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IP-DE-Q00/002 A
EMISSÃO FOLHA
TÍTULO
DIRETORIA DE ENGENHARIA
PALAVRAS-CHAVE
PR 007476/18/DE/2006
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
OBSERVAÇÕES
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte – DER/SP – mantido o texto original e não acrescentando qualquer tipo de propaganda
comercial.
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ÍNDICE
1 RESUMO .......................................................................................................................................3
2 OBJETIVO.....................................................................................................................................3
3 DEFINIÇÕES.................................................................................................................................3
3.1 Depósito de Material Excedente – DME....................................................................................3
3.2 Jazida de Empréstimo.................................................................................................................3
4 SELEÇÃO DE ÁREAS .................................................................................................................3
5 LICENCIAMENTO DE ÁREAS...................................................................................................4
6 FASES DO PROJETO ...................................................................................................................5
6.1 Estudos Preliminares ..................................................................................................................5
6.2 Projeto Básico ............................................................................................................................5
6.3 Projeto Executivo .......................................................................................................................6
7 ELABORAÇÃO DO PROJETO....................................................................................................6
7.1 Depósito de Material Excedente ................................................................................................6
7.2 Jazida de Empréstimo.................................................................................................................8
8 FORMA DE APRESENTAÇÃO.................................................................................................11
8.1 Estudos Preliminares ................................................................................................................11
8.2 Projeto Básico ..........................................................................................................................11
8.3 Projeto Executivo .....................................................................................................................12
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................13
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1 RESUMO
2 OBJETIVO
3 DEFINIÇÕES
Área com ocorrência natural de solos cujas características e propriedades sejam adequadas
para utilização nas obras.
4 SELEÇÃO DE ÁREAS
a) logísticos: as áreas devem ser as mais próximas possíveis dos locais das obras para
minimizar os custos de transporte dos materiais. Deve-se dar preferência a locais den-
tro da faixa de domínio. Por exemplo, no caso de DME, pode-se pensar em alarga-
mentos de aterros e, para as jazidas de solo, de cortes;
b) morfológicos: em terrenos com vertentes escarpadas deve-se avaliar suas dificuldades
de aproveitamento, seja como DME ou como jazida. No primeiro caso, a estabilidade
geotécnica da massa de materiais depositados pode ser comprometida e os custos de-
correntes para soluções de estabilização podem ser proibitivos. No segundo caso, isto
é, como jazida, pode-se iniciar um processo de instabilização generalizado da área,
considerando-se a supressão da cobertura vegetal existente e a exposição de solos e-
rodíveis;
c) hidrológicos: deve-se evitar ao máximo a interferência com o sistema de drenagem
natural, evitando provocar o barramento das águas superficiais e a concentração de
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5 LICENCIAMENTO DE ÁREAS
No caso de áreas que não apresentam restrições ambientais, ou seja, que não necessitam de
supressão de vegetação nem interferência com APP ou que não sejam de relevante interesse
ambiental, devem ser seguidas as diretrizes da resolução SMA n° 30(1) para obtenção do li-
cenciamento ambiental. Esse procedimento simplificado possibilita a utilização da área tão
logo o documento seja protocolado no DEPRN local.
Para os demais casos, o licenciamento deve ser feito junto ao DEPRN local e, no caso de
APRM, também no DUSM. O documento para o licenciamento deve atender às exigências
contidas na Portaria DEPRN n° 17 de 30/03/98(2).
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6 FASES DO PROJETO
A finalidade desta etapa é fornecer subsídios para a escolha da melhor diretriz de traçado da
rodovia. O projeto geométrico ainda não tem condições de fornecer os valores dos volumes
de terraplenagem envolvidos. Desta forma, no que concerne às áreas de DME e jazidas de
empréstimo, a abordagem deve ser qualitativa, ou seja, deve apontar os locais mais indica-
dos sem a necessidade de se estimar volumes disponíveis.
Nesta etapa não é necessária a execução de levantamentos detalhados das áreas, como por
levantamentos topográficos ou investigações geotécnicas, uma vez que a área pode ser des-
cartada nas etapas subseqüentes. Porém, é imprescindível pesquisar a eventual existência de
estudos anteriores que possam conter levantamentos e utilizá-los ao máximo.
O conhecimento prévio das condições qualitativas do meio físico, que é o principal objetivo
desta etapa, deve possibilitar estudos mais específicos e objetivos nas etapas subseqüentes,
resultando em melhores escolhas finais de áreas e soluções.
A escolha preliminar de áreas deve ser feita com base nos critérios explicitados no item 4.
