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7. Conclusão
Introdução
Este e-book explora a importância da imagem corporal na saúde
mental e no bem-estar. Como afirmou Stanley Keleman, "Nossa forma
corporal é um poderoso símbolo emocional de nosso self".
Socialmente, vemos situações em que certos tipos de corpos são
exaltados, enquanto outros sofrem discriminação, levando aqueles
que são julgados menos atraentes a um ambiente de maior rejeição,
prejudicando seu desenvolvimento social e emocional.
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Introdução à Imagem
Corporal
Definição de Imagem corporal
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A importância da imagem corporal na saúde mental e bem-estar
Mídias sociais
O papel das mídias sociais tem sido cada
vez mais estudado e com isso a
compreensão é de que ela é responsável
por uma série de questões positivas e
negativas na vida de todos os indivíduos.
Nos atendo a esse conteúdo, o estudo a
respeito de tal ponto nos ajuda a
perceber que adolescente e mulheres
jovens utilizam-se das mídias sociais
como forma de comunicação, bem como
de “informação”, sendo essas informações
tendências a respeito daquilo que é mais
desejável socialmente, exercendo,
portanto, uma importante influência a
respeito da imagem corporal.
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Diante do que se encontra nas mídias, é possível perceber que
muitas marcas buscam mostrar para seus consumidores a ideia de
que um corpo diferente daquele que está sendo promovido ou até
mesmo o envelhecimento é algo do qual não devemos nos orgulhar
e, portanto, passar a combater, numa ideia completamente fantasiosa
e adoecida de que isso pode em algum momento ser real.
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Observa-se também que muitas pessoas, quando em estados mais
ansiosos e deprimidos, buscam com maior assiduidade as redes
sociais. Ora! Haja vistos seus processos de adoecimento e o
bombardeio de informações a respeito do ponto turístico da vida
alheia, com todas essas características de beleza, é fácil de haver
manifestações a problemática que se desenrola a parti daí.
Padrões de Beleza
Este é outro fator preocupante, que é complementar
as questões midiáticas, afinal esses padrões estão
sendo apresentados muitas vezes nessas redes, mas
não só. Portanto, padrões de beleza são um conjunto
de normas estéticas que formatam o corpo de um
indivíduo é uma construção social, ou seja, não é
algo que sempre existiu na natureza, não é universal
nem imutável.
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Consequências de uma
imagem corporal negativa
Alterações na imagem corporal podem trazer
consequências desastrosas ao indivíduo, como o
desenvolvimento de transtornos alimentares, elevação de
sintomas depressivos (ou mesmo, depressão), baixa
autoestima, aumento da ansiedade, elevado grau de
comparação social, com consequente diminuição da
qualidade de vida e saúde dos indivíduos e falarei melhor
sobre esses problemas agora (Cash & Smolak, 2011).
Transtornos Alimentares
Os transtornos alimentares são adoecimentos
psiquiátricos graves e vemos com maior
frequência sintomas de distorção corporal em
quadros de anorexia nervosa e bulimia nervosa,
tendo o paciente uma imagem completamente
distorcida de sua real imagem, ou seja, muito
relatam se ver com um maior peso do que
realmente o tem.
Depressão e Ansiedade
“O corpo é o inconsciente visível” afirmava
Wilhelm Reich. O corpo é a nossa memória
mais arcaica, nele nada é esquecido. Cada
acontecimento que nos acomete,
principalmente na primeira infância, deixa
no corpo uma marca profunda (LELOUP,
2015).
Mesmo que haja convites, a pessoa passa a não mais investir nas
relações sociais e quando muito, esconde parte de seu corpo na
tentativa de camuflar alguma parte para se sentir um pouco
confortável. Passa também a acreditar que todo e qualquer olhar seria
pejorativo e de tiração de sarro, afinal a sua experiência por alguma
razão lhe confirma isso.
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Promovendo uma imagem
corporal positiva
Aceitação do Corpo
Busque entender as suas próprias questões em relação a sua
imagem corporal. Mesmo que se sinta insatisfeita com o corpo,
procure não fazer comentários negativos sobre seu corpo. Evite fazer
comentários também sobre o peso de outras pessoas, pois desta
forma você estará promovendo a perpetuação do estigma do peso
tão frequente hoje na nossa sociedade. Fale de seu corpo de uma
forma positiva; demonstre aceitação das diferentes formas corporais;
e fale com você mesmo da importância de se ter um corpo ativo e
saudável e não o magro e musculoso.
Autocuidado e autoestima
Entenda que ser um modelo de
escolhas alimentares saudáveis não
significa fazer restrições ou excluir
alimentos considerados como
“ruins” ou “proibidos”. Sabemos que
a restrição em excesso aumenta o
risco de em algum momento você
querer comer muito do alimento
que foi privado, podendo até
mesmo caracterizar uma compulsão
alimentar
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Também já é consenso que fazer dieta, pular refeições, também pode
promover um aumento da preocupação com peso e comida, e
consequentemente de problemas relacionados ao peso, como
obesidade e transtornos alimentares. Promover autocuidado e
autoestima é também: ter alimentação diversificada com todos os
tipos de alimentos; tomar o café da manhã todos os dias, fazer das
refeições um momento prazeroso e relaxante, que promova boas
memórias alimentares, praticar atividades físicas que possam ser
prazerosas e buscar ajuda psicológica para ressignificar a imagem
pessoal.
