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CONTABILIDADE DE GESTÃO

CONTROLO ORÇAMENTAL I

GESTÃO

1º semestre 2023/ 2024


Caderno de Casos Práticos

Elaborado por: Paulo Braz (Ago.2023)


CASOS PRÁTICOS DE CONTABILIDADE DE GESTÃO E CONTROLO ORÇAMENTAL I 2023/2024
2.º Ano / 1.º Sem.

Casos Práticos Cap. 1 e 2.

CASO PRÁTICO N.º 1

A empresa XPTO, Lda. tem o exclusivo da comercialização no norte do país das mercadorias A e B, que vende com
vendedores e frota própria. A sua contabilidade no mês de janeiro de N apresentava os seguintes valores:
(valores em €)
Rubricas Mercadoria A Mercadoria B Gastos Total
Comuns
Compras 90.000,00 70.000,00 - 160.000,00
Forn. e serviços externos 3.500,00 5.700,00 8.250,00 17.450,00
Gastos com pessoal 15.000,00 6.000,00 7.000,00 28.000,00
Outros gastos - - 2.500,00 2.500,00
Gastos e perdas de financiamento - - 4.200,00 4.200,00
Inventários iniciais 30.000,00 12.000,00 - 42.000,00
Inventários finais 34.000,00 12.000,00 - 46.000,00
Vendas 120.000,00 80.000,00 - 200.000,00
Ativos fixos tangíveis - Viaturas 30.000,00 50.000,00 60.000,00 140.000,00
Outros ativos tangíveis 24.000,00 36.100,00 - 60.100,00

A taxa média anual de depreciações utilizada pela empresa é de 10%.


Os gastos comuns são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao montante das vendas.

1. Determine em relação ao mês de janeiro:


1.1. O resultado da atividade;
1.2. O resultado por produto;
1.3. Analise criticamente os valores obtidos.

CASO PRÁTICO N.º 2


As contas das classes 6 e 7 da empresa Mutação, Lda. que fabrica um único produto, apresentavam os seguintes
saldos em 31/12/N (antes de apuramento de resultados):
(valores em €)
Código Descrição Saldo Devedor Saldo Credor
61 CMVMC 325.000,00 -
62 Fornecimentos e serviços externos 287.500,00 -
63 Gastos com o pessoal 388.000,00 -
64 Gastos de depreciação e de amortização 125.000,00 -
65 Perdas por imparidade (dívidas a receber) 3.250,00 -
67 Provisões do período 7.500,00 -
68 Outros gastos e perdas 6.500,00 -
69 Gastos e perdas de financiamento 57.500,00 -
71 Vendas - 1.192.500,00
78 Outros rendimentos e ganhos - 15.500,00
79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares - 14.000,00

A repartição dos gastos de N pelas diversas funções da empresa é a seguinte:


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(valores em €)
Gastos de Gastos
Código Gastos industriais Gastos financeiros
distribuição administrativos
61 315.000,00 7.500,00 2.500,00 -
62 252.500,00 30.000,00 5.000,00 -
63 282.500,00 62.500,00 43.000,00 -
64 112.500,00 10.500,00 2.000,00 -
65 - - 3.250,00 -
67 - - 7.500,00 -
68 - 3.750,00 2.750,00 -
69 57.500,00
Total 962.500,00 114.250,00 66.000,00 57.500,00

Os movimentos verificados em 20x1 na conta de inventários de produtos acabados foram os seguintes:


Inventários em 01/01/N 191.250 unidades; que totalizavam o valor de 286.876 €
Produção de N 550.000 unidades
Vendas de N 530.000 unidades; ao P.V. de 2,25 €/unidade

Tendo em conta que a empresa utiliza o FIFO como critério de movimentação de inventários, e que a taxa de IRC é de
21%,

Pretende-se que :
1.1. Determine o custo industrial do produto acabado em N (global e unitário);
1.2. Determine o valor da variação de inventários de produção (em valor);
1.3. Elabore a demonstração dos resultados por naturezas (SNC) – mapa anexo;
1.4. Elabore a demonstração dos resultados por funções (SNC) – mapa anexo

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2.º Ano / 1.º Sem.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA (SNC)

RENDIMENTOS E GANHOS Valor


Vendas e serviços prestados
Subsidios à exploração
Variação nos inventários de produção
Trabalhos para a própria entidade
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Ajustamentos de inventários(perdas/reversões)
Imparidade de dividas a receber (perdas/reversões)
Provisões (aumentos/reversões)
Outras imparidades (perdas/reversões)
Aumentos/reduão do justo Valor
Outros Rendimentos e ganhos
Outros gastos e perdas
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
Gastos/Reversões de depreciação e de amortização
Resultado Operacional (antes de gastos de Financiamento e impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros e gastos similares suportados
Resultado antes de Imposto
Imposto sobre o rendimento do Período
Resultado liquído do período

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

RUBRICAS Valor %

Vendas

Custo das Vendas

Resultado Bruto

Outros Rendimentos

Gastos de distribuição

Gastos Administrativos

Resultado Operacional (antes de gastos de Financiamento e impostos)

Gastos de financiamento ( liquidos)

Resultados Antes de Imposto

Imposto sobre o rendimento do Período

Resultado liquído do período

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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 3

A contabilidade de custos da empresa Gama, Lda revelou os seguintes elementos, relativos ao mês de abril de N
(Valores em Euros):
Valor
Renda da fábrica 1.500,00
Ordenados do pessoal da direção fabril 7.000,00
Encargos sociais com o pessoal da direção fabril 2.000,00
Compra de matérias subsidiárias 3.000,00
Inventário inicial de matérias subsidiárias 3.400,00
Inventário final de matérias subsidiárias 4.300,00
Deprciação do edifício fabril 2.250,00
Compra de matérias primas 6.500,00
Despesa com o transporte de matérias primas 300,00
Seguro de transporte de matérias primas 250,00
Renda do escritório 1.250,00
Eletricidade do escritório 250,00
Juros de desconto de letras 300,00
Remuneração do contabilística certificado 3.000,00
Reparação de máquinas 1.700,00
Eletricidade da fábrica 480,00
Outros fornecimentos e serviços externos utilizados na fábrica 700,00
Ordenados dos vendedores 2.500,00
Comissão de venda 600,00
Telefax e telefonemas a clientes 200,00
Salários dos operários fabris 8.000,00
Encargos sociais dos operários fabris 2.700,00
Imposto de selo de contractos de trabalho 40,00
Papel de impressora 80,00
Disquetes 100,00
Aquisição de computador (com vida útil estimada de 4 anos) 1.500,00
Gasóleo das carrinhas dos vendedores 180,00
Existência inicial de matérias primas 4.000,00
Existência final de matérias primas 2.300,00
Vendas 50.000,00
Variação do Valor da produção em vias de fabrico 4.000,00

Produziram-se e venderam-se 3.000 unidades. Não existia existências iniciais nem finais de Produtos Acabados.
Pretende-se que:
1. Para os elementos de gastos constantes na informação disponibilizada, faça a respetiva classificação funcional.
2. Calcule o Custo Industrial dos Produtos Acabados (CIPA), total e unitário do mês de abril de N..

