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11ᵃ ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

ANEXO

REDAÇÃO REVISTA, ATUALIZADA E CONSOLIDADA DO

ESTATUTO SOCIAL DA
GREEN COOPERATIVA HABITACIONAL

CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, PRAZO DE DURAÇÃO, ÁREA DE AÇÃO E ANO SOCIAL.

Art. 1º A GREEN COOPERATIVA HABITACIONAL, constituída no dia 07 de dezembro de 2011, sob a


forma de sociedade cooperativa simples, de responsabilidade limitada ao capital social, rege-se
pelos valores e princípios do Cooperativismo, pelas disposições legais, em especial pela Lei n.
5.764 de 15.12.71, e por este estatuto, tendo:
a) sede, administração e foro na Comarca de Artur Nogueira, sito Rua Sete de Setembro, n. 1590,
sala 10;
b) área de atuação, para efeito de admissão de sócios, limitada ao território nacional;
c) prazo de duração indeterminado e ano social compreendido no período de 1º de Janeiro a 31
de dezembro de cada ano.

CAPÍTULO II
DO OBJETO E OBJETIVOS SOCIAIS

Art. 2º A GREEN COOPERATIVA HABITACIONAL, tem por objeto social proporcionar aos seus
cooperados, através da prestação de seus serviços e do mútuo auxílio à aquisição de áreas,
terrenos, unidades autônomas residenciais e construção de moradia própria a preço de custo.
§ 1º O objeto social descrito no “caput” será alcançado através da promoção de
empreendimentos habitacionais denominados “seccionais”, sejam através de financiamento junto
às entidades financeiras oficiais, políticas habitacionais nas três esferas de governo,
autoconstrução e/ou outras modalidades legalmente permitidas.
§ 2º A GREEN COOPERATIVA HABITACIONAL, atuará com neutralidade política, e indiscriminação
racial, religiosa, ou de qualquer outro tipo e não visará lucro.

Art. 3º Para o fiel desenvolvimento de seu objeto social a cooperativa se compromete a:


I - promover a integração sócio comunitária de seus cooperados, celebrando convênios de
natureza educacional, cultural, de saúde, benefícios, entre outros, com empresas de direito
público, mista ou privado, assim como com outras cooperativas;
II - escolher, contratar e adquirir terrenos, assim como promover as benfeitorias indispensáveis à
execução de seus empreendimentos habitacionais;
III - escolher e contratar a construção ou aquisição, com terceiros, de unidades exclusivamente
residenciais;
IV - intermediar em nome de seus cooperados junto a entidades financeiras oficiais, sejam elas
Municipais, Estaduais, Federais ou privadas, e se interessar, entidades financeiras estrangeiras, a
obtenção dos recursos necessários à execução de seus empreendimentos habitacionais, bem
como, em particular, das políticas habitacionais na três esferas de governo, sempre respeitando o
disposto neste Estatuto;
V - confeccionar e desenvolver projetos ou técnicas de materiais de construção para a edificação
de moradias em regime de empreitada, mutirão ou outros;
VI - contratar seguros;
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VI – na contratação de obras sempre exigir das empreiteiras e responsáveis técnicos, atestados de


capacidade técnica que comprovem execução de serviços assemelhados nos últimos 4 anos, bem
cláusula de multa para empreiteira em atraso nas obras.

Art. 4º As unidades habitacionais, lotes urbanizados, ou outras de projetos desenvolvidos pela


Cooperativa serão atribuídas aos cooperados respeitando a ordem de matrícula ou mediante
critérios estabelecidos pela Diretoria, com ciência destes plenamente dada aos cooperados, ou
em Assembleia Seccional, respeitadas as demais disposições do seu regulamento ou as regras
estipuladas em financiamentos habitacionais com recursos públicos.

Parágrafo único. Caso o empreendimento habitacional promovido pela Cooperativa for financiado
com recursos públicos, através de políticas habitacionais governamentais, tanto a Cooperativa,
como seus cooperados, deverão respeitar as regras e contratos firmados com o poder público
responsável pelo financiamento e execução da política habitacional.

Art. 5º A Cooperativa poderá promover simultaneamente vários empreendimentos habitacionais,


sendo que:
I - a cada empreendimento habitacional corresponderá uma seção distinta, onde serão inscritos os
cooperados que, preenchendo as condições exigidas, a ela livremente se vincularem, declarando
sua opção em relação ao padrão e tamanho do imóvel se eventualmente existirem unidades
diferenciadas;
II - a Cooperativa manterá em sua contabilidade, registros independentes para cada seção, de
forma que os custos diretos, indiretos e receitas possam ser atribuídos especificamente aos
cooperados vinculados aos empreendimentos habitacionais e respectivas unidades;
III - fica a disposição da Cooperativa para fins de despesas administrativas 5% (cinco por cento) do
valor arrecadado mensalmente em programas habitacionais. E caso as taxas acima, não forem
suficientes para cobrir as despesas administrativas, poderá a Diretoria, após comprovada a
necessidade, antecipar receita especificadamente para fins administrativos, nos casos de
autofinanciamento;
IV - o número de cooperados que venham a aderir a um determinado empreendimento
autofinanciado, não poderá ser superior a 15% (quinze por cento) da quantidade de unidades
inicialmente projetadas, sendo que este número de cooperados aderentes constituirão margem
de segurança à efetivação do empreendimento, em face da necessidade de substituição de
cooperado eventualmente inadimplente. Os valores de poupança despendidos por estes
cooperados que não venham a se beneficiar de unidade do empreendimento a que inicialmente
aderiram, poderão ser transferidos a outro empreendimento que venham a aderir, ou ser objeto
de devolução conforme disposto neste Estatuto;
V – nos casos de financiamento público ou privado, seja através de políticas habitacionais
governamentais ou entidades financeiras particulares, as regras e contratos serão respeitados na
sua forma legal.

