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Sumário
1
Lição 1: A paternidade de Deus
Leituras complementares:
Segunda-feira: A repreensão do Senhor é como a de um pai amoroso.
Pv 3.12
Terça-feira: O Senhor não nos desampara. Dt 31.6
Quarta-feira: O Pai nos ama porque sabemos que Jesus vem dEle. Jo
16.27
Quinta-feira: Como filhos de Deus somos guiados pelo Espírito Santo.
Rm. 8.14
Sexta-feira: Ainda que a mãe se esqueça de seu filho, o Senhor não o
esquece. Is 49.15
Sábado: Deus nos trata como filhos. Hb 12.7
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Esboço da lição
Introdução
O que a Bíblia diz sobre paternidade
1. O que é paternidade?
2. Os atributos da paternidade de Deus
3. Os efeitos da paternidade de Deus
Conclusão
Introdução
Muitos de nós tem dificuldade de conceber Deus como Pai, tendo
em vista que o pai biológico, muitas vezes, não cumpriu o seu papel
adequadamente. Isto pode ter gerado muitos traumas que desencadeiam
em rejeição para receber a Palavra de Deus com fé. Conhecer um dos
maiores atributos de Deus é fundamental para descobrirmos quem somos
em Cristo Jesus. Daí a necessidade de nos aprofundarmos no tema da
paternidade de Deus.
1. O que é paternidade? A palavra paternidade vem do latim paternitas e
significa condição de ser pai. Isto quer dizer que o homem que tenha tido
um filho desfruta a posição de ser chamado pai, pater no latim.
1.1 Paternidade, uma função divina. O papel de pai teve origem no
próprio Deus, nosso Pai celestial. Trata-se, portanto, de um chamado divino.
Tornar-se pai, padrasto, avô ou pai adotivo é uma oportunidade de se tornar
semelhante a Deus, de amar e cuidar dos filhos como Deus nos ama e se
importa conosco.
1.2 Deus é o único Pai. A doutrina da paternidade é introduzida por Jesus
através do Novo Testamento. O evangelho de Mateus cita dos capítulos 5 a
7 a designação de pai 17 vezes. O conceito de pai alude a criador. Deus
nos criou. Atos 17.26 nos diz que “de um só fez toda a geração dos homens
para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes
ordenados e os limites da sua habitação.” No VT, por meio da Antiga
Aliança, não se concebia esta visão de intimidade com Deus chamando-O
de Pai. Deus é chamado de Pai ao menos oito vezes no Antigo Testamento,
mas, no sentido de criador ou chefe do povo de Israel. Já no Novo
Testamento, nas 272 vezes que é citado como Pai, Deus nos remete ao
sentido de intimidade.
2. Os atributos da paternidade de Deus. O Senhor nos adotou e nos
acolheu, assim como um pai que segura seu filho no colo e o protege com
tudo o que tem. A Paternidade de Deus nos revela Sua pessoa como um
pai que tem:
2.1 Amor incondicional: O primeiro dos atributos da paternidade de Deus
que queremos destacar é o amor – um amor incomparável, ilimitado,
inesgotável e incondicional. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira
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que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não
pereça mas tenha a vida eterna.” João 3.16
Ao longo da história da humanidade, observamos o desejo de
Deus para conosco desde a criação do mundo: o homem, representado por
Adão, vivia no Jardim do Éden, em comunhão e relacionamento íntimo com
o Senhor. Mesmo após a queda do homem por causa da desobediência, o
Criador elabora um plano para a redenção do homem. Na plenitude dos
tempos, Deus envia a própria Palavra da Vida para nos resgatar do pecado
e restituir nossa posição original: junto a Ele, no jardim.
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“Mas quando julgados, somos corrigidos pelo
Senhor, para não sermos condenados com o mundo.”
