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EEB Eulina Heleodoro Barreto

Física I – Introdução à Física

Os vírus e as células
Existem vários tipos de vírus, que podem ter estruturas e tamanhos diferentes. Para ficar mais fácil
da gente entender, vamos focar em um vírus sobre o qual muito tem se falado: o SARS-CoV-2, o
novo coronavírus, que causa a Covid-19.
Esse vírus tem entre 50nm a
200nm. Mas o que é nm?
Vamos entender o que
representa essa sigla: O
nanômetro (nm) é uma
unidade de medida. Dizemos
que ele é uma fração do
metro (a unidade de medida
que usamos para
comprimento), assim como o
centímetro (cm), que usamos
para medir distâncias como
um desenho no papel. Outro
conhecido é o quilômetro (km), que é um múltiplo do metro, e nós usamos bastante para medir
distâncias entre lugares.

Para imaginarmos quanto vale 1 nanômetro, precisaríamos dividir 1 centímetro em dez milhões de
vezes! Pegue uma régua, olhe para a marcação de 1cm e imagine esse tamanho dividido em dez
milhões. É muito pequeno! Chega a ser difícil de imaginar!

A célula é a menor estrutura que um ser vivo possui. A bactéria, por exemplo, possui apenas uma
célula, enquanto nós, seres humanos, possuímos cerca de 10 trilhões de células!

Nossas células podem ser atacadas por vírus – você já deve ter visto imagens que mostram isso,
com o novo coronavírus entrando em nossas células. Percebeu que as células são bem maiores que
um vírus? As células do nosso corpo tem um tamanho de 10 µm a 50 µm dependendo da sua
função.
Para imaginarmos quanto vale 1 micrômetro (µm), precisaríamos dividir 1 centímetro em dez mil
partes. Ou seja, a nossa célula é até mil vezes maior que o vírus. As maiores células do nosso
corpo tem um tamanho parecido com a espessura dos mais finos fios de cabelo, que têm um
diâmetro entre 52 µm e 71 µm.
Para a gente ter uma noção ainda melhor: se compararmos o tamanho do vírus com uma bola de
basquete, o tamanho da célula seria o tamanho do estádio do Maracanã!

Física I – Notação Científica – Professor Marcos Andrade - 1


Notação Científica
A notação científica (notação em forma exponencial) é um modo de representação métrica muito
útil porque permite escrever números muito extensos ou muito pequenos de uma maneira mais
compacta, tornando os cálculos mais simples. Essa vantagem faz com que a notação científica seja
muito utilizada nos ramos da Física, Química e Engenharias.
Comumente é dado por:
N . 10n

Onde:

N – Mantissa ou termo dígito

n – Ordem de grandeza

Regras simples de como fazer notação científica


Todo número escrito em notação científica obedece à regra geral N x 10n. Nessa expressão, o N é
chamado de termo dígito (ou mantissa) e corresponde a um número no intervalo de 1 e 9,999…,
enquanto 10n é o termo exponencial, representando determinada potência de 10 inteira. Assim, o
número 946, por exemplo, é expresso em notação científica como 9,46 x 102, isto é, o número
9,46 multiplicado duas vezes por 10. Sempre que o número for maior que 1, o expoente será
positivo na notação científica.
De forma contrária, os números menores que 1 são divididos por 10 sucessivas vezes até se obter
o modelo N x 10n. Sendo assim, o número 0,036 escrito em notação científica seria 3,6 x 10-2, ou
seja, o número 3,6 foi dividido duas vezes por 10 para chegar a 0,036. Nos números menores que
1, o expoente na notação científica sempre será negativo.
Uma maneira fácil de converter qualquer número em notação científica é contar o número de casas
decimais deslocadas até obter apenas 1 dígito antes da vírgula e usar esse valor como expoente.
Veja alguns exemplos:
4
54321=5,4321 ∙ 10 (O expoente é 4 porque a vírgula foi deslocada 4 posições para a esquerda)
−3
0,0075=7 , 5∙ 1 0 (O expoente é -3 porque a vírgula foi deslocada 3 posições para a direita)
Utilizando o mesmo método, também podemos converter um número em notação científica para
notação fixa, ou seja, sem potência de 10. Por exemplo:
2 −3
2,671 ∙1 0 =267 ,13 , 141∙ 1 0 =0,003141

Em alguns estudos, é necessário realizar operações matemáticas com número expressos em


notação científica.

Adição e subtração

Para somar ou subtrair dois números em notação científica, primeiro deve-se convertê-los à
mesma potência de 10 e depois somar os termos dígitos.

Exemplo: ( 2 , 25 ∙10−2 )+ ( 1 ,15 ∙ 10−1 )=( 0,225 ∙10−1 )+ ( 1 ,15 ∙ 10−1 )=1,375 ∙ 10−1

Multiplicação

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Nessa operação, os termos dígitos são multiplicados normalmente e os expoentes são somados. O
resultado do cálculo deve sempre ser escrito com apenas 1 dígito diferente de 0 à esquerda da
vírgula.

Exemplo: ( 6 ∙ 105 ) ( 3 ∙10−2 )=( 6 ∙ 3 ) ( 105+ (−2 )) =18 ∙103 =1 ,8 ∙ 104

Divisão

Os termos dígitos são divididos normalmente e os expoentes devem ser subtraídos. Assim como
na multiplicação, o resultado também é escrito com apenas 1 dígito diferente de 0 antes da vírgula.

( )( )
5 5 5
25∙ 10 25 ∙ 10 25 10 5−1 4
Exemplo: 2
= 1
= ∙ 1
=5 ∙10 =5 ∙ 10
0 ,5 ∙ 10 5 ∙ 10 5 10

Potenciação

O termo dígito deve ser elevado à potência normalmente, e o expoente de 10 deve ser multiplicado
pela potência da expressão.
2
Exemplo: ( 4 ∙10 3 ) =4 2 ∙ 103 ∙2 =16 ∙106 =1 ,6 ∙ 107

Radiciação

Para obter a raiz de um número em notação científica, esse valor deve ser primeiro transformado
em uma forma na qual seu expoente seja exatamente divisível pela raiz. Assim, para a raiz
quadrada, por exemplo, o expoente de 10 deve ser divisível por 2. Deve-se calcular a raiz do termo
dígito normalmente e dividir o expoente pela raiz:

Exemplo: √ 3 , 6∙ 107 → √ 36 ∙ 106 → √ 36 ∙ √ 10 6 → 6 ∙ √2 106 → 6 ∙103

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