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Aula 03

Regimento Interno p/ Senado Federal - 2016 - (com videoaulas)

Professores: Fabrício Rêgo, Victor Dalton


Regimento Interno do Senado Federal 2016
Professor Victor Dalton/Prof. Fabrício Rêgo Aula 03

AULA 03 – Comissões – Parte 1


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................1


SUMÁRIO ............................................................................................1
DAS COMISSÕES ..................................................................................2
DA SUPLÊNCIA, DAS VAGAS E DAS SUBSTITUIÇÕES ................................ 15
DA DIREÇÃO DA COMISSÃO ................................................................. 20
COMPETÊNCIAs – disposições gerais ...................................................... 27
DECISÕES TERMINATIVAS ................................................................... 30
AUDIÊNCIA PÚBLICA e outras competências............................................ 38
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS............................................................... 44
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS - REGIMENTO ........................................... 48
MAIS QUESTÕES COMENTADAS ............................................................ 68
LISTA DE QUESTÕES - SEM COMENTÁRIOS............................................. 75
REGIMENTO GRIFADO ......................................................................... 81
MAPAS MENTAIS DA AULA ................................................................... 95

Olá meus queridos, tudo bem?


Vamos continuar com nosso curso.
Na aula de hoje iremos estudar a primeira parte de comissões, título VI
do RISF. Será uma aula mais conceitual, pela sua própria característica, haja
vista que tomaremos conhecimento das comissões existentes e suas
atribuições. O funcionamento das comissões ficará para a próxima aula. Até lá,
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sugiro que você revise muito esta aula, estude os mapas mentais, para se
familiarizar com o conteúdo e melhor aproveitar a seguinte.
Desde já peço desculpas pelo tamanho da aula, mas não precisa se
assustar. O RISF grifado e os mapas mentais estão tomando bastante espaço,
eis o motivo.

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DAS COMISSÕES

As comissões são órgãos que compõem o Senado Federal e são


responsáveis pela divisão temática das matérias a serem analisadas pelos
senadores. Repartem as competências do Senado em matérias específicas.
Imaginem se o Plenário tivesse que analisar tudo sozinho, realizar análises
temáticas sobre todos os assuntos do início ao fim da proposição? Seria uma
bagunça, né?!
A CF/88 traz dispositivo sobre a as comissões no seu art. 58:

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão


comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo
regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares
que participam da respectiva Casa.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua
competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na
forma do regimento, a competência do Plenário, salvo
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se houver recurso de um décimo dos membros da


Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da
sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar
informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;

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IV - receber petições, reclamações, representações ou


queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões
das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou
cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais,
regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles
emitir parecer.

Pois bem, vimos que existem comissões permanentes e temporárias e


suas respectivas competências são definidas no regimento interno dentro das
respectivas áreas de atuação da comissão.
No RISF são listadas as comissões permanentes, conforme veremos a
seguir. Além disso, no âmbito da competência de cada comissão, podem ser
criadas comissões temporárias ou subcomissões permanentes ou
temporárias em número não superior a 4, por proposta de qualquer
integrante do colegiado. A única comissão permanente que não pode
criar comissões temporárias ou subcomissões é a Diretora.
No Direito Civil costuma-se usar o jargão de que “o acessório segue o
principal”. Sem entrar no mérito da utilização naquela matéria, vamos tomar
emprestado esse jargão e aplicar aqui no RISF. Às subcomissões serão
aplicados, no que couber, as regras de funcionamento das comissões
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permanentes. Então, nesse caso, dizemos que o acessório (subcomissões)


seguirá o principal (comissões permanentes).
Além disso, os relatórios das subcomissões serão submetidos ao
Plenário da comissão e a decisão final será proferida em nome da comissão
permanente, para todos os efeitos. Mais uma vez: o acessório segue o
principal. Fique atento que o RISF fala em Plenário da comissão, não
Plenário, órgão deliberativo máximo do Senado, composto por todos os
senadores.
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Vamos ao RISF:

TÍTULO VI
DAS COMISSÕES
CAPÍTULO I
DAS COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS
Art. 71. O Senado terá comissões permanentes e
temporárias (Const., art. 58).
Art. 72. As comissões permanentes, além da Comissão
Diretora, são as seguintes:
I - Comissão de Assuntos Econômicos (CAE);
II - Comissão de Assuntos Sociais (CAS);
III - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ);
IV - Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE);
V - Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor
e Fiscalização e Controle (CMA);
VI - Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH);
VII - Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional (CRE);
VIII - Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI);
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IX - Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo


(CDR);
X - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA);
XI - Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática (CCT);
XII - Comissão Senado do Futuro.
XIII - Comissão de Transparência e Governança
Pública (CTG)." (NR)
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Caso você esteja utilizando o texto do RISF disponibilizado no site do


Senado, fique atento agora!!! Houve alteração do regimento através da
Resolução nº 12, de setembro de 2015, que ainda não está na compilação que
o SF disponibiliza no site. A despeito da falta de atualização no site, a nova
norma do regimento está em vigor e é válida, só ainda não foi compilada.
O texto dela pode ser visualizado no seguinte link:
http://legis.senado.leg.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=249675&nor
ma=269164
Entretanto, fique tranqüilo que tais alterações já estarão no nosso curso
e no texto do RISF compilado ao final.
Pois bem, essa nova resolução criou uma nova comissão permanente no
SF: Comissão de Transparência e Governança Pública (CTG). Por ora,
fique com essa informação.

Art. 73. Ressalvada a Comissão Diretora, cabe às


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comissões permanentes, no âmbito das


respectivas competências, CRIAR SUBCOMISSÕES
PERMANENTES OU TEMPORÁRIAS, até o máximo de
quatro, mediante proposta de qualquer de seus
integrantes.
§ 1º Ao funcionamento das subcomissões aplicar-se-ão,
no que couber, as disposições deste Regimento
relativas ao funcionamento das comissões
permanentes. (O ACESSÓRIO SEGUE O PRINCIPAL)
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§ 2º Os relatórios aprovados nas subcomissões


serão submetidos à apreciação do Plenário da
respectiva comissão, sendo a decisão final, para
todos os efeitos, proferida em nome desta.

Quais serão as comissões temporárias? Serão de três tipos:

Art. 74. As comissões temporárias serão:


I - INTERNAS - as previstas no Regimento para
finalidade específica;
II - EXTERNAS - destinadas a representar o Senado
em congressos, solenidades e outros atos públicos;
III - PARLAMENTARES DE INQUÉRITO - criadas nos
termos do art. 58, § 3º1, da Constituição.
Art. 75. As comissões externas serão criadas por
deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer
Senador ou comissão, ou por proposta do Presidente.
Parágrafo único. O requerimento ou a proposta deverá
indicar o objetivo da comissão e o número dos
respectivos membros.

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1
Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

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Veja, três são as


situações em que poderá
haver comissões
temporárias, não o
número máximo de
comissões temporárias.

Comissões temporárias externas serão as comissões que representarão


o Senado em congressos, solenidades e atos públicos. Lembra-se do título do
RISF estudado na última aula: Representação Externa? Pois bem, no artigo 68
vimos que a representação externa do Senado será feita por comissão ou por
um senador, sendo, portanto, um exemplo de comissão temporária externa.
Outro exemplo é quando o Senado se fizer representar nas solenidades
fúnebres pelo falecimento de qualquer senador, conforme já estudamos. Artigo
27, para quem quiser rememorar o estudo.
As comissões temporárias externas serão criadas por deliberação do
PLENÁRIO, por requerimento de QUALQUER SENADOR ou COMISSÃO, ou
PROPOSTA DO PRESIDENTE.
Comissões temporárias internas são as criadas, de acordo com o RISF,
para atender suas finalidades em âmbito interno da Casa. Como exemplo
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temos a comissão criadas para analisar e emitir parecer sobre a criação de


códigos, conforme preceitua o art. 374 do RISF.
Comissões parlamentares de inquérito estão incluídas na categoria de
comissões temporárias também. Elas serão estudadas de forma mais
aprofundada.
Qual será a competência das comissões temporárias?

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Art. 105. Às comissões temporárias compete o


desempenho das atribuições que lhes forem
expressamente deferidas.

Vejamos como se extinguirão as comissões temporárias.

Art. 76. As comissões temporárias se extinguem:


I - pela CONCLUSÃO da sua tarefa; ou
II - ao término do respectivo PRAZO; e
III - ao TÉRMINO DA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA.

A comissão temporária será extinta em 3 hipóteses: 1 - quando


cumprir sua tarefa, caso seja instituída para realização de tarefa específica;
2 – quando terminar o prazo estipulado para conclusão dos trabalhos;
e, 3 - ao terminar a SLO.
As comissões podem ter seus trabalhos prorrogados? Sim!
Os casos de prorrogação dos trabalhos da comissão vão depender do
tipo de extinção. Vejamos:

Caso a comissão deva se extinguir pelo fim do seu prazo sem


terminar suas atividades, poderá ser prorrogado por mais um
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ano.
Caso a comissão vá se extinguir pelo fim da SLO mas, mesmo
assim, necessite de mais tempo, poderá ser prorrogada sua
conclusão até o término da próxima SLO.

As comissões temporárias começam a ter seu prazo contado a partir da


publicação de sua criação. Durante o recesso parlamentar, de 17 de julho a 1º

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de agosto, o prazo de trabalho será suspenso, ou seja, terá uma pausa na


contagem, voltando a contar de onde parou quando retomarem os trabalhos.
Por fim, a comissão externa deverá prestar contas ao SF sobre o
desempenho de sua missão.

§ 1º É lícito à comissão que não tenha concluído a sua


tarefa requerer a prorrogação do respectivo prazo:
I - no caso do inciso II, do caput, por tempo
determinado não superior a UM ANO;
II - no caso do inciso III, do caput, até o término da
sessão legislativa seguinte.
§ 2º Quando se tratar de comissão externa, finda a
tarefa, deverá ser comunicado ao Senado o
desempenho de sua missão.
§ 3º O prazo das comissões temporárias é contado
a partir da publicação dos atos que as criarem,
suspendendo-se nos períodos de recesso do Congresso
Nacional.
§ 4º Em qualquer hipótese o prazo da comissão
parlamentar de inquérito não poderá ultrapassar o
período da legislatura em que for criada.
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Por fim, o regimento nos traz que EM QUALQUER HIPÓTESE, o prazo


da CPI não poderá ultrapassar as legislaturas.
Quer conhecer as comissões temporárias que existem atual mente no
SF? Veja no link abaixo: http://legis.senado.leg.br/comissoes/?0#. Na aba
superior, em “Comissões”, pare o mouse sobre “Senado” e verá as comissões.
Explore a página.

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Como são compostas as comissões?


Comissão Diretora Membros TITULARES da Mesa
C. de Assuntos Econômicos 27
C. Constituição, Justiça e Cidadania 27
C. Educação, Cultura e Esporte 27
C. de Serviços de Infraestutura 23
C. Assuntos Sociais 21
C. Direitos Humanos e Legislação 19
Participativa
C. Relações Exteriores e Defesa 19
Nacional
C. Meio Ambiente, Defesa do 17
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Consumidor e Fiscalização e Controle


C. de Desenvolvimento Regional e 17
Turismo
C. de Agricultura e Reforma Agrária 17
C. de Ciência, Tecnologia, Inovação, 17
Comunicação e Informática
C. de Transparência e Governança 17

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Pública
Comissão Senado do Futuro 11

A Comissão Diretora é formada pelos membros da Mesa. Nessa


formação, são considerados os suplentes? Não! O art. 77 é claro ao afirmar
que são os TITULARES da Mesa.
O Presidente do Senado integra alguma outra comissão além da
Diretora? Não! O Presidente apenas integrará a Diretora. Não obstante, os
demais membros da Mesa poderão integrar outras comissões permanentes.
Pelo número de integrantes em cada comissão, vocês já devem ter
imaginado que haverá repetição de senadores em mais de uma delas, não é?
Pois bem, os senadores poderão integrar até 3 comissões como
membro titular e 3 como suplente.

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Art. 77. A Comissão Diretora é constituída dos


titulares da Mesa, tendo as demais comissões
permanentes o seguinte número de membros:
(...)
§ 1º Os membros da Comissão Diretora, exceto o
Presidente da Casa, poderão integrar outras comissões
permanentes.
§ 2º Cada Senador poderá integrar até três
comissões como titular e três como suplente.

Pessoal, o procedimento pra composição das comissões será o seguinte:

1. Os líderes dos partidos e blocos parlamentares, uma vez


indicados, se reunirão no início da LEGISLATURA para fixar o
número de cada partido ou bloco nas comissões
permanentes.
2. Fixada cada parcela, nos dois dias úteis subseqüentes, os
líderes entregarão à Mesa, por escrito, as INDICAÇÕES dos
titulares das comissões e, em ordem numérica, dos respectivos
suplentes.
3. O Presidente, com base nisso, realizará a DESIGNAÇÃO dos
membros. 32024691935

Mais uma vez é garantido, tanto quanto possível, a proporcionalidade


dos partidos e dos blocos parlamentares, levando em conta o número quando
da diplomação dos senadores, salvo quando houver modificação do partido
posteriormente, tal como criação, fusão ou incorporação. Ou seja, cada
bancada parlamentar terá participação nas comissões com base nos números
de senadores que possuem, proporcionalmente. Quanto mais senadores, maior
representatividade.
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Por que a fixação do número proporcional de cada bancada é feita no


início da legislatura? Porque é quando está havendo renovação de parte da
Casa, logo, irá alterar o número de senadores bem como os partidos, o que
influenciará na representatividade dos blocos.
Vamos ver isso no RISF? Por uma questão didática, inverti a ordem dos
artigos.

Art. 79. No início de cada legislatura, os líderes, uma


vez indicados, reunir-se-ão para fixar a representação
numérica dos partidos e dos blocos parlamentares nas
comissões permanentes.
Art. 80. Fixada a representação prevista no art. 79, os
líderes entregarão à Mesa, nos DOIS DIAS ÚTEIS
subsequentes, as indicações dos titulares das
comissões e, em ordem numérica, as dos respectivos
suplentes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Presidente
fará a designação das comissões.

Art. 78. Os membros das comissões serão


DESIGNADOS pelo Presidente, por INDICAÇÃO
escrita dos respectivos líderes, assegurada, tanto
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quanto possível, a participação proporcional das


representações partidárias ou dos blocos parlamentares
com atuação no Senado Federal (Const., art. 58, § 1º).
Parágrafo único. Para fins de proporcionalidade, as
representações partidárias são fixadas pelos seus
quantitativos à data da diplomação, salvo nos casos
de posterior criação, fusão ou incorporação de partidos.