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CASO PRÁTICO N.º 4


Considere os seguintes dados recolhidos na contabilidade da empresa Max, Lda. referentes ao mês de maio de N:

- Custo Primo: 15 000 €


- Custo Transformação: 10 000 €
- Compras Matérias-Primas: 8 000 €
- Existências Iniciais de Produtos Acabados: 4 000 €
- Existências Iniciais de PVF: 600 €
- Existências Finais de PVF: 800 €
- Variação de stock de Matérias-Primas: -1 000 €
- Variação de stock de Produtos Acabados: + 600 €

Determine, para o mês de maio:


1.1. O Custo de Produção;
1.2. O Custo Industrial dos Produtos Vendidos.

CASO PRÁTICO N.º 5


A empresa DUPLEX, Lda. dedica-se ao fabrico dos Produtos P1 e P2 em que são utilizadas, respetivamente as
Matérias M1 e M2.

A sua contabilidade no mês de Janeiro de n apresentava os seguintes valores:

Rubricas Produto P1 Produto P2 Comuns Total


MOD 5 020 € 6 000 € - 11 020 €
GGF 7 015 € 7 900 € - 14 915 €
Gastos administrativos - - 3 000 € 3 000 €
Gastos de distribuição 1 000 € 1 500 € 4 000 € 6 500 €

Vendas 27 750 € 46 250 € - 74 000 €

Os gastos comuns são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao valor (€) das vendas

MATÉRIA M1 MATÉRIA M2
Quantidade Valor Total Quantidade Valor Total
Inventários iniciais 2 000 Ton. 500 € 1 500 Ton. 370 €
Compras 18 000 Ton. 5 400 € 21 500 Ton. 8 600 €
Inventários finais 1 000 Ton. ? 3 000 Ton. ?

PRODUTO P1 PRODUTO P2
Quantidade Valor Total Quantidade Valor Total
Inventários iniciais 1 800 Ton. 5 214 € 1 400 Ton. 4 172 €
Produção 6 000 Ton. ? 7 000 Ton. ?
Inventários finais 2 000 Ton. ? 2 500 Ton. ?
Não existem quaisquer PVF.
Sabendo que a empresa utiliza como critério de valorimetria o custo médio ponderado,

Determine para cada um dos Produtos (P1 e P2):


1.1. O custo industrial dos produtos acabados;
1.2. O custo industrial dos produtos vendidos;
1.3. A demonstração de resultados por funções (SNC)
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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 6

Uma determinada empresa industrial, que produz e comercializa um único produto, apresentou os seguintes dados
referentes ao mês de dezembro de N:

Inventários Iniciais de MP 200 unid. 10 €/unid.


Compras MP 1.000 unid. 12 €/unid.
Qtes Consumidas MP 900 unid.
Gastos Gerais de Fabrico 15.000 €
Mão-de-obra direta 30.014 €
Inventários Iniciais de PA 50 unid. 25,07 €/unid.
Produção 2.000 unid.
Qtes vendidas 1.500 unid. 30 €/unid
Comissões de Vendas 2.250 €
Pretende-se:
1. O cálculo dos resultados brutos do mês, utilizando o FIFO
2. O cálculo dos resultados brutos do mês, utilizando o CMP (custo médio ponderado).

CASO PRÁTICO N.º 7

Considere os seguintes dados, relativos a um determinado ano n:


(valores em €)
Empresa X Empresa Y
1. Stock de produtos acabados em 01.01 20.000 8.000
2. Matéria-prima utilizada 16.000 12.000
3. Mão-de-obra direta 26.000 22.000
4. Gastos gerais de fabrico 14.000 C
5. Compras de matéria-prima 18.000 14.000
6. Vendas 84.000 63.600
7. Custo ind. dos produtos vendidos A 44.000
8. Stock de produtos acabados em 31.12 B 10.600
9. Produtos em via de fabrico 01.01 2600 1600
10. Produtos em via de fabrico 31.12 600 -
11. Lucro bruto 22.600 D
Calcule, para cada empresa, o valor, das respetivas incógnitas.

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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 8

A empresa JOTA Lda, apresentou os seguintes dados nos últimos 5 anos:

N
DESCRIÇÃO n-4 n-3 n-2 n-1
Produção (unid.) 12 000 13 200 14 000 13 500 15 000
Materiais consumidos 150 000 € 165 000 € 175 000 € 168 750 € 187 500 €
Gastos c/ Pessoal - Fábrica 308 000 € 324 000 € 370 000 € 364 000 € 380 000 €
Gastos Administrativos 200 000 € 210 000 € 205 000 € 207 000 € 208 000 €
Gastos de manutenção 25 000 € 26 000 € 27 000 € 26 500 € 28 000 €
Gastos financiamento 15 000 € 16 000 € 15 400 € 17 000 € 16 500 €
Depreciações 300 000 € 300 000 € 300 000 € 300 000 € 300 000 €

 Preço de venda unitário, no ano n, foi de 90 €.

 Considere que não há, nem Inventários Iniciais, nem Finais de Produtos Acabados. Também não existem
quaisquer PVF.

Pretende-se que:

1.1 - Determine a Equação de Custos da empresa, utilizando o Método dos Pontos Extremos.
1.2 – A empresa está a considerar dois Cenários na elaboração do Orçamento para o próximo ano:

Cenário A - “Cenário Volume” - A empresa compra uma máquina por 100 000 €, com vida útil de 5 anos. Esta
aquisição permite aumentar a produção/vendas em 2 000 unidades. Neste cenário a empresa, para incentivar os
vendedores, vai pagar mais 3 € por cada unidade vendida. O preço de venda unitário mantém-se.

