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MASTERIZAÇÃO
bolinha vermelha (Record). Na janela que se abre, monitore o nível, regulando-o na mesa ou
no programa que controla a sua placa. O nível dos picos máximos deve chegar perto da marca
0 dB (zero decibel), sem nunca ultrapassá-lo (clip), sob pena de distorção no som.
Se a música vier de outro estúdio em CD-Audio, transforme-a num arquivo .wav por
meio do próprio Sound Forge (<File> <Extract Audio from CD> e depois <Save as> como
.wav estéreo de 44.1 kHz e 16 bits).
Pré-masterização. A fase mais crítica do processo é a da edição do material. Agora,
nossa música está num arquivo .wav aberto no Sound Forge. O primeiro passo é verificar o
nível do ruído e, se preciso, reduzi-lo. Na parte mais baixa da tela do Sound Forge temos
lentes verticais e horizontais para a visualização do gráfico com as ondas sonoras. Focalizando
o início do arquivo, antes da música começar, observamos o nível de ruído. Se for
insignificante, deixamos como está. Caso contrário, vamos usar o plug-in Sony Noise
Reduction. Aqui, muito cuidado para que a redução do ruído não altere os timbres de vozes e
instrumentos ou desequilibre a mixagem.
O Sound Forge
O próximo passo é cortar o início e o fim do arquivo. O corte é fundamental para que
cada música, no CD, comece no início e termine no fim de sua faixa. Parece redundante, mas
nada é mais desagradável que um CD demo com intermináveis segundos de espera entre as
canções. Cortar é simples: selecione, arrastando o mouse, os trechos de silêncio no início e no
fim do arquivo, e aperte a tecla <Delete>. O problema são os estalinhos que às vezes se
ouvem nesses pontos de corte. Resolvemos o problema selecionando um trecho bem curto (de
alguns milissegundos) logo antes da música começar e clicando em <Process>, <Fade> e
<In>; e selecionando um trechinho bem ao fim da música e clicando em <Process>, <Fade> e
<Out>. Nas músicas que terminam com um longo fade out de vários compassos, é preferível
“desenhar” o decréscimo de volume em gráficos de edição do que ficar arrastando
manualmente o controle de volume máster de uma mesa de som.
O passo seguinte é normalizar o arquivo, que é ajustar o volume pelo máximo pico.
Clique em <Process> e em <Normalize>.
Salvamos o arquivo .wav e passamos às próximas etapas.
Masterizando o CD. O CD-Architect, da Sony, é um excelente programa de
montagem de CDs de áudio. Um verdadeiro paraíso para masterizadores e discotecários, já
que seqüenciar canções é sua função. Uma vez detectado o seu gravador CD-R, ele está pronto
para nos ajudar a materializar o sonho: fazer o CD.
O CD Architect tem muitos recursos, como o uso não-destrutivo de plug-ins em cadeia
e em tempo real, como equalizadores, compressores, noise gates e enhancers programados por
música ou para todo o CD. O CD Architect grava CDs no formato Red Book usado pelas
fábricas de discos.
O CD Architect traz 20 plug-ins DirectX, dá zoom até cada amostra do áudio, copia e
cola facilmente trechos do áudio, inverte a fase do arquivo para evitar cancelamentos nos
crossfades, modifica tempos (BPM) e alturas (pitch ou afinações) em separado e em tempo
real e normaliza os volumes para nivelar os picos máximos entre as músicas. Prepara uma
coletânea com o melhor dos seus CDs em instantes, extraindo as músicas dos CDs e criando
outro com o CD Architect. Depois, imprime a ficha técnica a partir do nome dos arquivos. O
arquivo original de áudio pode ter até 32 bit e 192 kHz de amostragem, sendo convertido pelo
programa automaticamente para o padrão CD Audio de 16 bit e 44.1 kHz.
O CD Architect suporta dois monitores de vídeo, para você ter as músicas numa tela e
os plug-ins, por exemplo, em outro. Permite desenhar complexos envelopes de volume. Tem
um dispositivo que detecta 'clipes' ou distorções do áudio antes de queimar o CD. Ele interage
com o Sound Forge para você editar um arquivo no Sound Forge e devolvê-lo editado ao CD
Architect. Basta clicar com o botão direito do mouse sobre o arquivo e escolher "Open in
Sound Forge", operar o arquivo no Sound Forge, salvá-lo e minimizar ou fechar o Sound
Forge. O arquivo será modificado também no CD Architect.
No centro da tela, à esquerda, um simulador de CD player permite escutarmos as
músicas e navegar por elas, como é feito nos aparelhos de CD.
Organização das faixas do CD. Navegar no CD Architect é relativamente simples.
Na parte superior da tela, uma grande faixa horizontal, chamada de Audio Pool, é o local onde
trabalhamos com as faixas ou as músicas do CD. Escolhemos e ordenamos as faixas do CD a
partir de uma janela Explorer, que fica logo abaixo, simplesmente clicando e arrastando com o
mouse os arquivos WAV, AIFF, Windows Media ou MP3 (se instalarmos um plug-in próprio
para MP3) até algum ponto do Audio Pool. Quando o arquivo arrastado alcança a janela
Audio Pool, ele assume a forma de um oscilograma, o gráfico com as ondas sonoras.
