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CAS/2020 – CEL RICARDO ANDRÉ

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UNIDADE V
REMUNERAÇÃO NA PMPA

Neste material de apoio, trataremos REMUNERAÇÃO POLICIAL


MILITAR, prevista na Lei nº 4.491, de 28 de novembro de 1973 e demais
legislações extravagantes.

Da Lei Estadual nº 4.491, de 28 de novembro de 1973

A Lei Estadual nº 4.491/73 regula a remuneração dos policiais


militares da Polícia Militar do Pará, que compreende vencimentos ou proventos
e indenizações, bem como dispõe ainda sobre outros direitos.

Dos Conceitos:

O art. 2° da Lei nº 4.491 adota os seguintes conceitos para fins da


Lei:
1 - COMANDANTE - é o título genérico dado ao policial militar, correspondente
ao de Diretor, Chefe ou outra denominação que tenha ou venha a ter aquele que,
investido de autoridade decorrente de Leis e Regulamentos, for responsável pela
administração, emprego, instrução e disciplina de uma Organização policial-
militar;
2 - MISSÃO, TAREFA OU ATIVIDADES - é o dever emergente de uma ordem
específica de Comando, Direção ou Chefia;
3 - ORGANIZAÇÃO POLICIAL-MILITAR - é a denominação genérica dada ao
corpo de tropas, repartição, estabelecimento ou a qualquer outra unidade
administrativa ou operativa da Polícia Militar;
4 - CORPORAÇÃO - é a denominação dada, nesta Lei à Polícia Militar;
5 - SEDE - é todo o território do município e dos municípios vizinhos, quando
ligados por frequentes meios de transporte, dentro do qual se localizam as
instalações da organização policial militar considerada;
6 - NA ATIVA, DA ATIVA, EM SERVIÇO ATIVO, EM SERVIÇO NA ATIVA, EM
ATIVIDADE - é a situação do policial militar capacitado para o exercício de cargo,
comissão ou encargo;
7 - EFETIVO SERVIÇO - é o efetivo desempenho de cargo, comissão, encargo,
incumbência ou atividade policial militar, pelo policial-militar em serviço ativo;
8 - CARGO POLICIAL-MILITAR - é aquele que só pode ser exercido por policial-
militar em serviço ativo e que se encontre especificado nos Quadros de Efetivos,
ou previstos, caracterizados ou definidos como tal em outras disposições legais.
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A cada cargo policial-militar corresponde um conjunto de atribuições, deveres e


responsabilidades que se constituem em obrigações do respectivo titular;
9 - COMISSÃO, ENCARGO, INCUMBÊNCIA, SERVIÇO OU ATIVIDADES
POLICIAL-MILITAR - é o exercício das obrigações que pela generalidade,
peculiaridade, duração, vulto ou natureza das atribuições, não são catalogadas
como posições tituladas em Quadro de Efetivo, Quadro de Organização ou
dispositivo legal;
10 - FUNÇÃO POLICIAL-MILITAR - é o exercício das obrigações inerentes ao
cargo ou comissão.

Da Remuneração do Policial Militar na Ativa

O Art. 3º da Lei nº 4.491/73 define que a remuneração do policial


militar constitui em Vencimentos e Indenizações.
Os Vencimentos são quantitativos mensal em dinheiro devido ao
policial militar da ativa, compreendido em soldo e gratificações.
As Indenizações são quantitativos em dinheiro para ressarcimento
de despesas impostas pela atividade exercida.
Como indenizações, encontramos em nossa Lei Estadual nº 4.491,
ajuda de custo, transporte, representação e moradia.
Outras indenizações como diárias, indenização de tropa e outras
encontramos em legislações específicas, que trataremos adiante.

Do Soldo

O art. 4º da Lei nº 4.491/73 define soldo como sendo a parte básica


dos vencimentos, inerente ao posto ou graduação do policial-militar na ativa.
Em resumo, o art. 5º da mesma Lei estabelece que o policial militar
tem direito ao soldo a partir: do ato de promoção (oficiais e praças), declaração
para aspirante-a-oficial, inclusão (ingresso) na polícia militar, matrícula para
alunos oficiais e apresentação quando se tratar de nomeação inicial para
qualquer posto da Polícia Militar.
Atualmente, a lei de ingresso da PMPA – Lei nº 6.626/04,
estabelece que o ingresso dos policiais militares na Corporação ocorre por meio
da incorporação e matrícula nos cursos de formação de praças e formação de
oficiais (CFP e CFO), momento em que o policial militar terá direito ao soldo
correspondente, na qualidade de praça especial (aluno do CFP e aluno oficial do
CFO).
Já o ingresso na Polícia Militar dos oficiais dos Quadros de Saúde,
Capelão e Complementar ocorre por meio da nomeação, ato do Governador do
Estado, momento que ocorre concomitantemente a incorporação destes ao
curso de adaptação de oficiais (CADO).

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Os alunos do Curso de Habilitação de Praças (CHO) permanecem


na qualidade de praças da Corporação, em suas respectivas graduações.
Portanto o aluno CHO continua percebendo o soldo de sua graduação atual.
Quando da conclusão do CHO e mediante promoção ao posto de 2º Tenente
QOA/QOE, passam a perceber o soldo do respectivo posto.

Da Suspensão do Soldo

O art. 6º da Lei nº 4.491 estabelece as situações em que o soldo


deve ser suspenso, ou seja, perda temporária do direito ao soldo, dentre elas
temos quando o policial militar estiver em:
a) gozo de licença para tratar de interesse particular, licença esta regulada no
estatuto dos policiais militares da PMPA – Lei nº 5.251/85.
b) agregado para exercer atividades ou funções estranhas à Polícia Militar, em
efetivo exercício de cargo público civil temporário e não eletivo, ou em função de
natureza civil, inclusive de administração indireta, respeitado o direito de opção,
nestes casos entende-se pela nomeação em cargo público civil temporário, onde
há a possibilidade do policial militar optar por seu soldo ou pela remuneração do
cargo.
c) na situação de desertor, hipótese decorrente do tipo penal previsto no Código
Penal Militar.

Da Perda do Direito ao Soldo

O art. 7º da Lei nº 4.491/73, estabelece situações relativa à perda


definitiva do soldo aos policiais militares,
a) anulação de inclusão, licenciamento, demissão;
b) exclusão, expulsão ou perda de posto ou graduação;
c) transferência para reserva remunerada ou reforma;
d) falecimento.
Ressalta-se que as situações acima estão previstas no estatuto dos
policiais militares da PMPA e legislação disciplinar da PMPA, bem como
legislação penal militar.

Dos casos de Militar Desaparecido ou Extraviado

Nas situações de policial militar desaparecido ou extraviado


(previstas no estatuto dos policiais militares da PMPA), a art. 8º da Lei de
Remuneração estabelece que:
a) o soldo será pago aos seus beneficiários (dependentes);
b) decorrido 6 (seis) meses será feita a habilitação dos beneficiários (junto ao
órgão previdenciário), momento que cessará o pagamento do soldo;

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c) Em caso de reaparecimento do policial militar, após apuração das causas de


seu afastamento, caberá o pagamento da diferença entre soldo e a pensão
recebida pelos beneficiários.