Cenário B - “Cenário Qualidade” - A empresa compra uma máquina por 90 000 €, com vida útil de 4 anos. Esta
aquisição não permite o aumento da produção/vendas, mas possibilita a introdução de inovações no produto. Neste
cenário, a empresa, para divulgar o produto “melhorado”, vai fazer um investimento de 15 000 € em publicidade durante
o ano n+1. O preço de venda unitário aumenta para 100 €.

Tendo em conta o horizonte de um ano, e considerando apenas a informação disponibilizada, diga qual dos dois
cenários deve ser escolhido pela empresa JOTA.

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2.º Ano / 1.º Sem.

Casos Práticos Cap. 3.

CASO PRÁTICO N.º 9


A empresa DoMARàMESA, Lda., dedica-se à transformação e conservação de pescado, nomeadamente, de atum e
sardinha. O processo de fabrico é o seguinte:
 O pescado é inicialmente armazenado em câmaras frigoríficas (Centro de custos - Congelação), onde fica a
aguardar a sua transformação, a qual se processa em duas fases distintas; o pescado é inicialmente escamado e
retiradas as partes não aproveitáveis (Centro de custos - Transformação I), de seguida é cortado e preparado para
a embalagem (Centro de custos - Transformação II), sendo a embalagem feita numa secção apropriada (Centro de
custos - Embalagem).
 Para além destas secções existem ainda as secções auxiliares Tratamento de Resíduos e Central Elétrica que
funcionam como auxiliares.
Dados referentes ao mês de janeiro de N:
1. Matérias-primas e Subsidiárias
1.1. Inventários iniciais
- Atum: 22.000 Kg – 4,25 €/kg
- Sardinha: 35.000 Kg – 0,85 €/kg
- Embalagens (latas): 595.000 unidades a 0,03 €/unid.
1.2. Compras do mês
- Atum: 32.000 Kg no valor de 144.640 €
- Sardinha: 23.000 Kg no valor de 22.448 €
- Embalagens: 220.000 unidades a 0,03 €/unid.

1.3 Inventários finais


- Atum: 14.400 Kg
- Sardinha: 25.600 Kg
- Embalagens: 150.000 unidades

O produto final incorpora, para além do pescado e da embalagem, óleo vegetal, sendo necessário 5 cl por embalagem.
O preço do litro de óleo é de 0,60 €.

2. Secções
2.1. Custos diretos
Custos Totais
Congelação 45.000 €
Transf. I 129.225 €
Transf. II 64.063,50 €
Embalagem 23.435 €
Distribuição 18.000 €
Administração 57.500 €
Trat. Resíduos 20.450 €
Cent. Elétrica 9.922,50 €

2.2. Repartição dos custos das secções auxiliares


Congelação Transformação I Transformação II Embalagem Distribuição Administração Central elétrica Trat. resíduos

C. elétrica 20% 30% 25% 10% - 5% 10%


T. Resíd. - 50% 35% 10% - - 5% -

- A unidade de imputação da secção de Congelação é o Kg de matéria-prima consumida.


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2.3. Atividade das secções

Conservas de Atum Conservas de


Sardinha
Transf. I (Hm) 18.565 13.200
Transf. II (Hm) 2.750 1.940
Embalagem (Hh) 1.370 1.050

3. Produtos em vias de fabrico


- Não existia produção em vias de fabrico inicial.
- Produção em vias de fabrico no final do período:
- 4.000 Kg de sardinha cortados e prontos para a embalagem.

4. Produtos acabados (unidades)


Exist. Iniciais Produção Exist. Finais
Latas de Atum 65.000; custo unitário: 0,80 € 420.000 40.000
Latas de Sardinha 45.000; custo unitário: 0,65 € 245.000 65.000

5. Outras informações
- Os custos de Distribuição são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao nº de unidades vendidas.
- O Preço de Venda é de 1,10 € e 0,75 €, respetivamente por cada lata de Atum e Sardinha.

Supondo que a DoMARàMESA, Lda., utiliza o Custo Médio Ponderado como critério de movimentação de inventários,
pretende-se, relativamente ao mês de janeiro:

a) Elaboração do Mapa de Custos das Secções;


b) Elaboração do Mapa de custos de Produção;
c) Demonstração de Resultados por funções e produtos.

CASO PRÁTICO N.º 10


A empresa MOTOPARTS, LDA dedica-se à produção de dois tipos de peças para veículos automóveis: Peça X (em
cobre) e Peça Y (em zinco). O seu processo produtivo pode descrever-se, de forma simplificada, como se segue:
Numa primeira secção entram barras de zinco ou cobre que, após uma operação de Laminagem passam à secção
seguinte para serem cortadas em diversas formas. Da secção de Corte saem pedaços que passam então à secção de
Montagem, de onde saem as peças já montadas, as quais, depois de pintadas (na secção de Pintura), constituem o
produto final (Peça x e Peça Y).
Sabe-se ainda que a empresa dispõe de duas secções auxiliares: Manutenção e Controle de Qualidade.
Para o mês de maio de N são conhecidos os seguintes dados:

1. Consumo de matérias
Cobre Zinco
Quantidade Preço unitário Quantidade Preço unitário
Existência inicial 1000 ton 100 € 5000 ton 80 €
Compras 3000 ton 120 € 6000 ton 90 €
Consumo 3500 ton 9500 ton

A empresa utiliza o critério do Custo Médio Ponderado para a valorização das saídas.
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Os gastos do Armazém das Matérias-Primas são repartidos proporcionalmente ao valor das compras.

2. Gastos diretos e atividades das secções:


Gastos Atividade
SECÇÕES
Diretos Peça tipo X Peça tipo Y Total
Armazém de mat. primas 1.000 €
Laminagem 100.000 € 1.500 Hm 1.500 Hm 3.000 Hm
Corte 20.000 € 3.000 Hm 1.000 Hm 4.000 Hm
Montagem 30.000 € 2.000 Hm 1.000 Hh 3.000 Hh
Pintura 5.000 € 1.000 Hm 1.000 Hm 2.000 Hm
Manutenção 10.000 € - - 800 Hh
Controle de Qualidade 19.375 € - - 1.500 Hh
Administração 7.000 €

3. Atividades e prestações das secções auxiliares:


SECÇÃO Manutenção CQ Laminagem Corte Montagem Pintura
Manutenção 200 Hh 100 Hh 200 Hh 200 Hh 100 Hh
CQ 500 Hh 200 Hh 200 Hh 300 Hh 300 Hh

4. Produção acabada e em vias de fabrico:

Os inventários iniciais de produtos acabados eram de 1.000 unidades da Peça tipo X a 40 €/unidade e 1.500 Peças tipo
Y, a 50 €/unidade.

