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Aedes aegypti
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais Um exemplar de Aedes aegypti adulto
precisamente ao domicílio humano, onde consegue
reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas
quantidades de água limpa e parada, isto é, pobres em
matéria orgânica em decomposição e sais (que
confeririam características ácidas à água), que
preferivelmente estejam sombreados e no
peridomicílio. Larva de Aedes aegypti
Classificação científica
Atualmente, foi descoberto que a fêmea não se
reproduz somente em água limpa e parada, pelo Reino: Animalia
contrário. O mosquito pode se reproduzir em águas Filo: Arthropoda
com altos níveis de poluição, como o esgoto por Classe: Insecta
exemplo. A fêmea observa vários fatores influenciáveis
Ordem: Diptera
ao crescimento das larvas, como a temperatura,
luminosidade e resquícios de matéria orgânica. As Família: Culicidae
larvas do aedes são sensíveis à luz, o que faz com que se Género: Aedes
desenvolvam bem em águas turvas.[3] Espécie: Ae. aegypti
Descrição
Sinónimos
O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e Culex excitans Walker, 1848
pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector
da malária, que tem atividade crepuscular. O Aedes aegypti tem, como vítima preferencial, o ser
humano, e não faz praticamente som audível antes de picar. Mede menos de 1 centímetro e é preto
com manchas brancas no corpo e nas pernas.[6]
O Aedes aegypti está presente nas regiões tropicais de África e da América do Sul, chegando à Ilha
da Madeira, em Portugal e ao estado da Flórida, nos Estados Unidos. Nessa zona, o Aedes aegypti
tem vindo a declinar, graças à competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes
albopictus. Este fato, porém, não trouxe boas notícias, uma vez que o A. albopictus é, também, um
vetor da dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina. No Brasil, o único que transmite a
dengue é o A. aegypti. A competição entre as duas espécies ocorre devido ao fato de a fêmea do A.
aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie quanto com o macho do A. albopictus, que é
mais agressivo e que, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo, assim, a população de
A. aegypti.[carece de fontes?]O mosquito é tão proliferado que chega a infestar 3.592 municípios
brasileiros.[2]
Genoma
O genoma desta espécie de mosquito foi sequenciado e
analisado por um consórcio que inclui cientistas do Instituto J.
Craig Venter, do Instituto Europeu de Bioinformática, do
Instituto Broad e da Universidade de Notre Dame, e foi
publicado em 2007. O esforço de sequenciamento de seu DNA
foi destinado a fornecer novos caminhos para pesquisas em
inseticidas, bem como para possíveis alterações genéticas que
impeçam a propagação dos vírus levados pelo inseto.[9]
Macho (à esquerda) e fêmea
Esta foi a segunda espécie de mosquito que teve seu genoma
(centro e direita) de A. aegypti
sequenciado integralmente (o primeiro foi o Anopheles
gambiae). Os dados publicados incluem 1380 milhões de pares
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti 2/7
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de bases contendo cerca de 15 419 genes que codificam proteínas do mosquito. A sequência indica
que a espécie divergiu da Drosophila melanogaster (mosca-comum-da-fruta) há cerca de 250
milhões de anos, enquanto o Anopheles gambiae divergiu de D. melanogaster há cerca de 150
milhões de anos.[10]
Formas de controle
Mecânico
Químico
Baseia-se no uso de inseticidas, que atacam a larva ou a forma adulta do inseto. Os inseticidas mais
comuns são compostos, como os piretroides, os organofosforados e os carbamatos. Eles interferem
no sistema nervoso do inseto, causando sua superexcitação ou inibição. São os mesmos compostos
utilizados nos agrotóxicos e, portanto, são tóxicos também para outras espécies, inclusive para o
ser humano, e podem ter um efeito cumulativo ao longo da cadeia alimentar. Outro problema é que
o uso de inseticidas pode acabar gerando insetos resistentes.[12] Um exemplo de controle químico é
o fumacê, que ataca a forma adulta do inseto. Porém a forma mais eficiente de controle químico é o
que combate as larvas do inseto, por estas estarem em locais mais restritos do que os insetos
adultos, que voam.[11]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti 3/7
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Para amenizar tais adversidades, foram desenvolvidos outros produtos para fazer o controle desses
vetores e são, principalmente, os grupos dos inseticidas biológicos ( ex: bactérias patógenas) e dos
reguladores de crescimento.[14]
Monitoramento
Genético
Os efeitos desta técnica não são tóxicos e os espécimes geneticamente modificados cruzam com
outros Ae. aegypti. Os insetos libertados e seus descendentes morrem e não persistem no
ambiente.[19][20]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti 4/7