Art. 6º Para o desenvolvimento de suas operações e empreendimentos, a Cooperativa manterá,


sob contrato, por deliberação da Diretoria – nos casos de autofinanciamento -, assessoria técnica
de empresas ou profissionais especializados, sendo os custos, de acordo com o destino da
contratação, lançados à conta da Cooperativa ou do respectivo empreendimento.
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CAPÍTULO III
DOS SÓCIOS
ADMISSÃO, DIREITOS, DEVERES E RESPONSABILIDADES

Art. 7º Poderão associar-se à Cooperativa quaisquer pessoas físicas maiores de idade ou


emancipadas, que tenham interesse na aquisição da casa própria e/ou lote urbanizado e que:
I - venham a aderir a algum empreendimento promovido pela Cooperativa;
II - satisfaçam as condições de renda, idade e outras, na conformidade das normas vigentes ou
regras estabelecidas pela Diretoria da Cooperativa, bem como, atender às exigências nos casos de
financiamento habitacional com recursos públicos ou privados.

§ 1º O número de cooperados não terá limite quanto ao máximo, mas não poderá ser inferior a 20
(vinte) pessoas físicas, ou quantas forem o mínimo determinado por lei, excepcionalmente
admitindo-se o ingresso de pessoas jurídicas conforme o admitido em lei.
§ 2º É vedado ao cooperado subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quota-partes.
§ 3º Não poderão ingressar no quadro social da Cooperativa os agentes de comércio e
empresários que operem no mesmo campo econômico da sociedade.
§ 4º A associação direta de cooperado ao empreendimento será realizada na Sede da cooperativa
por meio formal e escrito mediante assinatura do Termo de Adesão e Compromisso de
Participação em Empreendimento Habitacional, acompanhado de cópia do Estatuto Social, o qual
deve ser lido e aceito por meio formal. Então sua pactuação será aceita como negócio jurídico
válido e completo, o qual não comportará direito de arrependimento nos termos do artigo 49 da
Lei 8.078/90.
§ 5º Quando realizada fora da Sede da cooperativa, os documentos assinados só passarão à plena
validade, decorrido o período de 7 dias, antes dos quais, configurarão apenas como “intenção de
associação” sem quaisquer ônus às partes.

Art. 8º Para o ingresso do cooperado no quadro social da Cooperativa este deverá:


I - ter sido aprovado com base em levantamento socioeconômico;
II - ser aceito pela Diretoria em função dos requisitos exigidos por ela;
III - subscrever uma quota-parte do capital social da Cooperativa;
IV - assinar o Livro de Matrícula conjuntamente com o Diretor Presidente.
V- assinar termo de ciência com declaração de que optou livremente por associar-se e que está de
acordo com o Estatuto Social e com as cláusulas e restrições do Termo de Adesão e Compromisso
de Participação em Empreendimento Habitacional.

Art. 9º Com a assinatura do Livro de Matrícula o pretendente assume todos os direitos como
cooperado, bem como se obriga em todos os deveres que a lei cooperativista e o presente
Estatuto lhe impõem.

§ 1º A responsabilidade do cooperado pelos compromissos da sociedade limitar-se-á ao capital


social por ele subscrito.
§ 2º A responsabilidade do cooperado para com terceiros, como membro da sociedade, somente
poderá ser invocada depois de judicialmente exigida a da Cooperativa.
§ 3º A responsabilidade do cooperado perante terceiros, por compromissos da sociedade, perdura
para os demitidos, eliminados ou excluídos até quando aprovadas as contas do exercício em que
se deu o desligamento.
§ 4º Os participantes de ato ou operação social em que se oculte a natureza da sociedade podem
ser declarados pessoalmente responsáveis pelas obrigações em nome dela contraídas, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.

Art. 10. São direitos do cooperado:


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a) tomar parte nas Assembleias Gerais e Seccionais;


b) propor à Diretoria, ao Conselho Fiscal ou às Assembleias Gerais, medidas de interesse da
cooperativa;
c) solicitar o seu desligamento da cooperativa quando lhe convier;
d) solicitar informações sobre seus débitos e créditos;
e) votar e ser votado para qualquer cargo eletivo da Cooperativa;
f) subscrever mais de uma unidade habitacional no mesmo empreendimento desde que tal
procedimento não contrarie o objetivo social da Cooperativa, ou nos casos do agente financiador,
em caso de financiamento público ou privado;
g) solicitar informações sobre as atividades da cooperativa e, a partir da data de publicação do
edital de convocação da Assembleia Geral Ordinária, consultar os livros e peças do Balanço Geral,
que deverão estar à disposição do cooperado na sede da cooperativa;
h) ter seus dados pessoais protegidos nos termos da Lei nº 13.709/2018 (“LGPD”). Seus dados
pessoais serão tratados (i) de maneira legal, leal e transparente, (ii) sujeitando-os aos fins
explícitos e legítimos específicos e (iii) de forma adequada e limitada ao necessário em relação a
essas finalidades.

Parágrafo único. Fica impedido de votar e ser votado o cooperado que:

a) aceitar e estabelecer relação empregatícia com a Cooperativa, até que sejam aprovadas as
contas do exercício em que se operou a ruptura do vínculo laboral;
b) tenha sido admitido após a convocação da Assembleia Geral.

Art. 11. São deveres do cooperado:


I - cumprir o Estatuto, e a legislação cooperativista;
II - acatar as deliberações da Diretoria, independentemente de ratificação pelas Assembleias
Gerais ou Seccionais;
III - cumprir com pontualidade os compromissos assumidos perante a Cooperativa, assim como os
por ela assumidos na qualidade de sua mandatária;
IV - subscrever e integralizar as quotas-partes do capital nos termos deste estatuto e contribuir
com as taxas de serviços e encargos operacionais que forem estabelecidos;
V - cobrir as perdas do exercício, quando houver, proporcionalmente às operações que realizou
com a cooperativa, se o Fundo de Reserva não for suficiente para cobri-las;
VI - zelar pelo patrimônio material e moral da cooperativa;
VII - manter seus dados pessoais e de contato atualizados a fim de que a cooperativa possa
cumprir com as obrigações legais perante as entidades governamentais e entrar em contato
sempre que necessário.

CAPÍTULO IV
DA DEMISSÃO, ELIMINAÇÃO E EXCLUSÃO

Art. 12. A qualidade de cooperado extingue-se nos moldes estabelecidos pela Lei 5.764/71 por:
I - demissão;
II - eliminação;
III - exclusão.

