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Um manual para DJ

Informações sobre equipamentos e técnicas de mixagem em música eletrônica

Apresentação

Esta apostila foi elaborada por Bruno Soares (aka Dj Arlequim ), membro do Grupo
Undergroove de Música Eletrônica (núcleo cearense parceiro do Pragatecno) e teve a
colaboração do fundador e idealizador da aliança Pragatecno, Cláudio Manoel Duarte (aka Dj
Angelis Sanctus). A apostila contém teoria e dicas básicas de técnicas utilizadas pelos Djs (disc
jockeys). Ao utilizar/copiar esse texto, citar a fonte e autoria: http://www.pragatecno.com.br.

1. O Disc Jockey

Muitas pessoas acham que ser Dj é fácil. E realmente é fácil! Mas como toda profissão é
necessária uma boa dose de paixão e afinidade para poder entender e encontrar toda essa
facilidade.

Ser Dj não é apenas ficar trocando música numa festa. Ser Dj é muito mais do que isso. O Dj é o
responsável pelo clima de uma pista de dança. Ele deve ter um senso bem aguçado e uma
capacidade de entender o que a pista de dança quer: músicas mais rápidas, alegres,
melancólicas, lentas, densas… Enfim, tem que ter “feeling”. Alem disso, hoje o Dj é um dos
maiores responsáveis por boa parte das Músicas Dançantes (onde nesta apostila chamaremos
de Dance Music). Isso mesmo, ele muitas vezes é produtor musical. Esse lado de produtor é
facilitado devido ao tal “feeling” e às noções de música que o Dj precisa ter para poder
executar seu trabalho mais simples: “Mixar músicas”.

Por estar muito em evidência, o Dj acaba tendo outra importância: formador de opinião. O Dj
tem também o poder e a obrigação de trazer novidades, experimentar e cativar o público, seja
na rádio, no Club ou num jornal… Dj é sinônimo de inovação.

Com tanta importância acabou se formando uma “Cultura do Dj” – que é o domínio de
técnicas, o culto ao dj como artista e, principalmente, a informação musical (o background
cultural do dj, pois é a partir de suas referências que ele vai pesquisar o que de melhor é
produzido e trazer essas novidades para a pista: um verdadeiro lançador de novidades!). Essa
cultura teve início por volta de 1970, na época das Discotecas (Disco), mas toda a técnica veio
em meados de 1980 devido aos avanços tecnológicos que facilitaram as experimentações e o
aperfeiçoamento dessas. O primeiro e um dos maiores representantes desse “culto” foi o
movimento Hip Hop. Muitas das técnicas usadas pelos Djs hoje vieram desse movimento.
Exemplo: Scratches, Back to Back (mixagens, performances em geral).

2. O Disco de Vinil
Muitos ainda não entendem o por quê dos Djs usarem os antigos “bolachões”. Até parece
loucura mesmo, pois um disco de vinil (importado), que em sua maioria só possui uma música
(Single ou 12”inc), é mais caro do que um CD e ocupa mais espaço no case. Mas o que muitos
não sabem é a qualidade que o disco de vinil tem e a imensidão de técnicas que podem ser
aplicadas com ele.

Um vinil preparado para o djing é normalmente gravado em mais ou menos 12/14 minutos
(entrando uma ou duas faixa por lado), para que os sulcos tenham qualidade e não fiquem tão
juntos – um vinil com muitas faixas facilitaria arranhões e pulos da agulha de um sulco a outro,
já que os mesmos estariam mais comprimidos.

Infelizmente o disco de vinil deixou de ser comercializado como antes, com o rápido
crescimento do mercado de vendas de CDs (Compact Disk). Mas ainda o disco de vinil é a
melhor mídia para um som mecânico (traz qualidade técnica de sons graves maior que
qualquer outra mídia) e é um dos principais apoios do mercado underground de música
eletrônica, por 3 motivos: primeiro pelas possibilidades técnicas de mixagem na geração de
novos grooves a partir de dois (ou mais!) vinis misturados; segundo, pela autonomia dos
produtores musicais de selos undergrounds (experimentais) em trabalhar com um mercado
segmentado (o dos djs) onde a grande indústria não meta a mão; e terceiro porque a grande
indústria fonográfica (com a preocupação principal no lucro) não se interessa em interferir na
produção de vinil pois o mesmo, por ter um custo alto em relação ao benefício (leia-se lucro),
não é produto de consumo industrial, de massa: seu lucro seria pequeno.

