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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

TRÁFEGO AÉREO

CIRCEA 100-113

CARTA DE ACORDO OPERACIONAL ENTRE O


CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA LIMA (PERU) E
O CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA
AMAZÔNICO (BRASIL)

2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

TRÁFEGO AÉREO

CIRCEA 100-113

CARTA DE ACORDO OPERACIONAL ENTRE O


CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA LIMA (PERU) E
O CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA
AMAZÔNICO (BRASIL)

2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PORTARIA DECEA Nº 1.170/DNOR1, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2023.

Aprova a edição da Circular que dispõe


sobre a Carta de Acordo Operacional
entre o Centro de Controle de Área Lima
(Peru) e o Centro de Controle de Área
Amazônico (Brasil).

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO


ESPAÇO AÉREO, de conformidade com o previsto no art. 21, inciso I, da Estrutura
Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto nº 11.237, de 18 de outubro
de 2022, e considerando o disposto no art. 10, inciso IV, do Regulamento do DECEA,
aprovado pela Portaria nº 2.030/GC3, de 22 de novembro de 2019, resolve:

Art. 1º Aprovar a edição da CIRCEA 100-113 “Carta de Acordo Operacional


entre o Centro de Controle de Área Lima (Peru) e o Centro de Controle de Área Amazônico
(Brasil)”, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor em 2 de janeiro de 2024.

Art. 3º Revoga-se a Portaria DECEA nº 236/DGCEA, de 30 de julho de 2015,


publicada no Boletim Interno do DECEA nº 148, de 5 de agosto de 2015.

Ten Brig Ar ALCIDES TEIXEIRA BARBACOVI


Diretor-Geral do DECEA

(Publicada no BCA nº 224, de 8 de dezembro de 2023)


CIRCEA 100-113/2023

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ................................................................................ 9

1.1 FINALIDADE .................................................................................................................. 9

1.2 ÂMBITO ........................................................................................................................... 9

2 TRANSCRIÇÃO DA CARTA DE ACORDO OPERACIONAL ............................. 10

3 DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................... 11

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 12

Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional ............................................ 13


CIRCEA 100-113/2023

PREFÁCIO

A edição da CIRCEA 100-113 tem como finalidade divulgar, em âmbito


nacional, a Carta de Acordo Operacional (CAOp) estabelecida entre o Centro de Controle de
Área Lima (Peru) e o Centro de Controle de Área Amazônico (Brasil) traduzida para a língua
portuguesa, conforme item 3.2.1 “a” da CIRCEA 63-5, “Orientações para Elaboração de
Carta de Acordo Operacional”.

Esta Carta de Acordo estabelece os procedimentos de gerenciamento de tráfego


aéreo, de coordenação e os pontos de transferência de comunicação e controle acordados entre
os órgãos operacionais envolvidos, atualizando os dispositivos até então regidos por acordo
anterior divulgado pela CIRCEA 100-13, “Carta de Acordo Operacional entre os Centros de
Controle de Área Amazônico e Lima” a qual, por conta de regras específicas de classificação
arquivísticas, teve que ser renumerada e, por conseguinte, revogada.
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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

Esta Circular tem por finalidade divulgar a Carta de Acordo Operacional entre
o Centro de Controle de Área Lima (Peru) e o Centro de Controle de Área Amazônico
(Brasil), que estabelece procedimentos operacionais para coordenação e roteamento de tráfego
aéreo entre as FIR.

1.2 ÂMBITO

Os procedimentos contidos nesta Carta de Acordo Operacional se aplicam aos


Centros de Controle de Área, produzindo efeitos nas operações aéreas que cruzam os limites
comuns da UTA/CTA/FIR.
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2 TRANSCRIÇÃO DA CARTA DE ACORDO OPERACIONAL

O Anexo desta Circular apresenta a transcrição (com ajustes editoriais em prol


da clareza e sistematização de seu conteúdo) da Carta de Acordo Operacional entre o Centro
de Controle de Área Lima (Peru) e o Centro de Controle de Área Amazônico (Brasil).
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3 DISPOSIÇÕES FINAIS

3.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas por
meio dos endereços eletrônicos http://publicacoes.decea.intraer ou
https://publicacoes.decea.mil.br, acessando o link específico da publicação.

3.2 Os casos não previstos nesta Circular deverão ser submetidos ao Sr. Diretor-Geral do
DECEA.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica.