1 Co 11.32
O pai, por sua vez, o recebe com muita festa e um banquete, feliz
pelo filho estar de volta. Ele devolve ao filho seu anel de honra e sua
posição como filho amado:
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A partir do momento em que nos convertemos ao Senhor Jesus
Cristo, aceitando-O como nosso suficiente Salvador, tornamo-nos herdeiros
do Pai Celestial em Cristo Jesus. Decorrem desta decisão única e pessoal,
uma série de efeitos e desdobramentos que impactam nossas vidas para
toda a eternidade. São eles:
3.1 Adoção como filhos. Adoção é aceitação espontânea de pessoa ou
animal, ger. doméstico como parte integrante da vida de uma família, de
uma casa. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para
si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.” [Efésios 1.5]. A adoção
não é algo distante da nossa realidade cotidiana. Todo mundo conhece
alguém que adotou um filho (a) ou conhece um filho (a) que é adotado. A
adoção é um gesto altruísta praticado pelo adotante em relação ao indivíduo
adotado, que tem seu coração cheio de gratidão ao ser incluído em uma
família.
Segundo a lei, a pessoa que é adotada tem também direito à guarda.
Isto significa que o pai cuidará do filho adotado e por ele se
responsabilizará, dirigindo todas as questões que dizem respeito à sua vida.
Juridicamente, a guarda implica prestar assistência, criar e educar os filhos.
E assim acontece quando o Pai nos adota, ele quer auxiliar, cuidar e
proteger nossas vidas, dirigindo todos nossos passos. E às vezes o Pai
também nos corrige. A Bíblia diz que “O Senhor cuida da vida dos íntegros,
e a herança deles permanecerá para sempre.” [Salmos 37.18]
“Lancem sobre Ele toda ansiedade pois Ele tem cuidado de
vós.” 1 Pe 5.7
3.2 Sustento diário. A criança adotada perante a lei tem direito a
receber alimentos de seu pai, a fim de garantir sua sobrevivência. Isso inclui
alimentação, vestuário, moradia e todas as necessidades básicas do filho. O
nosso Pai Eterno também cuida de prover o sustento aos seus filhos
adotados em Jesus. (Mateus 6:30-32)
3.3 Convivência familiar. Pela lei, a adoção dá direito à convivência
familiar, isso é, o filho tem direito de conviver não somente com os pais que
o adotaram, mas também com os parentes desta família, que são sua
família extensiva. O objetivo é manter o vínculo de amor, afeto e o
sentimento de pertencimento e inclusão naquela família. Semelhantemente,
Deus Pai nos adotou e nos deu o privilégio de termos comunhão,
relacionamento, convivência com Ele, Jesus e o Espírito Santo. Deus nos
concede a honra de chamá-lo de Pai e de chamar Jesus de irmão.
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Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba,
Pai.” Romanos 8.15
Bibliografia
1. Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri, SP. Bíblia Sagrada – Harpa
Sagrada. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus,
2009.
2. https://www.igrejaemportoalegre.com.br/2020/09/30/os-efeitos-da-
paternidade-de-deus-louise-spencer/Acessado em 04/06/2023.
3. https://bibliajfa.com.br/blog/a-paternidade-de-deus/ Acessado em
05/06/2023.
4. https://blog.atos6.com/2022/08/11/4-atributos-da-paternidade-de-deus-dia-
dos-pais/ Acessado em 05/06/2023.
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Lição 2 A condição de servo
Objetivos da lição:
1. Como servos devemos servir uns aos outros.
2. Louvar a Deus pela oportunidade de servir, não importando sua
posição social, sua renda ou sua idade.
3. Para crescer na obra do Senhor devemos aprender a servir.
Textos de referência:
“
Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.
Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos
povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não
é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós,
será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será
vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
Mt 20. 24 a 28
Leituras complementares:
8
Esboço da lição
Introdução
A condição de servo
1 O que é ser servo de Deus?
2 O servo da orelha furada
3 O servo vigilante
Conclusão
Introdução
9
doulos (Mt 25.21,23; 20.27; At 2.18; Rm 1.1 e Fp 1.1, a idéia, não o
terno propriamente dito, está patente em muitas outras passagens
como Êxodo 15.16; 19.5; Mt 20.28; Atos 20.28; Hb 9.28; Ef 1.7; l Co
6.20;
Nos dias bíblicos, o servo era como diakonos, que na casa do seu
senhor executava todos os trabalhos, inclusive os mais humildes e
comezinhos, como levar e trazer recados, cuidar da copa, da cozinha, dos
bens de seu senhor, animais domésticos, rachar lenha, manter o fogo
aceso, tirar água e carregá-Ia para a família. Alguns principais textos em
que aparece o servo como diakonos no original (Mt 20.26,28; l Tm 4.6; II Tm
4.11; Ef 3.7; Fp 1.1; 2.7 e 1 Ts 3.2.
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fundamental para definir suas prioridades, o uso do seu tempo e a
aplicação dos seus recursos.
Conclusão
Bibliografia
1. Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri, SP. Bíblia Sagrada – Harpa
Sagrada. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus,
2009.
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Lição 3: A diferença entre a Alma e o Espírito
Textos de referência:
“E o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador.” Lc 1.47
“Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.”
Jo 4.23
“O próprio espírito testifica com o nosso espírito...” Rm 8.16
“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim
bendiga o seu santo nome.
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de
seus benefícios.
“Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas
enfermidades,
“Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e
de misericórdia,
“Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova
como a da águia.” Salmos 103. 1-5
Leituras complementares:
Segunda-feira: As coisas do Espírito de Deus se discernem
espiritualmente. 1 Co 2.14
Terça-feira: Deus é espírito. Jo 4.24
Quarta-feira: Orem em todo o tempo no Espírito. Ef 6.18
Quinta-feira: Andai no Espírito. Gl 5.16
Sexta-feira: A circuncisão no espírito procede de Deus. Rm 2.28-29
12
Sábado: Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus. Rm 12.1
Hinos sugeridos: 5, 75 e 261
Motivo de oração: Ore para que sejamos dirigidos pelo Espírito.
Esboço da lição
Introdução
1. Espírito, alma e corpo
2. A origem do espírito, da alma e do corpo
3. Descrição do espírito, alma e corpo
Conclusão
Introdução
De acordo com o entendimento secular, os seres humanos são
dotados de alma e corpo, sendo a alma a parte espiritual, invisível, interior;
enquanto o corpo é parte material, visível, exterior. Ainda que em parte seja
verdade, não configura um conceito preciso. A Palavra de Deus nos ensina
que o homem é formado por três partes: espírito, alma e corpo, conforme
temos em 1 Tessalonicenses 5.23: “O mesmo Deus da paz vos santifique
em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e
irrepreensíveis na vida de nosso Senhor Jesus Cristo”. Deus fez distinção
entre o espírito e a alma humana.
1. Espírito, alma e corpo: Entramos em contato com o mundo material
através do corpo físico. O corpo é o elemento que nos possibilita ter
consciência do mundo. A alma está relacionada com o intelecto e com as
emoções. A alma pertence ao próprio ego do homem e revela sua
personalidade (autoconsciência). Entramos em comunhão com Deus
através do nosso espírito e apenas por ele podemos compreender e adorar
a Deus. O espírito é o elemento que nos permite ter consciência de Deus.
Deus habita no espírito, o eu, na alma; e os sentidos, no corpo.
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sendo capaz de tomar decisões relacionadas com o meio em que se
encontra. A alma é a sede da personalidade e da influência do homem. Por
intermédio da alma, o espírito pode subjugar o corpo, para que obedeça a
Deus. Da mesma forma, o corpo, através da alma, pode levar o espírito a
ter amor pelo mundo. A alma exercita seu poder para discernir quem deve
reinar: o mundo espiritual ou o mundo natural.
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pelo espírito e ele se tornou um ser vivo e consciente de si. Surge daí a
trindade da qual o homem é constituído: espírito, alma e corpo.