Da Substituição de Soldo

O art. 9º da Lei de Remuneração prevê ao policial-militar que esteja


no exercício de cargo ou comissão, cujo desempenho seja privativo do posto ou
graduação superior ao seu, percebe o soldo daquele posto ou graduação.
Quando, na substituição, o cargo ou comissão, for atribuível a mais
de um posto ou graduação, ao substituto cabe o soldo correspondente ao menor
deles.
Para os efeitos do disposto, prevalecem os postos ou graduações,
correspondentes aos cargos ou comissões, estabelecidas em Quadro Efetivo,
Quadro de Organização, Tabela de Lotação ou dispositivo legal.
Não se aplica às substituições: a) por motivos de férias; b) por
motivo de núpcias, luto, dispensa do serviço ou licença para tratamento de saúde
até 30 (trinta) dias.
O art. 10 da Lei de Remuneração estabelece que o policial militar
receberá o soldo do posto ou graduação, quando exercer cargo ou comissão,
atribuídos indistintamente a 2 (dois) ou mais postos ou graduação e possuir
qualquer deles.
Já o art. 11 prevê que o policial militar continuará com direito ao
soldo do seu posto ou graduação, em todos os casos não previstos nos artigos
6º e 7º da Lei de Remuneração, que são os casos de suspensão e perda
(cessar).

Das Gratificações

A Le nº 4.491/73 estabelece que o Policial-militar, em efetivo


serviço, faz jus às seguintes gratificações:
- Gratificação de Tempo de Serviço;
- Gratificação de Habilitação Policial-Militar;
- Gratificação de Serviço Ativo;
- Gratificação de Localidade Especial.
Além dessas gratificações, a Constituição Estadual de 1989, prevê
a:
- Gratificação de Risco de Vida.

Da Gratificação de Risco de Vida


Encontramos a previsão da Gratificação de Risco de Vida no art.
48, inciso II da Constituição do Estado do Pará nos seguintes termos:

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(...)
art. 48. aplica-se aos militares (...) os seguintes:
I - irredutibilidade de vencimentos (...);
II - gratificação de risco de vida, correspondente, pelo menos, a 50%
do vencimento base;
III - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do estado, na forma
da lei;
IV - adicional de interiorização, na forma da lei.

Observa-se, no texto constitucional acima, que a referida


gratificação possui previsão de valor não inferior ao percentual de 50%
(cinquenta por cento) do vencimento base, ou seja, do soldo do policial militar.

Com isso, no ano de 2012, por meio da Lei Estadual nº 7.617, de


11 de abril DE 2012, que dispõe sobre a fixação dos Soldos dos Militares das
Corporações Militares do Estado do Pará e dá outras providências, majorou a
Gratificação de Risco de Vida para o percentual de 70% do soldo, vejamos:

(...)
Art. 4º A Gratificação de Risco de Vida corresponderá a 70% (setenta
por cento) do valor do Soldo.
(...)

No ano de 2014, por meio da Lei Estadual nº 7.807, de 29 DE


ABRIL DE 2014, a Gratificação de Risco de Vida foi majorada para 80%,
vejamos:

(...)
Art. 2º-A O art. 4º da Lei nº 7.617, de 11 de abril de 2012, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 4º A Gratificação de Risco de Vida corresponderá a 80%
(oitenta por cento) do valor do soldo”.
(...)

Atualmente, por intermédio da Lei Estadual n° 8.229, de 13 de julho


de 2015, disciplina os percentuais da Gratificação de Risco de Vida dos Militares
do Estado do Pará, fixando em 100% (cem por cento) o percentual da
Gratificação de Risco de Vida para os praças das Corporações Militares do
Estado do Pará.
Estabelecendo, ainda, a integralização do percentual fixado para
as praças a ser concedido aos oficiais no exercício de 2016.
Portanto, hodiernamente, Oficiais e Praças da PMPA têm direito,
previsto em Lei, ao percentual de 100% do soldo a título de Gratificação de Risco
de Vida.

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Da Gratificação de Tempo de Serviço (Quinquênio)

A Gratificação de Tempo de Serviço é devida ao policial militar por


quinquênio de tempo de efetivo serviço prestado, ou seja, a cada 5 (cinco) anos
de efetivo serviço que é o tempo militar onde se inclui o prestado às forças
armadas, polícias militares e bombeiros militar.
O valor da gratificação de Tempo de Serviço é no percentual de 5%
(cinco por cento) do soldo do seu posto ou graduação, acrescido do valor das
gratificações e indenizações incorporáveis, quantos forem os quinquênios.
O direito à gratificação inicia no dia seguinte em que o policial militar
completar cada quinquênio, computado na forma da legislação vigente e
reconhecido mediante publicação em boletim da corporação.
O pagamento da referida gratificação será efetuado mediante
despacho favorável, em requerimento do interessado.

Da Gratificação de Habilitação Policial Militar

O art. 21 da Lei nº 4.491/73 foi revogado pela Lei nº 5.022/82.


Assim, o art. 4º da Lei nº 5.022/82 estabelece que a gratificação de
Habilitação do Policial Militar é devida a partir da data de conclusão do respectivo
curso.
Somente serão considerados, para efeito de Habilitação Policial-
Militar, os cursos de extensão com duração igual ou superior a 5 (cinco) meses,
realizados no País ou no Exterior.
Na ocorrência de mais de 1 (um) curso será atribuída somente a
gratificação de maior valor percentual.
As condições, os cursos que assegurem direito à Gratificação de
Habilitação do Policial-Militar, bem como o valor da Gratificação serão
estabelecidas em Decreto do Poder Executivo.
Neste passo, o Decreto Estadual nº 2.940/83, prevê que a
Gratificação de Habilitação do Policial Militar, de que trata o artigo 4° da Lei nº
5.022, de 05 de abril de 1982 é devida ao policial militar nas condições
especificadas na referida Lei e no Decreto nº 2181, de 12 de abril de 1982, nos
percentuais abaixo indicados:
a) 50% (cinquenta por cento): Curso Superior de Polícia;
b) 40% (quarenta por cento): Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, de
Sargentos ou equivalentes;
c) 30% (trinta por cento): Curso de Especialização de Oficiais, de Sargentos ou
equivalentes;
d) 20% (vinte por cento): CFO – CFS – CFC - CFSD;

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Da Gratificação de Serviço Ativo

Os arts. 22 a 25 da Lei nº 4.491/73 foram revogados pela Lei nº


5.022/82. Dessa forma, o art. 5º da Lei nº 5.022/82 dispõe que a Gratificação de
Serviço Ativo é devida ao Policial-Militar no efetivo desempenho de suas
obrigações, nas condições e valores estabelecidos em Decreto do Poder
Executivo.
Com isso, o Decreto Estadual nº 3.266/84 estabelece que a
Gratificação de Serviço Ativo, de que trata o artigo 5º da Lei nº 5022, de 05 de
abril de 1982 é devida aos policiais militares nas condições especificadas na
referida Lei e no Decreto nº 2.181, de 12 de abril de 1982, nas seguintes
percentagens:
a) trinta por cento (30%) a Gratificação de Serviço Ativo, Tipo I;
b) vinte por cento (20%) a Gratificação de Serviço Ativo, Tipo II;
Nos termos do Decreto nº 2.1981/82, estabelecia diferenciação
entre os tipos da referida gratificação, tratando o tipo I, devida aos policiais
militares servindo em Unidade de tropa da Polícia Militar do estado ou em função
do ensino em estabelecimento de Ensino ou de Instrução Policial Militar, e a do
tipo II, sendo devida aos policiais militares no desempenho de funções policiais
militares não enquadradas na gratificação de serviço ativo tipo I.
No entanto, hodiernamente, os policiais militares, indistintamente,
percebem o percentual de 30% (trinta por cento).