Assim como existe a “Cultura do Dj”, existe também a “Cultura do Vinil”, sustentada e
idealizada pelos próprios Djs e apaixonados pelo nosso bom e velho LP (Long Player).

Curiosidades:

A música fica gravada dentro de “sulcos dentados” (pequenos riscos irregulares do vinil) que
fazem, ao entrar em contado com a agulha (e com o prato em movimento), vibrações e
formam assim seu produto final: a música. Com o tempo esses sulcos vão se desgastando e o
disco vai perdendo a qualidade. O tempo que leva esse desgaste muda de um disco para o
outro, pois dependerá muito do tipo de vinil utilizado e do cuidado que o dono tem. É
recomendável lavar os discos com água, sabão neutro e um pano macio. Jamais se deve utilizar
produtos corrosivos. O disco de vinil pode ter dois tipos de rotação: 33rpm ou 45rpm.

mapadepalcodjpragatecno

mapa de palco para dj

3. Instrumentos usado pelos Djs

Neste item é bom levar em consideração que existe o Dj “Produtor Musical” (que faz músicas
em seu estúdio), e o Dj em si (que, generalizando, “toca” em festas). Para o Dj “Produtor
Musical” existem N’s instrumentos de trabalho como, por exemplo: sintetizadores, baterias
eletrônicas, teclados, computadores, softwares, filtros de efeitos, samplers, DAT…. Tudo isso
para poder “compor” uma música e fazer todo o tratamento necessário de timbres para a tal.

Já para o Dj que toca em festas os instrumentos são mais simples. Ele não precisa de tantos
recursos, pois a música já está pronta. É só tira-la do “case” (mala de discos) e executá-la
usando sua técnica.

Os aparelhos básicos são:

– Dois Toca-discos;

– Um Mixer (mesa de som mixadora especial para Djs);

– Um bom Fone de Ouvido;

– Boas Agulhas Captadoras

– Dois CDJs (para quem toca com cd)

Iremos utilizar o disco de vinil nos exemplos a seguir, pois esta é a mídia mais profissional pelo
fato de dar mais recursos performáticos. Para que o Dj trabalhe com mais qualidade é
necessário um bom equipamento, pois numa apresentação é fundamental a fidelidade
(sonora) do aparelho utilizado.

MK2SL1200

3.1 – Toca-discos

A pick up dever ter alguns recursos básicos como:

– Pitch;

– Seletor de rotação;

– Contra-peso;

– Anti-skating;

– Tração magnética no motor do prato.

A pick up mais usada pelos Djs é o modelo Sl-1200 Mk2 da marca Technics. Este modelo
revolucionou o mercado de toca-discos e é líder há vinte anos. Desse tempo para cá houveram
pouquíssimas modificações devido à sua perfeição técnica para o uso em djing (o trabalho do
dj). A Sl-1200 Mk2, ou MK2, como é mais chamada, revolucionou o mercado, pois incorporou
como tecnologia um sistema de rotação do prato baseado em tração magnética, e não mais em
correias, fazendo com que as velocidades das rotações (33 e 45) ficassem precisas.

SL1200_diag

3.1.a – O Pitch

Como a base do trabalho do Dj é igualar as velocidades das músicas, é fundamental que um


toca-discos tenha um “pitch”. Pitch não é nada mais que um controlador progressivo de
velocidades. Com ele você pode manipular positivamente ou negativamente a velocidade das
músicas em até 8% da velocidade normal.

3.1.b – Seletor de rotação 33rpm e 45rpm

É com o seletor de rotação que você escolhe a rotação dos discos. Os discos de vinil mais
modernos possuem apenas duas rotações: 33 rpm e 45rpm.

Por conseqüência, as pick ups mais modernas utilizam apenas essas duas rotações. Você
mudará a rotação na pick up conforme a rotação que o disco foi feito.