2.2 Os dois elementos constituintes do homem: De acordo com Gênesis
2.7, o homem foi feito de apenas dois elementos independentes; o corpóreo
e o espiritual. Entretanto, quando Deus soprou o espírito dentro daquela
estrutura de terra, a alma foi gerada. O espírito do homem, em contato com
o corpo inanimado, gerou a alma. O corpo separado do espírito estava
morto; com o espírito, porém, o homem passou a viver, resultando desta
conexão, a alma.
Frequentemente nas Escrituras o homem é chamado de alma
vivente. Por quê? Porque aquilo que o homem é depende de como é sua
alma. Ela o representa e expressa sua individualidade. É a sede do livre-
arbítrio do homem, o lugar onde o espírito e o corpo se unem de maneira
perfeita.
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3.3 O Santíssimo Lugar: No mais interior, além do véu, está o Santíssimo
ou o Santo dos Santos, onde jamais penetraram a luz e o olhar humanos. É
o “esconderijo do Altíssimo”, a habitação de Deus. É o espírito do homem,
que jaz além da autoconsciência do ser humano e acima de sua
sensibilidade. Aí o homem se une a Deus e tem comunhão com Ele. No
Santo dos Santos tudo se realiza pela fé, e nada pela vista, pelos sentidos
ou pelo entendimento do crente.
O corpo é comparável ao átrio exterior, claramente visível a todo
mundo. As ações do corpo acham-se à vista de todos.
Conclusão
Somos um ser triuno. A divisão que ora fazemos é apenas para
facilitar a aprendizagem. Espírito, alma e corpo são partes de um único ser:
o homem. É essencial que o crente saiba que possui um espírito, uma vez
que toda comunicação de Deus com o homem se processa por meio dele.
Da mesma forma é importante entender que a alma é a consciência de si
próprio e que ela é quem permite ao corpo participar da perfeição no
Espírito Santo, de modo a torná-lo corpo espiritual.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e
todo o vosso espírito, e alma, e corpo seja plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo.” 1 Ts 5.23
Bibliografia:
1. Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri, SP. Bíblia Sagrada – Harpa
Sagrada. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de
Deus, 2009.
2. HAGIN, Kenneth E. Como ser dirigido pelo Espírito de Deus.
Tradução: Thiago Garcia – Campina Grande: Rhema Brasil
Publicações, 2021.
3. NEE, Watchman. O homem espiritual/ Watchman Nee; tradução de
Délcio Meireles – Curitiba: Editora Betânia, 2018.
4. Aluízio A. Silva. Maturidade no Espírito. – Goiânia: Editora Videira,
2019.
5. LUCADO, Max. Graça: mais do que merecemos, maior do que
imaginamos. Trad. Leila Kormes. Rio de Janeiro: Thomas Nelson
Brasil. 2012.
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Lição 4: As funções do Espírito, da alma e do corpo
Texto áureo: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o
vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e
irrepreensíveis na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
1 Ts. 5.23
Objetivo da lição:
Entender as funções do espírito, alma e corpo carne, alma e
espírito
Textos de referência:
“Não extingais o Espírito.
Não desprezeis as profecias.
Examinai tudo. Retende o bem.
Abstende-vos de toda a aparência do mal.
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1 Ts 5. 19 - 23
Leituras complementares:
Segunda-feira: Jr 31.34
Terça-feira: Mt 26.41
Quarta-feira: Rm 9.1
Quinta-feira: Pv 2.10
Sexta-feira: Rm 12.2
Sábado: Hb 10.19
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Introdução
1. As funções do Espírito
2. As funções do espírito
3. As funções da alma
4. As funções da carne
Conclusão
Introdução
1. As funções do espírito.
O espírito humano possui três funções básicas: intuição,
consciência e comunhão.
1.1 A intuição
Hoje nós vivemos debaixo da Nova Aliança, na qual todos são
ensinados pelo Senhor (Jr 31.34). Intuitivamente sabemos que certas coisas
são verdadeiras e outras não. Intuição é a faculdade ou ato de perceber,
discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou de
análise.
