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Curso de Mixagem para DJ – Versã o 1.

0 _ Ravi Fornari

EQUIPAMENTOS
Uma Pequena Introdução.

Este texto não pretende esgotar o vasto assunto que abrange os


equipamentos utilizados profissionalmente por DJ’s. É uma tentativa
semples e rápida de dar ao aluno uma noção introdutória, ou seja,
um primeiro contato basicamente esclarecendo quais equipamentos
são utilizados e quais as funções a que estão destinados.
Normalmente , o DJ utiliza para sua atividade (que consiste
basicamente em: realizar a transição entre duas músicas, sendo
necessário para isso igualar a velocidade das mesmas, medidas em
batidas por minuto (BPM); e corrigir eventuais diferenças de volume)
pelo menos dois aparelhos responsáveis pela execução das músicas
que podem ser toca discos, “CD players” e também computadores
(associados controladores), além deum terceiro aparelho chamado
“Mixer, onde as músicas serão “misturadas”, originando daí o termo
mixagem, proveniente do inglês “mix”, que significa misturar.
Para que o DJ possua controle desta tarefa, é geralmente utilizado
um fone de ouvido profissional (Headphone), empregado para
auxiliar a sincronização das músicas: enquanto a música principal
toca nas caixas de som, a próxima música na sequência é
monitorada e devidamente ajustada através do fone.
Partiremos agora para uma breve explicaçãoo sobre os aparelhos,
que será seguida de um pequeno esquema mostrando como montá-
los e quais cabos e plugues são utilizados nesta tarefa.
Após este primeiro contato com os equipamentos e sua
montagem, o aluno encontrará uma simplificada descrição teórica da
estrutura musical, além da descrição das técnicas que são
necessárias para a tarefa da mixagem em si.
Por último, já buscando dar ao iniciante uma noção mais amplado
universo musical que pode por ele ser alcançado, serão
apresentados dois textos relacionados com as tecnologias
computacionais relacionadas a música: o áudio digital e o padrão
MIDI.
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I – TOCA DISCOS (Pick Ups ou


Turntables)
As pick-ups foram os aparelhos pioneiros utilizados na prática de
mixagem. São equipamentos considerados clássicos, e até hoje são
utilizados, porém com menos frequência. Ainda são utilizados por
alguns DJ’s de House, Techno e Hip-Hop. As pick-ups profissionais
possuem alguns recursos que diferenciam de um toca discos
comum, como por exemplo o “pitch” (utilizado para aumentar ou
diminuir a velocidade de reproduçãoo da música) e o direct drive
(sistema onde o prato é o próprio eixo do motor, dispensando a
utilização de correias para girá-lo). Além disso, as pick-ups possuem
dois componentes de bastante importância, que devem ser
escolhidos de acordo com a necessidade de cada DJ: as agulhas e
as cápsulas. Nas pick-ups profissionais as agulhas suportam sem
quebrar os movimentos do DJ, e não arranham o disco de vinyl,
diferentemente dos aparelhos domésticos.
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II – CD PLAYERS (CDJ)
Atualmente preponderantes, os CD Players durante alguns anos
tentaram, com resistência dos DJs mais antigos, substituir as “pick-
ups” como principal ferramente de trabalho dos DJs. Hoje se
consolidaram no mercado, e são a principal ferramente em festas,
clubs por todo o mundo. Cada vez mais tecnologicamente atraentes,
possuem uma grande variedade de marcas e modelos utilizados
profissionalmente, indo desde os chamados “single” (aparelho de CD
simples) até o dual (aparelhos duplos), e ainda aparelhos que
aceitam “Pen Drives”, “SD Cards”, Mp3 etc. Há também aparelhos de
CD duplos vendidos com o mixer já integrado. As principais
características desses equipamentos são a possibilidade de
subdividir a música em partes muito menores, para possibilitar a
marcação do ponto bem onde se quer. O “pitch” que assim como nas
pick-ups serve para aumentar ou diminuir a velocidade da música. E
por fim o “JOG” que é o disco que gira bem ao centro do CD Player.
O Jog serve como um prato da “pick-up”, nele você atrasa ou adianta
a música, possibilitando a mixagem.
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III – MIXERS
Como ja foi dito anteriormente , o Mixer é o aparelho na qual se
conectam os equipamentos responsáveis pela execução das
músicas (Pick-Ups, CD Players, computadores), para que as
mixagens (misturas) possam ser realizadas. Dentre os equipamentos
profissionais para DJs, são aqueles que possuem maior variedade
de marcas e modelos de acordo com cada tipo de necessidade.
Existem mixers especiais voltados para performance, normalmente
mais simples e resistentes, como também os Mixers mais
sofisticados e com maiores recursos utilizados principalmente na
produção musical.
Os mixers podem possuir de dois até uma grande quantidade de
canais, como 16 ou 32 por exemplo. Em cada canal pode ser ligado
um equipamento de áudio (como CD Players e Pick-Ups) possuindo
propriedades específicas que podem ser ajustadas através do
aparelho, como volume e equalização. Alguns Mixers também
possuem outras funções como efeitos e a possibilidade de fazer
“loops”. Além disso, é o Mixer que possibilita escutar através do fone
a execução simultânea das músicas, dando assim condição para que
seja realizada a mixagem.
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IV – SAMPLERS, EFEITOS e FONES