Não existia produção em vias de fabrico inicial. Relativamente à produção em vias de fabrico final existiam 1.000 peças
do tipo X as quais estão a aguardar pela sua pintura.

Produção acabada do mês: 13.000 peças tipo X


17.500 peças tipo Y
5. Vendas:

9.500 peças tipo X a 50 €


11.000 peças tipo Y a 65 €
Pretende-se:
1- Elaboração do Mapa de Custo das Secções
2- Mapa do Custo de Produção
3- Demonstração dos Resultados por Funções

CASO PRÁTICO N.º 11

A empresa Promovix, Lda dedica-se ao fabrico e comercialização de rações para aves – Ração a Granel (semi-produto)
e Ração Granulada. O seu processo de fabrico resume-se da seguinte forma: A Matéria prima (M.P. - cereal em grão) é
adquirida ao produtor e armazenada no armazém de matérias primas. De acordo com os níveis de produção definidos a
M.P. é requisitada ao armazém e enviada para a secção de moagem onde se processa a moagem. O produto obtido –
Ração a Granel – que pode ser vendida, é conduzida para a secção de granulação de onde resulta o produto Ração
Granulada que será de seguida embalada na secção de embalagem.

Durante o mês de dezembro de N recolheram-se os seguintes dados:

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2.º Ano / 1.º Sem.

Unidades obra/imputação e custos das secções:

Gastos
Descrição Oficina Comuns Moagem Granulação Embalagem Arm. MP
Custos diretos (€) 4.900 3.000 2.822 4.930 1.230 1.325

Secções U.O. / U.I.


Oficina U.O. – Hh; Repartição: 10 Hh para Gastos Comuns; 100 Hh para Moagem; 70 Hh
para Granulação e 20 Hh para Arm. M.P.
Gastos Comuns 10% para a oficina e o restante repartido em partes iguais pelas secções industriais
principais
Moagem 340 Ton
Granulação 250 Ton
Embalagem 240 Ton
Arm. MP Valor MP Consumida

Produção em Vias de Fabrico:


 PVF Inicial: 30 Ton. de Ração Granulada que aguardava embalagem no valor de € 3.840,00
 PVF Final: 10 Ton. de Ração Granulada que faltava embalar

Matérias:
Inventário Inicial Compras
Descrição Consumos
Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€)
Cereal em grão 50 ton. 4.750 350 ton 97,50/ Ton 358 ton.
Ração a granel (semi-produto) -- -- a)
Embalagens 2.000 unid. 800 7.000 unid. 0,45€/ Ton b)

a) 1 tonelada consumida por cada tonelada de ração granulada produzida.


b) A ração é embalada em sacos de 50 Kg.

Produção:
 340 Ton. de Ração a Granel
 240 Ton. de Ração Granulada

Vendas:
 Ração a granel: 100 Ton a € 150,00/ton
 Ração Granulada : 230 Ton a € 250,00/ton

Outras informações:
 É utilizado o FIFO como critério de valorização de saída de existências.

Pretende-se para o mês de dezembro de N:


1. A elaboração do Mapa de Custo das Secções;
2. A elaboração do Mapa de Custos da Produção.

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CASOS PRÁTICOS DE CONTABILIDADE DE GESTÃO E CONTROLO ORÇAMENTAL I 2023/2024
2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 12

A empresa “SóTrigo, Lda” , dedica-se ao fabrico de dois tipos de pão: Pão Branco e Pão com Sementes.
A empresa utiliza as seguintes matérias: farinha, fermento e sementes de sésamo. O processo de fabrico é,
simplificadamente, o seguinte:
- A farinha e o fermento são transformados na Amassadeira donde resulta uma massa, a qual é depois enformada na
Tendedeira, e posteriormente vai para o Forno. Para o Pão com Sementes têm que se juntar as sementes de sésamo
antes da cozedura no Forno. A empresa ainda dispões de duas secções auxiliares: Manutenção e Gastos Comuns, e
uma secção de aprovisionamento – Silos, cuja imputação do seu gasto é feito proporcionalmente ao valor das compras.

Com referência ao mês de novembro de N, obtiveram-se os seguintes dados:


a) Inventários Iniciais:
Descritivo Farinha Fermento Sementes Pão Branco Pão c/ Sementes
Quantidade 5 000 Kg 10 Kg 50 Kg 10 000 Kg 2 800 Kg
Custo unitário 0,37 € 1,50 € 2,00€ 1,00 € 1,50 €

b) Compras:
Descritivo Farinha Fermento Sementes
Quantidade 55 000 Kg 200 Kg 500 Kg
Preço de aquisição 0,40 € 2,31 € 1,39 €

c) Consumo Unitário de Matérias (por cada Kg de pão):


Produtos Farinha Fermento Sementes
Pão Branco 0,9 Kg 0,0027 Kg ----------
Pão c/ Sementes 0,9 Kg 0,0025 Kg 0,04 Kg

e) Atividade das Secções principais


FORNECEDORES
BENEFICIÁRIOS Amassadeira Tendedeira Forno
Pão Branco 350 Hm 500 Hm 700 Hm
Pão c/ Sementes 70 Hm 120 Hm 150 Hm

f) Produção e Vendas
Descritivo Pão Branco Pão c/ Sementes
Produção 50 000 Kg 10 000 Kg
Vendas 40 000 Kg 9 000 Kg

g) Inventários de Produção em Vias de Fabrico


Descritivo Pão Branco Pão c/ Sementes
PVF inicial - 1 700 €
PVF final - *
* 1.000 Kg a que ainda não se tinham juntado as sementes de sésamo.

h) Outras Informações:
 A empresa utiliza o Custo Médio Ponderado como critério de valorização das existências;
 Os preços de venda unitários são de 1,50 € e 1,90€, respetivamente para o Pão Branco e para o Pão
c/Sementes
 Foi já elaborado o mapa de custo das secções:

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2.º Ano / 1.º Sem.