“E não ensinará mais cada um a seu
próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo:
Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão,
desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor;
porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais
me lembrarei dos seus pecados.”
Jeremias 31.34
As revelações de Deus e todas as ações do Espírito Santo se
tornam conhecidas por nós pela intuição do espírito (1 Co 2.4). Jesus
percebia, no seu espírito, o que os outros arrazoavam (Mc 2.8). O apóstolo
Paulo foi constrangido no espírito (At 20.22).
Há duas formas pelas quais a intuição se manifesta: pela
restrição e pelo constrangimento. A restrição é uma sensação de que algo
não deve ser feito. O constrangimento é um impulso ou um estímulo para
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que façamos algo que parece irracional e até contrário ao nosso
entendimento ou à nossa vontade.
Conhecer e entender não são sinônimos. Através da intuição do
espírito conhecemos algo e então a nossa mente assimila e traduz aquilo
que a intuição apreendeu. Sob a intuição do espírito, temos a percepção da
persuasão do Espírito Santo, e na mente compreendemos a orientação do
Espírito Santo.
O conhecimento da intuição é chamado na Bíblia de revelação, ou
seja, é o desvendar, pelo Espírito Santo, da verdadeira realidade de algum
acontecimento. Este tipo de conhecimento é muito mais profundo que o
conhecimento da mente. A unção do Senhor nos ensina a respeito de todas
as coisas, pelo espírito de revelação e de entendimento.
1.2 A consciência
Consciência é o sentido ou percepção que o ser humano possui
do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais. É a
capacidade de discernir entre o certo e o errado, não segundo critérios da
mente, mas segundo a sensação do espírito. “Digo a verdade em Cristo,
não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria
consciência.” Rm 9.1
“E, enquanto Paulo os (Silas e Timóteo) esperava em Atenas, o
seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à
idolatria.” Atos 17.16
Testificar, confirmar, recusar e acusar manifestam-se na
consciência. O apóstolo Paulo, conforme 1 Coríntios 5. 3, julgou um
membro da Igreja de Corinto por ato pecaminoso e moralmente inaceitável.
Este julgamento foi operado em sua consciência do espírito. Há atitudes ou
ações que a mente humana aceita, mas a consciência condena. O
julgamento da consciência se dá pela direção do próprio Espírito Santo e
não segundo o conhecimento mental.
Simbolicamente a Palavra de Deus nos aponta dois percursos
possíveis: o percurso representado pela árvore da vida e percurso
representado pela árvore do conhecimento do bem e do mal. Ainda que a
mente faça ponderações sobre o que é certo e o que é errado, a
consciência tem a primazia de decidir qual percurso seguir.
“Mas aquele que tem dúvidas é condenado
se comer, porque o quê faz não provém de fé; e tudo o
quê não provém de fé é pecado.” (Rm 14.23)
O serviço que prestamos a Deus só é aceito se a nossa
consciência estiver tranquila. Independentemente do nosso conhecimento
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da Bíblia, sabíamos que o nosso relacionamento amoroso não era certo ou
que o nosso orçamento financeiro estava no vermelho.
Quem é nova criatura em Cristo Jesus tem no seu espírito a voz
do Espírito Santo, que se pronuncia pela sua consciência e testifica conosco
a Sua vontade (Romanos 2.15)
1.3 A comunhão
“Meu espírito exulta em Deus meu salvador.” Lc
1.47
“O que se une ao Senhor é um só espírito com ele.” 1 Co 6.17
Toda comunhão com Deus é feita no nível do nosso espírito e
percebida no coração. Não percebemos Deus pelos nossos pensamentos,
sentimentos e intenções, mas em nosso espírito, porque Ele é espírito. É no
nosso espírito que nos unimos ao Senhor e mantemos comunhão com Ele,
isto é, O adoramos. Deus age em nós de dentro para fora. O diabo age de
fora para dentro.