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Já que cada partido ou bloco parlamentar possui representatividade de


acordo com seu número de integrantes, nada mais justo que a vaga das
comissões seja do respectivo, não é? O RISF assegura isso ao afirmar que o
lugar pertence ao bloco ou partido. Com base nisso, o líder será o responsável
por pedir, quando preciso, a substituição, em qualquer circunstância ou
oportunidade, de titular ou membro indicado por ele à comissão.
No entanto, caso esse membro seja o presidente da comissão, só será
possível ao líder pedir o seu desligamento se tiver autorização da maioria da
bancada (bloco ou partido), a não ser que o presidente da comissão se
desligue do partido. Nesse último caso, o motivo é explicado em seguida.
Caso algum senador mude do partido ao qual pertença a vaga na
comissão, isso não irá alterar o número de integrantes ao qual o partido ou
bloco tem direito na comissão, já que o número é fixado durante a
diplomação do senador, nem irá aumentar o número a que o novo partido
do senador tem direito ao incorporar mais um membro.
Ué professor, você não disse na aula 00 que o STF julgou que o
mandato do senador não pertence ao partido? Exatamente, significa que, caso
troque de partido, ele não deixará de ser senador. No entanto, a vaga que ele
eventualmente ocupar por conta de algum bloco ou partido que ele era
membro não irá acompanhá-lo para a nova sigla inscrita.
Quer um exemplo atual? Vocês devem ter visto que recentemente o
senador Cristovam Buarque saiu do PDT e anunciou filiação ao PPS. Pois bem,
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as cadeiras nas comissões que este senador ocupava anteriormente não será
mais ocupada por ele, a não ser que o PPS ou bloco que integre tenha lugar na
comissão e o senador seja indicado a ocupar uma vaga. Caso contrário, a
bancada a qual o PDT está ligado terá essa vaga para indicar novo senador nas
comissões.

Art. 81. O lugar na comissão pertence ao partido


ou bloco parlamentar, competindo ao líder respectivo
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pedir, em documento escrito, a substituição, em


qualquer circunstância ou oportunidade, de titular
ou suplente por ele indicado.
§ 1º A substituição de membro da comissão que se
desligar do partido ao qual pertence o lugar na
comissão não alterará a proporcionalidade
estabelecida nos termos do parágrafo único do art. 78 e
do art. 79.
§ 2º A substituição de Senador que exerça a
presidência de comissão, salvo na hipótese de seu
desligamento do partido que ali representar, deverá
ser precedida de autorização da maioria da
respectiva bancada.
Art. 82. A designação dos membros das comissões
temporárias será feita:
I - para as internas, nas oportunidades estabelecidas
neste Regimento;
II - para as externas, imediatamente após a
aprovação do requerimento que der motivo à sua
criação.

Quer ver a composição de uma comissão, com titulares e suplentes?


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http://legis.senado.leg.br/comissoes/composicao_comissao?codcol=34

DA SUPLÊNCIA, DAS VAGAS E DAS


SUBSTITUIÇÕES

As comissões permanentes terão suplentes em número igual ao de


titulares, exceto a Comissão Diretora (que é composta por membros da Mesa).

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Isso quer dizer que para cada senador indicado, deve também ser indicado um
suplente.
O suplente poderá substituir o membro da comissão para completar o
quorum das reuniões. Ou seja: o senador titular da vaga numa comissão
não pode estar presente, com isso o suplente poderá ir substituí -lo a fim de
completar o quorum na comissão.
Além disso, poderá substituir o titular quando este se ausentar do país;
quando assumir cargo de Ministro de Estado, de Governador de Território, de
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital
ou de chefe de missão diplomática temporária; quando o senador estiver
representando o Senado em missão no país ou no exterior; quando afastado
por doença e quando estiver licenciado para tratar de interesses particulares.
No caso de substituição, a convocação será feita pelo Presidente da
comissão, de acordo com a ordem numérica do suplente (1º, 2º, 3º...) e o
partido a que pertence.
Via de regra o suplente do membro da comissão não será designado
relator para proposições, já que se trata de uma substituição eventual. No
entanto, há exceções, ou seja, o suplente poderá relatar proposições nos
seguintes casos:

1. Tratar-se de substituição mais longa, como nos casos de licenças


para assumir cargos, de saúde e para tratar de interesse
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particular;
2. Matéria em regime de urgência
3. O volume das matérias despachadas na comissão assim o
justifique

Nos dois últimos incisos, a partir da leitura do art. 84 do RISF, podemos


concluir que o suplente poderá ser relator independente de estar ou não
substituindo senador na ocasião. São casos excepcionais que justifiquem
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um aporte de senadores na comissão, como no caso de matéria urgente ou


levando em conta o volume de matérias na comissão.
Mas e aí, a bancada terá, então, mais direitos a voto por conta disso?
Não. Existem algumas regras a serem cumpridas. Vejamos:

Caso a bancada do suplente não esteja completa e, de fato, ele


esteja exercendo substituição, seu voto será computado
normalmente.
Caso a bancada do suplente esteja completa (ele não esteja
substituindo ninguém), o seu voto só será computado na
matéria em que ele estiver relatando. Nesse caso, o último
senador da bancada deixará de votar, já que o suplente-relator
irá proferir seu voto e, caso todos os presentes votassem iria
representar um número maior do que de direito. Se o último
senador da bancada for um outro suplente convocado para
substituição, ele que deixará de votar.

Por fim, serão devolvidas ao Presidente da comissão as proposições em


poder do titular ou suplente que se afastar do mandato por questão de saúde,
licença para tratar de interesse particular, para assumir um dos cargos
indicados anteriormente ou para se ausentar do país.
E caso não haja suplente para substituir temporariamente senador na
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comissão? O Presidente da comissão solicitará ao Presidente da Mesa que


designe substituto, prioritariamente entre senadores da mesma bancada. Caso
não haja senadores da bancada ou estes se recusem, poderá ser convocado
excepcionalmente outro senador para substituir.
Se a situação for de ausência do Presidente e do Vice-Presidente da
comissão, o Presidente do Senado, de ofício (leia-se: por conta própria, sem
provocação de ninguém), poderá designar substitutos eventuais para que a
comissão não fique sem funcionar.
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Poderá o senador renunciar a lugar na comissão através de


comunicação por escrito à Mesa.
Caso o senador esteja impossibilitado de comparecer à reunião da
comissão, deverá, o quanto antes, comunicar o fato ao Presidente a tempo
para que este possa tomar as providências cabíveis para substituição.

Art. 83. As comissões permanentes, exceto a Diretora,


terão suplentes em número igual ao de titulares.
Parágrafo único. (Revogado).
Art. 84. Compete ao suplente substituir o membro da
comissão:
I - eventualmente, nos seus impedimentos, para
quorum nas reuniões;
II - por determinados períodos, nas hipóteses
previstas nos arts. 39, 40 e 43.
§ 1º A convocação será feita pelo Presidente da
comissão, obedecida a ordem numérica e a
representação partidária.
§ 2º Ao suplente PODERÁ ser distribuída proposição
para relatar quando:
I - se tratar de substituição prevista no inciso II do
caput; 32024691935

II - se tratar de matéria em regime de urgência;


III - o volume das matérias despachadas à comissão
assim o justifique.
§ 3º Nas hipóteses dos incisos II e III do § 2º, se a
representação do bloco parlamentar ou do partido
a que pertencer o suplente estiver completa na
reunião, o seu voto só será computado em relação à
matéria que relatar, deixando de participar da
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deliberação o suplente convocado por último ou, na


inexistência desse, o último dos titulares do bloco
parlamentar ou do partido, conforme a lista oficial da
comissão, publicada no Diário do Senado Federal.
§ 4º Serão devolvidas ao Presidente da comissão, para
serem redistribuídas, as proposições em poder de
titular ou suplente que se afastar do exercício do
mandato nos casos dos arts. 39, 40 e 43.
Art. 85. Em caso de impedimento temporário de
membro da comissão e não havendo suplente a
convocar, o Presidente desta solicitará à Presidência
da Mesa a designação de substituto, devendo a escolha
recair em Senador do mesmo partido ou bloco
parlamentar do substituído, salvo se os demais
representantes do partido ou bloco não puderem ou
não quiserem aceitar a designação.
§ 1º Ausentes o Presidente e o Vice-Presidente da
comissão, o Presidente do Senado poderá designar, de
ofício, substitutos eventuais a fim de possibilitar o
funcionamento do órgão.
§ 2º Cessará o exercício do substituto desde que o
substituído compareça 32024691935

à reunião da respectiva
comissão.
Art. 86. A renúncia a lugar em comissão far-se-á em
comunicação escrita à Mesa.
Art. 87. Impossibilitado de comparecer a qualquer
reunião de comissão a que pertença, o Senador
deverá comunicar o fato ao Presidente a tempo de
ser tomada a providência regimental para a sua
substituição.
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DA DIREÇÃO DA COMISSÃO

A direção da comissão, Presidente e Vice-Presidente, será escolhida


através de eleição, que ocorrerá:

No início da legislatura, nos cinco dias úteis após a designação


dos membros da comissão
Na terceira SLO, nos cinco dias úteis que se seguirem à indicação
dos líderes

Será, portanto, a cada dois anos escolhida nova direção da comissão


quando da instalação dos trabalhos da comissão. A escolha será em escrutínio
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secreto.
Caso não seja obedecido o prazo estipulado para ocorrerem as eleições,
ficarão temporariamente investidos nos cargos os dois senadores mais
idosos da comissão, até que se realize a eleição.
E se na eleição ocorrer empate? Será realizado um novo escrutínio
no dia seguinte. Se ocorrer novo empate, será considerado eleito o
senador mais idoso.

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O §3º do art. 88 afirma que, na ausência do Presidente e Vice -


Presidente, presidirá a comissão o mais idoso dos titulares. Ué professor, não
lemos no art. 85 que ausentes os dirigentes da comissão o Presidente do
Senado designará, de ofício, substitutos? Sim, lemos isso e está certíssimo. No
entanto, o presente §3º tem que ser lido de maneira completa, dentro do
artigo do qual faz parte, no caso, o art. 88. No caso estamos tratando de
eleição da nova direção da comissão bem como esse espaço de tempo entre
uma direção e outra da comissão.
O que nos ensina o §3º é que ausente o Presidente e o Vice quando da
realização da nova eleição, estando-a dentro do prazo legal, a substituição, no
caso, será feita pelo senador mais idoso.
Se no meio do mandato dos diretores da comissão ocorrer vaga
definitiva, o preenchimento será feito por eleição realizada nos cinco dias úteis
subseqüentes à vacância, a não ser que faltem 60 dias ou menos para o
término dos mandatos, quando, então, não será realizada eleição e os
senadores mais idosos irão assumir até lá.
Caso o Presidente ou Vice da comissão aceite ocupar o cargo de
Ministro de Estado, de Governador de Território, de Secretário de Estado, do
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou de chefe de missão
diplomática temporária, estará renunciando ao seu cargo na comissão.
Por fim, estabelece o RISF que AO MANDATO de Presidente e Vice-
Presidente das comissões permanentes se aplica o disposto no art. 59, que se
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refere ao mandato dos componentes na Mesa. Grifei o termo acima para ficar
bem clara a intenção do regimento em aplicar à comissão as disposições
relativas ao mandato, não à eleição. Vamos ver quais são os pontos
aplicáveis?

Mandato de 2 anos, vedada reeleição para o mesmo período


imediatamente subseqüente

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Proporcionalidade de representação dos partidos e blocos


parlamentares na composição da diretoria da comissão

Não se aplicam as seguintes regras do art. 59: §3º, que afirma que no
caso de vaga serão feitas novas eleições, a não ser que faltem 120 dias para o
término do mandato da Mesa. Vimos que no caso da comissão temos regra
própria e define o prazo de 60 dias ou mais para realização da nova eleição.
Da mesma forma não se aplica o §4º, enquanto não eleito o novo Presidente
a Mesa será dirigida pelos membros da Mesa anterior. No caso das comissões,
vimos que enquanto não eleitos novos Presidente e Vice-Presidente, os
trabalhos serão conduzidos pelos dois titulares mais idosos.
Vamos ler tudo isso no RISF e coligar os pontos para fechar o
aprendizado:

Art. 88. No início da legislatura, nos cinco dias úteis


que se seguirem à designação de seus membros, e na
terceira sessão legislativa, nos cinco dias úteis que
se seguirem à indicação dos líderes, cada comissão
reunir-se-á para instalar seus trabalhos e eleger, em
escrutínio secreto, o seu Presidente e o Vice-
Presidente.
§ 1º Em caso do não cumprimento do disposto neste
32024691935

artigo, ficarão investidos nos cargos os dois


titulares mais idosos, até que se realize a eleição.
§ 2º Ocorrendo empate, a eleição será repetida no dia
seguinte; verificando- se novo empate, será
considerado eleito o mais idoso.
§ 3º Na ausência do Presidente e do Vice-Presidente,
presidirá a comissão o mais idoso dos titulares.

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§ 4º Em caso de vaga dos cargos de Presidente ou de


Vice-Presidente, far-se-á o preenchimento por meio de
eleição realizada nos cinco dias úteis que se seguirem à
vacância, salvo se faltarem sessenta dias ou
menos para o término dos respectivos mandatos.
§ 5º Aceitar função prevista no art. 39, II, importa em
renúncia ao cargo de Presidente ou de Vice-Presidente
de comissão.
§ 6º Ao mandato de Presidente e de Vice-Presidente
das comissões permanentes e de suas subcomissões
aplica-se o disposto no art. 59.
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete:
I - ordenar e dirigir os trabalhos da comissão;
II - dar-lhe conhecimento de toda a matéria recebida;
III - designar, na comissão, relatores para as matérias;
IV - designar, dentre os componentes da comissão, os
membros das subcomissões e fixar a sua
composição;
V - resolver as questões de ordem;
VI - ser o elemento de comunicação da comissão com a
Mesa, com as outras comissões e suas respectivas
subcomissões e com os líderes;
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VII - convocar as suas reuniões extraordinárias, de


ofício ou a requerimento de qualquer de seus membros,
aprovado pela comissão;
VIII - promover a publicação das atas das reuniões no
Diário do Senado Federal;
IX - solicitar, em virtude de deliberação da comissão,
os serviços de funcionários técnicos para estudo de

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determinado trabalho, sem prejuízo das suas atividades


nas repartições a que pertençam;
X - convidar, para o mesmo fim e na forma do inciso
IX, técnicos ou especialistas particulares e
representantes de entidades ou associações científicas;
XI - desempatar as votações quando ostensivas;
XII - distribuir matérias às subcomissões;
XIII - assinar o expediente da comissão.
§ 1º Quando o Presidente funcionar como relator,
passará a Presidência ao substituto eventual, enquanto
discutir ou votar o assunto que relatar.
§ 2º Ao encerrar-se a legislatura, o Presidente
providenciará a fim de que os seus membros devolvam
à secretaria da comissão os processos que lhes tenham
sido distribuídos.

Pois bem, sobre a competência do Presidente da comissão, segue m


algumas pontuações. O seu voto será contabilizado apenas para desempatar
votações ostensivas.
Quando o Presidente for relator da matéria, a presidência será exercida
pelo Vice-Presidente, seu substituto eventual, mas apenas enquanto durar a
discussão e votação da matéria que relatar.32024691935

Finalizando, ao fim da legislatura o Presidente solicitará que os


membros da comissão devolvam os processos que estejam em seu poder. Isso
ocorre pelo fato de, como vimos, no início da próxima legislatura haver fixação
de vagas e novas indicações para as comissões.