Art. 13. A demissão do cooperado dar-se-á a seu pedido, sempre expresso por escrito por meio
físico ou eletrônico e não poderá ser negada.
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Parágrafo único. O pedido de demissão será averbado no Livro de Matrícula, mediante termo
assinado pelo Diretor Presidente.

Art. 14. A eliminação do cooperado será aplicada em virtude de infração da Lei, do presente
Estatuto, ou por descumprimento das obrigações financeiras assumidas (inadimplência superior a
60 dias das obrigações), e é aplicada por decisão da Diretoria que deverá notificar o infrator dos
motivos que a determinaram devendo estes constar, por termo circunstanciado e devidamente
lavrado, no Livro de Matrícula e assinada pelo Diretor Presidente da Cooperativa.

Parágrafo único. Em se tratando de inadimplência o cooperado que quitar o débito, multas e juros
no prazo de 10 dias após a notificação terá sua eliminação revogada.

Art. 15. Além dos motivos de direito, a Diretoria estará obrigada a eliminar o cooperado que:

a) venha a exercer qualquer atividade considerada prejudicial à Cooperativa ou que colida com os
seus objetivos;
b) deixe reiteradamente de cumprir as disposições de Lei, deste Estatuto, deliberações tomadas
pela Cooperativa em Assembleia Geral ou pela Diretoria;
c) houver praticado ato desonroso, que o desabone no conceito da sociedade;
d) houver levado a Cooperativa à prática de atos judiciais, para obter o cumprimento das
obrigações por ele contraídas;
e) venha a prestar informações falsas a respeito de sua renda familiar ou outros dados necessários
a garantia de seu adimplemento na satisfação de suas obrigações pecuniárias para com a
Cooperativa nos contratos com e por ela firmados; e
f) venha a descumprir quaisquer outras disposições do Regimento Interno da cooperativa.
§ 1º Cópia da decisão, será remetida ao interessado no prazo de 30 (trinta) dias, por processo
físico ou eletrônico que comprove as datas da remessa e do recebimento, por este ou por
qualquer outra pessoa que o receber.
§ 2º Para os fins do disposto no parágrafo primeiro, o cooperado deverá manter sempre
atualizado seu endereço junto à cooperativa, informando-a sempre que este sofrer alteração,
exigindo, por conseguinte declaração de ciência da parte de membro da diretoria - impressa ou
por meio eletrônico - sem a qual, qualquer alegação de não recebimento por parte do cooperado
será considerada inválida.

§ 3º O cooperado poderá, dentro do prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados da data do


recebimento da notificação, interpor recurso, que terá efeito suspensivo, para a primeira
Assembleia Geral, excetuado o caso de inadimplência.

Art. 16. A exclusão do cooperado será feita:

a) por dissolução da pessoa jurídica;


b) por morte da pessoa física;
c) por incapacidade civil não suprida;
d) por deixar de atender aos requisitos estatutários de ingresso na Cooperativa;
e) sem prejuízo de suas obrigações pecuniárias, por haver o cooperado atingido seu objetivo de
ingresso na Cooperativa, caracterizado no recebimento da unidade habitacional, lote urbanizado
etc., e encerramento do empreendimento ao qual havia aderido;
f) por não ter sido beneficiado no empreendimento que aderiu, após a conclusão total da
construção do conjunto habitacional ou loteamento; não ter optado pela transferência para outro,
compatibilizados os valores entre os mesmos, como primeira opção; ou pela devolução dos
pagamentos efetuados, como segunda alternativa.
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§ 1º A exclusão do cooperado com fundamento nas disposições da alínea "d" deste artigo será
feita por decisão da Diretoria, devendo ela proceder na forma disposta no art. 34 da Lei 5.764/71,
facultando ao excluído o previsto no Parágrafo Único do artigo mencionado.

§ 2º Caso a exclusão se dê pela alínea “f”, não incidirão as deduções previstas no artigo 17, 18, e
19 deste Estatuto, sobre os direitos do cooperado, devendo as importâncias integrais serem
devolvidas dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, conforme disponibilidade do fluxo de
caixa da seção da qual ele aderiu. Tais valores serão atualizados pelo índice IPCA sobre o valor
total efetivamente pago.
§ 3º Nos casos de financiamento com recursos públicos ou privados, na eliminação, demissão e
exclusão de cooperados deverá a Diretoria observar as regras e contratos firmados com as
respectivas entidades públicas ou privadas e atribuir as multas rescisórias conforme cada caso
concreto e posteriormente observar o disposto neste Capítulo IV, bem como disposições da Lei
9.514/97;

Art. 17. A exclusão por morte, acarretará a transferência automática dos direitos e obrigações do
cooperado falecido a seus herdeiros ou beneficiário legalmente habilitado.

Parágrafo único. As obrigações dos cooperados falecidos, contraídas com a cooperativa, e as


oriundas de sua responsabilidade como cooperado em face de terceiros, passam aos herdeiros de
forma automática conforme a legislação sucessória vigente, prescrevendo na forma e no tempo
descrito no Código Civil Brasileiro.

Art. 18. A demissão, eliminação ou exclusão de cooperado acarreta a revogação dos


