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Harmonização facial: entre a individualização e os padrões de beleza contemporâneos

No mundo contemporâneo, há uma ampla forma de se alterar ou superar características


indesejáveis que são biológicas. A utilização de cirurgias plásticas é uma dessas formas. Nesse
sentido, a harmonização facial é um desses procedimentos estéticos que arrumam as
imperfeições do rosto para torná-lo “perfeito”. A popularização disso cria padrões de beleza
irreais que podem destroem as feições individuais e podem causar problemas de autoestima.

A harmonização facial corrige as características naturais do individuo, e assim acaba


descaracterizando-o e tira a sua individualidade. Ao estabelecer uma forma considerada
perfeita de como uma pessoa tem que se parecer, ela cria um molde estático, que é
reproduzido em todos os que realizam esse procedimento. A crítica comum de que todos que
fazem harmonização facial saem com o rosto muito parecido, feita pelo público a figuras
artísticas que compartilham nas redes socias que realizaram esse procedimento, é um exemplo
de como essas mudanças estéticas não valorizam a individualidade. Além de pregarem que
existe apenas um único modo de se parecer fisicamente que seja bonito. A criação desse
padrão que todos devem conformar para pertencerem nesse grupo seleto de pessoas de que
estão em um nível maior de beleza é uma fabricação da indústria da beleza para obter mais
lucro.

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