3.1.c – Contra-peso

O Contra-peso do toca-disco se localiza na parte inferior do braço da pick up para justamente


contra balancear o peso que a agulha faz sobre o vinil. Com ele você pode regular uma força
vertical maior ou menor sobre o disco. A função desse recurso é evitar que agulha pule com
facilidade do disco.

3.1.d – Anti-skating

Este trabalha junto ao Contra-peso. Sua função e aplicar uma força horizontal no braço do toca-
discos. Ele só funcionará bem se o Contra-peso estiver bem regulado. O grande benefício desse
recurso é que ele pode evitar que um disco arranhado fique preso e repetindo continuamente
(em loop). Nesses casos é só regular o Anti-skating para que ele aplique uma força para o lado
oposto ao que o arranhão está impulsionando.

3.1.e – Tração magnética do motor do prato.

As pick ups mais antigas utilizavam outros sistemas de tração como por exemplo Correias e
Catracas. Esses sistemas eram frágeis porque seu mecanismo era de contato físico, ou seja,
tinha que haver contato entre uma Catraca e outra para o prato girar. Se por acaso esse prato
fosse parado poderia danificar uma das Catracas ou arrebentar uma das Correias no caso de
uma pick up de correia. As mais modernas e as melhores já utilizam um motor com tração
magnética. Neste sistema não há contado físico e toda a tração é feita por Eletroimãs e com
isso a pick up ganha uma maior performance e uma maior vida útil.

CDJ100Spioneer

3.2 – O CD com pitch (CDJ)

O CD com pitch, popularmente chamado CDJ (nome que se deu origem pelo sucesso que foi o
aparelho da Pioneer CDJ 500 no final dos anos 90), é todo aparelho de CD desenhado
especialmente para que o DJ execute as técnicas de mixagem. Como sugere o nome, sua
principal função é o pitch, potenciômetro que controla a velocidade da música. Mas existem
outras peculiaridades do CD com pitch. Atualmente no mercado existem diversas tecnologias
aplicadas a esses aparelhos. Alguns funcionam com sistema de buffer e sampler, ou seja, a
música que é tocada na verdade não vem diretamente do CD e sim de uma parte dela que foi
armazenada (para ser reproduzida). Dessa forma, esses tipos de aparelhos podem executar
funções avançadas como fazer scratch. Em conseqüência disso, seu valor é infinitamente maior
que os tradicionais que usam somente a reprodução do disco a partir do leitor.

Um dos equipamentos mais usados, atualmente, é o CDJ Pioneer (a versão mais básica e
robusta é o 100S).

Conheça algumas das ferramentas (botões):

– PLAY – Quando você pressiona o botão PLAY o CD com pitch inicia a música
instantaneamente (chegando até menos que 0,01 segundos de atraso entre o apertar e o
disparar, tornando o atraso imperceptível) permitindo que você ajuste ritmos com precisão
absoluta.

– PAUSE – Parar a música (congelar). Para identificar um ponto de largada da música (bumbo) o
pause deverá estar acionado. Volte ou avance manualmente no Jog a música, para identificar o
bumbo e aperte o Cue para informar que você quer que a música seja largada a partir daquele
ponto, quando você apertar o play, ao iniciar a mixagem

– CUE – Pressione o botão Cue enquanto o aparelho estiver em reprodução para voltar ao
ponto de cue e reiniciar a reprodução a partir deste ponto. Além disto, você pode retornar ao
ponto inicial da música a qualquer momento através desta função. A função do Cue e fazer
com que a música volte ao ponto marcado.
– JOG – Este disco de grande formato e resposta rápida executa buscas frame a frame e facilita
a seleção precisa de pontos, proporcionando ainda um modo de utilização similar ao dos toca-
discos de vinil. Nem todos os modelos possuem esse disco, mas pote ter a mesma função só
que em botões.