compromissos assumidos com a Cooperativa e liquidação de seus débitos para com esta,
observando o disposto no Parágrafo 3º do artigo 9º, bem como o disposto neste artigo e no artigo
19 e seus parágrafos.
§ 1º Em se tratando de eliminação do cooperado, demissão ou exclusão, a restituição dos valores
será corrigida conforme o índice IPCA calculada sobre o valor efetivamente pago, excetuado a
retenção legal caso prevista, multas e juros de mora, e será efetuada conforme cada caso descrito
neste Estatuto;
§ 2º A restituição decorrente de pedido de demissão do cooperado motivada por inadimplência
inescusável da cooperativa será efetuada em parcela única corrigida conforme o índice IPCA
calculada sobre o valor efetivamente pago em até 180 dias após a aprovação da Assembleia Geral
Ordinária;
§ 3º Não se considera inadimplência por parte da Cooperativa atrasos decorrentes devido a
alterações técnicas em projetos ou obras determinadas por órgãos legais e governamentais tais
como GRAPROHAB, Cartório de Registro de Imóveis e Prefeitura Municipal; ou por greves de
órgãos públicos ou privados, pandemias, guerras ou outra calamidade natural;
§ 4º A restituição de que trata o parágrafo supra, somente poderá ser exigida depois de aprovada
pela Assembleia Geral Ordinária as Contas do Exercício Social em que ocorreu o desligamento do
cooperado, facultado unicamente à Diretoria realizar a restituição antes deste prazo ou ainda
firmar acordo formal para tanto desde que haja disponibilidade financeira e a devolução não traga
riscos a continuidade da Cooperativa;
§ 5º O Conselho de Administração da cooperativa poderá determinar que a restituição desse
capital seja feita em até 12 (doze) parcelas, a partir do exercício financeiro que se seguir àquele
em que se deu o desligamento;
§ 6º Ocorrendo demissões, eliminações ou exclusões de sócios em número tal que as restituições
das importâncias referidas nesse artigo possam ameaçar a estabilidade econômico-financeira da
Cooperativa, esta, a critério da Diretoria, poderá restituí-la em forma que vise resguardar sua
continuidade e assim resguardar o empreendimento.
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Art. 19. Ocorrendo por culpa do cooperado adquirente, eliminação por inadimplência, a
Cooperativa deduzirá a título de taxa de administração e multa o percentual total de 10% (dez por
cento) do valor do contrato atualizado – bem como será ainda deduzido as importâncias de juros
legais aplicáveis e de mora de 2% (dois por cento) até a data da eliminação/exclusão.

§ 1º O pagamento da restituição no caso de eliminação por inadimplência ocorrerá em até 12


(doze) parcelas mensais, com início após o seguinte prazo de carência:

I - em loteamentos com obras em andamento: no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
após o prazo previsto em contrato para conclusão das obras;

II - em loteamentos com obras concluídas: no prazo máximo de 12 (doze) meses após a


formalização da rescisão contratual.

§ 2º Se qualquer das hipóteses descritas no “caput“ deste artigo, ocorrerem após a entrega das
chaves ou lote urbanizado e que o cooperado tenha habitado a unidade, a Cooperativa, também
deduzirá os percentuais referentes ao uso e fruição até o equivalente a 0,75% do valor atualizado
do contrato em caso de loteamento, somada a depreciação e honorários advocatícios, conforme
cláusulas dos Termos de Adesão e Ocupação Provisória para cada Empreendimento Habitacional
desenvolvido pela Cooperativa;
§ 3º Ocorrendo por culpa do cooperado adquirente, exclusão ou eliminação nos demais casos não
especificados será retido 25% do valor efetivamente poupado excetuado taxas e multas; sendo
este corrigido pelo índice IPCA, calculada sobre o valor total efetivamente poupado. O
ressarcimento dar-se-á em até 180 dias após a aprovação da Assembleia Geral Ordinária, ou ainda
por meio de acordo formal entre as partes;
§ 4º No caso de ex-cooperado ter realizado poupança superior à exigida, o excedente não é
computado para cálculo da taxa mencionada neste artigo.
§ 5º A demissão realizada a pedido do cooperado, sem motivo ou culpa da Cooperativa será
efetuada mediante pedido formal por meio físico ou eletrônico direcionada a Diretoria, a qual
deduzirá 25% do valor efetivamente pago excetuado taxas e multas; sendo este corrigido pelo
índice IPCA, calculada sobre o valor total efetivamente poupado. O ressarcimento dar-se-á em até
180 dias após a aprovação da Assembleia Geral Ordinária, ou ainda por meio de acordo formal
entre as partes;
§ 6º No caso de inadimplência do cooperado, as partes podem pactuar acordo formal de confissão
de divida e reparcelamento, a critério de ambas as partes, desde que não prejudique a saúde
financeira do empreendimento.

Art. 20. Incidirá, ainda, a dedução no “caput” da cláusula supra, caso haja perdas resultantes de
cancelamento, suspensão, desapropriação do empreendimento ou seccional, motivado por
terceiros alheios a Cooperativa, Diretoria e/ou Cooperados, impedindo a sua continuidade, desde
que não se enquadrem nos moldes dos incisos do artigo 12 deste Estatuto.

CAPÍTULO V
DOS RECURSOS ECONÔMICOS E DO CAPITAL SOCIAL

Art. 21. São recursos econômicos da Cooperativa:


I - capital Social;
II - os recursos obtidos de operações do Sistema Financeiro da Habitação ou outras modalidades
de financiamento sejam elas nacionais ou internacionais, de entidades públicas, privadas ou de
capital misto;
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III - as contribuições dos cooperados;


IV - doações e legados, remuneração por serviços de administração executados para companhias
de seguros entre outras;
V - quaisquer outros recursos previstos em lei ou a serem criados;
VI - taxas cobradas aos cooperados, juros, multas moratórias na ordem mínima de 2% (dois por
cento), sobras e direitos sobre a restituição de capital social prescritos ou não liquidados, e toda e
qualquer fonte de receita eventual;
VII – indenizações de eventual desapropriação de imóveis da Cooperativa referente a determinado
empreendimento, bem como, o ressarcimento de perdas e danos, além de lucros cessantes
decorrentes da desapropriação.

§ 1º A fim de fazer frente as suas despesas administrativas, reverterão a este fim, 5% (cinco por
cento) do valor arrecadado mensalmente em programas habitacionais, excetuados os relativos à
integralização do Capital Social, nos moldes do inciso ‘III’ do art. 5º deste Estatuto.
§ 2º Como recurso exclusivo de determinado empreendimento autofinanciado, mas, administrado
pela Cooperativa em nome deste, e a fim de se amortizar o fator sorte, as unidades sorteadas em
favor dos cooperados, poderão ter a sua ocupação remunerada, em moldes estabelecidos nos
respectivos “Termos de Adesão e de Ocupação”, sem que tais valores componham o preço da
unidade, tendo esta remuneração o único intuito de dar melhor consistência ao fluxo de caixa do
empreendimento a que se destina, propiciando aos demais cooperados, não sorteados, agilização
na construção de suas unidades.

