiver em
t = t – t0 = 15 - 9 = 6 h movimento, a ausência de força resultante faz com que ele
VELOCIDADE permaneça em movimento, mas com velocidade constante.

A velocidade mede a distância percorrida por um móvel O princípio da inércia aplica-se, teoricamente, em situa-
em um dado intervalo de tempo. ções ideais, mas podemos notar a aplicação deste princípio
de situações do cotidiano.
VELOCIDADE MÉDIA
Exemplo 1:
S Uma nave espacial, em um local onde não existem forças
VM  de atração gravitacional, ao desligar os motores permanece
t
em movimento retilíneo e uniforme, por inércia.

Velocidade Média é a relação entre o deslocamento e o Exemplo 2:


intervalo de tempo. E representada por VM onde: Quando um automóvel entra em uma curva para a direita,
VM = velocidade média; em alta velocidade, o motorista tende a encostar seu corpo
na porta, e o passageiro do banco dianteiro tende a deslocar-
S = deslocamento; se para a esquerda.
t = intervalo de tempo.
Unidades: Isto ocorre porque, por inércia, os corpos destas pessoas
Pelo Sistema Internacional a velocidade é medida em tendem a manter o movimento em linha reta, apesar de o
m/s, mas podemos utilizar outras unidades como km/h, cm/s, carro estar fazendo uma curva.
etc. b) Princípio Fundamental da Dinâmica - P.F.D. (2.ª Lei
Em alguns casos é necessário converter a velocidade de de Newton)
km/h para m/s. Para fazê-lo basta dividir o valor dado por 3,6. “A força aplicada em um corpo é proporcional à acelera-
Exemplo: ção produzida por essa mesma força”.
 
Um móvel encontra-se a uma velocidade de 72 km/h, qual Equação Fundamental: F  m.a
sua velocidade em m/s?
Resolução: onde:
v = 72 km/h :3,6

Química e Física 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 Exemplo:
F = força resultante agindo sobre o corpo;
Uma mola de constante elástica 400 N/m sofre deforma-
m = massa do corpo;
ção de 50 cm. Qual a força elástica aplicada sobre a mola
 para que ela apresente esta deformação?
a = aceleração adquirida pelo corpo.
Unidades: Resolução:

A força tem por unidade no Sistema Internacional o new- Dados: k = 400 N/m x = 50 cm = 0,5 m
ton (N), mas pode ser medida em outros sistemas métricos 2 2
utilizando dyn (CGS), kgf (MKS) ou sth (MTS). k.x 400.(0,5)
F  F 
Exemplo: Um corpo de massa 3 kg, pela aplicação de 2 2
2
uma força constante, adquire aceleração de 5 m/s . Qual a
intensidade da força aplicada? 400.0,25 100
F F  F  50 N
Resolução: 2 2
2
Dados: m = 3 kg a = 5 m/s Portanto, a força elástica aplicada sobre a mola é de 50
N.
F = m.a  F =3 . 5  F = 15 N
e) Princípio da Ação e Reação (3.ª Lei de Newton)
Portanto, a força aplicada vale 15 N.
“A toda força de ação corresponde uma força de reação,
c) Peso de um corpo com a mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrá-
O Peso de um corpo é conseqüência da atração gravita- rios.”
cional da Terra. Observação: As forças de ação e reação aplicam-se em
Se desconsiderarmos os efeitos da rotação da Terra, o corpos distintos e, portanto, nunca se anulam.
Peso corresponde à força de atração gravitacional. Exemplos da 3.ª Lei de Newton:
Pelo Princípio Fundamental da Dinâmica, a força-peso é 1. Tiro de uma espingarda: Quando acionamos o gatilho de
dada por: uma arma de fogo ocorre uma explosão que produz ga-
  ses. Os gases produzidos aplicam sobre o projétil da ar-
P  m. g onde: ma uma força (ação). Mas o projétil aplica sobre a arma
 uma força de reação que impulsiona para trás violenta-
P = força-peso aplicada sobre o corpo; mente. Se o atirador não estiver prevenido, errará o alvo.

m = massa do corpo; 2. Vôo de um pássaro: O pássaro, ao bater as asas, exerce


 uma força sobre o ar (ação). A força de reação do ar faz
g = aceleração da gravidade local. com que o pássaro se sustente na altura em que está, e
que se movimente.
Unidades:
3. Vôo de um foguete no espaço: O motor do foguete lança
O peso, por ser uma força aplicada sobre um corpo, a- os gases da combustão para o espaço com uma certa
presenta as mesmas unidades de medida de uma força qual- força (ação). Os gases lançados reagem empurrando o
quer, que são o newton (N), o kgf, o dyn ou o sth. foguete em sentido contrário. Note que, neste caso, não é
necessária a presença do ar.
Observação 1: A massa de um corpo independe do local,
sendo a mesma em qualquer ponto do Universo.
Observação 2: A aceleração da gravidade varia com o lo- CONSERVAÇÕES DA ENERGIA MECÂNICA.
cal, pois mede a intensidade do campo gravitacional.
Exemplo: PRINCIPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂ-
NICA
Um corpo de massa 10 kg encontra-se em um planeta
2
onde a aceleração da gravidade vale 8 m/s . Qual a massa e Um sistema de forças é chamado conservativo quando
qual o peso do corpo? sua energia mecânica não é alterada.
Resolução: Isto significa que a energia potencial pode transformar-se
em energia cinética, e vice-versa, mas a soma das energias
Dados: m = 10 kg2 g = 8 m/s
permanece constante.
A massa de um corpo é constante em qualquer local dó
É importante lembrar que se o sistema estiver sob ação
Universo, portanto vale 10 kg.
de uma força elástica, esta deve ser levada em considera-
O peso é: ção.

P = m.g  P = 10 . 8  P = 80 N Temos então:

Portanto, o peso do corpo neste planeta é de 80 N. Sistema sem a ação de uma força elástica:

m.v2
EM  Ec  Ep   m.g.h = constante
d) Força Elástica (Lei de Hooke) 2
“A intensidade da força deformadora é proporcional à de- 1
 EM = EM
2

formação produzida”.
Esta lei é utilizada para medir-se a força empregada em
molas deformadas e elásticos esticados. Sistema sob ação de uma força elástica:
 
A Lei de Hooke é expressa por: F K.x m.v2 k  x2
EM  Ec  Ep  Ee   m.g.h 
onde:
2 2
 = constante
F = força elástica; 1 2
 E M = EM
K = constante elástica, que representa as características
da mola; Exemplo:
 Um corpo de massa 4 kg encontra-se à altura de 10 m.
x = deformação da mola.
Determine a velocidade do corpo quando:
Unidades:
a) sua altura é de 5 m;
Pelo Sistema Internacional, a força elástica é medida em 2
b) atinge o solo. Adote g = 10 m/s
newtons (N), a constante elástica é dada em newton por
metro (N/m) e a deformação da mola é dada em metros (m). Resolução:

Química e Física 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dados: m = 4 kg área), pois, para uma mesma força, quanto menor a área,
2 maior a pressão produzida.
h = 10 m g = 10 m/s
Exemplo
Compare a pressão exercida, sobre o solo, por uma pes-
m  v 22 soa com massa de 80 kg, apoiada na ponta de um único pé,
 m.g.h1   m.g.h2 
1 2
a) EM = EM com a pressão produzida por um elefante, de 2.000 kg de
2 2
massa, apoiado nas quatro patas. Considere de 10 cm a
2
área de contato da ponta do pé da pessoa, e de 400 cm a
4  v 22
4. 10.10   4. 10.5  400  2  v 22  200  área de contato de cada pata do elefante. Considere também
2
2 g = 10 m/s .

200 Resolução
2  v 22  200  v 22   v 22  100 
2 A pressão exercida pela pessoa no solo é dada pelo seu
peso, dividido pela área da ponta do pé:
v 2  100  v 2  10 m/s

m  v 22 A pressão exercida pelo elefante é dada por:


EM = EM  m.g.h1  
1 2
b)
2

4  v 22
4. 10.10   400  2  v 22 
2
400 Comparando as duas pressões, temos que a pressão e-
v 22   v 22  200  xercida pela pessoa é 6,4 vezes a pressão exercida pelo
2 elefante.
v 2  200  v 2  14,1 m/s
V.
PRINCÍPIO DE PASCAL
TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA (T.E.C.) O princípio físico que se aplica, por exemplo, aos eleva-
Este teorema diz que o trabalho total das forças atuantes dores hidráulicos dos postos de gasolina e ao sistema de
em um sistema é dado pela variação da Energia Cinética do freios e amortecedores, deve-se ao físico e matemático fran-
sistema, ou seja, pode-se determinar facilmente o trabalho cês Blaise Pascal (1623-1662). Seu enunciado é:
realizado, bastando apenas conhecer-se as Energias Cinéti- O acréscimo de pressão produzido num líquido em e-
cas nos dois pontos em questão: quilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do
líquido.

  Ec2  Ec1
Exemplo:
Um corpo de massa 2 kg altera sua velocidade de 4 m/s
para 6 m/s. Qual o trabalho realizado para ocorrer este au-
mento de velocidade?
Resolução:
2 1
 = Ec - Ec 

m  v 22 m  v12 2  62 2  42 Blaise Pascal (1623-


     
2 2 2 2 1662), físico, matemáti-
co, filósofo religioso e
2  36 2  16 homem de letras nasci-
     36 - 16    20 J do na França.
2 2
Consideremos um líquido em equilíbrio colocado em um
recipiente. Vamos supor que as pressões hidrostáticas nos
HIDROSTÁTICA. pontos A e B (veja a figura) sejam, respectivamente, 0,2 e 0,5
atm.

HIDROSTÁTICA: Pressão

Consideremos uma força aplicada perpendicularmen-


te a uma superfície com área A. Definimos a pressão (p)
aplicada pela força sobre a área pela seguinte relação:

No SI , a unidade de pressão é o pascal (Pa) que corres-


2
ponde a N/m . A seguir apresenta outras unidades de pres- Se através de um êmbolo comprimirmos o líquido, produ-
são e suas relações com a unidade do SI : zindo uma pressão de 0,1 atm, todos os pontos do líquido ,
sofrerão o mesmo acréscimo de pressão. Portanto os pontos
A e B apresentarão pressões de 0,3 atm e 0,6 atm, respecti-
2 vamente.
1 dyn/cm (bária) = 0,1 Pa
2
1 kgf/cm = 1 Pa As prensas hidráulicas em geral, sistemas multiplicadores
5 de força, são construídos com base no Princípio de Pascal.
1 atm = 1,1013x10 Pa Uma aplicação importante é encontrada nos freios hidráulicos
2
1 lb/pol = 6,9x10 Pa
3 usados em automóveis, caminhões, etc. Quando se exerce
uma força no pedal, produz-se uma pressão que é transmiti-
O conceito de pressão nos permite entender muitos dos da integralmente para as rodas através de um líquido, no
fenômenos físicos que nos rodeiam. Por exemplo, para cortar caso, o óleo.
um pedaço de pão, utilizamos o lado afiado da faca (menor

Química e Física 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A figura seguinte esquematiza uma das aplicações práti- Resolução:
cas da prensa hidráulica: o elevador de automóveis usado 2
nos postos de gasolina. a) A área do tubo é dada por A = p R , sendo R o raio do
tubo. Como o raio é igual a metade do diâmetro, temos R1 =
2 cm e R2 = 10 cm .
Como R2 = 5R1 , a área A2 é 25 vezes a área A1 , pois a
área é proporcional ao quadrado do raio. Portanto A2 = 25 A1
.
Aplicando a equação da prensa, obtemos:

è
F1 = 400N
b) Para obter o deslocamento d1 aplicamos:

è è d1 = 500 cm (5,0 m)
Princípio de Arquimedes (EMPUXO)
Contam os livros, que o sábio grego Arquimedes (282-
O ar comprimido, empurrando o óleo no tubo estreito, 212 AC) descobriu, enquanto tomava banho, que um corpo
produz um acréscimo de pressão (D p), que pelo princípio de imerso na água se torna mais leve devido a uma força, exer-
Pascal, se transmite integralmente para o tubo largo, onde se cida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para cima, que
encontra o automóvel. alivia o peso do corpo. Essa força, do líquido sobre o corpo, é

Sendo D p1 = D p2 e lembrando que D p = F/A , escreve- denominada empuxo ( ).


mos: Portanto, num corpo que se encontra imerso em um líqui-
do, agem duas forças: a força peso ( ) , devida à interação
com o campo gravitacinal terrestre, e a força de empuxo ( )
, devida à sua interação com o líquido.
Como A2 > A1 , temos F2 > F1 , ou seja, a intensidade da
força é diretamente proporcional à área do tubo. A prensa
hidráulica é uma máquina que multiplica a força aplicada.
Por outro lado, admitindo-se que não existam perdas na
máquina, o trabalho motor realizado pela força do ar compri-
mido é igual ao trabalho resistente realizado pelo peso do
automóvel. Desse modo, os deslocamentos – o do automóvel
e o do nível do óleo – são inversamente proporcionais às
áreas dos tubos:
t 1 = t 2 e F1d1 = F2d2

Mas na prensa hidráulica ocorre o seguinte:

Comparando-se com a expressão anterior, obtemos:


Arquimedes (282-212
AC).Inventor e matemático
grego.

Quando um corpo está totalmente imerso em um líquido,


podemos ter as seguintes condições:
* se ele permanece parado no ponto onde foi colocado, a
intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da
força peso (E = P);
* se ele afundar, a intensidade da força de empuxo é me-
nor do que a intensidade da força peso (E < P); e
* se ele for levado para a superfície, a intensidade da força
de empuxo é maior do que a intensidade da força peso (E
Exemplo: > P) .

Na prensa hidráulica na figura , os diâmetros dos tubos 1 Para saber qual das três situações irá ocorrer, devemos
e 2 são , respectivamente, 4 cm e 20 cm. Sendo o peso do enunciar o princípio de Arquimedes:
carro igual a 10 kN, determine: Todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás)
sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima,
cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo.
Seja Vf o volume de fluido deslocado pelo corpo. Então a
massa do fluido deslocado é dada por:

mf = dfVf
a) a força que deve ser aplicada no tubo 1 para equlibrar
o carro; A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa
deslocada:
b) o deslocamento do nível de óleo no tubo 1, quando o
carro sobe 20 cm.

Química e Física 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo:
E = mfg = dfVfg 3
Um bloco de madeira (dc = 0,65 g/cm ), com 20 cm de a-
3
resta, flutua na água (dagua = 1,0 g/c ) . Determine a altura do
Para corpos totalmente imersos, o volume de fluido des-
cubo que permanece dentro da água.
locado é igual ao próprio volume do corpo. Neste caso, a
intensidade do peso do corpo e do empuxo são dadas por:

P = dcVcg e E = dfVcg

Comparando-se as duas expressões observamos que:


* se dc > df , o corpo desce em movimento acelerado (FR =
P – E);
* se dc < df , o corpo sobe em movimento acelerado (FR = E
– P); Resolução:

* se dc = df , o corpo encontra-se em equilíbrio. Como o bloco está flutuando, temos que E = P e , sendo
V = Abaseh , escrevemos:
Quando um corpo mais denso que um líquido é totalmen-
te imerso nesse líquido, observamos que o valor do seu pe-
so, dentro desse líquido , é aparentemente menor do que no
ar. A diferença entre o valor do peso real e do peso aparente
corresponde ao empuxo exercido pelo líquido:
Como hcorpo = 20 cm, então himerso = 13 cm.
Paparente = Preal - E
PROPRIEDADES E PROCESSOS TÉRMICOS.
MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS NATURAIS.
Exemplo:
3
Um objeto com massa de 10 kg e volume de 0,002 m é MÁQUINAS TÉRMICAS
colocado totalmente dentro da água (d = 1 kg/L). Aplicação da 1ª lei da termodinâmica às máquinas térmi-
cas
Muitas máquinas têm como objetivo a realização de tra-
balho, e para o conseguir, utilizam energia que é, muitas
vezes, recebida pela máquina sob a forma de calor. As má-
quinas que recebem energia sob a forma de calor de modo a
poderem realizar trabalho, designam-se por máquinas térmi-
cas.
Uma máquina térmica, como o modelo de funcionamento
de um motor de um automóvel, é um sistema que executa
a) Qual é o valor do peso do objeto ? uma transformação cíclica, isto é, a máquina térmica passa
periodicamente pelo mesmo estado. Como os estados inicial
b) Qual é a intensidade da força de empuxo que a água e final de um ciclo são os mesmos, a energia interna nesses
exerce no objeto ? estados é igual, e assim, a variação de energia interna ao fim
de um ciclo é nula.
c) Qual o valor do peso aparente do objeto ?
Deste modo, aplicando a 1ª lei da termodinâmica a uma
d) Desprezando o atrito com a água, determine a acelera- máquina térmica ao fim de um ciclo:
ção do objeto.
2
(Use g = 10 m/s .)
Resolução:
a) P = mg = 10.10 = 100N
b) E = dáguaVobjeto
Segundo a 1ª lei da termodinâmica, o trabalho realizado
c) Paparente = P – E = 100 – 20 = 80N por uma máquina térmica sobre o exterior (o sinal negativo
d) FR = P –
2
(afundará, pois P > E) significa que a máquina realiza trabalho sobre os arredores),
é igual à energia recebida sob a forma de calor absorvida por
Flutuação ela.
Para um corpo flutuando em um líquido, temos as condi- Por exemplo, num motor de explosão de um automóvel, a
ções a seguir. energia obtida sob a forma de calor na câmara de combustão
devido à explosão da mistura de ar e gasolina, causa a ex-
1) Ele encontra-se em equilíbrio:
pansão dessa mistura gasosa. Esta expansão empurra um
E=P pistão ou êmbolo, realizando trabalho sobre o exterior. De
seguida, os gases resultantes da combustão são expelidos
2) O volume de líquido que ele desloca é menor do que o para o exterior, entrando novamente para a câmara uma
seu volume: mistura de ar e gasolina, e todo o processo volta a repetir-se,
Vdeslocado < Vcorpo ou seja, é um processo cíclico.

3) Sua densidade é menor do que a densidade do líquido: O movimento do êmbolo ou pistão, a que equivale uma
certa quantidade de trabalho, apenas acontece porque se
dcorpo < dlíquido fornece energia ao motor e, segundo a 1ª lei da termodinâmi-
ca, o trabalho efetivo realizado por uma máquina térmica não
4) O valor do peso aparente do corpo é nulo:
pode ser superior à energia recebida sob a forma de calor.
Paparente = P – E = O
Na realidade, o trabalho realizado é sempre inferior à e-
A relação entre os volumes imerso e total do corpo é da- nergia recebida sob a forma de calor, isto é, nem toda essa
da por: energia recebida é usada para realizar trabalho. Por exem-
plo, parte da energia recebida pela máquina sob a forma de
E=P calor provoca o aumento da temperatura da máquina (que
dliquidoVimersog = dcorpoVcorpog = depois é preciso arrefecer).
Designa-se por máquina de movimento perpétuo de
primeira espécie, um tipo de máquina térmica que realiza
trabalho efetivo sem que o sistema receba energia, no entan-
to, a 1ª lei da termodinâmica não permite que tal máquina

Química e Física 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
exista. Qualquer máquina só pode transformar energia, rece- Um dos principais objetivos de quem constrói uma má-
bida sob a forma de calor em energia cedida sob a forma de quina térmica, é que esta tenha o maior rendimento possível.
trabalho, e nunca pode criar energia a partir do nada. O rendimento, que normalmente se denota por η, define-se
como a razão entre o trabalho que a máquina fornece, W, e a
Aplicação da 2ª lei da termodinâmica às máquinas térmi-
energia sob a forma de calor que sai da fonte quente, Qq, e
cas
sem o qual ela não poderia funcionar.
As máquinas são aparelhos que servem para transferir
energia e, tanto podem receber energia sob a forma de calor
para produzir trabalho, que é o caso das máquinas térmicas,
como podem receber trabalho de modo a transferir energia
sob a forma de calor, e nesse caso temos uma máquina
frigorífica. Todas as máquinas funcionam em ciclo, isto é,
uma máquina passa periodicamente pelo mesmo estado.
A 2ª lei da termodinâmica, nomeadamente os postulados
de Clausius, e de Lord Kelvin estabelecem limitações, tanto
na transferência de energia sob a forma de calor entre obje-
tos, como na possibilidade de transformar energia de uma
forma noutra. Como o quociente entre Qc e Qq tem um valor que pode
estar entre 0 e 1, o rendimento de uma máquina térmica é
Tais fatos implicam que apenas possam existir máquinas, sempre inferior a 1. Caso o valor de Qc fosse nulo, isto é, se
em que o seu princípio de funcionamento não viole a segun- a máquina não transferisse energia sob a forma de calor para
da lei da termodinâmica.
a fonte fria, o rendimento seria igual a 1.
Analisemos o que acontece no caso de:
No entanto, não é possível construir máquinas térmicas
 Máquinas térmicas onde, ciclicamente se transforme toda a energia sob a forma
de calor proveniente da fonte quente, em trabalho, uma vez
 Máquinas frigoríficas que tal violaria a 2ª lei da termodinâmica.
Máquinas térmicas
Segundo o postulado de Lord Kelvin, é impossível trans-
formar em trabalho toda a energia sob a forma de calor extra-
ída de uma única fonte, logo, a fração de energia sob a forma
de calor que não é utilizada para realizar trabalho é transferi-
da para outra fonte a uma temperatura inferior.
Assim, as máquinas térmicas apenas permitem obter tra-
balho, a partir de um fluxo de energia sob a forma de calor
entre duas fontes a temperaturas diferentes. A energia sob a
forma de calor flui espontaneamente da fonte quente, isto é,
a fonte com maior temperatura, para a fonte fria, ou seja, a
fonte com temperatura inferior.
Por exemplo, na máquina a vapor, um cilindro move-se
devido à expansão do gás no seu interior, causada pela e-
nergia proveniente do aquecimento de água numa caldeira
(fonte de energia sob a forma de calor - "fonte de calor").
Parte desta energia não é transformada em trabalho, e
passa por condução térmica para os arredores da máquina
(fonte com temperatura inferior).
O princípio de funcionamento de uma máquina térmica
pode ser esquematizado pela figura 1:

Fig. 2 - Esquema de uma máquina térmica impossí-


vel devido à 2ª lei da termodinâmica.

Máquinas frigoríficas
Segundo o postulado de Clausius, é impossível transferir
energia sob a forma de calor de forma espontânea, de uma
fonte fria para uma fonte quente. Para que tal aconteça, é
necessário fornecer trabalho ao sistema, e, nesse caso, te-
mos uma máquina frigorífica.
As máquinas frigoríficas, como um frigorífico ou uma arca
congeladora, recebem trabalho (através da energia elétrica
proveniente da rede elétrica), e usam-no de modo a retirarem
energia sob a forma de calor do seu interior, transferindo-a
por condução para o exterior.
Deste modo, o interior de um frigorífico encontra-se a
uma temperatura baixa, próxima de 0 ºC, enquanto que a
parte de trás de um frigorífico está normalmente a uma tem-
peratura superior à do meio ambiente onde se encontra.
Fig. 1 - Esquema de uma máquina térmica. O princípio de funcionamento de uma máquina frigorífica
encontra-se esquematizado na figura 3:
Deste modo, o trabalho fornecido pela máquina é igual à
diferença entre as quantidades de energia sob a forma de
calor trocadas:
W = |Qq| = |Qf|
Rendimento das máquinas térmicas

Química e Física 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Fig. 4 - Esquema de uma máquina frigorífica im-


Fig. 3 - Esquema de uma máquina frigorífica. possível devido à 2ª lei da termodinâmica.

Deste modo, a energia sob a forma de calor que é trans- Motores a diesel e a gasolina
ferida para a fonte quente é igual à soma da energia sob a Um motor de um automóvel é composto por vários espa-
forma de calor retirada à fonte fria, com o trabalho necessário ços cilíndricos, e, no interior de cada cilindro, desloca-se um
para que ocorra esse fluxo de energia: êmbolo móvel ou pistão. O movimento dos pistões, devido à
combustão da mistura gasosa de ar e combustível, é respon-
|Qq| = W + |Qf| sável por gerar trabalho, o qual é convertido no movimento
de rotação das rodas de tração do automóvel.
No modelo de funcionamento de um motor a gasolina o-
Eficiência das máquinas frigoríficas correm seis processos em cada ciclo. O sistema termodinâ-
A eficiência de uma máquina frigorífica é tanto maior, mico de interesse consiste no interior do cilindro acima do
quanto maior for a quantidade de energia sob a forma de pistão, no qual decorrem as várias transformações durante o
calor que retirar da fonte fria, ou seja, do interior do frigorífico, funcionamento do motor.
para a mesma quantidade de trabalho fornecido pelo motor O motor a gasolina designa-se também por motor de qua-
do frigorífico. tro tempos, uma vez que durante um ciclo existem duas
A eficiência de uma máquina frigorífica é o quociente compressões do volume acima do pistão e duas expansões
entre a energia sob a forma de calor que sai da fonte fria, Qf, de volume, havendo alternância entre compressão e expan-
e o trabalho necessário para realizar essa transferência de são.
energia: O processo cíclico que se verifica num motor a gasolina é
praticamente semelhante ao ciclo de Otto, que se encontra
representado no diagrama PV (pressão em função do volu-
me) da figura 1.

Ao contrário do rendimento de uma máquina térmica, a e-


ficiência pode ser maior que 1. A eficiência típica de uma
máquina frigorífica varia entre 4 e 6. Por exemplo, se a efici-
ência for igual a 5, então o frigorífico retira 5 J de energia da
fonte fria (interior do frigorífico) para a fonte quente (exterior),
por cada 1 J de energia elétrica que consome.
Seria impossível que a máquina frigorífica retirasse ener-
gia da fonte fria, sem receber qualquer energia do exterior
(sem receber trabalho), uma vez que tal não estaria de acor-
do com a 2ª lei da termodinâmica.

Fig. 1 - Diagrama PV do ciclo de Otto.

Com base na figura 1, as seis etapas de cada ciclo de


um motor a gasolina são:
 Etapa de O para A: o pistão move-se para baixo, a
mistura gasosa de ar e gasolina entra para o cilindro, à
pressão atmosférica, e o volume aumenta de V2 para V1.
Assim, entrou energia para o sistema (interior do cilindro)

Química e Física 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sob a forma de energia potencial química das moléculas
de gasolina.
 Etapa de A para B: o pistão move-se para cima e
comprime adiabaticamente (sem que hajam trocas de e-
nergia sob a forma de calor) a mistura gasosa, do volume
V1 para o volume V2. Deste modo, a temperatura da mis-
tura aumenta de TA para TB, e há a realização de trabalho
sobre o gás.
 Etapa de B para C: a mistura gasosa está muito
comprimida e encontra-se a uma temperatura superior à
inicial, ocorrendo então uma pequena descarga elétrica
que provoca a combustão da mistura gasosa . Durante o
curto espaço de tempo que dura esta etapa, a pressão e
a temperatura no interior do cilindro aumentam rapida-
mente, com a temperatura a aumentar de TB para TC. No
entanto, o volume permanece praticamente constante de-
vido ao intervalo de tempo ser muito curto, logo, não exis-
te trabalho realizado pelo sistema, ou sobre o sistema.
Motores a diesel e a gasolina Básico
 Etapa de C para D: os gases resultantes da com- Os motores a diesel têm um ciclo semelhante ao motor a
bustão expandem adiabaticamente do volume V 2 para o gasolina, no entanto, não é necessário uma descarga elétrica
volume V1. Esta expansão adiabática provoca a descida para iniciar a combustão do diesel. O diagrama PV de um
de temperatura de TC para TD, sendo realizado trabalho motor a diesel, encontra-se representado na figura 3.
pelo gás, ao empurrar o pistão para baixo.
 Etapa de D a A: a válvula de saída dos gases do in-
terior do cilindro é aberta e a pressão diminui num curtís-
simo intervalo de tempo. Durante esse tempo, o pistão
encontra-se praticamente parado na posição mais baixa
do cilindro, logo, o volume é constante e por isso não há a
realização de trabalho.
 Etapa de A a O: o pistão move-se para cima, en-
quanto que a válvula permanece aberta, permitindo, as-
sim, a saída dos gases resultantes da combustão. O vo-
lume diminui de V1 para V2, e a partir desse momento o
ciclo volta a repetir-se.
As seis etapas do ciclo de Otto, descritas anteriormente,
encontram-se representadas na figura 2:

Fig. 3 - Diagrama PV do ciclo de um motor a


diesel.

Num motor a diesel, apenas ar está presente no cilindro,


no início da compressão. Esse ar sofre uma compressão
adiabática, diminuindo o seu volume de VA para VB, e aumen-
tando muito a sua temperatura. A partir do momento em que
o volume é igual a VB, o combustível começa a ser injetado
para dentro do cilindro e, devido à elevada temperatura da
mistura de ar e diesel, ocorre a combustão espontânea da
mistura.
Na etapa de B a C, continua a ser injetado combustível
para o interior do cilindro, e a mistura de ar e diesel aumenta
o seu volume para VC, mantendo-se a pressão constante
durante todo o processo de combustão da mistura gasosa. A
partir do estado C, a admissão e combustão de combustível
pára e dá-se a expansão adiabática dos gases resultantes da
combustão, ou seja, o gás realiza trabalho ao empurrar o
pistão para baixo, até o volume ser igual a VD.
A partir do estado D, a válvula de saída dos gases do in-
terior do cilindro é aberta, permitindo, assim, a saída dos
gases resultantes da combustão. A pressão diminui, enquan-
to que o pistão permanece parado na posição mais baixa do
cilindro, logo, o volume é constante entre os estados D e A,
não havendo realização de trabalho. Após a saída dos gases
resultantes da combustão, o ciclo volta a repetir-se.
Os motores a diesel são mais eficientes do que os moto-
res a gasolina.
A compressão da mistura gasosa de ar e combustível é
superior no motor a diesel, o que resulta em maiores tempe-
raturas de combustão, ou seja, mais energia proveniente do
combustível é aproveitada para realizar trabalho.
Fonte: http://www.e-escola.pt/

Termodinâmica
A descoberta de meios para utilização de fontes de ener-
gia diferentes da que os animais forneciam foi o que determi-
nou a possibilidade da revolução industrial. A energia pode

Química e Física 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
se apresentar na natureza sob diversas formas, mas, exceto Lei zero. Embora a noção de quente e frio pelo contato
no caso da energia hidráulica e dos ventos, deve ser trans- com a pele seja de uso corrente, ela pode levar a avaliações
formada em trabalho mecânico por meio de máquinas, para erradas de temperatura. De qualquer forma, é da observação
ser utilizada pelo homem. A termodinâmica nasceu justamen- cotidiana dos corpos quentes e frios que se chega ao concei-
te dessa necessidade, e foi o estudo de máquinas térmicas to de temperatura. Levando em conta essas observações,
que desenvolveu seus princípios básicos. assim postulou-se a lei zero: se A e B são dois corpos em
equilíbrio térmico com um terceiro corpo C, então A e B estão
Termodinâmica é o ramo da física que estuda as relações
em equilíbrio térmico um com o outro, ou seja, a temperatura
entre calor, temperatura, trabalho e energia. Abrange o com-
desses sistemas é a mesma.
portamento geral dos sistemas físicos em condições de equi-
líbrio ou próximas dele. Qualquer sistema físico, seja ele Primeira lei. A lei de conservação de energia aplicada aos
capaz ou não de trocar energia e matéria com o ambiente, processos térmicos é conhecida como primeira lei da termo-
tenderá a atingir um estado de equilíbrio, que pode ser des- dinâmica. Ela dá a equivalência entre calor e trabalho e pode
crito pela especificação de suas propriedades, como pressão, enunciar-se da seguinte maneira: "em todo sistema quimica-
temperatura ou composição química. Se as limitações exter- mente isolado em que há troca de trabalho e calor com o
nas são alteradas (por exemplo, se o sistema passa a poder meio externo e em que, durante essa transformação, realiza-
se expandir), então essas propriedades se modificam. A se um ciclo (o estado inicial do sistema é igual a seu estado
termodinâmica tenta descrever matematicamente essas final), as quantidades de calor (Q) e trabalho (W) trocadas
mudanças e prever as condições de equilíbrio do sistema. são iguais. Assim, chega-se à expressão W = JQ, em que J é
uma constante que corresponde ao ajuste entre as unidades
Conceitos básicos. No estudo da termodinâmica, é ne-
de calor (usada na medida de Q) e Joule (usada na medida
cessário definir com precisão alguns conceitos básicos, como
de W). Essa constante é empregada na própria definição de
sistema, fase, estado e transformação. Sistema é qualquer
caloria (1 cal = 4,1868J).
parte limitada do universo passível de observação e manipu-
lação. Em contraposição, tudo o que não pertence ao siste- A primeira lei da termodinâmica pode ser enunciada tam-
ma é denominado exterior e é dele separado por suas frontei- bém a partir do conceito de energia interna, entendida como
ras. A caracterização de um estado do sistema é feita por a energia associada aos átomos e moléculas em seus movi-
reconhecimento de suas propriedades termodinâmicas. mentos e interações internas ao sistema. Essa energia não
Chama-se fase qualquer porção homogênea de um sistema. envolve outras energias cinéticas e potenciais, que o sistema
O estado depende da natureza do sistema e, para ser descri- como um todo apresenta em suas relações com o exterior.
to, necessita de grandezas que o representem o mais com-
Tanto o calor específico quanto a capacidade calorífica do
pletamente possível. Denomina-se transformação toda e
sistema dependem das condições pelas quais foi absorvido
qualquer mudança de estado. Quando formada por uma
ou retirado calor do sistema.
sucessão de estados de equilíbrio, a transformação é dita
reversível. Segunda lei. A tendência do calor a passar de um corpo
mais quente para um mais frio, e nunca no sentido oposto, a
No estudo da termodinâmica, consideram-se alguns tipos
menos que exteriormente comandado, é enunciada pela
particulares de transformações. A transformação isotérmica é
segunda lei da termodinâmica. Essa lei nega a existência do
a que se processa sob temperatura constante, enquanto a
fenômeno espontâneo de transformação de energia térmica
isobárica é aquela durante a qual não há variação de pressão
em energia cinética, que permitiria converter a energia do
do sistema. A transformação isométrica se caracteriza pela
meio aquecido para a execução de um movimento (por e-
constância do volume do sistema, a adiabática pela ausência
xemplo, mover um barco com a energia resultante da con-
de trocas térmicas com o exterior e a politrópica pela cons-
versão da água em gelo).
tância do quociente entre a quantidade de calor trocado com
o meio externo e a variação de temperatura. Conhecem-se De acordo com essa lei da termodinâmica, num sistema
ainda mais dois tipos de transformação -- a isentálpica e a fechado, a entropia nunca diminui. Isso significa que, se o
isentrópica -- nas quais se observa a constância de outras sistema está inicialmente num estado de baixa entropia (or-
propriedades termodinâmicas, respectivamente a entalpia ganizado), tenderá espontaneamente a um estado de entro-
(soma da energia interna com o produto da pressão pelo pia máxima (desordem). Por exemplo, se dois blocos de
volume do sistema) e a entropia (função associada à organi- metal a diferentes temperaturas são postos em contato tér-
zação espacial e energética das partículas de um sistema). mico, a desigual distribuição de temperatura rapidamente dá
lugar a um estado de temperatura uniforme à medida que a
Existem muitas grandezas físicas mensuráveis que vari-
energia flui do bloco mais quente para o mais frio. Ao atingir
am quando a temperatura do corpo se altera. Em princípio,
esse estado, o sistema está em equilíbrio.
essas grandezas podem ser utilizadas como indicadoras de
temperatura dos corpos. Entre elas citam-se o volume de um A entropia, que pode ser entendida como decorrente da
líquido, a resistência elétrica de um fio e o volume de um gás desordem interna do sistema, é definida por meio de proces-
mantido a pressão constante. sos estatísticos relacionados com a probabilidade de as par-
tículas terem determinadas características ao constituírem
A equação de estado de uma substância sólida, líquida
um sistema num dado estado. Assim, por exemplo, as molé-
ou gasosa é uma relação entre grandezas como a pressão
culas e átomos que compõem 1kg de gelo, a 0o C e 1atm,
(p), a temperatura (t), a densidade (s) e o volume (v). Sabe-
apresentam características individuais distintas, mas do pon-
se, experimentalmente, que existem relações entre essas
to de vista estatístico apresentam, no conjunto, característi-
grandezas: em princípio, é possível obter uma função do tipo
cas que definem a possibilidade da existência da pedra de
f (p, t, s, v) = 0. Nos casos mais gerais, essas funções são
gelo nesse estado.
bastante complicadas. Uma forma de estudar as substâncias
é representar graficamente a variação de uma grandeza com A variação da função entropia pode ser determinada pela
outra escolhida, estando todas as demais fixas. relação entre a quantidade de calor trocada e a temperatura
Para gases a baixa densidade, podem-se obter equações de absoluta do sistema. Assim, por exemplo, a fusão de 1kg de
estado simples. Nesse caso, observa-se um comportamento gelo, nas condições de 273K e 1atm, utiliza 80.000cal, o que
geral, que é expresso pela relação representa um aumento de entropia do sistema, devido à
fusão, em 293J/K.
PV = nRT A aplicação do segundo princípio a sistemas de exten-
sões universais esbarra em dificuldades conceituais relativas
em que P é a pressão do gás, V o volume por ele ocupa- à condição de seu isolamento. Entretanto, pode-se cogitar de
do, T a temperatura, n o número de moles do gás e R uma regiões do universo tão grandes quanto se queira, isoladas
constante igual a 8,3149 J/kg.mol.K. Para gases de densida- das restantes. Para elas (e para as regiões complementares)
des mais elevadas, o modelo do gás ideal (ou perfeito) não é valeria a lei do crescimento da entropia. Pode-se então per-
válido. Existem então outras equações de estado, empíricas guntar por que motivo o universo não atingiu ainda a situação
ou deduzidas de princípios mais fundamentais, como a de de máxima entropia, ou se atingirá essa condição um dia.
van der Waals: As principais definições de grandezas termo- A situação de máxima entropia corresponde à chamada
dinâmicas constam de suas leis: a lei zero é a que define a morte térmica do universo: toda a matéria estaria distribuída
temperatura; a primeira lei (calor, trabalho mecânico e ener- na vastidão espacial, ocupando uniformemente os estados
gia interna) é a do princípio da conservação da energia; a possíveis da energia. A temperatura seria constante em toda
segunda lei define entropia e fornece regras para conversão parte e nenhuma forma de organização, das mais elementa-
de energia térmica em trabalho mecânico e a terceira lei res às superiores, seria possível.
aponta limitações para a obtenção do zero absoluto de tem-
peratura. Terceira lei. O conceito de temperatura entra na termodi-
nâmica como uma quantidade matemática precisa que rela-
ciona calor e entropia. A interação entre essas três quantida-

Química e Física 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
des é descrita pela terceira lei da termodinâmica, segundo a do problema, embora teórica, foi de importância fundamental,
qual é impossível reduzir qualquer sistema à temperatura do pois demonstrou as características realmente significativas
zero absoluto mediante um número finito de operações. De do funcionamento das máquinas térmicas, ou seja: (1) que a
acordo com esse princípio, também conhecido como teorema máquina recebe de uma fonte qualquer certa quantidade de
de Nernst, a entropia de todos os corpos tende a zero quan- calor a temperatura elevada; (2) que ela executa um trabalho
do a temperatura tende ao zero absoluto. externo; e (3) que rejeita calor a temperatura mais baixa do
que a correspondente ao calor recebido.
Termodinâmica estatística. As leis da termodinâmica são
obtidas experimentalmente, mas podem ser deduzidas a Apesar de fundamentar suas teorias na noção de que o
partir de princípios mais fundamentais, por meio da mecânica calor é um fluido imponderável, o calórico, Carnot encontrou
estatística, desenvolvida sobretudo por Josiah Willard Gibbs a expressão correta do rendimento máximo que se pode
e Ludwig Boltzmann. O propósito fundamental da termodi- obter com uma máquina térmica qualquer, operando entre
nâmica estatística é o de interpretar grandezas macroscópi- duas fontes de temperaturas diferentes. Na década de 1840,
cas, como temperatura, energia interna e pressão, em termos James Prescott Joule assentou as bases da primeira lei da
das grandezas dinâmicas, e reescrever os princípios da ter- termodinâmica ao mostrar que a quantidade de trabalho
modinâmica em termos das leis gerais que as afetam. necessária para promover uma determinada mudança de
estado é independente do tipo de trabalho (mecânico, elétri-
A energia interna, U, é por si uma grandeza mecânica e
co, magnético etc.) realizado, do ritmo e do método empre-
dispensa interpretações adicionais. A análise se concentra,
gado.
portanto, nas interpretações mecânicas da temperatura e da
entropia. Os fundamentos da termodinâmica estatística foram Joule concluiu que o trabalho pode ser convertido em ca-
estabelecidos a partir de meados do século XIX por Rudolf lor e vice-versa. Em 1844, Julius Robert von Mayer deduziu a
Julius Emanuel Clausius, James Clerk Maxwell e Ludwig lei de equivalência do calor e do trabalho, segundo a qual,
Boltzmann. A interpretação mecânica da temperatura deve num ciclo produtor de trabalho, o calor introduzido deve ex-
muito aos trabalhos dos dois primeiros cientistas sobre o ceder o calor rejeitado em uma quantidade proporcional ao
comportamento dos gases. Maxwell demonstrou que a tem- trabalho e calculou o valor da constante de proporcionalida-
peratura T de um gás ideal em equilíbrio está relacionada de.
com a energia cinética média de suas moléculas (E) por E =
Em 1849, Lord Kelvin (William Thomson), engenheiro de
3/2 k.T, em que k é a constante de Boltzmann.
Glasgow, mostrou o conflito existente entre a base calórica
Seus trabalhos foram posteriormente desenvolvidos por dos argumentos de Carnot e as conclusões obtidas por Jou-
Boltzmann e levaram a uma generalização importante desse le. No ano seguinte, Rudolf Julius Emanuel Clausius solucio-
resultado, conhecida como equipartição da energia: o valor nou o problema ao enunciar a primeira e a segunda leis da
médio da energia de um sistema cujo movimento microscópi- termodinâmica. Alguns anos depois, Clausius definiu a fun-
co tem s graus de liberdade (números de coordenadas de ção da entropia, que se conserva em todas as transforma-
posição e de impulso que determinam as energias de trans- ções reversíveis, e deduziu da segunda lei da termodinâmica
lação, vibração e rotação de uma molécula), em equilíbrio o princípio do aumento da entropia.
termodinâmico à temperatura T, distribui-se igualmente entre
A publicação dos estudos de Clausius em 1850 marca o
os diferentes graus de liberdade, de tal modo que cada um
nascimento da ciência termodinâmica. De 1873 a 1878, Josi-
contribui com k.T/2 para a energia total. Assim, para s graus
ah Gibbs criou um método matemático que serviu como base
de liberdade,E = s/2 k.T. Para gases monoatômicos, o movi-
para a fundação da termodinâmica química e para diversas
mento de cada molécula tem apenas três graus de liberdade
aplicações da termodinâmica clássica. No início do século
de translação. Para gases diatômicos, além da translação,
XX, Henri Poincaré elaborou as equações matemáticas das
haverá vibrações e rotações, num total de seis graus de
leis de Clausius, e Constantin Carathéodory apresentou uma
liberdade.
estrutura lógica alternativa das teorias termodinâmicas que
A falha na previsão do valor correto para o calor específi- evitava o termo calor, considerado obsoleto. Em 1918, o
co a volume constante de gases diatômicos (e também de Prêmio Nobel Walther Nernst, enunciou o princípio de Nernst,
sólidos cristalinos monoatômicos) foi o primeiro exemplo que coincide essencialmente com a terceira lei da termodi-
histórico da inadequação dos conceitos e métodos da mecâ- nâmica.
nica clássica para o tratamento dos movimentos microscópi-
cos. Essa e outras contradições com a formulação teórica da
equipartição da energia de Maxwell-Boltzmann vieram a ser
elucidadas posteriormente, à luz dos argumentos da mecâni- TERMODINÂMICA BÁSICA.
ca quântica.
TERMODINÂMICA
História. A temperatura é provavelmente o primeiro con-
ceito termodinâmico. No final do século XVI, Galileu Galilei A termodinâmica clássica trata exclusivamente, através
inventou um termômetro rudimentar, o termoscópio, ao qual de leis empíricas (os princípios da termodinâmica), de propri-
se seguiram outros inventos com a mesma finalidade. O edades da matéria suscetíveis de medição, como calor espe-
objetivo desses instrumentos era medir uma quantidade até cífico, pressão, temperatura, volume, calor de uma reação ou
então indefinida, mais objetiva na natureza do que as sensa- trabalho produzido ou consumido. Assim, os seus resultados
ções fisiológicas de calor e frio. Na época, acreditava-se que limitam-se ao estado de equilíbrio, sem que deles se possa
a temperatura fosse uma potência motriz que provoca a deduzir a informação correspondente à velocidade com que
transmissão de um certo eflúvio de um corpo quente para se alcançam os referidos estados.
outro mais frio. Mas não se sabia explicar ainda o que era Os estados em que não existe equilíbrio são estudados
transmitido entre os corpos. pela termodinâmica dos processos irreversíveis, embora
Francis Bacon, em 1620, e a Academia Florentina, alguns exijam um postulado suplementar, o da irreversibilidade mi-
anos depois, começaram a fazer a distinção entre essa ema- croscópica dos processos.
nação e a temperatura. Somente em 1770, porém, o químico A termodinâmica baseia-se em quatro princípios fundamen-
Joseph Black, da Universidade de Glasglow, diferenciou-as tais.
de maneira clara. Misturando massas iguais de líquidos a O princípio zero determina que no equilíbrio termodinâmi-
diferentes temperaturas, ele mostrou que a variação de tem- co existe, relativamente ao mecânico, uma nova grandeza de
peratura em cada uma das substâncias misturadas não é estado, a temperatura, que é igual em todo o sistema.
igual em termos quantitativos.
O primeiro princípio da termodinâmica inclui no teorema
Black fundou a ciência da calorimetria, que levou à enun- da conservação da energia o calor como forma especial
ciação da teoria segundo a qual o calor é um fluido invisível desta, dado que o trabalho mecânico pode transformar-se em
chamado calórico. Um objeto se aquecia quando recebia calor (fricção) e este, por sua vez, em trabalho mecânico
calórico e se esfriava quando o perdia. A primeira evidência (máquina) segundo uma relação determinada.
de que essa substância não existia foi dada, no final do sécu-
lo XVIII, pelo conde Rumford (Benjamin Thompson). De- O segundo princípio da termodinâmica afirma que não é
monstrou-se, posteriormente, que o que se troca entre cor- possível tornar reversíveis processos como a passagem do
pos de temperaturas diferentes é a energia cinética de seus calor de uma fonte com temperatura mais elevada para outra
átomos e moléculas, energia também conhecida como térmi- de temperatura inferior, ou a geração de calor por fricção
ca. sem alterar outras propriedades da Natureza. Este princípio
afirma ainda que nos processos cíclicos, nos quais se trans-
Em 1824, Sadi Carnot, um engenheiro militar francês, tor- forma ou transmite calor, esta passagem deve efetuar-se de
nou-se o primeiro pesquisador a preocupar-se com as carac- uma fonte mais quente para uma menos quente e de tal
terísticas básicas das máquinas térmicas e a estudar o pro- modo que nem todo o calor se transforme em trabalho.
blema de seu rendimento. A contribuição de Carnot à solução

Química e Física 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O terceiro princípio da termodinâmica, também designado pre há uma quantidade de calor que não se
lei de Nernst, em memória do físico W. Nernst, que a formu- transforma em trabalho efetivo.
lou em 1906, afirma que a entropia de todos os corpos tende
a ser nula quando nos aproximamos do zero absoluto. Maquinas térmicas
1ª Lei da Termodinâmica As máquinas térmicas foram os primeiros
Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da dispositivos mecânicos a serem utilizados em
conservação de energia aplicada à termodinâmica, o que larga escala na indústria, por volta do século
torna possível prever o comportamento de um sistema gaso- XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o a-
so ao sofrer uma transformação termodinâmica. quecimento para transformar água em vapor,
Analisando o princípio da conservação de energia ao con- capaz de movimentar um pistão, que por sua
texto da termodinâmica: vez, movimentava um eixo que tornava a ener-
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas a- gia mecânica utilizável para as indústrias da
penas armazená-la ou transferi-la ao meio onde se encontra, época.
como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente,
então, ao receber uma quantidade Q de calor, esta poderá Chamamos máquina térmica o dispositivo
realizar um trabalho e aumentar a energia interna do siste- que, utilizando duas fontes térmicas, faz com
ma ΔU, ou seja, expressando matematicamente: que a energia térmica se converta em energia
mecânica (trabalho).