Manutenção Gastos Comuns Silos Amassadeira Tendeira Forno TOTAL


Descritivo C.unit 420 Hm 620 Hm 850 Hm
Q Valor Q Valor Q Valor Q Valor Q Valor Q Valor Valor
1 - Custos Diretos 3.000,00 1.980,00 10.095,00 8.982,00 11.989,00 20.040,00 56.086,00

Sub-total 3.000,00 1.980,00 10.095,00 8.982,00 11.989,00 20.040,00 56.086,00

2 - Reembolsos
Manutenção 21,00 -3.150,00 20 420,00 60 1.260,00 30 630,00 40 840,00 0,00
Gastos Comuns 15,00 10 150,00 -2.400,00 62 930,00 35 525,00 53 795,00 0,00

Sub-total -3.000,00 -1.980,00 0,00 2.190,00 1.155,00 1.635,00 0,00

Custo Total 0,00 0,00 10.095,00 11.172,00 13.144,00 21.675,00 56.086,00

Custo Unitário 26,60 21,20 25,50

Pretende-se:
1. A elaboração do Mapa de custo de Produção para cada um dos produtos;
2. A determinação dos resultados Brutos para cada um dos produtos.

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2.º Ano / 1.º Sem.

Casos Práticos Cap. 4.

CASO PRÁTICO N.º 13

A empresa ESTG, Lda. Fabrica e comercializa o produto P, o qual para além dos gastos de transformação (MOD e
GGF), incorpora na sua produção as matérias N e Y. Relativamente ao mês de Abril de N é conhecida a seguinte
informação:

a) No início do mês havia em produção 800 unidades de produto em vias de fabrico, com os seguintes custos
incorporados e graus de acabamento (GA) por componente de gasto:
Matérias-primas 1.600 € 80% de G.A.
MOD 960 € 40% de G.A.
GGF 2.800 € 100% de G.A..

b) Relativamente às matérias-primas tinha-se a seguinte informação:

Inventários Iniciais Compras Consumo


Quantidades Preço unit Quantidades Preço unit Quantidades
Matéria-prima N 1.000 5,50 € 10.000 5,50 € 7.000
Matéria-prima Y 3.000 3,25 € 15.000 3,6 € 9.000
O armazém de matérias-primas apresentou gastos no valor de 13.750 €, que foram imputados de acordo com as
quantidades de matéria-prima comprada.

c) Relativamente aos produtos acabados tinha-se a seguinte informação:

Inventários Iniciais Produção


Quantidades Custo unit. Quantidades custo unit.
Produto P 3.000 8,5 € 25.000 ?

Os custos de transformação do mês foram os seguintes:


Quantidades Custo
MOD 6.000 Hh 90.000,00 €
GGF ----- 4,50 €/ Hh de MOD

d) No final do mês havia em produção 1.400 unidades de produto em vias de fabrico, aos quais faltava incorporar os
seguintes gastos:
Matérias-primas 50%
MOD 25%
GGF 75%

e) Outras informações:
- O critério de movimentação das existências, utilizado pela empresa, é o FIFO.
- A empresa utiliza o Método das Unidades Equivalentes para efeitos da valorização da produção em curso.
- A empresa obteve de gastos de distribuição e de financiamento de 5.000,00 € e 1.500,00 € respetivamente. A
empresa não está organizada por centros de custos, pelo que os gastos industriais não são imputados através
destes centros.

Tendo em conta que a empresa vendeu no mês de abril 20.000 unidades do produto P a 12 €/unidade:
1) Determine o custo industrial dos produtos acabados do período;
2) Determine o resultado bruto do mês e o valor dos inventários finais do produto acabado.

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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 14

A empresa Moliplastic, S A, dedica-se à injeção de peças em moldes de vários tipos. A injeção das peças, desenvolve-
se em regime de produção contínua, sendo a produção em vias de fabrico valorizada utilizando o método das unidades
equivalentes. O processo de fabrico, é resumidamente, o seguinte:

- As matérias diretas (polímeros), entram na Secção de Injeção (fase I), onde se obtém a peça (em bruto);
- Após a injeção, a peça acabada – secção de Acabamento (fase II), onde a peça é finalizada.

Durante o mês de fevereiro, a empresa suportou os seguintes gastos:

a) Custos Industriais da Produção:


Descritivo Matérias Diretas Gastos Transformação
Secção de Injeção 28 000 € 38 750 €
Secção de Acabamento ? 80 000 €

b) Produção em vias de fabrico no inicio do mês, possui o seguinte grau de acabamento:


Unidades
Descritivo Matérias Diretas Gastos Transformação
Físicas
Secção de Injeção 500 80% 90%
Secção de Acabamento 300 60% 70%

c) Produção em vias de fabrico no final do mês, possui o seguinte grau de acabamento:


Unidades
Descritivo Matérias Diretas Gastos Transformação
Físicas
Secção de Injeção 250 80% 90%
Secção de Acabamento 200 70% 60%

d) Unidades acabadas:
Descritivo Secção Injeção Secção Acabamento
Moldes (unidades) 1 000 1 500

Admitindo-se que:

 O valor da PVF inicial na Secção Injeção e na Secção Acabamento, totalizaram 23 500,00 € (10,000 € de MD e
13.500 € de GT) e 25 000,00 € (10.000 € de MD e 15.000 € de GT), respetivamente
 A produção acabada no início do mês, era de 500 unidades, no valor de 25 000 €
 O critério de movimentação de inventários é o custo médio ponderado;
 As vendas do mês, totalizaram 1 800 unidades, no valor de 414 000 €.

Pretende-se:
1. Determine o custo global e unitário da Produção Acabada em cada fase;
2. O Custo Industrial dos Produtos Vendidos e Resultado Bruto das Vendas (CIPV).

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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 15


No mês de novembro de N uma empresa do ramo da metalomecânica lançou em produção a ordem n.º 2019_42. Para
essa ordem de produção a empresa registou:
- Requisições ao armazém: 80 m2 de chapa de aço a 26 € cada chapa de 2 m2; 450 m de perfil a 6€/m; e 1.600 kg de
acessórios a 375 €/ton.
- MOD: foram aplicadas 180 horas de operário de 1ª categoria a 10 €/h e 150 horas de operário de 2ª categoria cujo
custo unitário é de 80% do operário de 1ª.
- GGF: a empresa imputa os GGF com base numa quota teórica de 10 € por cada hora de MOD.

No mesmo mês o valor real dos GGF foi de 3.500 €.

