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A busca da felicidade é um desejo comum a todas as pessoas, presente em todas as

culturas e em todas as épocas da história. E não é para menos, afinal, quem não quer ser feliz,
né? No entanto, ser feliz não é tão simples quanto parece. Muitas pessoas passam a vida
inteira buscando a felicidade sem nunca encontrá-la. Isso se deve, em grande parte, à ideia
equivocada de que a felicidade é algo que se pode adquirir ou possuir. Na verdade, a felicidade
é um estado de espírito que depende de uma série de fatores internos e externos.

Para alguns, a felicidade está associada a coisas materiais, como riqueza, sucesso e
fama. Para outros, a felicidade está ligada a experiências emocionais positivas, como amor,
amizade, alegria e paz interior. Alguns ainda acreditam que a felicidade é uma conquista
espiritual, obtida através da meditação, da conexão com a natureza ou da prática de alguma
religião.

Embora a definição de felicidade possa variar de pessoa para pessoa, é geralmente


vista como um estado de contentamento e bem-estar emocional.

No livro Dor suprema, ditado pelo espírito Victor Hugo através da mediunidade de
Zilda Gama, vemos o conselho do guia espiritual de Clotilde, que diz:

Mas, o que é ser feliz, Clotilde? Possuir riquezas como um grande rei? Ser tão bela e
formosa como a deusa Vênus? Habitar palácios? Estar ao lado das pessoas que amas?

Não. Tudo isto é transitório. Tudo isso o túmulo e o tempo consomem. A única ventura
real que existe na Terra, Clotilde, a felicidade incorruptível que os bandidos não roubam e
Deus valoriza, que o tempo não destrói, e os vermes não corroem... tu a tens, filha querida; é a
PUREZA DA CONSCIÊNCIA, é a satisfação íntima por não haveres transgredido nenhum dos
teus deveres morais, sociais e espirituais!

A paz interior e a harmonia espiritual são estados essenciais para uma vida saudável e
equilibrada. Elas permitem que nos sintamos conectados com nós mesmos e com o mundo ao
nosso redor, proporcionando uma sensação de bem-estar e satisfação profunda. Mas como
alcançá-las?

De acordo com a Doutrina Espírita, a paz interior e a harmonia espiritual são


resultados do desenvolvimento espiritual e da aplicação dos princípios morais e éticos que
regem o universo. Algumas dicas para alcançar esse estado são:

- Não praticar o mal: o crime nunca compensa, pois qualquer benefício que se
conseguir pelo mal, será passageiro e mesmo que o culpado consiga enganar a justiça terrena,
da Justiça Divina ninguém escapa. Em algum momento a própria consciência exigirá reparação
pelo mal praticado. Como podemos ver no caso do jovem Verger, assassino confesso do
arcebispo de Paris, que no livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec, dá o seguinte depoimento:

Sou punido porque tenho consciência da minha falta, e para ela peço perdão a Deus;
sou punido porque reconheço a minha descrença nesse Deus, sabendo agora que não
devemos abreviar os dias de vida de nossos irmãos; sou punido pelo remorso de haver adiado
o meu progresso, enveredando por caminho errado, sem ouvir o grito da própria consciência
que me dizia não ser pelo assassínio que alcançaria o meu objetivo. Deixei-me dominar pela
inveja e pelo orgulho; enganei-me e arrependo-me, pois o homem deve esforçar-se sempre
por dominar as más paixões — o que aliás não fiz.
A culpa pelos erros cometidos machuca e nos deprime. Aí, entra o segundo item desta
lista que é o perdão. Ao perdoarmos, nos libertamos das mágoas e dos ressentimentos,
permitindo que a paz interior flua em nossas vidas. E o perdão deve ser tanto para os outros,
quanto para nós mesmos. Como disse Bezerra de Menezes: somente aquele que nunca errou e
que nunca vai errar, não precisa perdoar.

- Praticar a gratidão: ser grato é uma das maneiras mais fáceis para ser feliz. Uma
pesquisa realizada com 200 estudantes nos Estados Unidos revelou que escrever listas de
gratidão durante nove semanas resultou em maiores taxas de felicidade e menos doenças
físicas. Os alunos também começaram a fazer mais exercícios, porque estavam se sentindo
melhores.

- Manter uma prática espiritual: somos um espírito imortal habitando


temporariamente um corpo material, nosso destino são os mundos superiores. Mas, para
alcançarmos, precisamos nos aperfeiçoar; aí a oração, a meditação e os estudos dos princípios
espirituais se fazem necessários. E cada um é livre para escolher qual religião seguir, pois como
disse Dalai Lama: “A melhor religião é aquela que te torna melhor.

- Desenvolver a compaixão: ao nos colocarmos no lugar dos outros e procurarmos


entender suas perspectivas, podemos criar relações mais profundas e harmoniosas.

E por fim: buscar o equilíbrio emocional: aprender a lidar com as emoções de forma
saudável é fundamental para alcançar a paz interior. Isso pode ser feito através da meditação,
do autoexame sincero das nossas atitudes e do esforço em controlar nossos pensamentos.

Como podemos ver, a felicidade é o resultado de vários fatores e o mais incrível é que
não há nada de novo nisto. Todas estas recomendações já foram ditas por Jesus há uns 2.000
anos, quando em Mateus 11:28, o Mestre disse: “Venham a mim todos os que estão cansados
e sobrecarregados e eu darei descanso a vocês”

Mas, seguir o Mestre não é só frequentar alguma casa religiosa, não é se dizer cristão
ou espírita. Mas, é colocar em prática estes ensinamentos. É perdoar, é não praticar o mal e
fazer o bem, é se esforçar em se tornar uma pessoa melhor.

Com certeza não é uma tarefa fácil, mas é um esforço que vale a pena!

E talvez, mesmo praticando fielmente os ensinamentos de Jesus, não encontremos a


felicidade neste mundo. Pois, sabe lá que passado temos a pagar.... Mas, com certeza daremos
mais alguns passos rumo a felicidade eterna.

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