Da Gratificação de Localidade Especial

É devida ao policial-militar que servir em regiões inóspitas, seja


pelas condições precárias de vida, seja pela insalubridade.
Terão valores correspondentes às categorias em que serão
classificadas as regiões consideradas localidades especiais, de acordo com a
variação das condições de vida e salubridade.
Compete ao Poder Executivo, por proposta do Comando Geral,
regular as categorias.
Inicia no dia da chegada do policial-militar à sede da referida
localidade e termina na data de sua partida. (Art. 29)
É assegurado o direito do policial-militar à Gratificação de
Localidade Especial, nos seus afastamentos do local em que serve, por motivo
de serviço, férias, luto, núpcias, dispensa do serviço, hospitalização por motivo
de acidente em serviço ou de moléstia adquirida em serviço em conseqüência
da inospitalidade da região.

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O Decreto Estadual nº 1.461, de 05 de março de 1981, regula a


percepção pelo policial militar de Gratificação de Localidade Especial, instituída
pelo art. 26 da Lei n° 4.491/73.
As regiões ou localidades do Estado consideradas inóspitas ou
hostis, são classificadas em três (3) categorias denominadas "A", "B" e "C", as
quais são atribuídas, respectivamente, a remuneração de 40%, 30% e 20%,
sobre o soldo correspondente ao posto ou graduação do policial militar.
O referido Decreto autoriza o Comando Geral da Polícia Militar do
Estado a classificar, mediante estudo, para os efeitos do presente Decreto, as
localidades e regiões correspondentes a cada categoria, levando em conta as
dificuldades de vida e de hospitalidade, inclusive no tocante à saúde,
saneamento, educação, transporte, moradia, alimentação e utilidades
necessárias, encontradas em cada local ou região.
Nesse sentido, a Portaria nº 001/99-DRH/3, classificas as
localidades correspondentes às categorias A, B e C:

- Categoria – A............ 40% do Soldo


- Categoria – B ........... 30% do Soldo
- Categoria – C ........... 20% do Soldo

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Das Indenizações

As Indenizações são quantitativos em dinheiro, insento de


tributação, devidos para ressarcimento de despesas impostas pelo exercício da
atividade.
Para fins de cálculo das indenizações, tem-se em regra o
referencial do valor do soldo.
Como já dito anteriormente, encontramos como indenizações em
nossa Lei Estadual nº 4.491, a ajuda de custo, o transporte, a representação e a
moradia.
Demais indenizações como diárias, indenização de tropa e outras
encontramos em legislações específicas, que trataremos mais a frente.

Diárias – Lei Estadual nº 5.119, de 16 de maio de 1984

Os arts. 31 a 37 da Lei nº 4.491/73 foram revogados pela Lei


Estadual nº 5.119/84, que fixa normas para pagamento de diárias ao pessoal da
Polícia Militar do Estado.
Além da lei mencionada, o Decreto nº 734, de 07 de abril de 1992,
fixa os valores e estabelece normas à concessão de diárias para viagem ao
território nacional e ao exterior do pessoal civil e militar da administração direta
e fundacional, portanto, sendo utilizado também pelos policiais militares.
De acordo com a Lei, as diárias são indenizações destinadas a
atender às despesas extraordinárias de alimentação e pousada e são devidas
aos policiais-militares durante seu afastamento de sua sede por motivo de
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serviço ou para a realização de cursos e ou estágios de interesse da Polícia


Militar do Estado.
As diárias compreendem a Diária de Alimentação e a Diária de
Pousada.
No que tange à contagem de tempo, a diária de alimentação é
devida, inclusive nos dias de partida e de chegada.
A Diária do Comandante Geral da Polícia Militar será igual a de
Secretário de Estado.
Compete ao Comandante da Organização Policial Militar
providenciar o pagamento das diárias a que fizer jus o policial-militar e, sempre
que for julgado necessário. Em regra, o pagamento de diárias deve ser efetuado
adiantadamente. Condiciona-se ao adiantamento à existência dos recursos
orçamentários próprios nos órgãos competentes.
Não serão atribuídas diárias ao policial-militar:
a) quando as despesas com alimentação e pousada forem asseguradas;
b) nos dias de viagem, quando no custo da passagem estiverem
compreendidas a alimentação ou a pousada ou ambas;
c) cumulativamente com a Ajuda de Custo, exceto nos dias de viagem em
que a alimentação ou a pousada ou ambas, não estejam compreendidas
no custo das passagens, devendo neste caso ser computado somente o
prazo estipulado para o meio de transporte efetivamente requisitados;
d) durante o afastamento da sede da Organização Policial-Militar por menos
de oito (08) horas consecutivas (O Decreto nº 734/92 prevê 06 horas,
conforme veremos mais adiante).
No caso de falecimento do policial-militar, seus herdeiros não
restituirão as diárias que ele haja recebido adiantadamente, segundo o artigo 3°
Lei de Remuneração.
Os art. 6º e 7º tratam de situações referentes à alimentação do
policial militar na unidade, no entanto atualmente as organizações policiais
militares não produzem o rancho para o seu pessoal, e quando for garantida a
pousada para o policial militar, o mesmo só fará jus ao saque de diária referente
à alimentação.
A Lei prevê que ao Comandante-Geral baixar instruções regulando
o valor e o destino das diárias, no entanto, temos os valores disciplinados por
meio de uma Portaria da Secretaria de Administração, conforme veremos mais
adiante.

Além do previsto na Lei nº 5.119/84, o art. 2º do Decreto Estadual


nº 734/92, estabelece que os valores das diárias, para o Território Nacional, fora
do Estado, serão acrescidos de um adicional de vinte por cento (20%), calculado
sobre o valor básico fixado para o item 3, do anexo I, do Grupo correspondente

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a localidade de destino do servidor, destinado a cobrir despesas de


deslocamento até o local de embarque e desembarque e vice-versa.
O referido Decreto prevê, ainda, o período máximo para
pagamento, a título de diárias, com sendo de 30 (trinta) dias, tanto para
deslocamento no território nacional como para o exterior.
Nesse sentido, quando o período de viagem a serviço ou em
missão oficial ultrapassar o limite de 30 (trinta) dias, as despesas adicionais
serão pagas a título de ajuda de custo, calculadas nas mesmas bases da Diária.
Obs: Atente-se que a ajuda de custo para fins de deslocamento de viagem a
serviço ou missão tratado no Decreto acima não se confunde com a ajuda de
custo tratada no art. 38 e seguintes da Lei nº 4.491/73.
Noutro perceptivo o Decreto estabelece que quando o servidor
(inclui-se o militar estadual) for em viagem para o exterior, em companhia do
Chefe de Poder Executivo, será concedido ao mesmo diária no valor equivalente
ao de maior nível da Administração.
Ressaltando que a concessão das diárias para viagens ao Exterior,
a serviço ou em missão Oficial, é de competência do Chefe de Poder Executivo,
e será autorizada no mesmo ato de permissão da respectiva viagem.
Nos casos de deslocamento do servidor (inclui-se o militar
estadual) por tempo superior a seis (06) horas, fora do perímetro urbano do seu
local de trabalho, em que não haja necessidade de pousada, será concedia meia
(1/2) diária.
Não será concedida diária em casos de deslocamento por período
inferior a seis (6) horas, fora do perímetro urbano do seu local de trabalho.
Quando forem concedidas diárias, e a viagem não se concretizar
definitivamente, seja por qualquer motivo, ou concretizando-se, por período
inferior ao previsto inicialmente, deverá o servidor recolher aos cofres públicos,
no prazo máximo de cinco (5) dias, o valor integral das diárias, no primeiro caso,
e o excedente, no outro.
O Valor acima referido deve ser recolhido por meio de depósito
bancário em conta própria da Corporação, conta esta a ser indicada pela
Diretoria de Finanças da PMPA.
O Decreto prevê ainda a não concessão de diárias quando o
deslocamento constituir exigência permanente do cargo e durante o período de
trânsito.