Sendo todas as unidades medidas em Joule


(J).
Conhecendo esta lei, podemos observar seu comporta-
mento para cada uma das grandezas apresentadas:

Energia Q/
Calor Trabalho
Interna /ΔU

Recebe Realiza Aumenta >0

Cede Recebe Diminui <0

não não realiza e A fonte térmica fornece uma quantidade de


não varia =0
troca nem recebe calor que no dispositivo transforma-se em
Exemplo: trabalho mais uma quantidade de calor que
não é capaz de ser utilizado como trabalho .
(1) Ao receber uma quantidade de calor
Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, Assim é válido que:
sabendo que a Energia interna do sistema antes
de receber calor era U=100J, qual será esta e-
nergia após o recebimento? Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de
calor pois, em uma máquina que tem como ob-
jetivo o resfriamento, por exemplo, estes valo-
res serão negativos.
Neste caso, o fluxo de calor acontece da tem-
peratura menor para o a maior. Mas conforme a
2ª Lei da Termodinâmica, este fluxo não aconte-
2ª Lei da Termodinâmica ce espontaneamente, logo é necessário que haja
Dentre as duas leis da termodinâmica, a se- um trabalho externo, assim:
gunda é a que tem maior aplicação na constru-
ção de máquinas e utilização na indústria, pois
trata diretamente do rendimento das máquinas
térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes
ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunci-
ados de Clausius e Kelvin-Planck:
 Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea,
de um corpo de temperatura menor, para um
outro corpo de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido na-
tural do fluxo de calor é da temperatura mais Rendimento das máquinas térmicas
alta para a mais baixa, e que para que o fluxo
Podemos chamar de rendimento de uma má-
seja inverso é necessário que um agente exter-
quina a relação entre a energia utilizada como
no realize um trabalho sobre este sistema.
forma de trabalho e a energia fornecida:
 Enunciado de Kelvin-Planck:
Considerando:
É impossível a construção de uma máquina
que, operando em um ciclo termodinâmico, con- =rendimento;
verta toda a quantidade de calor recebido em = trabalho convertido através da energia
trabalho. térmica fornecida;
Este enunciado implica que, não é possível =quantidade de calor fornecida pela fonte
que um dispositivo térmico tenha um rendimen- de aquecimento;
to de 100%, ou seja, por menor que seja, sem-

Química e Física 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Relação entre as escalas
=quantidade de calor não transformada em
trabalho.

Mas como constatado:

logo, podemos expressar o rendimento como:

Equação de conversão entre as escalas:


O valor mínimo para o rendimento é 0 se a
TC T - 32 T - 273
máquina não realizar nenhum trabalho, e o má-  F  K onde:
ximo 1, se fosse possível que a máquina trans- 5 9 5
formasse todo o calor recebido em trabalho, TC = temperatura na escala Celsius;
mas como visto, isto não é possível. Para sa-
TF = temperatura na escala Fahrenheit;
bermos este rendimento em percentual, multi-
plica-se o resultado obtido por 100%. TK = temperatura na escala Kelvin.
Exemplo:
Um motor à vapor realiza um trabalho de A equação apresentada acima serve apenas para con-
12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade de versão nestas três escalas. Qualquer outra escala deve ter
os pontos fixos apresentados para que se possa determinar a
calor igual a 23kJ. Qual a capacidade percentual equação de conversão. Exemplo 1:
que o motor tem de transformar energia térmica 0
em trabalho? Um objeto encontra-se a 20 C. Qual sua temperatura:
a) na escala Fahrenheit
b) na escala Kelvin
Resolução:

Tc TF  32 20 TF  32 T  32
a)    4 F
5 9 5 9 9
 TF  32  36  TF  36  32  TF  68 F

ESCALAS DE TEMPERATURA. TC TK  273


b)   TC  TK  273 
5 5
ESCALAS TERMOMÉTRICAS 20 =TK - 273  TK = 20 + 273  TK = 293K
Uma escala termométrica é o conjunto de valores numéri- Exemplo 2:
cos, cada um associado a um estado térmico previamente 0
estabelecido. Na escala Reaumur o ponto de fusão do gelo é 0 R e o
0
ponto de vaporização da água é 80 R. Qual a temperatura
Apesar de poder-se criar diferentes escalas termométricas, faremos refe- 0
nesta escala que corresponde a 40 C?
rência apenas às mais importantes:

a) Escala Celsius: É usada oficialmente na maioria dos


países e tem dois pontos fixos com temperaturas defini-
das.
1.º Ponto Fixo: ponto de fusão do gelo, que recebe o valor
0
0 C.
2.º Ponto Fixo: ponto de ebulição da água, que recebe o
0
valor 100 C.
b) Escala Fahrenheit: Escala usada nos países de língua
inglesa, também possui dois pontos fixos.
0
1.º Ponto Fixo: ponto de fusão do gelo, que marca 32 F.
R0 40  0 R 40 R
2.º Ponto Fixo: ponto de ebulição da água, que marca 212      4  R  32 R
0
F. 80  0 100  0 80 100 8
c) Escala Kelvin: Também denominada Escala Absoluta, é
usada no meio científico. ESTUDO DE GASES.
A escala Kelvin não possui pontos fixos, sendo obtido o
valor zero experimentalmente, e sendo a temperatura em
que, teoricamente, a velocidade das moléculas de um gás Gases
ideal se reduziria a zero. No estado gasoso a substância apresenta forma indefini-
A graduação da escala Kelvin é idêntica a da escala Cel- da e volume variável. Isto porque as forças de atração entre
0
sius, mas o valor 0 C corresponde a 273,15K, porém, por as molécula é pequena.
simplicidade, utilizamos o valor 273K. Os gases são caracterizados por três variáveis de estado
Na escala Kelvin devemos omitir o termo grau, usado nas que são: pressão, volume e temperatura.
outras duas escalas. Lei da Conservação da Massa
(Lavoisier)

Química e Física 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Lavoisier mediu cuidadosamente as massas de um sis- Se fizermos diversos experimentos com quantidades va-
tema antes e depois de uma reação em recipientes fechados. riadas de água pura e analisarmos as massas dos produtos,
A figura ilustra uma possibilidade de se testar a Lei de Lavoi- teremos o seguinte:
sier em um procedimento simples.
Água Oxigênio Hidrogênio
I) 18 g 16 g 2g
II) 180 g 160 g 20 g
III) 9g 8g 1g
IV) 45 kg 40 kg 5 kg
• • •
• • •
• • •

massa de oxigênio
Vamos fazer a relação para
massa de hidrogênio
cada amostra de água:

m oxigênio 16 g
I) = =8
m hidrogênio 2g
m oxigênio 160 g
II) = =8
m hidrogênio 20 g
m oxigênio 8g
III) = =8
m hidrogênio 1g
m oxigênio 40 g
IV) = =8
m hidrogênio 5g
massa de água
Se fizermos agora a relação
massa de hidrogênio
para cada amostra de água, teremos uma relação constante
igual a 9.
ÁGUA HIDROGÊNIO + OXIGÊNIO
Proporção: 9 : 1 : 8
Provocando o contato entre as soluções reagentes (clore- Como há proporcionalidade entre massas envolvidas nu-
to de sódio e nitrato de prata), surge um sólido levemente ma reação, podemos construir os seguintes gráficos:
acinzentado, o precipatado de cloreto de prata e uma solução
aquosa de nitrato de sódio.
Lavoisier constatou que a massa do sistema antes e de-
pois da reação é a mesma. Com base em inúmeras experi-
ências, Lavoisier enunciou a Lei da Conservação da Massa:
"Numa reação química, não ocorre alteração na mas-
sa do sistema".
Soma das massas dos REAGENTES = Soma das mas-
sas dos PRODUTOS
Ou: "Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se
transforma".
É bom frisar que, depois de Lavoisier enunciar esta lei,
outros cientistas fizeram novos experimentos que visam
testar a hipótese proposta por ele e, mesmo ao utilizarem
balanças mais modernas, de grande sensibilidade, os testes
confirmaram o enunciado proposto.
Quando um pedaço de ferro é abandonado ao ar, vai se
"enferrujando", ou seja, vai sofrendo uma reação química. Se
compararmos a massa do ferro inicial com a do ferro "enfer-
rujado", notaremos que este último tem massa maior.
Será que neste caso a massa não se conserva? O que
acontece é que os reagentes dessa reação química são ferro
(sólido) e material gasoso, proveniente do ar.
massa do ferro + massa dos gases (ar) = massa do ferro
"enferrujado"
Como o sistema inicial é constituído por ferro e ar, e o sis-
tema final por ferro "enferrujado", o aumento de massa efeti-
vamente não existiu. Por essa razão é necessário utilizarmos Repetindo experimentos com decomposição de outras
sistemas fechados para verificar a Lei de Lavoisier. substâncias, Proust afirmou:
Lei das Proporções Definidas (Proust) "Numa dada reação química, existe uma proporção
constante entre as massas das substâncias participan-
No final do século XVIII, através de inúmeros experimen-
tes".
tos, Proust mediu as massas dos reagentes e produtos de
uma reação e calculou as diversas relações possíveis entre ou
elas.
"Qualquer composto, independentemente de sua ori-
Vamos considerar a reação química de decomposição da gem, tem uma relação constante entre as massas de
água, para que você possa entender como ele procedeu: seus elementos constituintes".
água = oxigênio + hidrogênio Esquematicamente

Química e Física 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
X + Y  Z + W ca e hidráulica industrial, sistemas de ventilação e ar
1ª experiência x1 y1 z1 w1 condicionado além de diversas aplicações na área de
2ª experiência x2 y2 z2 w2 aerodinâmica voltada para a indústria aeroespacial.
x, y, z, w representam as massas das substâncias X, Y, Z O estudo da mecânica dos fluidos é dividido basi-
eW camente em dois ramos, a estática dos fluidos e a di-
x1 y1 z1 w1
nâmica dos fluidos. A estática dos fluidos trata das
   propriedades e leis físicas que regem o comportamento
x2 y2 z2 w2 dos fluidos livre da ação de forças externas, ou seja,
nesta situação o fluido se encontra em repouso ou
então com deslocamento em velocidade constante, já a
Equação de estado de um gás ideal dinâmica dos fluidos é responsável pelo estudo e com-
portamento dos fluidos em regime de movimento acele-
A equação de estado de um gás ideal relaciona as variá- rado no qual se faz presente a ação de forças externas
veis de estado, e é conhecida como Equação de Clapeyron,
responsáveis pelo transporte de massa.
em homenagem ao seu criador.
Dessa forma, pode-se perceber que o estudo da
P.V = n.R.T mecânica dos fluidos está relacionado a muitos pro-
cessos industriais presentes na engenharia e sua com-
onde: preensão representa um dos pontos fundamentais para
a solução de problemas geralmente encontrados nos
P = pressão; processos industriais.
V = volume; Definição de Fluido
0
n = n de mols da substância; = Constante Universal dos Um fluido é caracterizado como uma substância
Gases que se deforma continuamente quando submetida a
 atm . L mm Hg L  uma tensão de cisalhamento, não importando o quão
 0,082 ou 62,3  , T = Temperatura pequena possa ser essa tensão. Os fluidos incluem os
 mol . K mol . K  líquidos, os gases, os plasmas e, de certa maneira, os
Obs.: A temperatura é utilizada na escala Kelvin (escala sólidos plásticos. A principal característica dos fluidos
absoluta), e a conversão das temperaturas na escala Celsius está relacionada a propriedade de não resistir a defor-
para a escala Kelvin é: mação e apresentam a capacidade de fluir, ou seja,
possuem a habilidade de tomar a forma de seus recipi-
K = C + 273, onde K é a leitura na escala Kelvin e C a lei-
entes. Esta propriedade é proveniente da sua incapa-
tura na escala Celsius.
cidade de suportar uma tensão de cisalhamento em
equilíbrio estático.
LEI GERAL DOS GASES Os fluidos podem ser classificados como: Fluido
Ë utilizada quando a quantidade de gás permanece inalte- Newtoniano ou Fluido Não Newtoniano. Esta classifi-
rada. A equação é: cação está associada à caracterização da tensão, co-
mo linear ou não-linear no que diz respeito à depen-
P0  V0 P1  V1 dência desta tensão com relação à deformação e à sua
 derivada.
T0 T1
Divisão dos Fluidos
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS Os fluidos também são divididos em líquidos e ga-
ses, os líquidos formam uma superfície livre, isto é,
a) Transformação Isotérmica: Ocorre com temperatura
constante. quando em repouso apresentam uma superfície esta-
cionária não determinada pelo recipiente que contém o
b) Transformação Isobárica: Ocorre com pressão cons- líquido. Os gases apresentam a propriedade de se
tante. expandirem livremente quando não confinados (ou
c) Transformação Isocórica: Ocorre com volume constan- contidos) por um recipiente, não formando portanto
te. uma superfície livre. A superfície livre característica
dos líquidos é uma propriedade da presença de tensão
interna e atração/repulsão entre as moléculas do fluido,
HIPÓTESE DE AVOGADRO bem como da relação entre as tensões internas do
“Volumes iguais de gases diferentes, mantidos sob mes- líquido com o fluido ou sólido que o limita.
mas condições de pressão e temperatura, apresentam o Um fluido que apresenta resistência à redução de
mesmo número de moléculas.”
volume próprio é denominado fluido incompressível,
A partir deste texto estabeleceram-se as Condições Nor- enquanto o fluido que responde com uma redução de
mais de Temperatura e Pressão (C.N.T.P.), que são pressão seu volume próprio ao ser submetido a ação de uma
0
de 1 atm e temperatura de 0 C. força é denominado fluido compressível.
Através de experimentos chegou-se à conclusão de que 1 Unidades de Medida
mol de qualquer gás, em CNTP, ocupa 22,4L, ou seja, este é
o valor do volume molar. Antes de iniciar o estudo de qualquer disciplina téc-
nica, é importante entender alguns conceitos básicos e
fundamentais. Percebe-se que muitos alunos acabam
MECÂNICA DOS FLUIDOS. não avançando nos estudos, e por isso não aprendem
direito a disciplina em estudo, por não terem contato
Definição de Mecânica dos Fluidos com estes conceitos. Nesta primeira aula serão estu-
dadas as unidades e a importância do Sistema Interna-
Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues cional de Unidades (SI).
A mecânica dos fluidos é o ramo da mecânica que No nosso dia-a-dia expressamos quantidades ou
estuda o comportamento físico dos fluidos e suas pro- grandezas em termos de outras unidades que nos ser-
priedades. Os aspectos teóricos e práticos da mecâni- vem de padrão. Um bom exemplo é quando vamos à
ca dos fluidos são de fundamental importância para a padaria e compramos 2 litros de leite ou 400g de quei-
solução de diversos problemas encontrados habitual- jo. Na Física é de extrema importância a utilização
mente na engenharia, sendo suas principais aplicações correta das unidades de medida.
destinadas ao estudo de escoamentos de líquidos e
gases, máquinas hidráulicas, aplicações de pneumáti- Existe mais de uma unidade para a mesma grande-
za, por exemplo, 1metro é o mesmo que 100 centíme-

Química e Física 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tros ou 0,001 quilômetro. Em alguns países é mais las, íons, elétrons, outras partículas ou agrupamentos
comum a utilização de graus Fahrenheit (°F) ao invés especificados de tais partículas.
de graus Celsius (°C) como no Brasil. Isso porque, Unidade de intensidade luminosa - A candela é a in-
como não existia um padrão para as unidades, cada tensidade luminosa, numa dada direção, de uma fonte
pesquisador ou profissional utilizava o padrão que con- que emite uma radiação monocromática de freqüência
siderava melhor. 540x1012 hertz e cuja intensidade energética nessa
Sistema Internacional de Unidades direção é 1 / 683 watt por esterorradiano.
Como diferentes pesquisadores utilizavam unidades Unidades Suplementares (Ângulos)
de medida diferentes, existia um grande problema nas Unidade de ângulo plano - O radiano (rad) é o ân-
comunicações internacionais. gulo plano compreendido entre dois raios de um círculo
Como poderia haver um acordo quando não se fa- que, sobre a circunferência deste círculo, interceptam
lava a mesma língua? Para resolver este problema, a um arco cujo comprimento é igual ao do raio.
Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) criou o Unidade de ângulo sólido - O esterorradiano (sr) é o
Sistema Internacional de Unidades (SI). ângulo sólido que, tendo seu vértice no centro de uma
O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um con- esfera, intercepta sobre a superfície desta esfera um
junto de definições, ou sistema de unidades, que tem área igual a de um quadrado que tem por lado o raio
como objetivo uniformizar as medições. Na 14ª CGPM da esfera.
foi acordado que no Sistema Internacional teríamos
Grandeza Nome Símbolo Unidades
apenas uma unidade para cada grandeza. No Sistema
do SI
Internacional de Unidades (SI) existem sete unidades
Ângulo radiano rad m.m-1 =
básicas que podem ser utilizadas para derivar todas as
plano 1
outras.
Ângulo esterorradiano sr m2.m-2
sólido =1
Unidades Básicas do Sistema Internacional (SI) Unidades Derivadas do (SI)
Grandeza Nome Símbolo As unidades derivadas do SI são definidas de forma
que sejam coerentes com as unidades básicas e su-
Intensidade luminosa candela cd plementares, ou seja, são definidas por expressões
algébricas sob a forma de produtos de potências das
Quantidade de mole mol unidades básicas do SI e/ou suplementares, com um
substância fator numérico igual a 1.
Várias unidades derivadas no SI são expressas di-
Temperatura kelvin K
retamente a partir das unidades básicas e suplementa-
termodinâmica
res, enquanto que outras recebem uma denominação
Intensidade de ampère A especial (Nome) e um símbolo particular.
corrente elétri- Se uma dada unidade derivada no SI puder ser ex-
ca pressa de várias formas equivalentes utilizando, quer
nomes de unidades básicas/suplementares, quer no-
Tempo segundo s mes especiais de outras unidades derivadas SI, admi-
te-se o emprego preferencial de certas combinações
Massa quilograma kg ou de certos nomes especiais, com a finalidade de
facilitar a distinção entre grandezas que tenham as
Comprimento metro m mesmas dimensões. Por exemplo, o 'hertz' é preferível
em lugar do 'segundo elevado á potência menos um';
para o momento de uma força, o 'newton.metro' tem
Resumo das Unidades Básicas preferência sobre o joule.
Unidade de comprimento - O metro é o comprimen- Tabela de Unidades Derivadas
to do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante um
Grandeza Nome Símbolo
intervalo de 1 / 299 792 458 do segundo.
Aceleração radiano por se- rad/s2
Unidade de massa - O quilograma é a unidade de angular gundo ao quadra-
massa; é igual à massa do protótipo internacional do do
quilograma. Velocidade radiano por se- rad/s
Unidade de tempo - O segundo é a duração de 9 angular gundo
192 631 770 períodos da radiação correspondente à massa especí- quilograma por kg/m3
transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fun- fica metro cúbico
damental do átomo de césio 133. Número de metro á potencia m-1
ondas menos um
Unidade de intensidade de corrente elétrica - O am-
Aceleração metro por segundo m/s2
pere é a intensidade de uma corrente constante que,
ao quadrado
mantida em dois condutores paralelos, retilíneos, de
Velocidade metro por segundo m/s
comprimento infinito, de seção circular desprezível e
colocados à distância de 1 metro um do outro no vá- Volume metro cúbico m3
cuo, produziria entre estes condutores uma força igual Superfície metro quadrado m2
a 2 x 10-7 newton por metro de comprimento.
Unidade de temperatura termodinâmica - O kelvin, Resumo das Unidades Derivadas
unidade de temperatura termodinâmica, é a fração
Unidade de velocidade - Um metro por segundo
1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo
(m/s ou m s-1) é a velocidade de um corpo que, com
da água.
movimento uniforme, percorre, o comprimento de um
Unidade de quantidade de matéria - O mole é a metro em 1 segundo.
quantidade de matéria de um sistema contendo tantas
Unidade de aceleração - Um metro por segundo
entidades elementares quantos os átomos que existem
quadrado (m/s2 ou m s-2) é a aceleração de um corpo,
em 0,012 quilograma de carbono 12.
animado de movimento uniformemente variado, cuja
Quando se utiliza o mole, as entidades elementares velocidade varia, a cada segundo, de 1 m/s.
devem ser especificadas e podem ser átomos, molécu-

Química e Física 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Unidade de número de ondas - Um metro á potên-
cia menos um (m-1) é o número de ondas de uma ra-
diação monocromática cujo comprimento de onda é
igual a 1 metro.
Unidade de velocidade angular - Um radiano por
segundo (rad/s ou rad s-1) é a velocidade de um corpo
que, com uma rotação uniforme ao redor de um eixo
fixo, gira em 1 segundo, 1 radiano. NOÇÕES DE INSTRUMENTAÇÃO: TIPOS DE
INSTRUMENTOS, TERMINOLOGIA, SIMBOLOGIA.
Unidade de aceleração angular - Um radiano por
segundo quadrado (rad/s2 ou rad s-2) é a aceleração
angular de um corpo animado de uma rotação unifor- Introdução à Instrumentação
memente variada, ao redor de um eixo fixo, cuja velo- Instrumentação e Controle de Processos - Histó-
cidade angular, varia de 1 radiano por segundo,em 1 rico:
segundo. A maioria das plantas industriais eram essencialmente
Propriedades dos Fluidos operadas de forma manual antes dos anos de 1940, quando
usava-se apenas instrumentos e controladores elementares.
Algumas propriedades são fundamentais para a Muitos homens eram necessário para manter o controle de
análise de um fluido e representam a base para o es- diversas variáveis existentes nas plantas industriais.
tudo da mecânica dos fluidos, essas propriedades são Nos processos contínuos eram empregados grandes tan-
específicas para cada tipo de substância avaliada e ques como capacitores entre estágios de uma planta. Esses
são muito importantes para uma correta avaliação dos tanques, embora muitas vezes de custo elevado, isolavam as
problemas comumente encontrados na indústria. Den- perturbações entre um estágio e outro do processo.
tre essas propriedades podem-se citar: a massa espe- Com o aumento dos custos de mão de obra e de equipa-
cífica, o peso específico e o peso específico relativo. mentos, bem como o desenvolvimento de equipamentos e
processos de maior performance nas décadas de 1940 e
Massa Específica 1950, tornou-se anti-econômico, ou mesmo inviável, operar
Representa a relação entre a massa de uma deter- plantas sem dispositivos de controle automático. Neste está-
minada substância e o volume ocupado por ela. A gio, controladores a realimentação negativa foram introduzi-
dos nas plantas.
massa específica pode ser quantificada através da
aplicação da equação a seguir. onde, ρ é a massa Paralelamente, os instrumentos e equipamentos pa-
específica, m representa a massa da substância e V o ra controle de processo evoluíram desde os primeiros instru-
volume por ela ocupado. mentos mecânicos no ínicio do século, onde o controle era
realizado localmente. Os instrumentos pneumáticos a partir
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a mas- da década de 1940 permitiam a transmissão de si-
sa é quantificada em kg e o volume em m³, assim, a nais relativos às variáveis de processo a distâncias, possibili-
unidade de massa específica é kg/m³. tando a concentração de controladores em uma única área,
dando origem então às salas de controle de processo. Os
instrumentos eletrônicos analógicos nos anos de 1950 e
1960 premitiram a simplificação e o aumento das distâncias
para transmissão de sinal, enquanto os instrumentos e sis-
temas digitais dos anos de 1970 e 1980 elevaram o grau de
automação. Os transdutores, inicialmente baseados em tu-
Peso Específico
bos de bourdon, dispositivos mecânicos e pneumáticos, evo-
É a relação entre o peso de um fluido e volume o- luíram até a utilização de transdutores baseados em ultra-
cupado, seu valor pode ser obtido pela aplicação da som e elementos radioativos emissores de raios gama.
equação a seguir Processos Industriais e Variáveis de Processo:
Vários são os tipos de indústrias existentes em diversos
ramos da atividade industrial. Em geral podemos destinguir
industrias em duas naturezas:
Processos Contínuos:
Como o peso é definido pelo princípio fundamental Aqules cujo o processo produtivo envolve de maneira
da dinâmica (2ª Lei de Newton) por , a equação pode mais significativa variáveis continuas no tempo. A produção é
ser reescrita do seguinte modo: medida em toneladas ou em metros cúbicos, e o processo
produtivo essencialmente manipula fluidos. Podemos citar
como exemplo indústrias petrolíferas, químicas, petroquími-
cas, papel e celulose, alimentícia, cimenteira, metalúrgica, de
tratamento de água, geração e distribuição de energia elétri-
ca, entre outras.
A partir da análise das equações é possível verificar
que existe uma relação entre a massa específica de
um fluido e o seu peso específico, e assim, pode-se
escrever que:

onde, é o peso específico do fluido, W é o peso


do fluido e g representa a aceleração da gravidade, em
unidades do (SI), o peso é dado em N, a aceleração da
gravidade em m/s² e o peso específico em N/m³.
Peso Específico Relativo
Processos Discretos ou Manufaturas:
Representa a relação entre o peso específico do São processos produtivos que envolvem de maneira mais
fluido em estudo e o peso específico da água. significativa variáveis discretas no tempo. A produção é me-
Em condições de atmosfera padrão o peso especí- dida em unidades prudutivas, tais como a indústria automobi-
fico da água é 10000N/m³, e como o peso específico listica e fábricas em geral.
relativo é a relação entre dois pesos específicos, o
mesmo é um número adimensional, ou seja não con-
templa unidades.

Química e Física 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Registrador: Instrumento que registra a traço contínuo
ou pontos em um gráfico. Transmissor: Instrumento que
determina o valor de uma variável no processo através de um
elemento primário, tendo o mesmo sinal de saída (pneumáti-
co ou eletrônico) cujo valor varia apenas em função da variá-
vel do processo. A figura abaixo mostra alguns transmissores
típicos.
Transdutor: Instrumento que recebe informações na for-
ma de uma ou mais quantidades físicas, modifica, caso ne-
cessário, estas informações e fornece um sinal de saída
resultante. Dependendo da aplicação, o transdutor pode ser
um elemento primário, um transmissor ou outro dispositivo. O
conversor é um tipo de transdutor que trabalha apenas com
sinais de entrada e saída padronizados.
Nos processos contínuos as variáveis mais usuais são Controlador: Instrumento que compara a variável contro-
temperatura, pressão, vazão e nível, embora existam muitas lada com um valor desejado e fornece um sinal de saída a
outras como análise ("taxa de gases"), chama, condutividade fim de manter a variável controlada em um valor específico
elétrica, densidade, tensão, corrente elétrica, potência, tem- ou entre valores determinados. A variável pode ser medida
po, umidade, radiação, velocidade ou frequência, vibração, diretamente pelo controlador ou indiretamente através do
peso ou força, e posição ou dimensão. sinal de um transmissor ou transdutor.
Nos processos discretos, as variáveis de interesse nor-
malmente são ligado, desligado e limites de quaisquer variá-
veis (tais como temperatura alta, nível baixo, limite de posi-
ção etc.)
Definição de Instrumentação:
Instrumentação é a ciência que aplica e desenvolve téc- Elemento Final de Controle: Instrumento que modifica
nicas para adequação de instrumentos de medição, trans- diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de
missão, indicação, registro e controle de variáveis físicas em controle.
equipamentos nos processos industriais. Transmissores: Os transmissores são instrumentos que
A instrumentação é responsável pelo rendimento máximo medem uma variável do processo e a transmitem, à distân-
de um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja cia, a um instrumento receptor, indicador, registrador, contro-
transformada em trabalho na elaboração do produto deseja- lador ou a uma combinação destes.
do.
Como já foi dito anteriormente, as principais grandezas NOÇÕES DE METROLOGIA.
que traduzem transferências de energia no processo são:
PRESSÃO, NÍVEL, VAZÃO e TEMPERATURA as quais METROLOGIA
denominamos de variáveis de um processo. Autor: Professor Dr. Eduardo Braga
O uso de instrumentos em processos industriais visa, a-
1 - INTRODUÇÃO
lém da otimização na eficiência destes processos, a obten-
ção de um produto de melhor qualidade com menor custo, • A metrologia é a ciência das medições, abrangen-
menor tempo e com qualidade reduzida de mão-de-obra. do todos os aspectos teóricos e práticos que assegu-
A utilização de instrumentos nos permite: ram a precisão exigida no processo produtivo, procu-
rando garantir a qualidade de produtos e serviços atra-
 Incrementar e controlar a qualidade do produto; vés da calibração de instrumento de medição e da
 Aumentar a produção e o rendimento; realização de ensaios, sendo a base fundamental para
a competitividade das empresas.
 Obter e fornecer dados seguros da matéria-prima e
da quantidade produzida, além de ter em mãos dados relati- • A metrologia diz respeito ao conhecimento dos
vos a economia dos processos; pesos e medidas e dos sistemas de unidades de todos
Classificação de Instrumentos de Medição os povos.
Existem vários métodos de classificação de instrumentos 2 – QUAIS OS MOTIVOS DE SUA IMPLANTAÇÃO
de medição. Dentre os quais podemos ter classificação por:
• A ISO série 9000 define explicitamente a relação
 Função entre garantia da qualidade e metrologia: controle so-
 Sinal transmitido ou suprimento bre os instrumentos de medição – Certificação.
 Tipo de sinal • Globalização dos mercados – traduz a confiabili-
dade nos sistemas de medição e garantam que especi-
Classificação por Função:
ficações técnicas, regulamentos e normas, proporcio-
Conforme será visto posteriormente, os instrumentos po- nem as mesmas condições de perfeita aceitabilidade
dem estar interligados entre si para realizar uma determinada na fabricação de produtos (montagem e encaixe), in-
tarefa nos processos industriais. A associação desses ins- dependente de onde sejam produzidos.
trumentos chama-se malha e em uma malha cada instrumen-
to executa uma função. Os instrumentos que podem compor • Outro motivo está na melhoria do nível de vida das
uma malha são então classificados por função populações por meio do consumo de produtos com
qualidade, da preservação da segurança, saúde e do
meio ambiente.
3 – ÁREAS DA METROLOGIA
Funções de Instrumentos
Podemos denominar os instrumentos e dispositivos utili-
Basicamente, a Metrologia está dividida em três
zados em instrumentação de acordo com a função que de- grandes áreas:
sempenham no processo. • A Metrologia Científica, que utiliza instrumentos
Indicador: Instrumento que dispõe de um ponteiro e de laboratoriais, pesquisa e metodologias científicas.
uma escala graduada na qual podemos ler o valor da variá-
• A Metrologia Industrial, cujos sistemas de medi-
vel. Existem, também, os indicadores digitais que mostram a
variável em forma numérica com dígitos ou barras gráficas. ção controlam processos produtivos industriais e são
responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos
acabados.
• A Metrologia Legal, que está relacionada a sis-
temas de medição usados nas áreas de saúde, segu-
rança e meio ambiente.

Química e Física 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4 – METROLOGIA NA ORGANIZAÇÃO também quando o pino de maior diâmetro calhe com o
A metrologia garante a qualidade do produto final pistão de menor furo.
favorecendo as negociações pela confiança do cliente,
sendo um diferenciador tecnológico e comercial para
as empresas.
Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima
pela calibração de componentes e equipamentos, au-
mentando a produtividade.
5 – POR QUE CALIBRAR?
Calibração é a comparação entre os valores indica-
dos por um instrumento de medição e os indicados por
um padrão.
A calibração dos equipamentos de medição é fun-
ção importante para a qualidade no processo produtivo
e deve ser uma atividade normal de produção que pro-
porciona uma série de vantagens tais como:
a) garante a rastreabilidade das medições.
b) permite a confiança nos resultados medidos. Figura 2
c) reduz a variação das especificações técnicas dos Este problema de intercambialidade foi sentido por
produtos. muitas indústrias até ser criado um sistema internacio-
d) previne defeitos. nal, que é o sistema ISO (International Standardizing
Organization).
e) compatibiliza as medições.
O sistema de Tolerância é um conjunto de princí-
6 – SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES pios, regras, fórmulas e tabelas que permite a escolha
ARQUIVO racional de tolerâncias para a produção econômica das
peças intercambiáveis.
7 – TOLERÂNCIAS
Como finalidades do uso de tolerâncias têm:
Nas construções mecânicas é impossível obter exa-
tidão absoluta das dimensões indicadas no desenho, • Evitar uma exatidão excessiva nas dimensões das
seja pelos erros das máquinas operatrizes, defeitos e peças durante a sua fabricação – geralmente ocorre
desgastes das ferramentas, seja pela imperfeição dos quando não se indicam tolerâncias nos desenhos –
instrumentos de medida, erros de leitura do operador causando um processo de fabricação muito lento e
ou ainda pelo fato que todos os instrumentos dão ape- aumento da mão de obra.
nas e sempre medidas aproximadas. • Estabelecer limites para os desvios em relação à
As peças são, portanto confeccionadas com dimen- dimensão nominal, assegurando o funcionamento ade-
sões que se afastam a mais ou a menos da cota nomi- quado das peças.
nal, isto é apresentam erro. TERMINOLOGIA DE TOLERÂNCIAS
Com a finalidade de aumentar a produção, as em- Dimensão Nominal – dimensão indicada no dese-
presas fabricam em série seus produtos. Neste sentido nho.
as peças não são todas absolutamente iguais, mas,
dentro de certos limites pré-estabelecidos e determina- Dimensão efetiva – dimensão medida, geralmente
dos, são plenamente aceitáveis. não coincide com a dimensão nominal.

As peças fabricadas podem ser utilizadas isolada-


mente ou em conjunto, como na maioria dos casos
(formar componentes ou máquinas). Neste segundo
caso, para a facilidade de substituição rápida e simples
das peças, é necessário que elas sejam intercambiá-
veis. Para isso é necessário pré-estabelecer o interva-
lo dos limites entre os quais pode variar a dimensão de
uma peça, isto é, é necessário estabelecer a tolerân-
cia.
Figura 3 –
Tolerância ou Campo de Tolerância é a variação
permissível da dimensão da peça, dada pela diferença Dimensões Limites – valores máximos e mínimos
entre as dimensões máxima e mínima. admissíveis para a dimensão efetiva.
Dimensão Máxima (Dmax) – valor máximo admis-
sível para a dimensão efetiva.
Dimensão Mínima (Dmin) – valor mínimo admissí-
vel para a dimensão efetiva.
Tolerância (t) – variação permissível da dimensão
da peça. t = Dmax - Dmin
Afastamento – diferença entre as dimensões limi-
tes e a nominal.
Figura 1 Afastamento Inferior- diferença entre a dimensão
Como exemplo, suponhamos uma indústria que fa- mínima e a nominal. Símbolo para furo Ai e para eixo
brique pistões e pinos do acoplamento de bielas. ai.
Admitamos que os pinos tenham o diâmetro nomi- Afastamento Superior – diferença entre a dimen-
nal externo de 20 mm. Evidentemente os pistões deve- são máxima e nominal. Símbolo para furo As e para
rão ser usinados de tal forma que permitam o encaixe eixo as.
deslizante do pino. Neste sentido, existirá tolerância Linha Zero – linha que nos desenhos fixa a dimen-
tanto para os pinos como para os pistões e a tolerância são nominal e serve de origem aos afastamentos.
deve ser tal que esse acoplamento continue deslizante

Química e Física 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Interferência Máxima (Imax) – diferença entre a di-
mensão máxima do eixo e a mínima do furo, quando o
eixo é maior que o furo.
Interferência Mínima (Imin) – diferença entre a di-
mensão mínima do eixo e a máxima do furo, quando o
eixo é maior que o furo.

Figura 4
Eixo – Termo convenientemente aplicado para fins Figura 8
de tolerâncias e ajustes, como sendo qualquer parte de
uma peça cuja superfície externa é destinada a alojar- Ajuste ou Acoplamento – comportamento de um
se na superfície interna da outra. eixo num furo, ambos da mesma dimensão nominal
caracterizado pela folga ou interferência apresentada.
Furo - Termo convenientemente aplicado para fins
de tolerâncias e ajustes, como sendo todo o espaço Ajuste com Folga – o afastamento superior do eixo
delimitado por superfície interna de uma peça e desti- é menor ou igual ao afastamento inferior do furo.
nado a alojar o eixo.

Figura 5 Figura 9
Folga ou Jogo (F) – diferença entre as dimensões Ajuste com Interferência – o afastamento superior
do furo e do eixo, quando o eixo é menor que o furo. do furo é menor ou igual ao afastamento inferior do
eixo.

Figura 10
Figura 6
Ajuste Incerto – o afastamento superior do eixo é
Folga Máxima (Fmax) – diferença entre as dimen- maior que o afastamento inferior do furo e o afasta-
sões máxima do furo e a mínima do eixo, quando o mento superior do furo é maior que o afastamento infe-
eixo é menor que o furo. rior do eixo.
Folga Mínima (Fmin) - diferença entre as dimen-
sões mínima furo e a máxima do eixo, quando o eixo é
menor que o furo.

Figura 11
Eixo Base – é o eixo em que o afastamento superi-
or é pré-estabelecido como sendo igual a zero.
Figura 7
Furo Base - é o furo em que o afastamento inferior
Interferência (I) – diferença entre as dimensões do é pré-estabelecido como sendo igual a zero.
eixo e do furo, quando o eixo é maior que o furo.