Tendo em atenção a informação acima pretende-se que:


a) Identifique qual o sistema de acumulação de custos que esta empresa segue? Justifique.
b) Calcule o custo de produção da ordem n.º 2019_42;
c) Refira, justificando se a empresa registou alguma diferença de incorporação nos GGF?

CASO PRÁTICO N.º 16


A Noé, Lda é uma empresa do ramo da produção de móveis, em que num dia se laboram 8 horas e se trabalham 5 dias
por semana. No mês de dezembro lançou em produção a ordem nº 2020_172. Para essa ordem de produção a
empresa registou:
- Requisição Nº Y2-867: 32 tábuas de madeira de 15cm*150cm a 6€/m2; 115 unidades de acessórios a 2,5€/unidade; 1
tampo de vidro de 2 m2 a 50€/m2; 5 litros de cola a 2€/litro;
- Funcionário nº12 – Manuel: 1 semana de trabalho a 8€/hora;
- Funcionário nº20 – Ricardo: 32 horas a 7,5€/hora;
- Funcionário nº21 – Silvino: 1 dia ao custo unitário de 50% do funcionário nº12;
- GGF: a empresa imputa os GGF com base numa quota teórica de 6€ por cada hora de MOD.

Durante a produção foram devolvidas 2 tábuas de madeira e 3 unidades de acessórios ao armazém de matérias-
primas, por se revelarem desnecessários à produção. No mesmo mês o valor real dos GGF foi de 450€. Calcule o
custo de produção da ordem n.º 2020_172 e, refira, justificando se a empresa registou alguma diferença de
incorporação nos GGF.

CASO PRÁTICO N.º 17


Uma empresa metalomecânica produz componentes metálicos de grandes dimensões para aplicação na construção
naval. Relativamente ao componente MetallicaX, os dados referentes ao mês de dezembro de 2022 eram os seguintes:

- Produção em vias de fabrico inicial – 10 unid., às quais faltavam incorporar 30% das MP, 70% da MOD e 60% dos
GGF para a sua conclusão. O valor dessa produção em vias de fabrico inicial totalizava 12.625 €, repartidos da seguinte
forma: MP: 3.430 €; MOD: 4.095 €; e GFF: 5.100 €.

- A produção acabada no mês foi de 65 unidades, e os gastos de produção do mês foram de: MP: 32.914 €; MOD:
92.253 €; e GGF: 78.076 €;

- No final do mês estavam em curso 15 unidades da componente, que tinham incorporado 80% das MP, e 60% dos
Custos de transformação (CT).

Pretende-se que, relativamente à componente MetallicaX, calcule o Custo Industrial dos Produtos Acabados (CIPA) no
mês de dezembro, total e unitário, sabendo que a empresa utiliza o Custo Médio Ponderado.
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CASOS PRÁTICOS DE CONTABILIDADE DE GESTÃO E CONTROLO ORÇAMENTAL I 2023/2024
2.º Ano / 1.º Sem.

Casos Práticos Cap. 6.

CASO PRÁTICO N.º 18

As demonstrações de resultados que a seguir se apresentam, respeitam a um mesmo mês de atividade da empresa
XPTO, Lda, tendo sido elaboradas de acordo com diferentes sistemas de custeio.
Sabe-se ainda, relativamente ao período de análise, que:
- Produção normal: 12.500 unidades;
- Produção real: 10.000 unidades;
- Vendas: 8.000 unidades;
- Custo Variável Industrial: 40€/unidade;
- Taxa Teórica de Imputação dos Custos Fixos: 25€;
- Não havia existências iniciais de produtos acabados;
- A DRA foi elaborada de acordo com o Sistema de Custeio Total.
(valores em Euros)
DRA DRB DRC
Vendas 640 000,00 640 000,00 640 000,00
CIPV+CINI 480 000,00 488 000,00 470 000,00
Resultado Bruto 160 000,00 152 000,00 170 000,00
G. Distribuição
Fixos 10 000,00 10 000,00 10 000,00
Variáveis 20 000,00 20 000,00 2 000,00
G. Administrativos
Fixos 15 000,00 15 000,00 15 000,00
G. Financeiros
Fixos 8 000,00 8 000,00 8 000,00
Variáveis 12 000,00 12 000,00 12 000,00
RAI 95 000,00 87 000,00 123 000,00

1. Identifique quais os sistemas de custeio utilizados para elaboração da DRB e da DRC;


2. Justifique a diferença de resultados apurada entre a DRA e a DRB.

CASO PRÁTICO N.º 19

A empresa ESTG, Lda apresentou os seguintes elementos referentes ao mês de dezembro de N:

Consumo de Matérias Primas:


MP A : 1.000 tons a € 33,00/ ton

Produção: 960 tons

A capacidade máxima de produção anual é de 19.200 toneladas, mas face à avaliação feita pelo diretor fabril às
condições de exploração existentes, estimou-se como normal uma produção correspondente a 80% da capacidade
máxima de produção anual.
A produção efetua-se de uma forma regular ao longo do ano.

Atividade das secções:


Atividades Gastos
Secções S1 S2 Variáveis Fixos
S1 € 9.000,00 € 8.250,00
S2 € 8.000,00 € 6.030,00
Aux1 100 Hm 20 Hm € 400,00 € 440,00

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2.º Ano / 1.º Sem.

Outros gastos:

Os gastos administrativos foram de € 15.500,00n sendo na sua totalidade fixos. Os gastos de distribuição foram de €
13.000,00, sendo 60% fixos e 40% variáveis.

Vendas: 900 tons a € 100/ ton.

Inventários Iniciais de produtos acabados:

100 tons valorizadas: SCV a € 50,00/ ton.


SCR a € 65,00/ ton

Outras informações:

Não havia produção em vias de fabrico.


A empresa utiliza o critério do FIFO para a valorização das saídas de armazém.

Pretende-se:

a) Cálculo do CIPA pelo SCV e SCR;


b) Elabore a demonstração de resultados pelo SCV e SCR;
c) Justifique a diferença de resultados.