Da Ajuda de Custo

A Lei nº 4.491/73 estabelece que a Ajuda de Custo é a indenização


para custeio de despesas de viagem, mudança e instalação, exceto as de
transporte, paga adiantadamente ao policial-militar, salvo interesse do mesmo
em recebê-la no destino.

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O policial militar terá direito à ajuda de custo quando movimentado


para cargo ou comissão cujo desempenho importe em mudança de sede
concomitantemente com desligamento da organização onde exerce suas
atividades policiais-militares.
A Lei estabelece em seu art. 2º o conceito de sede como sendo
todo o território do município e dos municípios vizinhos, quando ligados por
frequentes meios de transporte, dentro do qual se localizam as instalações da
organização policial militar considerada.
Quanto ao valor, a Ajuda de Custo devida ao policial-militar será
igual:
a) ao valor correspondente ao soldo do posto ou graduação quando não possuir
dependente;
b) a duas vezes o valor do soldo do posto ou graduação quando possuir
dependente expressamente declarado, que efetivamente o acompanhar ao novo
domicílio.
Não terá direito à Ajuda de Custo o policial-militar:
a) movimentado por interesse próprio ou em operações de manutenção de
ordem pública;
b) desligado de curso ou escola por falta de aproveitamento ou trancamento
voluntário de matrícula.
Restituirá a Ajuda de Custo o policial militar que houver recebido:
a) integralmente ou de uma só vez, quando deixar de seguir destino, a seu
pedido;
b) pela metade do valor recebido e de uma só vez, quando até seis (6) meses
após ter seguido para nova Organização policial-militar, for, a pedido,
dispensado, licenciado, demitido, transferido para a reserva, exonerado ou entrar
de licença; (LTSP Não se enquadra).
c) pela metade do valor, mediante desconto pela décima parte do soldo quando
não seguir destino por motivos independentes da sua vontade.
A Ajuda de Custo não será restituída pelo policial-militar ou os seus
beneficiários, quando:
a) após ter seguido destino, for mandado regressar;
b) ocorrer o falecimento do policial-militar antes mesmo de seguir destino.

Do Transporte

Nos termos da Lei nº 4.491/73, o policial militar tem direito ao


transporte nas movimentações à serviço, nele compreendidos a passagem e a
translação de sua bagagem, de residência a residência, se estendendo o direito
aos seus dependentes.
Possuindo dependente, o policial militar faz jus também ao
transporte de um empregado doméstico, se houver.

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O policial militar da ativa terá direito, ainda, a transporte por conta


do Estado, quando tiver que efetuar deslocamento fora da sede de sua
organização policial militar, nos seguintes casos:
a) interesse da Justiça ou da disciplina;
b) concurso para ingresso em Escolas Cursos ou Centros de Formação,
Especialização, Aperfeiçoamento ou Atualização de interesse da Corporação;
c) por motivo de serviço, decorrente do desempenho de sua atividade;
d) baixar à organização hospitalar ou ter alta da mesma, em virtude de prescrição
médica competente, ou ainda, realização de inspeção de saúde.
Quando o transporte não for realizado sob a responsabilidade do
Estado, o policial militar será indenizado da quantia correspondente às despesas
decorrentes dos direitos previstos.
O direito ao transporte aplica-se ao policial militar inativo, quando
convocado para o serviço ativo ou designado para exercer função na atividade.
Para efeito de concessão de transporte, consideram-se
dependentes do policial-militar os dispostos nos artigos 119 e 120 da Lei de
Remuneração
Os dependentes do policial-militar, com direito a transporte por
conta do Estado, que não puderem acompanha-lo na mesma viagem, por
qualquer motivo, poderão, fazê-lo, a contar de 30 (trinta) dias antes e até nove
(9) meses após o deslocamento do policial-militar.
Quando o policial-militar falecer em serviço ativo, seus
dependentes terão direito, até nove (9) meses após o falecimento, ao transporte
por conta do Estado, para a localidade do território estadual onde fixarem
residência.
O Poder Executivo, em Decreto, regulamentará os transportes dos
policiais-miliares e seus dependentes.

Da Representação (Representação por Graduação)

A indenização de representação prevista na Lei nº 4.491/73 tem


por finalidade atender as atender despesas extraordinárias, decorrentes de
compromissos de ordem social ou profissional, inerentes à apresentação e ao
bom desempenho da atividade.
O art. 6º da Lei nº 5.022 estabelece que a indenização de
representação de que tratam os artigos 48 da Lei nº 4.491/73, será devida ao
policial militar nas condições e valores fixados em Decreto do Poder Executivo.
Assim, o Decreto nº 4.490/86 estabelece os seguintes valores:
a) Comandante Geral - oitenta por cento (80%)
b) Oficial Superior - sessenta por cento (60%)
c) Oficial Intermediário - cinquenta por cento (50%)
d) Oficial Subalterno - quarenta e cinco por cento (45%)
e) Aspirante a Oficial - quarenta por cento (40%)
f) Subtenente e sargento - trinta e cinco por cento (35%)
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g) Aluno Oficial e Integrantes da Banda de Música - trinta por cento (30%)


h) Cabos e Soldados - trinta por cento (30%)

Da Moradia

A Lei nº 4.491/73 prevê que o policial-militar em atividade faz jus a:


a) alojamento em sua Organização policial-militar quando aquartelado;
b) moradia, para si e seus dependentes em imóvel sob a responsabilidade do
Estado ou Corporação, de acordo com a disponibilidade existente;
c) indenização mensal para Moradia, quando não houver imóvel disponível
conforme tratado acima.
Havendo disponibilidade de Moradia, não será sacado e pago o
auxílio de moradia de acordo com o previsto na Lei, quando o policial militar,
voluntariamente, não ocupar o imóvel a ele destinado.
Ficam dispensados da ocupação obrigatória dos imóveis da PM, e
portando excluídos da situação acima, os policiais militares que comprovarem
junto ao Comando Geral:
a) residirem em imóvel próprio ou de que sejam promitentes compradores,
localizados na sede da OPM a que pertencem;
b) residirem em imóvel alugado mediante contrato, até o seu término ou rescisão
não sendo considerados, para este efeito, as prorrogações automáticas.
Suspende-se, temporariamente, o direito do policial-militar à
Indenização para Moradia, enquanto se encontrar em uma das situações
previstas no art. 6 da Lei de Remuneração.
A Lei nº 5.022/82, estabelece no art. 6º que a indenização de
moradia de que trata o art. 53 da Lei nº 4.491/73, será devida ao policial militar
nas condições e valores fixados em Decreto do Poder Executivo.
Neste termos, o Decreto Estadual nº 2.940/83, fixa os seguintes
valores:
a) 30% - quando o policial militar possuir dependentes;
b)10% - quando o policial militar não possuir dependentes.