– MASTER TEMPO – O controle Master Tempo mantém a tonalidade da música mesmo que o
tempo seja alterado. Você pode variar as batidas sem alterar os tons dos vocais ou
instrumentos.

mixer djm 300

3.3 – O Mixer

O mixer é uma mesa de som adaptada para Djs. A função do mixer é basicamente misturar os
sons, mas dependendo da marca e do modelo você poderá encontrar outros recursos como
efeitos (de “eco”, “flanger”, “deelay”, entre outros). No mixer existem:

– Os Canais de Entrada, que são as entradas receptoras de áudio onde se conecta os aparelhos;

– O(s) Canal(is) de Saída, que é(são) onde sai(em) o sinal de áudio que vai para o amplificador;

– O Crossfader, que é uma chave especial que muda rapidamente ou áudio de um aparelho
para o outro;

– Saída de Headphone, onde se conecta o fone de ouvido;

– Chaves Seletoras de Canal, onde você escolhe qual canal você quer escutar no fone de
ouvidos;

– Equalizador Individual – este é um novo recurso que está vindo nos novos mixers. Com ele
você pode equalizar as freqüências graves, médias e agudas individualmente por cada canal.

Há dois tipos de entradas de áudio:

– Phono (analógica), para as pick ups;

– Line, para cd players, teclados sintetizadores, groove box, etc.

fonedj

3.4 – O Fone de ouvido (ou Headphone)

A função do Fone de ouvido é monitorar a música que você deseja mixar (a que vai entrar),
enquanto a outra música está tocando nas caixas de som da pista. É importante ter um bom
fone de ouvido, pois é comum você aumentar muito o volume deste. Para isto o fone precisará
ter uma boa potência e uma boa freqüência. Se o fone tiver freqüências muito altas (agudas)
pode ser muito prejudicial à audição.

agulhadj

3.5 – Agulhas Captadoras

Existem vários tipos de agulhas para determinado tipo de uso. Há agulhas que acentuam os
timbres graves (normalmente usadas pelos djs de house music); existem outras que “se
prendem” mais ao disco (e, portanto “pulam” menos ao som alto) e agulhas comuns mais
baratas. É importante ter uma boa agulha, pois é ela que irá “ler” o som do vinil para que as
caixas de som dêem a resposta final. Por isso se não tivermos uma boa agulha o som irá sair
com uma qualidade ruim ou o disco pode fica pulando por causa de pequenas sujeiras nos
sulcos, entre outros problemas.

4. A Música

A dance music será nossa principal base de trabalho. Isso porque, diferente dos outros sons
mais acústicos (tocados sem uma seqüência eletrônica), ela nos traz um ritmo bem marcado,
ou seja, sua velocidade não varia, pois toda ela é seqüenciada por computadores.

Antes de entender esse módulo é necessário que você esteja ciente que precisa de alguns pré-
requisitos, nem um pouco difíceis: É necessário você ter coordenação motora para identificar
um ritmo de uma determinada música. Quer uma dica? Para identificar o ritmo de uma música
basta você dançar.Isso mesmo! Você dança no ritmo da música, certo?!

4.1 – A Estrutura da Música

Em toda música existe:

– Bumbos (marcação virtual das batidas ímpares. É nele que existe a primeira batida do
compasso)

– Pratos (marcação virtual da batida intermediária entre o bumbo e a caixa)

– Caixas (marcação virtual das batidas pares)

– Bpm (Batida por minuto)

– Compasso (Partes marcadas por viradas. 16 ou 32 batidas)

– Desenho (Sub-partes marcadas por repetições contínuas. 8 e 4 batidas).

4.1.a – Bumbo, Prato e Caixa

Esta, talvez, seja a fase mais complicada da parte teórica, pois aqui você terá que utilizar
bastante sua imaginação.
Imagine que você esta dançando uma música X, que tenha uma base House (4×4/reta – se
formos tentar descrever seria parecido com isso: “Tum” – “Tum” – “Tum” – “Tum”…. Esse
“tum”, “tum”, “tum” são as batidas da música e essas batidas é que formam o ritmo da
música).

batida1

Imaginem que a batida nº1 é o Bumbo (o primeiro Tum) e a batida nº2 seja a nossa Caixa (o
segundo Tum). O Prato fica entre um bumbo e uma caixa, ele seria o nosso contra tempo.

4.1.b – Bpm (Batida Por Minuto)

É importante saber o bpm, pois, é preciso saber qual das músicas que você está trabalhando é
a mais lenta ou mais rápida para que você execute a mixagem.

Para contar o bpm de uma música basta contar o números de bumbos e caixas que contém a
música no período de 1 (um) minuto.