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Vamos fazer alguns exercícios?

1 - As indicações de membros para as subcomissões serão realizadas


nos mesmos moldes das indicações para as comissões. ( )

Resposta: errado. Designação dos componentes da subcomissão será


feita pelo Presidente da comissão, art. 89, IV.

2 - As comissões temporárias, no âmbito de suas respectivas


competências, poderá criar subcomissões, permanentes ou temporárias,
mediante proposta de quatro integrantes. ( )

Resposta: errado. Apenas as comissões permanentes, com exceção da


Diretora, poderá criar subcomissões, mediante proposta de qualquer
integrante, não havendo número mínimo. Art. 73 RISF.

3 - O suplente de senador em determinada comissão, quando substituto


eventual para completar quorum das reuniões, não poderá ser designado
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relator pelo Presidente da comissão. ( )

Resposta: correto. A substituição eventual para quorum não possibilita


ao suplente figurar como relator de matérias. Art. 84 do RISF.

4 - No Senado Federal é permitida a constituição de comissões


temporárias para determinadas finalidades, entre elas a de represent ar a Casa

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externamente. O Regimento Interno do Senado Federal delimita a existência


de comissões temporárias em não mais do que três, ao mesmo tempo. ( )

Resposta: errado. São três as situações de criação de comissões


temporárias. Art. 74 RISF.

5 - Um determinado senador não compareceu à reunião da comissão


que estava previamente agendada. No entanto, precavido, ele notificou a sua
ausência ao líder do seu bloco que, por sua vez, comunicou ao Presidente da
comissão. Para substituí-lo, o Presidente intentou convocar os suplentes, mas
não encontrou nenhum disponível para tanto. Ato contínuo, o Presidente
solicitou ao Presidente da Mesa designação de substituto, o qual designou um
senador da mesma bancada para o feito. A situação apresentada e as
providências tomadas estão de acordo com o RISF. ( )

Resposta: errado. O único erro foi o senador faltante não ter


comunicado sua ausência ao Presidente da comissão, conforme preceitua o art.
87 do RISF. Os demais atos foram corretos, com base no art. 85 do RISF.

6 - (FGV - Senado Federal - Advogado - 2008) A respeito das


comissões temporárias, analise as afirmativas a seguir:
I. As comissões temporárias do Senado podem ser internas, externas e
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parlamentares de inquérito.
II. Uma das causas da extinção das comissões temporárias consiste no
término da sessão legislativa ordinária.
III. Nos períodos de recesso do Congresso Nacional, suspende -se o
prazo das comissões temporárias. Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.


(E) se apenas a afirmativa I estiver correta.

Resposta: letra D. item I: art. 74 do RISF. Item II: art. 76. Item III:
art. 76, §3º.

COMPETÊNCIAS – DISPOSIÇÕES GERAIS

Agora iremos estudar as competências das comissões, tanto as


genéricas, quanto as específicas. Observe que até o inciso sexto do artigo que
estudaremos abaixo proveniente do RISF, trata-se de reprodução, ao menos
em essência, do art. 58, §2º da CF/88, visto no início da aula.

Art. 90. Às comissões compete:


I - discutir e votar projeto de lei nos termos do art.
91 (Const., art. 58, § 2º, I);
II - realizar audiências públicas com entidades da
sociedade civil (Const., art. 58, § 2º, II);

Audiência pública é discussão com a sociedade sobre temas específicos


a fim de reunir elementos para apreciação das matérias. São convidadas
entidades ligadas ao tema, de forma que exista uma pluralidade delas
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debatendo, juntamente com os senadores, os temas.

III - CONVOCAR Ministros de Estado ou quaisquer


titulares de órgãos diretamente subordinados à
Presidência da República para prestarem informações
sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os
Ministros quando no exercício da faculdade prevista no

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art. 50, § 1º2, da Constituição (Const., arts. 50 e 58, §


2º, III);

Veja no art. 50 da CF/88 que o Ministro que deixar de comparecer sem


apresentar justificação adequada estará praticando crime de
responsabilidade.

IV - receber petições, reclamações, representações


ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas
(Const., art. 58, § 2º, IV);

Qualquer pessoa (veja que não é “cidadão”, termo usado para se referir
a pessoas com direitos políticos ativos - título de eleitor) poderá utilizar-se do
seu direito de petição para representar, no Senado, contra autoridades ou
entidades públicas. O SF, no exercício do seu poder fiscalizatório, irá receber
através das comissões e tomar as providências de averiguação.

V - SOLICITAR depoimento de qualquer autoridade ou


cidadão (Const., art. 58, § 2º, V);

32024691935

2
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2,
de 1994)
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a
qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto
de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de
informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de
responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações
falsas.

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VI - apreciar programas de obras, planos nacionais,


regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles
emitir parecer (Const., art. 58, § 2º, VI);
VII - propor a SUSTAÇÃO dos atos normativos do
Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
(Const., art. 49, V);
VIII - acompanhar junto ao Governo a elaboração da
proposta orçamentária, bem como sua execução;
IX - acompanhar, fiscalizar e controlar as políticas
governamentais pertinentes às áreas de sua
competência;
X - exercer a fiscalização e controle dos atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta, e
quanto às questões relativas à competência privativa
do Senado (Const., arts. 49, X, e 52, V a IX);
XI - estudar qualquer assunto compreendido nas
atribuições do Senado, propondo as medidas
legislativas cabíveis;
XII - opinar sobre o mérito das proposições submetidas
ao seu exame, emitindo o respectivo parecer;
XIII - realizar diligência.
Parágrafo único. Ao depoimento de testemunhas e
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autoridades aplicam se, no que couber, as disposições


do Código de Processo Civil.

Veja que temos aqui competências genéricas, as quais serão exercidas,


via de regra, por cada comissão com base na pertinência temática. À frente
veremos as competências específicas.

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DECISÕES TERMINATIVAS

Estudamos, por alto, nas aulas anteriores que a CF/88 autoriza as


comissões discutir e votar terminativamente determinados projetos de
normas, correto? Agora iremos ver os detalhes dessa autorização
constitucional.
Por que o termo decisão terminativa? Porque a conclusão da
comissão sobre a proposição, seja aprovando ou rejeitando, valerá como
deliberação final da proposição.
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Para ficar ainda mais claro, veja como tratou o Glossário do SF:

Decisão terminativa: É aquela tomada por


uma comissão, com valor de uma decisão do Senado.
Depois de aprovados pela comissão, alguns projetos
não vão a Plenário, são enviados diretamente à Câmara
dos Deputados, encaminhados à sanção, promulgados
ou arquivados. Só serão votados pelo Plenário do
Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo
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menos nove senadores, for apresentado ao presidente


da Casa. Após a votação do parecer da comissão, o
prazo para a interposição de recurso para a apreciação
da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis.

Art. 58 (...)
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua
competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na
forma do regimento, a competência do Plenário, salvo
se houver recurso de um décimo dos membros da
Casa;

Observe que a CF/88 autoriza o regimento interno dispor a forma com


que ocorrerá essa apreciação terminativa. Vamos estudar o tratamento dado
pelo RISF:

Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições,


cabe, dispensada a competência do Plenário, nos
termos do art. 58, § 2º, I, da Constituição, discutir e
votar:
I - projetos de lei ordinária de autoria de Senador,
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ressalvado projeto de código;


II - projetos de resolução que versem sobre a
suspensão da execução, no todo ou em parte, de lei
declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, X).
III - projetos de decreto legislativo de que trata o §
1º do art. 223 da Constituição Federal.

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Inicialmente, vale registrar que não haverá decisão terminativa


para proposta de emenda à constituição, alteração do regimento e
matérias de competência do SF sobre fixação de alíquotas de tributos e
algumas operações financeiras dos entes federativos. Vimos que são os
projetos de lei ordinária, projetos de resolução e de decreto legislativo os
autorizados a passar por esse rito. São todos os projetos dessas categorias?
NÃO!
Dos projetos de lei ordinária estão excluídos os códigos. Professor, o
que são códigos? Os códigos são leis ordinárias, na maioria das vezes, que
reúnem em um só texto legal o tratamento daquela matéria. Como exemplo
mais recente temos o Novo Código de Processo Civil promulgado pela Lei nº
13.105/2015. Pois bem, pela sua complexidade e importância, os projetos de
códigos estão excluídos da apreciação terminativa pelas comissões.
No âmbito dos decretos legislativos, o RISF autorizou a decisão
terminativa quando se tratar de matéria do §1º do art. 223 da CF/88:

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e


renovar concessão, permissão e autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e
imagens, observado o princípio da complementaridade
dos sistemas privado, público e estatal.
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do
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art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da


mensagem.

Nas resoluções, temos a autorização para quando o SF estiver


exercendo a competência do art. 52, X, da CF/88:

Art. 52 (...)

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X - suspender a execução, no todo ou em parte, de


lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal;

Para melhor compreensão do instituto acima, é necessário adentrarmos


ao Direito Constitucional. Passaremos em revista apenas o que for
estritamente necessário para o entendimento da competência do Senado.
O STF, como sabemos, pode declarar uma norma parcial ou totalmente
inconstitucional. Essa declaração pode ser em controle concentrado (ou
controle abstrato) de constitucionalidade, quando se trata de um
processo originário no STF que vise a discutir diretamente a
constitucionalidade de uma determinada norma. A decisão, nesse caso, terá
eficácia contra toda a sociedade e valerá de pronto, deixando a norma
de ser aplicada, caso considerada inconstitucional.
Outra hipótese de controle de constitucionalidade é o difuso (ou
controle concreto), exercido por qualquer juiz e tribunal. Ele ocorre em um
processo entre duas partes, quando o julgador declara que a norma é
inconstitucional e deixa de aplicá-la na relação jurídica entre essas partes.
Assim, a decisão dela terá apenas efeitos entre as partes do processo.
Ocorre que esse controle difuso também pode chegar para julgamento
32024691935

pelo STF, através de recurso, embora de forma excepcional, já que a regra é o


concentrado. Ou seja: é um processo entre duas partes que o juiz declarou a
norma inconstitucional e, após sucessivos recursos, o caso chegou ao STF.
Assim, o STF o analisará em controle difuso, valendo a decisão apenas
para as partes.
Mas imagine: mesmo que seja entre as partes, apenas, há o peso de o
STF ter declarado tal norma inconstitucional, o Guardião da Constituição. Não
obstante, mesmo assim a decisão será apenas para as partes do processo, por

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mais proeminente que seja o julgado do STF. Esse é o entendimento que foi
fixado no julgamento da Reclamação 4335/AC, de relatoria do Ministro Gilmar
Mendes, em 20/3/2014 (Informativo 739).
Pois bem, nos casos em que o STF julgar uma norma inconstitucional
em controle concentrado, a decisão valerá para todos. Nos casos em que o
julgamento for em controle difuso, a decisão valerá somente entre as partes.
Assim, neste último caso é que é cabível ao Senado suspender a execução da
norma, caso julgue necessário, com base no julgamento do STF que declarou a
norma inconstitucional no caso concreto entre duas partes. Entenderam? É
uma faculdade que o SF possui.
Veja a lógica da coisa: no primeiro caso não precisa o Senado se
manifestar, pois o Guardião da Constituição proferiu decisão que valerá para
todos, conforme sua competência constitucional. Já no segundo caso, o SF
vendo que a decisão vale apenas para as partes, mas que o STF decidiu pela
inconstitucionalidade, poderá então deliberar por suspender a execução
dessa norma para que, então, possa produzir efeito frente a toda a sociedade.
O STF discutiu, nesse julgamento, se a competência do Senado prevista
no art. 52, X, era apenas no sentido de dar publicidade à decisão do STF em
controle difuso ou de, verdadeiramente, deliberar se iria estender ou não a
decisão do STF a todos. No caso, o STF decidiu que a competência do
Senado é de deliberar, ou seja, é uma faculdade do Senado decidir se
vai ou não estender a decisão do STF em controle difuso a todos.
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Veremos agora quais as matérias em que o regimento autoriza a


decisão terminativa:

§ 1º O Presidente do Senado, ouvidas as lideranças,


PODERÁ conferir às comissões competência para
apreciar, terminativamente, as seguintes matérias:
I - tratados ou acordos internacionais (Const., art.
49, I);
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II - autorização para a exploração e o aproveitamento


de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas
minerais em terras indígenas (Const., art. 49, XVI);
III - alienação ou concessão de terras públicas com
área superior a dois mil e quinhentos hectares (Const.,
art. 49, XVII);
IV - projetos de lei da Câmara de iniciativa parlamentar
que tiverem sido aprovados, em decisão terminativa,
por comissão daquela Casa;

Atente-se que o texto fala em projetos da Câmara que passaram pelo


mesmo trâmite, ou seja, de decisão terminativa, mas de iniciativa
parlamentar.
Na sequência vemos uma cláusula genérica. Vale dizer que abre
oportunidades ao Presidente do Senado conferir às comissões apreciações
terminativas. Por outro lado, traz os limites, casos que não poderão ser
repassados às comissões terminativamente:

V - indicações e proposições diversas, EXCETO:


a) projeto de resolução que altere o Regimento
Interno;
b) projetos de resolução a que se referem os arts. 52,
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V a IX3, e 155, §§ 1º, IV4, e 2º, IV e V5, da


Constituição;

3
Art. 52 (...)
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de inter esse da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

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c) proposta de emenda à Constituição.

Os casos do art. 52 tratam, genericamente, de importantes operações


financeiras dos entes federativos, sobre os quais tem o SF competência para
se manifestar.
Já os do artigo 155, fixação de alíquotas de determinados impostos.
Repetindo: esses casos NÃO poderão ser conferidos às comissões
para decisão terminativa.

§ 2º Encerrada a apreciação terminativa a que se refere


este artigo, a decisão da comissão será comunicada ao

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público
federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito
externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal;
4
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (...)
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (...)
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IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;


5
Art. 155 (...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (...)
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores,
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação;
V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e
aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de
Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

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Presidente do Senado Federal para ciência do


Plenário e publicação no Diário do Senado Federal.
§ 3º No prazo de cinco dias úteis, contado a partir da
publicação da comunicação referida no § 2º no avulso
eletrônico da Ordem do Dia da sessão seguinte,
poderá ser interposto recurso para apreciação da
matéria pelo Plenário do Senado.
§ 4º O recurso, assinado por um décimo dos
membros do Senado, será dirigido ao Presidente da
Casa.
§ 5º Esgotado o prazo previsto no § 3º, sem
interposição de recurso, o projeto será, conforme o
caso, encaminhado à sanção, promulgado, remetido à
Câmara ou arquivado.
Art. 92. Aplicam-se à tramitação dos projetos e demais
proposições submetidas à deliberação terminativa das
comissões as disposições relativas a turnos, prazos,
emendas e demais formalidades e ritos exigidos para as
matérias submetidas à apreciação do Plenário do
Senado.

As decisões terminativas passarão pelo controle dos demais senadores .


