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Ah! E outra coisa também... Quando eu... isso aqui eu vou até... falar na terapia amanhã.

Porque eu tenho sonhado um pouco com... uma certa... constância com o pai. E eu
cheguei da universidade... e dei um cochilo aqui, de uummm... de uma hora e meia duas
horas, por aí. E eu sonhei com ele de novo! Eu sonhei que ele chegava aqui em Lavras...
Aaa... chegava aqui naaa... na porta da casa aqui... E aí eu entrei no carro, ele tava
dirigindo, e aí a gente ia pra algum lugar... Ele chegou bem, assim... ele tava... ele tava
bem, como nos velhos tempos, né?! Quando ele me buscava nos lugares, quando ele
dirigia e tudo mais. Aa... mas aí, nisso ele começou a... a... no trajeto... eu percebi que
ele já tava com falhas de memória, assim... Ééaaa... ele virou pra mim e falou assim: -
Ah! Eu tenho que ir la na CEMIG. E no sonho já era noite. E eu falei com ele: - Pai,
mas CEMIG não tá aberta... mais não. Aiiiii... aí nisso, ele parou o carro, e a gente foi
andar aqui pela cidade. Aí nisso eu já tinha que dar a mão pra ele. Sabe?! Já tinha... pra
poder andar, que ele já não conseguia andar. Foi um process... Foi um sonho bem doido,
assim... Sabe... ele... ao longo do trajeto, assim... ele foi deteriorando, né?!

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