Estratégias para lidar com a pressão social
Por fim, criar um ambiente de muita conversa e
escuta é essencial. É através desta atenção que
podemos perceber possíveis preocupações com
o peso. É preciso deixar claro que se nesse
momento você não pode se aceitar com a forma
que está, buscar a neutralização de algumas
partes até que possa transformá-las é natural e
saudável, afinal a identidade de cada um vai
muito além da aparência física, é muito
importante para construção da sua autoestima
corporal.
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▪ Se mostre disponível a ouvir o que ela tem para dizer sem que
para isso a sua “sinceridade” precise entrar em cena.
▪ Se eu não sei, eu não falo, voltamos ao ponto do incentivo de
busca por profissionais capacitados.
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Exercícios para melhora
da imagem corporal
Nesse capítulo separei dois exercícios para que você já possa
começar a praticar na sua casa, mas é claro não se esqueça de buscar
aquela ajuda profissional que ao longo de todo o e-book comentei.
Então se prepare e vamos lá…
Autopercepção
Aqui vou te ensinar uma prática muito significativa, afinal ao
estarmos desconectados ficamos com mais dificuldades em perceber
a nossa real complicação. Como eu disse, pessoas com imagem
corporal distorcida podem se ver maiores do que realmente são e
esse exercício nos ajudará nisso.
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Autoaceitação
Para podermos começar o trabalho de autoaceitação, precisaremos
convocar a autocompaixão. Entenda que, esse processo não te levará
para um amor por algo que você realmente nesse momento não pode
amar, mas pelo menos para a tentativa de neutralizar aquilo que hoje
chama demais a sua atenção e acaba te prejudicando
psicossocialmente. Por isso agora você tentará fazer uma lista das
características de coisas que você gosta em seu corpo e depois uma
lista das coisas que você não gosta, aquilo que, na sua avaliação, não
são bonitas ou precisam de “reparos”. Posterior a esse momento o
exercício será de reconhecimento em uma humanidade
compartilhada, ou seja, como as pessoas de maneira geral se
sentiriam dentro dessa mesma questão.
Dessa maneira, nesse exercício é possível que você perceba que essa
sua demanda tem possibilidade de ser compartilhada e você de ser
compreendido em sua necessidade.
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Conclusão
A imagem corporal é um fator importante para a saúde mental e bem-
estar do indivíduo. O trabalho orientado para aceitação e acolhimento
de todos os corpos a partir da compreensão dos conceitos-chave
visitados no livro são o começo da jornada de uma atuação mais
consciente.
Agora espero que você possa começar a refletir sobre esse assunto de
uma maneira diferente, sendo esse o começo do seu cuidado, mas não
a finalização dele.
Diante de toda a complexidade dessa situação, a busca por
profissionais especializados é fundamental e como eu sempre digo,
não deixe para amanhã o que você já pode começar a fazer hoje!
Este sofrimento não é apenas “coisa da sua cabeça”, ele se torna mais
do real quando passa a ser diário e, portanto, causador de problemas
como isolamento social, transtornos alimentares, depressão, etc.
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Referências
BRITO, Aline de Alves e SIMÕES, Rakel Passos. Disfunção de
Imagem: As relações entre as redes sociais e a construção da
imagem corporal. Revista Acadêmica novo Milênio, Espírito Santo,
V.3, N 4, 2021.
LIRA, Ariana G.; GANEN, Aline P.; LODI, Aline S.; ALVARENGA,
Marle S. Uso de Redes Sociais, Influência da Mídia e Insatisfação
com a Imagem Corporal de Adolescentes Brasileiras. J. Bras
Psiquiatr. 2017; 66(3): 164-71.
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Para Saber Mais
Que corpo é este que anda sempre comigo? Corpo,
imagem e sofrimento psíquico
Aborda a ampla discussão sobre os "discursos do corpo" na contemporaneidade.
Do culto ao corpo à obrigação de ser bela, da dor do envelhecimento à anorexia
e automutilação de jovens adolescentes, da obesidade infantil ao trauma inscrito
no corpo, do percurso da feminilidade às imagens da mulher nas telas, do corpo
na religião aos corpos encarcerados, da alimentação à psicossomática; esses são
alguns dos temas percorridos nesta obra. Com a delicadeza dos que cuidam do
sofrimento humano, com o rigor dos que conhecem a vida acadêmica e dando
continuidade à tradição de escrever com clareza, humor e sensibilidade, as
organizadoras apresentam-nos um livro não apenas informativo, mas, sobretudo,
instigante e atual, tal qual as pesquisas que desenvolvem no Laboratório
Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social, LIPIS, junto com vários dos
autores aqui presentes. Augusto Sampaio Vice-Reitor Comunitário da PUC-Rio
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Para Saber Mais
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Sobre a autora