Arrastamos outros arquivos do Explorer para o Audio Pool, adicionando faixas ao CD.
No Audio Pool, ainda com o mouse, arrastamos o gráfico com a segunda música para a
esquerda ou a direita, a fim de aproximá-la ou afastá-la da anterior. Isto aumenta ou diminui o
intervalo de tempo entre as duas. Se puxarmos o arquivo para cima do outro, podemos criar
um crossfade automático, mixando as duas músicas como os DJs. O final da primeira faixa e o
início da segunda se superpõem e podemos ver duas linhas se cruzando, uma abaixando e a
outra crescendo, ao mesmo tempo. Podemos selecionar vários tipos de fade in e fade out
rápidos, lentos e lineares, clicando sobre o envelope com o botão direito.
O CD-Architect
Outra função importante e facílima: criar novas faixas no CD, dividindo um mesmo
arquivo. Por exemplo, se você tem um arquivo único com o show todo ou um vinil inteiro,
você clica uma vez no Audio Pool sobre o ponto onde começa cada música e então tecla a
letra "T". Pronto: "Track 2". Clicou noutro ponto, teclou "T", "Track 3" e assim por diante. No
CD criado, as faixas se sucederão naturalmente.
Processamento dos plug-ins. No gráfico de cada música, no canto inferior direito, há
um botão chamado Event FX . Nele, adicionamos efeitos em cada música com plug-ins
DirectX para equalizar, comprimir, tirar ruídos e outros para melhorar o som de nossos
arquivos. Esses plug-ins DirectX, de todas as marcas, podem ser instalados, mas, de qualquer
forma, o CD Architect já vem com mais de 20 plug-ins.
Os plug-ins são operados isoladamente ou em cadeia. Clicando no botão Event FX,
abre-se a janela Plug-In Chooser, onde escolhemos o plug-in ou a seqüência de plug-ins.
Adicionamos os plug-ins, clicamos em OK e ajustamos os seus parâmetros na janela Audio
Plug-In, que se abre automaticamente. Após clicarmos de novo em OK, os plug-ins ficam
atuando sobre o arquivo em 'tempo real' quando este é tocado e vão atuar também no CD. Mas
o arquivo original não é alterado em nenhum momento.
Agora, ouvimos com atenção para verificar se os timbres estão bem equilibrados. Se
for absolutamente necessário corrigi-los, vamos apelar para um equalizador ou um enhancer.
Bons modelos de plug-ins são o equalizador paragráfico de 10 bandas Waves Q10 e o
enhancer DSP/FX Aural Activator. O enhancer (“melhorador”) realça harmônicos abafados
nas diversas etapas, como a captação e a mixagem. Mas, cuidado: equalizador não inventa
freqüências que não existem, apenas reforça ou atenua o que está gravado. Quanto mais
alteramos o equilíbrio entre as diversas freqüências graves, médias e agudas, mais riscos
corremos de deformar o trabalho, tornando o som artificial. Por isso, uma boa mixagem é
fundamental. Faça o dever de casa.
Outro ponto importante é a compressão dinâmica. Como sabemos, a compressão traz o
som “mais para a frente”. Isto é, comprimimos os picos de volume para podermos aumentar o
volume médio. O plug-in Waves Ultramaximizer é um limitador de picos ideal para a
situação. Reduzindo os picos excessivos no material mixado (por exemplo, do bumbo e da
caixa da bateria), o limitador aumenta automaticamente os demais sons, chegando a alterar os
níveis relativos dos instrumentos e vozes. Mais uma vez, cuidado: a ânsia de aumentar os
volumes não deve permitir que tornemos a música “chapada” ou sem profundidade. Esta
compressão final, de poucos decibéis, depende do gênero e estilo musicais. Na música erudita
e instrumental em geral, usamos muito menos compressão do que, por exemplo, numa música
eletrônica.
Outros recursos que podem ser usados são um analisador de espectro de freqüências,
que nos ajuda a “ver” o timbre geral da música, como o Brainspawn SpectR-Pro e um plug-in
para alargar ou estreitar o campo estéreo, como o DSP/FX Widener.
Crossfade
Uma vez organizadas as músicas, falta adicionarmos seu nome e o código ISRC que
identifica cada gravação ou fonograma junto à indústria fonográfica. Obtenha o número ISRC
de cada música junto a uma sociedade arrecadadora de direitos autorais. Então, inscreva-o no
campo ISRC da mesma música no CD Architect. Para isso, escolha embaixo a aba “Track
List”. Na tabela que aparece, o campo “ISRC” é o último, à direita.
Queimando o CD. Após a organização das músicas no CD vamos, finalmente,
“masterizar”. Coloque um CD virgem no gravador de CDs. Escolha mídia prateada de boa
marca e procedência confiável. No CD-Architect, clique no botão com a bolinha vermelha
(Burn CD), escolha o número de cópias, a opção de só gravar o CD e a velocidade de
gravação, que não pode ser maior que 8X. Após alguns minutos, o gravador se abrirá e o
programa deverá informar que o CD foi gravado com sucesso. Salve o arquivo do CD
Architect para queimar outros CDs ou para modificá-lo mais tarde.