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COMANDO DA AERONÁUTICA
TRÁFEGO AÉREO
CIRCEA 100-113
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
TRÁFEGO AÉREO
CIRCEA 100-113
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 12
PREFÁCIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
Esta Circular tem por finalidade divulgar a Carta de Acordo Operacional entre
o Centro de Controle de Área Lima (Peru) e o Centro de Controle de Área Amazônico
(Brasil), que estabelece procedimentos operacionais para coordenação e roteamento de tráfego
aéreo entre as FIR.
1.2 ÂMBITO
3 DISPOSIÇÕES FINAIS
3.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas por
meio dos endereços eletrônicos http://publicacoes.decea.intraer ou
https://publicacoes.decea.mil.br, acessando o link específico da publicação.
3.2 Os casos não previstos nesta Circular deverão ser submetidos ao Sr. Diretor-Geral do
DECEA.
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REFERÊNCIAS
1 DISPOSIÇÕES PELIMINARES
1.1 OBJETIVO
1.2 ÂMBITO
2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
2.1.1 O tráfego que cruze o limite comum das FIR Lima e Amazônica será encaminhado
pelas rotas ATS especificadas na Publicação de Informação Aeronáutica (AIP) e pelas cartas
de navegação dos Estados envolvidos nesta CAOp, podendo se utilizar trajetórias diferentes
das mencionadas anteriormente, sempre que se coordene previamente entre os Centros de
Controle.
2.1.2 O tráfego IFR utilizando o espaço aéreo RVSM (entre FL290 e FL410, ambos níveis
inclusive) seguirá as rotas de acordo com o item 2.1.1.
2.1.3 O tráfego VFR que cruze o limite comum da referida FIR utilizará os níveis de
cruzeiro de acordo com o seguinte:
a) entrada no espaço aéreo brasileiro: o tráfego VFR que ingresse na FIR
Amazônica receberá instruções do ACC Amazônico para manter um nível
de voo VFR, observando o FL145 como limite superior para voos visuais; e
b) ingresso no espaço aéreo peruano: o tráfego VFR que ingresse na FIR Lima
receberá instruções do ACC Lima para manter um nível de voo VFR,
observando o FL195 como limite superior para voos visuais.
2.1.4 É PROIBIDO o ingresso de aeronaves nas FIR Lima e Amazônica sem a apresentação
de plano de voo de acordo com o formato aprovado e aceito internacionalmente. Se um dos
órgãos ATS não receber o plano de voo, a informação essencial para a prestação do Serviço
de Controle de Tráfego Aéreo será coordenada pelos circuitos de coordenação
correspondentes.
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2.2.1.1 Será realizada a coordenação correspondente sobre os voos IFR e VFR que cruzem o
limite comum das Regiões de Informação de Voo. Esta coordenação incluirá a transmissão
das seguintes informações sobre os voos em questão:
a) partes apropriadas do plano de voo vigente;
b) a hora estimada sobre o ponto de transferência acordado;
c) código SSR; e
d) qualquer outra informação pertinente.
2.3.1.1 A menos que se coordene de outra maneira, a responsabilidade para a prestação dos
Serviços de Tráfego Aéreo se transferirá do ACC transferidor para o ACC aceitante quando
este último receba una indicação de que a aeronave haja sobrevoado o ponto de transferência
especificado para cada rota do Anexo A desta Carta de Acordo Operacional, ou outro ponto
de transferência acordado.
2.3.1.3 Não obstante o disposto no item anterior, o ACC transferidor, quando as condições
de tráfego o exijam, poderá atrasar a transferência de comunicações até que a aeronave
notifique haver sobrevoado o ponto de transferência acordado.
2.3.1.5 Não será necessário que o ACC aceitante notifique o ACC transferidor quando
assumir a responsabilidade indicada nos parágrafos anteriores, a menos que assim se solicite.
2.3.1.6 O código SSR deverá ser incluído junto à proposição de transferência de controle. Se
à aeronave não for designado um código, o ACC aceitante o fará e o ACC transferidor
informará ao piloto oportunamente. As mudanças de código serão efetuadas quando for
estritamente necessário.
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2.3.1.7 A menos que haja coordenação prévia, nenhuma aeronave poderá cruzar o limite
comum de ambas as FIR se não dispuser de equipamento transponder operacional. A
aeronave deverá identificar o código previamente designado.