Confecção, Controle e Numeração de Publicações Oficiais do Comando da Aeronáutica:
NSCA 5-1. Rio de Janeiro, 2011.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Elaboração


e Padronização das Publicações do SISCEAB: ICA 5-8. Rio de Janeiro, 2018.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo.


Orientações para Elaboração de Carta de Acordo Operacional: CIRCEA 63-5. Rio de
Janeiro, 2014.
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Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

CARTA DE ACORDO OPERACIONAL ENTRE O CENTRO DE CONTROLE DE


ÁREA LIMA E O CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA AMAZÔNICO

1 DISPOSIÇÕES PELIMINARES

1.1 OBJETIVO

O objetivo desta Carta de Acordo é estabelecer os procedimentos relativos ao


encaminhamento do tráfego aéreo entre as Regiões de Informação de Voo (FIR) Lima e
Amazônica, os pontos de transferência de controle e comunicações, bem como detalhar os
procedimentos de coordenação aplicáveis entre os Centros de Controle de Área, partes desta
Carta de Acordo Operacional.

1.2 ÂMBITO

Os procedimentos contidos nesta Carta de Acordo Operacional complementam


ou detalham, quando necessário, os procedimentos prescritos pelos Estados signatários,
contidos em seus Regulamentos Aeronáuticos, em concordância com as recomendações da
Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), e serão aplicados a todo tráfego aéreo
que cruze o limite comum das FIR mencionadas.

2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

2.1 ENCAMINHAMENTO DO TRÁFEGO AÉREO E ROTAS ATS

2.1.1 O tráfego que cruze o limite comum das FIR Lima e Amazônica será encaminhado
pelas rotas ATS especificadas na Publicação de Informação Aeronáutica (AIP) e pelas cartas
de navegação dos Estados envolvidos nesta CAOp, podendo se utilizar trajetórias diferentes
das mencionadas anteriormente, sempre que se coordene previamente entre os Centros de
Controle.

2.1.2 O tráfego IFR utilizando o espaço aéreo RVSM (entre FL290 e FL410, ambos níveis
inclusive) seguirá as rotas de acordo com o item 2.1.1.

2.1.3 O tráfego VFR que cruze o limite comum da referida FIR utilizará os níveis de
cruzeiro de acordo com o seguinte:
a) entrada no espaço aéreo brasileiro: o tráfego VFR que ingresse na FIR
Amazônica receberá instruções do ACC Amazônico para manter um nível
de voo VFR, observando o FL145 como limite superior para voos visuais; e
b) ingresso no espaço aéreo peruano: o tráfego VFR que ingresse na FIR Lima
receberá instruções do ACC Lima para manter um nível de voo VFR,
observando o FL195 como limite superior para voos visuais.

2.1.4 É PROIBIDO o ingresso de aeronaves nas FIR Lima e Amazônica sem a apresentação
de plano de voo de acordo com o formato aprovado e aceito internacionalmente. Se um dos
órgãos ATS não receber o plano de voo, a informação essencial para a prestação do Serviço
de Controle de Tráfego Aéreo será coordenada pelos circuitos de coordenação
correspondentes.
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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

2.2 SERVIÇO DE INFORMAÇÃO DE VOO

2.2.1 Os procedimentos descritos nos pontos seguintes se referem às coordenações


necessárias quando se proporcione somente Serviço de Informação de Voo e Alerta.

2.2.1.1 Será realizada a coordenação correspondente sobre os voos IFR e VFR que cruzem o
limite comum das Regiões de Informação de Voo. Esta coordenação incluirá a transmissão
das seguintes informações sobre os voos em questão:
a) partes apropriadas do plano de voo vigente;
b) a hora estimada sobre o ponto de transferência acordado;
c) código SSR; e
d) qualquer outra informação pertinente.

2.2.1.2 O ACC transferidor transmitirá a informação requerida no item anterior com no


mínimo vinte (20) minutos de antecedência em relação ao estimado para o ponto de
transferência.

2.3 SERVIÇO DE CONTROLE DE ÁREA

2.3.1 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES E COMUNICAÇÕES


AEROTERRESTRES

2.3.1.1 A menos que se coordene de outra maneira, a responsabilidade para a prestação dos
Serviços de Tráfego Aéreo se transferirá do ACC transferidor para o ACC aceitante quando
este último receba una indicação de que a aeronave haja sobrevoado o ponto de transferência
especificado para cada rota do Anexo A desta Carta de Acordo Operacional, ou outro ponto
de transferência acordado.

2.3.1.2 As comunicações ar-terra serão transferidas 5 minutos antes de a aeronave alcançar o


ponto de transferência especificado no Anexo A.