Química e Física 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Calibrador de Boca – aquele que tem forma de
meio anel e superfícies de medir planas.
Calibrador com Superfícies de Medir Esféricas –
aquele cujas extremidades pertencem à superfície de
uma esfera.
Calibrador Não Passa – aquele que controla o a-
fastamento inferior de um eixo ou o afastamento supe-
rior de um furo.
Figura 12 Calibrador Passa – aquele que controla o afasta-
Campo Tolerância – é o conjunto de valores com- mento superior de um eixo ou o afastamento inferior de
preendidos entre o afastamento superior e inferior. Por um furo.
convenção, as tolerâncias que estão sobre a linha zero Lado “Não Passa” – aquele do calibrador que não
são positivas (+) e as que estão sob tal linha são nega- deve passar.
tivas (-).
Lado “Passa” – aquele do calibrador que deve
passar.
EXEMPLOS DE CALIBRADORES

Figura 13
CALIBRADORES
Quando as dimensões e as tolerâncias admissíveis
são indicadas no projeto, torna-se necessário apenas
Figura 14 – Calibradores de boca ajustáveis.
que as peças fabricadas se mantenham dentro das
tolerâncias, isto é, as dimensões das peças devem
estar entre as dimensões máximas e mínimas determi-
nadas pela tolerância indicada.
Em lugar de um calibrador simples, com a dimen-
são nominal, são empregados dois calibradores com
as dimensões limite. Estes dois calibradores, chama-
dos de calibradores limite, freqüentemente constitu-
em uma única peça, com as dimensões máximas e
mínimas, e são fixos na maioria das aplicações indus-
triais. Figura 15 – Calibradores de boca fixos “passa não
Não sendo impossível estreitar um furo depois de passa”
aberto, as peças que apresentem furos de dimensões
acima dos limites superiores não podem ser aproveita-
das, por este motivo, o calibrador tampão com a di-
mensão superior é utilizado, também chamado de ca-
librador de refugo.
Este calibrador de refugo ou o “lado de refugo” do
calibrador, não deve penetrar no orifício, recebendo por
isso a denominação mais correta de calibrador-não-
passa ou lado-não-passa.
O lado da dimensão inferior é chamado lado-passa
ou calibrador-passa. Este lado deve penetrar no furo, Figura 16 – Anéis de referência
quando a peça satisfaz as exigências.
Para o controle das dimensões dos eixos ocorre o
mesmo, mas em sentido inverso. O eixo deve penetrar
no calibrador passa, mas não no calibrador-não-passa.
As peças fabricadas sob o controle de calibradores-
limite permitem o perfeito ajuste na ocasião da monta-
gem, sem intervenção do fator pessoal do operário.
DEFINIÇÃO DE CALIBRADORES
Calibrador Tampão – aquele cuja superfície de
medir é cilíndrica externa. Figura 17 – Calibradores tampão “passa não passa”

Calibrador Anular – aquele cuja superfície de me-


dir é cilíndrica interna.
Calibrador Chato – aquele cuja superfície de medir
são as duas partes de ma superfície cilíndrica externa,
compreendidas entre dois planos paralelos eqüidistan-
tes do eixo.
Calibrador Fixo – aquele sem dispositivo de regu- Figura 18 - Calibradores tampão “passa não passa”
lagem. ajustáveis.
Calibrador Regulável - aquele cujos afastamentos
podem ser regulados.

Química e Física 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Os números grifados subdividem os grupos e são


aplicáveis para os casos de ajuste com grande folga ou
com grande interferência.
QUALIDADE DE TRABALHO
Desejando definir os graus de precisão com os
quais pode ser trabalhar uma peça o sistema considera
18 qualidades de trabalho designadas por um número
compreendido entre 01, 0, 1 ...... até 16 precedido das
letras
IT (I = ISO, T = tolerância)
Exemplo: IT8
A aplicação desses graus de precisão é mostrada
no gráfico a seguir:
Eixos
Figura 19 De 01 a 3 para calibradores
De 4 a 11 para acoplamentos
De 12 a 16 para execução grosseira de peças iso-
ladas
Furos
De 01 a 4 para calibradores
De 5 a 11 para acoplamentos
De 12 a 16 para execução grosseira de peças iso-
ladas.
A tabela 1 mostra as tolerâncias fundamentais em
micron para cada grupo de dimensões, dependendo da
Figuras 20.
qualidae de trabalho. Desta forma defini-se tolerância
SISTEMAS DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES fundamental aquela que é calculada para cada quali-
Este sistema é definido como sendo o conjunto de dade de trabalho e para cada grupo de dimensão. (xe-
princípios, regras, fórmulas e tabelas que permite a rox da tabela)
escolha racional de tolerâncias para a produção eco- As tolerâncias fundamentais indicadas na tabela 1
nômica das peças intercambiáveis. foram calculadas com o auxílio das seguintes fórmulas:
O sistema ISSO fixa os seguintes princípios, regras Tabela 2
e tabelas que se aplicam a tecnologia mecânica, afim CAMPOS DE TOLERÂNCIA
da escolha racional de tolerâncias e ajustes visando à
A qualidade de trabalho determina o valor do campo
fabricação de peças intercambiáveis:
de tolerância, mas não define a posição a posição des-
- Unidade de tolerância. te campo em relação à linha zero. Dependendo do
- Grupo de dimensões. ajuste requerido o campo pode situar mais próximo ou
mais afastado, acima ou abaixo da linha zero. Cada
- Grau de precisão ou qualidade do trabalho; posição é distinguida com uma ou duas letras do alfa-
- Campos de tolerância; beto, adotando-se letras maiúsculas para o furo e mi-
núsculas para os eixos.
- Temperatura de referência (20º)
UNIDADE DE TOLERÂNCIA
O cálculo da tolerância é baseado na unidae de
tolerância, a seguir:
1/3
i = 0,45 D’ + 0,001 D’
onde:
i = unidade de tolerância expressa em micron (μ)
D’ = média geométrica dos dois valores extremos
de cada grupo de dimensões fixados a seguir.
A unidade de tolerância serve de base ao desenvol-
vimento do sistema e fixa a ordem de grandeza dos
afastamentos.
GRUPO DE DIMENSÕES
O sistema de tolerância ISO considera todas as di-
mensões compreendidas entre 1 e 500 mm nos se-
guintes grupos de dimensões.

Química e Física 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Observar que a posição H e h possui a característi-


ca de ter uma posição coincidente com a linha zero.
REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA
A indicação da tolerância é feita à direita da cota
nominal e deve traduzir a posição do cvampo de tole-
rância e a qualidade do trabalho.
Deste modo, o simbolo é formado acrescentando a
letra do campo, o número indicativo da qualidade. Na INSTRUMENTOS PARA A METROLOGIA DI-
prática, também se usa colocar o valor numérico da MENSIONAL
dimensão nominal seguido apenas das dimensões
limites em mm. Principais fontes de erro na medição
Exemplos: - Variação da temperatura: A temperatura padrão
+0,021 de referência é 20ºC. Se a temperatura muda , a peça
25m6 , 25 +0,008 se expande ou contrai, afetando o resultado da medi-
H7 – m6, H7/m6 ção.
Quando não é possível trabalhar com a temperatura
controlada a 20ºC podem ser feitos cálculos para com-
SISTEMA FURO BASE
pensar o erro, para tanto é necessário conhecer o coe-
Neste sistema a linha zero constitui o limite inferior ficiente de dilatação térmica do material.
da tolerância do furo. Os furos H são os elementos
O comprimento da peça varia de acordo com a e-
básicos do sistema.
quação:
ΔL = L . γ . Δt (mm)
Onde:
ΔL = variação de comprimento
L = comprimento da peça
γ = coeficiente de expanção térmica do material.
Δt = variação de temperatura.
SISTEMA EIXO BASE
Força de medição: Normalmente, os processos
Neste sistema a linha zero constitui o limite superior simples de medida envolvem o contato entre o instru-
da tolerância do eixo. Os eixos h são elementos bási- mento e a peça, sendo que a força que promove este
cos do sistema. contato deve ser tal que não cause deformação na
peça ou no instrumento.
Como exemplo podemos citar o paquímetro que
não possui controle de força e dependem da habilidade
do operador para não alterar a leitura.
Os micrômetros possuem um sistema de catraca,
AFASTAMENTO DE REFERÊNCIA que permite exercer a mesma pressão de contato em
todas as medições.
CLASSES DE AJUSTE
Forma da peça: Imperfeições na superfície, retili-
São previstos três classes de ajuste (acoplamen-
neidade, cilindricidade e planeza exigem um posicio-
tos):
namento correto do instrumento de medição. No caso
de peças cilindricas, deve-se efetuar mais de uma me-
dição do diâmetro de uma seção, para verificar se é
circular ou não e medir mais seções diferentes para
verificar se a peça é cilíndrica ou cônica.
Forma de contato: Deve-se sempre buscar um
contato entre a peça e o instrumento que gere uma
linha ou um ponto para uma maior precisão das medi-
das.
Nos sistemas furo base e eixo base estas três clas-
ses de acoplamento podem ser visualizadas no es- Paralaxe: qundo os traços de uma escala principal
quema abaixo. e outra secundária (nônio, por exemplo), estiverem em
planos diferentes, dependendo da direção de observa-
ção, pode-se ter valores de leitura diferents, que impli-
cam em erro. Assim, como regra geral, o observação
da leitura deve ser feita sempre no melhor posiciona-
mento perpendicular da vista.

Química e Física 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estado de conservação do instrumento: Folgas Sistema de graduação para a leitura
provocadas por desgaste em qualquer parte do instru- Os paquímetros são fabricados geralmente com
mento poderão acarretar em erros de medição. Um dois tipos de leitura: métrico e polegada; porém, alguns
programa de aferição e calibração periódica serão a são fabricados em um sistema somente. A gradução
garantia de uma medida confiável. que define o tipo de leitura é feita nas duas partes mó-
Habilidade do operador: A falta de prática ou o veis do instrumento e cada uma tem as particularida-
desconhecimento do sistema de medição pode ser des que se indicam a seguir:
uma fonte importante de erros. Recomenda-se efetuar a) Régua principal – aqui geralmente os paquíme-
práticas de medição utilizando peças precisas com tros tem dupla gravação de traço: sistema métrico e
valores conhecidos (por exemplo, blocos padrão, pinos polegadas.
calibrados, anéis padrão, etc..) e “medi-los” repetidas
vezes com diversos No sistema métrico são garvados traços de 1 mm, e
no sistema polegada este podem corresponder a 1
instrumentos. polegada dividida em 16 partes ou 40 partes.
Tipos de instrumentos de medição. b) Cursor – Nesta parte são gravados dois conjun-
Exite uma ampla gama de instrumentos de medição tos de traços chamados “NÔNIO”, um para trabalhar
e de acordo com o seu princípio de trabalho podem ser com a escala do sistema métrico e outro para a escala
classificados em: do sistema polegada.
Paquímetros Para o sistema métrico geralmente são gravados 20
Traçadores de altura ou 50 traços e para o sistema polegada geralmente 8
ou 25 traços, que tem valor progressivo da mesma
Micrômetros forma que a escala principal.
Relógios comparadores Conceito de resolução ou leitura
Relógios apalpadores A resolução ou leitura de um paquímetro está defi-
Rugosímetros nida pelo resultado obtido ao dividir o valor do menor
traço gravado na escala principal pelo número de tra-
Goniômetros ços do nônio. Assim temos:
O paquímetro e o traçador de altura utilizam-se do a) Se o valor do menor traço da escala é 1 mm e o
nônio para ampliar a leitura, o micrômetro utiliza-se do Nônio está composto por 20 traços, a leitura desse
passo de uma rosca e um tambor graduado e os reló- paquímetro será: 1 /20 = 0,05 mm. Este valor corres-
gios utilizam-se de um mecanismo de engrenagens e ponde ao primeiro traço do Nônio depois do “zero”,
alavancas. assim o segundo traço vale 0,10 mm, o terceiro vale
PAQUÍMETROS 0,15 e assim por diante até o último que vale 1mm.
Esse sistema de medição é constituído basicamen- b) Da mesma forma, se o nônio estiver composto
te de dois corpos móveis que permitem geralmente por 50 traços, a leitura deste paquímetro será:
quatro maneiras de acesso à peça para efetuar a me- 1/50 = 0,02 mm. Assim, este será o valor do primei-
dição e, por isso, são chamados de paquímetros qua- ro traço do Nônio depois do “zero”, o segundo vale
drimensionais. Podem fornecer resultados de medição 0,04 mm, o terceiro vale 0,06 mm e assim por diante
com leituras de 0,1 mm, 0,05 mm ou 0,02 mm no sis- até o último que vale 1 mm.
tema métrico e de 0,001” ou 1/128” no sistema polega-
da. c) Se o valor do menor traço da escala for 1/16” e o
Nônio tiver 8 traços, a leitura será: 1/16” ÷ 8 = 1/128”, e
da mesma forma do exemplo anterior, esse valor cor-
responde ao primeiro traço do Nônio depois do “zero”,
assim, o segundo vale 1/64, o terceiro vale 3/128” e
assim por diante até o último que vale 1/16” (8/128”).
d) E, por último, se o valor do menor traço da escala
for 0,025” (polegada dividida por 40 partes) e o Nônio
tiver 25 partes, a leitura será:
0,025”/25 = 0,001”. Por analogia com os exemplos
anteriores, este valor corresponde ao primeiro traço do
Nônio depois do “zero”, o segundo vale 0,002”, o ter-
ceiro vale 0,003” e assim por diante até o último que
vale 0,025”.
e) Qualque outro tipo de graduação pode ser inter-
pretado de maneira similar.
Resultado de uma medida
Tomando todos os cuidados de medição e conser-
vação do instrumento temos a medida:
a) Tomando como referência o primeiro traço do
Nônio (traço zero) conte todos os traços da escala
principal que ficam à direita.
b) Verifique qual dos traços do Nônio coincide com
outro da escala principal. Sempre haverá um que fica
melhor alinhado que os restantes.
c) Some os valores obtidos na escala principal e o
Nônio. Este é o resultado da medida.
Exemplos de Leitura

Recursos de acesso ao lugar da medida

Química e Física 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

4 – Posicione corretamente os bicos principais na


medição externa aproximando o máximo possível a
peça da escala graduada. Isso evitará erros por folga
do cursor e o desgaste prematuro das pontas onde a
área de contato é menor. Verifique também o perfeito
apoio das faces de medição como mostra a figura.

5 – Posicione corretamente as orelhas para a medi-


ção interna. Procure introduzir o máximo possível as
orelhas no furo ou ranhura, mantendo o paquímetro
sempre paralelo à peça que está sendo medida.
Verifique que as superfícies de medição das orelhas
coincidam com a linha de centro do furo.
Ao medir um diâmetro, tome a máxima leitura.
Ao medir ranhuras tome a mínima leitura.

Recomendações para uso do paquímetro


1 – Selecione o paquímetro mais adequado para
atender plenamenta a necessidade de medição;
Tipo normal ou especial
Leitura de acordo com o campo de tolerância espe-
cificado na peça.
2 – Limpe cuidadosamente as partes móveis, elimi-
nando poeira e sugeiras com um pano macio.
3 – Verifique se o movimento do cursor é suave e
sem folgas em toda a capacidade útil. Caso exista um
jogo anormal, proceda a seu ajuste girando os parafu-
sos sté encostar no fundo e a seguir retorne 1/8 de
volta.

Química e Física 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

7 – Posicione corretamente as faces para medição


de ressaltos.

8 – Evite o erro de paralaxe ao fazer a leitura.

6 – Posicione corretamente a vareta de profundida-


de. Cuidados especiais com o paquímetro
1 – evitar aplicar o paquímetro em esforços exces-
sivos.
Tome providências para que o instrumento não so-
fra quedas ou seja usado como martelo.

Química e Física 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

2 – Evite danos nas pontas de medição. Nunca utili-


ze as orelhas de medição como compasso de traça-
gem.

MICRÔMETRO
Devido a sua forma construtiva, este instrumento
permite leituras da ordem de 0,01 mm nos modelos
comuns e de 0,001 mm nos que incorporam um nônio.
Os modelos para a medição de furos permitem lei-
turas diretas de até 0,005 mm. Uma catacterísticas
importantes dos micrômetros é a incorporação de um
dispositivo que assegura uma pressão de medição
constante, chamado catraca ou ficção, dependendo do
3 – proteja o paquímetro ao guardar por longo perí- seu mecanismo.
odo.
Usando um pano macio embebido em óleo fini anti-
ferrugem.
Tipos de paquímetros

Princípio de funcionamento e leitura


O princípio de funcionamento do micrômetro basei-
a-se no deslocamento axial de um parafuso micromé-
trico de passo de alta precisão dentro de uma porca
ajustável.
Girando-se o parafuso micrométrico, este avança
proporcionalmente ao passo que normalmente é de 0,5
mm (ou 0,025”), a circunferência da rosca (que corres-
ponde ao tambor, pois este é fixado firmimente ao pa-
rafuso por encaixe cônico), é dividiva em 50 partes
iguais (ou 25 partes nos instrumentos em polegada)
possibilitando leituras de 0,01 mm ou 0,001”.

Química e Física 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

6 – Sempre utilize a catraca ou ficção ao efetuar as


medições. Duas ou três voltas, após o encosto das
faces de medição na peça, são suficientes. Assim a
pressão de medição será sempre constante.
TIPOS DE MICRÔMETROS

Assim uma volta completa do tambor corresponde


ao passo da rosca, desta forma conclui-se:
Leitura do tambor = passo da rosca/nº de divisões
do tambor.
Se o micrômetro apresentar ainda um nônio com 10
divisões na bainha será possível a leitura de 0,001 mm
(0,0001”).
Recomendações especiais para uso do Micrô-
metro.
1 – Selecione o micrômetro mais adequado
2 – Limpe as partes móveis
3 – Deixe estabilizar a temperatura da peça e do
micrômetro.
4 – Antes do uso limpe as faces de medição. Use
somente uma folha de papel macio (do tipo para limpar
lentes).
5 – Tome cuidado para ajustar o zero do micrôme-
tro:
Encoste suavemente as faces de medição usando
somente a catraca ou ficção.
Verifique a concidência das linhas de referência da
bainha e do zero do tambor olhando bem de frente o
instrumento. Se estas não coincidem, proceda ao seu
ajuste movimentando a bainha com a chave apropria-
da.

Química e Física 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
completa do ponteiro (360º) corresponde a um certo
valor de movimento do fuso. Esta volta é subdividida
angularmente em frações iguais e o valor entre cada
uma delas é o valor de leitura do relógio. Como exem-
plo, temos o relógio de leitura centesimal (0,01 mm) e
onde para 1 mm de deslocamento do fuso corresponde
a 1 volta do ponteiro, sendo que esta volta é subdividi-
da em 100 partes iguais; daí o valor de leitura 0,01
mm.

Procedimento para a leitura


Os relógios mais comuns apresentam uma dupla
graduação. Isto é, possuem contagem com incremen-
tos no sentido horário e anti-horário, dependendo da
definição do ponto inicial de trabalho da ponta de con-
tato. Definido o ponto inicial, a leitura é feita primeira-
mente no contador de voltas e à seguir no ponteiro
principal.
Recomendações especiais para uso dos reló-
gios comparadores.
Similar as recomendações para o paquímetro e mi-
crômetro

TRANSMISSÃO E TRANSMISSORES PNEUMÁTICOS E


ELETRÔNICOS ANALÓGICOS.
Transmissão de Sinais:
Transmissão Pneumática
Em geral, os transmissores pneumáticos geram um sinal
pneumático variável, linear, de 3 a 15 psi (libras força por
polegada ao quadrado) para uma faixa de medidas de 0 a
RELÓGIO COMPARADOR 100 % da variável. Esta faixa de transmissão foi adotada pela
SAMA (Scientific Apparatur Makers Association), Associação
Este instrumento foi desenvolvido para detectar pe- de Fabricantes de Instrumentos, e pela maioria dos fabrican-
quenas variações dimensionais através de uma ponta tes de transmissores e controladores dos Estados Unidos.
de contato e por um sistema de ampliação mecânica Podemos, entretanto, encontrar transmissores com outras
apresentar seu valor com uma leitura clara e suficien- faixas de sinais de transmissão. Por exemplo: de 20 a 100
temente precisa. O relógio comparador tradicional kPa.
transforma ( e amplia) o movimento retilíneo de um
Nos países que utilizam o sistema métrico decimal, utili-
fuso em movimento circular de um ponteiro montado zam-se as faixas de 0,2 a 1 kgf/cm2 que equivalem, aproxi-
em um mostrador graduado. madamente, de 3 a 15 psi.
Trata-se de um instrumento de múltiplas aplicações, O alcance do sinal no sistema métrico é, aproximadamen-
porém, sempre acoplado a algum meio de fixação. te, 5 % menor que o sinal de 3 a 15 psi. Este é um dos moti-
vos pelos quais devemos calibrar e ajustar os instrumentos
de uma malha (transmissor, controlador, elemento final de
controle, etc.) sempre utilizando uma mesma norma.
Note que o valor mínimo do sinal pneumático também
não é zero, e sim, 3 psi ou 0,2 kgf/cm2. Deste modo, conse-
guimos calibrar corretamente o instrumento, comprovando
sua correta calibração e detectando vazamentos de ar nas
linhas de transmissão.
Percebe-se que, se tivéssemos um transmissor pneumá-
tico de temperatura de range de 0 a 200 °C e o mesmo tives-
se com o bulbo a 0 °C e um sinal de saída de 1 psi, este
estaria descalibrado.
Se o valor mínimo de saída fosse 0 psi, não seria possível
fazermos esta comparação rapidamente. Para que pudésse-
mos detectá-lo, teríamos de esperar um aumento de tempe-
ratura para que tivéssemos um sinal de saída maior que 0 (o
qual seria incorreto).
Transmissão Eletrônica
Os transmissores eletrônicos geram vários tipos de sinais
Conceito de leituta
em painéis, sendo os mais utilizados: 4 a 20 mA, 10 a 50 mA
A leitura ou resolução está ligada ao grau de ampli- e 1 a 5 V. Temos estas discrepâncias nos sinais de saída
ação do deslocamento que experimenta a ponta de entre diferentes fabricantes, porque estes instrumentos estão
contato no processo de medição. Assim, uma volta preparados para uma fácil mudança do seu sinal de saída.

Química e Física 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A relação de 4 a 20 mA, 1 a 5 V está na mesma relação
de um sinal de 3 a 15 psi de um sinal pneumático.
O "zero vivo" utilizado, quando adotamos o valor mínimo
de 4 mA, oferece a vantagem também de podermos detectar
uma avaria (rompimento dos fios, por exemplo), que provoca
a queda do sinal, quando ele está em seu valor mínimo.
Protocolo HART (Highway Adress Remote
Transducer)

NOÇÕES DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS.

1 Conceitos Fundamentais sobre Operações U-


nitárias
1.1 Introdução
A disciplina denominada Operações Unitárias é a-
quela que classifica e estuda, separadamente, os prin-
É um sistema que combina o padrão 4 a 20 mA com a
comunicação digital. É um sistema a dois fios com taxa de cipais processos físico-químicos utilizados na indústria
comunicação de 1200 bits/s (BPS) e modulação FSK (Fre- química. Os processos mais comuns encontrados nas
quency Shift Keying). O Hart é baseado no sistema mestre indústrias químicas são a Destilação Atmosférica e a
escravo, permitindo a existência de dois mestres na rede Vácuo, os processos de Absorção e Adsorção, a
simultaneamente. Extração Líquido-Líquido e Líquido-Gás, o processo
de Filtração, assim como alguns mais específicos,
como por exemplo, o Craqueamento Catalítico, Hi-
drocraqueamento, Hidrotratamento de correntes
instáveis e outros utilizados principalmente na Indús-
tria Petrolífera.
1.2 Conceitos Fundamentais
Alguns conhecimentos são fundamentais para que
se possa estudar de forma adequada a disciplina de-
nominada Operações Unitárias, como conhecimentos
sobre conversão de unidades, unidades que podem
ser medidas lineares, de área, de volume, de massa,
As vantagens do protocolo Hart são as seguintes:
de pressão, de temperatura, de energia, de potência.
Outro conceito-base para “Operações Unitárias” é o de
comunicação digital. Balanço, tanto Material quanto Energético.
ação 1.2.1 Conversão de unidades
analógica.
É necessário conhecer as correlações existentes
ntes.
entre medidas muito utilizadas na Indústria Química,
As desvantagens são que existe uma limitação quanto à como é o caso das medidas de temperatura, de pres-
velocidade de transmissão das informações e a falta de eco- são, de energia, de massa, de área, de volume, de
nomia de cabeamento (precisa-se de um par de fios para
potência e outras que estão sempre sendo correlacio-
cada instrumento).
nadas.
Foundation Fieldbus
Alguns exemplos de correlações entre medidas
É um sistema de comunicação digital bidirecional, que in- lineares
terliga equipamentos inteligentes de campo com o sistema de
controle ou com equipamentos localizados na sala de contro- 1 ft =12 in
le.
1 in =2,54 cm
1 m =3,28 ft
1 m =100 cm = 1.000 mm
1 milha =1,61 km
1 milha =5.280 ft
1 km =1.000 m
Alguns exemplos de correlações entre áreas
1 ft2 = 144 in2 1 m2 = 10,76 ft2
Este padrão permite comunicação entre uma variedade
1 alqueire = 24.200 m2 1 km2 = 106 m2
de equipamentos, tais como: transmissores, válvulas, contro-
ladores, CLPs, etc. Estes podem ser de fabricantes diferen- Alguns exemplos de correlações entre volumes
tes (Interoperabilidade) e ter controle distribuído (cada ins-
trumento tem a capacidade de processar um sinal recebido e 1 ft3 = 28,32 L 1 ft3 = 7,481 gal
enviar informações a outros instrumentos para correção de 1 gal = 3,785 L 1 bbl = 42 gal
uma variável: pressão, vazão, temperatura, etc.).
1 m3 = 35,31 ft3 1 bbl = 0,159 1 m3
Uma grande vantagem é a redução do número de cabos
do controlador aos instrumentos de campo, ou seja, apenas Alguns exemplos de correlações entre massas
um par de fios é o suficiente para a interligação de uma re- 1 kg = 2,2 lb 1 lb = 454 g
de fieldbus.
1 kg = 1.000 g 1 t = 1.000 kg
Alguns exemplos de correlações entre pressões
1 atm = 1,033 kgf/cm2
1 atm = 14,7 psi (lbf/in2)
1 atm = 30 in Hg

Química e Física 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1 atm = 10,3 m H2O transforma em energia de movimento do líquido, calor
1 atm = 760 mm Hg e energia de pressão.

1 atm = 34 ft H2O A água, no alto de um reservatório, ao movimentar


um gerador, transforma sua energia potencial em e-
1 Kpa = 10–2 kgf/cm2 nergia elétrica, calor e energia de movimento (energia
Algumas observações sobre medições de pressão: cinética). Neste caso, o balanço de energia do sistema
poderia ser representado pela seguinte expressão:
– Pressão Absoluta = Pressão Relativa + Pressão
Atmosférica Energia Potencial da água do reservatório = Energia
elétrica fornecida pelo gerador + calor de aquecimento
– Pressão Barométrica = Pressão Atmosférica do gerador + Energia de movimento da água após a
– Pressão Manométrica = Pressão Relativa turbina.
Alguns exemplos de correlações entre tempera- No caso de um forno ou uma caldeira que aquece
turas um certo líquido, o balanço de energia observado será:
tºC = (5/9)(tºF – 32) Calor liberado pela queima do combustível = Calor
contido nos gases de combustão que saem do forno ou
tºC = (9/5)(tºC) + 32
da caldeira + Calor contido nos produtos que deixam o
tK = tºC + 273 forno ou a caldeira.
tR = tºF + 460 (temperatures absolutas) É importante ressaltar que, muito embora as diver-
Algumas observações sobre medições de sas formas de energia sejam medidas em unidades
diferentes, tais como, energia elétrica em KWh, traba-
temperatura: lho em HP . h, calor em caloria, em um balanço ener-
Zero absoluto = –273ºC ou – 460ºF gético é necessário que todas as formas de energia
envolvidas no balanço estejam expressas na mesma
(DºC/DºF) = 1,8
unidade de energia.
(DK/DR) = 1,8
1.5 Sugestão para aplicação nos cálculos de Ba-
Alguns exemplos de correlações entre potências lanços Mássicos e Energéticos
1 HP = 1,014 CV 1 HP = 42,44 BTU/min Como regra geral, antes de iniciar cálculos que e-
1KW = 1,341 HP 1 HP = 550 ft.lbf/s volvam balanços mássicos e/ou balanços energéticos,
deve-se:
1KW = 1 KJ/s 1 KWh = 3.600 J
a) transformar todas as vazões volumétricas em va-
1KW = 1.248 KVA zões mássicas, pois o balanço deve ser realizado
Alguns exemplos de correlações de energia sempre em massa, uma vez que a vazão em massa
não varia com a temperatura.
1 Kcal = 3,97 BTU 1BTU = 252 cal
b) faça um esquema simplificado do processo em
1BTU = 778 ft.lbf 1Kcal = 3,088 ft.lbf que serão realizados os balanços;
1Kcal = 4,1868 KJ c) identifique com símbolos, as vazões e as compo-
1.3 Balanço Material sições de todas as correntes envolvidas nos processos
Como se sabe, “na natureza nada se cria, nada se em que estão sendo realizados os balanços;
destrói, tudo se transforma”, ou seja, a matéria não é d) anote, no esquema simplificado de processo, to-
criada e muito menos destruída, e, portanto, num ba- dos os dados de processo disponíveis como vazões,
lanço material envolvendo um certo sistema, a massa composições, temperaturas, pressões, etc;
que neste entra deverá ser a mesma que dele estará e) verificar que composições são conhecidas ou
saindo. No processamento uma tonelada, por exemplo, podem ser calculadas;
por hora de petróleo em uma refinaria, obtém-se exa-
tamente uma tonelada por hora de produtos derivados f) verificar quais vazões mássicas são conhecidas
deste processo, como gás combustível, GLP, gasolina, ou podem ser calculadas;
querosene, diesel e óleo combustível. A queima de um g) selecionar a base de cálculo conveniente a ser
combustível em um forno ou em uma caldeira é outro adotada para o início da resolução do problema.
exemplo, porém menos evidente em que ocorre o
mesmo balanço de massa: pode-se citar que durante a 2 Processo de Destilação
queima de 1 tonelada de um certo combustível em um 2.1 Introdução
forno ou uma caldeira, considerando-se que são ne-
A destilação é uma operação que permite a separa-
cessárias 13 toneladas de ar atmosférico, tem-se como
ção de misturas de líquidos em seus componentes
resultado 14 toneladas de gases de combustão.
puros ou próximos da pureza, por meio de evaporação
Em um Balanço Material, não se deve confundir e condensação dos componentes em questão. Na des-
massa com volume, pois as massas específicas dos tilação, portanto, pode-se afirmar que o agente de se-
produtos são diferentes. Assim, um balanço material paração é o calor, pois o vapor formado tem composi-
deverá ser realizado sempre em massa, pois a massa ção diferente da mistura original.
de um certo produto que entra em um certo sistema,
O processo de destilação é muito utilizado em toda
mesmo que transformada em outros produtos, sempre
a indústria química, como por exemplo, na obtenção de
será a mesma que está saindo deste sistema, enquan-
álcool retificado de uma mistura de fermentação, ou
to os volumes sofrem variação conforme a densidade
ainda, na indústria petrolífera para a separação das
de cada produto.
frações contidas no petróleo bruto, como gás combus-
1.4 Balanço Energético tível, GLP, nafta, querosene, diesel, gasóleo, óleo
Existem diversos tipos de energia, por exemplo, Ca- combustível. É um processo muito utilizado também na
lor, Trabalho, Energia de um corpo em movimento, indústria petroquímica, para a separação de frações da
Energia Potencial (um corpo em posição elevada), nafta petroquímica.
Energia elétrica e outras. 2.2 Conceitos Fundamentais
Assim como a matéria, a energia de um sistema Alguns conceitos são fundamentais para a melhor
não pode ser destruída, somente poderá ser transfor- compreensão do mecanismo de separação que ocorre
mada em outros tipos de energia, como por exemplo, o na destilação, são eles a volatilidade e o equilíbrio lí-
motor de uma bomba que consome energia elétrica e a quido – vapor.

Química e Física 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2.2.1 Volatilidade substâncias A e C, e o líquido residual seria, pratica-
A separação em uma coluna de destilação acontece mente, a substância C pura. Assim sendo, apesar dos
devido à volatilidade relativa de um componente com três cortes conterem todas as três substâncias, alguma
relação ao outro. Geralmente, salvo raras exceções, a separação teria ocorrido neste processo de destilação.
fração mais volátil em uma mistura é aquela que em 2.3.1 Balanço Material e Térmico
estado puro possui maior pressão de vapor, ou seja, Neste tipo de processo, é muito difícil efetuar um
tem maior tendência a evaporar. Como exemplo, tem- balanço material e térmico de forma instantânea, uma
se que, devido ao critério massa molar, o metano é vez que as temperaturas, assim como as composições
mais volátil do que o etano, que por sua vez é mais do líquido e do vapor variam continuamente. É eviden-
volátil que o propano, que por sua vez é mais volátil te, porém, que, ao final desta operação, a soma do
que o butano e assim por diante; então a separação resíduo e do destilado deve ser igual à carga inicial do
destes é possível utilizando-se o agente calor e equi- vaso.
pamentos adequados, denominados colunas ou torres
de destilação para processos contínuos ou destiladores 2.4 Destilação por Expansão Brusca ou Destila-
para processos descontínuos ou em bateladas. ção em um Único Estágio
2.2.2 Equilíbrio Líquido – Vapor O processo de destilação por expansão brusca é
uma operação em um único estágio, no qual uma mis-
Ao colocar em recipiente sob vácuo, determinada tura líquida é parcialmente vaporizada. As fases líquido
quantidade de uma mistura líquida, por exemplo, uma e vapor resultantes deste processo são separadas e
mistura de hidrocarbonetos, mantendo-se constante a removidas da coluna. O vapor será muito mais rico na
temperatura deste recipiente, o líquido tenderá a vapo- substância mais volátil do que na carga original ou no
rizar-se até que alcance a pressão de equilíbrio entre a líquido residual.
fase vapor e a fase líquida, isto é, as moléculas da
Este tipo de operação é muito utilizado na primeira
fase líquida passarão para a fase vapor, aumentan- fase do fracionamento do petróleo em uma refinaria,
do a pressão do recipiente até que se tenha o equilíbrio pois esta torre reduz o tamanho da torre de fraciona-
entre as fases líquido e vapor. O ponto de equilíbrio é mento atmosférico.
atingido quando o número de moléculas que abandona
o líquido para a fase vapor é exatamente igual ao nú- 2.4.1 Balanço Material
mero de moléculas que abandona o vapor para a fase Segundo o princípio geral da conservação da maté-
líquida. Tem-se, aí, o equilíbrio termodinâmico entre as ria, o balanço material para este processo pode ser
fases líquido – vapor. escrito da seguinte forma:
2.3 Destilação Descontínua ou Destilação Sim-
ples F=D+W
A destilação simples ou descontínua é realizada em
bateladas.
Em que:
F = vazão mássica de carga
D = vazão mássica de vapor
W = vazão mássica de líquido
2.4.2 Balanço Térmico
De acordo com o princípio da conservação de ener-
gia, o balanço energético para este processo pode ser
escrito da seguinte forma:

Conforme é possível observar na figura acima, a


carga de líquido é introduzida em um vaso provido de
aquecimento, entrando em ebulição. Os vapores são
retirados pelo topo através do condensador, onde são
liquefeitos e coletados em outros recipientes.
A primeira porção do destilado será a mais rica em
componentes mais voláteis. A medida que prossegue a
vaporização, o produto vaporizado torna-se mais volátil
e o líquido residual torna-se menos volátil, pois o per-
centual de componentes leves no líquido residual vai
sendo esgotado. O destilado, que é o vapor condensa-
do, poderá ser coletado em porções separadas deno-
minadas de cortes. Estes podem produzir uma série de Calor que entra no sistema = Calor que sai do sis-
produtos destilados com vários graus de pureza. En- tema
tão, considerando-se uma mistura de três substâncias:
Substância A – Muito volátil e em pequena quanti- QF + QA = QD + QW
dade,
Substância B – Volatilidade média e em grande
quantidade, Em que:
Substância C – Muito pouco volátil e em pequena QF = conteúdo de calor da carga
quantidade.
QA = conteúdo de calor cedido ao sistema pelo a-
Quando uma destilação em batelada ou destilação quecedor
simples é efetuada, o primeiro corte, pequeno, conteria
predominantemente quase toda a substância A, o se- QD = conteúdo de calor da carga
gundo corte, grande, conteria quase toda a substância QW= conteúdo de calor da carga
B, porém estaria contaminado com um pouco das

Química e Física 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2.5 Destilação Fracionada coluna, D, com produtos mais voláteis, melhorando a
A destilação fracionada é o tipo de destilação mais pureza do produto destilado, D.
utilizada em indústrias de grande porte. Nos dois tipos Como pode ser observado, neste processo não e-
de destilação abordados anteriormente, destilação em xistem reações químicas, somente troca térmica, devi-
batelada e por expansão brusca, a separação das di- do ao refervedor de fundo e ao condensador de topo, e
versas substâncias que compõem a mistura é realizada também troca de massa entre o vapor ascendente e o
de forma imperfeita ou incompleta. Na destilação fra- líquido descendente no interior da coluna de destila-
cionada, é possível a separação em várias frações, em ção.
uma mesma coluna, pois pode-se ter temperaturas, 2.5.1 Colunas de destilação ou de retificação
vazões e composições constantes em um dado ponto
da coluna. As colunas de destilação são constituídas por três
partes essenciais:
A destilação fracionada é uma operação de separa-
ção de misturas por intermédio de vaporizações e con- Refervedor
densações sucessivas, que, aproveitando as diferentes É, geralmente, encontrado na base da coluna de
volatilidades das substâncias, torna possível o enrique- destilação, conforme pode ser observado na figura a
cimento da parte vaporizada, com as substâncias mais seguir:
voláteis. Estas vaporizações e condensações sucessi-
vas são efetuadas em equipamentos específicos, de-
nominados de torres ou colunas de destilação.
O processo, em linhas gerais, funciona como es-
quematizado na figura a seguir:

Sua finalidade é proceder o aquecimento da base e,


em conseqüência, promover a evaporação dos compo-
nentes mais voláteis. Podem ser construídos com dis-
positivos de aquecimento com vapor d'água, por aque-
cimento com circulação de frações de óleos quentes
ou, até mesmo, através de resistências elétricas.
Os vapores formados na base da coluna circularão
A mistura a ser destilada é introduzida num ponto de forma ascendente. Parte destes serão condensados
médio da coluna, ponto F, denominado ponto de ali- ao longo do percurso na torre, retornando na forma
mentação. No seu interior, a mistura irá descer até líquida, permitindo, desta forma, um contato íntimo
atingir a base da coluna onde encontrará aquecimento entre o vapor ascendente e o líquido descendente ao
do refervedor. longo da torre. Dependendo do tipo de interno da colu-
na, o contato entre a fase líquida e vapor poderá atingir
O refervedor, um trocador de calor aquecido por níveis que melhorarão as condições da separação
vapor d'água ou outra fonte térmica qualquer, aquecerá desejada.
a mistura até atingir sua temperatura de ebulição. Nes-
te ponto, a mistura emitirá vapores que irão circular em Na coluna de destilação, os componentes mais pe-
sentido ascendente na coluna, em contracorrente com sados da mistura condensam e retornam à base da
a mistura da alimentação da coluna. Os vapores as- coluna, de onde são retirados como líquido residual, W.
cendentes atingirão o topo da coluna e irão para um Os componentes mais leves atingem o topo da coluna
condensador, onde serão liquefeitos e deixarão a colu- e são retirados como produto destilado, D, após passa-
na como produto de destilação, D. Na base da coluna, rem pelo condensador.
a mistura, isenta de componentes mais voláteis, deixa Condensador
o equipamento como produto residual, W.
Tem como finalidade proceder à condensação dos
O processo, resume-se, então, em alimentar a co- vapores leves que atingem o topo da coluna. Após a
luna de destilação com a mistura que se quer separar, condensação, tem-se o produto destilado desejado, D,
F, no ponto médio da coluna; fazer a circulação ascen- com a composição especificada.
dente do vapor em contracorrente com o líquido des-
cendente da coluna, com remoção do destilado, D, no O processo requer, portanto, dois trocadores de ca-
topo da torre e do líquido residual, W, no fundo da co- lor, ambos de mudança de fase, refervedor procedendo
luna. a vaporização e o condensador efetuando a condensa-
ção das frações. Em alguns projetos, o refervedor po-
A volatilidade relativa do produto a ser destilado derá ser substituído por uma injeção de vapor d'água
permite a separação dos componentes mais voláteis, e no fundo da coluna de destilação.
o contato íntimo entre as fases líquida e vapor ao longo
Tipos de Torres de Destilação
da coluna promove a perfeita separação dos compo-
nentes desejados. Na coluna, há o contato entre as fases líquida e va-
por. O problema resume-se em contato perfeito entre
Para melhorar a separação das frações desejadas,
as fases, e conseqüentemente, a altura da torre deve
utiliza-se o retorno de parte do destilado, D, na forma
ser adequada ao tipo de separação que se deseja. A
de refluxo, Lo, que enriquece o produto de topo da
cada mistura corresponderá uma altura definida de

Química e Física 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
coluna, que poderá ser perfeitamente calculada para a A figura a seguir ilustra bem o que foi comentado
separação desejada. Existem três tipos convencionais anteriormente:
de colunas de destilação: colunas com pratos e borbu-
lhadores, colunas com pratos perfurados e colunas
com recheios. Todas funcionam com o mesmo princí-
pio, ou seja, promover de forma mais perfeita possível
o contato entre as fases líquido e vapor.
Colunas com pratos e borbulhadores
São as mais usuais e também podem ser denomi-
nadas de “bandejas”. Colunas deste tipo adotam pratos
ou bandejas superpostas e que variam em número e
detalhes conforme a mistura que se pretende destilar.
Os pratos são constituídos por borbulhadores, tubos de
ascensão e de retorno, conforme apresentado na figura
a seguir. Colunas com pratos perfurados
Neste tipo de coluna, os pratos com borbulhadores
são substituídos por pratos dotados de perfurações,
cujo diâmetro varia entre 0,8 e 3 mm. O funcionamento
é idêntico às colunas que utilizam pratos com borbu-
lhadores.
Geralmente, neste tipo de coluna, não existe o tubo
de retorno e os pratos ocupam toda a seção da coluna,
porém existem projetos em que as colunas com pratos
perfurados são dotadas de tubo de retorno.
Colunas com Recheio
Neste tipo de coluna, os pratos ou bandejas são
substituídos por corpos sólidos com formatos definidos.
Estes corpos, denominados recheios, podem ser anéis
do tipo Rachig, Pall, Lessing ou ainda selas do tipo
Berl, Intalox e outros. Alguns destes recheios podem
ser observados na figura seguinte.
Onde:
1 – Borbulhador
2 – Tubo de ascensão
3 – Tubo de retorno
V – Vapor
L – Líquido
Os borbulhadores são dispositivos com formato ci-
líndrico, com aparência de um copo dotado de ranhu-
ras laterais até certa altura, conforme figura a seguir.