Orar em línguas é importante para exercitar o espírito, ao invés da
mente.
2. As funções da alma
A alma humana compreende três partes: a mente, a vontade e a
emoção. A alma é sede da personalidade, é o nosso “eu”. Em diversos
livros e epístolas da Bíblia, há menções ao homem utilizando-se o termo
“alma”. As características humanas mais importantes encontram-se na sua
alma, tais como ideais, pensamentos, emoções etc.
2.1 Da mente
“Porquanto a sabedoria entrará no teu
coração, e o conhecimento será agradável a tua alma.”
Provérbios 2.10
20
Lamentações 3.20 diz que a alma pode se lembrar, uma função
da mente. Minha alma, continuamente, se recorda e se abate dentro de mim
(Lm 3.20). A mente é a função mais importante da alma, e se ela for
obscurecida, nunca chegaremos ao pleno conhecimento da verdade. Nossa
mente deve ser diariamente renovada para podermos experimentar e
entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso espírito.
2.2 Da vontade
Vontade é a força interior que impulsiona o indivíduo a realizar
algo, a atingir seus fins ou desejos; ânimo, determinação, firmeza. Sem ela,
o ser humano seria reduzido a um autômato, pois parte da vontade do
homem pecar ou servir a Deus em obediência a Sua palavra. Esta livre
escolha denominamos livre arbítrio.
“Disponha agora o vosso coração e a vossa
alma para buscardes o Senhor Deus.” 1 Cr 22.19
Buscar é uma função da vontade, e a vontade está na alma.
“Aquilo que minha alma recusava em tocar.”
Jó 6.7
Recusar é uma função da vontade.
2.3 Da emoção
Podemos definir emoção como uma reação moral, psíquica ou
física, geralmente causada por uma confusão de sentimentos que, diante de
algum fato, situação, notícia etc., faz com que o corpo se comporte tendo
em conta essa reação, expressando alterações respiratórias, circulatórias;
comoção. Ela se manifesta de várias maneiras: por meio do amor, do ódio,
do pesar, do desejo, da alegria, da tristeza, da saudade etc.
As emoções dão cor à vida, contudo jamais podemos nos deixar
ser guiados por elas, porque elas integram a alma. Em Sm. 18.1, Ct 1.7 e
Sl 42.1, o amor surge em nossa alma, provando, portanto, que, dentro da
alma, existe uma função como a emoção. Há em 2 Sm 5.8, Ez 36.5 e Sl
117.18, expressões, tais como: menosprezo, aborrecimento e desprezo,
que são emoções que procedem da alma.
Temos alegria em Is 61.10 e Sl 86.4 como uma emoção da alma,
e ainda a angústia como em 1 Sm 30.6 e 20.4, Ez 24.25 e Jr 44.14.
3. Funções do corpo
21
espírito foi regenerado; no presente, nossa alma está sendo transformada e
no futuro nosso corpo será glorificado.
3.1 Da sensação
Conclusão
22
espiritual precisam aprender a distinguir entre espírito e alma e diferenciar e
reconhecer a função de cada um e sua interrelação com o corpo. Só depois
de sabermos o que é o espírito e o que é espiritual, é que poderemos andar
em espírito.
Bibliografia:
1. Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri, SP. Bíblia Sagrada – Harpa
Sagrada. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de
Deus, 2009.
2. HAGIN, Kenneth E. Como ser dirigido pelo Espírito de Deus.
Tradução: Thiago Garcia – Campina Grande: Rhema Brasil
Publicações, 2021.
3. NEE, Watchman. O homem espiritual/ Watchman Nee; tradução de
Délcio Meireles – Curitiba: Editora Betânia, 2018.
4. Aluízio A. Silva. Maturidade no Espírito. – Goiânia: Editora Videira,
2019.
5. LUCADO, Max. Graça: mais do que merecemos, maior do que
imaginamos. Trad. Leila Kormes. Rio de Janeiro: Thomas Nelson
Brasil. 2012.
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