4.1.c – Compasso

Toda música precisa de uma marcação para se saber quando vai entrar ou sair um vocal, uma
melodia, um instrumento, uma batida ou uma virada. O compasso é o que irá marcar essas
mudanças com o intuito da música ser mais “organizada”. Claro que nem todos os músicos ou
produtores seguem essa regra mas a grande parte das músicas são bem marcadas.

O Compasso é o período de 16 ou 32 batidas (Bumbos e Caixas) que marca uma mudança,


entrada, ou saída de algum elemento na música. Para entender bem o Compasso devemos
primeiro saber contá-lo.

Para contar o compasso é preciso primeiro identificar o ritmo da música. Depois de


identificado, conte a partir da primeira batida (primeiro Bumbo ou cabeça do Compasso) da
música até que haja uma mudança. Se essa mudança ocorrer quando você terminar de contar
16, é porque aquele compasso “é de 16” e se mudar quando você terminar de contar 32 é
porque aquele compasso “é de 32”. Esse compasso se repetirá por toda a música.

Por exemplo, contagem de um compasso “de 16” é da seguinte maneira:


1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…

batida2

batida2a
É muito importante identificar qual é o compasso pois na hora da mixagem, quando as
velocidades das músicas estiverem iguais, você soltará a batida 1 de uma música junto com a
batida 1 da outra música. Dessa forma as música irão mudar igualmente nas viradas dos
compassos.

4.1.d – Desenho

O desenho é um pouco parecido com o compasso. O processo de contagem é o mesmo mais o


número de batidas é diferente: são de 4 e 8 batidas. Se você contar as batidas da música de 4
em 4 ou de 8 e 8 você perceberá que determinadas seqüências de instrumentos se repetem
nesse ciclo.

batida3

batida3a

Obs: A contagem do Desenho e do Compasso deve ter início sempre no primeiro Bumbo da
música (na cabeça do Compasso).

5. A Técnica

Dentre as principais técnicas usadas pelos djs existem: Mixagem, Colagem, Back to Back,
Scratch e Back Spin. A cada dia que passa, novas técnicas vão sendo criadas e aperfeiçoadas.
Tudo isso graças ao advento de novas tecnologias em mixers, mesas de efeitos, agulhas, e
claro, da criatividade dos djs.

A técnica básica mais usada, e a que nos interessa neste manual, é a mixagem.

5.1 – Mixagem

O princípio da mixagem é juntar duas músicas de velocidades iguais (bpm) com bumbo em
cima de bumbo e caixa em cima de caixa.

batida4

batida4a

Repare que o Bumbo 1 está em cima do Bumbo 1 da outra música. Dessa forma quando o
compasso da primeira música “virar” o da outra também virará.
5.2 – Preparando as músicas para mixagem

A primeira coisa que o dj deve observar quando for mixar uma música é saber se a “música que
vai entrar” é mais lenta ou mais rápida do que a que está tocando na pista. De acordo com o
resultado, você utilizará o Pitch para modificar positivamente ou negativamente a velocidade
da “música que vai entrar”. Se esta música for mais lenta será necessário acelerá-la para igualar
os bpms e se for mais rápida será necessário desacelerá-la. Evite fazer isso com a música que
está tocando na pista. Em última instância, faça muito (muito!) discretamente para que a “pista
não sinta”.

Igualando os Bpms, chegou a hora de fazer a passagem de uma para outra: mixar.

A música deve ser solta “Bumbo com Bumbo”, na “Cabeça do compasso”, e por conseqüência
Caixa com Caixa.

Depois de soltar, você escolherá o ponto em que a “música que está saindo” deve ser cortada.
Nas músicas existem os melhores pontos de mixagem. Estes pontos são os chamados “Pontos
de mixagem” ou “Breaks” e são caraterizados pela ausência de melodias e vocais.

Atenção:

Deve-se evitar misturar melodias e vocais, isso na maioria das vezes quebra a harmonia das
músicas. Lembre-se sempre: “ a boa mixagem é aquela discreta e harmônica”.