Samplers e processadores de efeitos são equipamentos utilizados
para dar um toque diferenciado as músicas. Quando utilizados na
medida certa produzem excelentes resultados na pista. Alguns CD
Players e Mixers possuem alguns destes recursos embutidos, que
vão desde a cópia de um determinado trecho do áudio para posterior
execução (sample, loop) até a aplicação de filtros, delas e reverbs
(processadores de efeitos).
Já os fones, que além de serem parte essencial do equipamento
do DJ, são usados para monitorar a execução das músicas e
aplicação de efeitos. Cabe lembrar que o correto é o DJ utilizar
somente um dos lados do fone: um ouvido escuta a música em
execução na pista, e o outro escuta a música monitorada (a próxima)
através do fone.
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MONTAGEM DE EQUIPAMENTOS
Esquema Geral

Uma pequena introdução á montagem básica de equipamentos é


sempre necessária ao DJ iniciante. Vimos, anteriormente, um pouco
dos vários equipamentos de áudio com os quaiso o DJ está
acostumado a lidar. De acordo com as necessidades, marcas e
modelos, é possível conectá-los de diversas maneiras diferentes,
sendo por isso sempre aconselhável uma leitura atenta dos manuais
antes de fazê-lo.
O esquema ilustrado na página seguinte representa uma
configuração básica da montagem dos equipamentos. Abaixo segue
uma pequena explicaçãoa respeito dos termos mais comuns
encontrados nos equipamentos:

LINE/CD: Tipo de sinal de áudio utilizado na maioria dos


equipamentos e que por não ser pré-amplificado, mantém sua
qualidade original. É o responsável pela comunicação entre os
equipamentos (CD Player e Mixer) através de conectores
encontrados normalmente na parte traseira dos mesmos,
denominados Line in/out (entrada/saída de sinal)
PHONO/PH: Tipo de sinal utilizado pelos toca discos. Exerce a
mesma função que o LINE, porém apenas para toca discos.
IN/OUT (Input/Output): Respectivamente entrada e saída de sinal.
Identificam conectores que emitem o sinal (out/output) e os que
recebem o sinal (in/input).
CH/CHANNET (Canal): São os canais de entrada de áudio onde se
conectam os CD Players, toca discos ou computadores. Referem-se
aos canais presentes em um Mixer.
LEFT/RIGHT (L/R): Respectivamente, canais esquerdo e direito (que
formam o Stereo). Nos conectores, a cor vermelha representa
sempre o lado direito (Right/R) e o preto (ou branco) o lado
esquerdo. Certifique-se sempre de sua correta conexão!
MIC/MICROPHONE: Conector para uso de microfone.
AMPLIFIER/AMP: Amplificador. É a saída principal de áudio onde
será plugado a saída do mixer. E onde também se conectam as
caixas de som.
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CABOS, CONECTORES (PLUGUES)


