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DON’T PLAY WHAT’S THERE, PLAY

WHAT’S NOT THERE! (Miles Davis)

GET
YOUR
MUSIC!
WORKS OF ART MAKE RULES, RULES
DO NOT MAKE WORKS OF ART
(Claude Debussy)

LEARNING MUSIC
PRODUCTION

ACCUBEE. COPYRIGHT 2018


DO INÍCIO!
"Fluxo de sinal" é o caminho que um sinal de áudio percorre da
entrada (input) até as saídas (outputs). Esse roteamento do sinal
dentro do sistema é confuso, mas é essencial compreendê-lo e
entender como pode influenciar no resultado de uma produção.
Não estamos falando sobre "como ligar as coisas" e sim o
caminho do som dentro do sistema, ou seja, estamos falando do
som depois de gravado.
Claro, antes você precisa gravar o áudio. E falaremos sobre isso
no e-book "Estrutura de ganho", que também faz parte do fluxo
de sinal, e veremos as 3 opções comuns para se gravar áudio.
Lembrando que o "channel strip" se refere a um canal de um
mixer, pode ser o próprio mixer ou apenas um channel strip dele
como na imagem. Você conhecerá no e-book sobre estrutura de
ganho.

Mas aqui veremos o caminho do som dentro do sistema. E como


precisamos ilustrar utilizaremos imagens do Cubase mas lembre-
se que as "seções" e "funções" são comuns para todos os
softwares profissionais e mixers.

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Para ilustrar bem as "seções" e "funções" de um canal, veja como
elas são praticamente universais, abaixo você tem um mixer(ou
console) SSL G4000, e ao lado um canal de áudio no Cubase.
Veja como o software "imita" o hardware. Você pode ver que as
"seções" clássicas de um canal são as mesmas. E essas seções
devem ser decoradas ok!

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Agora vamos detalhar o caminho do sinal dentro de um canal de
áudio e algumas opções comuns de "caminhos" dentro do
sistema

Se bateu um desespero vendo o gráfico calma! Vamos entender


cada "parte" e suas funções. Mas como pode notar acima, depois
do canal de áudio o som pode "passear" entre saídas(output
busses), canais de efeito (fx busses) e grupos(group busses).

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Apesar de haver váriações, temos "seções" de um canal de áudio
que são clássicas como vimos, e seguidas pela maioria dos mixers
e DAW's. Compreendendo essas seções clássicas, você
conseguirá entender as variações quando encontrar.
Não utilizar uma determinada seção, como por exemplo o
equalizador, não altera em nada o resultado ok. O importante é
saber por exemplo, que uma "seção" pode ser pré (antes) ou
pós(depois) outra, ou seja, "o som primeiro passa por aqui e
depois por ali", isso terá influência no seu trabalho.

Todos os consoles(mixer ou mesa de som) de mixagem, sejam


analógicos ou digitais, hardware ou software, fazem basicamente
a mesma coisa - eles "pegam" os sinais de vários canais, misturam
passando pelas "seções" de cada canal e encaminham essa
"mistura"(mix) a uma ou mais saídas. Essas saídas podem ser a
"estéreo principal", uma saída de "subgrupo", uma saída "Auxiliar"
(sends ou aux), ou tudo ao mesmo tempo!

O "BUS"
Em áudio você vai ouvir falar muito! Mas o que é um BUS?
Bom, o problema é que um bus não tem uma definição específica!
Vamos simplificar como sendo um "canal" com uma determinada
função. Temos várias funções para um bus. Mas a princípio ele é
um "canal", também conhecido em áudio como "barramento",
onde o sinal de outros canais "passarão" por ele para uma realizar
uma determinada função dentro do projeto.

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Vamos a alguns exemplos de "busses" para que você tenha uma
"luz" sobre o assunto "bus":

Input BUS: Canal de entrada. Criando um "input bus" para o seu


projeto, você está simplesmente criando um canal de entrada
"roteado" (ligado) a um canal de entrada da sua interface (ou
outro equipamento que utilize como entrada para gravar). Em
softwares como o Cubase, para gravar, você precisa criar um
input bus, que tem a função de fazer a ligação entre a sua entrada
"física" e o canal de áudio do software. Da mesma forma terá que
criar os "Outputs Busses" roteados (direcionados) para as saídas
da sua interface para que o som vá para seus monitores e fones.