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Concluídos os trabalhos, o Presidente do Senado será COMUNICADO e


este CIENTIFICARÁ o Plenário sobre o feito. Será publicado no DSF para dar
publicidade e permitir aos senadores se manifestar sobre eventual
discordância.
O prazo para recurso é de cinco dias úteis após a publicação. Os
senadores poderão interpor recurso, em número mínimo de 9 assinaturas
(1/10), requerendo que seja a matéria apreciada pelo Plenário.

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Em não havendo recurso, o projeto seguirá o curso da tramitação e será


enviado à CD, arquivado, sancionado ou promulgado, conforme o caso exigir.
Por fim, todas as regras exigidas para a tramitação dos projetos (que o
Plenário deveria seguir) no que diz respeito a turnos, prazos, emendais e
outras formalidades, devem ser seguidas pelas comissões. A única diferença,
portanto, é no que diz respeito à decisão terminativa.

AUDIÊNCIA PÚBLICA E OUTRAS COMPETÊNCIAS


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Art. 93. A audiência pública será realizada pela


comissão para:
I - instruir matéria sob sua apreciação;
II - tratar de assunto de interesse público relevante.
§ 1º A audiência pública poderá ser realizada por
solicitação de entidade da sociedade civil.
§ 2º A audiência prevista para o disposto no inciso I
poderá ser dispensada por deliberação da comissão.

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§ 3º No dia previamente designado, a comissão poderá


realizar audiência pública com a presença de, no
mínimo, 2 (dois) de seus membros.

Muito simples, não é? Uma regra importante que temos que memorizar
da audiência pública, sobretudo, é que entidade da sociedade civil poderá
solicitar sua realização.
Ademais, a audiência para instruir matéria para apreciação da comissão
poderá ser dispensada caso a comissão delibere por isso. Veja que não há
quorum mínimo, apenas uma deliberação de dispensa da audiência.
Para instalação da audiência basta a presença de dois membros da
comissão.
Apenas como curiosidade prática, atualmente os cidadãos podem
participar da audiência pública do SF pela internet, em tempo real. No link
abaixo tem as regras onde, inclusive, é permitido o envio de manifestações
durante o debate.
http://www12.senado.gov.br/ecidadania/principalaudiencia

Apesar de se tratar de audiência pública, as informações serão


prestadas por escrito, com o fito de permitir uma maior participação da
sociedade.
Não obstante, na prática, vemos as audiências públicas realizadas com
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a participação dos especialistas expondo oralmente, o que será,


posteriormente, reduzido a termo. De toda forma, o RISF fornece um suporte
legal maior para manifestações por escrito.
O orador poderá ser interpelado pelo membro da comissão pelo prazo
de até três minutos. Por sua vez, o orador terá o mesmo prazo para se
manifestar.

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Art. 94. Os depoimentos serão prestados por escrito


e de forma conclusiva.
§ 1º Na hipótese de haver defensores e opositores,
relativamente à matéria objeto de exame, a comissão
procederá de forma que possibilite a audiência de todas
as partes interessadas.
§ 2º Os membros da comissão poderão, terminada a
leitura, interpelar o orador exclusivamente sobre a
exposição lida, por prazo nunca superior a três
minutos.
§ 3º O orador terá o mesmo prazo para responder a
cada Senador, sendo lhe vedado interpelar os membros
da comissão.
Art. 95. Da reunião de audiência pública será
lavrada ata, arquivando-se, no âmbito da comissão,
os pronunciamentos escritos e documentos que os
acompanharem.
Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, a
requerimento de Senador, o traslado de peças.

Na sequência o regimento trata do recebimento de reclamações,


representações ou queixas. Por essa modalidade de manifestação, qualquer
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pessoa poderá enviar ao SF reclamações ou denúncias de forma geral para que


o órgão, no uso de sua função fiscalizatória, averigúe. Cada comissão receberá
o que for de sua atribuição temática.
A manifestação deve ser por escrito e com identificação do autor.
Será distribuída a um relator que, após apreciar a matéria, apresentará
um relatório SUGERINDO providências a serem tomadas pela comissão, pela
Mesa ou pelo Ministério Público.

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Nesse último caso será tomada a medida quando forem verificados


indícios de crimes denunciados pela manifestação, para que seja procedida
investigação apropriada.

Art. 96. A comissão receberá petições,


reclamações, representações ou queixas de
qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade
ou entidade pública sobre assunto de sua competência.
§ 1º Os expedientes referidos neste artigo deverão ser
encaminhados por escrito, com identificação do
autor e serão distribuídos a um relator que os
apreciará e apresentará relatório com sugestões
quanto às providências a serem tomadas pela
comissão, pela Mesa ou pelo Ministério Público.
§ 2º O relatório será discutido e votado na comissão,
devendo concluir por projeto de resolução se contiver
providência a ser tomada por outra instância que não a
da própria comissão.

Pessoal, a despeito de o RISF falar em manifestação com identificação


de autor, pergunto: e se for manifestação anônima? Tudo bem, caso não seja
de relevância, não tem problema. Mas se tal manifestação denunciar a
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ocorrência de um crime?
Bem, o STF admite de forma reiterada que a denúncia anônima ampare
investigação criminal, desde que, com base nela, seja possível identificar
indícios mínimos para a investigação se iniciar. Não poderá haver uma
condenação apenas com base em denúncia apócrifa, mas é lícito iniciar-se
um procedimento investigatório a fim de colher provas para a
confirmação ou não dos indícios da denúncia.
A celeuma sobre o assunto ocorre porque a CF/88 proíbe o anonimato:
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Art. 5º (...)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;

Não obstante, em face dos fortes indícios de eventual denúncia anônima


bem como da possibilidade de extrair provas concretas da ocorrência de crime,
é possível valer da denúncia apócrifa.
É verdade que devemos nos ater, em uma questão objetiva, ao
texto do regimento, que determina a identificação do autor da
manifestação. Entretanto, guardem essa informação para uma eventual
necessidade de fundamentação de questão discursiva.
O julgado do STF está no HC 106664/SP, Relator Min. CELSO DE
MELLO, julgado em 27/08/2013.

Art. 96-A. Os dirigentes máximos das agências


reguladoras comparecerão ao Senado Federal, em
periodicidade anual, para prestar contas sobre o
exercício de suas atribuições e o desempenho da
agência, bem como para apresentar avaliação das
políticas públicas no âmbito de suas competências.
Parágrafo único. O comparecimento de que trata o
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caput ocorrerá em reunião conjunta da comissão


temática pertinente e das Comissões de Assuntos
Econômicos e de Constituição, Justiça e Cidadania.

Também se inclui, essa competência, no rol fiscalizatório do SF.


Anualmente os dirigentes das Agências Reguladoras irão prestar contas sobre
o exercício de suas atribuições e do desempenho da agência. A reunião será

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conjunta entre a comissão temática do setor de atuação da agência, a CAE e


a CCJ.
Registre-se que o SF irá sabatinar os indicados para os cargos de
direção das agências reguladoras, conforme a Lei nº 9.986/2000, que dispõe
sobre a Gestão de Recursos Humanos das agências:

Art. 5o O Presidente ou o Diretor-Geral ou o


Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do
Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão
brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária
e elevado conceito no campo de especialidade dos
cargos para os quais serão nomeados, devendo ser
escolhidos pelo Presidente da República e por ele
nomeados, após aprovação pelo Senado Federal,
nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da
Constituição Federal.

Art. 96-B. No desempenho da competência prevista no


inciso IX do art. 90, as comissões permanentes
SELECIONARÃO, na área de sua competência,
políticas públicas desenvolvidas no âmbito do Poder
Executivo, para serem avaliadas.
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§ 1º Cada comissão permanente selecionará as


políticas públicas até o último dia útil do mês de
março de cada ano.
§ 2º Para realizar a avaliação de que trata o caput, que
se estenderá aos impactos das políticas públicas e às
atividades meio de suporte para sua execução, poderão
ser solicitadas informações e documentos a órgãos do
Poder Executivo- e ao Tribunal de Contas da União,
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bem como a entidades da sociedade civil, nos termos


do art. 50 da Constituição Federal.
§ 3º Ao final da sessão legislativa, a comissão
apresentará relatório com as conclusões da avaliação
realizada.
§ 4º A Consultoria Legislativa e a Consultoria de
Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado Federal
elaborarão estudos e relatórios técnicos que subsidiarão
os trabalhos da avaliação de que trata o caput.

O artigo acima trata da fiscalização e controle de políticas públicas pelo


SF. Cada comissão, na área de sua competência, selecionará até o últi mo dia
útil de março, anualmente, políticas públicas que serão acompanhadas. É mais
uma forma de contrabalancear as funções de cada Poder.
Para tanto, poderão contar com apoio técnico da Consultoria Legislativa,
da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle, que elaborarão estudos
e relatórios técnicos para subsidiar a avaliação. Além disso, poderão também
solicitar informações e documentos dos órgãos do Poder Executivo, TCU e
entidades da sociedade civil.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
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Iremos estudar as competências específicas das comissões. Na verdade,


o estudo essencial dessa matéria deve ser pelo texto do próprio regimento.
Qual a melhor forma de estudar isso?
Em primeiro lugar, visualizar as comissões sob o aspecto temático e, a
partir daí, realizar a leitura dos seus incisos tendo em mente isso. Assim, a
Comissão de Assuntos Sociais, por exemplo, obviamente vai tratar de assuntos
sociais. Não obstante, ao ler os dispositivos do RISF sobre a comissão, fique
atento a isso e procure identificar essa temática nas competências, realizando
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associações. Isso também irá te aguçar e fazer perceber que muitas vezes
algumas competências das comissões não são intuitivamente ligadas às
temáticas, como veremos em alguns artigos. Essas situações são propícias
para confundir o candidato na hora da prova.
A dica é: entender a sua essência temática e, a partir daí, analisar as
suas competências específicas. Isso ajudará na compreensão do todo.
No regimento marcamos alguns destaques e termos que precisam de
atenção justamente para a situação relatada acima.
Abaixo fazemos alguns apontamentos superficiais sobre algumas
comissões e, mais à frente, o regimento grifado.

Art. 97. Às comissões permanentes compete


estudar e emitir parecer sobre os assuntos
submetidos ao seu exame.

Art. 105. Às comissões temporárias compete o


desempenho das atribuições que lhes forem
expressamente deferidas.

A COMISSÃO DIRETORA, como poderão observar, é um órgão


superior de administração. Possui competências temáticas essencialmente
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administrativas, tanto no que diz respeito a atos de administração interna do


SF, quanto também de proposições legislativas de cunho administrativo,
gerencial. Lembrando que ela é composta pelos 7 membros titulares da Mesa.
Pois bem, à Comissão Diretora estão ligados todos os órgãos
administrativos do SF. A título de visualização, reproduzo abaixo organograma
extraído do site do SF.

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Vejamos agora o texto do Regulamento Administrativo do SF onde são


condensadas as atribuições da Comissão Diretora, dando-nos uma noção
geral:

Art. 233. À Comissão Diretora, com a estrutura


da Mesa do Senado Federal, compete a formulação de
políticas, objetivos, diretrizes e metas, bem como a
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superior supervisão e fiscalização dos atos


administrativos, no âmbito da Instituição, nos termos
do Regimento Interno e de Ato próprio definidor das
competências e atribuições de cada um de seus
membros.

COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS: A CAS tem competência para


assuntos relativos a trabalho, saúde, vigilância sanitária, medicamentos,
Sistema Único de Saúde, fiscalização de alimentos, população indígena,
seguridade social.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA: Pessoal,


aqui temos uma das mais importantes comissões do SF. Ela dará opinião sobre
a juridicidade e constitucionalidade das matérias propostas. Realiza um
verdadeiro controle de constitucionalidade prévio.
Muita atenção em suas competências pois, como se trata de uma
“comissão coringa”, sempre terá matérias de outras comissões passando para
sua análise.
Veja que quando a CCJ emitir parecer sobre a inconstitucionalidade e
injuridicidade de qualquer proposição, será considerada rejeitada
definitivamente e será arquivada. Se não tiver sido unânime o parecer, poderá
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haver recurso de, no mínimo 9 senadores (1/10) frente ao arquivame nto.


Sendo unânime, está rejeitada.
Em se tratando de uma inconstitucionalidade parcial, a Comissão
poderá emendar a proposição a fim de corrigir o vício.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E


FISCALIZAÇÃO E CONTROLE: Essa comissão possui 3 temáticas diferentes,
como o próprio nome indica. Observe que o foco maior do regimento é no
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âmbito fiscalizatório da comissão, inclusive com aplicação expressa do art. 90


do RISF, já estudado por nós anteriormente.
Fique atento especialmente na parte de defesa do consumidor, onde há
institutos que podem ser confundidos com competência da CAE.

COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA: fique atento


pois é possível identificar competências que poderiam ser associadas à CAE e
CAS, por exemplo, não fossem os termos "rural", "agrícola", entre outros.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS - REGIMENTO

Art. 98. À Comissão Diretora compete:


I - exercer a administração interna do Senado nos
termos das atribuições fixadas no seu Regulamento
Administrativo;
II - regulamentar a polícia interna;
III - PROPOR ao Senado projeto de resolução
dispondo sobre sua organização, funcionamento,
polícia, criação, transformação ou extinção de cargos,
empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de
lei para a fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de
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diretrizes orçamentárias (Const., art. 52, XIII);


IV - emitir, OBRIGATORIAMENTE, parecer sobre as
proposições que digam respeito ao serviço e ao pessoal
da Secretaria do Senado e as que alterem este
Regimento, salvo o disposto no art. 401, § 2º, II;
(salvo quando forem para a CCJ)
V - elaborar a redação final das proposições de
iniciativa do Senado e das emendas e projetos da
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Câmara dos Deputados aprovados pelo Plenário,


escoimando-os dos vícios de linguagem, das
impropriedades de expressão, defeitos de técnica
legislativa, cláusulas de justificação e palavras
desnecessárias.

Veja aqui uma importante competência que é alinhar a redação final


dos textos legais que sairão do SF, seja dirigido à CD, seja à sanção.

VI - apreciar requerimento de tramitação em conjunto


de proposição regulando a mesma matéria e o recurso
de que trata o art. 48, § 3º, exceto se a proposição
constar da Ordem do Dia ou for objeto de parecer
aprovado em comissão (art. 258).

Sobre esta competência, trata-se daquela atribuição do Presidente da


Mesa de reunir proposições para tramitação conjunta. Poderá haver recurso
para a Mesa. Não obstante, a Comissão Diretora poderá apreciar o
requerimento e o recurso, exceto se já estiver na pauta do Plenário ou já
aprovada em outra comissão.

Parágrafo único. Os esclarecimentos


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ao Plenário sobre atos da


competência da Comissão Diretora serão prestados, oralmente, por relator ou
pelo Primeiro- Secretário.