Os conectores (ou plugues) normalmente mais utilizados em
sistemas de áudio são o RCA, o P2 e P10 (vulgarmente denominado
de plugue tipo “banana”). Encontrados em modelos macho e fêmea.
Nos casos dos conectores P2 e P10 podem ser também mono ou
stereo, de acordo com a presença de uma ou duas linhas pretas na
parte metálica do plugue. Tais conectores são usados nos cabos que
interligam os equipamentos e, como ja foi dito anteriormente, é
importante observar as cores de tais cabos para que sejam ligados
de forma correta aos equipamentos stereo.
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MÚSICA
I – ANÁLISE ESTRUTURAL
Um mínimo de conhecimento sobre a estrutura da música se faz
necessário para a atividade de DJ. Obviamente, DJs com um maior
conhecimento musical tendem a ser melhores em suas funções. No
entanto as informações contidas nesta apostila sejam, a princípio,
suficientes para os iniciantes.
O gráfico abaixo representa algumas das partes que compõem
tipicamente uma música dance ou eletrônica. Ampliada. Está a
representação de uma frase musical, que pode ser subdividida em
compasso, que é composto por outra unidade menor, o tempo (ou
batida)

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A) TEMPO (Ou Batida)

Representa cada uma das unidades que compõe um compasso.


Os tempos podem indicar presença ou ausência de som, sendo
então chamados respectivamente de tempos positivos ou negativos.
Na notação musical, são representados por símbolos conforme a
tabela abaixo:

B) COMPASSO

Os compassos são unidades de medida composta por tempos


agrupados em porções iguais de dois em dois (compasso binário), de
três em três (compasso ternário), de quatro em quatro (compasso
quaternário) e outros de frequência mais rara.
É representado na notação musical através de um símbolo
denominado barra ou travessão, que separa um compasso do outro.

Observe as barras verticais que separam os compassos e como a


mudança de um compasso para outro pode ser facilmente percebida
através da batida mais forte, graficamente representada pela seta de
cor preta na ilustração acima.

Exemplos de compasso e seus respectivos estilos musicais:


Binário >> Marcha
Ternário >> Valsa
Quaternário >> Dance, Techno, Funk, Rock...Quase todos os estilos!

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C) FRASE MUSICAL

Frases musicais são normalmente conjuntos de quatro ou oito


compassos agrupados de acordo com as semelhanças rítmicas e
melódicas que apresentam.
Pode-se perceber uma mudança de frase musical através do
acréscimo ou da retirada de um certo instrumento (ou vocal) da
música, além de ser muito comum no final de cada frase ocorrer uma
variação mais acentuada de um instrumento ou efeito, tendo como
finalidade anunciar o fim de uma frase e o início da outra.
Os produtores de música eletrônica trabalham mais comumente
com frases musicais de 4 ou 8 compassos quaternários, o que
significa respectivamente frases de 16 ou 32 tempos, sendo as de 16
tempos mais comuns.
Na representação gráfica abaixo, um exemplo de duas frases
sequenciadas, apresentando uma variação nos tempos do último
compasso.

II – BPM (BATIDAS POR MINUTO)

O termo BPM, originado do inglês Beats per Minute, é um


conceito chave a ser compreendido por qualquer DJ. O BPM
representa a medida da velocidade da música, podendo ser
comparada com a medida da velocidade de um carro, em
quilômetros por hora, por exemplo.
De acordo com as variações impostas pelos diferentes gêneros
musicais, o DJ utiliza músicas de BPMs próximos ou idênticos para
realizar as mixagens. Portanto sempre que houver diferença entre os
BPMs de duas músicas, o DJ deverá utilizar um recurso especial dos
aparelhos profissionais, já citado anteriormente, chamado
Pitch/Tempo Control.
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Através do Pitch é possível para o DJ realizar alterações no BPM
das músicas, aumentando ou diminuindo sua velocidade. Por
definição, encontram-se nos aparelhos os símbolos “+” e ”-“
indicandoa acréscimo ou decréscimo no BPM.
Toda alteração de BPM influi de algum modo na tonalidade (notas)
musical. Por esse motivo é aconselhável escolher músicas que não
tenham diferenças muito grandes em seus BPMs, de modo que não
seja preciso realizar alterações muito altas no Pitch (mais altas que
5%).
Cada estilo musical explora uma faixa de BPM’s. No Hip-Hop pode
variar entre 70 e 100 BPM. No House por exemplo essa faixa situa-
se geralmente entre 115 e 128 Bpm. O Techno explora parte desta
faixa, por vezes se estendendo até 135 ou 140 BPMs. Já o Trance
varia normalmente entre 132 e 150 BPMs (existem estilos hoje que
vão até 200 BPMs como o Dark Psy Trance). O Drum’n Bass
geralmente utiliza BPMs acima de 160.