2.3.1.3 Não obstante o disposto no item anterior, o ACC transferidor, quando as condições
de tráfego o exijam, poderá atrasar a transferência de comunicações até que a aeronave
notifique haver sobrevoado o ponto de transferência acordado.

2.3.1.4 No momento estabelecido para a transferência de comunicações ar-terra, o ACC


transferidor autorizará a aeronave a estabelecer comunicação com o órgão ATS
correspondente.

2.3.1.5 Não será necessário que o ACC aceitante notifique o ACC transferidor quando
assumir a responsabilidade indicada nos parágrafos anteriores, a menos que assim se solicite.

2.3.1.6 O código SSR deverá ser incluído junto à proposição de transferência de controle. Se
à aeronave não for designado um código, o ACC aceitante o fará e o ACC transferidor
informará ao piloto oportunamente. As mudanças de código serão efetuadas quando for
estritamente necessário.
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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

2.3.1.7 A menos que haja coordenação prévia, nenhuma aeronave poderá cruzar o limite
comum de ambas as FIR se não dispuser de equipamento transponder operacional. A
aeronave deverá identificar o código previamente designado.

2.3.2 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES E COMUNICAÇÕES AR-TERRA


NO ESPAÇO AÉREO RVSM

2.3.2.1 As aeronaves não aprovadas RVSM, ou que tenham perdido em rota sua capacidade
RVSM, serão transferidas para os níveis de voo disponíveis abaixo do FL290 ou acima do
FL410, exceto para voos realizados por aeronaves de Estado, de manutenção, de primeira
entrega ou médicas/humanitárias. Se entende por aeronave de Estado aquela utilizada pelas
Forças Militares, Alfândega ou Polícia, em conformidade com a Convenção de Aviação Civil
Internacional.

2.3.3 MÍNIMOS DE SEPARAÇÃO APLICÁVEIS

2.3.3.1 Separação longitudinal

2.3.3.1.1 A separação longitudinal mínima, em tempo ou distância, aplicável entre os voos a


serem transferidos no mesmo nível de cruzeiro, na mesma rota ATS ou em rotas
convergentes, não será inferior ao especificado para cada caso no Anexo A desta Carta de
Acordo Operacional.

2.3.3.2 Separação vertical

2.3.3.2.1 A separação vertical mínima aplicável entre os voos que serão transferidos na
mesma rota ATS, ou em rotas convergentes, não será inferior ao que se especifica a seguir:
Tabela 1 – Separação Vertical
AERONAVE SEPARAÇÃO VERTICAL MÍNIMA (FT)
Abaixo do FL290 FL290 – FL410 Acima do FL410
RVSM 1000 FT 1000 FT 2000 FT
NÃO RVSM 2000 FT *
* Somente para aeronaves de Estado, de manutenção, primeira entrega ou
médicas/humanitárias.

2.4 NÍVEIS DE VOO UTILIZADOS

2.4.1 Exceto nos casos definidos no Anexo A, a todo tráfego aéreo IFR que ingresse ou saia
da FIR LIMA e/ou FIR AMAZÔNICA, respectivamente, utilizando ou não o espaço aéreo
RVSM, deverão ser aplicados os níveis de cruzeiro de acordo com o Apêndice 3 do Anexo 2 à
Convenção de Aviação Civil Internacional.

2.4.2 Os níveis de voo que difiram do disposto do estipulado no item anterior poderão ser
utilizados, mediante coordenação e acordo entre ambos os Centros de Controle de Área,
quando surjam circunstâncias que afetem a segurança do voo.
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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

2.4.3 Para os voos VFR, aplicar-se-á a margem de níveis de voos observando-se o limite
superior para voos visuais aplicável a cada FIR.

2.4.4 As aeronaves serão autorizadas a sobrevoar o ponto de transferência em voo nivelado,


mantendo um nível de cruzeiro especificado conforme estabelecido no parágrafo anterior.
Não obstante, e quando se tenha coordenado expressamente com o ACC aceitante, o ACC
transferidor poderá autorizar as aeronaves para que cruzem o ponto de transferência em
subida ou descida em relação ao nível de cruzeiro acordado previamente entre os ACC.

2.4.5 O ACC transferidor não autorizará mudança de nível de voo para aeronaves que se
encontrem a dez (10) minutos ou oitenta (80) NM GNSS, ou menos, do ponto de transferência
sem prévia aprovação do ACC aceitante, exceto em casos de emergência e/ou condições
meteorológicas adversas. Posteriormente, deverá informar ao ACC aceitante as novas
condições de voo no menor tempo possível.

