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NR 13 – NORMA

REGULAMENTADORA 13
MÃO DE OBRA
CUSTOS MATERIAIS
VISÍVEIS SERVIÇOS DE TERCEIROS

C I CUSTO DE MANUTENÇÃO / CUSTOS TOTAIS


U N CUSTO DE MANUTENÇÃO / FATURAMENTO
V CUSTOS OPERACIONAIS E DE ENERGIA
S
I CUSTO DE PARADA
T CUSTO COM MULTAS E AUTUAÇÕES
O S DEPRECIAÇÃO E DEGRADAÇÃO
S I ACIDENTES E SINISTROS
V MÁ QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO
E RESERVA FINANCEIRA PARA REPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO
I CUSTO PASSIVO AMBIENTAL
S PERDA DA IMAGEM
NR 13
O que é Norma Regulamentadora NR-13?
É a norma regulamentadora 13 do Ministério do Trabalho e Emprego do
Brasil, e tem como objetivo condicionar a operação de vasos de pressão
e caldeiras.
Foi criada em 8 de junho de 1978, sofrendo as revisão:
RESUMO HISTÓRICO DA NR 13
Até 1984:
- pouco foi aplicada ou cobrada,
- pouco ou nada mudou os índices de acidentes com cadeiras e vasos.
- foi redigida, republicada e passou a ser cobrada pelos departamentos
regionais do trabalho.
- exigência de curso de segurança para os operadores de caldeiras
RESUMO HISTÓRICO DA NR 13
27/12/94
-elaborado por uma comissão composta por representantes das empresas,
Governo e trabalhadores.
Dessa vez as novidades foram:
1 - Uma maior preocupação com os "Vasos de Pressão";
2 - Criação de um treinamento específico para operadores de "Vasos de
Pressão";
3 - Exigência de 8a série para os participantes dos cursos para operadores
de Caldeiras e Vasos sob Pressão;
4 - Delegação aos sindicatos o direito de receber uma cópia dos relatórios
de inspeções obrigatórias e o dever de fiscalizar as condições de
segurança em que está submetido o trabalhador.
RESUMO HISTÓRICO DA NR 13

2008
Altera a redação da Norma
-itens 13.2.4 e 13.7.2, as alíneas "b" e "c"
-item 13.2.5,
-a alínea "a" do item 13.5.4 e 13.7.4 da Norma.
ABRANGÊNCIA DA NORMA

Caldeiras Vasos de pressão


-Item 13.1 até -Item 13.6 até
-Item 13.5.14 -Item 13.10.9
CALDEIRAS
Segundo exigências legais - NR 13
CALDEIRAS A VAPOR
Assunto Itens

Conceitos/definições 13.1.1 a 13.1.4

Identificação do equipamento 13.1.5 a 13.1.5.1

Documentação 13.1.6 a 13.1.9

Instalação da caldeira 13.2.1 a 13.2.7

Segurança na operação 13.3.1 a 13.3.12

Segurança na manutenção 13.4.1 a 13.4.5

Inspeção de segurança 13.5.1 a 13.5.14


OBRIGAÇÕES
 Inspeção de segurança periódica
- Periodicidade de inspeção categoria da caldeira
Categoria A – pressão de operação ≥ 1960 kPa (19,98 kgf/cm2)

Categoria C – pressão de operação ≤ 588 kPa (5,99 kgf/cm2)


Categoria B – todas que não se enquadram acima

 Inspeção extraordinária

 Vida remanescente (25 anos ou 100 000 horas)


DOCUMENTAÇÃO GERADA

 Relatório
a) dados constantes na placa de identificação da caldeira;
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
d) tipo de inspeção executada;
e) data de início e término da inspeção;
f) descrição das inspeções e testes executados;
g) resultado das inspeções e providências;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estão
sendo atendidas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências necessárias;
k) data prevista para a nova inspeção da caldeira;
l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do
"Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2 e nome legível e assinatura
de técnicos que participaram da inspeção.
DOCUMENTAÇÃO GERADA

Anotação no Livro de Registro de Segurança


-Data da inspeção
-Número do relatório
-Nome do inspetor
-Responsável técnico pela inspeção
-Supervisor/encarregado da caldeira
SPIE – SERVIÇO PRÓPRIO DE INSPEÇÃO DE
EQUIPAMENTOS
Estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos", conforme estabelecido no Anexo II, podem
estender os períodos entre inspeções de segurança, respeitando
os seguintes prazos máximos:

a) 18 (dezoito) meses para caldeiras das categorias B e C;

b) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.