BUS group: O famoso canal de grupo, ou subgrupo, utilizado


para? Agrupar canais! Por exemplo, você cria um "bus" para
utilizar como "grupo da bateria" e pode "enviar" as saídas de todos
os canais da bateria para este bus(ou grupo), assim pode
controlar o volume (entre outras coisas) de toda a bateria em
apenas um canal, o grupo da bateria.

Fx BUS : Ou canal de efeito. Você cria um bus em seu projeto para


utilizar como um canal de efeito, onde pode colocar um reverb
por exemplo. E "envia" para ele o som de todos os canais que
você queira que tenham este reverb. Você terá o som dos canais
"passando" pelo canal de efeito e ganhando efeito.

Mix BUS : Nada mais é que seu canal de saída principal, por onde
toda a mixagem ou mistura passará no final, também conhecido
como "Stereo out" no Cubase, ou "Main mix" em alguns mixers.

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Vamos ver as seções clássicas de um canal de áudio igual ao das
imagens acima, e na ordem de "passagem do som" para entender
esse "caminho". Lembrando que você encontrará as mesmas
seções nas outras DAW's profissionais e mixers. Decore elas!!

INSERTS: Depois de passar pela entrada e pelo pré, essa costuma


ser a primeira "seção" do seu canal de áudio.
Utilizamos os "inserts" para inserir, colocar, ou "insertar" plugins
(processadores e efeitos de áudio) em nosso canal e usá-los para
manipular o áudio. Dentre eles, compressores, filtros, de-essers,
saturações, etc...

Queria ver a importância do Fluxo de sinal?


No Cubase, por exemplo, temos 6 inserts
"pré tudo"(antes de tudo). O som passa
primeiro pelo insert 1, depois pelo 2, pelo 3,
4, 5, 6 e segue para próxima seção, o Strip.
Decore isso! Nos inserts a ordem dos
fatores altera o produto! A ordem dos
plugins te dará resultados diferentes!

Por exemplo, ao lado você vê a seção de inserts do


Cubase. Invertendo a ordem do "Compressor" que
está no insert 1 com o reverb "RoomWorks" que está
no insert 2, poderemos ter outro resultado sonoro.
O "som" obtido passando primeiro pelo "Compressor"
e depois pelo "RoomWorks", difere do som obtido
passando primeiro pelo "RoomWorks" e depois pelo
o "Compressor". Não esqueça disso!
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STRIP E EQUALIZADOR: Depois de passar pelos "inserts", onde
"insertamos" processadores e efeitos, o som vêm para o strip e
equalizador , que são os processadores que "já vem com o
canal", são "fixos".
No Strip você encontra os processadores
comumente usados em uma mixagem.
Encontrados também em mixers famosos,
como compressor, de-esser e gate. Em
softwares o strip tem mais variações e
alguns nem contam com um strip no canal.

Depois de passar pelos inserts, e pelo Strip, o sinal ou som,


segue para o equalizador. Utilizado para manipular frequências
(graves, médios, agudos), o equalizador é basicamente um grupo
de filtros, alguns com mais filtros e outros menos.
Vamos a mais um exemplo da influência do
fluxo de sinal. Surgirão situações onde antes
de usar qualquer plugin você precisará dar
"uma equalizada" no som para corrigir algo.
"Ahh, mas o sinal passa antes pelos inserts
e pelo Strip" para dai passar pelo eq!
Nesse caso, você deverá "insertar" outro
equalizador(plugin) no primeiro insert do
canal e não utilizar o equalizador do canal
para isso. Assim terá um equalizador antes
de qualquer outro processador como
precisa!

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Depois do equalizador, pela ordem "visual" temos os "Sends" e
depois a seção de "Pan" e "Fader".

