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Aleluia!
Salmos 150: 1-6
Estudo Especial da EBD – 16/08/2020
Seminarista Gabriel Almeida
Introdução:
► Ao ler e estudar os salmos, nos deparamos com alegrias e tristezas, com
lágrimas e tribulações, com dores e prazeres, MAS O LIVRO DE SALMOS
TERMINA COM O MAIS EXCELSO LOUVOR!
► Assim como o Livro de Apocalipse, que encerra o Novo Testamento, este
último dos salmos diz ao povo de Deus: "não se preocupem - é assim que
a história vai terminar. Estaremos todos louvando ao Senhor!"
► O verbo "louvar" é usado 13 vezes neste salmo, e em 10 dessas ocasiões
é de caráter imperativo: "Louvai".
► É notável dificuldade atual de entender-se o verdadeiro sentido da
adoração à Deus, e a correta aplicação do louvor na vida e no culto;
► A Doxologia é uma expressão poética e musical de louvor a Deus. Doxa
(glória) + logia (palavra);
► No Antigo Testamento, o Livro de Salmos se qualifica por ter sido o grande
hinário do povo de Israel, um cancioneiro de ingresso ao templo, uma
lista de cânticos de adoração na subida ao culto em Jerusalém, como
bem acompanhamos a aprendemos aqui nas 13 lições acerca do livro
de Salmos, encerrada no primeiro domingo deste mês de agosto;
► Os 150 Salmos, como aprendemos, se dividem em cinco livros que
terminam com doxologias, ou seja, expressões de louvor direcionadas a
Deus. Acompanhando na sua Bíblia, pode-se ver essas divisões
facilmente:
► O Livro I (Salmos de 1-41) é encerrado com esta doxologia: “Bendito seja
o SENHOR, Deus de Israel, de eternidade para a eternidade! Amém e
amém!” (Salmo 41:13). Davi escreveu quase todos os Salmos nesse livro.
► O Livro II (Salmos de 42-72), composto por Davi, Salomão, Asafe, e os
Filhos de Corá é encerrado com a seguinte doxologia: “Bendito seja o
SENHOR Deus, o Deus de Israel, que só ele opera prodígios. Bendito para
sempre o seu glorioso nome, e da sua glória se encha toda a terra. Amém
e amém!” (Salmo 72:18-19).
► O Livro III (Salmos de 73-89), escritos em sua maioria por Asafe e os Filhos
de Corá, é encerrado com a doxologia: “Bendito seja o SENHOR para
sempre! Amém e amém!” (Salmo 89:52).
► No Livro IV (Salmos de 90-106), sendo em sua maioria de composição
anônima, com algumas composições de Davi e Moisés, termina com
uma doxologia quase igual à do primeiro livro: “Bendito seja o SENHOR,
Deus de Israel, de eternidade a eternidade; e todo o povo diga: Amém!
Aleluia!” (Salmo 106:48).
► Finalmente, no Livro V (Salmos de 107-150), também com grande parte
da autoria anônima, com atribuição de composições a Davi e Salomão,
temos a maior doxologia do livro de Salmos, o salmo 150.
► Todo o Salmo 150, que começa e termina com a expressão “Aleluia!”
(que Deus seja louvado), é a conclusão de louvor desse último livro e da
coleção inteira.
► Veja que as doxologias também são presentes no Novo Testamento,
especialmente nos registros do Apóstolo Paulo, que, embora nem sempre
terminasse suas cartas com uma doxologia, finaliza algumas de suas
cartas com uma expressão poética de adoração ao Senhor, como por
exemplo:
► Romanos 11: 33-36: Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como
do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do
Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para
que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele
são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos
11:33-36)
► Gálatas 1:5: “Ao qual seja dada glória para todo o sempre. Amém”.
► Efésios 3:21: “A esse, glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as
gerações, para todo o sempre. Amém”.
► Filipenses 4:20: “Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o
sempre. Amém”.
► 1 Timóteo 1:17: “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus
sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém”.
► A expressão de louvor na doxologia final do salmo de nº 150 é marcada
pela ALELUIA, que inicia e encerra os capítulos desde o Salmo 146 até o
Salmo 150, e que é a junção do termo Hallelu (grito de júbilo, adoração
ou ato de louvar) + Yah (abreviação de Yahweh). Louvor a Deus!
► Vejamos, então, brevemente aqui nesta manhã, a partir de uma
exposição detalhada do Salmo 150, a resposta de 5 perguntas: 1) Qual o
objeto do louvor? 2) Em que lugar se dá o louvor?; 3) Qual o motivo do
louvor?; 4) Quais os meios de prática do louvor? e 5) Quem deve louvar?
► Quando usada corretamente pela graça de Deus e para sua glória, a voz
humana é o instrumento musical mais perfeito do mundo, mas não
encontramos proibição alguma nas Escrituras para o uso de instrumentos
feitos pelo homem na adoração a Deus.
► No céu, serão usados instrumentos (Ap 5:8; 8:6- 12), e também haverá
cânticos (Ap 5:9-14; 6:12; 11:16-18; 15:1-4; 16:5-7; 19:1-9).
► Ao que parece, o salmista descreve uma orquestra constituída de
instrumentos de corda, percussão e sopro.
► O shofar era uma trombeta ou chifre de carneiro usado pelos sacerdotes
e levitas (47:6; 98:6), assim como a harpa, a lira ou o "saltério" (prenúncio
do violão de hoje, mas triangular e menor) (1 Cr 25:1).
► É bem provável que o "adufe" fosse o instrumento que conhecemos hoje
como tamborim (Ex 15.20, 2 Sm 6.5 e Jó 21.12).
► Costumava ser tocado por mulheres como acompanhamento de suas
danças sacras (Êx 15:20, 21). DETALHE PARA A DIFERENÇA ENTRE DANÇA
DO VERSO 4 E COREOGRAFIAS LITÚRGICAS! Aqui, a dança refere-se ao
louvor do corpo, à adoração que extravasa, que transcende as cordas
vocais, sem sensualidade, sem erotização, pura e maravilhosa adoração
ao Senhor! *Exemplo dos cristãos africanos
► Há dois tipos de címbalos, sendo que os pequenos ("sonoros") emitem
um som mais límpido e os maiores ("retumbantes") emitem um som mais
forte.
► Os instrumentos musicais têm acompanhado a humanidade desde os
tempos mais remotos. O primeiro registro bíblico de instrumentos musicais
na Bíblia encontra-se em Gênesis 4.21: “O nome de seu irmão era Jubal;
este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta...”
► Provavelmente, temos por esta referência de Gênesis que Jubal,
descendente de Caim, foi o criador da música instrumental.
► A Bíblia nos mostra que a técnica musical é recomendada para a
adoração ao Senhor – Sl 47.7, 1 Sm 17.18, 1 Cr 15.22 e Sl 33.3.
► Diferente do que pensavam alguns irmãos mais antigos, não há
instrumento musical que não possa ser usado para adoração ao Senhor.
Foi Ele quem inspirou o homem para construção e confecção de TODOS
OS INSTRUMENTOS, ainda que o homem, por seu pecado e corrupção,
tenha feito desta dádiva um uso pagão, mundano e demoníaco.
► Lembra-se sempre, entretanto, das recomendações de Paulo em I
Coríntios 14.40 quando diz: “Fazei tudo com decência e ordem”.
► Decência não é morto e ordem não é desanimado!
► Não há razão, portanto, para, como pensam os neopuritanos, excluírem-
se os instrumentos musicais, sejam eles quais forem, do culto público de
adoração a Deus. Talvez eles não tenham lido o Salmo 150. Ou a Bíblia...
Conclusão