Art. 22. O capital social é determinado quanto ao mínimo e ilimitado quanto ao máximo, variando
de acordo com o número de cooperados e de quotas-partes, não podendo ser inferior a 20 (vinte)
vezes o número máximo legal estabelecido para uma quota-parte. O Capital Inicial é integralizado
em R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Art. 23. Cada cooperado deverá subscrever e integralizar no ato de sua admissão na Cooperativa
01 (uma) quota-parte, de valor equivalente ao máximo legalmente permitido, conforme disposto
no artigo 24 da Lei 5.764/71 e pagar uma taxa de inscrição, cujo valor será determinado pela
Diretoria, no caso de adesão a um empreendimento. O valor de cada quota-parte corresponderá a
R$ 100,00 (cem reais).

Art. 24. É vedada a transferência de quotas-partes a quem não estiver devidamente inscrito no
quadro social da Cooperativa.
Parágrafo único. A transferência de quotas-partes a novo Cooperado admitido na Cooperativa,
será averbada no Livro de Matrícula, mediante termo que conterá a assinatura do transmitente,
do novo Cooperado e dos representantes legais da Cooperativa.

CAPÍTULO VI
DOS LIVROS

Art. 25. A cooperativa deverá, além de outros que se fizerem necessários, possuir os seguintes
livros:
I - matrícula, para cada empreendimento desenvolvido pela Cooperativa;
II - atas das Assembleias Gerais;
III - atas da Diretoria Executiva;
IV - atas do Conselheiro Fiscal;
V - presença de cooperados nas Assembleias Gerais;
VI - livros fiscais;
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VII - livros contábeis.


Parágrafo único. É facultada a adoção de livros de folhas soltas ou fichas, devidamente numeradas,
respeitando do inciso I deste artigo.

Art. 26. No Livro de Matrícula os cooperados serão inscritos por ordem cronológica de admissão,
dele constando:
I - nome, data de nascimento, estado civil, nacionalidade, profissão, endereço (residência),
número do CPF e do documento de identificação;
II - número de matrícula na Cooperativa;
III - data de admissão do cooperado e quando for o caso sua demissão a pedido, eliminação ou
exclusão;
IV - capital do cooperado;
V - indicação de seccional correspondente ao empreendimento habitacional a que aderiu o
cooperado, quando for o caso;
VI - assinatura do representante legal da Cooperativa e do cooperado no termo de admissão e
quando for o caso, de sua demissão;

CAPÍTULO VII
DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Art. 27. A Cooperativa exerce suas funções através dos seguintes órgãos:
I – assembleia geral;
II – assembleia seccional;
III - diretoria;
IV - conselho fiscal.
Parágrafo único. Quaisquer outros órgãos que se venham a criar possuirão caráter meramente
consultivo, sem poderes de administração.

DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 28. A Assembleia Geral dos cooperados é o órgão máximo da Cooperativa, dentro dos limites
legais e estatutários, tendo poderes para decidir os negócios sociais e suas deliberações obrigam a
todos os cooperados, ainda que ausentes ou discordantes.
§ 1º As Assembleias Gerais serão convocadas com antecedência mínima de 10 (dez) dias corridos,
através de convocação, mediante edital afixado na sede da Cooperativa, publicação em jornal e
comunicação aos cooperados por meio eletrônico.
§ 2º A convocação será feita pelo Presidente, ou no seu impedimento pelo diretor que o
substituir, ou ainda pelo Conselho Fiscal, ou após solicitação não atendida, por 1/5 (um quinto)
dos cooperados em pleno gozo dos seus direitos.
§ 3º No caso da convocação ser feita por cooperados, o edital será assinado, no mínimo, por 20
(vinte) signatários do documento que a solicitou.
§ 4º Excetuando-se as convocações de Assembleias Gerais promovidas pela Diretoria ou Conselho
Fiscal, nas atribuições de suas funções, as despesas decorrentes de sua solicitação, convocação e
despesas relativas ao evento correrão por conta de quem a solicitar.

Art. 29. Os editais de convocação das Assembleias Gerais deverão conter:


I – a denominação da Cooperativa, seguida da expressão “Convocação de Assembleia Geral”, com
a especificação de se tratar de Ordinária ou Extraordinária e de qual Seccional, quando for o caso;
II – o dia e a hora da reunião, em cada convocação, assim como o local de sua realização;
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III – o número de cooperados em condições de votar;


IV – o quórum de instalação em cada convocação;
V – a ordem do dia, detalhada;
VI – a assinatura do responsável pela convocação.

Art. 30. As Assembleias Gerais realizar-se-ão em primeira verificação de quórum, com a presença
de 2/3 (dois terços) dos cooperados, em segunda verificação de quórum, a ser realizada 01 (uma)
hora após a primeira verificação, com a presença de metade mais um dos cooperados e, em
terceira e última verificação de quórum com 10 (dez)cooperados, no mínimo.

Art. 31. Nas Assembleias Gerais, cada cooperado, terá direito a 1 (um) único voto, qualquer que
seja o número de suas quotas-partes.

Art. 32. Os cooperados presentes às Assembleias Gerais deverão identificar-se, assinar o livro de
presença, e só terão direito a voto depois de cumprida esta formalidade.

Art. 33. Nas Assembleias não será permitida a representação por meio de mandatário ou
procurador.

Art. 34. Na discussão de assuntos de interesse exclusivo de determinado cooperado, este não
poderá participar das deliberações referentes a este assunto, cumprindo-lhe, ou a qualquer outro
dos presentes, acusar o seu impedimento.
Parágrafo único. Os membros dos órgãos de administração e fiscalização não poderão participar
da votação das matérias referidas nos incisos I, e IV do Artigo 39 deste Estatuto.

Art. 35. As deliberações serão tomadas por maioria simples de votos dos cooperados presentes, e
só poderão versar sobre os assuntos constantes do edital de convocação.