Art. 99. À Comissão de Assuntos Econômicos


compete opinar sobre proposições pertinentes aos
seguintes assuntos:
I - aspecto econômico e financeiro de qualquer
matéria que lhe seja submetida por despacho do
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Presidente, por deliberação do Plenário, ou por consulta


de comissão, e, ainda, quando, em virtude desses
aspectos, houver recurso de decisão terminativa de
comissão para o Plenário;
II - (Revogado);
III - problemas econômicos do País, política de crédito,
câmbio, seguro e transferência de valores, comércio
exterior e interestadual, sistema monetário, bancário e
de medidas, títulos e garantia dos metais, sistema de
poupança, consórcio e sorteio e propaganda
comercial;

Observe que propaganda comercial não é um tema que, de pronto,


associaríamos à CAE. Pode ser erroneamente associado, por e xemplo, com a
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, e Fiscalização e
Contratos, no que tange à defesa do consumidor. Portanto, é um item que vale
a pena dedicar atenção.

IV - tributos, tarifas, empréstimos compulsórios,


finanças públicas, normas gerais sobre direito
tributário, financeiro e econômico; orçamento, juntas
comerciais, conflitos de competência em matéria
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tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios, dívida pública e fiscalização das
instituições financeiras;
V - escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da
União (Const., arts. 49, XIII, e 52, III, b), e do
presidente e diretores do Banco Central (Const.,
art. 52, III, d);

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VI - matérias a que se referem os arts. 3896, 393 7 e


394 8;
VII - outros assuntos correlatos.
§ 1º A Comissão promoverá audiências públicas
regulares com o Presidente do Banco Central do
Brasil para discutir as diretrizes, implementação e
perspectivas futuras da política monetária.
§ 2º As audiências de que trata o § 1º deste artigo
ocorrerão na primeira quinzena de fevereiro, abril, julho
e outubro, podendo haver alterações de datas
decorrentes de entendimento entre a Comissão e a
Presidência do Banco Central do Brasil.
Art. 99-A. À Comissão de Assuntos Econômicos
compete, ainda, avaliar periodicamente a
funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em

6
Art. 389. O Senado apreciará pedido de autorização para operações externas, de natureza financeira, de
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios [...]
7
Art. 393. Compete ao Senado:
I - fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios (Const., art. 52, VI);
II - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público
federal (Const., art. 52, VII);
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III - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito
externo e interno (Const., art. 52, VIII);
IV - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios (Const., art. 52, IX). [...]
8
Art. 394. Ao Senado Federal, no que se refere à competência tributária dos Estados e do Distrito Federal,
compete:
I - fixar alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou
direitos (Const., art. 155, § 1º, IV);
II - estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação (Const.,
art. 155, § 2º, IV);
III - estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas (Const., art. 155, § 2º, V, a);
IV - fixar alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse
de Estados e do Distrito Federal (Const., art. 155, § 2º, V, b).

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sua estrutura e seus componentes, e o desempenho


das administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 100. À Comissão de Assuntos Sociais compete
opinar sobre proposições que digam respeito a:
I - relações de trabalho, organização do sistema
nacional de emprego e condição para o exercício de
profissões, seguridade social, previdência social,
população indígena e assistência social;
II - proteção e defesa da saúde, condições e requisitos
para remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante,
pesquisa, tratamento e coleta de sangue humano e
seus derivados, produção, controle e fiscalização de
medicamentos, saneamento, inspeção e
fiscalização de alimentos e competência do
Sistema Único de Saúde;
III - (Revogado);
IV - outros assuntos correlatos.
Art. 101. À Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania compete:
I - opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade
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e regimentalidade das matérias que lhe forem


submetidas por deliberação do Plenário, por despacho
da Presidência, por consulta de qualquer comissão, ou
quando em virtude desses aspectos houver recurso de
decisão terminativa de comissão para o Plenário;
II - ressalvadas as atribuições das demais comissões,
emitir parecer, quanto ao mérito, sobre as matérias
de competência da União, especialmente as seguintes:
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a) criação de Estado e Territórios, incorporação ou


desmembramento de áreas a eles pertencentes;
b) estado de defesa, estado de sítio e intervenção
federal (Const., art. 49, IV), requisições civis e
anistia;
c) segurança pública, corpos de bombeiros militares,
polícia, inclusive marítima, aérea de fronteiras,
rodoviária e ferroviária;
d) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
aeronáutico, espacial, marítimo e penitenciário;
e) uso dos símbolos nacionais, nacionalidade,
cidadania e naturalização, extradição e expulsão de
estrangeiros, emigração e imigração;
f) órgãos do serviço público civil da União e servidores
da administração direta e indireta do Poder Judiciário,
do Ministério Público e dos Territórios;
g) normas gerais de licitação e contratação, em todas
as modalidades, para as administrações públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no
art. 37, XXI, da Constituição, e para as empresas
públicas e sociedades de economia mista, nos termos
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do art. 173, § 1º, III, também da Constituição (Const.,


art. 22, XXVII);
h) perda de mandato de Senador (Const., art. 55),
pedido de licença de incorporação de Senador às Forças
Armadas (Const., art. 53, § 7º);
i) escolha de Ministro do Supremo Tribunal Federal,
dos Tribunais Superiores e de Governador de Território,

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escolha e destituição do Procurador- Geral da


República (Const., art. 52, III, a, c e e);
j) transferência temporária da sede do Governo
Federal;
l) registros públicos, organização administrativa e
judiciária do Ministério Público e Defensoria Pública da
União e dos Territórios, organização judiciária do
Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito
Federal;
m) limites dos Estados e bens do domínio da União;
n) desapropriação e inquilinato;
o) criação, funcionamento e processo do juizado de
pequenas causas, assistência jurídica e defensoria
pública, custas dos serviços forenses;
p) matéria a que se refere o art. 96, II, da Constituição
Federal;
III - PROPOR, por projeto de resolução, a suspensão,
no todo ou em parte, de leis declaradas
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal
(Const., art. 52, X);
IV - opinar, em cumprimento a despacho da
Presidência, sobre as emendas apresentadas como de
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redação, nas condições previstas no parágrafo único do


art. 234;
V - opinar sobre assunto de natureza jur ídica ou
constitucional que lhe seja submetido, em consulta,
pelo Presidente, de ofício, ou por deliberação do
Plenário, ou por outra comissão;
VI - opinar sobre recursos interpostos às decisões da
Presidência;
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VII - (Revogado).
§ 1º Quando a Comissão emitir parecer pela
inconstitucionalidade e injuridicidade de qualquer
proposição, será esta considerada rejeitada e
arquivada definitivamente, por despacho do
Presidente do Senado, salvo, não sendo unânime o
parecer, recurso interposto nos termos do art. 254.
§ 2º Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a
Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício.
Art. 101-A. O Ministro de Estado da Justiça
comparecerá anualmente à Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania do Senado Federal para prestar
informações e esclarecimentos a respeito da atuação de
sua Pasta, bem como para apresentar avaliação das
políticas públicas no âmbito de suas competências.
Art. 102. À Comissão de Educação, Cultura e
Esporte compete opinar sobre proposições que versem
sobre:
I - normas gerais sobre educação, cultura, ensino e
desportos, instituições educativas e culturais, diretrizes
e bases da educação nacional e salário-educação;
II - diversão e espetáculos públicos, criações artísticas,
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datas comemorativas e homenagens cívicas;


III - formação e aperfeiçoamento de recursos
humanos;
IV - (Revogado);
V - (Revogado);
VI - outros assuntos correlatos.
Art. 102-A. À Comissão de Meio Ambiente, Defesa
do Consumidor e Fiscalização e Controle, além da
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aplicação, no que couber, do disposto no art. 90 e sem


prejuízo das atribuições das demais comissões,
compete:
I - exercer a fiscalização e o controle dos atos do
Poder Executivo, incluídos os da administração indireta,
podendo, para esse fim:
a) avaliar a eficácia, eficiência e economicidade dos
projetos e programas de governo no plano nacional, no
regional e no setorial de desenvolvimento, emitindo
parecer conclusivo;
b) apreciar a compatibilidade da execução orçamentária
com os planos e programas governamentais e destes
com os objetivos aprovados em lei;
c) solicitar, por escrito, informações à administração
direta e indireta, bem como requisitar documentos
públicos necessários à elucidação do ato objeto de
fiscalização;
d) avaliar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
poder público federal, notadamente quando houver
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indícios de perda, extravio ou irregularidade de


qualquer natureza de que resulte prejuízo ao Erário;
e) providenciar a efetivação de perícias, bem como
solicitar ao Tribunal de Contas da União que realize
inspeções ou auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas
unidades administrativas da União e demais entidades
referidas na alínea d;
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f) apreciar as contas nacionais das empresas


supranacionais de cujo capital social a União participe
de forma direta ou indireta, bem assim a aplicação de
quaisquer recursos repassados mediante convênio,
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
g) promover a interação do Senado Federal com os
órgãos do Poder Executivo que, pela natureza de suas
atividades, possam dispor ou gerar dados de que
necessite para o exercício de fiscalização e controle;
h) promover a interação do Senado Federal com os
órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público que,
pela natureza de suas atividades, possam propiciar ou
gerar dados de que necessite para o exercício de
fiscalização e controle;
i) propor ao Plenário do Senado as providências
cabíveis em relação aos resultados da avaliação,
inclusive quanto ao resultado das diligências realizadas
pelo Tribunal de Contas da União;
II - opinar sobre assuntos atinentes à defesa do meio
ambiente, especialmente:
a) proteção do meio ambiente e controle da poluição,
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conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos


naturais e genéticos, florestas, caça, pesca, fauna, flora
e recursos hídricos;
b) política e sistema nacional de meio ambiente;
c) preservação, conservação, exploração e manejo de
florestas e da biodiversidade;

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d) conservação e gerenciamento do uso do solo e dos


recursos hídricos, no tocante ao meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentável;
e) fiscalização dos alimentos e dos produtos e insumos
agrícolas e pecuários, no tocante ao meio ambiente e
ao desenvolvimento sustentável;
f) direito ambiental;
g) agências reguladoras na área de meio ambiente,
inclusive a Agência Nacional de Águas (ANA);
h) outros assuntos correlatos;
III - opinar sobre assuntos atinentes à defesa do
consumidor, especialmente:
a) estudar, elaborar e propor normas e medidas
voltadas à melhoria contínua das relações de
mercado, em especial as que envolvem fornecedores e
consumidores;
b) aperfeiçoar os instrumentos legislativos reguladores,
contratuais e penais, referentes aos direitos dos
consumidores e fornecedores, com especial ênfase às
condições, limites e uso de informações,
responsabilidade civil, respeito à privacidade, direitos
autorais, patentes e similares;
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c) acompanhar as políticas e ações desenvolvidas pelo


Poder Público relativas à defesa dos direitos do
consumidor, defesa da concorrência e repressão da
formação e atuação ilícita de monopólios;
d) receber denúncias e denunciar práticas referentes ao
abuso do poder econômico, qualidade de produtos,
apresentação, técnicas de propaganda e publicidade
nocivas ou enganosas;
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e) avaliar as relações custo e preço de produtos, bens e


serviços, com vistas a estabelecer normas de repressão
à usura, aos lucros excessivos, ao aumento
indiscriminado de preços e à cartelização de segmentos
do mercado;
f) analisar as condições de concorrência com especial
enfoque para a defesa dos produtores e fornecedores
nacionais, considerados os interesses dos consumidores
e da soberania nacional;
g) gerar e disponibilizar estudos, dados estatísticos e
informações, no âmbito de suas competências.
Parágrafo único. No exercício da competência de
fiscalização e controle prevista no inciso I deste artigo,
a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle:
I - remeterá cópia da documentação pertinente ao
Ministério Público, a fim de que este promova a ação
cabível, de natureza cível ou penal, se for constatada a
existência de irregularidade;
II - poderá atuar, mediante solicitação, em colaboração
com as comissões permanentes e temporárias,
incluídas as comissões parlamentares de inquérito, com
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vistas ao adequado exercício de suas atividades.


Art. 102-B. A fiscalização e o controle dos atos do
Poder Executivo, incluídos os da administração indireta,
pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle, obedecerão às
seguintes regras:
I - a proposta de fiscalização e controle poderá
ser apresentada por qualquer membro ou
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Senador à Comissão, com específica indicação do ato


e fundamentação da providência objetivada;
II - a proposta será relatada previamente, quanto à
oportunidade e conveniência da medida e ao alcance
jurídico, administrativo, político, econômico, social ou
orçamentário do ato impugnado, definindo-se o plano
de execução e a metodologia de avaliação;
III - aprovado o relatório prévio pela Comissão, o
relator poderá solicitar os recursos e o assessoramento
necessários ao bom desempenho da Comissão,
incumbindo à Mesa e à Administração da Casa o
atendimento preferencial das providências requeridas.
Rejeitado o relatório, a matéria será encaminhada ao
Arquivo;
IV - o relatório final da fiscalização e controle, em
termos de comprovação da legalidade do ato, avaliação
política, administrativa, social e econômica de sua
edição, e quanto à eficácia dos resultados sobre a
gestão orçamentária, financeira e patrimonial,
obedecerá, no que concerne à tramitação, as normas
do artigo 102-C.
Parágrafo único. A Comissão, para a execução das
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atividades de que trata este artigo, poderá solicitar ao


Tribunal de Contas da União as providências ou
informações previstas no art. 71, IV e VII, da
Constituição Federal.
Art. 102-C. Ao termo dos trabalhos, a Comissão
apresentará relatório circunstanciado, com suas
conclusões, que será publicado no Diário do Senado
Federal e encaminhado.
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I - à Mesa, para as providências de alçada desta, ou ao


Plenário, oferecendo, conforme o caso, projeto de lei,
de decreto legislativo, de resolução ou indicação;
II - ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da
União, com cópia da documentação, para que promova
a responsabilidade civil ou criminal por infrações
apuradas e adote outras medidas decorrentes de suas
funções institucionais;
III - ao Poder Executivo, para adotar as providências
saneadoras de caráter disciplinar e administrativo
decorrentes do disposto no art. 37, §§ 2º a 6º, da
Constituição Federal, e demais disposições
constitucionais e legais aplicáveis;
IV - à comissão permanente que tenha maior
pertinência com a matéria, a qual incumbirá o
atendimento do prescrito no inciso III;
V - à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização e ao Tribunal de Contas da União, para as
providências previstas no art. 71 da Constituição
Federal.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, III e V a
remessa será feita pelo Presidente do Senado.
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Art. 102-D. Aplicam-se à Comissão de Meio Ambiente,


Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle as
normas regimentais pertinentes às demais comissões
permanentes, no que não conflitarem com os termos
das disposições constantes dos arts. 102-A a 102-C.
§ 1º Ocorrendo a hipótese de exercício concorrente de
competência fiscalizadora por duas ou mais comissões
sobre os mesmos fatos, os trabalhos se desdobrarão
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em reuniões conjuntas, por iniciativa do Presidente de


um dos órgãos ou de um ou mais de seus membros.
§ 2º A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle poderá, se houver
motivo suficiente, comunicar fatos investigados à
comissão correspondente da Câmara dos Deputados,
para que esta adote providência que lhe afigurar
cabível.
Art. 102-E. À Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa compete opinar sobre: (Vide
Resolução nº 19, de 2015)
I - sugestões legislativas apresentadas por associações
e órgãos de classe, sindicatos e entidades organizadas
da sociedade civil, exceto partidos políticos com
representação política no Congresso Nacional;
II - pareceres técnicos, exposições e propostas
oriundas de entidades científicas e culturais e de
qualquer das entidades mencionadas no inciso I;
III - garantia e promoção dos direitos humanos;
IV - direitos da mulher;
V - proteção à família;
VI - proteção e integração
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social das pessoas


portadoras de deficiências e de proteção à infância, à
juventude e aos idosos;
VII - fiscalização, acompanhamento, avaliação e
controle das políticas governamentais relativas aos
direitos humanos, aos direitos da mulher, aos direitos
das minorias sociais ou étnicas, aos direitos dos
estrangeiros, à proteção e integração das pessoas