Os borbulhadores são fixados sobre os tubos de


ascensão dos vapores e destinados à circulação as-
cendente do vapor de um prato a outro. Sobre cada
tubo de ascensão, encontra-se um borbulhador. O tubo
de retorno tem como finalidade fazer o retorno, prato a A finalidade do recheio é provocar o contato das fa-
prato, do excedente da fase líquida condensada sobre ses líquido-vapor. Os corpos do recheio devem ser de
o prato. Assim sendo, existe sobre cada prato ou ban- alta resistência à corrosão, razão pela qual são, geral-
deja, um nível de líquido constante, regulado pela altu- mente, de cerâmica ou de aço inoxidável. Dependendo
ra do tubo de retorno, e que deve corresponder ao da temperatura do processo pode-se utilizar também
nível do topo dos borbulhadores. recheios plásticos de alta resistência.
Os borbulhadores são dispostos de tal forma que fi- As torres que utilizam recheios são muito competiti-
quem na mesma altura do início do tubo de retorno de vas com as torres que contêm pratos com borbulhado-
líquido, a fim de que se tenha uma ligeira imersão na res ou pratos perfurados e apresentam ainda algumas
camada líquida. vantagens, tais como:
Os vapores devem circular em contracorrente com 1. geralmente são projetos mais econômicos, por
o líquido, ou melhor, de forma ascendente, passando serem mais simplificados;
pelos tubos de ascensão, borbulhando através das
2. apresentam pequena perda de carga;
ranhuras dos borbulhadores e condensando em parte
nas bandejas e parte retornando à bandeja imediata- 3. não estão sujeitas às formações de espuma.
mente inferior. Os recheios são disponibilizados em seções, sobre
Os tubos de retorno funcionam também como selos suportes de sustentação, o que impede uma compac-
hidráulicos, impedindo que o vapor circule através de- tação e/ou uma descompactação localizada, que for-
les. maria caminhos preferenciais ao longo da coluna.

Química e Física 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O tamanho dos elementos dos recheios, geralmen-
te, variam entre 0,5 e 8 cm.
2.5.2 Seções de uma Coluna de destilação
Como visto anteriormente, em uma coluna de desti-
lação, o vapor da mistura que sai de um prato atraves-
sa o líquido do prato superior, deixando seus compo-
nentes menos voláteis.
O calor liberado pela condensação destes compo-
nentes vaporiza, então, os compostos mais voláteis do
líquido contido no prato superior.
Existe, portanto, uma troca de calor e massa ao
longo das bandejas da torre e nota-se que, à medida
que se sobe na coluna, os vapores tornam-se mais
voláteis (mais leves) e, à medida que se desce na co-
luna, os líquidos tornam-se menos voláteis (mais pesa-
dos). Em que:
Seção de enriquecimento ou absorção V = vazão mássica do vapor de topo
É a parte da coluna compreendida entre o prato de D = vazão mássica do produto de topo
entrada da carga e o topo da coluna. L = vazão mássica do refluxo externo
Nesta seção, são concentradas as frações ou subs- F = vazão mássica da carga
tâncias mais leves (mais voláteis), ou seja, em todos os
pratos acima do prato de alimentação, a percentagem W = vazão mássica do produto de fundo
de compostos mais leves é maior do que na carga. As Vm = vazão mássica de vapor na seção de absor-
substâncias mais pesadas são removidas dos vapores ção
que ascendem, pelo refluxo interno de líquido que des-
ce pelo interior da torre, líquido que também é denomi- Vn = vazão mássica de vapor na seção de esgota-
nado como refluxo interno. mento

Seção de esgotamento Lm = vazão mássica de líquido na seção de absor-


ção (refluxo interno)
É a parte da coluna compreendida entre o prato de
entrada da carga e o fundo da coluna. Ln = vazão mássica de líquido na seção de esgo-
tamento (refluxo interno)
Nesta seção são concentradas as frações ou subs-
tâncias mais pesadas (menos voláteis), ou seja, em QC = calor retirado pelo condensador
todos os pratos abaixo do prato de alimentação, a per- QR = calor introduzido pelo refervedor
centagem de compostos mais pesados é maior do que
qF = calor contido na carga
na carga. Os componentes ou substâncias mais pesa-
das, são removidos dos vapores que ascendem, pelo qD = calor contido no produto de topo
refluxo de líquido que desce pelo interior da torre, tam- qW = calor contido no produto de fundo
bém denominado de refluxo interno.
Os principais balanços materiais para este processo
são:
Na envoltória I:

F=D+W

Na envoltória II:

Vm = Lm + D

Na envoltória III:

Ln = Vn + W

No condensador:
2.5.3 Balanço Material
Neste processo, o balanço material deverá ser rea- V=L+D
lizado nas várias seções da coluna, conforme figura a
seguir:
2.5.4 Balanço Térmico
Os principais balanços materiais para este processo
são:
Balanço Térmico Global

F . qF + Qr = D . qD + W . qW + QC (1)

Como é possível observar na expressão


(1), o calor retirado do condensador, QC, depende
do calor introduzido no sistema pelo refervedor, Qr,

Química e Física 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
uma vez que os demais termos da expressão são fixa- Na seção de enriquecimento ou absorção, quanto
dos por projeto. mais líquido Lm descer na torre por unidade de massa
Balanço térmico no condensador de vapor que sobe, tanto melhor será a separação,
pois, nesta seção, a finalidade é reter os compostos
V . qV = L . qL + D . qD + QC (2) pesados (menos voláteis) contidos nos vapores. Quan-
to maior a razão (Lm/Vm), tanto melhor será, então, o
fracionamento nesta região da torre de destilação.
Na seção de esgotamento, tem-se o contrário da
Sabe-se que, qL = qD e V = L + D, portanto a e- seção de absorção, quanto mais vapor subir na torre
quação (2) pode ser reescrita como uma nova expres- por unidade de massa de líquido que desce, melhor
são: será a separação nesta seção da torre, já que a finali-
(L + D) . qV = L . qL + D . qL + QC  dade, nesta região, é a remoção dos compostos leves
(mais voláteis) do líquido que desce pela torre. Portan-
(L + D) . qV = (L + D) . qL + QC to, na seção de esgotamento, também denominada de
(L + D) . qV – (L + D) . qL = QC  stripping, quanto maior a razão (Vn / Ln), melhor será
o fracionamento.
(L + D) . (qV – qL) = QC
Resumindo, pode-se afirmar que, para uma deter-
(L + D) = QC / (qV – qL) minada coluna, o grau de fracionamento é tanto maior
quanto maior for a razão de refluxo interna.
Razão de Refluxo Versus número de pratos da
Coluna
(qV – qL) = Calor de condensação do vapor de topo
da coluna de destilação. Existe uma relação entre o número de pratos ou
bandejas de uma coluna de destilação e a razão de
2.5.5 Influência das principais variáveis na desti-
lação fracionada refluxo interna ou externa deste equipamento.

A figura a seguir será utilizada para que possam ser Quanto menor for o número de pratos ou bandejas
feitas as observações necessárias sobre a influência de uma coluna, pior será seu fracionamento.
das principais variáveis que ocorrem neste tipo de pro- Podem ser construídas torres com grande número
cesso. de pratos para operarem com pequena razão de reflu-
xo interna, assim como torres com pequeno número de
pratos e razões de refluxo interno elevadas, para uma
carga com as mesmas características.
Tendo em vista a relação anteriormente descrita, a
condição de refluxo ou razão de refluxo mínimo corres-
ponderá a uma coluna com um número infinito de pra-
tos para que seja atingido o fracionamento desejado,
assim como a condição de refluxo ou razão de refluxo
total corresponderá a uma coluna com um número
mínimo de pratos para que o fracionamento desejado
seja atingido. Nenhuma destas condições é satisfató-
ria, uma vez que uma torre com número de pratos infi-
nito é um projeto totalmente inviável economicamente,
bem como a construção de uma coluna que não pro-
duza, pois para o refluxo total não se tem retirada de
produtos, como pode ser verificado pelo cálculo abaixo:

Razão de Refluxo Na seção de absorção, o seguinte balanço material


é observado:
Nas torres de destilação fracionada existem dois ti-
pos de refluxo, externo e o interno, que geram, desta Vm = Lm + D
forma, as razões de refluxo externa e interna. A razão
Lm = Vm – D
de refluxo interna acontece tanto na região de absor-
ção, quanto na região de esgotamento. As seguintes Dividindo-se os dois termos da equação por Vm,
expressões podem ser escritas para as razões de re- tem-se que:
fluxo:
Razão de refluxo externo: (Lm / Vm) = 1 – (D/Vm)

Re = ( L/D) Quando ocorrer refluxo total, então D = 0, logo:


(Lm / Vm) = 1  Lm = Vm, ou seja, a quantidade de
Razão de refluxo interna: líquido que desce na seção de absorção é igual à
Na seção de absorção: quantidade de vapor que sobe nesta seção, não ha-
vendo, portanto, produção.
(Ri)abs = ( Lm / Vm )
Na seção de esgotamento, observa-se o seguinte
Na seção de esgotamento: balanço material:

(Ri)esg = ( Vn / Ln ) Ln = Vn + W
Vn = Ln – W
O grau de fracionamento que acontece em uma co-
luna de destilação é determinado pelas razões de re-
fluxo interna na torre, que por sua vez são geradas a
Dividindo-se os dois termos da equação por Ln, ob-
partir da carga e do refluxo externo à torre de destila-
tém-se que:
ção, ou seja, o refluxo interno na seção de absorção,
Lm, é gerado pelo refluxo externo, L, enquanto que na (Vn / Ln) = 1 – (W/ Ln)
seção de esgotamento, Ln, é gerado pelo refluxo inter-
no Lm mais a carga F.

Química e Física 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No caso da seção de esgotamento, todo o líquido enriquecimento em componentes mais voláteis do va-
residual será vaporizado no refervedor, então W = 0, por que penetra no líquido deste prato.
então: A eficiência de um prato de uma coluna de destila-
(Vn / Ln) = 1  Vn = Ln, isto é, a quantidade de va- ção fracionada poderá ser quantificada pelo enriqueci-
por que sobe na seção de esgotamento é igual à quan- mento de componentes mais voláteis no líquido deste
tidade de líquido que por ela desce e não há produção. prato, que no caso do prato ideal é de 100%. O valor
percentual da eficiência de um prato real, em uma co-
Quando a coluna é operada, portanto, em refluxo luna de destilação fracionada, está entre 50 e 80%, é
total, o fracionamento é praticamente perfeito, tanto maior, quanto melhor for o projeto da torre, para
porém o gasto com energia é muito elevado e as condições de operação especificadas. Se, por e-
não há produção na coluna, o que torna o pro- xemplo, uma torre, projetada para uma determinada
cesso economicamente inviável. condição e especificação de carga, mudanças em suas
características especificadas, a mesma não correspon-
A relação entre o número de pratos ou estágios e a derá satisfatoriamente às condições inicialmente pre-
razão de refluxo pode ser observada no gráfico a se- vistas, diminuindo desta forma, sua eficiência e, con-
guir: seqüentemente, podendo comprometer os resultados
inicialmente previstos para aquele projeto. Portanto, o
fracionamento em uma coluna de destilação depende
da eficiência dos seus pratos.
2.7 Problemas que podem ocorrer em bandejas
de colunas de destilação
2.7.1 Problema de arraste
O arraste é o transporte, efetuado pelo vapor, de
A razão de refluxo interna mínima é aquela que cor- gotículas de líquido do prato inferior para os pratos
responde a um refluxo externo, L, mínimo, por conse- superiores. A quantidade de líquido arrastado depende
qüente, os projetos de colunas de destilação são con- da velocidade do vapor ao longo da torre. No arraste, o
cebidos prevendo-se, geralmente, um refluxo externo líquido do prato inferior contamina o líquido do prato
com valores que variam entre 1,5 a 2 vezes o valor da superior com compostos pesados (menos voláteis),
razão de refluxo mínima. Este valor é denominado piorando o fracionamento ao longo da coluna. O arras-
razão de refluxo operacional, RR oper, como pode ser te pode ser provocado pelo aumento da vazão volumé-
observado no gráfico anterior. trica do vapor, que, por sua vez, pode ser decorrente
da redução da pressão em alguma região da coluna.
2.6 Fatores que influenciam as principais variá-
veis na destilação fracionada As torres de destilação a vácuo são construídas
2.6.1 Propriedades da carga com um diâmetro muito maior do que as torres de des-
tilação atmosféricas, pois como suas pressões são
Como cada carga a ser processada pode exibir uma muito baixas, provocam vazões volumétricas muito
característica, pois as proporções entre os componen- elevadas.
tes a serem separados podem ser diferentes, haverá,
2.7.2 Problema de Pulsação
então, uma razão de refluxo para cada carga a ser
processada. A diferença de volatilidade entre os com- Este fenômeno ocorre quando a vazão de vapor,
ponentes da carga, de uma torre de destilação fracio- que ascende de um prato inferior para um superior da
nada, exerce grande influência sobre as variáveis cita- coluna, não tem pressão suficiente para vencer conti-
das. Como exemplo, pode-se citar a comparação entre nuamente a perda de carga apresentada pela bandeja
a separação de uma mistura contendo 50% de etano e em questão. O vapor, então, cessa temporariamente
50% de eteno de outra contendo 50% de hexano e sua passagem por esta bandeja e, quando sua pressão
50% de eteno. volta a ser restabelecida, vence a perda de carga no
prato de forma brusca. Assim diminui a pressão do
No primeiro caso, a separação entre o etano e o e-
vapor quase que instantaneamente e cessa a passa-
teno requer tanto uma quantidade de refluxo, bem co-
gem do vapor pelo prato até que seja novamente res-
mo uma quantidade de estágios (pratos) na coluna
tabelecida sua pressão.
muito maiores do que na da separação da mistura en-
tre o hexano e o eteno, pois estes dois últimos com- Esta situação permanece até que seja normalizada
postos possuem grande diferença de volatilidade. a condição de pressão ao longo da coluna.
2.6.2 Eficiência dos dispositivos de separação 2.7.3 Problema de vazamento de líquido
das torres (Pratos) É o fenômeno da passagem de líquido da bandeja
Como mencionado, o componente ou substância superior para a bandeja inferior, através dos orifícios
que vaporiza a partir do líquido de um determinado dos dispositivos existentes nos pratos e que são desti-
prato da coluna é mais volátil que os componentes nados à passagem do vapor. Este fenômeno ocorre,
contidos no líquido deste prato, e ainda que este vapor quando a vazão de vapor é baixa e a vazão de líquido
esteja em equilíbrio com o líquido do prato, o número é excessivamente alta.
de moléculas que abandona a fase líquida para a fase 2.7.4 Problema de inundação
vapor é igual ao número de moléculas que voltam da
fase vapor para a fase líquida – princípio do equilíbrio. A inundação, em uma torre de destilação, ocorre
Para que o equilíbrio, seja atingido é necessário um quando o nível de líquido do tubo de retorno de um
certo tempo de contato entre as fases. No caso do prato atinge o prato superior.
prato ou bandeja de uma torre de destilação, este tem- Poderá acontecer em regiões localizadas na torre
po depende dos detalhes construtivos desta bandeja: ou, caso o problema não seja solucionado a tempo, em
quanto mais alto o líquido contido neste prato ou ban- uma das seções e até mesmo, na torre como um todo.
deja, maior será o tempo de contato entre as fases,
pois o líquido permanecerá mais tempo no prato, e, em 3 Processos de Absorção e Esgotamento
consequência o vapor gastará mais tempo para atra- 3.1 Introdução
vessá-lo.
Como observado no capítulo sobre o processo de
O prato que conserva um maior nível de líquido é destilação, nas colunas de destilação fracionada, a
aquele que mais se aproxima do equilíbrio entre as seção acima do ponto de alimentação da carga da
fases líquido-vapor e, por isso, é denominado de “prato torre é denominada de seção de absorção e a seção
ideal”. O prato ideal é o dispositivo que permite o maior abaixo do ponto de alimentação da carga da torre é

Química e Física 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
denominada de seção de esgotamento. No entanto, ta substância em relação à pressão total da mistura, ou
existem processos que utilizam somente absorção ou seja:
esgotamento, e, de acordo com a necessidade do pro-
cesso, são projetadas torres que operam somente com (PParcial)A = (%molecularA / 100) x PTotal
processos de absorção ou, então, apenas com proces-
sos de esgotamento. Por exemplo, numa mistura gasosa em que a pres-
são total do sistema é de 20 kgf/cm2, tem-se 30% de
As colunas de absorção e de esgotamento, geral- moléculas de propano; assim a pressão parcial do pro-
mente, não possuem estágios de troca de calor, isto é, pano na mistura deste sistema será: (30/100) x 20 = 6
não apresentam nem refervedor, nem condensador. kgf/cm2.
3.2 Conceitos É possível relacionar a pressão parcial de um de-
3.2.1 Absorção terminado gás com a sua solubilidade de equilíbrio
num determinado líquido, e com isto, gerar gráficos
com curvas de solubilidade de equilíbrio em função da
pressão parcial de equilíbrio, como pode ser observado
a seguir.
A solubilidade de equilíbrio de um determinado gás,
a uma certa temperatura, em um determinado líquido,
aumenta, com o aumento da pressão parcial do gás,
ou ainda, com o aumento da concentração do gás no
referido líquido, desde que a temperatura se mantenha
constante (vide figura a seguir).

É uma operação em que uma mistura gasosa, V1, é


colocada em contato com um líquido, L1, para nele
serem dissolvidos um ou mais compostos que se quer
remover da mistura gasosa. Geralmente, existe uma
diferença de volatilidade muito grande entre os compo-
nentes da fase gasosa e os da fase líquida. Proporcio-
na-se, com isso, somente a absorção dos componen-
tes mais pesados da mistura gasosa, sem a perda de
componentes da mistura líquida por evaporação.
3.2.2 Esgotamento
É a operação inversa à da absorção, ou seja, tem
como finalidade remover compostos de um líquido, L1,
utilizando-se uma corrente de gás ou de vapor, V1,
Neste caso, são utilizados gases ou vapores totalmen-
te insolúveis no líquido ou então gases ou vapores com
volatilidade muito mais alta do que o líquido em ques-
tão.
Na realidade, tanto no processo de absorção, quan-
to no processo de esgotamento, existe o mecanismo
de transferência de massa de uma fase para outra. No
caso da absorção, há transferência de compostos da
fase gasosa para a fase líquida e, no caso do processo
Concentração ou solubilidade de equilíbrio.
de esgotamento, há transferência de compostos da
líquida para a fase gasosa. Como pode ser observado no gráfico, com o au-
mento da temperatura, a solubilidade do gás diminui.
3.3 Solubridade de Gases em Líquidos
Na temperatura de 10ºC e com uma pressão parcial de
Quando se coloca um gás em contato com um lí- equilíbrio de 50 mm Hg, a concentração ou solubilidade
quido, num recipiente fechado numa certa condição de de equilíbrio da amônia em água será de 11%. Com a
temperatura e pressão, parte das moléculas da fase mesma pressão parcial de 50 mm Hg, na temperatura
gasosa passa, inicialmente, para a fase líquida, até que de 30ºC, a concentração ou solubilidade de equilíbrio
se atinja o ponto de equilíbrio para estas condições de da amônia na água será de 5%.
temperatura e pressão. Neste ponto, a concentração
3.4 Potencial que promove a absorção
do gás no líquido é denominada de “solubilidade de
equilíbrio do gás neste líquido”, nas condições de tem- Conforme abordado anteriormente, quando um lí-
peratura e pressão em questão. quido e um gás estão em equilíbrio (o número de mo-
léculas da fase gasosa que passa para a fase líquida é
igual ao número de moléculas que passam da fase
líquida para a fase gasosa), nas condições de tempera-
tura e pressão estabelecidas não haverá mais altera-
ção da concentração do gás absorvido no líquido.
Porém, caso haja alteração, por exemplo, da pres-
% do gás = solubilidade de equilíbrio. são parcial do gás a ser absorvido pelo líquido, sem a
alteração da variável temperatura, então ocorrerá a
No exemplo acima, a fase gasosa é constituída so-
passagem de moléculas da fase gasosa para a fase
mente por um tipo determinado de gás. No caso de
líquida até a nova situação de equilíbrio.
haver uma mistura de duas ou mais substâncias gaso-
sas, em que somente uma delas é solúvel no líquido, a Baseado nestes conceitos, o potencial, que promo-
“solubilidade de equilíbrio” dependerá da pressão par- ve a absorção de um gás A em um certo líquido, pode-
cial deste gás, na mistura gasosa. O valor da pressão rá ser equacionado da seguinte forma:
parcial de uma sustância é o percentual molecular des-

Química e Física 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

(Potencial de absorção)A = (Pressão Parcial)A Baixa concentração do Baixa concentração do


– (Pressão Parcial de Equilíbrio)A composto a ser absorvido composto a ser esgotado
no líquido utilizado para a no vapor utilizado para o
absorção esgotamento
Para ilustrar o assunto, pode-se tomar, como e-
xemplo, o gráfico anterior, que representa amônia sen- Alta relação L/V Alta relação V/L
do absorvida em água.
1º Exemplo: 3.7 Equipamentos
Qual será o potencial de absorção da amônia em Para a operação de absorção e esgotamento, são
água, à temperatura de 30ºC, considerando-se que na utilizados os mesmos equipamentos que para a opera-
água existe uma concentração de amônia de 5%, com ção de destilação, principalmente torres com recheios,
pressão parcial de 50 mm Hg? embora torres com pratos com borbulhadores ou com
Resposta: Como observado no gráfico em questão, pratos valvulados também sejam empregadas.
para o valor de concentração ou solubilidade de equilí- As torres com recheios são mais utilizadas em pro-
brio igual a 0,05 e t = 30ºC, o resultado da pressão cessos de absorção, pois nesta operação as vazões de
parcial de equilíbrio corresponde a 50 mm Hg. A força líquido e vapor, geralmente, não sofrem muita altera-
motriz ou potencial de absorção para este caso será: ção ao longo do processo. Na operação correta, a torre
(Força Motriz) = 50 – 50 = 0, ou seja, nesta condi- está cheia de gás e o líquido desce através da coluna.
ção, o gás já está em equilíbrio com o líquido e não há, O recheio, desta forma, está sempre coberto por uma
portanto, mais absorção. camada de líquido permanentemente em contato com
o gás. A vazão de líquido não pode ser muito pequena,
2º Exemplo:
caso contrário o recheio não ficaria molhado de manei-
Haveria absorção da amônia na água no exemplo 1, ra uniforme. A vazão de vapor não pode ser excessi-
caso dobrasse a pressão parcial da amônia, mantendo- vamente alta, pois dificultaria a descida do líquido na
se a temperatura em 30ºC? torre.
Em caso positivo, qual seria a concentração ou so- A transferência de massa entre as fases é promovi-
lubilidade de equilíbrio para esta nova condição? da pelo recheio no interior da coluna.
Resposta: Nova pressão parcial = 2 x 50 = 100 mm Este mantém o contato íntimo e contínuo entre as
Hg fases em toda a extensão de cada leito recheado.
(Força Motriz) = 100 – 50 = 50 mm Hg, portanto 4 Processos de Extração Líquido-Líquido
como o potencial é > 0, haverá absorção.
4.1 Introdução
De acordo com o gráfico, para a nova condição de
A operação denominada Extração Líquido-Líquido é
equilíbrio, em que a pressão parcial é de 100 mm de
empregada nos processos de separação de um ou
Hg, na temperatura de 30ºC, a nova condição de con-
mais compostos de uma mistura líquida, quando estes
centração de amônia corresponderia a 8%.
não podem ser separados por destilação de forma
Nota: A pressão parcial de equilíbrio é sempre obti- economicamente viável.
da graficamente, através das curvas de solubilidade.
Geralmente, tais separações ocorrem nos seguintes
3.5 Refluxo Interno Mínimo casos:
No caso dos processos de absorção e esgotamen- a) os componentes a serem separados são pouco
to, existe uma razão de refluxo mínimo, para que a voláteis – seria necessário, então, utilizar processos
operação desejada seja efetuada. com temperaturas muito altas, combinadas com pres-
3.5.1 Absorção sões muito baixas, com a finalidade de conseguir a
separação desejada;
Para o processo de absorção, existe uma relação
L/V mínima, a fim de que a operação de absorção de- b) os componentes a serem separados têm aproxi-
sejada possa ser efetuada. Quanto maior a relação madamente as mesmas volatilidades – neste caso,
L/V, melhor será a absorção, pois o líquido, L, ficará seria necessária a utilização de colunas de destilação
menos concentrado no composto a ser absorvido. Com com um número muito grande de estágios de separa-
o aumento da relação L/V, tem-se, assim, um aumen- ção (pratos), consequentemente torres muito elevadas,
to no potencial de absorção. a fim de conseguir a separação desejada;
3.5.2 Esgotamento c) os componentes são susceptíveis à decomposi-
ção – os compostos ou componentes a serem separa-
No caso do processo de esgotamento, existe uma dos sofrem decomposição quando atingem a tempera-
relação V/L mínima, para que a operação de esgota- tura necessária para a separação;
mento desejada possa ser efetuada.
d) o componente menos volátil que se quer separar
Quanto maior a relação V/L, melhor será o esgo- está presente em quantidade muito pequena – não
tamento, pois o vapor, V, ficará menos concentrado no seria economicamente viável, em tal situação, vapori-
composto a ser esgotado. Com o aumento da relação zar toda a mistura líquida para obter o produto deseja-
V/L, haverá, então, um aumento no potencial de esgo- do.
tamento.
4.2 Conceito
3.6 Resumo dos Fatores que Influenciam os
Processos de Absorção e Esgotamento O processo de Extração Líquido-Líquido é a opera-
ção no qual um composto dissolvido em uma fase lí-
Favorece a absorção Favorece o esgotamen- quida é transferido para outra fase líquida.
to A fase líquida, que contém o composto a ser sepa-
rado, é denominada de solução e o composto a ser
Aumento da pressão do Redução da pressão do
separado é denominado de soluto.
gás (aumento da pressão gás (redução da pressão
parcial do composto a ser parcial do composto a ser A fase líquida, utilizada para fazer a separação do
absorvido) esgotado) soluto, é denominada de solvente.
O solvente deverá ser o mais insolúvel possível
Redução da temperatura Aumento da temperatura
na solução.

Química e Física 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
De acordo com a natureza do composto que se
quer extrair da solução, isto é, o soluto, basicamente,
há dois tipos de extração:
a) extração de substâncias indesejáveis – o soluto é
uma impureza que deverá ser retirada da solução. O
produto desejado neste processo de separação é a
solução livre do soluto. Como exemplo, pode ser citada
a extração de compostos de enxofre existentes nos
derivados de petróleo, como a gasolina, o querosene e
outras correntes. Um outro exemplo é a retirada de a) torre de dispersão;
compostos aromáticos de correntes de óleos lubrifican-
tes para purificação dos mesmos; b) torre com recheios;

b) extração de substâncias nobres – o soluto é, nes- c) torre agitada.


te caso, o composto desejado após a operação de Nota: Não são utilizados pratos com borbulhadores
separação, o restante da solução é o produto indesejá- em equipamentos de extração.
vel do processo. Como exemplo, tem-se citar a sepa-
Os equipamentos que fazem a extração líquido-
ração do butadieno de uma mistura entre o buteno e o
líquido em múltiplos estágios utilizam o princípio desta
butadieno, na indústria petroquímica, utilizando- se
figura uma única coluna, geralmente, semelhantes a
como solvente neste processo de extração uma solu-
uma torre de destilação, podendo ou não conter re-
ção aquosa de acetato cupro-amoniacal.
cheios ou ainda bandejas. Os principais tipos de equi-
4.3 Mecanismo da Extração pamentos são:
O mecanismo do processo de extração ocorre, ba- Os equipamentos mencionados anteriormente po-
sicamente, de acordo com as seguintes etapas: dem ser observados nas figuras a seguir:
a) mistura ou contato íntimo entre o solvente e a so-
lução a ser tratada. Ao longo desta etapa, ocorrerá a
transferência do soluto da solução para a fase solven-
te;
b) a separação entre a fase líquida da solução, de-
nominada de rafinado, e a fase líquida solvente, deno-
minada de extrato;
c) recuperação do solvente e do soluto.
Para a recuperação do soluto do solvente, é neces-
sário que estes tenham características que permitam a
separação dos mesmos através de um simples proces-
so de destilação ou qualquer outro tipo de separação
simples e possível.
O ciclo da extração pode ser representado pela fi-
gura seguinte, de forma que a massa específica do
solvente é menor do que a massa específica da solu-
ção, para que seja possível a extração.

4.4 Equipamentos do Processo de Extração


4.4.1 De um único estágio
Neste tipo de equipamento, os líquidos são mistu-
rados, ocorre a extração e os líquidos insolúveis são
decantados. Esta operação poderá ser contínua ou
descontínua. Este equipamento é correspondente ao
esquema da figura anterior.
4.4.2 De múltiplos estágios
Baseado, ainda, no exemplo da figura anterior, caso
o rafinado (A + B) seja mais uma vez processado e a
este seja adicionada nova porção de solvente, será
possível extrair mais soluto da solução e o rafinado
tornar-se-á ainda mais puro. Quanto maior o número
de estágios, maior será a extração.
Se, ao invés de ser utilizado solvente novo e puro
para cada caso, um sistema em contracorrente, for
empregado, o solvente puro entrará em contato com a
carga em contracorrente e tem-se então um sistema de
múltiplos estágios, que formam uma sucessão de está-
gios simples.
Como exemplo, pode-se observar a figura a seguir,
que mostra um sistema para dois estágios.

Química e Física 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
cia de massa do soluto para a fase líquida do solvente,
com a consequente formação do extrato.
4.6.2 Qualidade do solvente
Nos casos em que o solvente é recuperado, após a
extração, quanto mais isento de soluto ele retornar
para a torre de extração, melhor será a extração, pois
sua composição estará mais afastada da composição
de equilíbrio com a carga e maior será a transferência
de soluto da fase da solução (carga) para a fase sol-
vente.
4.6.3 Influência da temperatura
Embora seja adequado que o solvente apresente
insolubilidade na carga, isto na prática não ocorre, pois
sempre existe , ainda que pequena, uma solubilidade
mútua entre as fases que aumenta com a elevação da
temperatura.
A composição das duas fases em equilíbrio muda,
então, com a alteração da temperatura. Isto pode influ-
enciar de forma negativa na extração desejada. Portan-
to, nunca se deve operar com temperaturas acima das
recomendadas para um certo processo de extração,
pois poderá ocorrer a dissolução de parte ou até mes-
mo de todo o solvente na carga ou vice-versa, impe-
dindo a separação das duas fases líquidas. Caso haja
uma certa dissolução de solvente na carga ou vice-
versa, o equipamento não terá uma operação satisfató-
ria com conseqüente queda de eficiência no processo
de extração.
5 Fluidização de Sólidos e Separação Sólido
5.1 Fluidização de sólidos
5.1.1 Conceito
Para compreender melhor o conceito de fluidização
de sólidos, suponha que um fluido líquido ou gasoso
esteja escoando vagarosamente através de um leito de
partículas sólidas finamente divididas. Os sólidos agem
como um obstáculo à passagem deste fluido, ocasio-
nando uma queda de pressão (DP), devido ao atrito,
que aumenta com o aumento da velocidade.

4.5 Equilíbrio entre as Fases Líquidas Ao aumentar ainda mais a velocidade do fluido, os
canais de passagem formados pelo mesmo aumentam
Existe uma analogia, que se pode fazer, entre os e as partículas sólidas ficam mais separadas. Nesse
processos de esgotamento e ou absorção em relação ponto, inicíasse a fluidização do leito de sólidos, pois
ao processo de extração. estes perdem suas características e passam a se com-
A fase líquida do solvente, o extrato, pode ser con- portar como fluidos, de modo a seguir as leis de esco-
siderada como a fase vapor, enquanto que a fase líqui- amento de fluidos, em que a pressão é proporcional à
da da solução, o rafinado, pode ser considerada a fase altura do leito.
líquida. Caso continue o aumento da velocidade de escoa-
Na absorção e no esgotamento, quando as duas fa- mento do fluido, haverá um ponto em que as partículas
ses entram em equilíbrio, não há mais alteração da sólidas serão arrastadas, desfazendo-se, desta manei-
composição nem da fase líquida, nem da fase vapor. ra, o leito sólido.
Da mesma forma na extração, quando é atingido o 5.1.2 Objetivo da Fluidização
equilíbrio entre as fases, então não haverá mais altera-
ção das composições do extrato e do rafinado, o que A principal aplicação da operação com leito fluidiza-
está ilustrado na figura a seguir. do é em processos cujas reações químicas envolvam
catalisadores, como no caso do processo de craquea-
mento catalítico.
Neste, o catalisador sólido finamente dividido está
em forma de leito fluidizado. O estado fluidizado do
catalisador, além de garantir seu melhor contato com a
carga devido ao aumento da área específica do catali-
sador com ele, permite que o catalisador seja escoado
de um vaso para outro por diferença de pressão, como
se fosse um líquido. Evita-se, desta forma, a utilização
4.6 Fatores que influenciam a Extração
de equipamentos de transporte de sólidos, como ca-
4.6.1 Relação Solvente-Carga çambas, esteiras rolantes, correios ou outros métodos
De forma semelhante ao processo de absorção, na de transporte de leitos sólidos.
extração, também existe uma relação mínima solven- 5.1.3 Tipos de Fluidização
te/carga, abaixo da qual não é possível efetuar a ex-
Existem dois tipos de fluidização, a particulada e a
tração desejada.
agregativa.
Quanto maior a relação solvente/carga, melhor
A fluidização particulada ocorre, principalmente,
será a extração, pois uma concentração maior de sol-
quando o fluido é um líquido, enquanto a fluidização
vente na solução aumentará o potencial de transferên-
agregativa ocorre quando o fluido é um gás.

Química e Física 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Na fluidização particulada, o início do processo é
caracterizado por um rearranjo das partículas de forma
a oferecer maior área livre para o escoamento, porém
sem que as partículas percam o contato entre elas.
Na fluidização agregativa, o início é caracterizado
por um fenômeno semelhante à ebulição, ou seja, bo-
lhas de gás atravessam o leito sólido e rompem-se na
superfície, empurrando as partículas de sólido para
cima.
A fluidização do tipo agregativa é aquela que ocorre
no processo de craqueamento catalítico.
5.1.4 Dimensões do Leito Fluidizado
A altura necessária do equipamento que contém o
leito aumenta com a velocidade de escoamento do
fluido, pois o volume de vazios fica maior com o au-
mento da velocidade. As partículas menores têm velo-
cidade de queda menor do que as maiores, ou seja, se
uma partícula de 1 mm não é arrastada pelo fluido,
uma outra de 0,1 mm poderá ser arrastada e abando-
nar o leito. Com o constante choque entre as partículas
sólidas, aos poucos, elas vão sendo reduzidas a tama-
nhos cada vez menores.
Para que estas partículas não sejam arrastadas, se-
ria necessária a utilização de velocidades muito baixas
para o escoamento dos fluidos, o que equivale a cons-
truir equipamentos com diâmetros muito elevados.
Mesmo com a construção de equipamentos com diâ-
metros muito elevados, ainda haveria o problema de
que as partículas maiores não seriam movimentadas
de forma adequada no leito. Por outro lado, quando
ocorre a redução de tamanho das partículas, sempre
existe o arraste de partículas finas para fora do leito.
Nos casos em que o fluido é um gás, como no proces- O ciclone é um separador por decantação, em que
so de craqueamento catalítico, estas partículas finas a força da gravidade é substituída pela força centrífu-
são retiradas através de equipamentos especiais, de- ga. A força centrífuga que age sobre às partículas pode
nominados ciclones, que promovem o retorno destas variar de 5 a 2.500 vezes a mais do que a força da
para o equipamento que contém o leito de sólidos. gravidade sobre a mesma partícula, dependendo das
condições do gás e do projeto do ciclone. O ciclone é
5.2 Separação sólido-gás um equipamento muito eficiente e por isso muito utili-
A separação de partículas sólidas de um gás pode zado nos processos de separação sólido-gás.
ser efetuada através de diversas maneiras, por exem- 5.2.1 Fatores que influenciam o funcionamento
plo, filtração, precipitação eletrostática, aspersão com de um Ciclone
líquidos, ciclones e outros processos. O mais utilizado
em refinarias, geralmente, é o ciclone, especialmente a) Diâmetro das partículas: o ciclone não é muito e-
empregado em processos de craqueamento catalítico, ficiente para partículas menores do que 0,005 mm.
onde são retidas as partículas finas do processo de b) Velocidade do gás na entrada do ciclone: é muito
craqueamento. importante notar que quanto maior a velocidade do gás
No processo de craqueamento catalítico, o gás que que entra no ciclone, mais partículas finas serão retira-
entra nos ciclones pela abertura lateral encontra-se da do gás. A velocidade do gás que vai para o ciclone
carregado de partículas de catalisador, saindo pela não pode ser aumentada de forma indiscriminada, pois
parte superior, o gás purificado e, por baixo, as partícu- a perda de pressão (perda de carga) que ocorre no
las de catalisador, que voltam ao leito. interior do ciclone poderá ser muito grande.
Dentro do ciclone, as partículas de sólidos chocam- c) Viscosidade: O aumento da viscosidade do gás
se contra as paredes, perdem velocidade e, em conse- dificulta a remoção das partículas.
qüência se precipitam. Um ciclone em operação é apresentado a seguir:
5.2.2 Arranjos entre os Ciclones
Para se obter maior eficiência de remoção de partí-
culas nos ciclones, é possível fazer combinações de
ligações entre os mesmos. Estas ligações poderão ser
em série ou em paralelo, dependendo de cada caso
desejado.
Para altas vazões de gás, utilizam-se as ligações
em paralelo, com a finalidade de reduzir a perda de
pressão (perda de carga) originada pelo processo de
separação nos ciclones.
Na figura a seguir observam-se os arranjos mencio-
nados.

Química e Física 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NOÇÕES DE PROCESSOS DE REFINO.

Refinaria
Refinaria é o nome usual para referir-se as destilarias de
petróleo que realizam o processo químico de limpeza e refino
do óleo cru extraído dos poços e minas de óleo bruto,
produzindo diversos derivados de petróleo, como
lubrificantes, aguarrás, asfalto, coque, diesel, gasolina, GLP,
nafta, querosene, querosene de aviação e outros.
O petróleo bruto (não processado) é composto de
diversos hidrocarbonetos, com propriedades físico-químicas
diferentes. Por isso, tem pouca utilidade prática ou uso.
No processo de refino, os hidrocarbonetos são
separados, por destilação, e as impurezas removidas. Estes
produtos podem então ser utilizados em diversas aplicações.
Refino
Principais produtos
 Asfalto
 Diesel / óleo diesel
 Nafta
 Óleo combustível
 Gasolina
 Querosene e querosene de aviação
5.3 Noções básicas do processo de Craquea-
 Gás liqüefeito de petróleo
mento Catalítico
 Óleos lubrificantes
 Ceras de parafinas
 Coque
 petroleo
Processos comumente encontrados em uma refinaria
 Dessalgação : processo de remoção de sais do óleo
bruto.
 Destilação atmosférica: processo em que o óleo bruto
é separado em diversas frações sob pressão atmosférica.

No processo de craqueamento catalítico, a carga  Destilação à vácuo ou destilação a pressão reduzida:


(gasóleo) entra em contato com o catalisador no riser, processo em que o resíduo da destilação atmosférica é
onde são iniciadas as reações, que ocorrem em fase separado em diversas frações sob pressão reduzida.
gasosa. O riser é um tubo de grande dimensão, que  Hidrotratamento
fica a montante do reator. O reator, por sua vez, fun-
ciona como um vaso separador entre os produtos for-  Reforma catalítica
mados e o catalisador.
 Craqueamento/cracking catalítico: processo em que
O catalisador em forma de pó, ou seja, partículas moléculas grandes (de menor valor comercial) são
muito finas, quando retirado do reator, está impregnado "quebradas" em moléculas menores (de maior valor
com coque; por isso necessita de retificação para re- comercial) através de um catalisador.
tornar ao reator.  Tratamento Merox
No regenerador, o coque do catalisador é queimado
 Craqueamento/cracking retardado/térmico: proceesso
na presença de ar, que vem do blower (soprador). Os em que moléculas grandes (de menor valor comecial) são
gases gerados na combustão do catalisador (CO2, CO, "quebradas" em moléculas menores (de maior valor
H2O, H2, N2, O2 em excesso, e outros gases), antes comercial) pela ação de temperaturas elevadas.
de serem enviados para a atmosfera, passam em uma
caldeira recuperadora de calor (caldeira de CO), para  Alquilação / alcoilação
que o calor latente dos gases, bem como a queima do Gasolina
CO na caldeira possam ser aproveitadas na geração
A Gasolina é uma mistura complexa de hidrocarbonetos
de vapor.
parafínicos, oleofínicos, naftênicos e aromáticos com uma
Os ciclones, que estão localizados no topo do rea- faixa de ebulição entre 30ºC a 220ºC. Aditivos são
tor, evitam que o catalisador contamine os produtos adicionados na gasolina de modo a se obter algumas
que saem do reator. características desejadas. Ex.: resistência a detonação. Para
obter a gasolina diversas frações de petróleo, em sua maioria
Os produtos gerados no reator seguem para uma naftas, são misturadas.
torre de fracionamento, onde são separados em fra-
Diesel
ções, como GLP, nafta craqueada, diesel de FCC
(LCO) e óleo combustível de FCC. Na torre de fracio- O Diesel é formado predominantemente por
namento, ainda é produzids uma fração denominada hidrocarbonetos parafínicos com mais de 14 átomos de
borra, que, por conter algum catalisador arrastado do carbono e sua faixa de ebulição é de 150ºC a 380ºC. O
processo de craqueamento, retorna para o início do Diesel é utilizado em motores de ICO (ignição por
compressão) e têm um rendimento melhor que o redimento
processo, junto com a carga. de motores a gasolina. A taxa de compressão desses
motores é de 15:1 a 24:1.

Química e Física 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Meio Ambiente
As refinarias são complexos industriais que ocupam
grandes áreas e, durante o processo, inevitavelmente são
gerados grandes impactos ao meio ambiente. Dentre os
principais impactos estão as emissões atmosféricas de
poluentes como NOx, SOx, VOC e CO2; elevadas cargas
orgânicas nos efluentes líquidos; e resíduos sólidos diversos
como solos contaminados, borras oleosas, etc.

NOÇÕES DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO: BOMBAS


CENTRÍFUGAS.

BOMBAS CENTRIFUGAS
1 Conceito de Bomba
Bomba é um equipamento que transfere energia de
uma determinada fonte para um liquido, em conse-
qüência do que, este liquido pode deslocar-se de um
ponto para outro, inclusive vencer desnível.
As bombas de uma maneira geral devem apresen-
tar as seguintes características principais:
1. Resistência: estruturalmente adequadas para
resistir aos esforços provenientes da opera-
ção(pressão, erosão , mecânicos).
2. Facilidade de operação: adaptáveis as mais
usuais fontes de energia e que apresentem manu-
tenção simplificada.
3. Alto rendimento: transforme a energia com o 4 Principais Componentes
mínimo de perdas. A bomba centrifuga e constituída essencialmente de
4. Economia: custos de aquisição e operação duas partes:
compatíveis com as condições de mercado. 1. uma parte móvel: rotor solidário a um eixo (de-
2 – Conceito de Bomba Centrífuga nominado conjunto girante)

É aquela que desenvolve a transformação de ener- 2. uma parte estacionaria carcaça(com os ele-
gia através do emprego de forças centrifugas. As bom- mentos complementares: caixa de gaxetas, mancais,
bas centrífugas possuem pás cilíndricas, com geratri- suportes estruturais, adaptações para montagens
zes paralelas ao eixo de rotação, sendo essas pás etc,.).
fixadas a um disco e auma coroa circular, compondo o 4.1 Rotor
rotor da bomba.
É a peça fundamental de uma bomba centrífuga, a
3 – Principio e Funcionamento qual tem a incumbência de receber o líquido e forne-
O funcionamento da bomba centrífuga baseia-se, cer-lhe energia. Do seu formato e dimensões relativas
praticamente, na criação de uma zona de baixa pres- vão depender as características de funcionamento da
são e de uma zona de alta pressão. bomba.

