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Introdução
Gostaríamos de convidar os/as leitores/as a compartilharem co-
nosco o percurso no qual se construiu as reflexões que traremos
neste capítulo. Nosso objetivo é discutir a Psicologia Educacional no
contexto da Educação para as Relações Étnico Raciais. Esse tema
vem sendo desenvolvido pelas autoras em diferentes lugares, ora em
campos acadêmicos e classistas da Psicologia, com apresentações
de trabalhos em congressos onde estivemos como representantes da
Comissão de Educação do Conselho Federal de Psicologia (PsiNAed)
e em debates promovidos pela Comissão de Educação do Conselho
Regional de Psicologia 11ª. região; ora no campo da prática da Psico-
logia Educacional, em trabalhos desenvolvidos em escolas públicas
e privadas e com formação de professores da rede pública munici-
pal, na cidade de Fortaleza, Ceará.
Nosso interesse pelo debate da Educação para as Relações Étnico
Raciais se dá a partir de alguns enfoques, que são:
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etnias, até porque, pela miscigenação, isso faz parte da história de todos
nós, já que boa parte do povo brasileiro tem ascendências mistas. Essa
aprendizagem interessa a todos os alunos, até mesmo aos que se reconhe-
cem como brancos, pois, ao receberem uma educação permeada pelos
preconceitos, eles tiveram suas estruturas psíquicas construídas a partir
dessa realidade. Através da educação, podemos passar de reprodutores
dessa ordem, para agentes de mudança da realidade racial de nosso país.
É necessário que nós reconheçamos o Racismo Institucionaliza-
do e o nosso papel na reprodução de preconceitos raciais. O racismo,
como algo profundo na nossa sociedade, tem suas teias espalhadas
por diversos contextos, e, mesmo bem intencionados, nunca estamos
totalmente livres de reproduzir alguma fala ou ação preconceituosa. É
preciso assumirmos um olhar crítico e nos dispormos a desconstruir
os estereótipos raciais. Neste contexto, se faz fundamental reconhecer
e valorizar o protagonismo do povo negro. É necessário que se reco-
nheça e fortaleça a voz dos Movimentos Sociais que denunciam o ra-
cismo e constroem possibilidades de combate.
Por isso, a Psicologia Educacional não pode mais negar ou negli-
genciar o racismo no sistema escolar brasileiro, sob risco de ser cúm-
plice da produção de sofrimento e adoecimento psíquico de diversos
atores escolares e de não cumprimento dos princípios éticos, pauta-
dos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e propostos pelo
Código de Ética da Profissão (CFP, 2014).
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Referências
http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/
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em http://www.ipea.gov.br/retrato/apresentacao.html. Acesso: 15.06.2016.
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Disponível em http://anpsinep.cfp.org.br/2012/06/13/aqui-estamos/
Acesso em 15.06.2015.
SILVA JR, Hédio da. (2002). Discriminação Racial nas Escolas: entre
a lei e as práticas sociais. Brasília: UNESCO.
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