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portadoras de deficiência e à proteção à infância, à


juventude e aos idosos.
Parágrafo único. No exercício da competência prevista
nos incisos I e II do caput deste artigo, a Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa observará:
I - as sugestões legislativas que receberem parecer
favorável da Comissão serão transformadas em
proposição legislativa de sua autoria e encaminhadas à
Mesa, para tramitação, ouvidas as comissões
competentes para o exame do mérito;
II - as sugestões que receberem parecer contrário
serão encaminhadas ao Arquivo;
III - aplicam-se às proposições decorrentes de
sugestões legislativas, no que couber, as disposições
regimentais relativas ao trâmite dos projetos de lei nas
comissões, ressalvado o disposto no inciso I, in fine,
deste parágrafo único.
Art. 103. À Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional compete emitir parecer sobre:
I - proposições referentes aos atos e relações
internacionais (Const., art. 49, I) e ao Ministério das
Relações Exteriores; 32024691935

II - comércio exterior;
III - indicação de nome para chefe de missão
diplomática de caráter permanente junto a
governos estrangeiros e das organizações
internacionais de que o Brasil faça parte (Const., art.
52, IV);
IV - (Revogado);

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V - Forças Armadas de terra, mar e ar, requisições


militares, passagem de forças estrangeiras e sua
permanência no território nacional, questões de
fronteiras e limites do território nacional, espaço
aéreo e marítimo, declaração de guerra e
celebração de paz (Const., art. 49, II);
VI - assuntos referentes à Organização das Nações
Unidas e entidades internacionais de qualquer
natureza;
VII - AUTORIZAÇÃO para o Presidente ou o Vice-
Presidente da República se ausentarem do território
nacional (Const., art. 49, III);
VIII - outros assuntos correlatos.
§ 1º A Comissão integrará, por um de seus membros,
as comissões enviadas pelo Senado ao exterior, em
assuntos pertinentes à política externa do País.
§ 2º A Comissão promoverá audiências públicas, no
início de cada sessão legislativa, com os Ministros das
Relações Exteriores e da Defesa para prestarem
informações no âmbito de suas competências.
Art. 104. À Comissão de Serviços de Infraestrutura
compete opinar sobre matérias pertinentes a:
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I - transportes de terra, mar e ar, obras públicas em


geral, minas, recursos geológicos, serviços de
telecomunicações, parcerias público-privadas e
agências reguladoras pertinentes;
II - outros assuntos correlatos.
Art. 104-A. À Comissão de Desenvolvimento
Regional e Turismo compete opinar sobre matérias
pertinentes a:
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I - proposições que tratem de assuntos referentes às


desigualdades regionais e às políticas de
desenvolvimento regional, dos Estados e dos
Municípios;
II - planos regionais de desenvolvimento econômico
e social;
III - programas, projetos, investimentos e incentivos
voltados para o desenvolvimento regional;
IV - integração regional;
V - agências e organismos de desenvolvimento
regional;
VI - proposições que tratem de assuntos referentes ao
turismo;
VII - políticas relativas ao turismo;
VIII - outros assuntos correlatos.
Art. 104-B. À Comissão de Agricultura e Reforma
Agrária compete opinar sobre proposições pertinentes
aos seguintes temas:
I - direito agrário;
II - planejamento, acompanhamento e execução da
política agrícola e fundiária;
III - agricultura, pecuária e abastecimento;
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IV - agricultura familiar e segurança alimentar;


V - silvicultura, aquicultura e pesca;
VI - comercialização e fiscalização de produtos e
insumos, inspeção e fiscalização de alimentos,
vigilância e defesa sanitária animal e vegetal;
VII - irrigação e drenagem;
VIII- uso e conservação do solo na agricultura;

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IX - utilização e conservação, na agricultura, dos


recursos hídricos e genéticos;
X - política de investimentos e financiamentos
agropecuários, seguro rural e endividamento rural;
XI - tributação da atividade rural;
XII - alienação ou concessão de terras públicas com
área superior a dois mil e quinhentos hectares,
aquisição ou arrendamento de propriedade rural por
pessoa física ou jurídica estrangeira, definição da
pequena e da média propriedade rural;
XIII - uso ou posse temporária da terra e regularização
dominial de terras rurais e de sua ocupação;
XIV - colonização e reforma agrária;
XV- cooperativismo e associativismo rurais;
XVI - emprego, previdência e renda rurais;
XVII - políticas de apoio às pequenas e médias
propriedades rurais;
XVIII - política de desenvolvimento tecnológico da
agropecuária, mediante estímulos fiscais,
financeiros e creditícios à pesquisa e
experimentação agrícola, pesquisa, plantio e
comercialização de 32024691935

organismos geneticamente
modificados;
XIX - extensão rural;
XX - organização do ensino rural;
XXI - outros assuntos correlatos.
Art. 104-C. À Comissão de Ciência, Tecnologia,
Inovação, Comunicação e Informática compete
opinar sobre proposições pertinentes aos seguintes
temas:
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I - desenvolvimento científico, tecnológico e inovação


tecnológica;
II - política nacional de ciência, tecnologia, inovação,
comunicação e informática;
III - organização institucional do setor;
IV - acordos de cooperação e inovação com outros
países e organismos internacionais na área;
V - propriedade intelectual;
VI - criações científicas e tecnológicas, informática,
atividades nucleares de qualquer natureza, transporte
e utilização de materiais radioativos, apoio e
estímulo à pesquisa e criação de tecnologia;
VII - comunicação, imprensa, radiodifusão,
televisão, outorga e renovação de concessão,
permissão e autorização para serviços de radiodifusão
sonora e de sons e imagens;
VIII - regulamentação, controle e questões éticas
referentes a pesquisa e desenvolvimento científico e
tecnológico, inovação tecnológica, comunicação e
informática;
IX - outros assuntos correlatos.
Art. 104-D. À Comissão Senado do Futuro compete
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promover discussões sobre grandes temas e o futuro


do País, bem como aprimorar a atuação do Senado
nessas questões.
Art. 104-E. À Comissão de Transparência e
Governança Pública compete opinar sobre matérias
pertinentes aos seguintes temas:
I - prevenção à corrupção;

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II - acompanhamento e modernização das práticas


gerenciais na administração pública federal direta e
indireta;
III - prestação eficaz, efetiva e eficiente de serviços
públicos;
IV - transparência e prestação de contas e de
informações à população, com foco na
responsabilidade da gestão fiscal e dos gastos públicos,
bem como nas necessidades dos cidadãos;
V - difusão e incentivo, na administração pública, de
novos meios de prestação de informações à sociedade,
tais como redes, sítios e portais eletrônicos, e apoio a
Estados e Municípios na implantação desses meios.
Art. 105. Às comissões temporárias compete o
desempenho das atribuições que lhes forem
expressamente deferidas.

MAIS QUESTÕES COMENTADAS

7 - As comissões temporárias serão constituídas por prazo não superior


a um ano. ( )
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Resposta: errado. O RISF não traz especificado o prazo de existência da


comissão, nesses termos. Depreende-se do art. 76 que a comissão não terá
prazo superior ao período da SLO, ou seja, de 2 de fevereiro a 31 de
dezembro. No entanto, poderá o prazo ser prorrogado por até o final da
próxima SLO ou, se for indicado prazo de duração na comissão, por até um
ano a mais.

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8 - Aos líderes das bancadas cabe indicar, nas comissões, os relatores


das matérias que serão distribuídas, respeitando, quando couber, a
proporcionalidade de cada bancada na comissão. ( )

Resposta: errado. A indicação cabe ao Presidente da comissão, mas não


há a obrigatoriedade em observar a proporcionalidade. Art. 89 do RISF.

9 - O Presidente do Senado tem a prerrogativa de integrar


temporariamente qualquer comissão que tenha interesse, a fim de assegurar o
fiel cumprimento da Constituição, das leis e do regimento. ( )

Resposta: errado. O Presidente só poderá integrar a Comissão Diretora.


Art. 77, §1º do RISF.

10 - Recebida a indicação dos líderes para a formação das comissões do


Senado, o Presidente da Casa poderá efetuar ajuste no quantitativo de cada
bloco ou partido, bem como sugerir alterações dos nomes indicados. ( )

Resposta: errado. As vagas nas comissões pertencem aos partidos e


blocos, não tendo o Presidente qualquer ingerência sobre as indicações feitas.
Cabe a ele apenas realizar as designações dos componentes na qualidade de
Presidente da Mesa, órgão máximo do Senado. Art. 78 a 80 do RISF.
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11 - (FGV - Senado Federal - Policial Legislativo Federal - 2008)


Assinale a afirmativa incorreta.
(A) Extinguem-se as comissões temporárias pela conclusão de sua
tarefa, pelo advento do respectivo termo final ou ao término da sessão
legislativa ordinária.

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(B) As comissões internas são as previstas no Regimento para


finalidades específicas, ao passo que as comissões externas se destinam a
representar o Senado em congressos, solenidades e outros atos públicos.
(C) Cada Senador só pode integrar, no máximo, três comissões como
titular e três como suplente; o membro da Comissão Diretora, contudo, não
pode integrar outra comissão permanente.
(D) A criação de comissões externas decorre de deliberação do Plenário,
a requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou de proposta do
Presidente.
(E) Todas as comissões permanentes podem, no âmbito de suas
competências, criar subcomissões permanentes ou temporárias, até o máximo
de quatro, desde que por proposta de qualquer de seus integrantes.

Resposta: O erro da questão é afirmar, na letra E, que todas as


comissões permanentes podem criar subcomissões. Vale lembrar que a
Comissão Diretora não pode criar subcomissões. Art. 73 do RISF. Encontraram
mais algum? Sim!!!! O item C também está errado, motivo pelo qual a questão
foi anulada, mas a trouxe para fins de estudo. O item C afirma que os
membros da CDir não podem integrar outras comissões, o que não é verdade.
Apenas o Presidente não poderá integrar, sendo possível para os demais
membros.
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12 - Compete às comissões do Senado Federal, em razão de sua


matéria, convocar para depor qualquer autoridade ou cidadão. ( )

Resposta: errado. As comissões devem solicitar o depoimento de


qualquer autoridade ou cidadão, não convocar. A convocação é prevista para
os Ministros de Estado ou titulares de órgãos ligados à Presidência da
República. Art. 90 RISF.

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13 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Administração


- 2008) As comissões temporárias do Senado Federal:
(A) serão internas, externas e parlamentares de inquérito.
(B) são criadas, quando externas, por qualquer comissão do Senado.
(C) podem ser internas, externas e mistas.
(D) só podem ser criadas, quando externas, em dois turnos de votação.
(E) classificam-se em internas, externas, orçamentárias e
parlamentares de inquérito.

Resposta: letra A. Vamos ver os erros? As respostas estão basicamente


no art. 74 do RISF. Letra B: são criadas por deliberação do Plenário, a pedido
de qualquer senador ou comissão, ou por proposta do Presidente. Letra C: não
existe essa modalidade de comissão mista na categoria de comissões
temporárias do Senado. Letra D: não são exigidos dois turnos de votação.

14 - Trata-se de competência decorrente da harmonia entre os Poderes


da República a que confere às comissões do Senado Federal acompanhar junto
ao Governo a elaboração da proposta orçamentária, bem como sua execução . (
)
Resposta: correto. Art. 90, VII do RISF.

15 - Os dirigentes máximos das agências reguladoras comparecerão ao


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Senado Federal, em periodicidade semestral, para prestar contas sobre o


exercício de suas atribuições e o desempenho da agência, bem como para
apresentar avaliação das políticas públicas no âmbito de suas competências. (
)
Resposta: errado. A periodicidade será anual, não semestral.

16 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Senado Federal atua, além do plenário, em inúmeras
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comissões, algumas permanentes e outras temporárias. A Comissão de


Constituição, Justiça e Cidadania é uma das Comissões Permanentes. Entre
suas atribuições específicas encontra-se:
(A) opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade
das matérias que lhe forem submetidas pelo Plenário.
(B) emitir resoluções para suspender leis declaradas inconstitucionais,
que serão encaminhadas para publicação imediata.
(C) não poder emendar projetos considerados parcialmente
inconstitucionais.
(D) não opinar, mesmo com despacho da Presidência, sobre emendas
de redação.
(E) opinar sobre requerimentos de voto de censura, inclusive quando o
tema interessar às relações exteriores do País.

Resposta: Letra A. As competências da CCJ estão no art. 101 do RISF.


Os erros das assertivas são: B - a competência da CCJ é de propor a resolução
de suspensão, não emitir e já publicar de imediato. Se necessário, a
proposição irá ainda para outras comissões temáticas. C - é competência da
CCJ emendar proposições parcialmente constitucionais. D - também está no rol
de atribuições opinar, em cumprimento a despacho da Presidência, sobre
emendas de redação. O item E era o inciso IV do art. 103 do RISF, o qual dava
competência à CRE opinar sobre requerimento de voto de censura. Atualmente
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este dispositivo está revogado do RISF.

17 - Às comissões do Senado Federal compete:


a) estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições do
Congresso Nacional, propondo medidas legislativas cabíveis;
b) convocar para depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

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c) exercer a fiscalização e controle dos atos dos Poderes Executivo e


Judiciário, incluídos os da administração indireta, e quanto às questões
relativas à competência privativa do Senado;
d) convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os Ministros
quando no exercício da faculdade prevista no art. 50, § 1º, da Constituição ;
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar

Resposta: letra D, art. 90, III. Todas as assertivas estão no art. 90 do


RISF. Vamos aos erros dos itens: a) estudar assuntos dentro das atribuições
do Senado, não do Congresso, inciso XI. B) solicitar o depoimento de
autoridade ou cidadão, não convocar, inciso V. C) a fiscalização e controle é
sobre os atos do Poder Executivo, apenas, não do Judiciário, inciso X. E) a
comissão irá propor a sustação, não sustar por si só os atos normativos que
exorbitem o poder regulamentar, inciso VII.

18 - (FGV - Senado Federal - Analista Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Senado Federal atua, além do plenário, em inúmeras
comissões, algumas permanentes e outras temporárias. A Comissão de
Assuntos Econômicos é uma das Comissões Permanentes. Dentre suas
32024691935

atribuições específicas encontra-se:


(A) opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade
das matérias que lhe forem submetidas pelo Plenário.
(B) opinar sobre a escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da
União.
(C) não poder emendar projetos considerados parcialmente
inconstitucionais.