COMO IDENTIFICAR UM
VASOS DE PRESSÃO
Segundo exigências legais - NR 13
PERGUNTAS FREQUENTES

O que são vasos de pressão?

R: Vasos de pressão são equipamentos


que contêm fluidos sob pressão interna
ou externa
PERGUNTAS FREQUENTES

Quais os tipos mais comuns?


-Reservatórios de ar comprimido (pulmão) de compressores
em geral,
-Autoclaves
-Digestores
-Trocadores de calor
-Boillers em hospitais,
-Reservatórios pressurizados
-Cozedores
-Evaporadores
-Refervedores
-Reatores, dentre outros
PERGUNTAS FREQUENTES

Quais os ramos de atividades que utilizam


vasos de pressão?
-Petroquímica
-Alimentícia
-Farmacêutica
-Suco de laranja
-Óleos vegetais, Açúcar e Álcool
-Etc.
PERGUNTAS FREQUENTES

O que devo fazer se possuo algum vaso de pressão?


Primeiramente deve-se realizar a inspeção de
segurança, inclusive em vasos novos, antes de sua
entrada em funcionamento. Em caso de fiscalização
e seu vaso não estando inspecionado, sua Empresa
poderá ser multada no valor de 1.350 a 6.304 Ufir,
dependendo do número de funcionários
PERGUNTAS FREQUENTES

Quais os principais dispositivos que um vaso de pressão


precisa ter?
-Válvula de segurança ou outro dispositivo ajustado com
pressão de abertura igual ou inferior a PMTA;
-Dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da
válvula quando esta não estiver instalada diretamente no
vaso;
-Manômetro;
-Termômetro
PERGUNTAS FREQUENTES

Quais os principais documentos que um vaso de pressão


precisa ter e quais as penalidades pelo descumprimento?
-Placa de identificação (multa de 676 a 3.284 Ufir).
-Prontuário fornecido pelo fabricante ou reconstituído (multa de
676 a 3.284 Ufir).
-Registro de Segurança (livro de ocorrências), multa de 1.350 a
6.304 Ufir.
-Relatórios de Inspeção, multa de 1.350 a 6.304 Ufir.

-Obs. Valor da Ufir = R$ 2,0183


CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS
TIPOS DE VASOS
COMO DIMENSIONAR UM VASO SEGUNDO A
NR 13

Considerado vaso de pressão:


Produto P x V > 8
Onde
-P = pressão interna (em kPa)
-V = volume (m3)
Tipo de fluido
A, B, C ou D
TIPOS DE FLUIDOS

CLASSE “A”: - Fluidos inflamáveis


- Combustível com temperatura
superior ou igual a 200ºC;
- Fluidos tóxicos com limite de
tolerância igual ou
inferior a 20 ppm;
- Hidrogênio;
- Acetileno.
TIPOS DE FLUIDOS

CLASSE “B”:
- combustíveis com temperatura menor que 200ºC;
- Tóxicos com limite de tolerância > 20 ppm;
TIPOS DE FLUIDOS

CLASSE “C”:
- Vapor de água
- Gases asfixiantes simples
- Ar comprimido

CLASSE “D”
- Outro Fluido
EXEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO

Características do vaso:
-Tipo do vaso - Evaporador
-Pressão de operação
a) Corpo = 0,7 kgf/cm2
b) Calandra = 1,5 kgf/cm2
-Volume interno – corpo = 177 m3
-Volume interno – calandra = 28,6 m3
-Tipo de fluido – corpo
-Tipo de fluido – calandra
Tampos ASME 10%
EXEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO

Pressão do corpo = 0,7 kgf/cm2 = 68,6 kPa = 0,068 MPa


Pressão da calandra = 1,5 kgf/cm2 = 147,1 kPa = 0,147 Mpa

Fluido do corpo = vapor de caldo = Classe D


Fluido da calandra = vapor de água = Classe C

Verificação quanto ao enquadramento


PxV>8 VASO de PRESSÃO
Onde
Pressão em kPa
Volume em m3
ENQUADRAMENTO

 Calandra
P = 147,1 kPa
V = 28,6 m3
P x V = 147,1 x 28,6 = 4207 >>> 8 Vaso de pressão

Corpo
P = 68,6 kPa
V = 177 m3
P x V = 68,6 x 177 = 12142 >>> 8 Vaso de pressão
ENQUADRAMENTO

Agora vamos verificar o


GRUPO POTENCIAL DE RISCO
P x V onde
P em MPa
V em m3

Calandra Corpo
PxV 4,207 12,142
Calandra

Corpo
CLASSIFICAÇÃO

Calandra Corpo
PxV 4,207 12,142
Grupo potencial
de risco 3 3
Categoria III IV

Categoria do vaso para inspeção - III


NÃO SE APLICA NESTAS CONDIÇÕES

Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos:


a)cilindros transportáveis, vasos destinados ao transporte de
produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido e
extintores de incêndio
NÃO SE APLICA NESTAS CONDIÇÕES

b) os destinados à ocupação humana;


NÃO SE APLICA NESTAS CONDIÇÕES

c) câmara de combustão ou vasos que façam parte integrante de


máquinas rotativas ou alternativas, tais como bombas, compressores,
turbinas, geradores, motores, cilindros pneumáticos e hidráulicos e que
não possam ser caracterizados como equipamentos independentes
NÃO SE APLICA NESTAS CONDIÇÕES

d) dutos e tubulações para condução de fluido;


NÃO SE APLICA NESTAS CONDIÇÕES

e) serpentinas para troca térmica;


NÃO SE APLICA NESTAS CONDIÇÕES

f) tanques e recipientes para armazenamento e


estocagem de fluidos não enquadrados em normas e
códigos de projeto relativos a vasos de pressão
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150 (cento e
cinqüenta) mm para fluidos da classe “B”, “C” e “D”,
conforme especificado no Anexo IV.
CATEGORIA – CONDIÇÕES ESPECIAIS

1.2.1 - Vasos de pressão que operem sob


a condição de vácuo deverão enquadrar-
se nas seguintes categorias:
- CATEGORIA I - para fluidos inflamáveis;
- CATEGORIA V - para outros fluidos
CATEGORIA – CONDIÇÕES ESPECIAIS
PRAZOS MÁXIMOS DE INSPEÇÃO

Sem SPIE
EXEMPLO DE VASO
EXEMPLO DE VASO
EXEMPLO DE VASO
EXEMPLO DE VASO
PROFISSIONAL DE SEGURANÇA

Alguns questionamentos:

Qual o papel do profissional de segurança na NR


13?
Quais atribuições cabe a este profissional?
Como atuar junto a produção?
Qual a responsabilidade na produção ?
O que fazer para evitar autuações?
OBRIGAÇÕES DA ENGENHARIA

Identificar os vasos, classificá-los confrontando a forma como estão


inseridos no processo com a norma, verificar se estão protegidos contra
sobrepressão indesejada, se seguem o código ASME Seção VIII, divisão 1,
calcular a PMTA, PMTP, juntar tudo num prontuário, garantir o correto
cadastramento no sistema de manutenção, definir o intervalo de
inspeções e treinar operadores, inspetores e supervisão são tarefas que
podem ser desenvolvidas pela empresa de engenharia especializada no
assunto.
CONCLUSÕES
Mais importante que:
-adequar a documentação,
-corrigir os desvios de projetos,
-respeitar prazos de inspeção,
-exigir projeto adequado de novos vasos e caldeiras,

É manter a operação e a manutenção treinada, pois estes têm


papel fundamental na prevenção de acidentes de toda
natureza.

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