Para o funcionamento, é necessário que a carcaça 4.2 Carcaça


esteja completamente cheia de liquido e portanto, que É o componente fixo que envolve o rotor. Apresenta
o rotor esteja mergulhado no liquido. aberturas para entrada do liquido até ao centro do rotor
Devido à rotação do rotor, comunicada por uma fon- e saída do mesmo para a tubulação de descarga.
te externa de energia(geralmente um motor elétrico), o Fundido juntamente, ou a ela preso mecanicamen-
liquido que se encontra entre as palhetas no interior do te, tem a câmara (ou câmaras) de vedação e a caixa
rotor é arrastado do centro para a periferia pelo efeito (ou caixas) de mancal.
da força centrífuga. Produz-se assim uma depressão
Possui na sua parte superior, uma abertura (suspi-
interna ao rotor, o que acarreta um fluxo vindo através
ro) para ventagem e escorva; e na parte inferior, uma
da conexão de sucção. O liquido impulsionado sai do
outra para drenagem. Nas bombas de maior porte, tem
rotor pela sua periferia, em alta velocidade e é lançado
ainda as conexões para as tubulações de “líquido de
na carcaça que contorna o rotor. Na carcaça grande
selagem” e “liquido de refrigeração”.
parte da energia cinética do liquido (energia de veloci-
dade) é transformada em energia de pressão durante a O bocal (flange) de entrada do fluido na carcaça re-
sua trajetória para a boca de recalque. cebe o nome de “sucção da bomba” e o de saída de
“descarga da bomba”.
Faz-se necessária essa transformação de energia
porque as velocidades do liquido na saída do rotor, Os materiais geralmente utilizados na fabricação da
seriam prejudiciais às tubulações de recalque e tam- carcaça são: ferro fundido, aço fundido, bronze e aços
bém porque a energia de velocidade pode ser facil- liga.
mente dissipada por choques nas conexões e peças
das canalizações de recalque.

Química e Física 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Tipos de Rotores
De acordo com o projeto do rotor em, os mesmos
são considerados:
1. rotor fechado para água limpa e fluido com pe-
quena viscosidade.
2. rotor semi-aberto para líquidos viscosos ou su-
jos;
3. rotor aberto para líquidos sujos e muito visco-
5 - Vantagens Das Bombas Centrífugas sos.
Maior flexibilidade de operação
Uma única bomba pode abranger uma grande faixa
de trabalho (variando a rotação e o diâmetro do rotor).
Pressão máxima
Não existe perigo de se ultrapassar, em uma insta-
lação qualquer , a pressão máxima(Shutt-off) da bom-
ba quando em operação .
Pressão Uniforme
Se não houver alteração de vazão a pressão se
mantém praticamente constante.
Baixo custo
São bombas que apresentam bom rendimento e
construção relativamente simples.
6 - Classificação das Bombas Centrifugas.
Existem várias formas de classificação das bombas
centrífugas, simplificadamente, utilizaremos somente a
classificação segundo o angulo que a direção do líqui-
do ao sair do rotor forma com a direção do eixo, as
bombas se classificam em:
- de fluxo radial: centrifuga propriamente dita. O
liquido sai do rotor radialmente a direção do eixo.
São as mais difundidas. A potência consumida
cresce com o aumento da vazão.
- de fluxo axial: propulsora. A água sai do rotor
com a direção aproximadamente axial com relação
ao eixo. Neste tipo de bomba o rotor é também
chamado de hélice. A potência consumida, ao con-
trário da centrífuga é maior quando a sua saída se
acha bloqueada. É indicada para grandes vazões e
baixas alturas manométricas.
- de fluxo misto: centrifugo-propulsora. O liquido
sai do rotor com direção inclinada com relação ao
eixo. Atende a faixa intermediária entre a centrifuga
e a axial A direita do ponto de melhor rendimento a
vazão aumenta com decréscimo da altura manome-
trica, mas a potência consumida diminui ligeiramen-
te. Para a esquerda a altura manometrica cresce
com a diminuição da vazão, enquanto que a potên-
cia consumida cresce ligeiramente de inicio e em 7 Seleção de Bombas Centrífugas
seguida decresce.
Não abordaremos em nosso estudo, o processo de
seleção do tipo de bomba, isto é, se volumétrica ou
turbobomba. Como a maioria das bombas utilizadas
em instalações hidráulicas e prediais são do tipo centri-
fuga; nosso estudo abordará o processo de seleção do
modelo de bomba centrifuga.

Química e Física 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7.1 Processo de Seleção Apresentamos a seguir os diversos tipos de curvas
1. Definir ou calcular a vazão necessária (Q), características das bombas centrífugas.

2. Determinar a altura manométrica da bomba - 8.1 Altura Manométrica X Vazão ( HB X Q )


HB, A carga de uma bomba, ou altura manométrica (HB)
3. Entrar com a altura manométrica (HB) e a va- é definida como a “Energia por Unidade de Peso” que
zão (Q) em um diagrama de blocos de um catálogo de a bomba fornece ao fluido em escoamento através da
fornecedor de bombas, selecionando modelos adequa- mesma; sendo função do tipo de pás do rotor, gerando
dos à aplicação em questão (verificar as diversas rota- vários tipos de curvas, as quais recebem diferentes
ções), designações, de acordo com a forma que apresentam.

Estas curvas, fornecidas pelos fabricantes, são ob-


tidas através de testes em laboratórios; com água fria a
20 ºC; entretanto as mesmas podem ser reproduzidas
em uma instalação hidráulica existente, de acordo com
A figura anterior apresenta um gráfico de pré- o fluido em operação.
seleção de bombas de um determinado fabricante, a
Fonte:
partir do qual o usuário tem uma idéia de quais catálo-
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAADyQAH/bomb
gos consultar a respeito da seleção propriamente dita,
as-centrifugas
locando o ponto de trabalho neste gráfico e determi-
nando qual a "família" ideal de bombas.
1. Com os modelos selecionados, obter as curvas
PERMUTADORES CASCO/TUBOS.
características da bomba, geralmente no próprio catá-
logo,
2. Construir a curva característica da instalação – PERMUTADORES DE CALOR
CCI, 1 - DESCRIÇÃO
3. Determinar as grandezas relativas ao ponto de 1.1 - Introdução
trabalho para os diversos modelos selecionados (Q,
O permutador de calor é um equipamento onde dois
HB, B, NPSHREQ, NB) fluidos, com temperaturas diferentes, trocam calor a-
4. Verificar o rendimento da bomba para cada mo- través de uma interface metálica. No processamento
delo selecionado, de uma Unidade Petroquímica o permutador de calor é
5. Analisar as condições de cavitação para cada empregado não só para economizar calor, mas tam-
modelo selecionado, bém para atender as necessidades do processo. De
acordo com os fluidos que trocam calor e com o fim a
6. Determinar a potência necessária no eixo de ca- que se destina, o permutador é chamado de:
da modelo selecionado,
a) Intercambiador - (Exchanger)
7. Em função da avaliação do rendimento, NPS-
Quando há troca de calor entre dois fluidos de pro-
HREQ, potência e custo, selecionar a bomba adequada
cesso.
à instalação.
b) Resfriador - (Cooler)
8 Curvas Características de Bombas Centrífugas
Quando resfria fluidos do processo, usando água
As curvas características de bombas centrífugas
como fluido frio.
traduzem através de gráficos o seu funcionamento,
bem como, a interdependência entre as diversas gran- c) Condensador - (Condenser)
dezas operacionais. Quando um fluido no estado de vapor passa para o
As curvas características são função, principalmen- estado líquido. Geralmente, o fluido frio é a água.
te, do tipo de bomba, do tipo de rotor, das dimensões d) Vaporizador - (Rebolier)
da bomba, da rotação do acionador e da rugosidade
interna da carcaça e do rotor. Quando vaporiza o líquido da base de uma torre de
destilação, por meio de vapor d'água ou outro fluido
As curvas características são fornecidas pelos fa- quente.
bricantes das bombas, através de gráficos cartesianos,
os quais podem representar o funcionamento médio de e) Aquecedor - (Heater)
um modelo fabricado em série, bem como, o funciona- Quando aquece um fluido do processo por meio de
mento de uma bomba específica, cujas curvas foram vapor d’água.
levantadas em laboratório.
f) Caixa Resfriadora - (Cooler box)
Estas curvas podem ser apresentadas em um, ou
Quando resfria líquido do processo passando numa
mais de um gráfico e representam a performance das
o grande serpentina disposta dentro de um reservatório
bombas operando com água fria, a 20 C. Para fluidos
de água.
com outras viscosidades e peso específico, devem-se
efetuar as devidas correções nas mesmas. 1.2 - Descrição Geral

Química e Física 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Um permutador de calor, de um modo geral, tem a Evidentemente, a escolha do fluido que passa pelos
forma da fig.0l. Como mostra a figura, ele consta exter- tubos ou pelo casco deve atender as melhores condi-
namente das seguintes partes: casco, carretel, tampa ções para o processo, ao menor custo de construção e
do carretel, tampa do casco,suspiro e dreno. facilidade de manutenção. De uma maneira geral, pas-
fig. 02, mostra internamente um permutador de ca- sam pelos tubos:
lor, no qual se destacam as seguintes partes: feixe de a) Líquidos sujos, carregando material em suspen-
tubos,espelho flutuante,tampa do flutuante,espelho são, porque é mais fácil remover a sujeira dos tubos do
fixo e chicanas. que do casco;
A fig. 03 e a tabela 01 mostram a nomenclatura pa- b) Líquidos corrosivos, porque é mais fácil substituir
dronizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, para os tubos furados do que o casco;
permutadores de calor. c) Líquidos de alta pressão. O casco não é constru-
Suponhamos um fluido quente entrando nos tubos e ído para resistir a pressões muito altas.
um fluido frio passando pelo casco (fig. 02). Observa- d) Água de refrigeração, por facilidade de limpeza;
se que o líquido, passando pelos tubos, entre pelo
carretel e percorre 4 (quatro) seções do feixe de tubos. e) Vapor d'água, porque a água de condensação
pode ser arrastada.
Cada percurso por uma seção corresponde a um
passo. Assim, diz-se que o permutador de calor é de 4 Fluidos que passam no casco:
(quatro) passos no feixe de tubos. Contudo, é possível a)Vapores em grande, volume, porque a condensa-
existir feixe de tubos com um numero de passos maior ção dos vapores provoca turbulência, aumentando a
ou menor do que quatro. As divisões da tampa do flu- troca de calor;
tuante e do carretel encaminham o fluido quente dentro
dos tubos, formando os passos. b) Líquidos que, passando pelo permutador, devem
ter baixa queda de pressão.
Os tubos são fixados em suas extremidades por
dois suportes chamados espelhos. De um lado o espe- Entre os líquidos de propriedades semelhantes, de-
lho é solidário com o casco, daí o nome de espelho ve passar pelos tubos aquele de maior pressão, maior
fixo. O líquido quente, percorrendo os tubos, cede ca- temperatura e o mais corrosivo.
lor, através da interface metálica, para o líquido frio que - Instrumentação do Permutador de Calor
caminha no casco. Recebendo um fluido quente, os
A instrumentação relacionada com o permutador de
tubos se dilatam e daí chamar-se de espelho móvel ao
calor está localizada nas tubulações de entrada e saída
suporte dos tubos passível de deslocar-se.
do mesmo. Essa instrumentação varia com a finalidade
O fluido do lado do casco entra no permutador de do permutador no processamento. Assim, instrumentos
calor no mesmo lado por onde sai o fluido dos tubos. medidores de temperatura, vazão e pressão podem ser
Assim, a corrente fria e a corrente quente caminham - encontrados nas tubulações de entrada saída de um
dentro do permutador de calor em sentidos opostos. permutador, tudo dependendo da necessidade de con-
Esse caminho aos fluidos no permutador de calor é trole do processo. É regra geral que num resfriador ou
o mais comum. O caminho do fluido no casco e cons- numa série de resfriadores, deve haver um termômetro
tantemente desviado pelas chicanas. Estas causam na saída da água de refrigeração.
uma turbulência maior do fluido, favorecendo uma tro- 2 - OPERAÇÃO
ca de calor entre a superfície metálica quente dos tu- 2.1 - Normas de operação
bos e o fluido frio.
a) Condições de segurança
A fig. 02 ilustra o melhor caminho do fluido pelo
casco. A temperatura e a pressão limites, nas quais devem
trabalhar os tubos e o casco, estão especificadas na
Nela, vê-se uma chicana que desvia o fluido, evi- chapinha do fabricante presa ao permutador. Elas não
tando um impacto do mesmo com os tubos, o que viria devem ser ultrapassadas. Assim, nos resfriadores, a
a ocasionar seu desgaste. De acordo com as figuras, o temperatura de saída não deve exceder de um certo
casco é de um passo porque o fluido passa pelo mes- valor (70°C) para evitar deposição de sais.
mo uma só vez. No entanto permutadares de calor com
mais de um passo no casco, são também encontrados. b) Aquecimento e resfriamento
Os passos, tanto no feixe de tubos como no casco, Tanto na partida como na parada, os permutadores
obrigam os fluidos a passar pelo permutador de calor a de calor devem ser aquecidos ou resfriados lentamen-
velocidade maior, estabelecendo, assim, uma troca te. Isto é particularmente importante quando as tempe-
térmica maior. raturas de operação são elevadas. A rápida entrada de
1.3 - Materiais usados em permutadores de calor um 1íquido a alta temperatura pode provocar desigual-
dades de expansão nos tubos, causando vazamento
a) Tubos: são geralmente de aço carbono comum, nos mesmos e deformação do feixe.
quando o meio não é agressivo. Conforme a agressivi-
dade do meio, empregam-se: - aços liga (4 - 6% Cr) - c) Partida
aços inoxidáveis-(Cr-Ni ou Cr -Ni-Mo) - latões (Cu-Zn) - Entra primeiro o fluido mais frio. Se o fluido mais frio
bronzes (Cu-Sn) está ligeiramente quente, então deixa-se o mesmo
 ligas de Cu-Ni entrar lentamente. Quanto mais quente o fluido, mais
lenta deve ser a sua passagem pelo permutador de
 alumínio calor.
 duplex d) Parada
b) Casco: geralmente é feito de aço carbono, em Primeiro fecha-se a entrada do flui do mais quente.
chapas, que são calandradas e soldadas, no caso de Se isto não for observado, pode haver vazamento nos
não haver tubo nas dimensões desejadas. tubos, O mesmo pode acontecer na partida, se não
1.4 - Escolha do fluido entrar primeiro o fluido mais frio.
O permutador já está para receber determinados lí- e) Suprimento de água
quidos nos tubos e no casco. Isto é escolhido pelo Falha no suprimento de água do resfriador pode
projetista do permutador de calor. Não há regras fixas trazer serias consequências. Quando o fluido a esfriar
que estabeleçam qual o tipo de fluido deve passar pe- é muito quente, a interrupção da água provoca um
los tubos. grande aquecimento, do aparelho. Se a água volta a
circular, haverá um resfriamento brusco do permutador.

Química e Física 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esta mudança rápida de temperatura afrouxa parafu- esta inversão só ocorre em trocadores com água sal-
sos e abre as juntas. Por isso é necessário um fluxo gada.
contínuo de água. d) Limpeza química
1. Condensado Sempre se deve drenar a água É um método pouco empregado, mas dependendo
de um ebulidor ou aquecedor, para evitar o fenômeno do fluido e das análises químicas da sujeira, pode se
chamado martelo hidráulico. Isto pode ser explicado fazer a limpeza com um solvente adequado.
da seguinte maneira: supondo-se água acumulada nos 3.2 - Vazamentos
tubos do ebulidor e abrindo-se a válvula do vapor
d’água, este vai conduzir a água a uma grande veloci- Depois que um permutador de calor entra em servi-
dade até encontrar um obstáculo, provocando um ço o feixe de tubos pode apresentar vazamentos. Isto é
grande choque. Este impacto severo (martelo hidráuli- constatado pela mistura do fluido que passa nos tubos
co) pode causar ruptura de material. com o fluido correndo no casco. Os vazamentos ge-
ralmente ocorrem num dos seguintes lugares (fig. 02):
g) Ejetores
a) junção dos tubos no espelho fixo;
Condensadores e resfriadores situados em lugares
elevados são munidos de ejetores na saída da água de b) junta entre o espelho flutuante e a tampa do flu-
refrigeração. Os ejetores só funcionam na par tida. tuante;
Provocam sucção na linha, facilitando a subida da á- c) junções dos tubos no espelho flutuante;
gua para o pemutador. Esses aparelhos funcionam
com ar comprimido. d) paredes dos tubos.

2.2 - Causas de perda da eficiência De acordo com o tipo de permutador, haverá uma
maneira de identificar esse vazamento. Para o tipo do
a) O permutador está sujo e, neste caso, não há e- permutador mostrado nas figuras 01 e 02, os vazamen-
ficiente troca calor. tos podem ser constatados da maneira descrita abaixo.
b) O carretel ou a tampa do flutuante não estão ins- 1. Vazamentos nas juções dos tubos no espe-
talados corretamente; assim sendo, o caminho do flui- lho fixo
do dentro do permutador não se processa de acordo -
com o projetado. Retira-se a tampa do carretel. Enche-se o casco do
permutador com água sob pressão. Qualquer vaza-
c) A tubulação que se liga ao permutador não dá a mento será logo visto. Caso haja vazamento tubo deve
vazão para a qual o aparelho foi Projetado. ser mandrilado.
d) As condições de operação diferem daquelas para 1. Vazamento da junta entre o espelho flutuan-
as quais o permutador foi projetado. te e a tampa do flutuante
3 - MANUTENÇÃO Retira-se a tampa do casco. Enche-se os tubos do
3.1 - Limpeza permutador com água sob pressão. Examina-se a jun-
ta. Se houver vazamento, apertar os parafusos. Se o
A eficiência do pemutador de calor depende da lim- vazamento continua, retira-se a cobertura dos tubos e
peza dos tubos. durante a operação, sujeira se acumu- substitui-se a junta.
la dentro e fora dos tubos prejudicando grandemente a
troca de calor, como também aumentando a queda de c) Vazamento nas junções dos tubos no espelho
pressão do fluido. Essa sujeira é formada por depósitos flutuante
de sais, ferrugem, coque, pó de coque, fibras vegetais, Retira-se as tampas do casco e do flutuante e colo-
camadas de graxa, corpos de microorganismos etc. ca-se um anel de teste entre o espelho flutuante e o
Há vários métodos de limpeza por vapor, limpeza flange do casco. Enche-se o casco com água sou
mecânica e por inversão de fluxo. pressão e localiza-se o vazamento.
a) Limpeza por vapor d) Vazamento nas paredes dos tubos
Por este processo o permutador de calor não preci- Este tipo de vazamento é difícil de ser localizado.
sa ser desmontado passa-se vapor pelo casco e pelos Há um método de verificação que consiste em fazer
tubos, entrando por um respiradouro e carregando a uma selagem com uma tampa metálica entre o flange
sujeira, por um dreno. Esse método é eficiente para do casco e o espelho flutuante. Neste caso, seriam
remover camadas de graxa ou depósitos agregados retiradas a tampa do casco, a tampa do flutuante e a
frouxamente nos tubos ou no casco do permutador de tampa do carretel. Injeta-se água sob pressão no cas-
calor. co. Com a selagem não há perigo de a água sair pelo
lado do espelho flutuante. Qualquer vazamento num
b) Limpeza mecânica dos tubos seria identificado por um jato forte de água
Usando este método, o permutador de calor neces- saindo daquele tubo. Também e possível proceder-se
sita ser desmontado. A turma de manutenção deve de modo contrário. Manter a tampa do casco e retirar a
retirar a tampa do carretel, a tampa do casco e a tampa tampa do carretel. Neste caso não seria preciso sela-
do flutuante. gem. O vazamento seria observado do lado do carretel.
Contudo, o método para se verificar o vazamento em
Camadas de graxa, lama e sedimentos frouxos po-
parede de tubo vai depender do permutador e da solu-
dem ser removidos dos tubos por meio de arames,
ção a ser dada, no momento, pelo departamento de
escovas ou jatos de água.
Manutenção. Vazamentos em geral no feixe de tubos
Se os sedimentos estão duramente agregados nos podem ser identificados da seguinte maneira: injeta-se
tubos, entupindo-os, então usam-se máquinas perfura- água sob pressão no casco e fecham-se as válvulas de
trizes. Existem tipos variados dessas máquinas. Cons- entrada e saída da água. Um manômetro registrará a
tam, essencialmente, de um eixo metálico que, girando pressão da água dentro do casco. Qualquer diminuição
dentro dos tubos, expulsa os sedimentos. Muitas vezes daquela pressão indicará que há vazamentos em qual-
acontece que um feixe de tubos está muito sujo e nu- quer ponto do permutador de calor.
ma parada não haverá tempo suficiente para limpá-lo.
Então, retira-se o feixe de tubos do permutador e subs-
titui-se por outro. NOMENCLATURA PADRONIZADA
c) Limpeza por inversão de fluxo 1 -CASCO
De acordo com a prática de operação deve-se fazer 2 - FEIXE TUBULAR
a inversão de fluxo por algum tempo, provocando as- 2.1 - Tubos
sim a retirada das sujeiras acumuladas. Normalmente, 2.2 - Espelhos

Química e Física 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) Fixo b) Flutuante FIG 03
2.3 - Chicanas
2.4 - Tirantes
2.5 - Espaçadores CEFET-BA / DTMM
2.6 - Quebra-jato Profº Elieser Parcero Oliveira
3 - CARRETEL
4 - CONEXOES
5 - FLANGES
6 -TAMPAS TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS.
6.1 - Casco
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
6.2 - Flutuante
6.3 - Carretel TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
7 - DEFLETORES Definição: Conjunto de tubos e seus acessórios
7.1 - Carretel
7.2 - Tampa flutuante Aplicações:
7.3 - Tampa do casco • Distribuição de vapor para força e/ou para a-
8 - ESTOJOS OU PARAFUSOS E PORCAS quecimento;
8.1 - Tampa do casco 8.2 - Casco-Carretel 8.3 -
• Distribuição de água potável ou de processos
Tampa do Carretel 8.4 - Tampa flutuante
industriais;
9 - JUNTAS
9.1 - Tampa do casco • Distribuição de óleos combustíveis ou lubrifi-
9.2 - Casco-espelho fixo cantes;
9.3 - Tampa flutuante • Distribuição de ar comprimido;
9.4 - Carretel-espelho fixo
9.5 - Tampa do carretel • Distribuição de gases e/ou líquidos industriais.
10 - ANEIS Custo:
10.1 - Espaçador
10.2 - Bipartido Em indústrias de processamento, indústrias quími-
10.3 - Teste cas, refinarias de petróleo, indústrias petroquímicas,
11 - BERÇOS boa parte das indústrias alimentícias e farmacêuticas, o
11.1 - Deslizante custo das tubulações pode representar 70% do custo
11.2 - Fixo dos equipamentos ou 25% do custo total da instalação.

PERMUTADORES DE CALOR

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TUBOS

FIG 01
“A QUALIDADE DO TUBO INDEPENDE DO PRO-
CESSO DE FABRICAÇÃO”
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TUBOS
FABRICAÇÃO POR LAMINAÇÃO

FIG 02

Química e Física 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

MATERIAIS PARA TUBOS


Existe uma variedade muito grande de materiais a-
tualmente utilizados para a fabricação de tubos.
ASTM especifica mais de 500 tipos diferentes.

FATORES DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DE


MATERIAIS
Os principais fatores que influenciam são:
• Fluido conduzido – Natureza e concentração
do fluido, impurezas ou agentes contaminadores; pH;
Velocidade; Toxidez; Resistência à corrosão;
Possibilidade de contaminação.
• Condições de serviço – Temperatura e pressão
de trabalho. (Consideradas as condições extremas,
mesmo que sejam condições transitórias ou eventuais.)
• Nível de tensões do material – O material deve
ter resistência mecânica compatível com a ordem de
grandeza dos esforços presentes. ( pressão do fluido,
pesos, ação do vento, reações de dilatações
térmicas, sobrecargas,esforços de montagem etc.
• Natureza dos esforços mecânicos – Tração;
Compressão; Flexão; Esforços estáticos ou dinâmicos;
Choque s; Vibrações; Esforços cíclicos etc.
• Disponibilidade dos materiais – Com exceção
do aço-carbono os materiais tem limitações de disponi-
bilidade.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TUBOS • Sistema de ligações – Adequado ao tipo de
FABRICAÇÃO DE TUBOS COM COSTURA material e ao tipo de montagem.
• Custo dos materiais – Fator freqüentemente
decisivo. Deve-se considerar o custo direto e também
os custos indiretos representados pelo tempo de vida,

Química e Física 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e os conseqüentes custos de reposição e de paralisa- •- 45ºC torna-se quebradiço
ção do sistema. EXISTE AÇOS ESPECIAIS PARA BAIXAS TEM-
• Segurança – Do maior ou menor grau de segu- PERATURAS COM MENOS CARBONO E MAIS
rança exigido dependerão a resistência mecânica e o MANGANÊS PARA TEMPERATURAS ABAIXO DE
tempo de vida. 0ºC E ACIMA DE 400ºC É RECOMENDADO A UTILI-
• Facilidade de fabricação e montagem – Entre ZAÇÃO DE AÇO-CARBONO ACALMADO ( 1% de Si)
as limitações incluem-se a soldabilidade, usinabilidade, O AÇO-CARBONO EXPOSTO À ATMOSFERA
facilidade de conformação etc. SOFRE CORROSÃO UNIFORME (ferrugem) E O
• Experiência prévia – É arriscado decidir por um CONTATO DIRETO COM O SOLO CAUSA CORRO-
material que não se conheça nenhuma experiência SÃO ALVEOLAR PENETRANTE.
anterior em serviço semelhante. DE UM MODO GERAL O AÇO-CARBONO APRE-
• Tempo de vida previsto – O tempo de vida de- SENTA BAIXA RESISTÊNCIA À CORROSÃO (utiliza-
pende da natureza e importância da tubulação e do se com revestimento ou joga-se com sobre espessura).
tempo de amortização do investimento. Tempo de vida OS RESÍDUOS DE CORROSÃO DO AÇO-
para efeito de projeto é de aproximadamente 15 anos. CARBONO NÃO SÃO TÓXICOS MAS PODEM AFE-
OBSERVAÇÕES SOBRE A SELEÇÃO DE MATE- TAR A COR E O GOSTO DO FLUIDO CONDUZIDO.
RIAIS O AÇO-CARBONO É VIOLENTAMENTE ATACA-
Para a solução do problema da escolha dos materi- DO PELOS ÁCIDOS MINERAIS, PRINCIPALMENTE
ais, a experiência é indispensável e insubstituível ou QUANDO DILUIDOS OU QUENTES E SUPORTA
seja, material para ser bom já deve ter sido usado por RAZOAVELMENTE O SERVIÇO COM ÁLCALIS.
alguém anteriormente. OS TUBOS DE AÇO-CARBONO SÃO COMERCIA-
Seguir a experiência é a solução mais segura, em- LIZADOS SEM TRATAMENTO (TUBO PRETO) OU
bora nem sempre conduza à solução mais econômica. PROTEGIDOS COM REVESTIMENTO DE ZINCO
DEPOSITADO A QUENTE (TUBO GALVANIZADO).
Rotina para seleção de materiais:
TUBOS DE ACOS-LIGA E AÇOS INOXIDÁVEIS
1 – Conhecer os materiais disponíveis na prática e
suas limitações físicas e de fabricação. • OS TUBOS DE AÇO-LIGA OU DE AÇO INO-
XIDÁVEL SÃO BEM MAIS CAROS
2 – Selecionar o grupo mais adequado para o caso
tendo em vista as condições de trabalho, corrosão, • A SOLDAGEM, CONFORMAÇÃO E MONTA-
nível de tensão etc. GEM TAMBÉM SÃO MAIS DIFÍCEIS E MAIS CARAS.

3 – Comparar economicamente os diversos materi- CASOS GERAIS DE EMPREGO


ais selecionados, levando em conta todos os fatores de • Altas temperaturas
custo.
• Baixas temperaturas
COMPARAÇÃO DE CUSTOS DE MATERIAIS
• Alta corrosão
A comparação de custos deve ser feita comparando
• Necessidade de não contaminação
a relação custo/resistência mecânica ou seja, a compa-
ração deve ser feita entre preços corrigidos que serão • Segurança
os preços por kg multiplicado pelo peso específico e DEFINIÇÕES:
dividido pela tensão admissível de cada material.
Aços-liga são todos os aços que contêm elementos,
Na comparação de custos dos materiais devem a- além dos que compõem os aços carbono.
inda ser levados em consideração os seguintes pontos:
Aços-liga, para tubulações, destaca duas classes
- Resistência à corrosão ( sobreespessura de importantes:
sacrifício ).
• Mo+Cr p/ altas temperaturas
- Maior ou menor dificuldade de solda
o Mo  Melhora resistência à fluência
- Maior ou menor facilidade de conformação e
de trabalho o Cr  Melhora resistência à oxidação
- Necessidade ou não de alívio de tensões. • Ni p/ baixas temperaturas
Os Aços inoxidáveis contêm pelo menos 12% de Cr
que lhes conferem a propriedade de não se enferruja-
rem mesmo em exposição prolongada em uma atmos-
fera normal.
Aços inoxidáveis podem ser
TUBOS DE AÇO-CARBONO (Chamados de uso • AUSTENÍTICO (não magnético)
geral) o Corrosão intergranular pela precipitação de
• BAIXO CUSTO carboneto de Cr (T>450)
• EXCELENTES QUALIDADES MECÂNICAS o Corrosão alveolar provocada Pelo ion cloro
(Cloretos,Hipo cloreto etc.)
• FÁCIL DE SOLDAR E DE CONFORMAR
• FERRÍTICO (magnético)
• REPRESENTA 90% DOS TUBULAÇÕES IN-
DUSTRIAIS UTILIZADO PARA: Água doce, vapor,
condensado, ar comprimido, óleo, gases e muitos ou-
tros fluidos pouco corrosivos.
LIMITES DE TRABALHO PELA TEMPERATURA
• 450ºC para serviço severo
• 480ºC para serviço não severo
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL PARA TUBOS
• 520ºC máximo em picos DE AÇO
• 370ºC começa deformação por fluência NO CASO DE TUBOS AS ESPECIFICAÇÕES
• 530ºC oxidação intensa (escamação) MAIS COMUNS SÃO:

Química e Física 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ASTM • Das velocidades e perdas de carga admissí-
Aço Carbono; veis

• A53, A106 Tubo Preto • Da natureza do fluido

• A120 Tubo preto ou Galvanizado • Do material e tipo da tubulação

Aço inoxidável EXCEÇÕES

• A312 • Diâmetro do bocal do equipamento (TUBOS


CURTOS)
• Vão entre os suportes (VAZÕES PEQUENAS)
EM GERAL CÁLCULO É FEITO POR APROXIMA-
ÇÕES SUCESSIVAS
CÁLCULO DO DIÂMETRO � Função das velocida-
des de escoamento ou Das perdas de carga
Tabela de Exemplo para o ASTM A-106 “VELOCIDADES ALTAS PORQUE PODE CAUSAR
DIÂMETROS COMERCIAIS DOS TUBOS DE AÇO VIBRAÇÕES NA TUBULAÇÃO”

Norma ANSI. B.36.10  Aço Carbono e Aço Liga GRANDEZAS CONHECIDAS (Cálculo da perda de
carga)
Norma ANSI. B.36.19  Aço Inoxidáveis
• Vazão
TODOS OS TUBOS SÃO DESIGNADOS POR UM
NÚMERO CHAMADO “DIÂMETRO NOMINAL IPS” • Cota e pressão dos pontos extremos
(Iron Pipe Size) ou “BITOLA NOMINAL” • Natureza do líquido
A partir de 14” o Diâmetro Nominal coincide com o • Comprimento equivalente
diâmetro externo dos tubos.
1. QUANTO MAIOR A PERDA DE CARGA MAI-
NORMA DIMENSIONAL ABNT OR A ENERGIA PERDIDA
A ABNT ADOTOU A ANSI B.36 DESPREZANDO A 2. PARA DIMINUIR A PERDA DE CARGA É
POLEGADA DO DIÂMETRO NOMINAL USANDO O PRECISO AUMENTAR O DIÂMETRO
NÚMERO COMO DESIGNAÇÃO.
3. RESULTA EM UM PROBLEMA ECONÔMICO
Para cada Diâmetro Nominal fabricam-se tubos com
O DIÂMETRO DEVE SE ADEQUAR AO VALOR
várias espessuras de parede, denominadas “séries” ou
ENCONTRADO NAS DIMENSÕES NORMALIZADAS
“schedu-
PARA
FABRICAÇÃO DE TUBOS.
le”. CÁLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DO TU-
BO
PARA CADA DIÂMETRO NOMINAL O DIAMETRO
EXTERNO É SEMPRE CONSTANTE, VARIANDO (Em função da pressão interna)
APENAS O DIÂMETRO INTERNO, QUE SERÁ TAN-
TO MENOR QUANTO MAIOR FOR A ESPESSURA
DE PAREDE DO TUBO.

Onde:
Esta Fórmula Só Pode Ser Utilizada Se O Diâmetro
Externo For Maior Que 6 (Seis)
Vezes A Espessura Da Parede
CÁLCULO DA ESPESSURA DE PAREDE (Norma
ANSI/ASME. B.31)
SEÇÕES TRANSVERSAIS EM TUBOS DE 1” DE
DIÂMETRO NOMINAL

OU

TIPOS DE PONTAS DE TUBOS

Onde:

DIMENSIONAMENTO DO DIÂMETRO DA TUBU-


LAÇÃO
NA MAIORIA DOS CASOS É UM PROBLEMA HI-
DRÁULICO QUE DEPENDE:
• Da vazão necessária de fluido
• Das diferenças de cotas existentes
AS FÓRMULAS NÃO PODEM SER APLICADAS
• Das pressões disponíveis QUANDO P/SE > 0,385 E TAMBÉM QUANDO t > D/6

Química e Física 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A SOBRE ESPESSURA PARA CORROSÃO E Severo efeito de corrosão sob-tensão quando em
EROSÃO SERÁ O PRODUTO DA TAXA ANUAL DE contato com:
CORROSÃO PELO NÚMERO DE ANOS DA VIDA • Amônia
ÚTIL; PARA TUBULAÇÕES EM GERAL, TOMA-SE • Aminas
DE 10 A 15 ANOS DE VIDA ÚTIL. • Compostos Nitrados
NA FALTA DE DADOS, PARA O AÇO CARBONO, DEVIDO AO ALTO COEFICIENTE DE TRANSMIS-
E AÇO DE BAIXA LIGA, CONSIDERA-SE: SÃO DE CALOR SÃO USUALMENTE EMPREGADOS
EM SERPENTINAS, COMO TUBOS DE AQUECI-
1. 1,2 mm como valor mínimo para a sobre es- MENTO OU REFRIGERAÇÃO NÃO DEVEM SER
pessura de corrosão EMPREGADOS PARA PRODUTOS ALIMENTARES
2. 2,0 mm em serviços de média corrosão OU FARMACÊUTICOS PELO FATO DE DEIXAREM
RESÍDUOS TÓXICOS PELA CORROSÃO
3. até 4,0 mm em serviços de alta corrosão PRINCIPAIS ESPECIFICAÇÕES DA ASTM
DEFINIÇÃO DE UM TUBO (Especificação para • Tubos de Cobre B.68, B.75,B.88
Compra) • Tubos de Latão B.111
• Tubos de Cobre-níquel B.466
DIÂMETRO NOMINAL
ALUMÍNIO E SUAS LIGAS
NÚMERO DE SÉRIE Muito boa resistência ao contato com:
TIPO DE EXTREMIDADE • A atmosfera
• A água
• Ponta lisa • Compostos orgânicos,
• Ponta chanfrada (especificada) • Ácidos orgânicos
A RESISTÊNCIA MECÂNICA É MUITO BAIXA
• Ponta rosqueada (especificada) A adição de Si, Mg ou Fe melhora a resistência me-
PROCESSO DE FABRICAÇÃO (com ou sem cos- cânica.
tura) DEVIDO AO ALTO COEFICIENTE DE TRANSMIS-
ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL SÃO DE CALOR SÃO EMPREGADOS EM SERPEN-
TINAS, COMO TUBOS DE AQUECIMENTO OU RE-
TIPO DE ACABAMENTO OU DE REVESTIMENTO FRIGERAÇÃO OS RESÍDUOS RESULTANTE DA
QUANTIDADE CORROSÃO NÃO SÃO TÓXICOS
PRINCIPAL ESPECIFICAÇÃO É A ASTM B.111
Normalmente indica-se a quantidade total em uni- CHUMBO
dade de comprimento ou em peso. • Baixa resistência mecânica
A indicação do comprimento da vara de tubo não é • Pesado
importante porque pode haver variação, em função do CARACTERÍSTICAS
processo de fabricação • excepcional resistência à corrosão
• Pode trabalhar com H2SO4 em qualquer con-
TUBOS DE FERRO FUNDIDO
centração
• SÃO USADOS PARA ÁGUA, GÁS, ÁGUA NÍQUEL E SUAS LIGAS
SALGADA E ESGOTOS, EM SERVIÇOS DE BAIXA RESISTÊNCIA À CORROSÃO, E BOAS QUALI-
PRESSÃO , TEMPERATURA AMBIENTE E SEM DADES MECÂNICAS E DE RESISTÊNCIA ÀS TEM-
GRANDES ESFORÇOS MECÂNICOS. PERATURAS, TANTO ELEVADAS COMO BAIXAS.
• ÓTIMA RESISTÊNCIA À CORROSÃO DO PRINCIPAIS TIPOS
SOLO • Níquel Comercial
• Metal Monel (67% Ni, 30% Cu)
• OS TUBOS DE MELHOR QUALIDADE SÃO • Inconel (80% Ni, 20% Cr)
FABRICADOS EM MOLDES CENTRIFUGADOS TITÂNIO, ZIRCÔNIO E SUAS LIGAS
• SÃO PADRONIZADOS PELO DIÂMETRO EX- MATERIAIS COM PROPRIEDADES EXTRAORDI-
TERNO DE 2” A 48” COM AS EXTREMIDADES: NÁRIAS TANTO DE RESISTÊNCIA À CORROSÃO,
COMO RESISTÊNCIA ÀS TEMPERATURAS E QUA-
o Lisa LIDADESMECÂNICAS; ALÉM DISSO O PESO ESPE-
o Flange Integral CÍFICO É CERCA DE 2/3 DO PESO DOS AÇOS.
A PRINCIPAL DESVANTAGEM É O PREÇO EX-
o Ponta e Bolsa
TREMAMENTE ELEVADO
SEGUEM AS NORMAS EB-43 e P-EB-137 DA TUBOS NÃO-METÁLICOS
ABNT E SÃO TESTADOS PARA PRESSÕES DE ATÉ PLÁSTICOS (GRUPO MAIS IMPORTANTE)
3 MPa ( APROX. 30 Kgf/cm2) A UTILIZAÇÃO DE TUBOS DE PLÁSTICO TEM
CRESCIDO NOS ÚLTIMOS ANOS, PRINCIPALMEN-
FERRO FUNDIDO NODULAR  Adição de Si, Cr
TE COMO SUBSTITUTOS PARA OS AÇOS INOXI-
ou Ni  Aumenta a resistência mecânica.
DÁVEIS
TUBOS DE METAIS NÃO-FERROSOS VANTAGENS
DE UM MODO GERAL SÃO DE POUCA UTILIZA- • Pouco peso
ÇÃO DEVIDO AO ALTO CUSTO • Alta resistência à corrosão
• Coeficiente de atrito muito baixo
Comparação geral com o Aço Carbono: • Facilidade de fabricação e manuseio
NÃO-FERROSOS • Baixa condutividade térmica e elétrica
• Melhor resistência à corrosão • Cor própria e permanente
• Preço mais elevado DESVANTAGENS
• Menor resistência mecânica • Baixa resistência ao calor
• Menor resistência às altas temperaturas • Baixa resistência mecânica
• Melhor comportamento em baixas temperatu- • Pouca estabilidade dimensional
ras • Insegurança nas informações técnicas
COBRE E SUAS LIGAS • Alto coeficiente de dilatação
Excelente resistência ao ataque • Alguns plásticos podem ser combustíveis
• Da atmosfera TERMOPLÁSTICOS (para dia. pequenos) Políme-
• Da água, inclusive salgada ros de cadeia reta (Podem ser moldados pelo calor)
• Dos álcalis e dos ácidos diluídos TERMOESTÁVEIS (Termofixos, para dia. Grandes)
• De muitos compostos orgânicos Polímeros de cadeia ramificada (Não podem ser mol-
• De numerosos outros fluidos corrosivos dados)

Química e Física 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PLÁSTICO AÇO CARBONO corpo humano abreviou o caminho para o desenvolvi-
mento de sistemas complexos de automação.
RESISTEM AOS ACÍDOS NÃO RESISTEM AOS
E ÁLCALIS DILUIDOS ACÍDOS E ÁLCALIS DI-
NÃO RESISTEM AOS LUIDOS
ÁCIDOS E CONCEN- RESISTEM AOS ÁCIDOS
TRADOS E ÁLCALIS ÁLCALIS
CONCENTRADOS

QUASE TODOS OS PLÁSTICOS SOFREM UM


PROCESSO DE DECOMPOSIÇÃO LENTA QUANDO
EXPOSTOS POR MUITO TEMPO À LUZ SOLAR (A-
ção dos raios U.V.)
CIMENTO-AMIANTO �(ARGAMASSA DE CIMEN-
TO E AREIA COM ARMAÇÃO DE FIBRAS DE AMI- A partir daqui o progresso do controle automático foi
ANTO) muito rápido. Atualmente existe uma enorme variedade
CONCRETO ARMADO de equipamentos de medidas primárias, transmissão
BARRO VIDRADO (MANILHAS) das medidas
VIDRO, CERÂMICA (transmissores), de regulação (controles pneumáti-
BORRACHAS (MANGEIRAS E MANGOTES) cos, elétricos e eletrônicos), de controle final (válvulas
TUBOS DE AÇO COM REVESTIMENTO INTERNO pneumáticas, válvulas solenóide, servomotores etc.),
FINALIDADES de registro (registradores), de indicação (indicadores
- Revestimento anticorrosivo, ou para evitar a analógicos e digitais), de computação (relés analógi-
contaminação do fluido conduzido cos, relés digitais com microprocessador), PLC’s,
- Revestimento anti-abrasivos e anti-erosivos SDCD’s etc.
- Revestimentos refratários (isolamento térmico
Estes equipamentos podem ser combinados de
interno)
modo a constituírem cadeias de controle simples ou
RAZÕES
múltiplas, adaptadas aos inúmeros problemas de con-
- Custos
trole e a um grande número de tipos de processos.
- Resistência Mecânica
- Possibilidade de Fabricação Em 1932, H. Nyquist, da Bell Telephone, cria a pri-
PRINCIPAIS DIFICULDADES: MONTAGEM E meira teoria geral de controle automático com sua “Re-
SOLDAGEM generation Theory”, na qual se estabelece um critério
para o estudo da estabilidade.
NOÇÕES DE CONTROLE DE PROCESSO. 2) CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES BÁSICAS
DE CONTROLE
FUNDAMENTOS DE CONTROLE DE PROCESSO AUTOMÁTICO
No início, a humanidade não conhecia os meios pa-
ra se obter a energia a partir da matéria. 2.1) CONCEITOS
Desse modo, a energia era fornecida pelo próprio O controle Automático tem como finalidade a manu-
trabalho humano ou pelos trabalhos de animais domés- tenção de uma certa variável ou condição num certo
ticos. Somente no século XVIII, com o advento das valor ( fixo ou variante). Este valor que pretendemos é
máquinas a vapor, conseguiu-se transformar a energia o valor desejado.
da matéria em trabalho. Porém, o homem apenas teve
a sua condição de trabalho mudada, passando do tra- Para atingir esta finalidade o sistema de controle
balho puramente braçal ao trabalho mental. automático opera do seguinte modo:
Nesse momento, cabia ao homem o esforço de ten- A- Medida do valor atual da variável que se quer re-
tar “controlar” esta nova fonte de energia, exigindo gular.
dele então muita intuição e experiência, além de expô- B- Comparação do valor atual com o valor desejado
lo constantemente ao perigo devido a falta de seguran-
( sendo este o último indicado ao sistema de controle
ça. No princípio, isso foi possível devido à baixa de-
pelo operador humano ou por um computador). Deter-
manda. Entretanto, com o aumento acentuado da de-
minação do
manda, o homem viu-se obrigado a desenvolver técni-
cas e equipamentos capazes de substituí-lo nesta nova desvio.
tarefa, libertando-o de grande parte deste esforço bra- C- Utilização do desvio ( ou erro ) para gerar um si-
çal e mental. Daí então surgiu o controle automático nal de correção.
que, quanto à necessidade, pode assim ser classifica-
do: D- Aplicação do sinal de correção ao sistema a con-
1.1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONTROLE trolar de modo a ser eliminado o desvio, isto é , de
AUTOMÁTICO maneira a reconduzir-se a variável ao valor desejado.
O primeiro controlador automático industrial de que O sinal de
há notícia é o regulador centrífugo inventado em 1775, correção introduz pois variações de sentido contrá-
por James Watts, para o controle de velocidade das rio ao erro.
máquinas à vapor.
Esta invenção foi puramente empírica. Nada mais Resumidamente podemos definir Controle Automá-
aconteceu no campo de controle até 1868, quando tico como a manutenção do valor de uma certa condi-
Clerk Maxwell, utilizando o cálculo diferencial, estabe- ção através da sua média, da determinação do desvio
leceu a primeira análise matemática do comportamento em relação ao valor desejado, e da utilização do desvio
de um sistema máquina-regulador. para se gerar e aplicar um ação de controle capaz de
Por volta de 1900 aparecem outros reguladores e reduzir ou anular o desvio.
servomecanismos aplicados à máquina a vapor, a tur- Para concretizar vamos considerar o controle de
binas e a alguns processos. temperatura da água contida num depósito, de uma
Durante a primeira guerra mundial, N. Minorsky cria maneira simplificada ( fig.2.1).
o servocontrole, também baseado na realimentação,
para a manutenção automática da rota dos navios e
escreve um artigo intitulado “Directional Stability of
Automatically Steered Bodies”.
O trabalho pioneiro de Norbert Wiener (1948) sobre
fenômenos neurológicos e os sistemas de controle no

Química e Física 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
várias funções e variáveis encontradas (fig.2.2). Alguns
dos elementos de medida e os elementos de compara-
ção e de computação fazem normalmente parte do
instrumento chamado de “CONTROLADOR”.