Art. 36. As Assembleias Gerais serão dirigidas em geral, pelo Presidente da Cooperativa, ou na
ausência deste por um dos demais diretores; ou ainda, na hipótese de ter sido convocada por
outros órgãos administrativos ou corpo de cooperados, será dirigida pelo seu líder ou
coordenador constituído.
Parágrafo único. O Presidente da Assembleia convocará os diretores presentes, e ainda
autoridades, funcionários e órgãos assessores que julgar necessários para compor a mesa diretora
dos trabalhos, e escolherá a um destes ou a um cooperado para na qualidade de secretário redigir
a ata circunstanciada dos trabalhos.

Art. 37. O que ocorrer em Assembleia Geral deverá constar de ata circunstanciada que será
lavrada e transcrita em livro próprio, lida, aprovada pelos presentes e assinada ao final pelos
membros da mesa e pelo secretário da reunião.
Parágrafo único. Por decisão da Assembleia poderá a ata ser lida e aprovada em Assembleia
posterior.

Art. 38. As Assembleias Gerais poderão ser Ordinárias ou Extraordinárias.

Art. 39. A Assembleia Geral Ordinária realizar-se-á anualmente dentro do trimestre subsequente
ao do encerramento do exercício social, competindo-lhe:
I - tomar conhecimento da prestação de contas e relatórios da Diretoria e parecer do Conselho
Fiscal;
II – analisar o relatório da gestão, o balanço e os demonstrativos das sobras apuradas, ou das
perdas, e se for o caso, deliberar sobre a destinação das sobras ou de rateio das perdas
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decorrentes da insuficiência de recursos arrecadados durante o ano, para cobertura das despesas
da sociedade;
III - eleger os membros dos órgãos de administração, do Conselho Fiscal e de outros quando for o
caso;
IV - fixar o valor da verba mensal da Diretoria a título de remuneração, que vigorará para a gestão
dos cooperados eleitos a cargos de direção, bem como valor de cédula de presença dos membros
do Conselho Fiscal;
V - deliberar sobre quaisquer assuntos de interesse da Cooperativa, constantes do edital de
convocação, exceto aqueles elencados no Artigo 44.
§ 1º Todos os assuntos a abordar na Assembleia Geral Ordinária deverão constar no edital de
convocação.
§ 2º Quando da convocação da Assembleia Geral Ordinária, a Diretoria deverá informar que se
acham à disposição dos cooperados: contas e relatórios da Diretoria e parecer do Conselho Fiscal.

Art. 40. Os membros de Diretoria e Conselho Fiscal, todos cooperados, serão eleitos pela
Assembleia Geral Ordinária, excepcionalmente pela Extraordinária, sempre que necessário e nos
seguintes casos:
I - renúncia;
II - morte;
III - exclusão por inadimplência;
IV - improbidade no uso das funções;
V - não comparecimento sem justificativa nas reuniões ou Assembleias.
VI – quando não coincidir o término do mandato da Diretoria ou Conselho Fiscal com o período da
Assembleia Geral Ordinária, conforme Artigo 39.

Art. 41. A aprovação, sem reserva, das contas e relatórios, exonera de responsabilidade os
membros da Diretoria e do Conselho Fiscal, salvo erro, dolo, fraude ou simulação.

Art. 42. A Assembleia Geral Extraordinária poderá ser convocada a qualquer tempo quando a
Diretoria entender necessário. Terá competência para deliberar sobre qualquer assunto, desde
que relacionado no edital de convocação.

Art. 43. Compete exclusivamente à Assembleia Geral Extraordinária e mediante aprovação de 2/3
(dois terços) dos cooperados presentes e aptos a votar, deliberar sobre os seguintes assuntos:
I - reforma do Estatuto;
II - fusão, incorporação ou desmembramento da Cooperativa;
III - dissolução voluntária da Cooperativa e nomeação do liquidante;
IV - contas do liquidante;
V - alienação, a qualquer título, de bens imóveis não utilizados pela Cooperativa no
desenvolvimento do seu programa, observado o disposto no inciso XVIII do artigo 51;
VI – mudança do objeto da sociedade.
§ 1º Nos casos dos incisos "V" e "VI" deste artigo a Assembleia deverá observar, como quórum
mínimo para a instalação em terceira verificação de quórum, desde que não seja inferior a 10
(dez) cooperados, exigindo-se, para aprovação da matéria o voto de no mínimo 2/3 (dois terços)
dos cooperados presentes.
§ 2º Na hipótese do inciso “I” deste artigo, a deliberação que implica mudança de forma jurídica
da Cooperativa acarretará sua dissolução e subsequente liquidação.
§ 3º No caso de a Cooperativa desenvolver mais de um empreendimento, a deliberação sobre os
assuntos referidos no inciso “V”, e “VI” deste artigo serão de competência das Assembleias
Gerais Seccionais, observando e considerando para efeito do quórum de instalação a que alude o
§ 1º, supra, respeitado o mínimo de dez cooperados.
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DA ASSEMBLEIA SECCIONAL

Art. 44. Ressalvando os casos que envolvam o interesse global da Cooperativa e que por isso,
impliquem convocação de Assembleia Geral, as deliberações sobre assuntos que interessem
exclusivamente aos cooperados integrantes de determinado empreendimento, a critério da
Diretoria, poderão ser tomadas em Assembleias Gerais Seccionais, das quais só poderão
participar, com direito a voto, os cooperados da respectiva seccional.

Art. 45. As Assembleias Gerais Seccionais serão convocadas pela Diretoria e neste caso dirigidas
pelo Presidente da Cooperativa ou no seu impedimento por qualquer Diretor; ou pelo Conselho
Fiscal, e neste caso dirigida pelo seu coordenador ou após solicitação não atendida, por 1/3 (um
terço) dos cooperados da respectiva seccional.

Art. 46. As deliberações tomadas em Assembleia Geral Seccional vinculam todos os cooperados da
respectiva seção, ainda que ausentes ou discordantes.

Art. 47. Às Assembleias Gerais Seccionais se aplicam, no que couber, as normas relativas as
Assembleias Gerais.

DA DIRETORIA

Art. 48. A Cooperativa será administrada por uma Diretoria, constituída de um Diretor Presidente,
um Diretor Administrativo e um Diretor Financeiro, todos cooperados, eleitos pela Assembleia
Geral Ordinária e excepcionalmente nos casos previstos no artigo 40 deste Estatuto, em
Assembleia Geral Extraordinária, com mandato por um período de 4 (quatro) anos, podendo ser
reeleitos.