Na figura do canal de áudio ao lado você pode ver


que depois do equalizador temos os "Sends" e
depois o "Fader".
Mas como um "Send" pode ser pré ou pós Fader,
que significa "antes ou depois do Fader", vamos já
definir o Fader para podermos falar da seção de
Sends, porque apesar de "visualmente" os Sends
estarem antes do Fader, eles podem ser antes ou
depois, pré ou pós Fader.

Fader , controle de volume ou potenciômetro. Um fader


funciona como um potenciômetro padrão, mas em vez de girar,
ele desliza. No caso da seção Fader do canal, ele representa o
volume do canal, e, "geralmente", é o último estágio do canal.
Em alguns softwares você ainda encontra "inserts" que são pós
Fader ou seja, o som que passa pelo Fader ainda passará por
estes inserts. Pense no Fader como o "volume do canal".

Agora que sabe que o Fader é o volume do canal, logo acima


dele temos o "Pan", o som primeiro passa pelo Pan e dai vai
para o Fader. E o Pan nada mais é que o controle responsável
pela posição panorâmica do canal na mix. Se este canal ficará
no centro, para esquerda ou para a direita, como também pode
ser apenas "um pouco" para a esquerda ou para a direita.
Veremos mais sobre o "paneamento" em mixagem.

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Agora que sabe o que é o Fader, podemos falar dos Sends!
AUXILIAR OU SENDS: Os Aux ou Sends são "saídas auxiliares"!
Além da saída principal, o canal tem os Sends ou Aux, que
enviam o som do canal para onde você precisar além da saída
principal.
Você pode precisar de saídas auxiliares para várias finalidades.
Um exemplo é enviar o som dos canais para o fone do(a)
vocalista/músico por uma saída diferente. Para que cada um
escolha os "seus" volumes. Você tem a sua mixagem pela saída
principal de cada canal e o músico tem a dele pelos sends.
Outro exemplo é enviar o som de um
canal para um canal de efeito.
E porque usar um efeito em outro
canal e não no insert direto no canal?
Para poder usar o mesmo efeito para
mais canais. Basta enviar o som pelo
send de cada um para o canal do
efeito. Outro motivo é usar uma
equalização diferente para o efeito.
Veremos estes exemplos mais adiante durante o curso. O que
importa agora é que aqui a coisa muda de figura e o fluxo de
sinal fala mais alto! Porque?
Sempre que utilizar um Send ou Aux, você terá que decidir se
este send será pré ou pós fader. Que significa se o sinal, depois
de passar pelo equalizador, irá direto para o send (pré) ou
passará pelo fader antes (pós).

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Abaixo temos as duas situações, o send em pré e pós fader:

PÓS FADER
Quando o sends está em modo pós fader, o som
passa pelo fader do canal antes de ir para o send!
Pós fader, depois do fader!
Ou seja, qualquer alteração no volume (fader)
afetará o send, pois o send vem depois do fader!
Se abaixarmos o volume(fader) do canal, abaixará
o sinal que vai para o send, se aumentarmos idem.
Veremos isso na parte de mixagem do curso. Por
enquanto decore que o send pós fader terá um
sinal que "dependerá" do que é feito no fader!

PRÉ FADER
Já o modo Pré Fader não significa que seja o
contrário, o som não passa primeiro pelo send e
dai vai para o fader. Não! No modo pré fader o
som vai para os dois simultâneamente, tornando o
send independente do fader. Como se depois do
equalizador os sinais se separassem, mas na
realidade é apenas o mesmo sinal indo tanto para
o send como para o fader de forma independente.
Assim posso alterar o volume (fader) do canal que
nada acontecerá com o sinal do send.

Vamos detalhar os dois exemplos de uso de um Send para uma


melhor compreensão e veremos mais sobre os Sends durante o
curso na parte de mixagem.

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Aqui temos dois exemplos de utilização dos sends. Estamos
"enviando" o som do canal "10 BassAmp" para dois "lugares"
pelos sends do canal.

O send 1 está enviando o som do canal para uma saída, e a saída


para um fone. A barra verde é o volume do send!
E o send 2 enviando o som para um canal de efeito com um
reverb. O som do canal "10 BassAmp" sairá no canal "Reverb".
Somando na mixagem final o som sem efeito do próprio canal
"10 BassAmp" com o som "reverberado" do canal de efeito.