Fig. 2.1 - Controle de Temperatura.


De todas as grandezas relativas ao sistema ( Nível,
pressão, vazão, densidade, pH, energia fornecida,
salinidade etc.) a grandeza que nos interessa, neste
caso, regular é a temperatura da água. A temperatura Fig.2.2 - Diagrama das funções e variáveis envolvidas no controle de
é então a variável controlada. temperatura.

Um termômetro de bulbo permite medir o valor atual Para facilitar o entendimento de alguns termos que
da variável controlada. As dilatações e contrações do aqui serão utilizados, a seguir, serão dadas de forma
fluido contido dentro do bulbo vão obrigar o “Bourdon”( sucinta suas definições:
Tubo curvo de seção elipsoidal) a enrolar ou desenro- Planta Uma planta é uma parte de um equipamen-
lar. Os movimentos do extremo do bourdon traduzem a to, eventualmente um conjunto de itens de uma máqui-
temperatura da água, a qual pode ser lida numa esca- na, que funciona conjuntamente, cuja finalidade é de-
la. senvolver uma dada operação.
No diagrama representa-se um contato elétrico no Processo Qualquer operação ou sequência de ope-
extremo do bourdon e outro contato de posição ajustá- rações, envolvendo uma mudança de estado, de com-
vel à nossa vontade. Este conjunto constitui um “Ter- posição, de dimensão ou outras propriedades que pos-
mostato”. Admitamos que se quer manter a temperatu- sam ser definidas relativamente a um padrão. Pode ser
ra da água nas proximidades de 50 C. Este valor da contínuo ou em batelada.
temperatura da água é o valor desejado. Sistemas É uma combinação de componentes que
Se a temperatura, por qualquer motivo, ultrapassar atuam conjuntamente e realizam um certo objetivo.
o valor desejado, o contato do termostato está aberto. Variável do Processo (PV) Qualquer quantidade,
A bobina do contator não está excitada e o contator propriedade ou condição física medida a fim de que se
mantém interrompida a alimentação da resistência de possa efetuar a indicação e/ou controle do processo
aquecimento. Não havendo fornecimento de calor , a (neste caso, também chamada de variável controlada).
temperatura da água vai descer devido às perdas. A
temperatura aproxima-se do valor desejado. Quando, Variável Manipulada ( MV) É a grandeza que é
pelo contrário, a temperatura é inferior ao valor deseja- operada com a finalidade de manter a variável contro-
do o bourdon enrola e fecha o contato do termostato. O lada no valor desejado.
contator fecha e vai alimentar a resistência de aqueci- Set Point (SP) ou É um valor desejado estabeleci-
mento. do previamente como referência de
Em conseqüência, a temperatura da água no depó- Set Valor (SV) ponto de controle no qual o valor
sito vai subir de modo a aproximar-se de novo do valor controlado deve permanecer.
desejado.
Distúrbio (Ruído) É um sinal que tende a afetar
Normalmente as cadeias de controle são muito adversamente o valor da variável controlada.
mais elaboradas. Neste exemplo simples encontramos
contudo as funções essenciais de uma malha de con-
trole. Desvio Representa o valor resultante da diferença
Medida - A cargo do sistema termométrico. entre o valor desejado e o valor da variável controlada.

Comparação Efetuada pelo sistema de Contatos ( Ganho Representa o valor resultante do quociente
Posição Relativa) entre a taxa de mudança na saída e a taxa de mudan-
ça na entrada que a causou. Ambas, a entrada e a
Computação Geração do sinal de correção ( efetu- saída devem ser expressas na mesma unidade.
ada também pelo sistema de contatos e pelo resto do
circuito elétrico do termostato. 2.2) TIPOS DE CONTROLE

Correção - Desempenhada pelo órgão de Controle 2.2.1) Controle Manual e Controle Automático
- Contator Para ilustrar o conceito de controle manual e auto-
Observa-se que , para a correção da variável con- mático vamos utilizar como processo típico o sistema
trolada ( temperatura) deve-se atuar sobre outra variá- térmico das figuras 2.3 e 2.4 . Inicialmente considere o
vel ( quantidade de calor fornecida ao depósito). A caso em que um operador detém a função de manter a
ação de controle é aplicada, normalmente, a outra va- temperatura da água quente em um dado valor. Neste
riável da qual depende a variável controlada e que se caso, um termômetro está instalado na saída do siste-
designa com o nome de variável manipulada. No nosso ma , medindo a temperatura da água quente. O opera-
exemplo, o “Sinal de Controle “ pode ser a corrente dor observa a indicação do termômetro e baseado
elétrica i. nela, efetua o fechamento ou abertura da válvula de
controle de vapor para que a temperatura desejada
Como veremos mais tarde, estamos diante de uma seja mantida. Deste modo, o operador é que está efe-
malha de controle do tipo ON-OFF. O sinal de controle tuando o controle através de sua observação e de sua
apenas pode assumir dois valores. Na maior parte dos ação manual, sendo portanto, um caso de “Controle
casos , como se verá, a função que relaciona o sinal de Manual”.
controle com o desvio é muito mais elaborada. Pode-
mos agora representar um diagrama simbólico das

Química e Física 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
determinada pela ação de controle, que é componente
responsável pela ativação do sistema para produzir a
saída.
a) Sistema de Controle em Malha Aberta
É aquele sistema no qual a ação de controle é in-
dependente da saída, portanto a saída não tem efeito
na ação de controle. Neste caso, conforme mostrado
na fig. 2.6, a saída não é medida e nem comparada
com a entrada. Um exemplo prático deste tipo de sis-
tema , é a máquina de lavar roupa. Após ter sido pro-
gramada, as operações de molhar, lavar e enxaguar
são feitas baseadas nos tempos pré-determinados.
Assim, após concluir cada etapa ela não verifica se
esta foi efetuada de forma correta ( por exemplo, após
ela enxaguar, ela não verifica se a roupa está totalmen-
te limpa).
Fig. 2.3 - Controle Manual de um Sistema Térmico
Considere agora o caso da figura 2.4, onde no lugar
do operador foi instalado um instrumento capaz de
substituí-lo no trabalho de manter a temperatura da
água quente em um valor desejado. Neste caso, este
sistema atua de modo similar ao operador, tendo então Fig. 2.6 - Sistema de Controle em Malha Aberta
um detector de erro, uma unidade de controle e um b) Sistema de Controle em Malha Fechada
atuador junto à válvula, que substituem respectivamen-
te os olhos do operador, seu cérebro e seus músculos. É aquele no qual a ação de controle depende, de
Desse modo, o controle da temperatura da água quen- algum modo, da saída. Portanto, a saída possui um
te é feito sem a interferência direta do homem, atuando efeito direto na ação de controle. Neste caso, conforme
então de maneira automática, sendo portanto um caso pode ser visto através da figura 2.7, a saída é sempre
de “Controle Automático”. medida e comparada com a entrada a fim de reduzir o
erro e manter a saída do sistema em um valor deseja-
do. Um exemplo prático deste tipo de controle, é o
controle de temperatura da água de um chuveiro. Nes-
te caso, o homem é o elemento responsável pela me-
dição da temperatura e baseado nesta informação,
determinar uma relação entre a água fria e a água
quente com o objetivo de manter a temperatura da
água no valor por ele tido como desejado para o ba-
nho.

Fig. 2.4 - Controle Automático de um Sistema Térmico


2.2.2) Controle Auto-operado
Controle em que a energia necessária para movi-
mentar a parte operacional pode ser obtida diretamen- Fig. 2.7 - Sistema de Controle em Malha Fechada
te, através da região de detecção, do sistema controla-
do. Deste modo, este controle obtém toda a energia 2.3 - REALIMENTAÇÃO
necessária ao seu funcionamento do próprio meio con- É a característica do sistema de malha fechada que
trolado. Este controle é largamente utilizado em aplica- permite a saída ser comparada com a entrada. Geral-
ções de controle de pressão e menos comumente no mente a realimentação é produzida num sistema,
controle de temperatura, nível, etc. A figura 2.5 mostra quando existe uma sequência fechada de relações de
um exemplo típico de sistema de controle de pressão, causa e efeito entre variáveis do sistema. Quando a
utilizando uma válvula auto-operada. realimentação se processa no sentido de eliminar a
defasagem entre o valor desejado e o valor do proces-
so, esta recebe o nome de realimentação negativa.
2.4 - DIAGRAMA DE BLOCOS
Um sistema de controle pode consistir de vários
componentes, o que o torna bastante difícil de ser ana-
lisado. Para facilitar o seu entendimento e a fim de
mostrar as funções desempenhadas por seus compo-
nentes, a engenharia de controle utiliza sempre um
diagrama denominado “Diagrama de Blocos”.
Diagrama de blocos de um sistema é uma repre-
sentação das funções desempenhadas por cada com-
ponente e do fluxo de sinais. Assim, conforme pode ser
Fig. 2.5 - Sistema de Controle de Pressão Mínima visto na figura 2.8 , os componentes principais de um
de Combustível auto-operado sistema são representados por blocos e são integrados
por meio de linhas que indicam os sentidos de fluxos
2.2.3) Controle em Malha Aberta e Malha Fecha-
de sinais entre os blocos. Estes diagramas são, então
da
utilizados para representar as relações de dependência
Os sistemas de controle são classificados em dois entre as variáveis que interessam à cadeia de controle.
tipos: sistemas de controle em malha aberta e sistemas
de controle em malha fechada. A distinção entre eles é

Química e Física 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Como exemplo veja o caso dos tanques de armaze-
namento da figura 2.11. Neles a capacitância represen-
ta a relação entre a variação de volume e a variação de
altura do material do tanque. Assim , observe que em-
bora os tanques tenham a mesma capacidade ( por
exemplo 100 m3), apresentam capacitâncias diferen-
tes.
Fig. 2.8 - Representação em Diagrama de Bloco de Neste caso, a capacitância pode ser representada
um Sistema de Controle por :
2.5 - ATRASOS NO PROCESSO
Todo processo possui características que determi-
nam atraso na transferência de energia e/ou massa, o
que consequentemente dificulta a ação de controle,
visto que elas são inerentes aos processos. Quando,
então, vai se definir o sistema mais adequado de con- onde: dV = Variação de Volume
trole, deve-se levar em consideração estas caracterís- dh = Variação de Nível
ticas e suas intensidades. São elas: Tempo Morto,
A = Área
Capacitância e Resistência.
2.5.1 - Tempo Morto
É o intervalo de tempo entre o instante em que o
sistema sofre uma variação qualquer e o instante em
que esta começa a ser detectada pelo elemento sen-
sor. Como exemplo veja o caso do controle de tempe-
ratura apresentado na figura 2.9. Para facilitar, supo-
nha que o comprimento do fio de resistência R seja
desprezível em relação à distância l(m) que o separa
do termômetro e que o diâmetro da tubulação seja
suficientemente pequeno.
Se uma tensão for aplicada em R como sinal de en-
trada fechando-se a chave S conforme a figura 2.10, a
temperatura do líquido subirá imediatamente. No en-
tanto, até que esta seja detectada pelo termômetro
como sinal de saída, sendo V(m/min) a velocidade de
fluxo de líquido, terá passado em tempo dado por L =
l/V (min). Este valor L corresponde ao tempo que de-
corre até que a variação do sinal de entrada apareça
como variação do sinal de saída recebe o nome de
tempo morto. Este elemento tempo morto dá apenas a
defasagem temporal sem variar a forma oscilatória do
sinal.

Fig. 2.9 Exemplo do Elemento Tempo Morto

Fig. 2.11 - Capacitância com relação à capacidade


2.5.3) Resistência
A resistência é uma oposição total ou parcial à
transferência de energia ou de material entre as capa-
citâncias. Na figura 2.12, está sendo mostrado o caso
de um processo contendo uma resistência e uma ca-
pacitância.

Fig. 2.10 - Resposta ao Degrau Unitário do Elemen-


to Tempo Morto
2.5.2) Capacitância
A capacitância de um processo é um fator muito
importante no controle automático. É uma medida das
características próprias do processo para manter ou
transferir uma quantidade de energia ou de material Fig.2.12 - Processo com uma resistência e uma ca-
com relação a uma quantidade unitária de alguma vari- pacitância
ável de referência.
Observação :
Em outras palavras, é uma mudança na quantidade
contida, por unidade mudada na variável de referência.

Química e Física 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O efeito combinado de suprir uma capacitância a-
través de uma resistência produz um tempo de retardo
na transferência entre capacitâncias. Tal tempo de
retardo devido à resistência-capacitância (RC) é fre-
quentemente chamado de “atraso de transferência”.
3) CARACTERÍSTICAS DE PROCESSOS INDUS-
TRIAIS
O dicionário MERRIAN-WEBSTER define um pro-
cesso, como uma operação ou desenvolvimento natu-
ral, que evolui progressivamente, caracterizado por
uma série de mudanças graduais que se sucedem,
uma em relação às outras, de um modo relativamente
fixo e objetivando um particular resultado ou meta. No
âmbito industrial o termo processo significa uma parte
ou um elemento de uma unidade de produção; por
exemplo um trocador térmico que comporta uma regu-
lação de temperatura ou um sistema que objetiva o
controle de nível de uma caldeira de produção de va-
por.
A escolha de que tipo de malha de controle a utilizar
implica em um bom conhecimento do comportamento Fig. 3.2 - Tanque de Mistura
do processo. O nível da caldeira ou a temperatura a- Etapas:
presenta uma inércia grande ? é estável ou instável ?
Tem alto ganho ? Possui tempo morto ? Se todos es- Introduzir o produto A, B e C;
ses questionamentos estiverem resolvidos você terá Aquecer a misturar por 2 horas misturando conti-
condições para especificar uma malha de controle mais nuamente;
apropriada para sua necessidade, em outras palavras,
o melhor controle é aquele que é aplicado num proces- Escoar produto final para dar início a nova Bate-
so perfeitamente conhecido. lada.
3.1) PROCESSOS DE FABRICAÇÃO CONTÍNUA Os processos descontínuos são também conheci-
E DESCONTÍNUA dos processos de batelada.
3.1.1) Processos Contínuos 3.2) REPRESENTAÇÃO E TERMINOLOGIA DE
PROCESSOS
Em um processo contínuo o produto final é obtido
sem interrupções como no caso da produção de vapor 3.2.1) Esquema de Funcionamento e Diagrama
de uma caldeira. de Bloco
O esquema da figura 3.3, abaixo representa um
tanque, uma bomba e tubulações. Todos esses ele-
mentos constituem o processo.

Fig. 3.1 - Esquema Básico de uma Caldeira Aqua-


tubular
3.1.2) Processos Descontínuos Fig. 3.3 Representação Esquemática de um Pro-
cesso de Nível
Um processo descontínuo é um processo que seu
produto final é obtido em uma quantidade determinada As variáveis físicas envolvidas:
após todo o ciclo. A entrada de novas matérias primas A vazão de entrada: Qe
só se dará após o encerramento desse circuito.
A vazão de saída: QS
Exemplo: considere a produção de massa de cho-
colate. O nível do tanque: L
As vazões Qe e Qs são variáveis independentes do
processo e são chamadas de variáveis de entrada do
processo cujo produto é o nível. A variação de uma
delas, ou de ambas influencia a variável principal, o
nível “L”.
O esquema de funcionamento da fig. 3.3 pode ser
representado também conforme o diagrama da fig. 3.4.
O retângulo representa simbolicamente o processo.

Fig. 3.4 - Diagrama em Blocos da figura 3.3


3.2.2) Processos e a Instrumentação

Química e Física 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A representação do diagrama de nível da fig. 3.3
com o seu sistema de controle é mostrado na fig. 3.5 .

Fig. 3.8b - Diagrama em Bloco


O diagrama de bloco da fig. 3.8b, mostra as intera-
ções entre as variáveis reguladoras (ou manipuladas) e
as variáveis do processo (ou controladas). Podemos
observar que a variação em U faz com que apenas a
temperatura de saída Ts varie e que uma variação em
Qe, provocará variações em “L” e “Ts”, simultaneamen-
te. Por essa razão o processo é dito multivariável.
Fig. 3.5 - Malha de Controle de Nível
De uma forma genérica, um processo é dito multiva-
Podemos observar na fig. 3.5 que a variável Qe é
riável quando uma variável reguladora influencia mais
manipulável através da válvula controladora de nível.
de uma variável controlada.
Normalmente é chamada de variável reguladora. A
variável Qs é chamada de variável perturbadora do Um processo monovariável é um processo que só
nível pois qualquer variação de seu estado o nível po- possui variável reguladora que influencia apenas uma
derá ser alterado. Para diferenciar variáveis regulado- variável controlada. No meio industrial o tipo multivari-
ras de variáveis perturbadoras, utilizamos a represen- ável é predominante.
tação da fig. 3.4 - PROCESSOS ESTÁVEIS E INSTÁVEIS
3.6 ou 3.7. 3.4.1) Processos Estáveis (ou Naturalmente Es-
táveis)
Consideremos o nível “L” do tanque da fig. 3.9. A
vazão de saída Qs é função do nível “L”
(Q k. L s ). Se “L” é constante, implica que Qs está
igual a Qe. No instante To, provocamos um degrau na
válvula, o nível começará a aumentar provocando tam-
Fig. 3.6 - Variáveis Reguladoras x Variáveis Pertu-
bém um aumento na vazão de saída Qs. Após um pe-
badoras
ríodo de tempo o nível estabilizará em um novo pata-
3.3) PROCESSOS MONOVARIÁVEIS E MULTI- mar N1, isso implicará que a vazão de saída Qs será
VARIÁVEIS igual a vazão de entrada Qe. Quando isso ocorre, afir-
Foi incorporado um sistema de aquecimento no mamos que o processo considerado é um processo
tanque da figura 3.7 que utiliza uma resistência R de estável ou naturalmente estável.
aquecimento para aquecimento do fluido.

Fig. 3.7 - Malha de Controle de Um Tanque de A-


quecimento
Desta forma podemos evidenciar: Fig. 3.9 - Exemplo de um Processo Estável
Variáveis controladas: - Nível L no tanque 3.4.2) Processos Instáveis (ou Integrador)
- Temperatura Te de saída Modificando o processo anterior com escoamento
Variáveis reguladoras: - Vazão Qe de entrada natural por um forçado, ou seja, acrescentando uma
bomba de vazão constante Qs (fig. 3.10) e repetindo o
- Tensão U de alimentação da resistência
procedimento
Variáveis perturbadora: - Temperatura Te de entra-
anterior observamos que o nível não se estabilizará.
da do fluido
Esses processos recebem o nome de processo instá-
- Vazão de saída Qs veis ou integrador.

Fig. 3.8a - Representação Esquemática

Química e Física 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esta forma em “S” é a resposta de um processo es-
tável. O regime transitório (ou simplesmente transitório)
é o intervalo de tempo entre o instante To da origem do
degrau, até o instante t3 quando PV = PVf.
A resposta a um degrau de um processo estável é
caracterizado pelos parâmetros da tabela 3.1.

Parâmetros Denominação Definição


 Tempo morto Intervalo de
ou retardo tempo entre a
puro aplicação do
degrau e o início
da evolução da
variável do pro-
Fig. 3.10 - Exemplo de Um Processo Instável. cesso.
= t1 – t0
3.5) PARÂMETROS DE RESPOSTA DE UM PRO-
CESSO tea Tempo de Intervalo de
resposta ou tempo entre a
Mostramos anteriormente que a resposta de um tempo de aplicação do
processo, há uma determinada excitação, poderá ser estabilização degrau até o
do tipo estável ou instável. Nesta seção determinare- em instante onde a
mos os parâmetros que caracterizam o processo a malha aberta variável do
partir da mesma resposta obtida anteriormente. O co- processo atingir
nhecimento desses parâmetros nos auxiliará a decidir 95% de seu
sobre a otimização da malha de controle. valor final ou
3.5.1) Processos Estáveis te = t2 – t0
Considerando o diagrama de um trocador de calor
Gp Ganho Estáti- Relação entre a
da fig. 3.11 com o controlador em manual provocamos
co do proces- variação de PV
um degrau “MV” no sinal da variável manipulada e so e a variação
observamos a evolução da temperatura Ts. A resposta
mV.
obtida é mostrada na fig. 3.12 .
Tabela 3.1 - Parâmetros de resposta a um de-
grau de um processo estável.

Verificaremos, mais adiante, que o conhecimento


de Gp, tea, nos permite a determinar as ações P, I e
D a serem colocadas no controlador da malha.
3.5.2) Processos Instáveis
A resposta a um degrau de um processo instável é
dada pela fig. 3.13. Os parâmetros que caracterizam
essa resposta pode ser vista na tabela 3.2.

Fig. 3.11 - Trocador Térmico.

Fig. 3.13 - Resposta a um Degrau de um Processo


Instável.

Parâmetros Denominação Definição

 Tempo morto Intervalo de tempo


ou retardo entre a aplicação
puro do degrau até o
início da evolução
da PV:
= t1 – t0

Fig. 3.12 - Resposta a um Degrau de um Processo k coeficiente de Coeficiente carac-


Estável integração terístico do proces-

Química e Física 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
so controle estando sempre em uma das posições extre-
mas, ou seja, totalmente aberto ou totalmente fechado.

Tabela 3.2 - Parâmetros de resposta a um degrau


de um processo instável.

4) AÇÕES DE CONTROLE
Foi visto que no controle automático, efetua-se
sempre a medição variável controlada (saída), compa-
ra-se este valor medido com o valor desejado e a dife-
rença entre estes dois valores é então processada para Fig. 4.1 - Sistema ON-OFF de Controle de Nível de
finalmente modificar ou não a posição do elemento Liquido
final de controle. O processamento é feito em uma
unidade chamada unidade de controle através de cál- Observe que neste tipo de ação vai existir sempre
culos matemáticos. Cada tipo de cálculo é denominado um intervalo entre o comando “liga” e o comando “des-
ação de controle e tem o objetivo de tornar os efeitos liga”. Este intervalo diferencial faz com que a saída do
corretivos no processo em questão os mais adequa- controlador mantenha seu valor presente até que o
dos. sinal de erro tenha se movido ligeiramente além do
valor zero.
Existem 4 tipos de ações básicas de controle que
podem ser utilizados isoladamente ou associados entre Em alguns casos este intervalo é proveniente de a-
si e dois modos de acionamento do controlador. Inicia- tritos e perdas de movimento não intencionalmente
remos definindo estes dois modos par em seguida introduzido no sistema. Entretanto, normalmente ele é
estudar cada tipo de ação e suas associações princi- introduzido com a
pais. intenção de evitar uma operação de liga-desliga
4.1) MODOS DE ACIONAMENTO mais freqüente o que certamente afetaria na vida útil
do sistema.
O sinal de saída do controlador depende de dife-
rença entre a variável do processo (PV) e o valor dese- A figura 4.2, mostra através do gráfico, o que vem a
jado para aquele controle (SP ou SV). Assim, depen- ser este intervalo entre as ações ligadesliga.
dendo do resultado desta diferença, a saída pode au-
mentar ou diminuir. Baseado nisto um controlador pode
ser designado a trabalhar de dois modos distintos
chamados de “ação direta” e “ação indireta”.
4.1.1) Ação direta (normal)
Dizemos que um controlador está funcionando na
ação direta quando um aumento na variável do pro-
cesso em relação ao valor desejado, provoca um au-
mento no sinal de saída do mesmo.
4.1.2) Ação indireta (reversa)
Dizemos que um controlador está funcionando na
“ação reversa” quando um aumento na variável do
Fig. 4.2 - Intervalo ente as ações de liga-desliga
processo em relação ao valor desejado, provoca um
decréscimo no sinal de saída do mesmo. O fato deste controle levar a variável manipulada
sempre a uma das suas posições extremas faz com
4.2) AÇÃO DE CONTROLE ON-OF (LIGA-
que a variável controlada oscile continuamente em
DESLIGA)
torno do valor desejado. Esta oscilação varia em fre-
De todas as ações de controle, a ação em duas po- qüência e amplitude em função do intervalo entre as
sições é a mais simples e também a mais barata, e por ações e também em função da variação da carga. Com
isso é extremamente utilizada tanto em sistemas de isto, o valor médio da grandeza sob controle será sem-
controle industrial como doméstico. pre diferente do valor desejado, provocando o apare-
Como o próprio nome indica, ela só permite duas cimento de um desvio residual denominado erro de
posições para o elemento final de controle, ou seja: “off-set”. (vide fig. 4.3).
totalmente aberto ou totalmente fechado.
Assim, a variável manipulada é rapidamente muda-
da para o valor máximo ou o valor mínimo, dependen-
do se a variável controlada está maior ou menor que o
valor desejado.
Devido a isto, o controle com este tipo de ação fica
restrito a processos prejudiciais, pois este tipo de con-
trole não proporciona balanço exato entre entrada e
saída de energia. Fig. 4.3 - Erro de Off-Set
Para exemplificar um controle ON-OFF, recorremos 4.2.1) Características básicas do controle ON-
ao sistema de controle de nível mostrado na figura 4.1. OFF
Neste sistema, para se efetuar o controle de nível utili- Basicamente todo controlador do tipo ON-OFF a-
za-se um flutuado para abrir e fechar o contato (S) presenta as seguintes características:
energia ou não o circuito de alimentação da bobina de
um válvula do tipo solenóide. Este solenóide estando a) A correção independe da intensidade do desvio
energizado permite passagem da vazão máxima e b) O ganho é infinito
estando desenergizado bloqueia totalmente o fluxo do
líquido para o tanque. Assim este sistema efetua o c) Provoca oscilações no processo

Química e Física 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) Deixa sempre erro de off-set
4.2.2) Conclusão
Conforme já foi dito, o controle através da ação em
duas posições é simples e, ainda, econômico, sendo
portanto utilizado largamente nos dias atuais.
Principalmente, os controles de temperatura nos
fornos elétricos pequenos, fornos de secagem, etc, são
realizados em sua maioria por este método. No entan-
to, por outro lado, apresenta certas desvantagens por
provocar oscilações e “off-set” e, principalmente, quan-
do provoca tempo morto muito grande, os resultados
de controle por estes controles simples tornam-se a- Fig. 4.5 - Exemplo de um sistema simples com ação
centuadamente inadequados. proporcional
Assim, quando não é possível utilizar este tipo de
controle, recorre-se a outros tipos de controle mais
complexos, mas que eliminam os inconvenientes deste
tipo.
4.3) AÇÃO PROPORCIONAL (AÇÃO P)
Foi visto anteriormente, que na ação liga-desliga,
quando a variável controlada se desvia do valor ajusta-
do, o elemento final de controle realiza um movimento
brusco de ON (liga) para Off (desliga), provocando uma
oscilação no resultado de controle. Para evitar tal tipo
de movimento foi desenvolvido um tipo de ação no qual
a ação corretiva produzida por este mecanismo é pro-
porcional ao valor do desvio. Tal ação denominou-se
ação proporcional.
Fig. 4.6 - Controle pela ação proporcional
A figura 4.4 indica o movimento do elemento final
de controle sujeito apenas à ação de controle propor- Para melhor explicar este exemplo, considera-se
cional em uma malha aberta, quando é aplicado um que a válvula esteja aberta em 50% e que o nível do
desvio em degrau num controlador ajustado para fun- líquido deva ser mantido em 50cm de altura. E ainda, a
cionar na ação direta. válvula tem seu curso total conforme indicado na figura
4.6. Neste caso, o ponto suporte da alavanca deve
estar no ponto b para que a relação ab : bc = 1:100
seja mantida.
Então, se o nível do líquido descer 1 cm, o movi-
mento da válvula será 1/10, abrindo-se 0,1 cm a mais.
Deste modo, se o nível do líquido descer 5cm a válvula
ficará completamente aberta.
Ou seja, a válvula se abrirá totalmente quando o ní-
vel do líquido atingir 45cm. Inversamente, quando o
nível atingir 55cm, a válvula se fechará totalmente.
Pode-se portanto concluir que a faixa na qual a vál-
vula vai da situação totalmente aberta para totalmente
Fig. 4.4 - Movimento do elemento final de controle fechada, isto é, a faixa em que se realiza a ação pro-
porcional será 10cm.
A ação proporcional pode ser determinada pela se-
guinte equação: A seguir, se o ponto de apoio for transportado para
a situação b’ e a relação passar a ser
MV = KP . DV + SO (1)
a.b' : b' .c 1 : 20 , o movimento da válvula será
Onde:
1/20 do nível do líquido se este descer 1cm.
MV = Sinal de saída do controlador
Neste caso, a válvula estará totalmente aberta na
KP = Constante de proporcionalidade ou ganho graduação 40cm e totalmente fechada em 60cm e en-
proporcional tão, a faixa em que a válvula passa de totalmente aber-
DV = Desvio = |VP - SV| ta para totalmente fechada será igual a 20cm.
SO = Sinal de saída inicial Assim, não é difícil concluir que a relação entre a
variação máxima da grandeza a ser
VP = Variável do processo (PV)
controlada e o curso total da válvula depende neste
SP = SV = Valor Setado (Desejado) caso, do ponto de apoio escolhido. Este ponto de apoio
Note que mesmo quando o desvio é zero, há um si- vai determinar uma relação de proporcionalidade.
nal SO saindo do controlador cuja finalidade é a de E como existe uma faixa na qual a proporcionalida-
manter o elemento final de controle na posição de re- de é mantida, esta recebe o nome de faixa proporcio-
gime. E mais, para se obter o controle na ação direta nal (também chamada de Banda Proporcional).
ou reversa, basta mudar a relação de desvio.
4.3.1) Faixa Proporcional
Assim, para DV = (PV - SV) tem-se a ação direta e
DV = (SV - PV) tem-se a ação reversa. É definida como sendo a porcentagem de variação
da variável controlada capaz de produzir a abertura ou
Um exemplo simples de controle utilizando apenas fechamento total da válvula. Assim, por exemplo, se a
a ação proporcional é o mostrado na figura 4.5, onde a faixa proporcional é 20%, significa que uma variação
válvula de controle é aberta ou fechada proporcional- de 20% no desvio produzirá uma variação de 100% na
mente à amplitude do desvio. saída, ou seja, a válvula se moverá de totalmente aber-
ta par totalmente fechada quando o erro variar 20% da
faixa de medição.

Química e Física 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
constante enquanto nenhum outro distúrbio acontecer,
já que a ação proporcional só atua no momento em
que o distúrbio aparece.
Uma observação importante que deve ser feita é de
que o valor do erro off-set depende diretamente da
faixa proporcional, tornando assim cada vez menor à
medida que a faixa proporcional diminuiu. No entanto,
a medida que a faixa proporcional diminuiu, aumenta a
possibilidade do aparecimento de oscilações, sendo
portanto, importante estar atento quando escolher a
faixa proporcional de controle.
4.3.3) Características básicas do controle pro-
porcional
Basicamente todo controlador do tipo proporcional
apresenta as seguintes características:
A figura 4.7 mostra a relação entre a abertura da a) Correção proporcional ao desvio
válvula e a variável controlada.
b) Existência de uma realimentação negativa
Fig. 4.7 - Representação gráfica de diversas faixas
proporcionais c) Deixa erro de off-set após uma variação de carga
Observando a figura 4.7 chega-se a conclusão de 4.3.4) Esquema básico de um controlador pro-
que “quanto menor a faixa proporcional, maior será o porcional
movimento da válvula em relação ao mesmo desvio e,
portanto, mais eficiente será a ação proporcional”.
Porém, se a faixa proporcional for igual a zero, a
ação proporcional deixa atuar, passando então a ser
um controle de ação liga-desliga.
Então, podemos concluir que existe uma relação
bem definida entre a faixa proporcional (FP) e o ganho
proporcional (Kp). Esta relação pode ser expressa da
seguinte forma:

100 Variação da entrada


KP= =
FP Variação da saída

4.3.2) Erro de Off-Set


Verificamos até aqui que ao introduzirmos os me-
canismos da ação proporcional, eliminamos as oscila-
ções no processo provocados pelo controle liga-
desliga, porém o controle proporcional não consegue
eliminar o erro de off-set, visto que quando houver um
distúrbio qualquer no processo, a ação proporcional Fig. 4.9 - Controladores proporcionais
não consegue eliminar totalmente a diferença entre o
valor desejado e o valor medido (variável controlada), 4.3.5) Conclusão
conforme pode ser visto na figura 4.8. Vimos que com a introdução da ação proporcional,
se consegue eliminar as inconvenientes oscilações
provocadas pelo controle “ON-OFF”. No entanto esta
ação não consegue manter os sistema em equilíbrio
sem provocar o aparecimento do erro de off-set caso
haja variação na carga, que muitas vezes pode ser
contornado pelo operador que de tempos em tempos
manualmente faz o reajuste do controle eliminando
este erro. Se, entretanto, isto ocorrer com frequência,
torna-se desvantajosa a ação de correção do operador
e então outro dispositivo dever ser usado.
Assim, sistemas de controle apenas com ação pro-
porcional somente devem ser empregados em proces-
Fig. 4.8 - Resultado do controle pela ação propor- sos onde grandes variações de carga são improváveis,
cional que permitem pequenas incidências de erros de off-set
Para melhor esclarecer como aparece este erro de ou em processos com pequenos tempos mortos. Neste
“off-set”, voltemos à figura 4.6. Para tal, suponha que a último caso, a faixa proporcional pode ser bem peque-
válvula esteja aberta em 50% e que a variável contro- na (alto ganho) a qual reduz o erro de off-set. mais
lada (nível) esteja igual ao valor desejado (50cm, por utilizados? Defina-os.
exemplo). Agora, suponha que ocorra uma variação de
carga fazendo com que a vazão de saída aumente. O
nível neste caso descerá e, portanto, a bóia também, Bombas de deslocamento positivo
abrindo mais a válvula de controle e assim aumentan- Bomba de deslocamento positivo é toda bomba que,
do a vazão de entrada até que o sistema entre em após um ciclo do seu mecanismo de compressão, desloca
equilíbrio. um volume fixo de produto independente da pressão na
saída.
Como houve alteração nas vazões de saída e de
entrada de líquido, as condições de equilíbrio sofreram Bombas de deslocamento positivo
alteração e este será conseguido em outra posição. Toda bomba que após uma rotação de seu eixo, desloca
Esta mudança na posição de equilíbrio então provoca- um volume fixo de produto, independentemente das
rá o aparecimento de uma diferença entre os valores condições de pressão na saída, o que não é conseguido nas
medidos e desejados. Esta diferença permanecerá bombas centrífugas.