ETAPAS PARA SE CORRIGIR E SINCRONIZAR O BPM

Durante o preparo da mixagem, é necessário a utilização do fone


em um dos ouvidos para se monitorar a musica que ainda será
sincronizada com a música que já está sendo executada na pista.
A primeira função a ser realizada é a definição do ponto (CUE):
deve-se marcar na música que está sendo monitorada no fone, o
ponto exato onde surge o primeiro tempo de alguma frase músical,
ou seja, sua primeira batida. Através do botão CUE presente nos
aparelhos profissionais, é possível salvar este ponto. A partir daí, a
música pode ser recomeçada sempre do ponto que foi previamente
definido assim que apertado o botão PLAY.
Após a correta marcação do CUE, a música do fone deve ser solta
(PLAY) também no início do primeiro tempo de uma frase da música
que já está sendo executada na pista. Feito isso, instanteneamente
deve-se buscar perceber se a música do fone saiu adiantada ou
atrasada em relação à outra e, caso necessário, será preciso efetuar
sua correção através do JOG (PITCH BEND)
Veja na próxima ilustração três situações distintas e as respectivas
utilizações para o JOG.

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Em músicas que possuem o BPM idêntico, o JOG servirá como um
corretor, caso uma se mostre adiantada ou atrasada em relação a
outra. Já em músicas com BPMs diferentes, o JOG deverá ser
utilizado em conjunto com o Pitch Control, que altera a velocidade
de uma das duas músicas, reduzindo gradativamente a diferença de
BPM entre as músicas até que não seja mais necessária a utilização
do Pitch Control (A partir do momento em que o BPM das músicas já
estiver igualado).

III – EQUALIZAÇÃO

Músicas são compostas por sons de diferentes frequências. As


frequências mais baixas formam os sons graves, enquanto as
frequências mais altas, sons agudos.
O ouvido humano é capaz de perceber frequências que vão de
20Hz (as mais graves) a 20.000Hz (as mais agudas). Na verdade os
sons percebidos por nós como graves variam na faixa entre 20Hz e
200Hz, e os agudos entre 7.000Hz e 20.000Hz.

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Os mixers profissionais utilizados por DJs costumam possuir em
cada um de seus canais de áudio o dispositivo chamado
Equalizador. Os Equalizadores são utilizados para ajustar o volume
das frequências de som de uma determinada música. Nos Mixers
essas frequências geralmente são divididas em 3 bandas: grave
(low), médio (mid) e agudo (high). Mesas de som ou outros Mixers
mais sofisticados podem possuir maior número de bandas em seus
equalizadores, dando ainda mais precisão no momento de equalizar
o som.
Ao se realizar uma mixagem é necessário observar se as músicas
precisam de correções ou ajustes nos volumes de suas frequências.
Desta forma, uma música que apresenta linha de baixo com pouco
volume pode ser corrigida acrescentando mais volume aos graves,
ou então, no caso de músicas onde os pratos (hats) estejam altos
demais, podem ser corrigidas através da diminuição no volume de
agudos. É bom frisar que nunca se deve alterar demais a
equalização.

Na ilustração abaixo temos um típico equalizador de 3 bandas, que


é utilizado na grande maioria dos mixers hoje presentes no mercado.

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AUDIO DIGITAL
I – INTRODUÇÃO