2.5 COORDENAÇÃO GERAL

2.5.1 Os circuitos orais ATS (REDDIG) serão utilizados como meio principal de
comunicação para a coordenação entre os ACC, quando o sistema apresente algum erro, serão
utilizados meios alternativos.

Tabela 2 – Coordenação entre a FIR Amazônica e a FIR Lima


Para transferências procedentes da FIR Amazônica para a FIR Lima
ROTAS REDDIG TELEFONE DIRETO
Todas 6039/6052 (Lima Este) +51 - 1 - 575 - 5108
SUPERVISOR ATS ACC 6060 +51 - 1 – 575 0886

Tabela 3 – Coordenação entre a FIR Lima e a FIR Amazônica


Para transferências procedentes da FIR Lima para a FIR Amazônica
TELEFONE
ROTAS REDDIG
DIRETO
3655 (Amazônico principal) +55 92 3652-5317
Todas 3653 (Amazônico -
+55 92 3652-1401
secundaria)
SUPERVISOR ATS
3665; 3663 (Amazônico) +55 92 3652-5318
ACC

2.5.1.1 Em caso de falha nos circuitos orais ATS mencionados anteriormente, serão
utilizados os seguintes sistemas como meio alternativo conforme a ordem de prioridade a
seguir:
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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

Tabela 4 - Contatos
LIMA AMAZÔNICO
AFTN: SPIMZQZX AFTN: SBAZZQZX
ACC MOBILE AMAZONICO
LIMA-SUPERVISOR +55 92 98418-5631
+51 - 1 – 414 1000 Ext. 1383 ACC AMAZONICO PLN
+51 - 1 – 230 1000 Ext. 1383 ROOM
+55 92 3652-5373

2.5.1.1.1 No endereçamento de mensagens ATS, se utilizará o indicador de localidade com


quatro (4) letras, publicado pela OACI, da seguinte maneira:

Figura 1

NOTA: ARO – Órgão de notificações dos serviços de tráfego aéreo SPIMZPZX (LIMA)

2.5.1.1.2 Quando for necessária a transmissão de dados via AFTN:


a) o intercâmbio de informações ocorrerá normalmente como se indica no
Anexo B da presente CAOp; e
b) o ACC transferidor notificará o ACC aceitante as modificações importantes
nos dados transmitidos pelo circuito oral ATS (REDDIG) ou sob a forma de
mensagens CHG. São consideradas modificações importantes:
- notificações recebidas das aeronaves que indiquem uma variação na
velocidade horizontal quando divergir de alguma instrução emitida à
aeronave;
- uma variação de 03 (três) minutos ou mais em relação à hora estimada
sobre o ponto de transferência;
- qualquer desvio significativo da rota original da aeronave; e
- qualquer modificação de altitude.

2.6 TEMPO LIMITE PARA COORDENAÇÃO PRÉVIA, EXPEDIÇÃO DE


AUTORIZAÇÕES INICIAIS OU PARA AUTORIZAR MODIFICAÇÕES NO PLANO
DE VOO

2.6.1 Para efeito da aplicação do Capítulo 10 do DOC. 4444-ATM/501 da OACI, o tempo


limite para a coordenação prévia, expedição de autorizações iniciais ou para autorizar
mudanças no plano de voo será igual ou superior a 20 (vinte) minutos, porém não mais do
que 60 (sessenta) minutos de voo para o ponto definido para a transferência de controle.
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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

2.6.2 Quando o ACC aceitante manifestar não ter recebido o respectivo Plano de Voo por
falhas na rede AFTN, ambos os órgãos ATS registrarão a falha. Nesse caso, o ACC
transferidor deverá informar via canal oral com a antecedência prescrita no item anterior a
seguinte informação:
a) plano de voo atualizado;
b) ponto de transferência e hora estimada sobre o referido ponto;
c) nível de voo ou altitude;
d) rota de voo;
e) limite de autorização, se for diferente do aeródromo de destino;
f) código SSR;
g) aprovação ou não de RVSM; e
h) qualquer outra informação que considere pertinente ou que for solicitada
pelo ACC aceitante.

2.7 COORDENAÇÕES PARA OPERAÇÕES DE AERONAVES SEM APROVAÇÃO


RVSM VOANDO NO ESPAÇO AÉREO RVSM

2.7.1 As coordenações para que as aeronaves sem aprovação RVSM (aeronaves de Estado,
em voo de manutenção, primeira entrega ou médicas/humanitárias) voem no espaço aéreo
RVSM seguem o mesmo processo dos parágrafos anteriores.

