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DERSA Desenvolvimento Rodoviário CÓDIGO

ET-Q00/015
REV.
0

S.A. EMISSÃO
09/09/97
FOLHA
2 DE 6
TÍTULO
Depósito de Materiais Excedentes
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )

Sumário

1 Objetivo

2 Descrição

3 Procedimentos

4 Materiais

5 Equipamento

6 Execução

7 Controle

8 Aceitação

1 OBJETIVO

Esta especificação de serviço define os critérios que orientam, a execução de deposito de materiais
excedentes, em obras rodoviárias sob a jurisdição da DERSA.

2 DESCRIÇÃO

Este serviço consiste na colocação metódica de quaisquer materiais destinados ao local escolhido com
uma distribuição ordenada, não caótica, dentro da área, por vezes complementada por pequenas obras
para estabilização, drenagem de águas contra erosões e outras que vierem a ser necessárias, a critério da
fiscalização.

3 PROCEDIMENTOS

Abrange esses trabalhos as áreas escolhidas e seus arredores, observadas as boas técnicas de execução
e a legislação pertinente à preservação do meio ambiente, sem detrimento das demais exigências
contratuais.

Todos os materiais provenientes de decapagem das áreas de corte e aterro, jazidas e caixas de
empréstimos deverão ser dispostos nestas áreas de Depósito de Materiais Excedentes, indicados pela
fiscalização.

Todos os serviços concernentes a depósitos de materiais excedentes são exclusiva obrigação e


responsabilidade da empreiteira, pagos através dos serviços de carga, transporte, descarga,
espalhamento, eventuais compactações e ajustes de declividade onde houver necessidade de drenagem
superficial.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
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O local de depósito fica, na maioria das vezes, situado fora do corpo estradal, cujo uso para a disposição
de material excedente de demolições e escavações tenha sido previamente autorizado, por escrito, pelo
proprietário ou detentor dos direitos de posse, e aprovado pela fiscalização.

Quando o local estiver na faixa estradal ou em área pertencente à DERSA, a autorização é dispensável,
bastando a indicação pela fiscalização.

4 MATERIAIS

Todos os materiais provenientes de qualquer tipo de escavação deverão ser destinados a locais
previamente estudados e aprovados em projeto e pela fiscalização e fazem parte dessa especificação.

5 EQUIPAMENTO

Os serviços serão executados mediante a utilização racional de equipamento adequado, que possibilite a
execução sob condições especificadas e, produtividade, que permita o cumprimento dos prazos
estabelecidos pelo contrato.

A fiscalização poderá exigir a inclusão de qualquer equipamento.

6 EXECUÇÃO

Não poderão ser utilizados para depósito, os locais relacionados abaixo:

a) matas virgens e grotões com densa vegetação;

b) talvegue, exceto em condições específicas;

c) baixios de pontes e viadutos;

d) faixas de domínio de estradas de ferro e rodagem;

e) mananciais e nascentes d'água;

f) áreas de preservação ambiental, públicas ou particulares;

g) áreas particulares lindeiras à faixa de domínio, mesmo improdutivas;

h) áreas específicas dentro do traçado, restritas pelo projeto executivo.

Poderão ser utilizadas para depósito, os locais:

a) crateras de exploração industrial, tais como: cerâmica ou portos de areia, desativados;

b) áreas abertas improdutivas ou destinadas a loteamentos;

c) voçorocas em fase de formação;

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d) aterros sanitários;

e) outros.

Sempre que possível, os locais de depósito de materiais devem estar situados à jusante dos aterros
executados. Exceto em casos de extrema necessidade, face a ocorrência de materiais muito expansivos
que, mesmo com a execução de diques de proteção, sua estabilidade quando comprometida não possa
preservar as condições de drenagem de jusante.

Os locais para deposição de materiais, poderão ser indicados pelo projeto executivo, pela empreiteira ou
pela fiscalização. Um determinado local somente será considerado liberado quando aprovado pela
fiscalização.

Trabalhos fora do escopo ou insuficientemente cobertos por esta especificação, serão criteriosamente
avaliados pela empreiteira, que deverá apresentar à fiscalização um plano de execução completo e
detalhado para prévia aprovação e liberação dos serviços.

O local do depósito deve ser adequadamente acabado. É vedado o lançamento puro e simples em forma
de monte. O material deve ser descarregado e espalhado de modo que a conformação da superfície
acabada seja coerente com a topografia local e que atenda os outros itens desta Especificação.

Os materiais de demolição sem valor comercial ou patrimonial e entulhos em geral devem ser postos em
locais escolhidos pela empreiteira e previamente aprovados pela fiscalização.

Devem ser preferencialmente levadas a um local de depósito os restos de troncos, raízes e ramagem,
madeiras provenientes de restos de obras e outras. Serão transportados para áreas indicadas pela
fiscalização e dado tratamento adequado.

