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Provérbios 16:32

Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma
cidade.
Provérbios 25:28
Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu
espírito.

A espiritualidade humana é um dos fatos mais incontestáveis demonstrados na história.


Antropólogos e arqueólogos, à medida que pesquisam e fazem incursões nas culturas humanas -
sejam elas as mais primitivas, rudimentares, ou não - se deparam invariavelmente com as
marcas do sagrado, com os altares para rituais e os signos de adoração. Todas estas coisas
demonstram o desejo latente na alma do homem, pelo espiritual e sagrado.

A grande questão, todavia, não é mais com a comprovação da espiritualidade humana, mas, sim,
em como ela pode ser desenvolvida pelo cristão, em plenitude, de maneira integral,
harmonizando razão, emoção e sensibilidade. De modo que as emoções possam ser desfrutadas
através da fé, sem que no entanto venha a se alienar da razão em função do que se sente, ambas,
a razão e a emoção precisam caminhar juntas.
O homem em busca de uma espiritualidade sadia precisa fundir numa mesma fé estas três
perspectivas: a razão, a emoção e a sensibilidade.

2 - ESPIRITUALIDADE DA RAZÃO
Deus é um ser inteligente. Fez o homem dotado de capacidade racional, com a possibilidade de
reflexão, análise e memória. Essa faculdade, que é exclusiva do homem na criação, não pode ser
desprezada na manifestação da fé.
Conforme o Salmo 77 uma pessoa pode exercitar sua fé e reavaliar suas crises espirituais a
partir do uso lúcido da razão. Asafe despeja, nesse texto, suas indagações e incompreensões,
fruto de uma mente reflexiva das situações da vida.
Ele diz: "Rejeita o Senhor para sempre? Acaso não tornará a ser propicio? Cessou
perpetuamente a sua graça ? Caducou as suas promessas ? Esqueceu-se Deus de ser
benigno?''(SI 77.7-9).
O que também é admirável no texto, é que uma mente perspicaz em indagar, é também lúcida
para relembrar a história, rever conceitos e fatos, e superar obstáculos, ainda que espirituais.
Asafe dizia: "Recordo os feitos do Senhor e me recordo das tuas maravilhas... tu és o Deus que
operas maravilhas"'(SI 77.11,14).
Já o apóstolo Paulo afirma que o culto vivo, santo e agradável a Deus é racional (Rm 12.1,2).
Um outro fator relacionado ao uso das faculdades mentais é a criatividade. A ausência de
criatividade nas celebrações da vida e no ensino da fé evidencia um fato: uma fé que não
exercita a razão.
O que hoje se expressa em muitos lugares em nome da fé e da vida espiritual é algo ridículo,
muito abaixo do que se pode alcançar na alegria, na emoção da comunhão com Deus, movida
pelo raciocínio, através das informações trazidas pelo conhecimento.
Como seres inteligentes e criativos, imagem e semelhança de Deus, expressamos
nossa espiritualidade a partir da razão.

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