CASO PRÁTICO N.º 20


Da empresa INCÓGNITA, LDA, para um dado ano, são conhecidos os seguintes dados:

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO


Inventários iniciais (unid.) - 300 100
Unidades fabricadas 1.600 1.200 1.300
Unidades vendidas 1.300 1.400 1.400
Inventários finais (unid.) 300 100 -

Preço de venda: 50 euros/ unidade vendida

Custo variável de produção:


Matérias 10 euros/unidade fabricada
Mão de obra 15 euros/unidade fabricada
GGF 5 euros/unidade fabricada

Gastos variáveis de venda: 4 euros/unidade vendida


Gastos fixos de fabrico: 5.000 euros/mês
Gastos fixos de venda e administração: 12.500 euros/mês

Pretende-se:

1. A demonstração de resultados para o mês de janeiro, utilizando o Sistema de Custeio Total Completo e o valor
do respetivo inventário final de produtos acabados;
2. A demonstração de resultados para o mês de fevereiro, com base no Sistema de Custeio Variável e o valor do
respetivo inventário final de produtos acabados;
3. Qual seria o valor do resultado líquido do mês de março, com base no método do custeio variável? Justifique
sem elaborar a demonstração dos resultados.

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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 21

A empresa LeiriTijolo, Lda. dedica-se à produção e comercialização de tijolos. Tem uma capacidade instalada de
18.000 tijolos/dia e prevê trabalhar 250 dias no ano N. A produção prevista para o ano de N é de 80% da sua
capacidade. A empresa pretende utilizar o sistema de custeio total por quotas teóricas na valorização dos seus custos
de produção (quota teórica de imputação dos custos fixos =0,25€/unid produzida).

Previsões adicionais para o exercício de N:


Vendas Custo variável por unidade Custos fixos
1.500.000 € 0,12 € (industrial) 810.000 € (industriais)
3.000.000 unid. 0,08 € (não industrial) 150.000 € (não industriais)

Não existiam produtos em vias de fabrico nem produtos acabados no início do exercício. A empresa prevê que os
produtos em vias de fabrico no final sejam nulos.

Pretende-se que:
- Calcule e justifique a diferença de resultados apurados entre os sistemas de custeio racional e custeio total por quotas
teóricas.
CASO PRÁTICO N.º 22

A empresa ANO NOVO, SA produz o produto X e utiliza para a sua produção a matéria MPA. A empresa utiliza o
sistema de custeio racional para a valorização da produção e o sistema de valorimetria de existências é o Custo Médio
Ponderado. A capacidade de produção instalada é de 12.500 unidades mensais
Conhece-se a Demonstração dos Resultados do mês de dezembro de N:

(valores em Euros)
Designação Valor
1. Vendas 200.000
2. CIPV 105.000
3. Custos industriais não incorporados 2.500
4. Resultado Bruto (1-2-3) 92.500
5. Custos de distribuição 75.000
6. Custos administrativos 16.000
7. Resultados antes de impostos (4-5-6) 1.500

Dados adicionais:
1. Produção: 10.000 unidades;
2. Admita que as existências iniciais de Produtos Acabados eram de 1.000 unidades a 18 €/unidade;
3. Não existia Produção em Vias de Fabrico nem no início nem no final do mês;
4. Vendas: 5.000 unidades;
5. Consumo de matéria-prima: 143.500 €.

Para o mês de dezembro de N:


1. Determine o CIPA global e unitário (Sistema de Custeio Racional) e o valor dos custos de transformação
variáveis;
2. Elabore a Demonstração dos Resultados por funções pelo Sistema de Custeio Total por quotas teóricas (neste
caso admita que as existências iniciais estão avaliadas em 20,5 € por unidade e a taxa teórica de imputação de
custos fixos foi de 1,3 € por cada unidade produzida).

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2.º Ano / 1.º Sem.

Casos Práticos Cap. 7.

CASO PRÁTICO N.º 23


A empresa Lagar, Lda., dedica-se á produção de azeite a partir da moagem de azeitonas. Resumidamente, o processo
de fabrico consiste no seguinte: as azeitonas chegam á empresa onde são armazenadas aguardando a sua
transformação. São depois trituradas (Secção trituração), e de seguida prensadas (Secção de prensagem), onde se
obtém o azeite em bruto e o bagaço, sendo este último vendido a granel. O azeite em bruto é depois filtrado (Secção de
filtração) obtendo-se, consoante o seu grau de acidez, o azeite de 1ª qualidade e o azeite de 2ª qualidade. Finalmente é
embalado e vendido para os distribuidores.

No mês de dezembro, obtivemos os seguintes dados:


Descrição Azeite de 1ª Azeite de 2ª Bagaço Total
Produção 9.000 litros 25.000 litros 9 Ton.
Ei de Azeitona 10 Ton a 1.000 €/Ton
Compras 33 Ton a 1.250 €/Ton
Ef de Azeitona 9 Ton
Custos de transformação:
Trituração 7.000 €
Prensagem 10.500 €
Filtração 9.250 €
Embalagem 1.500 € 3.750 € 5.250 €
Quantidades Vendidas 8.000 litros 24.500 litros 9 Ton
Preços de Venda 4 €/litro 3 €/litro 100 €/Ton

Admitindo que a empresa utiliza o FIFO, e que não existia PVF inicial nem final, bem como qualquer inventário inicial de
produção acabada, pede-se:

1. A determinação do custo industrial unitário dos produtos fabricados, usando para repartição dos custos conjunto os
métodos que, no seu entender, melhor se adequam.
2. O cálculo do resultado bruto para o mês de dezembro.

CASO PRÁTICO N.º 24

A empresa XY, Lda. dedica-se ao fabrico do produto X e Y, em regime de produção conjunta, resultando
necessariamente o subproduto S e o resíduo R. O produto X e o subproduto S seguem diretamente para o armazém de
produtos acabados após o ponto de separação. O produto Y sofre uma transformação adicional no departamento alfa,
onde é originado o resíduo R, e depois de embalado segue para armazém.

No mês de outubro a empresa suportou, até ao ponto de separação, custos no valor de 300.000 € e teve 1.515 € de
custos com o departamento Alfa e 1.500 € de custos com a embalagem. Nesse mesmo mês foram produzidas 5.000
unidades de X, 2.200 unidades de Y, 380 unidades de S e 50 Kg de R.

A empresa suporta gastos com a remoção do resíduo, cujo valor é de 0,5 € por kg. E de distribuição de X, Y e S de 2,8
€/unidade.