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(D) não opinar, mesmo com despacho da Presidência, sobre emendas


de redação.
(E) opinar sobre requerimentos de voto de censura, inclusive quando o
tema interessar às relações exteriores do País.

Resposta: letra B. Fácil, não é?! Veja que essa questão é exatamente a
mesma de Técnico Legislativo sobre a CCJ, alterando apenas a alternativa que
se relaciona com a CAE.

19 - (FGV - Senado Federal - Analista Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Senado Federal funciona, internamente, por Comissões
Permanentes e Temporárias; cada Comissão elege o seu Presidente e o Vice-
Presidente. Dentre as atribuições do Presidente figuram:
I. assinatura do expediente;
II. desempatar as votações;
III. convocar reuniões extraordinárias somente a requerimento dos seus
integrantes;
IV. coordenar a votação para escolha de relatores para as matérias que
devem ser analisadas;
V. promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado
Federal.
Estão corretos apenas os itens: 32024691935

(A) I, II e V.
(B) III, IV e V.
(C) II, III e IV.
(D) I, III e V.
(E) I, II e III.

Resposta: letra A. Todas as respostas estão no art. 89 do RISF.


Vejamos. Item I: inciso XIII. Item II: inciso IX. Item III: inciso VII. O erro do
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item é dizer que será apenas a requerimento, quando pode ser feita a
convocação de ofício também. Item IV: inciso III. O Presidente designa de
pronto, não haverá votação para escolha. Item V: inciso VIII.

20 - (FGV - Senado Federal - Consultor de Orçamentos - 2008)


Assinale a afirmativa incorreta.
(A) As Comissões Diretora e de Constituição, Justiça e Cidadania são
comissões permanentes.
(B) As comissões, quanto à duração, dividem-se em comissões
permanentes e temporárias.
(C) São comissões temporárias a interna, a externa e a parlamentar de
inquérito.
(D) As comissões externas são criadas por deliberação do Plenário ou
por proposta do Presidente.
(E) As comissões parlamentares de inquérito se enquadram nas
comissões permanentes.

Resposta: letra E. As CPI´s são comissões temporárias, conforme letra


C.

LISTA DE QUESTÕES - SEM COMENTÁRIOS


32024691935

1 - As indicações de membros para as subcomissões serão realizadas


nos mesmos moldes das indicações para as comissões. ( )

2 - As comissões temporárias, no âmbito de suas respectivas


competências, poderá criar subcomissões, permanentes ou temporárias,
mediante proposta de quatro integrantes. ( )

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3 - O suplente de senador em determinada comissão, quando substituto


eventual para completar quorum das reuniões, não poderá ser designado
relator pelo Presidente da comissão. ( )

4 - No Senado Federal é permitida a constituição de comissões


temporárias para determinadas finalidades, entre elas a de representar a Casa
externamente. O Regimento Interno do Senado Federal delimita a existência
de comissões temporárias em não mais do que três, ao mesmo tempo. ( )

5 - Um determinado senador não compareceu à reunião da comissão


que estava previamente agendada. No entanto, precavido, ele notificou a sua
ausência ao líder do seu bloco que, por sua vez, comunicou ao Presidente da
comissão. Para substituí-lo, o Presidente intentou convocar os suplentes, mas
não encontrou nenhum disponível para tanto. Ato contínuo, o Presidente
solicitou ao Presidente da Mesa designação de substituto, o qual designou um
senador da mesma bancada para o feito. A situação apresentada e as
providências tomadas estão de acordo com o RISF. ( )

6 - (FGV - Senado Federal - Advogado - 2008) A respeito das


comissões temporárias, analise as afirmativas a seguir:
I. As comissões temporárias do Senado podem ser internas, externas e
parlamentares de inquérito. 32024691935

II. Uma das causas da extinção das comissões temporárias consiste no


término da sessão legislativa ordinária.
III. Nos períodos de recesso do Congresso Nacional, suspende -se o
prazo das comissões temporárias. Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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(E) se apenas a afirmativa I estiver correta.

7 - As comissões temporárias serão constituídas por prazo não superior


a um ano. ( )

8 - Aos líderes das bancadas cabe indicar, nas comissões, os relatores


das matérias que serão distribuídas, respeitando, quando couber, a
proporcionalidade de cada bancada na comissão. ( )

9 - O Presidente do Senado tem a prerrogativa de integrar


temporariamente qualquer comissão que tenha interesse, a fim de assegurar o
fiel cumprimento da Constituição, das leis e do regimento. ( )

10 - Recebida a indicação dos líderes para a formação das comissões do


Senado, o Presidente da Casa poderá efetuar ajuste no quantitativo de cada
bloco ou partido, bem como sugerir alterações dos nomes indicados. ( )

11 - (FGV - Senado Federal - Policial Legislativo Federal - 2008)


Assinale a afirmativa incorreta.
(A) Extinguem-se as comissões temporárias pela conclusão de sua
tarefa, pelo advento do respectivo termo final ou ao término da sessão
legislativa ordinária. 32024691935

(B) As comissões internas são as previstas no Regimento para


finalidades específicas, ao passo que as comissões externas se destinam a
representar o Senado em congressos, solenidades e outros atos públicos.
(C) Cada Senador só pode integrar, no máximo, três comissões como
titular e três como suplente; o membro da Comissão Diretora, contudo, não
pode integrar outra comissão permanente.

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(D) A criação de comissões externas decorre de deliberação do Plenário,


a requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou de proposta do
Presidente.
(E) Todas as comissões permanentes podem, no âmbito de suas
competências, criar subcomissões permanentes ou temporárias, até o máximo
de quatro, desde que por proposta de qualquer de seus integrantes.

12 - Compete às comissões do Senado Federal, em razão de sua


matéria, convocar para depor qualquer autoridade ou cidadão. ( )

13 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Administração


- 2008) As comissões temporárias do Senado Federal:
(A) serão internas, externas e parlamentares de inquérito.
(B) são criadas, quando externas, por qualquer comissão do Senado.
(C) podem ser internas, externas e mistas.
(D) só podem ser criadas, quando externas, em dois turnos de votação.
(E) classificam-se em internas, externas, orçamentárias e
parlamentares de inquérito.

14 - Trata-se de competência decorrente da harmonia entre os Poderes


da República a que confere às comissões do Senado Federal acompanhar junto
ao Governo a elaboração da proposta orçamentária, bem como sua execução . (
32024691935

16 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Senado Federal atua, além do plenário, em inúmeras
comissões, algumas permanentes e outras temporárias. A Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania é uma das Comissões Permanentes. Entre
suas atribuições específicas encontra-se:

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(A) opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade


das matérias que lhe forem submetidas pelo Plenário.
(B) emitir resoluções para suspender leis declaradas inconstitucionais,
que serão encaminhadas para publicação imediata.
(C) não poder emendar projetos considerados parcialmente
inconstitucionais.
(D) não opinar, mesmo com despacho da Presidência, sobre emendas
de redação.
(E) opinar sobre requerimentos de voto de censura, inclusive quando o
tema interessar às relações exteriores do País.

17 - Às comissões do Senado Federal compete:


a) estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições do
Congresso Nacional, propondo medidas legislativas cabíveis;
b) convocar para depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
c) exercer a fiscalização e controle dos atos dos Poderes Executivo e
Judiciário, incluídos os da administração indireta, e quanto às questões
relativas à competência privativa do Senado;
d) convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os Ministros
quando no exercício da faculdade prevista no art. 50, § 1º, da Constituição ;
32024691935

e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do


poder regulamentar

18 - (FGV - Senado Federal - Analista Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Senado Federal atua, além do plenário, em inúmeras
comissões, algumas permanentes e outras temporárias. A Comissão de
Assuntos Econômicos é uma das Comissões Permanentes. Dentre suas
atribuições específicas encontra-se:
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(A) opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade


das matérias que lhe forem submetidas pelo Plenário.
(B) opinar sobre a escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da
União.
(C) não poder emendar projetos considerados parcialmente
inconstitucionais.
(D) não opinar, mesmo com despacho da Presidência, sobre emendas
de redação.
(E) opinar sobre requerimentos de voto de censura, inclusive quando o
tema interessar às relações exteriores do País.

19 - (FGV - Senado Federal - Analista Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Senado Federal funciona, internamente, por Comissões
Permanentes e Temporárias; cada Comissão elege o seu Presidente e o Vice-
Presidente. Dentre as atribuições do Presidente figuram:
I. assinatura do expediente;
II. desempatar as votações;
III. convocar reuniões extraordinárias somente a requerimento dos seus
integrantes;
IV. coordenar a votação para escolha de relatores para as matérias que
devem ser analisadas;
V. promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado
32024691935

Federal.
Estão corretos apenas os itens:
(A) I, II e V.
(B) III, IV e V.
(C) II, III e IV.
(D) I, III e V.
(E) I, II e III.

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20 - (FGV - Senado Federal - Consultor de Orçamentos - 2008)


Assinale a afirmativa incorreta.
(A) As Comissões Diretora e de Constituição, Justiça e Cidadania são
comissões permanentes.
(B) As comissões, quanto à duração, dividem-se em comissões
permanentes e temporárias.
(C) São comissões temporárias a interna, a externa e a parlamentar de
inquérito.
(D) As comissões externas são criadas por deliberação do Plenário ou
por proposta do Presidente.
(E) As comissões parlamentares de inquérito se enquadram nas
comissões permanentes.

REGIMENTO GRIFADO 32024691935

TÍTULO VI
DAS COMISSÕES
CAPÍTULO I
DAS COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS
Art. 71. O Senado terá comissões permanentes e temporárias (Const., art.
58).

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Art. 72. As comissões permanentes, além da Comissão Diretora, são as


seguintes:
I - Comissão de Assuntos Econômicos (CAE);
II - Comissão de Assuntos Sociais (CAS);
III - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ);
IV - Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE);
V - Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e
Controle (CMA);
VI - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH);
VII - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE);
VIII - Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI);
IX - Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR);
X - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA);
XI - Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática
(CCT);
XII - Comissão Senado do Futuro.
XIII - Comissão de Transparência e Governança Pública (CTG)." (NR)
Art. 73. Ressalvada a Comissão Diretora, cabe às comissões permanentes,
no âmbito das respectivas competências, CRIAR SUBCOMISSÕES
PERMANENTES OU TEMPORÁRIAS, até o máximo de quatro, mediante
proposta de qualquer de seus integrantes.
§ 1º Ao funcionamento das subcomissões aplicar-se-ão, no que couber, as
32024691935

disposições deste Regimento relativas ao funcionamento das comissões


permanentes. (O ACESSÓRIO SEGUE O PRINCIPAL)
§ 2º Os relatórios aprovados nas subcomissões serão submetidos à
apreciação do Plenário da respectiva comissão, sendo a decisão final, para
todos os efeitos, proferida em nome desta.
Art. 74. As comissões temporárias serão:
I - INTERNAS - as previstas no Regimento para finalidade específica;

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II - EXTERNAS - destinadas a representar o Senado em congressos,


solenidades e outros atos públicos;
III - PARLAMENTARES DE INQUÉRITO - criadas nos termos do art. 58, §
3º, da Constituição.
Art. 75. As comissões externas serão criadas por deliberação do Plenário, a
requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou por proposta do
Presidente.
Parágrafo único. O requerimento ou a proposta deverá indicar o objetivo da
comissão e o número dos respectivos membros.
Art. 76. As comissões temporárias se extinguem:
I - pela CONCLUSÃO da sua tarefa; ou
II - ao término do respectivo PRAZO; e
III - ao TÉRMINO DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA.
§ 1º É lícito à comissão que não tenha concluído a sua tarefa requerer a
prorrogação do respectivo prazo:
I - no caso do inciso II, do caput, por tempo determinado não superior a
UM ANO;
II - no caso do inciso III, do caput, até o término da sessão legislativa
seguinte.
§ 2º Quando se tratar de comissão externa, finda a tarefa, deverá ser
comunicado ao Senado o desempenho de sua missão.
§ 3º O prazo das comissões temporárias é contado a partir da publicação
32024691935

dos atos que as criarem, suspendendo-se nos períodos de recesso do


Congresso Nacional.
§ 4º Em qualquer hipótese o prazo da comissão parlamentar de inquérito
não poderá ultrapassar o período da legislatura em que for criada.
CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO
Art. 77. A Comissão Diretora é constituída dos titulares da Mesa, tendo
as demais comissões permanentes o seguinte número de membros:
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I - Comissão de Assuntos Econômicos, 27;


II - Comissão de Assuntos Sociais, 21;
III - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, 27;
IV - Comissão de Educação, Cultura e Esporte, 27;
V - Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e
Controle, 17;
VI - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, 19;
VII - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, 19;
VIII - Comissão de Serviços de Infraestrutura, 23;
IX - Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, 17;
X - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, 17;
XI - Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática,
17;
XII - Comissão Senado do Futuro, 11.
XIII - Comissão de Transparência e Governança Pública, 17.
§ 1º Os membros da Comissão Diretora, exceto o Presidente da Casa, poderão
integrar outras comissões permanentes.
§ 2º Cada Senador poderá integrar até três comissões como titular e três
como suplente.
Art. 78. Os membros das comissões serão DESIGNADOS pelo Presidente, por
INDICAÇÃO escrita dos respectivos líderes, assegurada, tanto quanto
possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos
32024691935

blocos parlamentares com atuação no Senado Federal (Const., art. 58, § 1º).
Parágrafo único. Para fins de proporcionalidade, as representações partidárias
são fixadas pelos seus quantitativos à data da diplomação, salvo nos
casos de posterior criação, fusão ou incorporação de partidos.
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO

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Art. 79. No início de cada legislatura, os líderes, uma vez indicados, reunir-se-
ão para fixar a representação numérica dos partidos e dos blocos
parlamentares nas comissões permanentes.
Art. 80. Fixada a representação prevista no art. 79, os líderes entregarão à
Mesa, nos DOIS DIAS ÚTEIS subsequentes, as indicações dos titulares das
comissões e, em ordem numérica, as dos respectivos suplentes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Presidente fará a designação
das comissões.
Art. 81. O lugar na comissão pertence ao partido ou bloco parlamentar,
competindo ao líder respectivo pedir, em documento escrito, a substit uição,
em qualquer circunstância ou oportunidade, de titular ou suplente por ele
indicado.
§ 1º A substituição de membro da comissão que se desligar do partido ao qual
pertence o lugar na comissão não alterará a proporcionalidade estabelecida
nos termos do parágrafo único do art. 78 e do art. 79.
§ 2º A substituição de Senador que exerça a presidência de comissão,
salvo na hipótese de seu desligamento do partido que ali representar, deverá
ser precedida de autorização da maioria da respectiva bancada.
Art. 82. A designação dos membros das comissões temporárias será feita:
I - para as internas, nas oportunidades estabelecidas neste Regimento;
II - para as externas, imediatamente após a aprovação do requerimento
que der motivo à sua criação. 32024691935