Quando o depósito for sobre solos moles ou brejosos, a empreiteira deverá propor e submeter à
aprovação da fiscalização o modo de execução, ressalvando os seguintes pontos:

a) altura máxima do aterro sobre o solo mole para não haver ruptura;

b) previsão para a drenagem da água de percolação liberada pela compressão do solo mole, através
de sistemas eficientes;

c) limpeza prévia da superfície brejosa para não haver aterramento de vegetação viva;

d) construção de estivas para lançamento do material no depósito, quando não houver possibilidade de
usar equipamento com esteiras apropriados para trabalhar diretamente sobre solos moles e
compressíveis;

e) drenagem permanente da superfície acabada de modo a que não haja empoçamento localizados ou
formação de lagoas;

f) outros, propostos pela Empreiteira ou determinados pela fiscalização.

Os materiais provenientes dos excessos resultantes dos cortes na faixa estradal poderão ser integrados
aos aterros, para alargamentos da plataforma, inclinação de taludes ou bermas de equilíbrio, ou usados na
recomposição do terreno para eliminar depressões eventualmente deixadas na execução dos trabalhos
normais.

As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado no parágrafo anterior, serão objeto de
remoção. Serão depósitos de materiais excedentes indicados no projeto ou aprovados pela fiscalização,
de modo a não constituírem ameaça à estabilidade da rodovia e em conformação tal, que preserve os

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terrenos das adjacências quanto aos aspectos de erosões, de assoreamento e paisagísticos. Sempre que
possível, os depósitos de materiais excedentes deverão ser localizados a jusante dos aterros executados.

A execução de depósitos de materiais excedentes, só será autorizada mediante verificação da conclusão


da movimentação das massas previstas na distribuição de volumes ou previamente estudada sua
viabilidade pela fiscalização.

Estas operações, desde que técnica e economicamente viáveis, a critério da fiscalização, são
consideradas atividade normal de projeto. O material em excesso, após a conclusão dos serviços
supramencionados, deve ser levado a outro local.

Na disposição do material, a empreiteira deverá proceder de tal forma que durante e após o término dos
trabalhos não haja a menor possibilidade de assoreamento de cursos d'água ou lagos próximos, pelo
posterior carreamento de materiais devido a enxurradas. Deverá para isso, executar obras de contenção,
drenagem adequada e proteção contra erosão dos taludes. A empreiteira será a única responsável pelo
desempenho do serviço executado, correndo as suas expensas todas as construções adicionais e
reconstruções que forem necessárias.

Os matacões deverão ser tratados conforme a ET-Q00/017, Especificação de Aterros. A disposição do


material será especificada pela fiscalização ou proposta pela empreiteira e aprovada pela fiscalização.

Quando houver interesse em depositar material em talvegues que não estejam contidos no corpo estradal,
a empreiteira ou a fiscalização deverá elaborar projetos específicos contemplando principalmente os
seguintes tópicos:

a) demarcação para limpeza da área estritamente necessária;

b) detalhamento dos dispositivos de drenagem dos talvegues, tais como bueiros com bocas de entrada
e saída, drenos etc., dimensionados de forma compatível com o projeto da estrada;

c) espalhamento, compactação e conformação final da superfície de modo a igualar-se com o aspecto


dos terrenos lindeiros;

d) drenagem superficial e revestimento vegetal.

Crateras em forma de ferradura, abertas num dos lados, eventualmente voçorocas devem ser preenchidas
com o material espalhado, nivelado e compactado com o peso das máquinas de terraplenagem.

Deverá ser prevista drenagem superficial permanente de águas pluviais para fora da cratera, prevendo-se
saídas d'águas adequadas à altura final do aterro, com proteção contra erosão no pé do talude.

O caminho de acesso ao interior da cratera, desde que não completamente preenchido, deverá ser
deixado disponível para futuros depósitos complementares.

Existindo no fundo das crateras veios d'água que sejam interessantes de aproveitar, a critério do
proprietário e da fiscalização, a empreiteira deverá providenciar drenagem permanente para fora da
cratera, partindo do nível em que se encontram, por quaisquer métodos eficientes.

As crateras fechadas, contendo ou não lagoas em seu interior, deverão ser objeto de estudo prévio pela
empreiteira quanto à conveniência técnico-econômica para disposição do material neste local. A
empreiteira deve apresentar a metodologia que pretende adotar, para aprovação pela fiscalização.

Quando a altura do depósito for acima de 4m, deverá ser executado berma para compensar a deficiência
de compactação e dar estabilidade à saia do talude.

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Poderá, em alguns casos, ser executado previamente diques (com o próprio material) para garantir a
inclinação dos taludes externos e os caimentos transversais e longitudinais da praça do depósito.

Os materiais constantes da camada vegetal, proveniente da raspagem da terraplenagem, poderão ser


estocados em separado para futura utilização, se for economicamente explorável.

7 CONTROLE

O controle é feito visualmente sendo observado os aspectos de segurança, acabamento, garantia contra
erosões e do cumprimento desta Especificação.

8 ACEITAÇÃO

Os serviços serão aceitos após a comprovação de que os depósitos estão totalmente concluídos, não
restando nada a ser executado, posteriormente, e que estejam atendidas todas as obrigações com
terceiros.

A aprovação será feita por apreciação visual dos serviços executados, com garantia de desempenho
passada por escrito pela empreiteira.

Os prazos de conservação e de responsabilidade serão definidos, caso a caso, em comum acordo entre a
empreiteira e a fiscalização.

EG/DENOC

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