Dos Outros Direitos

A Lei nº 4.491/73 prevê como outros direitos: o salário família, a


assistência médico-hospitalar, a assistência social, o funeral, a alimentação e o
fardamento.

Do Salário Família

A lei estabelece como sendo auxílio em dinheiro pago ao policial


militar para custear, em parte, a educação e a assistência de seus filhos e outros

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dependentes. É isento de tributação e não sofre desconto, bem como prevê o


valor em legislação específica.
A Lei nº 5.022/82, em seu art. 2º estabelece o valor do salário
família ainda na moeda cruzeiros e desde então não sofreu reajuste ao longo
dos anos, sendo atualmente deixado de ser pago aos policiais militares.

Da Assistência Médico Hospitalar

O Estado proporcionará ao policial militar e seus dependentes


assistência médico-hospitalar, através das organizações do Serviço de Saúde
da Polícia Militar e das organizações hospitalares do Estado, conforme
regulamentação. (Decreto nº 5.380, de 12 de julho de 2002, aprova o Estatuto
do Fundo de Saúde da Polícia Militar do Pará).
Para fins da assistência médico hospitalar são considerados
dependentes do policial militar aqueles definidos no arts. 119 e 120 da Lei nº
4.491/73
Nas localidades onde não houver organização de saúde do Estado,
ou quando a complexidade do caso exigir, os policiais militares poderão ser
internados ou realizar o tratamento necessário em organizações de saúde
particulares, de acordo com a regulamentação.
O policial militar da ativa, quando acidentado em serviço ou
portador de doença decorrente ou adquirida em serviço, terá tratamento e
hospitalização totalmente custeados pelo Estado.
O policial militar, da ativa ou na inatividade, não enquadrado no
acima mencionado terá tratamento e hospitalização custeados pelo Estado, de
acordo com a regulamentação.
Todas as despesas decorrentes dos serviços de assistência
médico-hospitalar prestados aos policiais militares e seus dependentes serão
providas pelo Fundo de Saúde da Polícia Militar, cujos recursos, provenientes do
Tesouro do Estado, de contribuições dos policiais militares na forma prevista no
art. 61 Lei de Remuneração, de transferências federais e de convênios, serão
alocados no Orçamento Geral do Estado, em unidade orçamentária criada
especificamente para esse fim.
Para a constituição do Fundo de Saúde da Polícia Militar, visando,
especialmente, à cobertura da assistência aos dependentes, cada policial militar
contribuirá com:
a) 6% (seis por cento) do valor do soldo, se for oficial superior;
b) 5% (cinco por cento) do valor do soldo, se for oficial intermediário ou
subalterno, inclusive aspirante; (NR)
c) 3% (três por cento) do valor do soldo, se for praça;
d) dotações orçamentárias provenientes do Tesouro Estadual.

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Para cada um dos dependentes previstos no art. 120 da Lei de


Remuneração, que vier a ser cadastrado no Fundo de Saúde, o policial militar
pagará um adicional de 20% (vinte por cento) da sua contribuição.
A participação no Fundo de Saúde da Polícia Militar é extensiva
aos bombeiros militares, obedecidas as condições previstas nesta Lei e nos atos
reguladores.
O policial militar contribuinte ficará isento de qualquer indenização
pelas despesas decorrentes da assistência médico-hospitalar prevista nesta Lei.
As normas, condições e limites de atendimento dos serviços
prestados pela assistência médico-hospitalar e a estruturação do Fundo de
Saúde da Polícia Militar serão reguladas por ato do Poder Executivo.

Da Assistência Social

O Estado proporcionará Assistência Social ao policial militar e aos


seus dependentes através de organizações de Assistência Social da Polícia
Militar e organizações congêneres do Estado, de acordo com regulamentação.
As despesas decorrentes dos serviços de assistência social
prestados aos policiais militares e seus dependentes serão providas pelo Fundo
de Assistência Social da Polícia Militar, cujos recursos, provenientes do Tesouro
do Estado, de contribuições dos policiais militares, de transferências federais e
de convênios, serão alocados no Orçamento Geral do Estado, em unidade
orçamentária criada especificamente para esse fim.
Fica estabelecida a contribuição mensal de 2% (dois por cento) do
soldo do policial militar para constituição do Fundo de Assistência Social.
O gozo dos benefícios instituídos com recursos do Fundo de
Assistência Social é exclusivo do policial militar que for contribuinte, excetuando-
se as ações de responsabilidade do Estado, previstas na Lei nº 5.251, de 31 de
julho de 1985, que venham a ser operacionalizadas através do Fundo, com
recursos do Tesouro.
Para efeito de aplicação deste artigo, são considerados
dependentes do policial militar os definidos nos arts. 119 e 120 da Lei de
Remuneração, sendo a assistência condicionada para os dependentes previstos
no art. 120, à contribuição adicional de 20% (vinte por cento) da própria
contribuição.
A participação no Fundo de Saúde da Polícia Militar é extensiva
aos bombeiros militares, obedecidas as condições previstas nesta Lei e nos atos
reguladores.
O montante dos recursos do Tesouro que constituírem receita do
Fundo de Assistência Social da Polícia Militar será definido pela lei orçamentária
de cada exercício.

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CAS/2020 – CEL RICARDO ANDRÉ
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As normas, condições de atendimento, os recursos e indenizações


referentes à presente Seção, serão regulados por ato do Poder Executivo.

Do Funeral

O Estado assegurará sepultamento condigno ao policial militar


falecido, através de recursos alocados com exclusividade no orçamento do
Fundo de Assistência Social da Polícia Militar, de acordo com o disposto no
artigo anterior.
O policial militar falecido em serviço terá todas as despesas com
os serviços funerários custeadas integralmente pelo Estado, inclusive as
referentes ao traslado do local do óbito para o local de sepultamento e as
decorrentes da necessidade de urna e serviços especiais. (NR)
Ao policial militar que vier a falecer fora da situação prevista no
artigo anterior, o Estado pagará, através do Fundo de Assistência Social da
Polícia Militar, um Auxílio Funeral correspondente a 2 (dois) soldos do posto de
capitão.
Na hipótese de falecimento de policial militar, o art. 69 estabelece
algumas providências a serem adotadas para a concessão do auxílio funeral.