Pretende-se:

Sabendo que os preços de venda (por unidade) foram de 60 €, 56 € e 19,6421 €, respetivamente para X, Y e S, e que
as quantidades vendidas foram de 4.600 unidades, 2.000 unidades e 245 unidades também respetivamente para X, Y e
S, calcule os custos unitários dos produtos X e Y, aplicando os critérios de repartição de custos conjuntos que entenda
mais adequados.
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2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 25


Uma determinada empresa dispõe de uma produção conjunta em que obtém os produtos principais X e Y, o subproduto
S e o resíduo R. Do ponto de separação resulta: um semi-produto que segue para o Departamento Alfa onde é
adicionada a matéria-prima M, dando origem ao produto X, que posteriormente é embalado e armazenado; o produto Y
que depois de embalado segue para o armazém de produtos acabados; e o subproduto S e o resíduo R que são
vendidos ao cliente. Em jan/N a empresa suportou custos conjuntos no valor de 270.000,00€. Os custos de embalagem
com os produtos X e Y ascendem os 16.000€ e 18.450€ respetivamente.

Matéria-prima M:
- Existências Iniciais: 25 m a 19,28€/m
- Compras: 120 m a 20,15€/m
- Existências Finais: 45 m

Produtos:
Existências Iniciais Qt.des Produzidas Qt.des vendidas Preço Venda
X 900 unidades a 8€/unid 20.000 unid. 16.000 unid. 20€/unid.
Y 1.000 unidades a 12€/unid 17.000 unid. 11.000 unid. 32€/unid.
S 40 m 20 m 5,5€/m
R 30 m 13 m 3€/m

Os custos de transformação do produto X totalizam 9.000 €. A empresa suporta gastos de transporte com a venda dos
seus produtos de 0,15€/unidade e do subproduto e resíduo de 0,35€/m. A empresa utiliza o custo médio ponderado
como critério de movimentação dos seus inventários.

Pretende-se que determine o custo unitário dos produtos X e Y, utilizando os critérios que julgue mais adequados para
a repartição dos custos conjuntos.

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2.º Ano / 1.º Sem.

Casos Práticos Cap. 8.

CASO PRÁTICO N.º 26


Dois irmãos com pretensão de entrar no mercado da relojoaria, decidem constituir a HoraCerta, Lda. Para dar início à
atividade os sócios devem optar por uma de duas hipóteses diferentes de investimento:

Hipótese 1:
 Aquisição de equipamentos: 100.000 €
 Vida útil: 5 anos
 Capacidade de produção teórica: 1.000 relógios/ano
 Pessoal: 55.025 €/ano
 Renda das instalações: 12.000€/ano
 Outros custos fixos (sem depreciações): 20.000 €/ano
 Matérias-primas: 40 €/relógio
 Outros custos variáveis: 15 €/relógio
 Custos marketing e distribuição: 20€/relógio
 Custos administrativos: 22.000 €/ano
 Gastos financeiros anuais: 3,5% do valor do investimento
 Preço de venda: 360€/ relógio
Hipótese 2:
 Aquisição de equipamentos: 200.000 €
 Vida útil: 8 anos
 Capacidade de produção teórica: 1.200 relógios/ano
 Pessoal: 47.938 €/ano
 Renda das instalações: 12.000€/ano
 Outros custos fixos (sem depreciações): 25.000 €/ano
 Matérias-primas: 40 €/relógio
 Outros custos variáveis: 7,5 €/ relógio
 Custos marketing e distribuição: 20€/relógio
 Custos administrativos: 22.000 €/ano
 Gastos financeiros anuais: 3,5% do valor do investimento
 Preço de venda: 360€/ relógio
Indique justificando, analítica e graficamente, para que intervalos de estimativas de produção, qual seria a melhor
hipótese de investimento.

CASO PRÁTICO N.º 27

Uma determinada empresa produz 10.000 unidades de um único produto (não existindo inventários iniciais ou finais de
qualquer natureza) que vende ao mercado com uma margem de contribuição unitária de 240 €. A estrutura de custos da
referida empresa é composta por custos fixos de produção ou industriais no valor de 1.280.000 € e por custos fixos não
industriais no valor de 760.000 €, assim como por custos variáveis industriais e não industriais cujos valores unitários
ascendem a 60 € e 20 €, respetivamente.

Pretende-se
1. O cálculo do ponto crítico das vendas em quantidade e valor
2. Admitindo que que o investimento realizado pela empresa foi de 4,8 milhões de euros, e que pretende uma
rendibilidade de pelo menos 5% ao ano, qual seria a redução máxima possível no preço de venda inicial,
mantendo a estrutura de gastos e as quantidades produzidas iniciais?

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CASOS PRÁTICOS DE CONTABILIDADE DE GESTÃO E CONTROLO ORÇAMENTAL I 2023/2024
2.º Ano / 1.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 28

A empresa ESTG, Lda pretende lançar um novo produto no mercado. Do estudo efetuado apresentou as seguintes
projeções relativamente ao ano N:
- Produção e vendas: 20.000 unidades;
- Custos variáveis: 70% são industriais, 30% são não industriais;
- Custos Fixos: 1.000.000 €;
- Resultado líquido (antes de impostos): 200.000 €,
- Índice da margem de contribuição: 25%.
Pretende-se que:
1. Determine qual o preço de venda por unidade previsto para o ano de N;
2. A empresa estudou a possibilidade de aumentar a capacidade de produção (e vendas) para as 25.000
unidades. Para tal tem necessidade de fazer investimentos adicionais (custos fixos) que ascendem a 700.000
€/ano, permitindo, devido ao incremento da produtividade, reduzir os custos variáveis unitários industriais em
15% relativamente à situação inicial. Qual a sua opinião sobre a realização do novo investimento? Justifique
devidamente.

CASO PRÁTICO N.º 29

A empresa LimpaTudo, Ldª. é uma PME que se dedica à prestação de serviços de limpeza em escritórios. Todos os
contractos formalizados são-no em função do n.º de horas de limpeza das instalações do adquirente dos serviços.

Relativamente às previsões para o ano de N sabemos o seguinte:

- No exercício da sua atividade recorre à utilização de trabalhadores subcontratados (trabalhadores independentes),


tendo acordado um preço de 6,00 €/hora com todos os subcontratados;
- Suporta custos com materiais de limpeza que se estimam em 10% do preço de venda praticado;
- Os custos variáveis representam 40% do preço de venda;
- Prevê uma atividade de 90.000 horas para N, sendo a Margem de segurança de 20%.

Pretende-se que, justificando todos os cálculos:

a) Calcule o Preço de Venda a praticar e as quantidades críticas da empresa para N;


b) Calcule o montante dos custos fixos previstos para N;
c) A substituição da utilização do custeio variável pelo custeio total afetaria o resultado apurado? Justifique
devidamente.

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