Química e Física 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Entretanto, no bombeamento de líquidos pouco viscosos plicar a forma como conduz o veículo e em quais condições o
e a pressões elevadas, mesmo nas bombas de mesmo é submetido. Esses fatores são importantes para
deslocamento positivo, observa-se uma pequena redução na avaliação personalizada do veículo. O mecânico deve ser um
vazão por rotação do eixo, de aproximadamente 10%. consultor, assim como a relação de médico e paciente.
Quanto mais informações ele tiver, melhor será o diagnóstico
São bombas que não admitem recirculação interna, ou do problema, além de prever possíveis falhas.
seja, sempre deslocam fluido da entrada para a saída. Essas
bombas caracterizam-se por trabalhar com baixas vazões e Peças de qualidade e de procedência conhecida
altas pressões e podem ser utilizadas com fluidos mais Quando o motorista precisa trocar uma peça do carro na
espessos (maior viscosidade). Bombas de deslocamento oficina de sua confiança, é importante que exija do mecânico
positivo se dividem em dois grupos: bombas alternativas e o item que foi substituído e a embalagem do novo componen-
bombas rotativas. te.
Só utilize peças de qualidade que estejam de acordo com
As bombas de delocamento positivo também podem ser as especificações do fabricante e de procedência conhecida.
chamadas de BOMBAS VOLUMÉTRICAS, assim são
chamandas porque deslocam uma quantidade fixa (finita) de X. Lojas
volume de fluido por vez. Em caso de comprar peças diretamente em lojas especia-
lizadas, o motorista deve optar por estabelecimentos conhe-
Um exemplo das bombas volumétricas é a de pistão onde cidos e sempre deve pedir a nota fiscal. Desconfie de preços
seu mecanismo de funcionamento se restringe a três muito baixos que podem ser sinal de que o componente não
elementos mecânicos básicos: CILINDRO, PISTÃO e é de qualidade compatível com as especificações do fabri-
VÁLVULAS. Com esses 3 elementos cria-se um semi vácuo cante do veículo.
numa extremidade da bomba e uma compressão noutra Verifique se a embalagem está intacta e lacrada. A caixa
extremidde conseguindo desta forma tirar o fluido de uma do produto deve identificar a peça, o nome, o telefone e o
posição baixa e coloca-lo numa posição mais alta. CNPJ do fabricante.
Princípio de funcionamento Analise o componente e confira se ele realmente tem a-
parência de novo.
O princípio de funcionamento da bomba baseia-se no
deslocamento da engrenagem interna (palheta) em relação à Peça um catálogo e veja se as especificações da peça
engrenagem externa (rotor), isto é, a engrenagem interna são compatíveis com o modelo do carro. Fonte:
gira excentricamente ao eixo da bomba. www.carro100.com.br

Na entrada da bomba são formadas câmaras de sucção, Itens de Manutenção preventiva


entre os dentes da palheta e os dentes do rotor, que puxam o
Pneus e Direção:
líquido para dentro da bomba.
a) Verificar o desgaste e se há avarias na estrutura (bo-
Logo após, o fluxo de líquido é dividido pela meia-lua, que lhas ou cortes): a cada 8.000 km
é fixa. Parte do fluxo é conduzida entre os dentes da palheta b) Calibrar todos os pneus periodicamente: a cada 1.000
e a outra parte é conduzida entre os dentes do rotor. A meia- km
lua funciona como vedação entre a saída e a entrada da
c) Fazer o rodízio conforme o indicado no manual do
bomba.
proprietário: a cada 8.000 km
Na etapa final, a palheta e o rotor voltam a se engrenar, d) Fazer balanceamento de todas as rodas, inclusive do
reduzindo os espaços entre os dentes das engrenagens e estepe: a cada 10.000 km
expulsando o líquido pela conexão de saída da bomba. e) Checar a geometria e verificar as torres: a cada
Wikipédia 10.000 km
MECÂNICA BÁSICA f) Verificar o nível do fluido da direção hidráulica: a cada
10.000 km
Freios:
01 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA
a) Verificar o nível do fluido de freio: a cada 10.000 km
VI. Segurança
b) Substituir o fluido de freio: conforme orientação do
A manutenção preventiva do veículo garante a segurança manual do proprietário
no trânsito. Estudo inédito realizado no Brasil revela que 27%
c) Verificar as pastilhas nos freios a disco, substituindo-
dos acidentes são causados por falta de manutenção do
as quando houver desgaste: a cada 10.000 km
veículo. Os itens de segurança (direção, freios, suspensão,
pneus e rodas) quando não estão em boas condições podem d) Verificar o estado dos discos de freio, substituindo-os
colocar em risco a segurança do motorista, ocupantes e quando necessário: a cada 10.000 km
terceiros. É importante fazer manutenção regular desses e) Verificar o estado das lonas de freio e se há vazamen-
itens em uma oficina de sua confiança. tos nos cilindros de rodas: a cada 10.000 km
VII. Economia f) Avaliar o servo-freio pelo acionamento do pedal: a ca-
A manutenção preventiva do veículo é a forma mais eco- da 40.000 km
nômica de mantê-lo em bom estado de conservação, fator g) Checar o freio de estacionamento e regular se neces-
importante para a valorização na hora da revenda. Além sário: a cada 10.000 km
disso, levar o veículo periodicamente à oficina de sua confi- Motor:
ança permite que as revisões sejam programadas, evitando a) Reapertar tampa de válvulas e tampa do cárter para
quebras inesperadas que podem afetar o seu orçamento. evitar vazamentos: a cada 10.000 km
Assim como a sua saúde, a do seu carro deve ser feita de
b) Trocar correia dentada: a cada 40.000 km preventiva-
forma preventiva. Assim você e sua família estão em segu-
mente
rança. Veículo que não está com o motor regulado e com
peças desgastadas consome mais combustível que o normal c) Verificar nível do óleo: semanalmente
e perde desempenho. Por isso, se o consumo de combustível d) Trocar óleo do motor: conforme orientação do manual
aumentou acima da média pode ser um sinal de que está na do proprietário
hora de levar o carro para revisão em uma oficina de sua e) Substituir o filtro de óleo: a cada troca de óleo ou a
confiança. cada 10.000 km
VIII. Ecologia Sistema de transmissão:
A manutenção preventiva do veículo também garante a a) Checar óleo do câmbio e trocar conforme orientações
melhoria da qualidade do ar que respiramos. Cuidar do carro do fabricante: a cada 10.000 km
também é uma ação ecologicamente correta. Com o tempo b) Chegar o sistema e o acionamento da transmissão: a
de uso, as peças sofrem desgaste natural e devem ser subs- cada 40.000 km
tituídas por outras de qualidade que estejam de acordo com c) Verificar cabo, folga e funcionamento da embreagem:
as especificações do fabricante e que sejam de procedência a cada 20.000 km
conhecida. Veículo mal conservado polui mais e consome
mais combustível. Seja solidário com o meio ambiente, cui- Sistema de emissões de gases:
dando bem do seu carro. a) Verificar a integridade do sistema de escapamento: a
IX. Oficinas cada 20.000 km
Para garantir que o veículo esteja em bom estado de b) Avaliar integridade e eficiência do catalisador e da
conservação, é importante levá-lo em uma oficina de sua sonda lambda: a cada 20.000 km
confiança. O motorista deve conversar com mecânico e ex- Sistema de alimentação de combustível:

Química e Física 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) Limpar o bico ou bicos injetores: a cada 30.000 km se tempo, ocorre a primeira fase, que chama-se também
b) Limpar e regular carburador: a cada 20.000 km "admissão", porque o pistão aspira a mistura de ar e combus-
c) Checar estado das velas de ignição e substituir se ne- tível para dentro do cilindro. Quando o pistão chega ao PMB,
cessário: a cada 20.000 km a válvula de admissão fecha-se, e a mistura fica presa dentro
do cilindro.
d) Troque o filtro de combustível, se necessário: a cada
20.000 km O mecanismo que abre e fecha as válvulas chama-se sis-
tema de comando de válvulas!
e) Substitua o filtro de ar: a cada 20.000 km
Suspensão e rodas:
a) Verificar a existência de vazamentos ou batentes dani-
ficados nos amortecedores: a cada 10.000 km
b) Checar estado dos calços e das molas helicoidais: a
cada 10.000 km
c) Checar estado e a existência de folgas nos pivôs, bu-
chas e terminais: a cada 40.000 km
d) Verificar ruídos e folgas nos rolamentos das rodas: a
cada 10.000 km
e) Verificar as juntas homocinéticas, substituindo-as
quando apresentarem vazamentos: a cada 10.000km
Sistema de arrefecimento:
a) Verificar nível do líquido: semanalmente
b) Verificar estado das mangueiras e possíveis vazamen-
tos: a cada 20.000 km
c) Verificar o funcionamento da ventoinha: a cada 30.000
km
d) Drenar e limpar o sistema: a cada 30.000 km
e) Trocar o líquido e o aditivo do reservatório de expan-
são ou radiador: a cada 30.000 km
Correias:
Verificar o estado e ajustar a tensão se necessário das
correias:
a) bomba d'água: a cada 20.000 km
b) alternador: a cada 20.000 km 3. Segundo Tempo: COMPRESSÃO
c) direção hidráulica: a cada 20.000 km O segundo tempo chama-se "compressão", e correspon-
de ao movimento do pistão do PMB para o PMA com as duas
Ar-condicionado:
válvulas fechadas. Neste tempo ocorre a segunda fase, que
a) Verificar estado e tensão da correia do compressor: a também chama-se "compressão", porque o pistão comprime
cada 20.000 km a mistura de ar e combustível que ficou presa dentro do cilin-
b) Verificar funcionamento e limpeza do sistema: a cada dro. À primeira vista a compressão parece ser um desperdí-
20.000 km cio de trabalho, mas sem a mesma, a combustão produziria
Sistema elétrico: pouca potência mecânica e a energia do combustível perder-
a) Regulagem dos faróis: a cada 10.000 km se-ia sob forma de calor.
b) Verificar se há lâmpadas ou fusíveis queimados: men- 4. Terceiro Tempo: TEMPO MOTOR
salmente Antes do 3º tempo, ocorre a terceira fase, denominada
c) Testar o funcionamento de comandos e equipamentos "ignição", quando a vela produz uma faísca, dando início à
elétricos: a cada 30.000 km quarta fase, que é a "combustão". O 3º tempo (Tempo Motor)
corresponde à descida do pistão do PMA para o PMB, provo-
d) Verificar nível d'água da bateria (se necessário) e ava-
cada pela forte pressão dos gases queimados que se expan-
liar carga: a cada 10.000
dem. Essa é a quinta fase de funcionamento do motor, e
Outros itens: chama-se "expansão". O motor pode agora funcionar sozi-
a) Trocar as palhetas dos limpadores de pára-brisas: a nho, pois o impulso dado é suficiente para mantê-lo girando
cada 20.000 km até a próxima combustão.
b) Verificar nível de água dos limpadores, adicionar aditi-
vo de limpeza dos vidros: mensalmente
c) Lubrificar fechaduras: a cada 20.000 km
Fonte: www.articlesbase.com

02 - FUNCIONAMENTO BÁSICO DOS MOTORES;


O Motor a Quatro Tempos
Pontos Mortos e Curso: Durante seu movimento no interi-
or do cilindro, o pistão atinge dois pontos extremos que são o
Ponto Morto Alto (PMA) e o Ponto Morto Baixo (PMB). A
distância entre os dois pontos mortos chama-se Curso.
5. Quarto Tempo: EXAUSTÃO
O 4º tempo chama-se "escapamento", "escape" ou "e-
xaustão" e corresponde à subida do pistão do PMB para o
PMA com a válvula de escapamento aberta. Nesse tempo
ocorre a sexta fase, que chama-se também "exaustão", por-
que os gases queimados são expulsos do cilindro pelo pis-
tão. Quando este chega ao PMA, a válvula de exaustão fe-
cha-se, encerrando o primeiro ciclo, e então tudo se repete,
na mesma seqüência.
1. Funcionamento do Motor a Quatro Tempos
O motor a pistão não parte por si só. É preciso girá-lo al-
gumas vezes até ocorrer a primeira combustão no cilindo. O
funcionamento do motor ocorre através da repetição de ci-
clos. Um ciclo é formado pela seqüência de quatro etapas
denominadas tempos, durante os quais ocorrem as chama-
das seis fases.
2. Primeiro Tempo: ADMISSÃO
O primeiro tempo chama-se "admissão" e corresponde ao
movimento do pistão do PMA (Ponto Morto Alto) para o PBM
(Ponto Morto Baixo) com a válvula de admissão aberta. Nes-

Química e Física 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Nota: Durante o ciclo de dois tempos ocorrem também


seis fases como no motor a quatro tempos, das quais quatro
(admissão, compressão, ignição e combustão) ocorrem no
primeiro tempo e duas (expansão e exaustão) no segundo
tempo.
Notas: Tempo é o conjunto das fases que ocorrem quan- 4. Vantagens e desvantagens: O motor a dois tempos é
do o pistão percorre um curso. mais simples, mais leve e mais potente que o motor a quatro
O motor a dois tempos tempos, porque produz um tempo motor em cada volta do
eixo de manivelas. Além disso, seu custo é menor, sendo por
1. O motor a dois tempos recebe esse nome porque seu isso muito utilizado em aviões ultra-leves e autogiros.
ciclo é constituído por apenas dois tempos, conforme vere-
mos no item seguinte. Contudo, não é usado nos aviões em geral, devido às se-
guintes desvantagens:
Mecanicamente ele é bastante simples e possui poucas
peças móveis. O próprio pistão funciona como válvula desli- a) É pouco econômico, porque uma parte da mistura ad-
zante, abrindo e fechando janelas, por onde a mistura é ad- mitida no cilindro foge juntamente com os gases queimados;
mitida e os gases queimados são expulsos. b) Após o escampamento, uma parte dos gases queima-
dos permanece no cilindro, contaminando a mistura nova
admitida;
c) O motor a dois tempos se aquece mais, porque as
combustões ocorrem com maior freqüência;
d) A lubrificação é imperfeita, porque é preciso fazê-la a-
través do óleo diluído no combustível;
e) O motor é menos flexível do que o de quatro tempos,
isto é, a sua eficiência diminui mais acentuadamente quando
variam as condições de rotação, altitude, temperatura, etc...
fonte: www.rcmasters.com.br

03 - INJEÇÃO ELETRÔNICA
Injeção Eletrônica
Devido à rápida evolução dos motores dos automóveis,
2. Primeiro Tempo: Admitindo que o motor já esteja em além de fatores como controle de emissão de poluentes e
funcionamento, o pistão sobe comprimindo a mistura no economia de combustível, o velho carburador que acompa-
cilindro e produzindo um rarefação no cárter. Aproximando- nhou praticamente todo o processo de evolução automotiva,
se do ponto morto alto, dá-se a ignição e a combustão da já não supria as necessidades dos novos veículos. Foi então
mistura. Ao mesmo tempo, dá-se a admissão da mistura que começaram a ser aprimorados os primeiros sistemas de
nova no cárter, devido à rarefação que se formou durante a injeção eletrônica de combustível, uma vez que desde a
subida do pistão. década de 50 já existiam sistemas "primitivos", para aplica-
ções específicas.

Para que o motor tenha um funcionamento suave, eco-


nômico e não contamine o ambiente, ele necessita receber a
perfeita mistura ar/combustível em todas as faixas de rota-
ção. Um carburador, por melhor que seja e por melhor que
esteja sua regulagem, não consegue alimentar o motor na
proporção ideal de mistura em qualquer regime de funciona-
mento. Os sistemas de injeção eletrônica têm essa caracte-
rística de permitir que o motor receba somente o volume de
combustível que ele necessita.

3. Segundo Tempo: Neste tempo, os gases da com-


bustão se expandem, fazendo o pistão descer, comprimindo
a mistura no cárter. Aproximando-se o ponto morto baixo, o
pistão abre a janela de exaustão, permitindo a saída do ga-
ses queimados. A seguir abre-se a janela de transferência, e
a mistura comprimida no cárter invade o cilindro, expulsando
os gases queimados.

Química e Física 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tes e sensores. Montado no coletor de admissão, ele
alimenta os cilindros do motor. Na unidade central de
injeção encontram-se a válvula de injeção, o potenci-
ômetro da borboleta, o atuador de marcha lenta, o re-
gulador de pressão e o sensor de temperatura do ar.
 SONDA LAMBDA - Funciona como um nariz eletrô-
nico. A sonda lambda vai montada no cano de escape
do motor, em um lugar onde se atinge uma temperatu-
ra necessária para a sua atuação em todos os regimes
de funcionamento do motor. A sonda lambda fica em
contato com os gases de escape, de modo que uma
parte fica constantemente exposta aos gases proveni-
entes da combustão e outra parte da sonda lambda fi-
ca em contato com o ar exterior. Se a quantidade de
oxigênio não for ideal em ambas as partes, será gera-
da uma tensão que servirá de sinal para a unidade de
comando. Através deste sinal enviado pela sonda
lambda, a unidade de comando pode variar a quanti-
Sistema single-point
dade de combustível injetado.
 SENSOR DE PRESSÃO - Os sensores de pressão
possuem diferentes aplicações. Medem a pressão ab-
soluta no tubo de aspiração (coletor) e informam à u-
nidade de comando em que condições de aspiração e
pressão o motor está funcionando, para receber o vo-
lume exato de combustível.
 POTENCIÔMETRO DA BORBOLETA - O potenciô-
metro da borboleta de aceleração está fixado no corpo
da borboleta e é acionado através do eixo da borbole-
ta de aceleração. Este dispositivo informa para a uni-
dade de comando todas as posições da borboleta de
aceleração. Desta maneira, a unidade de comando ob-
tém informações mais precisas sobre os diferentes re-
gimes de funcionamento do motor, utilizando-as para
influenciar também na quantidade de combustível pul-
verizado.
 MEDIDOR DE MASSA DE AR - O medidor de mas-
sa de ar está instalado entre o filtro de ar e a borboleta
de aceleração e tem a função de medir a corrente de
Sistema multi-point
ar aspirada. Através dessa informação, a unidade de
comando calculará o exato volume de combustível pa-
Mais do que isto, os conversores catalíticos - ou simples- ra as diferentes condições de funcionamento do motor.
mente catalizadores - tiveram papel decisivo no desenvolvi-  MEDIDOR DE FLUXO DE AR - Tem como função
mento de sistemas de injeção eletrônicos. Para que sua informar à unidade de comando a quantidade e a tem-
eficiência fosse plena, seria necessário medir a quantidade peratura do ar admitido, para que tais informações in-
de oxigênio presente no sistema de exaustão e alimentar o fluenciem na quantidade de combustível pulverizada.
sistema com esta informação para corrigir a proporção da A medição da quantidade de ar admitida se baseia na
mistura. O primeiro passo neste sentido, foram os carburado- medição da força produzida pelo fluxo de ar aspirado,
res eletrônicos, mas cuja difícil regulagem e problemas que que atua sobre a palheta sensora do medidor, contra a
apresentaram, levaram ao seu pouco uso. força de uma mola. Um potenciômetro transforma as
Surgiram então os primeiros sistemas de injeção single- diversas posições da palheta sensora em uma tensão
point ou monoponto, que basicamente consistiam de uma elétrica, que é enviada como sinal para a unidade de
válvula injetora ou bico, que fazia a pulverização do combus- comando. Alojado na carcaça do medidor de fluxo de
tível junto ao corpo da borboleta do acelerador. Basicamente ar encontra-se também um sensor de temperatura do
o processo consiste em que toda vez que o pedal do acele- ar, que deve informar à unidade de comando a tempe-
rador é acionado, esta válvula (borboleta), se abre admitindo ratura do ar admitido durante a aspiração, para que
mais ar. Um sensor no eixo da borboleta, indica o quanto de esta informação também influencie na quantidade de
ar está sendo admitido e a necessidade de maior quantidade combustível a ser injetada.
de combustível, que é reconhecida pela central de gerencia-
mento e fornece o combustível adicional.
 ATUADOR DA MARCHA LENTA - O atuador de
marcha lenta funciona tem a função de garantir uma
Para que o sistema possa suprir o motor com maiores marcha lenta estável, não só na fase de aquecimento,
quantidades de combustível de acordo com a necessidade, a mas em todas as possíveis condições de funciona-
linha de alimentação dos bicos (injetores) é pressurizada e mento do veículo no regime de marcha lenta. O atua-
alimentada por uma bomba de combustível elétrica, a qual dor de marcha lenta possui internamente duas bobinas
envia doses maiores que as necessárias para que sempre o (ímãs) e um induzido, onde está fixada uma palheta gi-
sistema possa alimentar adequadamente o motor em qual- ratória que controla um “bypass” de ar. Controlado pe-
quer regime em que ele funcione. O excedente retorna ao la unidade de comando, são as diferentes posições do
tanque. Nos sistemas single point a alimentação é direta ao induzido, juntamente com a palheta giratória, que
bico único. No sistema multi-point, em que existe um bico permitem uma quantidade variável de ar na linha de
para cada cilindro, localizado antes da válvula de admissão, aspiração. A variação da quantidade de ar é determi-
existe uma linha de alimentação única para fornecer combus- nada pelas condições de funcionamento momentâneo
tível para todos os injetores. do motor, onde a unidade de comando, através dos
Seja no caso de sistemas single-point ou multi-point, os sensores do sistema, obtém tais informações de fun-
bicos injetores dosam a quantidade de combustível liberada cionamento, controlando assim o atuador de marcha
para o motor pelo tempo em que permanecem abertos. As lenta.
válvulas de injeção são acionadas eletromagneticamente,
 SENSOR DE TEMPERATURA - Determina o atin-
abrindo e fechando através de impulsos elétricos provenien-
gimento da temperatura ideal de funcionamento e cor-
tes da unidade de comando. Quando e por quanto tempo
rige a quantidade de mistura enviada ao motor.
devem ficar abertas estas válvulas, depende de uma série de
medições feitas por diversos sensores distribuídos pelo veí-  SENSOR DE VELOCIDADE DO MOTOR - Este
culo. Assim, não são apenas o sensor no corpo da borboleta sensor determina a que rotação o motor opera instan-
e a sonda lambda que determinam o quanto de combustível taneamente. Entre outras razões, geralmente esta lei-
deve ser liberado a mais ou a menos, mas também os itens tura é cruzada com a dos aceleradores eletrônicos pa-
que se seguem: ra determinar a "vontade" do motorista e dosar as
quantidades necessárias de mistura, de acordo com
 UNIDADE CENTRAL DE INJEÇÃO - Também cha-
as curvas de torque e potência ideais do motor.
mado “corpo de borboleta” engloba vários componen-

Química e Física 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A evolução dos sistemas de injeção de combustível, pos-
sibilitou não apenas as características e vantagens a-
cima descritas, como também propiciou a incorpora-
ção do sistema de ignição. Desta forma os modernos
sistemas de injeção, também são responsáveis pelo
geranciamento do ponto de ignição. Alguns dos princi-
pais itens nesta tarefa, são:
 SENSOR DE ROTAÇÃO - Na polia do motor está
montada uma roda dentada magnética com marca de
referência. A unidade de comando calcula a posição
do virabrequim e o número de rotações do motor, ori-
ginando o momento correto da faísca e da injeção de
combustível.
 SENSOR DE DETONAÇÃO - Instalado no bloco do
motor, o sensor de detonação converte as vibrações
do motor em sinais elétricos. Estes sinais permitem
que o motor funcione com o ponto de ignição o mais
adiantado possível, conseguindo maior potência sem
prejuízo para o motor.
 BOBINAS PLÁSTICAS - As bobinas plástica têm
como função gerar a alta tensão necessária para pro- O sistema de lubrificação típico de um motor é composto
dução de faíscas nas velas de ignição, como as tradi- por diversos componentes que fazem circular óleo no siste-
cionais bobinas asfálticas. Dimensões mais compac- ma, controlam a pressão do mesmo e fazem a sua filtragem
tas, menor peso, melhor resistência às vibrações, mais de maneira que ocorra uma lubrificação adequada em todas
potência, são algumas das vanta-gens oferecidas pe- as áreas de atrito, sob todas as condições de funcionamento.
las bobinas plásticas. Além disso, as bobinas plásticas Os principais componentes que influem no funcionamento
possibilitaram o aparecimento dos sistemas de ignição adequado do sistema são:
direta, ou seja, sistemas com bobinas para cada vela  Filtro de sucção
ou par de velas, eliminando dessa forma a necessida-
de do distribuidor. Com suas características inovado-  Bomba de óleo
ras, as bobinas plásticas garantem um perfeito funcio-  Válvula aliviadora de pressão
namento dos atuais sistemas de ignição, em função da  Filtro de óleo
obtenção de tensões de saída mais elevadas.
 Galerias principais e tributárias
 Canais de lubrificação de mancais e bielas

Vale salientar que tanto para o sistema de injeção, como


o de ignição, a lista de componentes (sensores e atuadores),
costuma ser um tanto mais extensa e que varia tanto de
acordo com o fabricante como também de um modelo para
outro. Sistemas mais recentes e sofisticados podem conter
mais de uma centena de elementos e realizar outra centena
de operações, interagindo com o sistema de ar-condicionado,
direção hidráulica, câmbio automático, controles de tração e
de estabilidade, entre outros. O óleo que circula dentro do motor fica depositado na
parte baixa do bloco, conhecida como cárter, já que neste
O gerenciamento de todas as leituras efetuadas pelos di-
ponto - não apenas por razões físicas - ele mantém-se mais
versos sensores, de forma a determinar basicamente quando
resfriado em relação ao que circula pelo motor. Do cárter, o
e em que quantidades o combustível deve ser fornecido ao
óleo é sugado pela bomba de óleo através de um tudo cole-
motor e, em que momento deve ocorrer a faísca (nos siste-
tor - que tem em sua extremidade um filtro de malha grossa
mas que incorporam a ignição), fica a cargo da ECU (Eletro-
(filtro de sucção) para retenção das partículas maiores de
nic Control Unit), ou Unidade de Controle Eletrônico. Para
metal e outros possíveis fragmentos que possam danificar a
tanto, utiliza-se de um programa que visa "decidir" o que
bomba, além de realizar uma filtragem preliminar.
fazer em cada situação e de acordo com a "vontade" do
motorista, visando proporcionar o melhor rendimento possí- A bomba, por pressão força o lubrificante através do filtro
vel, dentro de parâmetros adequados de consumo e de polu- de óleo, que tem por função reter as partículas menores que
ição.Fonte: www. envenenado.com.br W.J. estejam em suspensão no óleo e que poderiam interferir em
sua viscosidade adequada, bem como aumentariam o atrito e
04 - SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO; até mesmo a abrasividade no contato das partes móveis.
O lubrificante que sai do filtro segue por diversas passa-
O sistema de lubrificação do motor garante que todas as gens (pequenos canais perfurados ou criados na fundição do
suas peças móveis - especialmente pistões, virabrequins, bloco), atingindo todos os componentes que precisam lubrifi-
eixo do comando de válvulas, bielas e tuchos - funcionem cação. O primeiro fluxo chega à chamada galeria principal de
sem que as superfícies de contato entre eles e demais com- óleo, disposta longitudinalmente ao bloco, com o justo objeti-
ponentes realizem muito atrito entre si, diminuindo assim os vo de atingir assim toda a sua extensão. Desta galeria, deri-
desgaste elevado e superaquecimento. vam outros canais ou orifícios (conforme o motor) que atin-
gem primeiramente o virabrequim, atuando sobre os mancais
principais.
Aqui também podem haver variações de um motor para
outro, mas em geral por meio de pequenos canais perfurados
no virabrequim, o óleo é conduzido aos casquilhos das bie-

Química e Física 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
las. Estas por sua vez, também através de canais que ligam trolar esse calor. Para ter uma idéia, o sistema de arrefeci-
a cabeça ao pé da biela ou apenas uma passagem em sua mento de um carro rodando numa estrada dissipa calor sufi-
cabeça, esguicham óleo dentro do corpo do pistão e nas ciente para aquecer duas casas de tamanho médio! A tarefa
paredes do cilindro. Seja qual for a forma de lubrificação do principal do sistema de arrefecimento é transferir calor para o
cilindro, o anel inferior do pistão (anel de óleo) "raspa" a sua ar, impedindo que o motor superaqueça, mas o siste-
parede no movimento de descida, com o objetivo de que o ma também tem outras tarefas importantes.
lubrificante não seja queimado na combustão. O motor em seu carro roda melhor numa temperatura
média. Quando ele está frio, seus componentes se desgas-
tam mais rapidamente, o motor é menos eficiente e emite
mais poluentes. Cabe aos sistemas de arrefecimento permitir
que o motor se aqueça com a maior velocidade possível e,
então, mantê-lo numa temperatura constante.
XIV. Fundamentos básicos
O combustível é queimado constantemente no motor do
seu carro. Muito do calor dessa combustão sai diretamente
pelo sistema de escapamento, mas um pouco dele é absor-
vido pelo motor, aquecendo-o. O motor funciona melhor
quando o seu líquido arrefecedor está a aproximadamente
90ºC (200ºF). A esta temperatura:
 a câmara de combustão está quente o suficiente pa-
ra vaporizar completamente o combustível, permitin-
do melhor combustão e reduzindo as emissões;
 o óleo usado para lubrificar o motor fica menos vis-
coso (mais fino), por isso as partes do motor se mo-
vem mais livremente e ele desperdiça menos força
Além de suprir algum óleo ao virabrequim, bielas e
movendo seus próprios componentes;
pistões, a galeria principal tem derivações (como efluentes de
um rio), chamadas de sangrias ou tributárias, que tem o pa-  as partes de metal se desgastam menos.
pel de distribuir fluido ao sistema de comando de válvulas. Há dois tipos de sistemas de arrefecimento encontrados
Uma outra sangria também alimenta as corrente ou engrena- em carros: arrefecimento a líquido e arrefecimento a ar.
gens sincronizadoras do comando de válvulas, em motores Arrefecimento a líquido
que utilizam este sistema de sincronização. O sistema de arrefecimento a líquido faz circular um fluido
A pressão gerada pela bomba de óleo, geralmente varia por mangueiras e partes do motor. Ao passar pelo motor
bastante durante os diversos regimes de funcionamento de quente o líquido absorve calor, resfriando o motor. Depois
um motor, já que seu acionamento é feito pelo virabrequim que o fluido deixa o motor ele passa por um trocador de ca-
ou pelo comando, condicionando maiores pressões apenas lor, ou radiador, que transfere o calor do fluido para o ar que
quando são mais elevadas as rotações do motor, justamente passa pelo radiador.
quando aumenta a exigência de lubrificação. Arrefecimento a ar
Por estas razões que motores (carburados) que tem mar- Alguns carros mais antigos (o Fusca e seus derivados,
cha lenta irregular, apresentam indicações de baixa pressão por exemplo) e uns poucos contemporâneos usam motores
de óleo. Um motor frio por outro lado costuma registrar maior refrigerados a ar. Em vez de haver um líquido circulando pelo
pressão de óleo do que um quente, em função do aumento motor, o bloco e o cabeçote são dotados de aletas que au-
de viscosidade, que faz com que a bomba encontre maior mentam a área de absorção de calor e de contato com o ar,
dificuldade para fazer o óleo passar pelas estreitas galerias e conduzindo o calor para longe do motor. Uma potente ventoi-
pelo filtro, além de explicar porque o indicador de pressão de nha força o ar sobre essas aletas, que resfriam o motor ao
óleo se acende toda vez que se dá partida em um motor frio. acelerar a transferência de calor para o ar. Quando o motor é
Para evitar danos a bomba nestas ou em outras situações exposto ao fluxo de ar, como nas motocicletas, a ventoinha
em que a pressão suba demasiadamente, é que existe a pode ser dispensada.
válvula aliviadora de pressão, que faz parte do óleo retornar Como a maioria dos carros é arrefecida a líquido, neste
ao cárter. artigo daremos atenção a esse sistema.
Apesar do sistema de vedação dos pistões, quando estes XV. Tubulação
não estão devidamente ajustados, estão gastos ou quebra- Há muitos tubos, mas não só isso, no sistema de arrefe-
dos, ou ainda em regimes extremos de funcionamento, parte cimento de um carro. Vamos começar pela bomba d'água,
dos gases escapa entre as paredes de cilindros e pistões, nesta página, e seguir por todo o sistema nas próximas se-
aumentando a pressão do sistema. Para resolver este pro- ções.
blema, existe um sistema de emissão do cárter ou de respiro,
que consiste de uma mangueira que liga o sistema ao carbu- A bomba d'água manda para o bloco do motor o fluido,
rador ou filtro de ar e retornando ao motor para queima. Esta que passa ao redor dos cilindros e depois pelo cabeçote do
mangueira conduz os gases liberados por uma válvula de motor, por passagens existentes para esse fim. Há uma vál-
uma via, que se abre toda vez que a pressão dos gases do vula termostática (sensível à temperatura) no ponto de saída
motor aumenta demais. do fluido. Se a válvula termostática está fechada, o sistema
de mangueiras ao redor dela manda o fluido diretamente de
Pressão do óleo muito baixa Indica que pode haver va- volta à bomba d'água, para circular pelo bloco e cabeçote
zamento de óleo, problemas com a bomba ou insuficiência apenas; se aberta, o fluido passa pelo radiador primeiro e
de óleo. Qualquer que seja a razão, pare o carro imediata- então volta para a bomba d'água.
mente e chame um mecânico. Prosseguir rodando nestas
condições, pode acarretar danos sérioso por lubrificação Há também um circuito separado para o sistema de a-
inadequada ou inexistente de diversas partes do motor! quecimento (popularmente chamado de ar quente). Esse
circuito pega o fluido do cabeçote e o faz passar pelo núcleo
Pressão do óleo muito alta Indica que o filtro de óleo pode do aquecedor antes de voltar à bomba d'água.
estar demasiadamente sujo ou até mesmo entupido, a válvu-
la de alívio pode ter problemas ou alguma galeria entupida.
Apesar ser um pouco menos grave, da mesma forma provi-
dencie reparo urgente, pois se for caso de entupimento de
galerias, os riscos serão tão graves como na situação anteri-
or. Fonte: www.envenenado.com.br.

05 - ARREFECIMENTO;
XI. Sistemas de arrefecimento
XII. Karim Nice
XIII. Introdução
Os motores a gasolina melhoraram um bocado em seus
mais de 100 anos de vida, mas ainda não são muito eficien-
tes na transformação de energia química em força mecânica.
A maior parte da energia na gasolina (talvez 70%) se conver-
te em calor, e o trabalho do sistema de arrefecimento é con-

Química e Física 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Em carros com câmbio automático também há um circuito
separado, dentro do radiador, para resfriar o fluido do câm-
bio. O óleo do câmbio é bombeado para um segundo troca-
dor de calor dentro do radiador.
XVI. Fluido
Os carros rodam em regiões muito diversas – em alguns
lugares a temperatura pode ficar abaixo de 0; em outros,
muito acima de 40º C. Por isso, qualquer fluido usado no
arrefecimento do motor precisa ter um ponto de congelamen-
to muito baixo, um ponto de ebulição muito alto e deve ter a
capacidade de armazenar muito calor.
A água é um dos fluidos mais eficazes na conservação de
calor, mas ela congela numa temperatura muito alta para ser
usada em motores de automóveis. O fluido que a maioria dos
carros usa é uma mistura de água e etileno-glicol (C2H6O2),
também conhecido como aditivo de radiador ou anticongelan- Note que as paredes do cabeçote são finas e que o
te. Adicionando-se etileno-glicol à água, os pontos de ebuli- bloco do motor é praticamente oco
ção e de congelamento melhoram significativamente.
As temperaturas na câmara de combustão do motor po-
Água 50/50 70/30 dem chegar a 2.500º C, o que torna vital resfriar a área ao
pura C2H6O2/Água C2H6O2/Água redor do cabeçote. As áreas ao redor das válvulas de esca-
pamento são especialmente importantes, e quase todos os
Ponto de conge- espaços do cabeçote ao redor das válvulas que não têm
0º C -37º C -55º C
lamento função estrutural são preenchidos com o líquido de arrefeci-
Ponto de ebulição 100º C 106º C 113º C mento. Se o motor ficar sem refrigeração por muito tempo,
ele pode fundir. Quando isto acontece, é porque o metal se
A temperatura do líquido de arrefecimento pode chegar, aqueceu tanto que o pistão se soldou ao cilindro – e geral-
às vezes, de 121º C a 135º C. Mesmo com a adição do etile- mente o motor é destruído.
no-glicol, essas temperaturas ferveriam o líquido de arrefeci-
mento; logo, algo mais tem de ser feito para elevar o ponto
de ebulição.
O sistema de arrefecimento usa pressão para elevar ain-
da mais o ponto de ebulição do líquido de arrefecimento.
Assim como a temperatura de ebulição é mais alta numa
panela de pressão, a temperatura do líquido de arrefecimento
ficará mais alta se o sistema for pressurizado. A maioria dos
carros tem um limite de pressão de 14 a 15 libras por pole-
gada quadrada (lb/pol²), ou 0,96 a 1,03 bar, o que aumenta o O cabeçote também tem grandes condutos para o
ponto de ebulição outros 25º C, permitindo que o líquido de líquido de arrefecimento passar
arrefecimento suporte as altas temperaturas. Uma maneira interessante de reduzir as demandas para o
O anticongelante também contém aditivos para resistir à sistema de arrefecimento é reduzir a quantidade de calor que
corrosão. é transferida da câmara de combustão para as partes metáli-
XVII. Bomba d'água cas do motor. Por isso, alguns motores têm a parte interna do
A bomba d'água é uma simples bomba centrífuga aciona- topo do cabeçote revestida com uma fina camada de cerâmi-
da por uma correia conectada ao virabrequim. A bomba faz o ca, que não conduz bem o calor. Dessa maneira menos calor
fluido circular sempre que o motor está ligado. é transferido ao metal, e mais calor vai para fora pelo esca-
pamento.
XIX. Radiador
Um radiador é uma espécie de trocador de calor. Ele é
projetado para transferir calor do líquido de arrefecimento
quente que ali circula para o ar que é jogado nele por uma
ventoinha ou pelo ar que passa por ele estando veículo em
velocidade superior a 60 km/h em média.
Os carros mais modernos usam radiadores de alumínio,
feitos pela soldagem de finas aletas de alumínio a tubos
achatados do mesmo metal. O líquido de arrefecimento flui
da entrada até a saída por muitos tubos montados num ar-
ranjo paralelo. As aletas conduzem o calor dos tubos e o
transferem para o ar que passa pelo radiador.
Enquanto gira, a bomba d'água usa força centrífuga para
mandar fluido para fora, fazendo o líquido ser puxado do Algumas vezes os tubos têm um tipo de palheta inserida
centro continuamente. A entrada para a bomba está localiza- neles chamada de agitador, o que aumenta a turbulência do
da perto do centro para que o fluido que retorna do radiador fluido em circulação. Se o fluxo de fluido fosse muito suave,
bata nas pás da bomba, e essas lancem o fluido para fora da somente o fluido tocando os tubos seria resfriado diretamen-
bomba, de onde pode seguir para o motor. te. A quantidade de calor transferida para os tubos pelo fluido
circulando através deles depende da diferença de temperatu-
O fluido que sai da bomba passa primeiro pelo bloco do ra entre o tubo e o fluido que o toca. Se o fluido em contato
motor, pelo cabeçote, pelo radiador e finalmente volta para a com o tubo esfria rapidamente, menos calor será transferido.
bomba Em alguns motores mais modernos o fluxo começa Criando uma turbulência dentro do tubo, todo o fluido se
pelo cabeçote, a parte mais quente, e só depois continua mistura, mantendo alta a temperatura do fluido que toca os
pelo bloco.
tubos, e assim mais calor pode ser extraído - e todo o fluido
XVIII. Motor dentro do tubo é usado de forma eficaz.
O bloco e o cabeçote do motor têm muitas passagens,
moldadas durante a fundição ou usinadas, para permitir que
o fluido corra livremente, chegando às partes mais críticas
do motor.

Química e Física 87 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

mal.
Uma válvula termostática fechada e aberta
Se você quiser, pode fazer uma experiência prática para

ver uma válvula termostática em ação – parece mágica. É


Foto do radiador mostrando o tanque lateral com arre-
fecedor só colocar uma válvula numa panela com água fervente.
Normalmente, os radiadores têm um tanque de cada lado
- e dentro do tanque pode haver um arrefecedor de câmbio. Quando a temperatura da válvula chegar ao ponto certo
A foto acima mostra a entrada e a saída do óleo do câmbio.
O arrefecedor de câmbio é como um radiador dentro do radi- ela vai se abrir uns 2 cm. Lojas de autopeças vendem
ador, mas em vez de trocar calor com o ar, o óleo troca calor
com o líquido de arrefecimento no radiador. válvulas termostáticas bem baratas.
XX. Tampa do radiador
A tampa do radiador aumenta o ponto de ebulição do lí- O segredo da válvula termostática está num pequeno ci-
quido arrefecedor (que o povo chama de água do radiador) lindro localizado na parte da peça virada para o motor. O
em até 25º C (45º F). Como uma simples tampa faz isso? Do cilindro é preenchido com uma cera que começa a derreter
mesmo jeito que uma panela de pressão aumenta a tempera- em torno de 80º C (as válvulas podem se abrir a temperatu-
tura de ebulição da água. A tampa é, na verdade, uma válvu- ras diferentes, mas a de 80º C é a mais comum). Uma haste
la de alívio de pressão (como o peso calibrado das panelas conectada à válvula pressiona a cera. Quando a cera derrete,
de pressão). Em carros, essa tampa normalmente é regulada ela se expande significativamente, empurrando a haste para
para 15 lb/pol² ou 1,03 bar . O ponto de ebulição da água fora do cilindro e abrindo a válvula. Se você leu Como fun-
aumenta quando colocada sob pressão. cionam os termômetros e fez a experiência com a garrafa e a
palha, você viu este processo em ação. Porém, a cera se
expande um pouco mais porque está mudando de estado
sólido para líquido, além de se expandir por causa do calor.
XXII. Esta mesma técnica é usada na abertura automática
de janelas em estufas de plantas e clarabóia
XXIII. Ventoinha
Assim como o termostato, a ventoinha precisa operar de
modo a permitir ao motor manter uma temperatura constante.
Carros com tração dianteira têm ventoinhas elétricas por-
que normalmente o motor é montado transversalmente, o
que significa que a saída do motor é voltada para a lateral do
carro. As ventoinhas são controladas por um interruptor ter-
mostático ou pela central eletrônica do motor e são ligadas
quando a temperatura do líquido de arrefecimento sobe aci-
ma do ponto estabelecido, desligando quando a temperatura
cai abaixo desse ponto.

Quando o fluido no sistema de arrefecimento esquenta,


ele se expande e faz aumentar a pressão. A tampa é o único
lugar por onde a pressão pode escapar. A mola na tampa
determina a pressão máxima no sistema de arrefecimento.
Quando a pressão chega a 15 lb/pol²/1,03 bar, ela empurra e
faz a válvula se abrir, permitindo que o líquido de arrefeci-
mento escorra pelo tubo do vaso de expansão para o fundo
dele. Isto mantém o ar fora do sistema. Quando o líquido do
radiador esfria, um vácuo é criado no sistema de arrefeci-
mento, abrindo outra válvula com mola e sugando de volta a
água do vaso de expansão para substituir a água que tinha
sido expelida.
XXI. Válvula termostática
O principal trabalho da válvula termostática é permitir que
o motor chegue rapidamente à temperatura ideal e então Ventoinha de arrefecimento com acoplamento viscoso
mantê-la constante. Ele faz isto regulando a quantidade de Carros de tração traseira com motores longitudinais nor-
água que atravessa o radiador. Em temperaturas baixas, malmente têm ventoinhas de arrefecimento acionadas pelo
essa passagem é completamente bloqueada, forçando todo o motor. Essas ventoinhas costumam ter embreagem de aco-
líquido arrefecedor contido no motor a circular somente den- plamento tipo viscoso O sistema é posicionado no cubo da
tro dele, com o que ele se aquece rapidamente. ventoinha, no fluxo de ar vindo através do radiador, e é se-
Uma vez que a temperatura do líquido atinja de 80° C a melhante ao acoplamento viscoso às vezes encontrado em
90° C, a válvula termostática começa a abrir, permitindo que carros de tração nas quatro rodas.
o líquido seja enviador para o radiador. Quando o líquido s. Só que nesses dispositivos a cera derrete a uma tem-
chega a 93~103° C, a válvula está totalmente aberta. peratura mais baixa.
Caso a combinação de baixa temperatura ambiente e pouca XXIV. Ar quente
ou nenhuma utilização de potência faça o líquido arrefecedor Diz a sabedoria popular (com razão) que se o carro está
esfriar demais, a válvula termostática se fecha, mantendo o superaquecendo todas as janelas devem ser abertas e o ar
motor em temperatura nor- quente deve ser acionado na máxima temperatura. Isso pode
ajudar porque o sistema de aquecimento é, na verdade, um
sistema de arrefecimento secundário que espelha o sistema
principal do carro.

Química e Física 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
combustível, são alguns sinais de que a embreagem
está no final de sua vida útil.
- Se a embreagem estiver patinando não viaje com o
veículo e evite efetuar ultrapassagens.
- A troca correta de marchas é importante para a con-
servação e desempenho do veículo, por isso o câmbio
deve ser movimentado com firmeza, sem forçar a pe-
netração das marchas evitando assim danos ao me-
canismo seletor.
- Ao reduzir a velocidade mantenha o veículo engrena-
do para aumentar a vida útil de pastilhas e lonas.
- Não descanse o pé no pedal da embreagem e não se-
gure o carro nos aclives com a embreagem, evitando
desgaste prematuro de todo conjunto.

07 - SUSPENSÃO;
Tubulação do sistema de ar quente
O sistema de suspensão tem uma função importantíssima
no automóvel. É ela que absorve por meio dos seus compo-
A parte central do ar quente, localizada no painel do car- nentes todas as irregularidades do solo e não permite que
ro, é na verdade um pequeno radiador. O ventilador do aque- trancos e solavancos cheguem até os usuários. Também é
cedor sopra ar por esse radiador em direção à cabine do responsável pela estabilidade do automóvel.
carro. Os principais componentes do sistema de suspensão são:
 Molas;
 Amortecedores;
 Barras estabilizadoras;
 Pinos esféricos (pivôs);
 Bandejas de suspen-
são.

Sem as molas e os amortecedores que permitem a mo-


vimentação controlado do sistema, o desconforto seria muito
grande, principalmente em pisos irregulares. Isso sem falar
na vida útil do veículo, que diminuiria muito com os fortes
impactos sofridos.
Com os impactos transferidos para o veículo, há sofri-
O núcleo do sistema de ar quente se parece com um
mentos tanto do usuário como para o automóvel.
pequeno radiador
No automóvel podem vir a causar trincas na sua estrutu-
O radiador do ar quente recebe líquido de arrefecimento ra, que praticamente comprometeria todo o veículo.
vindo do cabeçote e o devolve à bomba, o que permite ao
Outro problema seria aqueles incômodos ruídos do painel
sistema funcionar esteja a válvula termostática aberta ou
do automóvel, que com a vibração e os impactos sofridos,
fechada.
aumentariam em muito. E todos nós sabemos como é chato
esse barulho.
06 - TRANSMISSÃO; Para quem já andou num carrinho feito com rolamentos
A transmissão é um conjunto de dispositivos utilizados na juventude sabe muito bem o que é um veículo sem sus-
para transmitir a força produzida no motor às rodas mo- pensão.
trizes, para que o veículo entre movimento. O sistema é Molas e amortecedores trabalham em conjunto. A mola
composto pela embreagem, caixa de marchas, diferencial, absorve os impactos sofridos pelas rodas e os amortecedo-
semi-árvores, homocinéticas e rodas. Esses componentes res seguram a sua distensão brusca, evitando oscilações no
estão ligados e possuem interdependência de funcionamen- veículo.
to.
Nos veículos leves, a maioria das suspensões utilizam a
Num automóvel com motor dianteiro, a transmissão passa mola helicoidal, que é formada por uma barra de aço enrola-
por todos estes componentes. Eles impõem às rodas a po- do em forma de espiral. Existem também outros tipos de
tência do motor transformada em energia mecânica. molas, como as barras de torção (utilizado nos veículos VW
Quando colocamos um carro em movimento, inicialmente, como o Fusca, a Brasília, etc) e as semi-elípticas (utilizadas
pisamos na embreagem para engrenar uma marcha. O mo- em veículos de carga).
vimento é transmitido ao diferencial que movimentará as A mola helicoidal pode trabalhar tanto na dianteira como
rodas através das semi-árvores. na traseira do veículo. Seu posicionamento na suspensão
O conjunto de peças usadas para ligar e desligar o motor depende da sua construção e estrutura. Entre os tipos de
do sistema de transmissão e efetuar a progressão do torque suspensões mais utilizadas no Brasil estão as do tipo Mc
do motor permitindo uma partida suave do veículo, chama-se Phearson e as de duplo triângulos, ambos suspensões inde-
embreagem, e localiza-se entre a caixa de mudanças e o pendentes. Fonte: www.mecanicadeautos.com.br
volante do motor.
A embreagem é um dispositivo muito usado no veículo. A 08 - DIREÇÃO;
cada mudança de marcha, ela é acionada. Seus componen-
Chama-se direção o conjunto de órgãos que permite ao
tes são passíveis de desgaste e podem apresentar inconve-
motorista conduzir o veículo na direção desejada. É compos-
nientes que devem ser imediatamente solucionados para não
ta em geral do volante, da coluna, da caixa, dos braços e das
estendê-los a outras partes do motor, como o câmbio.
barras de direção.
O câmbio permite as mudanças de marchas de forma su-
A caixa de direção, composta de uma árvore sem-fim e
ave e segura. Na manutenção da caixa de câmbio, não es-
um setor dentado, é o mecanismo responsável pela mudança
queça de verificar o nível de óleo e a data da troca do mes-
na direção da rotação que se dá ao volante e pela redução
mo.
da força necessária a virar as rodas.
O óleo recomendado é o de base mineral, multiviscoso, e
Nos veículos mais pesados e nos automóveis mais caros
deve conter aditivo de extrema pressão. Esses óleos são
também podem ser encontradas direções hidráulicas que
indicados para engrenagens com alta solicitação de carga.
reduzam em até quarenta por cento o esforço do motorista.
Fique atento para o sistema de transmissão do seu
veículo
09 - FREIOS;
- Engates de marchas difíceis, dificuldade de subir la-
deiras, pedal de embreagem duro, alto consumo de

Química e Física 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Destinam-se os freios a reduzir a velocidade, parar ou
manter parados os veículos.
O de estacionamento é mecânico, usando alavancas e
excêntricos para forçar as sapatas contra os tambores trasei-
ros.