Da Alimentação – Lei Estadual nº 7.197/08

A Lei 4.491/73 estabelece algumas situações referentes ao direito


à alimentação por conta do estado, no entanto, com o advento da Lei Estadual
nº 7.197/08, que institui o auxílio-alimentação no âmbito do serviço público da
Administração Direta, Autárquica e Fundacional, a alimentação do pessoal militar
passa a ser regulada também pela referida Lei.
Assim, a Lei nº 7.197/08 prevê o auxílio alimentação a ser
concedido em pecúnia, por dia trabalhado, mediante efetivo desempenho das
atribuições do servidor no órgão ou entidade de lotação
O afastamento em decorrência de participação em cursos,
treinamentos ou similares, por determinação ou indicação do titular do órgão ou
entidade de lotação, desde que não importe concessão de licença, é considerado
como dia trabalhado para fins de recebimento do auxílio-alimentação.
Os períodos de licenças ou afastamentos a qualquer título,
inclusive nas hipóteses consideradas por lei como de efetivo exercício, não serão
computados para fins de concessão do auxílio-alimentação, exceto nas
seguintes hipóteses:
a) gozo de férias;
b) faltas abonadas de que trata o inciso XVI, do art. 72, da Lei nº 5.810, de 24 de
janeiro de 1994;
c) deslocamentos no interesse do serviço, de que trata o § 1º, deste artigo;

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CAS/2020 – CEL RICARDO ANDRÉ
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d) licença para desempenho de mandato classista a teor do art. 95, da Lei nº


5.810, de 24 de janeiro de 1994;
e) licença saúde até o limite de noventa dias (redação alterada pela Lei nº 7.388,
de 30 de março de 2010)
f) licença maternidade e paternidade.
O servidor cedido poderá optar por receber o auxílio-alimentação
pelo órgão cedente ou cessionário.
O auxílio-alimentação tem caráter indenizatório e não será:
incorporado ao vencimento ou remuneração, para qualquer fim; configurado
como rendimento tributável, nem sofrerá incidência de contribuição
previdenciária; computado para efeito de cálculo de gratificação natalina ou
qualquer outra vantagem.
O Decreto nº 1.298, de 23 de set de 2008, estabelece que o valor
do auxílio-alimentação, de que trata a lei nº 7.197, de 9 de setembro de 2008,
será fixado através de portaria da Secretaria de Estado de Planejamento,
Orçamento e Finanças - SEPOF, que observará a disponibilidade orçamentária
específica de cada órgão ou entidade para fazer frente a essa despesa.
O auxílio-alimentação será pago em pecúnia e o valor respectivo
constará em contracheque.

Do Fardamento

A Lei nº 4.491/73 estabelece que o cabo e o soldado receberão


anualmente dois soldos correspondentes ao respectivo cargo no qual ele estiver
investido, a título de auxílio fardamento, para custear despesas com a aquisição
de uniformes e peças complementares a estes, observando-se o seguinte:
- o auxílio a que se refere o caput deste artigo será pago em duas parcelas, nos
seguintes termos:
a) um soldo junto aos vencimentos referentes ao mês de julho, ao policial militar
que no período de 1º de novembro a 30 de junho do ano seguinte, não esteve
em gozo de licença a qualquer título por período superior a sessenta dias
contínuos ou não;
b) um soldo junto aos vencimentos referentes ao mês de novembro, ao policial
militar que no período de 1º de julho a 30 de outubro, não esteve em gozo de
licença a qualquer título por período superior a sessenta dias contínuos ou não.
O Oficial que o requerer quando promovido, será concedido um
auxílio correspondente ao valor de um soldo do novo posto para aquisição de
uniforme. A concessão será feita mediante despacho em requerimento do Oficial
ao seu Comandante. O auxílio poderá ser requerido novamente se o policial
militar permanecer mais de quatro anos no mesmo posto.
Os 1º, 2º e 3º sargentos, o subtenente e o aluno de Escola de
Formação de Oficiais receberão anualmente um soldo de 3º sargento no mês de

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CAS/2020 – CEL RICARDO ANDRÉ
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julho de cada ano, a título de auxílio fardamento. O pagamento somente é devido


ao policial militar que no período de 1º de julho de um ano a 30 de junho do ano
seguinte não esteve em gozo de licença a qualquer título por período superior a
sessenta dias contínuos ou não.
Não receberá parcela do auxílio fardamento o policial militar que:
a) encontrar-se na inatividade;
b) encontrar-se na condição de desertor;
c) estiver agregado, aguardando o processamento de sua reforma, em razão de
ter sido julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo policial militar;
d) estiver agregado, em razão de ter sido considerado extraviado;
Quando o policial militar estadual estiver iniciando curso de
formação policial militar, o pagamento de uma das parcelas previstas no art. 78
deverá ocorrer em até noventa dias após o início do referido curso.
O auxílio fardamento tem caráter indenizatório e não serve de base
de cálculo para o pagamento de qualquer vantagem pecuniária ou benefício,
bem como não será incorporado aos proventos de policial militar inativo.
O policial militar ao ser declarado Aspirante a Oficial, ou promovido
a terceiro (3°) sargento, faz jus a um auxílio para aquisição de uniforme no valor
de três (3) vezes o soldo de sua graduação. Idêntico direito assiste aos oficiais
nomeados e aos que ingressarem nos quadros da PMPA no posto de segundo
(2°) tenente.
O policial-militar que perder seu uniforme em qualquer sinistro
havido em Organização policial-militar ou militar ou em viagens a serviço,
receberá um auxílio correspondente ao valor de até três (3) vezes o valor do
soldo de seu posto ou graduação. Ao Comandante do policial-militar prejudicado,
por comunicação deste, cabe providenciar sindicância e em solução
determinação, se for o caso, o valor desse auxílio em função dos prejuízos
sofridos.

Da Remuneração do Policial Militar na Inatividade

Nos termos da Lei nº 4.491/73, a remuneração do policial militar na


inatividade, compreende:
a) proventos;
b) auxílio invalidez;
c) adicional de inatividade.
A remuneração dos policiais-militares na inatividade será revista
sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificar
a remuneração dos policiais-militares da ativa.
O policial-militar ao ser transferido para a inatividade faz jus ao
transporte, nele compreendido a passagem e a translação da respectiva
bagagem para si e seus dependentes e um empregado doméstico, para o
domicilio onde fixará residência dentro do território estadual. O direito ao

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transporte prescreve após decorrido cento e vinte (120) dias da data da


publicação do ato de transferência para a inatividade no Boletim da Unidade a
que pertencia o policial-militar.
O policial-militar na inatividade faz jús ainda, no que lhe for
aplicável, aos direitos constantes das Seções I, II, III, IV e VII do Capítulo V do
Título II Lei de Remuneração.
Para fins de cálculo do valor do auxílio-funeral será considerado
como posto ou graduação do policial militar na inatividade, o correspondente ao
soldo que serviu de base para o cálculo de seus proventos.

Dos Proventos

Proventos são o quantitativo em dinheiro que o policial-militar


percebe na inatividade, quer na reserva remunerada, quer na situação de
reformado, constituídos pelas seguintes parcelas:
a) soldo ou cotas de soldo;
b) gratificações e indenizações incorporáveis.
Os proventos são devidos aos policiais-militares quando forem
desligados da ativa em virtude de:
a) Transferências para a reserva remunerada;
b) Reforma;
c) Retorno à inatividade após ter revertido ao serviço ativo, quando já se
encontrava na reserva remunerada.
O policial-militar de que trata este artigo continuará a perceber a
sua remuneração até a publicação de seu desligamento no Boletim Interno de
sua Organização policial-militar, o que não poderá exceder de quarenta e cinco
(45) dias à data da primeira publicação oficial do respectivo ato.
Suspende-se temporariamente o direito dos policiais-militares à
percepção dos proventos na data de sua apresentação à Organização policial-
militar competente quando, na forma da legislação em vigor, reverter ao serviço
ativo, para o desempenho de cargo ou comissão na Polícia Militar.
Cessa o direito à percepção dos proventos na data:
a) do falecimento;
b) para o oficial PM, do ato que o prive do posto ou patente; e, para a praça, do
ato de sua exclusão ou expulsão da Polícia Militar.
Na apostila de proventos será observado o disposto nos artigos 91
a 95 e 101 do parágrafo 2° da Lei de Remuneração.