5.3 – Dicas para uma boa mixagem

O princípio básico da mixagem é juntar duas músicas e fazer uma passagem da que está
acabando para a que está entrando. No entanto, essa técnica fica ainda mais interessante
quando usamos filtros e efeitos, controles na equalização, cuts com o crossfader e back spin.

5.4 – Colagem

As colagens são interferências feitas pelo djs com trechos de outras músicas. Estas podem ser
feitas com batidas, vozes, instrumentos, dentro ou fora do tempo, mas sempre com harmonia.

5.5 – Back to back

Back to back é uma das performances mais usadas em campeonatos de djs. Alguns djs se
arriscam fazer em pista de dança. Esta performance consiste em ficar repetindo trechos de
duas músicas em diferentes pick-ups. Dependendo da técnica do dj, essa repetição pode ser
feita de 1 a 8 batidas.

5.6 – Scratch
A mais característica performance feita por djs. Sons tirados do vai-e-vem dos discos e cuts do
croosfader. O scratch evoluiu bastante. Hoje, são feitos com mais velocidade e podem contar
com recursos de Hi-cut nos croosfaders mais atuais. Existem sctrachs feitos a partir de samples
e scratchs feitos com sons contínuos e mais trabalhados pelo croosfader.

5.7 – Back Spin

Back spin não tem mistério, mas se vacilar pode ficar “xoxo”. Back spin consiste em voltar o
disco com velocidade. Geralmente, é usado nas viradas das mixagens. Mas o back spin pode
interferir numa música como uma colagem e junto com efeitos.

5.8 – Efeitos

Existem mixers (como o Pionner DJM 600) e geradores (como o Pioneer EFX 500) que
desenvolvem efeitos diversos: Eco, Deelay, Pitch, Filter, Flanger e Sampler. Os filtros e efeitos
podem ser usados de várias formas, por isso é fundamental o conhecimento desses para a
aplicação mais adequada. Mas lembre-se, efeito demais pode ser desagradável.

5.9 – Equalizando (grave, médio e agudo)

Com a chegada de novos mixers no mercado com equalizadores, as mixagens ganharam um


novo tom. Sem os equalizadores independentes por canal, as mixagens eram duras e muitas
vezes, quando virava a música, faltava alguma freqüência ou elemento. O princípio da
equalização em uma mixagem é como a da mixagem de uma música em estúdio. O objetivo é
suavizar a passagem de uma música pra outra compensando as freqüências que faltam ou que
estão em excesso. Por exemplo, se a música que vai entrar tem muitos elementos agudos como
caixas, pratos e chimbais, a tendência é você abrir o canal da música que vai entrar com os
agudos baixos.

tocadiscos mk2 e mixer

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1,83 MB Total

13.099

KraMixer DJ Software 1.0.3

Tecnologia de ponta para produzir a melhor experiência sonora para os DJs.

categoria: djs

3/2/2006 Windows XP/98/2000 6 votos Gratuito

2,25 MB Total

126.622

LiveDJpro 1.5.667

Seja um DJ profissional com a melhor tecnologia para transmissões ao vivo com este software.

categoria: djs

31/10/2006 Windows XP 0 votos Gratuito para testar

6,57 MB Total

7.196

OpenSebJ 0.4

Sistema de produção e mixagem de áudio com seqüenciadores e interface projetada


especialmente para DJs.

categoria: djs

2/4/2007 Windows 2000/XP/2003 1 votos Gratuito

1,58 MB Total

116.618

Tactile12000 2.1

Transforme sua área de trabalho num ambiente digital e interativo para DJs.

categoria: djs

21/7/2005 Windows 98/Me/2000/XP 1 votos Gratuito

5,69 MB Total

90.349

AnalogX Scratch 1.05


Arranhe suas amostras de áudio (samples) como um DJ.

categoria: djs

21/7/2005 Windows 98 0 votos Gratuito

381 KB Total

29.395

MAC:

Nome Data Nota Licença Downloads

UltraMixer Free 2.4.1.1

Ferramenta simples para dar uma de DJ e arrasar nas festas!

categoria: djs

10/5/2010 Mac OS X 0 votos Gratuito

27,27 MB Total

3.401

TurnTubeList Beta

Permita-se ser levado pela música e brinque de DJ, discotecando online e com vídeos do
YouTube.