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OX513A.[21][22] Com os resultados, a Câmara dos Lordes, do Parlamento do Reino Unido, apelou
para que o governo britânico apoie mais pesquisas sobre insetos geneticamente modificados para a
saúde global.[23]
Esta abordagem também pode ser aplicada para controlar o Aedes albopictus e os mosquitos
Anopheles, que propagam o paludismo.[24]
Mosquitos geneticamente modificados (GM) criado pela empresa Oxitec e soltos em Jacobina,
entre 2013 e 2015, entre 5% e 60% da população de mosquitos carregava DNA da linhagem Oxitec
em seu genoma em diferentes pontos de um estudo e em diferentes bairros de Jacobina. Um artigo
publicado no Scientific Reports[25] sugere que o DNA da cepa Oxitec poderia tornar os mosquitos
selvagens mais aptos ou mais fortes. Dra. Capurro apontou que não havia dados que sustentassem
a ideia de "vigor híbrido".[26] A Oxitec reagiu à publicação do artigo com uma lista de objeções e
registrou uma queixa com a revista Scientific Reports.[27] A empresa realizou vários testes no
Brasil desde a libertação em Jacobina, incluindo um teste de uma cepa GM de segunda geração[28]
projetada para que os filhotes sobrevivam e transmitam seus genes.[29]
Ver também
Dengue
Febre amarela
Febre Zika
Chikungunya
Surto de vírus zika na América em 2015
Referências
1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986. p.1 314
2. Nunes, Jordana Guimarães (2015). «Chikungunya e Dengue: Desafio para a saúde pública no
Brasil». Universidade Estadual de Goiás
3. «Cuidado, o Aedes aegypti também consegue se reproduzir em água suja» (http://epoca.glob
o.com/vida/noticia/2016/02/cuidado-o-aedes-aegypti-tambem-consegue-se-reproduzir-em-agu
a-suja.html). Época. Consultado em 22 de março de 2016
4. NEVES.David Pereira. et. al'.' Parasitologia Humana. 10.ed. São Paulo: Atheneu, 2000.
5. «Kantar - Combate ao Aedes aegypti custa menos que tratamentos de dengue, zika, febre
amarela e chikungunya» (http://br.kantar.com/mercado-e-pol%C3%ADtica/sa%C3%BAde-e-es
porte/2017/combate-dengue-aedes-aegypt-zika-chikungunya-febre-amarela-custos-impactos-
microcefalia/). br.kantar.com. Consultado em 5 de outubro de 2017
6. «Aprenda a reconhecer o mosquito Aedes aegypti» (https://web.archive.org/web/20120621141
812/http://www9.prefeitura.sp.gov.br/dengue/oMosquito.html). Prefeitura da cidade de São
Paulo. Consultado em 19 de outubro de 2012. Arquivado do original (http://www9.prefeitura.sp.
gov.br/dengue/oMosquito.html) em 21 de junho de 2012
7. Governo do Estado do Rio de Janeiro, Rio Contra Dengue, Tire suas dúvidas [em linha] (http://
www.riocontradengue.rj.gov.br/Site/Conteudo/Faq.aspx)
8. Prefeitura de Santos, SP, Dengue, Transmissão [em linha] (http://www.santos.sp.gov.br/dengu
e/doenca.html)
9. Heather Kowalski (17 de maio de 2007). «Scientists at J. Craig Venter Institute publish draft
genome sequence from Aedes aegypti, mosquito responsible for yellow fever, dengue fever» (h
ttp://www.tigr.org/news/pr_05_17_07.shtml). J. Craig Venter Institute
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti 5/7
08/02/24, 16:25 Aedes aegypti – Wikipédia, a enciclopédia livre
10. Vishvanath Nene, Jennifer R. Wortman, Daniel Lawson, Brian Haas, Chinnappa Kodira; et al.
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12. Instituto do Cérebro. Disponível em http://inscer.pucrs.br/artigo-controle-do-mosquito-aedes-
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Acesso em 7 de julho de 2016.
13. Livre pensar é só pensarǃ. Disponível em https://livrepensar.wordpress.com/?
s=beleza+para+combater+o+mosquito. Acesso em 7 de julho de 2016.
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guerra-contra-dengue-em-sp.html). G1. Consultado em 30 de abril de 2015
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2015/gm-insects-report-published/). House of Lords Science and Technology Select Committee
/ Parliament UK. 17 de dezembro de 2015. Consultado em 17 de dezembro de 2015
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti 6/7
08/02/24, 16:25 Aedes aegypti – Wikipédia, a enciclopédia livre
Bibliografia
Consoli RAGB, Lourenço-de-Oliveira R. Principais mosquitos de importância sanitária no
Brasil. Editora Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil, 1994.
Forattini OP. Culicidologia médica: identificação, biologia, epidemiologia v.2. EDUSP São
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Ligações externas
Moderno Sistema de Geoprocessamento- COPPE/UFRJ e UECE. O sistema permite ao
gestor acompanhar em tempo real o trabalho do controles de vetores e da rede hospitalar. (htt
p://www.webdengue.com)
«Catálogo de mosquitos» (http://www.mosquitocatalog.org/main.asp)
«Rio Contra Dengue» (http://www.riocontradengue.com.br) Site com dicas de prevenção,
informações sobre tratamento e notícias sobre o combate à dengue no Rio de janeiro.
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