2.8 SUSPENSÃO DAS OPERAÇÕES RVSM

2.8.1 Os ACC Lima e Amazônico coordenarão os procedimentos para a suspensão do


RVSM dentro das áreas afetadas na FIR sob sua responsabilidade quando houver reportes de
pilotos sobre turbulência severa.

2.8.2 Dentro das áreas onde tenham sido suspensos os procedimentos RVSM, os níveis de
voo serão utilizados de acordo com o rumo magnético, conforme a tabela abaixo:

Tabela 5 - Níveis
DE 000º A 179º DE 180º A 359º
FL290
FL320
FL350
FL380
FL410

2.8.3 O ACC que iniciar a suspensão das operações RVSM coordenará qualquer restrição
e/ou procedimento com os órgãos ATS adjacentes.

2.9 SERVIÇO DE ALERTA


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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

2.9.1 RESPONSABILIDADE DAS TAREFAS DE COORDENAÇÃO NO SERVIÇO DE


BUSCA E SALVAMENTO

2.9.1.1 A responsabilidade das tarefas de coordenação relacionadas ao Serviço de Busca e


Salvamento recairá sobre aquele órgão ATS:
a) em cuja FIR se tenha registrado a última comunicação; ou
b) em cuja FIR a aeronave pretendia ingressar, quando se saiba que já tenha
cruzado o ponto de transferência, ou mediante informação obtida por
radiotelefonia ou por visualização radar.

3 PROCEDIMENTOS DE CONTINGÊNCIAS

3.1 Em caso de necessidade, se utilizarão os procedimentos de contingência do Brasil e/ou


do Lima publicados em suas respectivas AIP.

3.2 O plano de contingência do Brasil pode ser acessado em:


https://aisweb.decea.mil.br/?i=publicacoes&p=aip.

4 PROCEDIMENTOS PARA REVISÃO, SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO DA


CARTA DE ACORDO OPERACIONAL

4.1 CRITÉRIOS E DATAS PARA REVISÕES

4.1.1 A presente Carta de Acordo Operacional será revisada quando os procedimentos nela
indicados ou em seus Anexos se vejam afetados por emendas às normas, métodos
recomendados, procedimentos suplementares e/ou Planos Regionais da OACI, ou quando se
ativem novas instalações de auxílios à navegação para comunicações ou serviços de tráfego
aéreo.

4.1.2 Nos casos de novas instalações e/ou de modificações das atuais, ou qualquer outro
caso, o Estado interessado proporá a emenda pertinente.

4.1.3 Se a emenda afetar somente as informações descritas em alguns dos anexos, o novo
anexo revisado passará a fazer parte desta carta de acordo operacional, a partir da nova data
de validade que for adotada.

NOTA: As Emendas que venham a ser elaboradas por qualquer dos Estados signatários desta
Carta de Acordo Operacional poderão ser feitas por meio de coordenação direta,
somente aplicável aos Anexos, e deverão ser firmadas pelas autoridades competentes
de cada Estado. Os novos Anexos atualizados deverão ser firmados em dois
documentos originais e ser enviados por serviço postal para a autoridade competente
do outro Estado signatário do acordo. O Estado que receber os dois Anexos firmados
deverá assiná-los e adicionar um à sua Carta de Acordo Operacional e enviar o outro
documento, assinado, para o outro Estado signatário, também por serviço postal.

5 DIVULGAÇÃO

5.1 RESPONSABILIDADE DOS ESTADOS


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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

5.1.1 Os Estados signatários incluirão em suas AIP e em outros documentos que considerem
pertinentes as partes relativas à operação de aeronaves.

5.1.2 Do mesmo modo, as administrações se comprometem, dentro de suas respectivas


jurisdições, a instruir de forma direta o pessoal dos ACC envolvidos sobre o conteúdo desta
Carta de Acordo Operacional.

6 DISPOSIÇÕES FINAIS

6.1 REVOGAÇÃO DO ACORDO ANTERIOR

6.1.1 Esta carta de acordo operacional entrará em vigor em 15 de janeiro de 2023.

6.1.2 Os procedimentos descritos nesta Carta de Acordo Operacional anulam e substituem


qualquer outro aplicado de comum acordo entre os ACC mencionados.

