Elementos Cartográficos e Representações Espaciais
A cartografia é a atividade que se preocupa em estudar, analisar e produzir
mapas e outras representações gráficas do espaço. Para isso, alguns códigos foram criados para produzir uma linguagem internacional capaz de fazer com que a linguagem cartográfica se sobreponha à barreira das línguas. A ideia é que, não importa de onde seja, deve-se conseguir interpretar as informações contidas em um mapa. São vários os elementos de um mapa, isto é, aqueles itens e símbolos necessários para que uma mera figura possa ser diferenciada de um verdadeiro mapa. Em geral, os mapas costumam apresentar as seguintes composições:
Título: mostra o tema da análise.
Fonte: demonstra a origem das informações e dados utilizados para compor o
mapa.
Legenda: o elemento mais importante, pois dá significados aos elementos
apresentados, como cores, símbolos, siglas, etc.
Escala: indica a relação entre o espaço verdadeiro e seu correspondente no mapa.
Quantas vezes a imagem real foi reduzida (em alguns casos ampliados) para caber no mapa.
Norte: indicação de orientação do Norte Geográfico, para fins de localização.
Pontos Cardeais
Os pontos cardeais são pontos de referência estabelecidos para a orientação
na superfície terrestre. Eles são quatro. Existem também direções intermediárias a eles que são conhecidas como pontos colaterais e subcolaterais. A sua representação gráfica é chamada de rosa dos ventos. É possível fazer a identificação dos pontos cardeais de diversas formas, desde a mais antiga, que é pela observação direta dos astros, como o Sol, até a utilização de instrumentos técnicos, como a bússola e o GPS. Meridianos e Paralelos
Os paralelos e meridianos são linhas imaginárias traçadas para definir
cartograficamente os diferentes pontos da Terra. A principal função dessas linhas é estabelecer as latitudes e as longitudes para assim precisar as coordenadas geográficas dos diferentes lugares do planeta. Trata-se, portanto, de círculos ou semicírculos que circundam a Terra nos sentidos norte-sul e leste-oeste. Paralelos ou latitude: são os eixos que circundam imaginariamente o planeta no sentido horizontal. São medidas em graus, que variam de -90º a 0º para o sul e de 0º a 90º para o norte. Existem alguns paralelos “especiais”, como é o caso da Linha do Equador. Desse modo, tudo que ao norte, recebe o nome de hemisfério norte ou setentrional, e tudo o que está ao sul recebe o nome de hemisfério sul ou meridional. Existem outros importantes paralelos: os trópicos. O Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio. Meridianos ou longitude: representam as linhas imaginárias traçadas verticalmente sobre o globo terrestre. Variam de -180º a 0º a oeste e de 0º a 180º a leste. Foi criado então, o Meridiano de Greenwich, com longitude de 0º. Esse meridiano divide a Terra no sentido vertical, originando, dessa forma, o hemisfério leste ou oriental, com longitudes positivas, e o hemisfério oeste ou ocidental, com longitudes negativas. Acrescenta-se a isso a função dos meridianos em relação aos fusos horários, igualmente contados a partir de Greenwich. Assim, dividiram-se 24 eixos (12 a leste e 12 a oeste), em que cada um representa a alteração de uma hora em relação ao meridiano mencionado, com horários somados quando se desloca para o leste e diminuídos quando se desloca para o oeste. Projeções Cartográficas
Projeções cartográficas são sistemas de coordenadas geográficas,
constituídos por meridianos (semicírculo imaginário traçado de um polo da Terra a outro) paralelos (linhas imaginárias paralelas à Linha do Equador), sobre os quais pode ser representada a superfície esférica da Terra. Isso quer dizer que a superfície esférica do planeta é, portanto, planificada por meio de desenho, dando origem a um mapa. A construção desse sistema é feita mediante relações matemáticas e geométricas. As projeções cartográficas mais conhecidas são:
Devido à grande dificuldade de representar algo esférico em uma superfície
plana, as projeções cartográficas costumam apresentar distorções, sejam elas na área, na forma ou no ângulo. Assim, cada projeção, entre as centenas existentes, prioriza algum aspecto em sua representação e nunca estará livre de distorções, portanto, não representará fielmente a superfície.