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Carta sobre a felicidade - Epicuro

Ninguém é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito.

Não atribua para a divindade nada que não seja incompatível com a sua divindade nem inadequado a sua
bem-aventurança.

Os deuses existem já a imagem que a maioria das pessoas faz deles, não existe.

O ímpio é quem atribui aos deuses falsos juízos sobre eles.

Os deuses só aceitam a convivência com seus companheiros.

A morte para nós não é nada, já que todo o bem cessa com as sensações.

Não existe nada de terrível na vida para quem está convencido de que não há nada terrível em deixar de
viver.

Quando estamos vivos, é a morte que não está presente, quando a morte está presente, nós é que não
estamos.

O sábio não desdenha viver, nem teme deixar de viver.

Deve-se ter em honestamente viver e em honestamente morrer.

O futuro não é totalmente nosso nem totalmente não nosso.

Há desejos naturais e desejos inúteis.

Só sentimos necessidade de prazer quando sentimos pela ausência.

O prazer é o início e o fim de uma vida feliz.

Todo prazer é um bem, mas nem todos devem ser escolhidos, toda dor é um mal, mas nem todas devem
ser evitadas.

Tudo que é natural é fácil conseguir, tudo que é difícil é inútil.

Pão e água produzem o mais profundo prazer quando ingeridos por quem deles necessita.

Não visamos os prazeres dos gozos dos sentidos, mas a ausência de sofrimentos e perturbações da alma.

A prudência é o princípio e o supremo bem, razão pela qual ela é mais preciosa que a própria filosofia.

Será que pode existir alguém mais feliz que o sábio?

Mais vale aceitar o mito dos deuses que o destino dos naturalistas.

É preferível ser desafortunado e sábio que ser afortunado e tolo.

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