Art. 49. São inelegíveis para Diretoria, além das pessoas impedidas por lei, os condenados a pena
que vede, ainda que temporariamente, acesso a cargo público, os condenados por crime
falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia
popular, a fé pública ou a propriedade.
Parágrafo único. Para publicidade do disposto no caput, os eleitos deverão fazer declaração
pública de desimpedimento para ocupação do cargo.

Art. 50. Além dos mencionados no artigo anterior, não podem compor uma mesma Diretoria os
parentes entre si, de Diretores ou Conselheiros Fiscais, até segundo grau, em linha reta ou
colateral.

Art. 51. Compete à Diretoria:


I - administrar a Cooperativa, através das atividades e poderes conferidos a cada Diretor;
II - elaborar e aprovar o Regimento Interno;
III - estabelecer as normas para funcionamento da cooperativa;
IV - verificar o estado econômico da Cooperativa e aprovar os balancetes mensais, bem como
acompanhar o desenvolvimento dos planos traçados;
V - deliberar sobre a admissão, demissão, eliminação e exclusão de cooperados;
VI - deliberar sobre a convocação de Assembleias Gerais e Seccionais determinando as medidas
adequadas;
VII - deliberar sobre a contratação de empréstimos, junto a órgãos públicos ou privados, nacionais
ou internacionais, em favor da Cooperativa ou de seus empreendimentos;
VIII – deliberar a participação em políticas de financiamento habitacional, desenvolvidas pelas três
esferas de governo, buscando financiamento para seus cooperados;
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IX - autorizar a contratação de gerentes ou assessoria especializada para o andamento das


atividades administrativas, financeiras, contábeis da cooperativa, bem como dos
empreendimentos, fixando-lhes atribuições, salários e honorários;
X - reunir-se sempre que necessário, reservando-se ao Presidente em exercício o voto de
qualidade e desempate;
XI - as deliberações serão consignadas em atas circunstanciadas, lavradas em livro próprio, lidas e
aprovadas, ato contínuo assinadas pelos Diretores presentes;
XII - nomear procuradores através de pelo menos dois de seus Diretores;
XIII - estabelecer sanções ou penalidades a serem aplicadas nos casos de violação ou abuso
cometidos contra disposições de lei, deste estatuto, ou das regras de relacionamento com a
entidade que venham a ser estabelecidas;
XIV - contratar, quando se fizer necessário, serviço independente de auditoria, conforme disposto
no artigo 112, da Lei n. 5.764, de 16.12.1971;
XV - contrair obrigações, transigir, adquirir, alienar e onerar bens móveis, ceder direitos e
constituir mandatários;
XVI – contratar com empresas públicas ou privadas, a integração sócio-comunitária de seus
cooperados, celebrando convênios de natureza educacional, cultural, de saúde, benefícios, entre
outros;
XVII - aprovar empreendimento seccional;
XVIII - alienar bens imóveis especificamente na hipótese de necessidade de hipotecas exigidas pelo
Poder Público a serem dadas em garantia para a execução de obras e respectivo registro junto ao
cartório competente, conforme disposto na Lei 6766/79.
§ 1º Nos impedimentos por prazo de até 90 (noventa) dias, o Presidente será substituído pelo
Diretor Administrativo, o Diretor Administrativo pelo Diretor Financeiro e este pelo Administrativo,
sempre com acúmulo de cargos, todavia sem o acúmulo de voto.
§ 2º Nos impedimentos por prazos superiores a 90 (noventa dias) de quaisquer dos Diretores, ou
do Presidente, os demais reunidos indicarão o seu sucessor, para ocupar o cargo até o final do
mandato.
§ 3º Se ficarem vagos, por qualquer tempo, mais de um cargo, o membro restante da Diretoria,
convocará, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, Assembleia Geral para eleição em substituição
dos Diretores faltantes, e por prazo de mandato igual ao restante aos substituídos.
§ 4º O não comparecimento, sem justificativa, de qualquer dos Diretores em mais de três reuniões
ordinárias mensais consecutivas ou a mais de 50 (cinquenta) por cento de suas reuniões anuais,
sujeitá-lo-á à perda do cargo.

Art. 52. Compete ao Diretor Presidente:


I - representar a Cooperativa, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, sempre em conjunto
com outro Diretor;
II - convocar e presidir as Assembleias Gerais e Seccionais por ele convocadas – obtida a prévia
aprovação da maioria simples dos diretores, em reunião devidamente consubstanciada em Ata - e
as reuniões de Diretoria;
III - supervisionar, coordenar e dirigir as atividades da Cooperativa;
IV - apresentar à Assembleia Geral Ordinária o relatório anual da Diretoria;
V - movimentar, em conjunto com qualquer um dos Diretores as contas bancárias da Cooperativa;
VI – contratar, conjuntamente com outro diretor, empréstimos para a Cooperativa e para seus
cooperados enquanto necessários para o desenvolvimento de empreendimentos que componham
o objetivo social da Cooperativa.

Art. 53. Compete ao Diretor Administrativo:


I - formalizar a admissão de empregados, observando o disposto do inciso I do artigo anterior;
II - praticar, juntamente com o Diretor Presidente, os atos previstos no inciso Ido caput e nos
incisos “I” e “V” do artigo anterior;
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III - secretariar as reuniões da Diretoria;


IV - participar de todos os demais atos de natureza administrativa da Cooperativa;
V - manter em ordem e atualizada a documentação contábil da Cooperativa;
VI - manter em ordem e atualizados os registros dos cooperados, na Cooperativa, seções,
empreendimentos ou outros eventualmente existentes.

Art. 54. Compete ao Diretor Financeiro:


I - estar apto a informar aos demais membros da Diretoria e do Conselho Fiscal, sobre a posição
contábil da entidade;
II - abrir e movimentar, em conjunto como Diretor Presidente, contas bancárias da Cooperativa;
III - controlar e manter sob sua supervisão os serviços de tesouraria e de crédito e cobrança.