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O Send 1 está em modo pré
fader(verde), para que fique
"independente" do fader, ou
seja, o som sai do equalizador e
vai para o send "sem" passar
pelo fader. Caso eu altere o
volume do canal(fader), o sinal
do send não será alterado e o
volume do retorno(fone) do(a)
músico(a) se mantém como foi
regulado. Que nesse caso de
um retorno de fone é o que
queremos.
O Send 2 está em modo pós
fader(azul), ou seja, o som sai
do equalizador e vai primeiro
para o fader e depois para o
send.
E como estamos usando o send 2 para enviar o som do canal
para um canal de efeito(o canal "Reverb"), nós queremos que o
efeito "acompanhe" essa as alterações de volume. No modo
pós fader, quando eu abaixo o volume do canal, o sinal que
está indo para o send abaixa também pois está depois do fader,
e o sinal do reverb acaba abaixando junto proporcionamente e
automaticamente. Essa é a idéia básica, faremos muita prática
durante o curso para que esse "mecanismo" de pré e pós fader
fique "interiorizado" em sua cabeça.

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RESUMINDO!
Um Send ou Aux Pós- fader funciona após o fader do canal.
Isso significa que qualquer alteração de volume do canal altera
o sinal que vai para o send.
Envios em pós-fader são geralmente usados como “envios de
efeitos”, para enviar o sinal de um determinado canal para
outro canal com um processador de efeitos. Como o fader
controla o nível do sinal do canal que está sendo enviado para
a mixagem principal, e o send em pós fader varia com ele,
quando altermos o volume do canal o nível do sinal do efeito
segue essa alteração. Sem precisar regular o efeito a cada
alteração no fader do canal.

Um Send ou Aux Pré-fader funciona antes do fader do canal.


Isso significa que qualquer alteração de volume do canal não
vai alterar o sinal que vai para o send.
Envios em pre-fader são úteis por exemplo para situações de de
monitor(retorno) para vocalistas e músicos, para poder
controlar o nível desses retornos independentemente da
mixagem, ou o que você faz com os volumes de cada canal
para você. Se as suas alteração de volume no fader do canal
afetarem o nível dos monitores(retornos), seria necessário
ajustar os monitores depois de alterar o nível do fader do canal.
Ou você receberia uma bronca do(a) vocalista por alterar o
volume no fone rs... Por isso neste caso de "monitoração" de
retornos e fones o send deve ser pré-fader, independente do
"seu" volume.

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Apesar de usarmos o exemplo dos Sends ou Auxiliares por
serem mais comuns, econtraremos "botões" pré e pós em
outras funções, como pro exemplo existem opções em alguns
mixers e softwares para que os sends seja pré ou pós EQ, ou
seja, você escolhe se o sinal que vai para o send passará ou não
pelo equalizador.
Outra função muito comum em mixer é um "botão" AFL para o
fone, que quer dizer que você pode ouvir o som no fone do
mixer antes de passar pelo fader(volumes dos canais) ou AFL
(after fader listen), depois de passar pelos volumes ou faders.
Entender o fluxo do sinal de áudio para gravações e mixagens
baseadas em DAW's é vital para o trabalho eficiente da sessão.
Infelizmente, não é difícil se perder ou interpretar erroneamente
onde seus sinais estão indo e quando eles acessam diferentes
elementos de software e hardware de sua configuração. A
confusão sobre essas coisas pode levar rapidamente a ações
contraproducentes, configurações de roteamento incompletas
ou até loops de feedback perigosos.
Fluxo de sinal em ambiente analógico, em hardwares, tende a
ser mais fácil de compreender porque você pode ver os cabos
conectando-os. No entanto, em uma DAW, você normalmente
está lidando com conexões virtuais que não podem ser vistas.
Portanto, não é tão fácil quanto seguir ligações via cabos de um
dispositivo para outro como no analógico.
Portante preste bastante atenção ao que leu aqui e aplicaremos
na prática durante o curso para que o raciocínio de roteamento
de sinais no projeto fique automático!

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