Do Soldo e das Cotas de Soldo

O soldo constitui a parcela básica dos proventos a que faz jus o


policial-militar na inatividade, sendo o seu valor igual ao estabelecido para o
soldo do policial-militar da ativa do mesmo posto ou graduação.

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Para efeito de cálculo o soldo será dividido em cotas de soldo,


correspondendo cada uma a 1/30 (um trigésimo) de seu valor.
Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o policial-militar
tem direito a tantas cotas de soldo quantos forem os anos de serviço,
computáveis para a inatividade, até o máximo de trinta (30) anos.
Para efeito de contagem dessas cotas, a fração de tempo igual ou
superior a cento e oitenta (180) dias será considerada um (1) ano.
O art. 93 da Lei de Remuneração está tacitamente revogado pelo
previsto na Lei nº 5.681/91.
Art. 93. O oficial PM que contar mais de trinta e cinco (35) anos de
serviço, quando transferido para a inatividade, terá o cálculo de seus proventos
referidos ao soldo do posto imediatamente superior, de acordo com os artigos
92 e 96 desta Lei, se na Corporação existir posto superior ao seu.
O art. 1º da Lei nº 5.681/91 estabelece que a transferência
voluntária do servidor militar estadual para a inatividade remunerada, será
concedida aos trinta (30) anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco (25)
anos de serviço, se mulher. O art. 2° da mesma lei prevê que o servidor militar
estadual, transferido a inatividade na forma disposta no artigo anterior, terá o
cálculo dos seus proventos referidos ao soldo do posto ou graduação
imediatamente superior, mantidos os vencimentos e vantagens que percebia no
serviço ativo, sem prejuízo dos acréscimos legais da inatividade.
A Lei 4.491 estabelece que o oficial PM ocupante do último posto
da hierarquia de sua corporação, terá o cálculo dos proventos tomando-se por
base o soldo do seu próprio posto, acrescido de vinte por cento (20%).
O Subtenente, quando transferido para a inatividade, terá o cálculo
de seus proventos referidos ao soldo do posto de segundo (2°) tenente, desde
que conte mais de trinta (30) anos de serviço.
As demais praças que contém mais de trinta (30) anos de serviço,
ao serem transferidos para a inatividade, terão o cálculo de seus proventos
referidos ao soldo da graduação imediatamente superior a que possuíam no
serviço ativo.

Das Gratificações e Indenizações Incorporáveis

São consideradas Gratificações e Indenizações Incorporáveis:


a) Gratificação de Tempo de Serviço;
b) Gratificação de Habilitação Policial-Militar.
A "base de cálculo" para o pagamento das Gratificações acima
previstas, dos auxílios e de outros direitos dos policiais-militares na inatividade
remunerada, será o valor do soldo ou cotas de soldo a que o policial-militar fizer
jus na inatividade.

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CAS/2020 – CEL RICARDO ANDRÉ
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Do Auxílio Invalidez
O policial-militar da ativa que foi ou venha a ser reformado por
incapacidade definitiva e considerado inválido, impossibilitado total e
permanentemente para qualquer trabalho, não podendo prover os meios de sua
subsistência, fará jus a um Auxílio-Invalidez, no valor de vinte e cinco por cento
(25%) da soma da "base de cálculo" com a Gratificação de Tempo de Serviço,
ambas previstas no artigo 96 da Lei de Remuneração, desde que satisfaça a
uma das condições abaixo especificadas, devidamente declarada por Junta de
Saúde: a) necessitar de assistência ou de cuidados permanentes de
enfermagem;
b) necessitar internação em instituição apropriada, policial-militar ou não.
Quando, por deficiência hospitalar ou prescrição médica
comprovada por Junta de Saúde, o policial-militar, nas condições acima, receber
tratamento na própria residência, também fará jus ao Auxílio-Invalidez.
Para a continuidade do direito ao recebimento do Auxílio-Invalidez,
o policial-militar ficará obrigado a apresentar anualmente declaração de que não
exerce nenhuma atividade remunerada, pública ou privada, e, a critério da
administração, será submetido, periodicamente, à inspeção de saúde de
controle, sendo que no caso de Oficial mentalmente enfermo ou de praça, aquela
declaração deverá ser firmada, por dois (2) Oficiais da ativa da Polícia Militar.
O Auxílio-Invalidez será suspenso automaticamente pela
autoridade competente, se for verificado que o policial-militar exerce ou tenha
exercido, após o recebimento do auxílio-invalidez, qualquer atividade
remunerada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, bem como se, em
inspeção de saúde, for constatado não se encontrar nas condições previstas.
O policial-militar terá direito ao transporte dentro do Território
Estadual, se for obrigado a se afastar de seu domicílio para ser submetido à
inspeção de saúde de controle a título de continuidade do direito de receber o
auxílio-invalidez.
O Auxílio-Invalidez não poderá ser inferior ao soldo de um cabo
PM.

Do Adicional de Inatividade

O Adicional de Inatividade é calculado mensalmente sobre o


respectivo provento e em função da soma do tempo de serviço efetivamente
prestado, com os acréscimos assegurados na legislação em vigor, para esse fim.
O art. 9º da lei nº 5.022/82 estabelece que fica o poder executivo
autorizado a reduzir ou elevar o valor do adicional de inatividade, de que trata o
art. 100 da lei 4.491/73.
Assim, o Decreto nº 4.439/86, estabeleceu os percentuais do
adicional de inatividade:

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a) 45% - 40 anos
b) 35% - 30 anos
c) 20% - inferior a 30 anos

Do Desaquartelamento

O art. 323 da Constituição Estadual prevê aos servidores civis e


militares fica assegurado o direito de não comparecer ao trabalho a partir do
nonagésimo primeiro dia subseqüente ao do protocolo do requerimento de
aposentadoria ou de transferência para a reserva, sem prejuízo da percepção de
sua remuneração, caso não sejam antes cientificados do indeferimento, na forma
da lei.

Do Adicional de Interiorização

O adicional de interiorização está previsto no art. 48, inciso IV da


Constituição Estadual:
(...)
art. 48. aplica-se aos militares (...) os seguintes:
I - irredutibilidade de vencimentos (...);
II - gratificação de risco de vida, correspondente, pelo menos, a 50%
do vencimento base;
III - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do estado, na forma
da lei;
IV - adicional de interiorização, na forma da lei.