Art. 55. Os administradores, eleitos ou contratados, não serão pessoalmente responsáveis pelas
obrigações que contraírem em nome da cooperativa, mas responderão solidariamente pelos
prejuízos resultantes de seus atos, se procederem com culpa ou dolo.
Parágrafo único. A cooperativa responderá pelos atos a que se refere este artigo, se os houver
ratificado ou deles logrado proveito.

DO CONSELHO FISCAL

Art. 56. Os negócios e atividades da cooperativa serão fiscalizados assídua e minuciosamente por
um Conselho Fiscal, constituído de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes, todos
cooperados, eleitos anualmente pela Assembleia Geral, sendo permitida a reeleição de apenas 1/3
(um terço) dos seus componentes.
§ 1º Não poderão compor o Conselho Fiscal, além dos inelegíveis enumerados no artigo 49 deste
estatuto, os parentes dos Conselheiros de Administração até 2º (segundo) grau, em linha reta ou
colateral, bem como os parentes entre si até esse grau.
§ 2º Os cooperados não podem exercer cumulativamente cargos de Diretoria e fiscalização; de
Diretoria e órgão consultivo; ou ainda de fiscalização e órgão consultivo.

Art. 57. O Conselho Fiscal reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente,
sempre que necessário, com a participação de 3 (três) dos seus membros.
§ 1º Em sua primeira reunião, os conselheiros escolherão, entre si, um secretário para a lavratura
de atas e um coordenador, este último incumbido de convocar e dirigir as reuniões.
§ 2º As reuniões do Conselho Fiscal poderão ser convocadas, ainda, por qualquer de seus
membros por solicitação da Diretoria Executiva ou Assembleia Geral.
§ 3º Na ausência do Coordenador será escolhido um substituto, na ocasião, para dirigir os
trabalhos.
§ 4º As deliberações serão tomadas por maioria simples de votos e constarão de ata, lavrada em
livro próprio, lida, aprovada e assinada ao final dos trabalhos de cada reunião, por 3 (três)
conselheiros presentes, indicados pela Assembleia geral.

Art. 58. Compete ao Conselho Fiscal:


I - exercer sistematicamente fiscalização nas atividades e operações da Cooperativa, através do
exame mensal dos balancetes, do balanço anual, dos livros e documentos a eles referentes;
II - apreciar o balancete mensal da escrituração e verificar a posição de caixa;
III - apresentar a Assembleia Geral Ordinária ou Seccional o parecer sobre os negócios e operações
sociais, tomando por base o inventário, o balanço e as contas do exercício;
IV - convocar extraordinariamente, em qualquer tempo a Assembleia Geral, se ocorrem motivos
graves e urgentes.
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CAPÍTULO VIII
DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Art. 59. A Cooperativa se dissolverá de pleno direito:


I - pela consecução dos objetivos pré-determinados, reconhecidos em Assembleia Geral
Extraordinária;
II - quando assim deliberar a Assembleia Geral, desde que os cooperados, totalizando o número
mínimo de 60 (sessenta) cooperados, com direito a voto, não se disponham a assegurar a
continuidade da cooperativa;
III - pela redução do número de cooperados a menos de 20 (vinte);
IV - por decisão judicial.
V - se os cooperados reunidos em Assembleia Geral deliberar pela alteração de sua forma jurídica;
VI - pelo cancelamento da autorização para funcionar;
VII - pela paralisação de suas atividades por mais de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 60. Quando a dissolução for deliberada pela Assembleia Geral, esta nomeará um ou mais
liquidantes e um Conselho Fiscal de 3 (três) membros para proceder à liquidação.
Parágrafo único. O liquidante deve proceder à liquidação de conformidade com os dispositivos da
Lei 5.764/71.

Art. 61. A Assembleia Geral poderá, a qualquer tempo, destituir o liquidante.

Art. 62. O liquidante terá todos os poderes de administração e representação conferidos pelo
presente Estatuto à administração da Cooperativa, limitado, porém aos atos e operações de
liquidação.

Art. 63. Realizado o ativo social e saldado o passivo da Cooperativa, as sobras serão utilizadas para
reembolso aos cooperados de suas quotas-partes.
Parágrafo único. Reembolsados os cooperados, no tocante às suas quota-partes, e havendo sobras
remanescentes, estas serão distribuídas entre eles, proporcionalmente ao valor investido por cada
um no empreendimento do grupo, sendo facultado à Assembleia Geral deliberar sobre outra
destinação a ser dada às sobras.

CAPÍTULO IX
DOS FUNDOS

Art. 64. A Cooperativa constituirá por força legal:


I – fundo de reserva, constituído de 10% (dez por cento) das sobras líquidas do exercício,
destinado a reparar eventuais perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades,
prioritariamente investindo em bens ou serviços diretamente ligados à expansão da sua atividade
econômica, seja para aquisição de imóvel para sua sede, aquisição de softwares operacionais,
aquisição de microcomputadores e afins, dentre outros;
II - fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social constituído de 5% (cinco por cento) das
sobras líquidas, destinado a prestação de Assistência aos cooperados, seus familiares e aos
empregados da Cooperativa, através da incorporação de novas tecnologias afins com sua
atividade; da realização de cursos, palestras, treinamentos, eventos em geral destinados aos
cooperados, seus familiares, dirigentes e funcionários da cooperativa, dentre outras destinações
que lhe forem pertinentes.
§ 1ᵒ A Cooperativa nos termos da lei 5.764/71, poderá criar outros Fundos, ainda que de natureza
rotativa, desde que com fins específicos, regulando-os em sua aplicação, formação e liquidação.
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§ 2ᵒ Fica o liquidante obrigado a realizar o ativo social para saldar o passivo e reembolsar os
cooperados de suas quotas-partes, destinando o remanescente, inclusive o dos fundos indivisíveis,
à Fazenda Nacional.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 65. Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pela Diretoria.

O Estatuto, acima transcrito, foi aprovado conforme Ata da Assembleia Geral Extraordinária
realizada em 26 de março de 2023.

Diretor Presidente Diretor Administrativo


LAURO MANFREDO GRELLMANN MOISÉS ALVES DA SILVA VENUTI

Diretor Financeiro
DAVISON GRELLMANN SEVERO

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