CAPÍTULO IV
DA SUPLÊNCIA, DAS VAGAS E DAS SUBSTITUIÇÕES
Art. 83. As comissões permanentes, exceto a Diretora, terão suplentes em
número igual ao de titulares.
Parágrafo único. (Revogado).
Art. 84. Compete ao suplente substituir o membro da comissão:
I - eventualmente, nos seus impedimentos, para quorum nas reuniões;

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II - por determinados períodos, nas hipóteses previstas nos arts. 39, 40 e


43.
§ 1º A convocação será feita pelo Presidente da comissão, obedecida a ordem
numérica e a representação partidária.
§ 2º Ao suplente PODERÁ ser distribuída proposição para relatar quando:
I - se tratar de substituição prevista no inciso II do caput;
II - se tratar de matéria em regime de urgência;
III - o volume das matérias despachadas à comissão assim o justifique.
§ 3º Nas hipóteses dos incisos II e III do § 2º, se a representação do bloco
parlamentar ou do partido a que pertencer o suplente estiver completa
na reunião, o seu voto só será computado em relação à matéria que relatar,
deixando de participar da deliberação o suplente convocado por último ou, na
inexistência desse, o último dos titulares do bloco parlamentar ou do partido,
conforme a lista oficial da comissão, publicada no Diário do Senado Federal.
§ 4º Serão devolvidas ao Presidente da comissão, para serem redistribuídas,
as proposições em poder de titular ou suplente que se afastar do exercício do
mandato nos casos dos arts. 39, 40 e 43.
Art. 85. Em caso de impedimento temporário de membro da comissão e não
havendo suplente a convocar, o Presidente desta solicitará à Presidência da
Mesa a designação de substituto, devendo a escolha recair em Senador do
mesmo partido ou bloco parlamentar do substituído, salvo se os demais
representantes do partido ou bloco não puderem ou não quiserem aceitar a
32024691935

designação.
§ 1º Ausentes o Presidente e o Vice-Presidente da comissão, o Presidente
do Senado poderá designar, de ofício, substitutos eventuais a fim de
possibilitar o funcionamento do órgão.
§ 2º Cessará o exercício do substituto desde que o substituído compareça à
reunião da respectiva comissão.
Art. 86. A renúncia a lugar em comissão far-se-á em comunicação escrita à
Mesa.
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Art. 87. Impossibilitado de comparecer a qualquer reunião de comissão a que


pertença, o Senador deverá comunicar o fato ao Presidente a tempo de
ser tomada a providência regimental para a sua substituição.
CAPÍTULO V
DA DIREÇÃO
Art. 88. No início da legislatura, nos cinco dias úteis que se seguirem à
designação de seus membros, e na terceira sessão legislativa, nos cinco
dias úteis que se seguirem à indicação dos líderes, cada comissão reunir-se-á
para instalar seus trabalhos e eleger, em escrutínio secreto, o seu
Presidente e o Vice-Presidente.
§ 1º Em caso do não cumprimento do disposto neste artigo, ficarão
investidos nos cargos os dois titulares mais idosos, até que se realize a
eleição.
§ 2º Ocorrendo empate, a eleição será repetida no dia seguinte; verificando-
se novo empate, será considerado eleito o mais idoso.
§ 3º Na ausência do Presidente e do Vice-Presidente, presidirá a comissão o
mais idoso dos titulares.
§ 4º Em caso de vaga dos cargos de Presidente ou de Vice-Presidente, far-se-á
o preenchimento por meio de eleição realizada nos cinco dias úteis que se
seguirem à vacância, salvo se faltarem sessenta dias ou menos para o
término dos respectivos mandatos.
§ 5º Aceitar função prevista no art. 39, II, importa em renúncia ao cargo de
32024691935

Presidente ou de Vice-Presidente de comissão.


§ 6º Ao mandato de Presidente e de Vice-Presidente das comissões
permanentes e de suas subcomissões aplica-se o disposto no art. 59.
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete:
I - ordenar e dirigir os trabalhos da comissão;
II - dar-lhe conhecimento de toda a matéria recebida;
III - designar, na comissão, relatores para as matérias;

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IV - designar, dentre os componentes da comissão, os membros das


subcomissões e fixar a sua composição;
V - resolver as questões de ordem;
VI - ser o elemento de comunicação da comissão com a Mesa, com as outras
comissões e suas respectivas subcomissões e com os líderes;
VII - convocar as suas reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento de
qualquer de seus membros, aprovado pela comissão;
VIII - promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado
Federal;
IX - solicitar, em virtude de deliberação da comissão, os serviços de
funcionários técnicos para estudo de determinado trabalho, sem prejuízo das
suas atividades nas repartições a que pertençam;
X - convidar, para o mesmo fim e na forma do inciso IX, técnicos ou
especialistas particulares e representantes de entidades ou associações
científicas;
XI - desempatar as votações quando ostensivas;
XII - distribuir matérias às subcomissões;
XIII - assinar o expediente da comissão.
§ 1º Quando o Presidente funcionar como relator, passará a Presidência ao
substituto eventual, enquanto discutir ou votar o assunto que relatar.
§ 2º Ao encerrar-se a legislatura, o Presidente providenciará a fim de que os
seus membros devolvam à secretaria da comissão os processos que lhes
32024691935

tenham sido distribuídos.


CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 90. Às comissões compete:
I - discutir e votar projeto de lei nos termos do art. 91 (Const., art. 58, § 2º,
I);
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II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil (Const.,


art. 58, § 2º, II);
III - convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os Ministros
quando no exercício da faculdade prevista no art. 50, § 1º, da Constituição
(Const., arts. 50 e 58, § 2º, III);
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas
(Const., art. 58, § 2º, IV);
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão (Const., art. 58, §
2º, V);
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer (Const., art. 58, § 2º, VI);
VII - propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar (Const., art. 49, V);
VIII - acompanhar junto ao Governo a elaboração da proposta orçamentária,
bem como sua execução;
IX - acompanhar, fiscalizar e controlar as políticas governamentais pertinentes
às áreas de sua competência;
X - exercer a fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os
da administração indireta, e quanto às questões relativas à competência
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privativa do Senado (Const., arts. 49, X, e 52, V a IX);


XI - estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições do Senado,
propondo as medidas legislativas cabíveis;
XII - opinar sobre o mérito das proposições submetidas ao seu exame,
emitindo o respectivo parecer;
XIII - realizar diligência.
Parágrafo único. Ao depoimento de testemunhas e autoridades aplicam se, no
que couber, as disposições do Código de Processo Civil.
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Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe, dispensada a


competência do Plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da Constituição,
discutir e votar:
I - projetos de lei ordinária de autoria de Senador, ressalvado projeto de
código;
II - projetos de resolução que versem sobre a suspensão da execução, no
todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, X).
III - projetos de decreto legislativo de que trata o § 1º do art. 223 da
Constituição Federal.
§ 1º O Presidente do Senado, ouvidas as lideranças, PODERÁ conferir às
comissões competência para apreciar, terminativamente, as seguintes
matérias:
I - tratados ou acordos internacionais (Const., art. 49, I);
II - autorização para a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a
pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras indígenas (Const., art. 49,
XVI);
III - alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e
quinhentos hectares (Const., art. 49, XVII);
IV - projetos de lei da Câmara de iniciativa parlamentar que tiverem sido
aprovados, em decisão terminativa, por comissão daquela Casa;
V - indicações e proposições diversas, EXCETO:
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a) projeto de resolução que altere o Regimento Interno;


b) projetos de resolução a que se referem os arts. 52, V a IX, e 155, §§ 1º, IV,
e 2º, IV e V, da Constituição;
c) proposta de emenda à Constituição.
§ 2º Encerrada a apreciação terminativa a que se refere este artigo, a decisão
da comissão será comunicada ao Presidente do Senado Federal para ciência
do Plenário e publicação no Diário do Senado Federal.

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§ 3º No prazo de cinco dias úteis, contado a partir da publicação da


comunicação referida no § 2º no avulso eletrônico da Ordem do Dia da sessão
seguinte, poderá ser interposto recurso para apreciação da matéria pelo
Plenário do Senado.
§ 4º O recurso, assinado por um décimo dos membros do Senado, será
dirigido ao Presidente da Casa.
§ 5º Esgotado o prazo previsto no § 3º, sem interposição de recurso, o projeto
será, conforme o caso, encaminhado à sanção, promulgado, remetido à
Câmara ou arquivado.
Art. 92. Aplicam-se à tramitação dos projetos e demais proposições
submetidas à deliberação terminativa das comissões as disposições relativas a
turnos, prazos, emendas e demais formalidades e ritos exigidos para as
matérias submetidas à apreciação do Plenário do Senado.
Art. 93. A audiência pública será realizada pela comissão para:
I - instruir matéria sob sua apreciação;
II - tratar de assunto de interesse público relevante.
§ 1º A audiência pública poderá ser realizada por solicitação de entidade da
sociedade civil.
§ 2º A audiência prevista para o disposto no inciso I poderá ser dispensada por
deliberação da comissão.
§ 3º No dia previamente designado, a comissão poderá realizar audiência
pública com a presença de, no mínimo, 2 (dois) de seus membros.
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Art. 94. Os depoimentos serão prestados por escrito e de forma conclusiva.


§ 1º Na hipótese de haver defensores e opositores, relativamente à matéria
objeto de exame, a comissão procederá de forma que possibilite a audiência de
todas as partes interessadas.
§ 2º Os membros da comissão poderão, terminada a leitura, interpelar o
orador exclusivamente sobre a exposição lida, por prazo nunca superior a
três minutos.

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§ 3º O orador terá o mesmo prazo para responder a cada Senador, sendo lhe
vedado interpelar os membros da comissão.
Art. 95. Da reunião de audiência pública será lavrada ata, arquivando-se,
no âmbito da comissão, os pronunciamentos escritos e documentos que os
acompanharem.
Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, a requerimento de Senador,
o traslado de peças.
Art. 96. A comissão receberá petições, reclamações, representações ou
queixas de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade ou
entidade pública sobre assunto de sua competência.
§ 1º Os expedientes referidos neste artigo deverão ser encami nhados por
escrito, com identificação do autor e serão distribuídos a um relator que os
apreciará e apresentará relatório com sugestões quanto às providências a
serem tomadas pela comissão, pela Mesa ou pelo Ministério Público.
§ 2º O relatório será discutido e votado na comissão, devendo concluir por
projeto de resolução se contiver providência a ser tomada por outra instância
que não a da própria comissão.
Art. 96-A. Os dirigentes máximos das agências reguladoras
comparecerão ao Senado Federal, em periodicidade anual, para prestar contas
sobre o exercício de suas atribuições e o desempenho da agência, bem como
para apresentar avaliação das políticas públicas no âmbito de suas
competências. 32024691935

Parágrafo único. O comparecimento de que trata o caput ocorrerá em reunião


conjunta da comissão temática pertinente e das Comissões de Assuntos
Econômicos e de Constituição, Justiça e Cidadania.
Art. 96-B. No desempenho da competência prevista no inciso IX do art. 90, as
comissões permanentes SELECIONARÃO, na área de sua competência,
políticas públicas desenvolvidas no âmbito do Poder Executivo, para serem
avaliadas.

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§ 1º Cada comissão permanente selecionará as políticas públicas até o último


dia útil do mês de março de cada ano.
§ 2º Para realizar a avaliação de que trata o caput, que se estenderá aos
impactos das políticas públicas e às atividades meio de suporte para sua
execução, poderão ser solicitadas informações e documentos a órgãos do
Poder Executivo- e ao Tribunal de Contas da União, bem como a entidades da
sociedade civil, nos termos do art. 50 da Constituição Federal.
§ 3º Ao final da sessão legislativa, a comissão apresentará relatório com as
conclusões da avaliação realizada.
§ 4º A Consultoria Legislativa e a Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e
Controle do Senado Federal elaborarão estudos e relatórios técnicos que
subsidiarão os trabalhos da avaliação de que trata o caput.
SEÇÃO II
Das Atribuições Específicas
Art. 97. Às comissões permanentes compete estudar e emitir parecer
sobre os assuntos submetidos ao seu exame.
Art. 98. À Comissão Diretora compete:
I - exercer a administração interna do Senado nos termos das atribuições
fixadas no seu Regulamento Administrativo;
II - regulamentar a polícia interna;
III - PROPOR ao Senado projeto de resolução dispondo sobre sua
organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de
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cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para a fixação


da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias (Const., art. 52, XIII);
IV - emitir, OBRIGATORIAMENTE, parecer sobre as proposições que digam
respeito ao serviço e ao pessoal da Secretaria do Senado e as que alterem este
Regimento, salvo o disposto no art. 401, § 2º, II;
V - elaborar a redação final das proposições de iniciativa do Senado e
das emendas e projetos da Câmara dos Deputados aprovados pelo
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Plenário, escoimando-os dos vícios de linguagem, das impropriedades de


expressão, defeitos de técnica legislativa, cláusulas de justificação e palavras
desnecessárias.
VI - apreciar requerimento de tramitação em conjunto de proposição regulando
a mesma matéria e o recurso de que trata o art. 48, § 3º, exceto se a
proposição constar da Ordem do Dia ou for objeto de parecer aprovado em
comissão (art. 258).
Parágrafo único. Os esclarecimentos ao Plenário sobre atos da competência da
Comissão Diretora serão prestados, oralmente, por relator ou pelo Primeiro-
Secretário.
Art. 99. À Comissão de Assuntos Econômicos compete opinar sobre
proposições pertinentes aos seguintes assuntos:
I - aspecto econômico e financeiro de qualquer matéria que lhe seja
submetida por despacho do Presidente, por deliberação do Plenário, ou por
consulta de comissão, e, ainda, quando, em virtude desses aspe ctos, houver
recurso de decisão terminativa de comissão para o Plenário;
II - (Revogado);
III - problemas econômicos do País, política de crédito, câmbio, seguro e
transferência de valores, comércio exterior e interestadual, sistema monetário,
bancário e de medidas, títulos e garantia dos metais, sistema de poupança,
consórcio e sorteio e propaganda comercial;
IV - tributos, tarifas, empréstimos compulsórios, finanças públicas, normas
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gerais sobre direito tributário, financeiro e econômico; orçamento, juntas


comerciais, conflitos de competência em matéria tributária entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, dívida pública e fiscalização das
instituições financeiras;
V - escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da União (Const., arts.
49, XIII, e 52, III, b), e do presidente e diretores do Banco Central
(Const., art. 52, III, d);
VI - matérias a que se referem os arts. 389, 393 e 394;
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VII - outros assuntos correlatos.


§ 1º A Comissão promoverá audiências públicas regulares com o
Presidente do Banco Central do Brasil para discutir as diretrizes,
implementação e perspectivas futuras da política monetária.
§ 2º As audiências de que trata o § 1º deste artigo ocorrerão na primeira
quinzena de fevereiro, abril, julho e outubro, podendo haver alterações de
datas decorrentes de entendimento entre a Comissão e a Presidência do Banco
Central do Brasil.
Art. 99-A. À Comissão de Assuntos Econômicos compete, ainda, avaliar
periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em
sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações
tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

MAPAS MENTAIS DA AULA

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