O áudio digital nada mais é do que um fluxo de bytes que contém


informações sobre amplitude (volume) de um som. Em outras
palavras, quando falamos sobre CD ou um arquivo de áudio em
computador, estamos falando exatamente de uma série de bytes que
representam uma sequência de picos de volume.
As frequência (já citadas anteriormente no tópico sobre
equalização) são o resultado da repetição periódica de uma certa
amplitude. Se, por exemplo, uma amplitude é representada por um
sample (amostra) 220 vezes em 1 segundo, nós escutamos um com
com frequência de 220Hz. Consequentemente, um segundo de de
áudio digital pode representar qualquer combinação de frequências
até os limites da sample rate (ou seja, as frequências são repetições
de uma dada amplitude, e a sample rate indica quantas destas
amplitudes são possíveis por segundo) e o bit depth (que informa
qual a quantidade de dados está representada em cada amplitude).
Em um CD de áudio normal, nós encontramos um formato que
transmite 44.100 samples por segundo através de um bit depth de 16
bit. Para se ter uma idéia do que isso significa, um byte com bit depth
de 16 bit pode representar números de 0 a 65536. Jaá um byte com
bit depth de 8 bit pode representar números de 0 a apenas 256. Com
uma sample rate de 44.100Hz, é possível representar frequências de
até 22.050Hz.
Conclusão: quanto maior o bit depth, maior a quantidade de
informação que o arquivo de áudio será capaz de armazenar, e
quanto maior a sample rate, maior a quantidade de frequências que
será possível reproduzir de um arquivo de áudio digital.
Atualmente, devido a popularização dos computadores e, em
paralelo, o desenvolvimento do áudio digital, tornou-se muito comum
o emprego desta poderosa ferramenta para fins musicais, como
edição e produção musical. Além destas, são outras atividades de
grande interesse para DJs a manipulação e gravação de arquivos de
áudio digital em mídia eletrônica (CD, DVD, SD Card, Pen Drive).

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II – TIPOS DE ARQUIVO (WAVE, MP3, AIFF)

Com o advento do áudio digital, surgiram softwares (programas de


computador) especializados em manipular de diversas formas os
arquivos gerados por esta tecnologia. Processos de edição musical
que anteriormente eram realizados através de recorte e colagem de
fitas magnéticas, hoje em dia são realizados com precisão muito
maior e em tempo muito menor através de utilização destes
programas específicos.
Hoje no mercado existem inúmeros programas de edição e
produção musical profissional. Alguns bons para edição são o Sony
Sound Forge, o Steinberg Wave Labs e o Adobe Audition. Para
produção de musica eletrônica os mais usados hoje são o Logic da
Apple, o Cubase da Steinberg, o Ableton Live, Fruit Loops, Reaper
(Free Download) entre outros.
Os arquivos de áudio manipulados por computador podem possuir
uma série de formatos diferentes. É importante saber um pouco
sobre estes formatos. A tabela abaixo relaciona alguns dos mais
utilizados e suas características técnicas:

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O áudio em computador costuma consumir grande espaço no
disco (HD). Para solucionar este problema, foram criados inúmeros
formatos de compressão dos arquivos de áudio digital. Cabe lembrar
que arquivos em formato comprimido apresenta perda de qualidade
sonora, na medida em que uma maior taxa de compressão for
utilizada. Desta forma, quanto mais comprimido um arquivo, menor
será seu tamanho em bytes, como também menor será sua
qualidade.

MIDI
O que é um MIDI ?

MIDI, ou MUSICAL INSTRUMENT DIGITAL INTERFACE, é um


padrão que possibilita a comunicação entre instrumentos musicais e,
além disso, entre instrumentos musicas e computadores.
O padrão MIDI foi inicialmente desenvolvido com o intuito de fazer
com que uma tecla executada em um determinado teclado pudesse
enviar informação e fazer disparara sua correspondente em outro
teclado, independente do fabricante (padrão). Esse padrão evoluiu
bastante, se consolidou, e hoje se encontra presente em
praticamente toda a indústria de equipamentos musicais
profissionais.
Erroneamente costuma-se achar que arquivos ou cabos MIDI
transmitem áudio. O padrão MIDI não transmite áudio, e os arquivos
MIDI (.midi ou .mid) não são arquivos de áudio. Na verdade, o que o
MIDI transmite são mensagens digitais (sinais) que comandam os
aparelhos capazes de executá-lo. Os arquivos MIDI contém
informações sobre como um determinado instrumento deve ser
executado. Por exemplo: quais notas executar, quando as executar,
qual a duração da execução, etc.
Muitos dos equipamentos atuais utilizados por DJs em suas
performances são equipamentos MIDI, como é o caso de alguns toca
toca discos, processadores de efeitos e controladores (que na prática
são equipamentos que não produzem som algum, mas se
conectados através do padrão MIDI ao computador ou a outros
teclados são capazes de controlar a execução e as funções destes).

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Veja na imagem a seguir o esquema representando uma
configuração entre computador e instrumento midi:

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