Tem direito ao referido adicional o militar que prestar serviço em


unidades sediadas no interior do estado do Pará, no valor percentual de 50%
(cinquenta) por cento do soldo.
Há também previsão de incorporação de 10% do valor (do
percentual de 50%) por ano de exercício, consecutivo ou não, até o limite de
100% (do percentual de 50%).
O Estado do Pará, por meio da Secretaria de Administração,
passou a ter entendimento que o adicional de interiorização possui o mesmo fato
gerador da gratificação de localidade especial, com isso suspendeu o
pagamento do referido adicional. No entanto, policiais militares ingressaram no
Poder Judiciário ante o não pagamento, obtendo êxito nas demandas judiciais,
conforme abaixo observamos decisão de 2º grau do TJE:
PROCESSO CIVIL APELAÇÃO ADMINISTRATIVO GRATIFICAÇÃO
DE LOCALIDADE ESPECIAL E ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO
DIFERENCIAÇÃO. FATOS JURÍDICOS DIVERSOS. APELO
IMPROVIDO SENTENÇA MANTIDA. I - Há que se ressaltar que a
natureza do fato gerador dos adicionais não se confunde. O adicional
de interiorização tem como natureza jurídica a prestação de serviço no
interior do Estado, qualquer localidade, não se referindo a lei a regiões
inóspitas, ou a precárias condições de vida. II - Apelo improvido.

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(Apelação Cível n.º 20093006633-9, 1.ª Câmara Cível Isolada, Rel.


Des. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, dju DE 20/01/2011)
Quanto a discussão acerca do prazo prescricional a ser aplicado ao
caso em comento, não pairam maiores dúvidas no sentido de que
aplica-se o prazo quinquenal, previsto no art.1º do Decreto 20.910/32,
que assim determina: Art.1º. As dívidas passivas da União, dos
Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua
natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato
do qual se originarem. No tocante aos honorários advocatícios, não
encontro motivos para minora-los da forma como requereu o Estado
do Pará, posto que sua fixação atendeu aos critérios estabelecidos
pelo art.20 do CPC. Ante o exposto, com fulcro no art.557, caput, do
CPC, NEGO SEGUIMENTO A AMBOS OS RECURSOS DE
APELAÇÃO, uma vez estarem em confronto com jurisprudência
uníssona deste Tribunal de Justiça, e em sede de Reexame
necessário, confirmo a sentença em todos os seus termos. Belém, de
de 2014 Desa. Gleide Pereira de Moura.

Do Auxílio Acidente e Auxílio Morte - Lei nº 6108/98

A Lei nº 6108/98, com alteração dada pela Lei n° 7.728, de 24 de


julho de 2013, prevê a percepção do auxílio acidente e auxílio morte,
regulamentando o disposto no art. 48, inciso III da Constituição Estadual:
(...)
art. 48. aplica-se aos militares (...) os seguintes:
I - irredutibilidade de vencimentos (...);
II - gratificação de risco de vida, correspondente, pelo menos, a 50%
do vencimento base;
III - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do estado, na forma
da lei;
IV - adicional de interiorização, na forma da lei.

A concessão decorre de morte acidental em serviço ou invalidez


permanente total decorrente de acidente em serviço.
O valor para morte acidental em serviço é de R$ 70.000,00 e para
invalidez permanente total por de acidente em serviço R$ 30.000,00 (com
alteração dada pela Lei n° 7.728, de 24 de julho de 2013)
A lei considera acidente de trabalho:
a) por fato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo,
ainda que ocorrido em horário ou local diverso daquele determinado para o
exercício de suas funções;
b) em decorrência de agressão sofrida e não provocada pelo servidor, no
exercício regular de suas atribuições funcionais;
c) por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa,
desde que ligada diretamente à atividade exercida;
d) em treinamento;
e) em represália, por sua condição de policial.
Para concessão é necessária apuração dos fatos por intermédio de
processo administrativo instaurado no prazo de 15 dias contados do evento que
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provocou a morte ou acidente, bem como a realização de perícia médica para


avaliação da capacidade laborativa do servidor (auxílio-invalidez).
A Lei possui dispositivo que assegura ao policial militar e ao
bombeiro militar o atendimento emergencial em hospitais da rede particular mais
próxima do local da ocorrência do acidente em serviço, até a estabilização do
seu quadro clínico, na ausência de hospitais das redes estadual e municipal ou
de hospitais conveniados ao sistema único de saúde – sus. (l e i n° 7.728, de 24
de julho de 2013)
As despesas decorrentes do atendimento emergencial serão pagas
pela corporação do policial militar ou bombeiro militar ao hospital da rede
particular, após a apresentação de nota fiscal onde conste a discriminação do
gasto efetuado durante a internação no referido nosocômio.

Da Indenização de Tropa – Lei nº 5.022/82

O art. 7º da Lei nº 5.022/82 institui da indenização de tropa aos


policiais militares servindo em corpo de tropa na PMPA
O Decreto nº 2.696, de 20 de março de 1983 estabeleceu o
percentual de 10% (dez por cento) para os policiais militares.

Lei do Soldo de 2006 – Lei nº 6.827/06

A Lei Estadual nº 6.827, de 07 de fevereiro de 2006, que fixou os


soldos dos efetivos das Corporações Militares do Estado do Pará. Estabeleceu
valores dos soldos dos efetivos das Corporações Militares do Estado do Pará,
consoante os círculos de oficiais, de praças e de praças especiais em atividade,
na forma do Anexo da referida Lei.
A referida Lei revogou (em tese) tacitamente o escalonamento
vertical contido na Lei Estadual nº 5.022, que balizava a remuneração dos
militares estaduais de forma escalonada em percentuais, conforme posto e
graduação, a exemplo como ocorre nas forças armadas até os dias atuais.
Além disso, disciplinou a constituição de uma única classe para a
graduação de soldados, anteriormente dividida em três classes.
A partir desta Lei os alunos dos cursos de formação têm direito
apenas ao soldo do círculo a que pertencem, ficando assegurado o direito de
opção de remuneração aos alunos de curso de formação já integrantes de uma
das Corporações Militares do Estado do Pará.
A remuneração dos alunos oficiais da PMPA está disciplinada na
Lei nº 6.626/04, com redação dada pela Lei nº 8.342/16.

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CAS/2020 – CEL RICARDO ANDRÉ
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Da Gratificação de Complementação de Jornada Operacional – Lei nº


6.830/06

Lei Estadual nº 6.830/06, alterada pela Lei nº 8.604/18, instituiu a


Gratificação de Complementação de Jornada Operacional, a qual tem como fato
gerador a realização de atividade pública policial de natureza operacional,
decorrente de antecipação ou prorrogação da jornada normal de trabalho do
policial civil e militar.
A vantagem pecuniária somente será atribuída para atender às
necessidades eventuais decorrentes de situações excepcionais e temporárias
de serviço das corporações.
Consideram-se como situações excepcionais e temporárias, para
fins de pagamento da GCJO, as que decorram de:
a) execução de programas de prevenção primária ou de caráter operacional, ou
operações especiais, ou de reforço à defesa social ou à segurança pública,
constituídos de planejamentos específicos, com tempo de duração
preestabelecido. b) ocorrências localizadas de anormal perturbação da ordem
pública reclamando ações programadas de prevenção ou repressão em caráter
ininterrupto;
c) serviços ou eventos inadiáveis para fazer face à necessidade da presença de
polícia ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto à proteção ou
defesa da sociedade ou à segurança pública.
- Valor atual: R$ 185, 40
- O policial poderá participar, durante o mês, de forma não consecutiva, de até 8
(oito) operações especiais,
- Não podendo ultrapassar a 10% (dez por cento) do total do efetivo das Polícias
Civil e Militar do Estado em exercício durante o mês.
- Com a nova redação dada pela Lei nº 8.604/18, a referida gratificação passou
a ter natureza indenizatória.

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