2.3.2.1 As aeronaves não aprovadas RVSM, ou que tenham perdido em rota sua capacidade
RVSM, serão transferidas para os níveis de voo disponíveis abaixo do FL290 ou acima do
FL410, exceto para voos realizados por aeronaves de Estado, de manutenção, de primeira
entrega ou médicas/humanitárias. Se entende por aeronave de Estado aquela utilizada pelas
Forças Militares, Alfândega ou Polícia, em conformidade com a Convenção de Aviação Civil
Internacional.
2.3.3.2.1 A separação vertical mínima aplicável entre os voos que serão transferidos na
mesma rota ATS, ou em rotas convergentes, não será inferior ao que se especifica a seguir:
Tabela 1 – Separação Vertical
AERONAVE SEPARAÇÃO VERTICAL MÍNIMA (FT)
Abaixo do FL290 FL290 – FL410 Acima do FL410
RVSM 1000 FT 1000 FT 2000 FT
NÃO RVSM 2000 FT *
* Somente para aeronaves de Estado, de manutenção, primeira entrega ou
médicas/humanitárias.
2.4.1 Exceto nos casos definidos no Anexo A, a todo tráfego aéreo IFR que ingresse ou saia
da FIR LIMA e/ou FIR AMAZÔNICA, respectivamente, utilizando ou não o espaço aéreo
RVSM, deverão ser aplicados os níveis de cruzeiro de acordo com o Apêndice 3 do Anexo 2 à
Convenção de Aviação Civil Internacional.
2.4.2 Os níveis de voo que difiram do disposto do estipulado no item anterior poderão ser
utilizados, mediante coordenação e acordo entre ambos os Centros de Controle de Área,
quando surjam circunstâncias que afetem a segurança do voo.
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2.4.3 Para os voos VFR, aplicar-se-á a margem de níveis de voos observando-se o limite
superior para voos visuais aplicável a cada FIR.
2.4.5 O ACC transferidor não autorizará mudança de nível de voo para aeronaves que se
encontrem a dez (10) minutos ou oitenta (80) NM GNSS, ou menos, do ponto de transferência
sem prévia aprovação do ACC aceitante, exceto em casos de emergência e/ou condições
meteorológicas adversas. Posteriormente, deverá informar ao ACC aceitante as novas
condições de voo no menor tempo possível.
2.5.1 Os circuitos orais ATS (REDDIG) serão utilizados como meio principal de
comunicação para a coordenação entre os ACC, quando o sistema apresente algum erro, serão
utilizados meios alternativos.
2.5.1.1 Em caso de falha nos circuitos orais ATS mencionados anteriormente, serão
utilizados os seguintes sistemas como meio alternativo conforme a ordem de prioridade a
seguir:
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Tabela 4 - Contatos
LIMA AMAZÔNICO
AFTN: SPIMZQZX AFTN: SBAZZQZX
ACC MOBILE AMAZONICO
LIMA-SUPERVISOR +55 92 98418-5631
+51 - 1 – 414 1000 Ext. 1383 ACC AMAZONICO PLN
+51 - 1 – 230 1000 Ext. 1383 ROOM
+55 92 3652-5373
Figura 1
NOTA: ARO – Órgão de notificações dos serviços de tráfego aéreo SPIMZPZX (LIMA)
2.6.2 Quando o ACC aceitante manifestar não ter recebido o respectivo Plano de Voo por
falhas na rede AFTN, ambos os órgãos ATS registrarão a falha. Nesse caso, o ACC
transferidor deverá informar via canal oral com a antecedência prescrita no item anterior a
seguinte informação:
a) plano de voo atualizado;
b) ponto de transferência e hora estimada sobre o referido ponto;
c) nível de voo ou altitude;
d) rota de voo;
e) limite de autorização, se for diferente do aeródromo de destino;
f) código SSR;
g) aprovação ou não de RVSM; e
h) qualquer outra informação que considere pertinente ou que for solicitada
pelo ACC aceitante.
2.7.1 As coordenações para que as aeronaves sem aprovação RVSM (aeronaves de Estado,
em voo de manutenção, primeira entrega ou médicas/humanitárias) voem no espaço aéreo
RVSM seguem o mesmo processo dos parágrafos anteriores.