6.1.3 Esta Carta de Acordo Operacional foi assinada na cidade de Lima, Peru, em 28 de
outubro de 2022.

7 ASSINATURA DA CARTA DE ACORDO OPERACIONAL

Representantes do Peru Representante do Brasil

Paulo Vila Millones Cap Esp CTA Ricardo David Benedictis


Coordinador Técnico Navegación Aérea DECEA-BRASIL
DGAC - Perú

Jaime Contreras Benito


Gerente de Operaciones Aeronáuticas
CORPAC S.A.
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Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

Anexo A - Tabela de Referência para a Transferência De Responsabilidades

A B C D E F
MEIOS DE
FL ATRIBUÍDO ACC FL ATRIBUÍDO ACC TEMPO/ COMUNICAÇÃ
ROTA ATS PONTO DE TRANSFERÊNCIA OBSERVAÇÕES
LIMA AMAZÔNICO DISTÂNCIA O

KEBOM
B552 a) ÍMPAR PAR
08°00’00’’S / 073°40’40”W a) As aeronaves para a FIR Lima se
LET VOR comunicarão diretamente com o APP
A566 b) ÍMPAR PAR
04°11’42’’S /069°56’26’’W Pucallpa, frequência 118.1 MHZ.
OSORA FREQ SBAZ/ACC b) Os voos da FIR Lima ou da FIR
ÍMPAR PAR
05°42’58’’S / 072°56’34’’W 124.55Mhz Amazônica abaixo do FL200 serão
UL300 c) 134.15Mhz coordenados diretamente pelo ACC
ILNAM
PAR ÍMPAR respectivo com o APP
09º31’19” S/ 072º11’08” W
NUXUM Amazonas.
UL306 ÍMPAR PAR c) As rotas UL300 e UM776, no
09º08’05” S/ 072º57’23” W
POSKA sentido sul/norte, convergem em IQT
ÍMPAR PAR 5 min/40NM e serão consideradas como apenas
05°06’23’’S / 072°48’43’’W
UM776 c) FREQ. SPIM/ACC uma rota.
ASOLA
PAR ÍMPAR 128.5 Mhz d) As rotas UM784 e UN420, no
09°47’42’’S / 070°58’23’’W
133.1 Mhz sentido sul/norte, convergem em
ISIDI
UM784 d) ÍMPAR PAR VUMPU e serão consideradas como
04° 41’02” N / 072° 05’19”W
Torre Pucallpa apenas uma rota.
DAMDU
UN420 d) ÍMPAR PAR 118.1 Mhz
04°30’47’’S / 071°53’42’’W
NOTA - Níveis acima do FL 410
SIGOB
UM527 ÍMPAR PAR serão atribuídos de acordo com a
08°28’16’’S / 073°20’18’’W
tabela de níveis de voo do Anexo 2 da
LET VOR OACI.
UM665 ÍMPAR PAR
04°11’42’’S /069°56’26’’W
CIRCEA 100-113/2023 22/22

Continuação do Anexo – Transcrição da Carta de Acordo Operacional

Anexo B – Tabela de Referência para o Intercâmbio de Mensagens ATS

TIPO DE CASOS EM QUE TEMPO LIMITE PARA A


MEIOS UTILIZADOS
MENSAGENS SE APLICAM TRANSMISSÃO

imediatamente depois de ser Rede digital (REDDIG)/AFTN/


FPL todos os voos
apresentado AMHS

imediatamente depois de ocorrer a Rede digital (REDDIG)/AFTN/


CPL todos os voos
circunstância AMHS

imediatamente depois de ocorrer a Rede digital (REDDIG)/AFTN/


ACP quando necessário
circunstância AMHS

imediatamente depois de ser Rede digital (REDDIG)/AFTN/


DLA quando necessário
apresentado AMHS

20 (vinte) minutos antes do estimado


Rede digital (REDDIG)/AFTN/
EST todos os voos no ponto de transferência (quando o
AMHS
tempo de voo permitir)

imediatamente depois de ocorrer a Rede digital (REDDIG)/AFTN/


CHG quando necessário
circunstância AMHS

imediatamente depois de ocorrer a Rede digital (REDDIG)/AFTN/


CDN quando necessário
circunstância AMHS

imediatamente depois de ocorrer a Rede digital (REDDIG)/AFTN/


ALR quando necessário
circunstância AMHS

Rede digital (REDDIG)/AFTN/


DEP todos os voos imediatamente
AMHS

imediatamente depois de ser Rede digital (REDDIG)/AFTN/


CNL quando necessário
apresentado AMHS

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