Segundo Falkenstein, essa é a oportunidade de ob-


Os freios de serviço, porém, são hidráulicos, pois os me- servar o pneu, principalmente para checar a existência de
cânicos exigiam demasiado esforço do motorista e não eram cortes ou furos. É recomendável ainda examinar o estado
eficientes com o aumento da velocidade. dos pneus a cada três meses, já que um desgaste irregular
pode indicar necessidade de alinhamento ou calibragem.
Um cilindro-mestre cheio de fluido para freios é ligado aos “Dependendo das condições do carro, pode-se perder o pneu
cilindros das rodas por meio de tubulações. Ao se pressionar muito antes dos dois anos”, diz o diretor da Pirelli.
o pedal do freio, ele comprime o fluido do cilindro-mestre e,
pelos princípios da hidrostática, este esforço é transferido, Para verificar o desgaste, observe periodicamente o indi-
multiplicado, para os cilindros das rodas, os quais pressio- cador de desgaste da rodagem (TWI), que existe em todo
nam as sapatas contra os tambores de freio. pneu e mostra o limite certo para se efetuar a troca.
O atrito das sapatas no tambor transforma a energia me- Pneu novos na frente ou atrás?
cânica em energia térmica, que se dissipa na atmosfera. No caso dos carros com tração dianteira, um erro muito
Com o progressivo aumento de velocidade, os freios a tam- comum feito no Brasil é a colocação de pneus novos na fren-
bor se mostraram deficientes por causa do aquecimento te, deixando os antido na parte de trás. Nesse caso, apesar
excessivo em caso de uso prolongado. de ser maior o desgaste dos pneus dianteiros, segundo o
Assim, generalizaram-se os freios a disco, que são per- gerente da Michelin, o certo é deixar os pneus novos na parte
manentemente refrigerados pela corrente de ar. traseira do carro, porque ela precisa mais de aderência, uma
vez que não conta com a força motriz.
10 - PNEUS; Apesar de a troca parcial dos pneus ser mais econômica,
Toda a tecnologia implantada no desenvolvimento de um o certo mesmo, segundo Renato Silva, é trocar todos os
pneu pode ser comprometida se ele não for calibrado. Se as pneus antigos por novos ao mesmo tempo. “Ao longo da vida
condições de pressão não forem adequadas, além de com- eles ficam com a mesma concentração de desgaste e com-
prometer a segurança do veículo — a estabilidade diminui e portamento similar”, afirma. “O sulco da borracha do pneu
o condutor perde a capacidade de manejo — o carro consu- movimenta, se os quatro pneus estão com a mesma profun-
mirá mais combustível. Por isso, é muito importante a manu- didade, os sulcos mexem por igual”, acrescenta. Fonte: http
tenção constante dos pneus. ://g1.globo.com/ Noticias/Carros/
“Se o carro roda com 30 libras, e você deixa com 20% a
menos, na cidade pode nem perceber, mas na estrada faz 11 - SISTEMA ELÉTRICO.
uma enorme diferença. Aqueles 3% de economia de combus- O sistema elétrico émuito importante pois ele afeta dire-
tível que se consegue com o desenvolvimento de pneus com tamente no bom funcionamento das luzes de sinalização dos
baixa resistência ao rolamento se perdem. Além disso, o faróis, da luz de freio e da luz de marcha ré e também afeta o
pneu perde até 30% de vida útil e a segurança fica compro- motor.
metida”, afirma o gerente de marketing de produto de pneus Alé dos componentes citados acima, temos: Fiação - Ba-
de passeio e caminhonete da Michelin América do Sul, Rena- teria - Alternador - Motor de Partida
to Silva.
Bateria
A recomendação dos especialistas é que a calibragem
seja feita a cada quinze dias, inclusive do estepe. O ideal é A bateria recebe a energia produzida pelo alternador, dei-
calibrar o pneu quando ele estiver frio. “Pode parecer exage- xando assim disponível para ligar o motor de partida quando
ro, mas é muito importante a manutenção da pressão. Vários acionado e os equipamentos elétrico. A bateria geralmente
fatores podem causar a perda de pressão, como furos, um está no compartimento do motor.
prego que ficou no furo, uma válvula que não funciona direito, O mau funcionamento e o mau uso de algum destes itens
uma roda amassada etc. Isso compromete a performance do compromete a vida útil da bateria automotiva,podendo gerar
pneu”, destaca o diretor de pesquisa e desenvolvimento da sobregarca, fuga de correntee outros fatores que prejudicam
Pirelli, Roberto Falkenstein. diretamente a bateria.
Sobre o nível de pressão, Falkenstein ressalta que se de- Motor de Partida
ve seguir as recomendações especificadas no manual do
É um componente que te a Função de iniciar a partida do
carro. “Essa calibragem ideal é buscada em testes e é a que
carro.Ao iniciar a chave para a posição da partida, estamos
permite obter o melhor equilíbrio”, afirma o diretor da Pirelli.
acionando-o e ele dará o giro inicial para o funcionamento do
O excesso de pressão também é prejudicial. De acordo motor principal do veículo. O motor de partida consome muita
com o gerente de produtos e serviços técnicos da Continental energia. Então, se o motor do veículo não "pegar" logo, ficar
Pneus, Gilberto Viviani, nesse caso, o pneu tem contato com insistindo só irá descarregar a bateria.
o solo apenas por meio da parte central da banda de roda-
Cada tentativa deve durar até 7 segundos, com intervalos
gem e se desgasta com muito mais rapidez. As distâncias de
de 20 segundo entre uma tentativa e outra.
frenagem também são maiores.
Assim, você poderá proteger o veículo de uma possível pane
Na hora do rodízio elétrica.
O rodízio aumenta a vida útil do pneu. A operação deve
Alternador
ser feita a cada 10 mil quilômetros e os pneus devem ser
calibrados logo em seguida. Roberto Falkenstein, da Pirelli, O alternador é um componente gerador de eletricidade,
recomenda que o proprietário faça também o alinhamento da responsá em recarregar a bateria e alimentar os componen-
rodas. “Aproveite para fazer verificar também a cambagem (o tes, tais como:
ângulo de inclinação das rodas)”, reforça.  bobina
 distribuidor
 velas
 aparelhos de som
 luz interna

Química e Física 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 lampâda. Esta lâmpada varia de acordo com o modelo do veículo.
Está diretamente ligado ao motor do veículo atravé de Quando a mesma permanece acesa, após a partida, indica
uma correia que transmite o movimento do motor, fazendo que o sistema de gerenciamento eletrônico do freio está
gerar eletricidadedo tipo alternada, daí a origem do seu no- inoperante, funcionando de uma forma convencional. Se isto
me. ocorre, você deve fazer uma visita à oficina, pois, corre o
risco de perda parcial ou total do freio.
A correia do alternador deve estar em bom estado e esti-
cado com a tensão correta, conforme estabelece o fabrican- Luz do Imobilizador
te. O sistema de imobilização do motor tem como finalidade
Motor "pesado", com ruí estranhos, requer pronta revisã bloquear o funcionamento do carro se a chave não for reco-
de alternador bomba d'aguá, polias e correias. nhecida pelo sistema eletrônico. Se este sistema danificar, o
sintoma &eatilde um breve funcionamento do motor de apro-
Fiação Elétrica ximadamente 2 segundos e logo após o desligamento acon-
Os fios e cabos elétricos (chicote) são; responsáveis pela tecerá e ficará a luz do imobilizador piscando.
condução da eletricidade para os diversos pontos do veículo. Recomenda-de que o veículo seja levado a uma conces-
O contato de fios desencapados ou soltos com partes metáli- sionária para uma nova codificação.
cas do veículo gera curto-circuito, danifica acessórios, quei- Um bom motorista deve ficar atento às indicações da lu-
ma fusí e pode até originar incêndios. Deve se evitar ligações zes de alerta no painel de seu carro!
improvisadas e adaptações não originais de acessórios elé-
tricos (as tais "gambiarras" ou "quebra galhos"). Ajuste o Farol

Fusíveis Quando o farol apresenta regulagem baixa, ele nã,o é ca-


paz de apresentar a luminosidade adquada. Por outro lado,
São elementos de proteção do sistema elétrico que só quando a regulagem é alta demais, os faróis ofuscam a visão
permitem passagem de corrente elétrica até um valor pré- do motorista que vem em sentido contrário.
estabelecido. A regulagem correta deve ser feita a cada seis meses. Os
Quando a corrente elétrica que vai para equipamentos e faróis tendem a ficar desregulados com as trepidações que o
acessórios sofre uma descarga ou um curto-circuito, o fusível veículo sofre no dia-a-dia ou, ainda, quando um serviço não é
queima e protehe os equipamentos. Se estiver queimado, realizado com cuidado, como a troca de pneus. Fonte:
devemos substituí-lo por outro igual. Se voltar a queimar, http://designautomotivo.epbsantos.com.
cada dispositivo ou acessório elétrico daquele setor terá que
ser examinado, para verificação da causa.
11 - SISTEMA DE IGNIÇÃO
A falta ou mau funcionamento de luzes, limpador de pará-
Como funciona o Sistema de Ignição
brisa e buzina afeta diretamente a segurança podensdo cau-
sar acidentes. Para que a mistura de combustível+ar se queime no inte-
rior do cilindro do motor, produzindo assim a força mecânica
E quando a luz acende no painel? que o movimenta, é preciso um ponto de partida. Este ponto
Luzes de alerta do painel de partida é uma faísca que inflama a mistura, e que é pro-
As luzes indicadoras de alerta se acendem no painel to- duzida por uma série de dispositivos que formam o sistema
das as vezes que é ligada a chave de ignição para um prevê de ignição.
diagnóstico e logo após o funcinamento do veículo todas as
lâmpadas de indicadores do painel devem se apagar indi-
cando que está tudo correto.
Esse alarme visual alerta o condutor ao bom funciona-
mento ou aos possíveis danos nos componentes de segu-
rança do veículo.
Luz do Freio
Esta luz acendo toda vez que o sistema de freio está com
baixo nível de fluído ou com desgastes excessivos nas pasti- A finalidade do sistema de ignição é gerar uma faísca nas
lhas e lonas de freio, o que pode resultar em perda parcial ou velas, para que o combustível seja inflamado. Os sistemas
total do freio. É recomendável fazer uma checagem das con- de ignição utilizam diversos componentes que vêm passando
dições do freio e esta vereficação em meacute;dia a cada 10 por alterações no decorrer dos tempos. Assim, o sistema
mil quilõmetros, ou uma vez ao ano. tradicional tem a configuração mostrada na foto abaixo.
Luz da Bateria A bateria, neste sistema, é a fonte primária de energia,
A luz de alerta da bateria acende quando há algum pro- fornecendo uma tensão em torno de 12V nos veículos mo-
blema no alternador (Recarregador da Bateria), aquele dis- dernos (nos tipos mais antigos podíamos encontrar também
positivo responsável por produzir energia elétrica para a sistemas de 6V e nos mais modernos chegaremos aos 36V).
autonomia do veículo;, lembra? Uma falha no alternador Esta tensão, muito baixa, não pode produzir faíscas. Para
pode provocar até uma parada do motor. que ocorra uma faísca ou centelha é preciso que a eletricida-
Luz do Óleo de rompa a rigidez dielétrica do ar.
A luz de pressã do óleo do motor tem uma importante Explicamos o que é isso: o ar, em condições normais é
função: avisar o condutor do veículo que é necessá uma um isolante, mas se a tensão elétrica subir muito, ele não
parada de emergencicia, pois a falta de pressã ou até mesmo consegue mais isolá-la e uma centelha é produzida. Esta
a falta de óleo lubrificante do motor acarreta em superaque- centelha consiste na passagem da eletricidade pelo próprio
cer e danificar irreversivelmente os componentes do motor, ar, que momentaneamente se torna condutor.
no qual será necessário uma retificação completa. Para o ar seco, em condições normais, a rigidez dielétrica
Evite este transtorno e verifique com frequência o nível do é da ordem de 10.000 volts por centímetros. Isso significa
óleo do motor. que para produzir uma faísca de um centímetro precisamos
Luz da Temperatura de 10.000v, e para 2 centímetros precisamos de 20 000v e
No caso da temperatura, a luz serve para indicar um de- assim por diante.
feito no sistema de ventilação do motor. O problema pode ser Para o caso das velas do automóvel uma faísca com me-
causado por diversos fatores, dese falta de água até um nos de 0,5 cm é suficiente para inflamar a mistura, de modo
defeito no radiador (trocador de calor). Recomendo que você que uma tensão da ordem de 4000 a 5000 volts é mais que
cheque toda a semana o nível de água. além disso, é impor- suficiente.
tante verificar se a ventoinha do radiador está funcionando Ora, existe uma boa diferença entre os 12v da bateria e
corretamente. os 5000 volts que precisamos para produzir a faísca. Para
Luz do Sistema de Injeçã Eletrônica elevar a tensão da bateria usamos então dois componentes
Você deve verificar o funcionamento desta luz no momen- básicos: o platinado e a bobina.
to da partida e logo após a mesma deverá apagar. A bobina de ignição é na realidade um transformador que
A lâmpada permanecendo acesa indica que o gerenciamento possui dois enrolamentos de fio de cobre num núcleo de
elétrico (Injeção Eletrônica) do motor está com alguma avari- ferro. O primeiro enrolamento, denominado "primário", con-
a. siste em poucas voltas de fio grosso, já que nele vai circular
Neste caso é necessário usar um scaner "aparelho de di- uma corrente intensa sob o regime de baixa tensão (os 12v
agnóstico veicular". Faça uma visita a uma oficina de sua da bateria).
confiança. A corrente normal para um veículo de passeio está em
Luz do Freio ABS torno de 3 ampères. Bobinas especiais para carros de corrida

Química e Física 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ou "preparados" podem operar com correntes maiores. O
enrolamento secundário, por outro lado, consiste em milhares Podemos medir a página deste livro utilizando um
de voltas de um fio muito fino, já que agora temos um regime lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida
de alta tensão e baixa corrente. ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento
A bobina possui como função elevar os 12 volts da bate- do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado
ria para uma tensão em torno de 20.000 volts, que são como medida padrão) caberá nesta página.
transmitidos para as velas.
No funcionamento, quando por um breve instante circula Para haver uma uniformidade nas relações humanas
uma corrente pelo primário, um forte campo magnético é estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
criado no núcleo de metal ferroso onde está enrolada esta medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico
bobina. Este campo tem suas linhas de força em expansão, o decimal, adotado oficialmente no Brasil.
que causa uma indução de alta tensão no secundário que
está enrolado no mesmo núcleo. Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para
escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico
decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes

HECTA significa 100 vezes


DECA significa 10 vezes
DECI significa décima parte
CENTI significa centésima parte
MILI significa milésima parte.

1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
1dam = 10m 1 m = 1000 mm

Sistemas Modernos
O uso de dispositivos eletrônicos permite uma melhora
considerável no desempenho de um sistema de ignição. Transformações de unidades: Cada unidade de
Existem diversos sistemas de ignição "eletrônicos" que são comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade
amplamente usados, com resultados sempre melhores que imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula
os sistemas tradicionais. para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma
Exemplos: unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada
mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez)
a) Ignição assistida:
transforma uma unidade na imediatamente superior.
Este é o sistema mais simples que faz uso de componen-
tes eletrônicos melhorando muito o desempenho de qualquer Ex.: 45 Km  45 . 1.000 = 45.000 m
veículo. Os transistores funcionam como "chaves eletrôni- 500 cm  500 ÷ 100 = 5 m
cas", controlando a corrente intensa da bobina a partir de 8 Km e 25 m  8.000m + 25m = 8.025 m
uma corrente de comando muito menor, que circula pelo
ou 8,025 Km.
platinado.
Podemos reduzir em até 100 vezes a corrente do platina- Resumo
do, o que significa , em princípio, uma durabilidade muito
maior para este elemento já que não existem mais as faíscas
que causam sua deterioração.
O transistor que controla praticamente toda corrente da
bobina deve ter características especiais; deve ser capaz de
ligar e desligar rapidamente, o que significa que deve ser um
dispositivo de "comutação" rápida, e além disso, deve ser
capaz de suportar a alta tensão de "retorno" que a bobina
produz. Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
Transistores de pelo menos 5 ampères de corrente de co- é a soma do comprimento de seus lados.
letor e tensões máximas da ordem de 500V ou mais são os
recomendados para este tipo de sistema, devendo ainda ser
montados em bons radiadores de calor.
Conforme podemos ver, sua adaptação aos veículos que
possuem ignição tradicional é bastante simples. Apenas em
alguns casos, em que existe resistência limitadora em série
com a bobina, é que temos um pouco mais de trabalho com
sua eliminação.
b) Ignição por descarga capacitativa:
Este é sem dúvida, o sistema mais moderno e mais utili-
zado nos veículos, inclusive de linha, tanto pelo seu ótimo
desempenho como pela sua confiabilidade. O sistema de
ignição por descarga capacitativa tem um circuito básico.
Fonte: www .vtn.com.br/consertos-de-carro
Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
CONVERSÃO ENTRE UNIDADES DEMEDIDAS compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
(0).
A) UNIDADES DE COMPRIMENTO

Medidas de comprimento:

Medir significa comparar. Quando se mede um


determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um número seguido de um
nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a
unidade de medida.

Química e Física 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Perímetro: a + a + b + b

Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto


“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base
= altura = lado.

Elementos de uma circunferência:

Perímetro: é a soma dos quatro lados.

Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da


base pela altura dividido por dois.

O perímetro da circunferência é calculado multiplican-


do-se 3,14 pela medida do diâmetro.

3,14 . medida do diâmetro = perímetro. Perímetro – é a soma dos três lados.

B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da


nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da semi-soma das bases, pela altura.
mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas
enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma
superfície esférica.

Damos o nome de área ao número que mede uma


superfície numa determinada unidade.

Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida


de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de
lado).
Perímetro – é a soma dos quatro lados.

Losango: a área do losango é igual ao semi-produto


Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é
das suas diagonais.
100 vezes maior do que a imediatamente inferior.

Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:

Múltiplos Submúltiplos
2 2 2 2 2
km : 1.000.000 m m cm : 0,0001 m
2 2 2 2
hm : 10.000 m dm : 0,01 m
2 2 2 2
dam : 100 m mm : 0,000001m
2 2
1km = 1000000 (= 1000 x 1000)m Perímetro – á a soma dos quatro lados.
2 2
1 hm = 10000 (= 100 x 100)m
2 2
1dam =100 (=10x10) m Área de polígono regular: a área do polígono regular é
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
apotema (a) sobre 2.
Regras Práticas:

para se converter um número medido numa unidade


para a unidade imediatamente superior deve-se
dividi-lo por 100.
para se converter um número medido numa unidade,
para uma unidade imediatamente inferior, deve-
se multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
2 2
are (a) —é o dam (100 m )
2 2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ). Perímetro – soma de seus lados.

C) ÁREAS PLANAS DUNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto Unidades de volume: volume de um sólido é a medida
da medida de comprimento pela medida da largura, ou, deste sólido.
medida da base pela medida da altura.
Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja
aresta mede 1 m.

Química e Física 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes dado pelo produto da área da base pela medida da altura.
maior que a unidade imediatamente inferior.

Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico:

XXV. Múltipios Sub-múltiplos

3 3 3 3
km ( 1 000 000 000m ) dm (0,001 m )
3 3 3 3
hm ( 1 000 000 m ) cm (0,000001m )
3 3 3 3
dam (1 000 m ) mm (0,000 000 001m )

Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3 3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m
3 3
1dam = 1000 (10x10x10)m
3 3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm
3 3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm
3 Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
produto da área da base pela altura.

Unidades de capacidade: litro é a unidade


fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l.

O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.

Múltiplos Submúltiplos

hl ( 100 l) dl (0,1 l)
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l) F) UNIDADES DE MASSA

Como se vê:
— A unidade fundamental para se medir massa de um
corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é
1 hl = 100 l 1 l = 10 dl
o kilograma (kg).
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl 3
— o kg é a massa aproximada de 1 dm de água a 4
1 l = 1000 ml
graus de temperatura.

— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma:

Múltiplos Submúltiplos
kg (1000g) dg (0,1 g)
hg ( 100g) cg (0,01 g)
dag ( 10 g) mg (0,001 g)
VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS
GEOMÉTRICOS Como se vê:

1kg = 1000g 1g = 10 dg
Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum 1 hg = 100 g e 1g= 100 cg
dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de 1 dag = 10g 1g = 1000 mg
suas três dimensões.

Para a água destilada, 1.º acima de zero.


volume capacidade massa
2
1dm 1l 1kg

Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo


retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo,
é o dado. TESTES DE FÍSICA

1. Se a velocidade média, de um automóvel, de São Paulo


ao Rio de Janeiro, foi de 80 km/h, isto significa que:
a) em todos os instantes o automóvel manteve 80 km/h.
b) a velocidade nunca superou 80 km/h.
c) a velocidade em nenhum instante foi inferior a 80 km/h.
d) se mantivesse a velocidade de 80 km/h em todo
O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
de suas três arestas que são iguais. o trajeto, teria feito o mesmo percurso na mes-
ma duração.
3
V = a. a . a = a cubo
e) A média aritmética das velocidades nos diversos trechos
foi de 80 km/h.

Química e Física 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2. Um motorista deseja perfazer a distância de 20 km com d) Para encurvar a trajetória, mesmo quando o movimento
a velocidade média de 80 km/h. se viajar duran-te 15 mi- é uniforme.
nutos com a velocidade de 40 km/h, com que velocidade e) nenhuma das anteriores.
deverá perfazer o percurso restante?
a) 120 km/h 12. O impulso da força resultante sobre um corpo é igual:
b) 160 km/h a) ao produto da força resultante pelo tempo de duração d
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada mesma;
nas circunstâncias apresentadas. b) ao quociente da força resultante pelo tempo de duração
d) Nula. d mesma;
e) Nenhuma das afirmações é correta. c) à variação da quantidade de movimento ocorrida no
intervalo de tempo considerado.
A velocidade de um móvel é dada pela equação v = 20 – d) à quantidade de movimento final do corpo.
5t, com v medidas em m/s e os instantes t em se- e) As alternativas a e c estão corretas.
gundos. Com base nesses dados, responda às ques-
tões 3 e 4: 13. Uma bomba, inicialmente em repouso, explode em 3
fragmentos, A, B e C. Após a explosão, se o frag-mento
3. O instante em que o móvel pára instantaneamente é: A se dirige para o Norte e o B para o Oeste, podemos a-
a) 20 s firmar que o fragmento C se dirige para:
b) 10 s a) o Leste
c) 5s b) o Sul
d) 4s c) o Noroeste
e) 2s d) o Sudoeste
e) o Sudeste
4. Do instante inicial até o instante da parada, e após este
instante, os movimentos são, respectivamente: 14. Aplicando-se um impulso sobre um corpo, a velocidade
a) MUR retrógrado e MUA progressivo. deste, certamente:
b) MUR progressivo e MUA retrógrado. a) cresce
c) MUA progressivo e MUR retrógrado. b) decresce
d) MUA retrógrado e MUR progressivo. c) permanece constante
e) MUR progressivo e MUR retrógrado. d) cresce se o tem sentido do movimento inicial do corpo.
e) nenhuma das anteriores.
5. O deslocamento do móvel nos 4 s e nos 8 s iniciais é,
respectivamente, igual a: 15. A condição necessária e suficiente para que um corpo
a) zero e –20 m tenha quantidade de movimento nula é que:
b) 20 m e zero a) a soma de todas as forças que atuam sobre o corpo seja
c) 40 m e zero nula.
d) zero e –40 m b) a trajetória do corpo seja retilínea.
e) 40 m e 80 m c) a velocidade do corpo seja constante e diferente de zero.
d) o corpo esteja em repouso.
6. Se a força resultante sobre um corpo é nula, podemos e) o corpo esteja em queda livre.
concluir que:
a) a velocidade do corpo é crescente. 16. Um automóvel a 30 m/s choca-se contra a traseira de
b) O corpo encontra-se em repouso. outro de igual massa, que segue no mesmo senti-do, a
c) A aceleração é constante. 20 m/s. Se os dois ficam unidos, a velocidade comum
d) O corpo encontra-se em MRU. imediatamente após a colisão é, em m/s, de:
e) Todas as afirmações são incorretas. a) 15
b) 25
7. Um corpo está sujeito a uma força resultante constante e c) 20
diferente de zero. Podemos concluir que: d) 30
a) a velocidade do corpo é constante. e) 50
b) a velocidade do corpo é crescente.
c) a velocidade do corpo é decrescente. Sobre um corpo inicialmente em repouso atua uma força
d) A aceleração é constante. que varia com o tempo, de acordo com o diagrama abai-
e) nenhuma das anteriores. xo. Esta aplicação refere-se aos testes 17, 18 e 19.

8. Quando se atira com uma carabina, a força de recuo


sobre o ombro deve ser:
a) menor que a força que propulsiona a bala.
b) maior que a força que propulsiona a bala.
c) igual à força que propulsiona a bala.
d) Maior ou menor que a força que propulsiona a bala,
dependendo da massa da carabina e da bala.
e) Nada se pode concluir, pois depende da velocidade com
que sai a bala. 17. A velocidade adquirida pelo corpo é máxima no instante t
igual a:
9. Uma pedra é lançada contra uma janela de vidro e este a) 5,0 s
se quebra; neste caso, a intensidade: b) 15 s
a) da força de ação é maior que a de reação. c) 20 s
b) da força de ação é igual à de reação. d) 25 s
c) da força de ação é menor que a de reação. e) 10 s
d) da força de ação é exatamente o dobro da de reação.
e) nenhuma das anteriores. 18. Se no instante inicial o corpo se encontra na origem, o
afastamento máximo do mesmo em relação à origem
10. Se um cavalo puxa uma carroça, a força responsável ocorre no instante t igual a:
pelo movimento do cavalo é: a) 5,0 s
a) a força que o cavalo exerce sobre a carroça. b) 10 s
b) a força que o cavalo exerce sobre o solo. c) 15 s
c) A força de atrito entre o cavalo e a carroça. d) 20 s
d) A força que o solo exerce sobre o cavalo. e) 25 s
e) nenhuma das anteriores.
19. A velocidade anula-se no instante t igual a:
11. Apontar a proposição incorreta. Se, sob a ação de forças a) 5,0 s
convenientes, um corpo executa um movimento qual- b) 10 s
quer, é necessária uma força resultante não nula. c) 15 s
a) par pôr o corpo em movimento, a partir do repouso. d) 20 s
b) Para deter o corpo, quando em movimento. e) 25 s
c) Para manter o corpo em movimento reto e uniforme.

Química e Física 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
20. Um canhão de massa 1 000 kg dispara um projétil de 26. (Pucpr 2001) A figura representa uma
massa 5 kg na horizontal, com velocidade de 800 m/s. A prensa hidráulica. Determine o módulo da força F apli-
velocidade de recuo do canhão é |v| igual a: cada no êmbolo A, para que o sistema esteja em equi-
a) 1 m/s líbrio.
b) 2 m/s
c) 2,5 m/s
d) 3 m/s
e) 4 m/s

21. Se uma força única diferente de zero atua sobre um


corpo, podemos concluir que o mesmo:
a) está em equilíbrio.
b) nunca poderá estar em equilíbrio.
c) poderá estar em equilíbrio, dependendo da direção da
força.
d) poderá estar em equilíbrio se a direção for vertical e o
sentido ascendente.
a) 800 N
22. Para que um ponto material permaneça em equilíbrio, é b) 1600 N
necessário e suficiente que: c) 200 N
a) além da força resultante nula, a soma dos momentos d) 3200 N
das forças também seja nula. e) 8000 N
b) apenas a força resultante seja nula.
c) as forças agentes sejam coplanares. 27. (Uerj 2005) Para um mergulhador, cada 5 m de profun-
d) as forças agentes tenham a mesma direção. didade atingida corresponde a um acréscimo de 0,5 atm
e) as forças agentes tenham sentidos opostos. na pressão exercida sobre ele. Admita que esse mergu-
lhador não consiga respirar quando sua caixa toráxica
23. Se um ponto material, sobre o qual agem três forças, está submetida a uma pressão acima de 1,02 atm. Para
está em equilíbrio, e uma dessas forças é o peso do respirar ar atmosférico por um tubo, a profundidade má-
ponto, pode-se dizer que: xima, em centímetros, que pode ser atingida pela caixa
a) as duas forças não podem ser ambas horizontais torácica desse mergulhador é igual a:
b) apenas uma força poderá ser vertical a) 40
c) certamente as outras duas forças só podem ser verticais b) 30
d) certamente as outras duas forças só podem ser horizon- c) 20
tais d) 10

24. Considere as seguintes afirmações a respeito de uma 28. (Ufmg 2007) Um reservatório de água é constituído de
caravela singrando os mares: duas partes cilíndricas, interligadas, como mostrado na
I. O empuxo que a água exerce na caravela tem intensi- figura.
dade maior que o peso da caravela e de todo o seu con- A área da seção reta do cilindro inferior é maior que a do
teúdo. cilindro superior.
II. A densidade média da caravela e de tudo o que ela Inicialmente, esse reservatório está vazio. Em certo ins-
contém é menor do que a da água do mar. tante, começa-se a enchê-lo com água, mantendo-se
III. O peso da caravela e de todo o seu conteúdo tem in- uma vazão constante.
tensidade igual à do peso da água por ela deslocada. Assinale a alternativa cujo gráfico MELHOR representa a
Das afirmações, SOMENTE: pressão, no fundo do reservatório, em função do tempo,
a) I é correta. desde o instante em que se começa a enchê-lo até o ins-
b) II é correta. tante em que ele começa a transbordar.
c) I e II são corretas.
d) I e III são corretas.
e) II e III são corretas.

25. (Fgv 2005) O macaco hidráulico consta de dois êmbolos:


um estreito, que comprime o óleo, e outro largo, que
suspende a carga. Um sistema de válvulas permite que
uma nova quantidade de óleo entre no mecanismo sem
que haja retorno do óleo já comprimido. Para multiplicar a) b)
a força empregada, uma alavanca é conectada ao corpo
do macaco.

c) d)

29. (Puc-rio 2007) Um cubo de borracha de


massa 100 g está flutuando em água com 1/3 de seu
Tendo perdido a alavanca do macaco, um caminhoneiro volume submerso. Sabendo-se que a densidade da
de massa 80 kg, usando seu peso para pressionar o
êmbolo pequeno com o pé, considerando que o sistema
água › é de 1g/cm¤ e tomando-se como aceleração da
de válvulas não interfira significativamente sobre a pres- gravidade g = 10 m/s£, o volume do cubo de borracha
surização do óleo, poderá suspender uma carga máxi- em cm¤ vale:
ma, em kg, de a) 100,0
Dados: b) 150,0
diâmetro do êmbolo menor = 1,0 cm c) 200,0
diâmetro do êmbolo maior = 6,0 cm d) 250,0
aceleração da gravidade = 10 m/s£ e) 300,0
a) 2 880.
b) 2 960. 30. (Pucpr 2005) O empuxo é um fenômeno bastante famili-
c) 2 990. ar. Um exemplo é a facilidade relativa com que você po-
d) 3 320. de levantar alguém dentro de uma piscina em compara-
e) 3 510. ção com tentar levantar o mesmo indivíduo fora da água,
ou seja, no ar. De acordo com o princípio de Arquime-
des, que define empuxo, marque a proposição correta:

Química e Física 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) Quando um corpo flutua na água, o empuxo recebido
pelo corpo é menor que o peso do corpo.
b) O princípio de Arquimedes somente é válido para corpos
mergulhados em líquidos e não pode ser aplicado para
gases.
c) Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido
sofre uma força vertical para cima e igual em módulo ao
peso do fluido deslocado.
d) Se um corpo afunda na água com velocidade constante,
o empuxo sobre ele é nulo.
Considerando d(L) a densidade do líquido e d(B) a den-
e) Dois objetos de mesmo volume, quando imersos em
sidade da bolha, ao colocarmos esse nível sobre uma
líquidos de densidades diferentes, sofrem empuxos i-
superfície inclinada, a bolha de ar do nível
guais.
a) subirá, pois o centro de massa do sistema (líquido +
bolha) se encontrará acima do centro de gravidade.
31. (Pucpr 2006) Uma esfera é liberada em um recipiente
b) descerá independente do empuxo, pois d(B) < d(L).
contendo água e óleo (figura 1). Observa-se que o re-
c) subirá independente da pressão atmosférica, pois d(B) <
pouso ocorre na posição em que metade de seu volume
d(L).
está em cada uma das substâncias (figura 2). Se a esfe-
d) descerá, pois o centro de massa do sistema (líquido +
ra fosse colocada em um recipiente que contivesse so-
bolha) se encontrará abaixo do centro de gravidade.
mente água ou somente óleo, a situação de repouso se-
ria: (Assinale a alternativa que contém a figura que cor-
35. (Unifesp 2005) A figura representa um cilindro flutuando
reponde à situação correta)
na superfície da água, preso ao fundo do recipiente por
um fio tenso e inextensível.

Acrescenta-se aos poucos mais água ao recipiente, de


forma que o seu nível suba gradativamente. Sendo E o
32. (Ufc 2004) Um cilindro de altura H é feito de um material
empuxo exercido pela água sobre o cilindro, T a tração
cuja densidade é igual a 5. Coloca-se esse cilindro no in-
exercida pelo fio sobre o cilindro, P o peso do cilindro e
terior de um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis,
admitindo-se que o fio não se rompe, pode-se afirmar
com densidades iguais a 6 e 2. Ficando o cilindro com-
que, até que o cilindro fique completamente imerso,
pletamente submerso, sem tocar o fundo do recipiente e
a) o módulo de todas as forças que atuam sobre ele au-
mantendo-se na vertical, a fração da altura do cilindro
menta.
que estará submersa no líquido de maior densidade se-
b) só o módulo do empuxo aumenta, o módulo das demais
rá:
forças permanece constante.
a) H/3.
c) os módulos do empuxo e da tração aumentam, mas a
b) 3H/4.
diferença entre eles permanece constante.
c) 3H/5.
d) os módulos do empuxo e da tração aumentam, mas a
d) 2H/3.
soma deles permanece constante.
e) 4H/5.
e) só o módulo do peso permanece constante; os módulos
do empuxo e da tração diminuem.
33. (Ufmg 2005) De uma plataforma com um guindaste, faz-
se descer, lentamente e com velocidade constante, um
36. (FUNREI-97) Uma força horizontal F, constante de 50N,
bloco cilíndrico de concreto para dentro da água. Na Fi-
é aplicada a um cubo de madeira de massa igual a 2Kg,
gura I, está representado o bloco, ainda fora da água,
que, sob a ação dessa força, desloca-se sobre o tampo
em um instante t• e, na Figura II, o mesmo bloco, em
de uma mesa. Admitindo-se que o coeficiente de atrito
um instante t‚ posterior, quando já está dentro da água.
cinético entre o bloco e o tampo da mesa seja igual a
Assinale a alternativa cujo gráfico melhor representa a
0,5, qual é o trabalho realizado pela força F que atua ao
tensão no cabo do guindaste em função do tempo.
longo da distância horizontal de 10m?
a) 600Nm
b) 100Nm
c) 500Nm
d) 490Nm

37. (FUNREI-96) Observe a figura que representa um plano


inclinado de base 3m e altura 4m.

34. (Ufrn 2003) O nível é um dos equipamentos bási-


cos da construção civil usado por pedreiros para
Um rapaz, aplicando uma força de 60N paralela ao plano
verificar a horizontalidade de pisos, tubulações hi- inclinado, transporta até o topo um corpo de 50N de pe-
dráulicas etc. Esse equipamento pode ser feito, por so. A força de atrito entre o corpo e o plano inclinado va-
exemplo, inserindo um líquido com uma bolha de le 10N. O trabalho total realizado pelo rapaz vale:
ar em um bulbo de vidro transparente, que será fe- a) 250J
chado e, posteriormente, incrustado numa peça re- b) 350J
tangular de madeira. Quando o nível é colocado c) 100J
numa superfície plana horizontal, a bolha de ar fica d) 500J
centrada conforme se apresenta na figura a seguir. e) 300J

Química e Física 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
38. Um motor suspende um peso de 200 kgf a uma altura de a) 10
5,0 m, gastando 10s para realizar esta operação. Consi- b) 15
derando g = 10 m/s2, podemos dizer que a potência de- c) 20
senvolvida pelo motor foi de: d) 25
a) 200W e) 30
b) 500W
c) 1000W 44. (UFRGS/1985-1ª Etapa) Um guindaste ergue vertical-
d) 2000W mente um caixote a uma altura de 5 m em 10 s. Um se-
e) 10000W gundo guindaste ergue o mesmo caixote à mesma altura
em 40 s. Em ambos os casos o içamento foi feito com
39. (UNIPAC-97-II) O gráfico abaixo mostra a velocidade em velocidade constante. O trabalho realizado pelo primeiro
função do tempo de um corpo que se move num movi- guindaste, comparado com o trabalho realizado pelo se-
mento retilíneo, sob ação de uma única força que atua gundo, é
na mesma direção do movimento. a) igual à metade.
b) o mesmo
c) igual ao dobro.
d) quatro vezes maior
e) quatro vezes menor.

45. (UFRGS/1985-2ª Etapa) Comparada com a energia ne-


cessária para acelerar um automóvel de 0 a 60 km/h,
quanta energia é necessária para acelerá-lo de 60 km/h
a 120 km/h, desprezando a ação do atrito?
a) A mesma
b) O dobro
Pode-se afirmar que o trabalho realizado pela força so-
c) O triplo
bre o corpo em cada um dos intervalos assinalados AB,
BC e CD é: d) Quatro vezes mais
a) nulo, positivo, negativo e) Oito vezes mais
b) positivo, nulo, negativo
46. (Puc-rio 2006) Um objeto é largado do alto de um prédio
c) positivo, negativo, nulo
d) nulo, negativo, positivo de altura h e cai no chão em um intervalo de tempo Ðt.
Se o mesmo objeto é largado da altura h'=h/4, o tempo
que o mesmo leva para cair é 1,0 segundo menor que no
40. (Direito-C.L.) O movimento de um corpo de massa 2kg é
caso anterior. A altura do prédio é: (g = 10 m/s£)
retilíneo e uniformemente acelerado. Entre os instantes
4s e 8s, sua velocidade passa de 10 m/s a 20 m/s. Qual a) 12 m
foi o trabalho realizado, em J, pela resultante das forças b) 14 m
c) 16 m
atuantes no corpo?
d) 18 m
a) 100
b) 150 e) 20 m
c) 200
47. (Pucmg 2006) Um helicóptero está descendo vertical-
d) 250
mente e, quando está a 100 m de altura, um pequeno
e) 300
objeto se solta dele e cai em direção ao solo, levando 4s
41. (UFRGS/1991) Um corpo de massa 2 kg é lançado verti- para atingi-lo. Considerando-se g = 10m/s£, a velocidade
de descida do helicóptero, no momento em que o objeto
calmente para cima) O módulo da sua velocidade altera-
se soltou, vale em km/h:
se como está representado no diagrama)
a) 25
b) 144
c) 108
d) 18

48. (Puc-rio 2006) Um objeto é lançado verticalmente, do


solo para cima, com uma velocidade de 10 m/s. Consi-
derando g = 10 m/s£, a altura máxima que o objeto atin-
ge em relação ao solo, em metros, será de:
a) 15,0.
b) 10,0.
c) 5,0.
d) 1,0.
e) 0,5.

49. (Puccamp 2005) No arremesso de um disco a altura


Com base nesse diagrama, pode-se concluir que durante o
máxima atingida, em relação ao ponto de lançamento, foi
primeiro segundo o trabalho realizado sobre o corpo vale
a) 25 J de 20 m. Adotando g = 10 m/s£, a componente vertical
b) 40 J da velocidade do disco no instante do arremesso foi, em
m/s,
c) 50 J
a) 10
d) 75 J
e) 100 J b) 20
c) 30
d) 40
42. (UFRGS/1990-2ª Etapa) Analise as afirmações sobre
e) 50
trabalho mecânico apresentadas nas alternativas e indi-
que a correta)
a) Sempre que uma força não nula atua em uma partícula, 50. Um atleta arremessa um dardo sob um ângulo de 45°
essa força realiza trabalho. com a horizontal e, após um intervalo de tempo t, o dar-
do bate no solo 16 m à frente do ponto de lançamento.
b) O trabalho realizado pela força resultante que atua sobre
um corpo, na direção do movimento, é nulo. Desprezando a resistência do ar e a altura do atleta, o
c) O trabalho realizado pela força de atrito que atua sobre intervalo de tempo t, em segundos, é um valor mais pró-
um corpo em movimento é nulo. ximo de:
Dados: g = 10 m/s£ e sen 45° = cos 45° ¸ 0,7
d) Sobre uma partícula que permanece em repouso pode
estar sendo realizado trabalho. a) 3,2
e) O trabalho realizado pela força que atua sobre um corpo b) 1,8
pode ser igual à variação da energia cinética desse cor- c) 1,2
d) 0,8
po.
e) 0,4
43. (DireitoC.L.-98) Um motor aplica uma força que produz
um trabalho de 1,5KJ em 1min40s. A potência média de-
senvolvida é, em Watts, de:

Química e Física 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
RESPOSTAS _______________________________________________________
_______________________________________________________
1. D 11. C 21. B 31. D 41. E
2. D 12. C 22. B 32. B 42. E _______________________________________________________
3. D 13. C 23. A 33. C 43. B _______________________________________________________
4. B 14. D 24. E 34. C 44. B _______________________________________________________
5. C 15. D 25. A 35. C 45. C _______________________________________________________
6. E 16. B 26. D 36. C 46. E
_______________________________________________________
7. D 17. E 27. C 37. E 47. D
_______________________________________________________
8. C 18. E 28. A 38. C 48. C
9. B 19. D 29. E 39. D 49. B
_______________________________________________________

10. D 20. E 30. C 40. E 50. B _______________________________________________________


_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Química e Física 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ ______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Química e Física 100 A Opção Certa Para a Sua Realização

Você também pode gostar