categoria: djs

19/2/2010 Web – Roda no seu navegador 2 votos Gratuito Total

6.512

Deckadance 1.63

Mais uma opção profissional para mixar as suas músicas no Mac e ferver nas pistas!

categoria: djs

18/2/2010 Mac OS X 0 votos Gratuito para testar

49,70 MB Total
196

Mixxx 1.7.2

A solução gratuita e simples para se tornar um DJ profissional e mixar suas músicas.

categoria: djs

4/1/2010 Mac OS X 0 votos Gratuito

28,27 MB Total

519

Djay 3.0.1

O mais badalado software para mixar e discotecar está de cara nova e promete arrasar nas
pistas!

categoria: djs

27/10/2009 Mac OS X 1 votos Gratuito para testar

9,24 MB Total

1.506

MixVibes Cross 1.2.9

Se você quer se o melhor DJ, precisa ter em mãos as melhores ferramentas. Arrase nas pistas!

categoria: djs

6/10/2009 Mac OS X 0 votos Gratuito para testar

15,30 MB Total

412

Pacemaker Editor 2.0.0.14170

Uma ferramenta gratuita para criar setlists e mixar músicas como um DJ profissional!

categoria: djs

22/7/2009 Mac OS X 0 votos Gratuito

34,80 MB Total

1.044

Blip.fm

Transforme-se em um verdadeiro DJ com esse serviço que reúne rede social e serviço de
música por streaming.

categoria: djs

3/7/2009 Web – Roda no seu navegador 2 votos Gratuito Total

2.819
DrDJ 3.1.a2

Faça bonito nas festinhas discotecando como um DJ profissional sem precisar saber nada sobre
o assunto!

categoria: djs

18/3/2009 Mac OS X 0 votos Gratuito

347 KB Total

480

Tactile 12000

Duas mesas de som e um mixer em 3D para que você se divirta brincando de ser DJ.

categoria: djs

1/12/2008 Mac OS X 0 votos Gratuito

3,40 MB Total

6.916

Traktor DJ Studio 3.3.4

CD é coisa do passado! Faça sucesso nas pistas mixando suas MP3 de maneira profissional.

categoria: djs

28/11/2008 Mac OS X 0 votos Gratuito para testar

71,90 MB Total

5.043

DJ Puzzles Electrofunk 1.0

Quer tocar nas pickups como um DJ profissional? Aproveite os loops e samples de Electrofunk
e divirta-se!

categoria: djs

17/11/2008 Mac OS X 0 votos Gratuito para testar

22,39 MB Total

2.480

Muxtape

Para você que remixa e misutra músicas, poste no Muxtape e deixe que todos ouçam suas
criações.

categoria: djs

8/7/2008 Web – Roda no seu navegador 3 votos Gratuito Total

35.966
YourSpins

Brinque de DJ e faça mixagens de diversas músicas nesse site gratuito.

categoria: djs

11/6/2008 Web – Roda no seu navegador

2 votos Gratuito Total

20.105

LINUX

The Linux Digital DJ

BeatForce a computer DJ system for two players with independent playlists, song databases,
mixers, samplers, et cetera

BpmDj very interesting set of programs for the Linux DJ

DBMix software DJ digital audio mixing system

DJ Krazy a neat MP3/CD mixer for the Linux DJ in us all…

DJPlay “aims to be a high-class live DJing application for Linux”

Final Scratch pro-audio computerized DJ system from Stanton Magnetics

GDAM Geoff & Dave’s Audio Mixer, a new mixer for the Linux digital DJ

Jay’O’Rama cool DJ tool for PCM/MP3/OGG playback and manipulation

Mixxx a cool DJ mixer from the Andersen brothers

MP3Mixer a system for mixing multiple MPEG audio streams in realtime

Oolaboola virtual turntable fun with Eric Tiedemann’s “open-source cyber-shamanic noise-
maker”

OpenJay dedicated site for open-source DJs


OpenJay Development Krew Forum a site dedicated to discussing “…problems, code,
techniques, tips & tricks and all issues related to the computer DJing world”

UltraMixer very cool virtual DJ mixing software, requires Java

terminatorX enables hip-hop style “scratching” of WAV file

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