2.8.2 Dentro das áreas onde tenham sido suspensos os procedimentos RVSM, os níveis de
voo serão utilizados de acordo com o rumo magnético, conforme a tabela abaixo:
Tabela 5 - Níveis
DE 000º A 179º DE 180º A 359º
FL290
FL320
FL350
FL380
FL410
2.8.3 O ACC que iniciar a suspensão das operações RVSM coordenará qualquer restrição
e/ou procedimento com os órgãos ATS adjacentes.
3 PROCEDIMENTOS DE CONTINGÊNCIAS
4.1.1 A presente Carta de Acordo Operacional será revisada quando os procedimentos nela
indicados ou em seus Anexos se vejam afetados por emendas às normas, métodos
recomendados, procedimentos suplementares e/ou Planos Regionais da OACI, ou quando se
ativem novas instalações de auxílios à navegação para comunicações ou serviços de tráfego
aéreo.
4.1.2 Nos casos de novas instalações e/ou de modificações das atuais, ou qualquer outro
caso, o Estado interessado proporá a emenda pertinente.
4.1.3 Se a emenda afetar somente as informações descritas em alguns dos anexos, o novo
anexo revisado passará a fazer parte desta carta de acordo operacional, a partir da nova data
de validade que for adotada.
NOTA: As Emendas que venham a ser elaboradas por qualquer dos Estados signatários desta
Carta de Acordo Operacional poderão ser feitas por meio de coordenação direta,
somente aplicável aos Anexos, e deverão ser firmadas pelas autoridades competentes
de cada Estado. Os novos Anexos atualizados deverão ser firmados em dois
documentos originais e ser enviados por serviço postal para a autoridade competente
do outro Estado signatário do acordo. O Estado que receber os dois Anexos firmados
deverá assiná-los e adicionar um à sua Carta de Acordo Operacional e enviar o outro
documento, assinado, para o outro Estado signatário, também por serviço postal.
5 DIVULGAÇÃO
5.1.1 Os Estados signatários incluirão em suas AIP e em outros documentos que considerem
pertinentes as partes relativas à operação de aeronaves.
6 DISPOSIÇÕES FINAIS
6.1.3 Esta Carta de Acordo Operacional foi assinada na cidade de Lima, Peru, em 28 de
outubro de 2022.
A B C D E F
MEIOS DE
FL ATRIBUÍDO ACC FL ATRIBUÍDO ACC TEMPO/ COMUNICAÇÃ
ROTA ATS PONTO DE TRANSFERÊNCIA OBSERVAÇÕES
LIMA AMAZÔNICO DISTÂNCIA O
KEBOM
B552 a) ÍMPAR PAR
08°00’00’’S / 073°40’40”W a) As aeronaves para a FIR Lima se
LET VOR comunicarão diretamente com o APP
A566 b) ÍMPAR PAR
04°11’42’’S /069°56’26’’W Pucallpa, frequência 118.1 MHZ.
OSORA FREQ SBAZ/ACC b) Os voos da FIR Lima ou da FIR
ÍMPAR PAR
05°42’58’’S / 072°56’34’’W 124.55Mhz Amazônica abaixo do FL200 serão
UL300 c) 134.15Mhz coordenados diretamente pelo ACC
ILNAM
PAR ÍMPAR respectivo com o APP
09º31’19” S/ 072º11’08” W
NUXUM Amazonas.
UL306 ÍMPAR PAR c) As rotas UL300 e UM776, no
09º08’05” S/ 072º57’23” W
POSKA sentido sul/norte, convergem em IQT
ÍMPAR PAR 5 min/40NM e serão consideradas como apenas
05°06’23’’S / 072°48’43’’W
UM776 c) FREQ. SPIM/ACC uma rota.
ASOLA
PAR ÍMPAR 128.5 Mhz d) As rotas UM784 e UN420, no
09°47’42’’S / 070°58’23’’W
133.1 Mhz sentido sul/norte, convergem em
ISIDI
UM784 d) ÍMPAR PAR VUMPU e serão consideradas como
04° 41’02” N / 072° 05’19”W
Torre Pucallpa apenas uma rota.
DAMDU
UN420 d) ÍMPAR PAR 118.1 Mhz
04°30’47’’S / 071°53’42’’W
NOTA - Níveis acima do FL 410
SIGOB
UM527 ÍMPAR PAR serão atribuídos de acordo com a
08°28’16’’S / 073°20’18’’W
tabela de níveis de voo do Anexo 2 da
LET VOR OACI.
UM665 ÍMPAR PAR
04°11’42’’S /069°56’26’’W
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