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Beatriz dos Santos Costa

O FEMINISMO E A IMAGEM CORPORAL

Rio de Janeiro
2018
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
BEATRIZ DOS SANTOS COSTA

O FEMINISMO E A IMAGEM CORPORAL


A relação entre o feminismo e a imagem corporal da mulher

Rio de Janeiro
2018
RESUMO

A imagem corporal é o modo que cada indivíduo pensa do próprio corpo. A


cultura e o show business, junto com o que é ligado a ele, padronizam o modelo
corporal considerado atraente, discriminando os ditos não-atraentes. Muitos desses não-
atraentes são mulheres, sendo também as que mais sofrem com tal discriminação. O
feminismo as ajuda a gostar do corpo que possuem e a não obedecer ao padrão corporal
imposto. Descrever o modo como o feminismo faz isso (as incentivando a gostar do
próprio corpo e a mudá-lo apenas para se agradarem, tendo assim uma imagem corporal
positiva e resistência a discriminação por ter um tipo físico fora do padrão) é o objetivo
do seguinte artigo.
ABSTRACT

The body image is the way each individual thinks of his own body. Culture and
show business, along with what is attached to it, standardize people who has the body
considered an attractive model, discriminating the non-attractive ones. Many of the non-
attractive people are women. Women are also the ones who most suffer with this
discrimination. Feminism helps them to like their bodies and to don´t obey the imposed
default. To describe how feminism does it (make women like their bodies, change it
only to please themselves, have a positive body image and resist the discrimination on
having a body outside of the default) is the main goal of this article.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................
2 OBJETIVO.............................................................................................
3 A INFLUÊNCIA DO FEMINISMO NA IMAGEM CORPORAL...................
4 CONCLUSÃO........................................................................................
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................
1 Introdução
A imagem corporal é a representação mental que cada indivíduo faz de seu
próprio corpo. Para Schilder (1994), a imagem corporal é a figura de nosso próprio
corpo que formamos em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se nos
apresenta.
Schidler ainda afirma que possuímos a capacidade de mudar nossa imagem
corporal continuamente. Isso se dá devido a várias influências que sofremos que nos
levam a isso. Junto com as influências culturais, o crescimento da indústria do
entretenimento, a mídia, o show business e tudo que está ligado a ele, como a indústria
da moda, passaram a padronizar o modelo ideal de estética aceito como atraente, nos
influenciando a alterar a representação mental de nossos corpos.
De acordo com Adams (1977), percebe-se que o mundo social, claramente,
discrimina os indivíduos não-atraentes, numa série de situações cotidianas importantes.
Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e
encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e
competentes, assim, indivíduos tidos como não- atraentes, estão mais sujeitos a
encontrar ambientes sociais que variam do não responsáveis ao que os rejeita e
desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável.
Muitas pessoas que sofrem com os padrões que a sociedade impõe são mulheres.
O feminismo, movimento político e social que tem como objetivo conquistas como o
acesso a direitos iguais entre homens e mulheres, uma humanidade com empoderamento
feminino e a libertação de padrões patriarcais baseados em normas de gênero, luta
contra a pressão psicológica que as mulheres sofrem para serem bonitas segundo o
padrão de beleza para o qual a sociedade as empurra. O objetivo da criação do seguinte
trabalho é mostrar como o feminismo influencia na imagem corporal das mulheres.
2 Objetivo
O objetivo do artigo é demonstrar como o movimento feminista influência na
imagem corporal das mulheres fazendo com que elas gostem do próprio corpo e sintam-
se livres para cuidar dele da forma que quiserem.
3 A influência do feminismo na imagem corporal
Há muito tempo, devido a influências culturais e as do show business, as
mulheres sofrem pressão da sociedade para ter um determinado tipo físico. Graças a tal
pressão, vive-se uma verdadeira sobrevalorização das qualidades físicas em detrimento
das psicológicas/cognitivas. Vindo ao encontro destes valores, as dietas restritivas e
cirurgias plásticas, as quais muitas mulheres se sujeitam a fazer para conseguir o físico
ideal, transmitem a ilusão de que o corpo é infinitamente maleável. Todavia, uma vez
que o ideal de beleza proposto é uma impossibilidade biológica e mesmo psicológica
para a maioria das mulheres, a insatisfação corporal tem-se tornado cada vez mais
comum. (Morgan et al., 2002, p. 20).
Para a insatisfação corporal não incomodar as mulheres, o feminismo as
incentiva a ter amor próprio e a gostar do próprio corpo. A mulher aprende que ela é
bonita do jeito como ela é e que ela não é obrigada a mudar o tipo físico para agradar
ninguém a não ser ela mesma. Assim, a mulher não obedece ao padrão corporal a qual é
imposto e não se incomoda com o mundo ao seu redor tem a dizer.
Além disso, uma das pautas do feminismo diz que amar o próprio corpo e se
sentir bem com a própria aparência não deve depender dos padrões corporais que a
cultura, o show business e a mídia determinaram como “beleza”.
4 Conclusão
Com esse trabalho, é chegada à conclusão de que, com o feminismo, as mulheres
se desprendem da pressão sofrida para atingir o corpo considerado ideal, aprendem a
amar o próprio corpo, a agradar a elas próprias e a não se importar se são discriminadas
por serem consideradas não-atraentes no mundo social.
Além disso, as mulheres terão uma visão do corpo que possuem cada vez mais
positiva, colaborando para a melhora da figura do corpo formada pela mente, ou seja, da
imagem corporal.
5 Referências bibliográficas:

ADAMS, G.R. - Physical Attractiveness Research: toward a Developmental


Social Psychology of Beauty. Human development 20: 217-239, 1977.
BRAUN, A. – A padronização da imagem corporal feminina. Disponível em:
https://feminismisthenewblack.wordpress.com/2015/05/15/a-padronizacao-da-imagem-
corporal-feminina/, acesso em 14 de setembro de 2018.
DIAS BARROS, Daniela. Imagem corporal: a descoberta de si mesmo.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/hcsm/v12n2/19.pdf, acesso em 29 de
outubro de 2018.
MORGAN, C., VECCHIATTI, I. & NEGRÃO, A. Etiologia dos transtornos
alimentares: Aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. 24ª ed. Revista
Brasileira de Psiquiatria, 18-23, 2002.
SCHILDER, P. - A Imagem do Corpo. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994

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