Nesta etapa os estudos das áreas de DME e jazidas de empréstimo devem, entre outros obje-
tivos, determinar os volumes disponíveis nos DME. A melhor alternativa de traçado já deve
estar definida e a base topográfica de trabalho deve ser mais detalhada. O projeto geométri-
co pode calcular os volumes de terraplenagem, de cortes e aterros, e, assim, a necessidade
tanto de DME como de materiais de empréstimo.
As áreas favoráveis para depósito de materiais excedentes também já devem ter sido pelo
menos identificadas. Desta forma, considerando-se os critérios logísticos, devem ser classi-
ficadas aquelas quanto à proximidade do eixo da rodovia.
Salienta-se que nesta etapa a abrangência e a profundidade dos estudos devem ser tais que
não seja justificável alteração de concepção de projeto na etapa seguinte.
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Eventualmente podem ocorrem alterações de traçado, tanto em planta como em perfil, resul-
tando em modificações no balanceamento dos volumes de terraplenagem, demandando no-
vos estudos.
Nesta etapa devem ser contemplados os aspectos construtivos das áreas, com detalhes como
o sistema de drenagem definitivo, paisagismo e revegetação da área.
7 ELABORAÇÃO DO PROJETO
Durante o projeto deve-se considerar que as áreas de DME têm grande potencial para ocasi-
onarem problemas ambientais. É necessária a reintegração dos DME com o meio ambiente,
assim como o estudo da possibilidade de seu uso seqüencial compatível. Os levantamentos e
estudos a serem executados, portanto, devem focar-se para garantir a estabilidade geotécnica
do aterro e equilíbrio ambiental.
Por meio de aerofotos recentes é possível identificar áreas favoráveis para a implantação de
DME, sem ocupação ou urbanização, delimitando inclusive o contorno do limite da proprie-
dade. As cartas topográficas na escala 1:10000 permitem visualizar a drenagem natural e a
dinâmica morfológica da região, permitindo a identificação tanto de áreas favoráveis como
desfavoráveis, tais como as linhas de talvegues. Mapas geológicos regionais são importantes
para identificar áreas com ocorrência de solos brejosos, também desfavoráveis.
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rante a vistoria às áreas, é possível caracterizar seus itinerários de acesso, o que proporciona
uma idéia comparativa do custo de transporte para cada uma.
O projeto geotécnico das áreas de DME deve contemplar os estudos e verificações pertinen-
tes à estabilidade dos taludes e, eventualmente, aos recalques da massa depositada, em caso
de ocorrência de solo mole no DME. Os critérios de projeto a serem seguidos condicionam-
se pelo tipo de uso previsto e pelas características da ocupação vizinha, tanto atual quanto
futura prevista.
A estabilidade dos taludes pode ser avaliada com base nos métodos de equilíbrio limite, co-
mo Fellenius ou Bishop, ou outro cujas hipóteses se aproximem melhor do caso em estudo,
seguindo as prescrições da NBR 11682(3) referente à estabilidade de taludes. Para os recal-
ques, os valores devem ser estimados com base na teoria do adensamento de Terzaghi.
Deve ser dada especial atenção quando o local escolhido como DME estiver próximo de á-
reas de preservação ambiental, com risco de carreamento de partículas. Nessa situação, de-
ve-se projetar diques com função de retenção de partículas. No caso de diques constituídos
por solo compactado impermeável, deve-se projetar um sistema de drenagem interna do ma-
ciço e um revestimento de proteção superficial do dique.
O ponto de partida para a elaboração do projeto geométrico das áreas de DME deve ser a
definição do uso futuro após os aterros atingirem a capacidade prevista, seja como parque,
condomínio habitacional, ou outra alternativa. Levando este aspecto em conta, deve-se ela-
borar o projeto de forma a promover a harmonização da área com o seu entorno, incluindo a
previsão de acessos ao DME.
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Além disso, deve-se obedecer às diretrizes fornecidas pelos estudos geotécnicos no que diz
respeito às inclinações dos taludes em função da altura da massa de materiais. Também de-
vem ser seguidas as diretrizes do projeto de drenagem, no tocante às inclinações dos platôs
para o escoamento adequado das águas superficiais. Obviamente, deve-se considerar tam-
bém o limite físico da área disponível para DME. Sua capacidade volumétrica é uma decor-
rência dos fatores citados anteriormente.
O projeto deve considerar a geometria final dos DME. No caso de se prever a utilização
parcial do DME para diferentes fases de implantação da rodovia, as fases intermediárias de-
vem ser consideradas. Da mesma forma, o projeto deve considerar a geometria final das ja-
zidas. No caso de se prever a utilização parcial de uma jazida para diferentes fases de im-
plantação da rodovia, deve-se considerar todas as fases.
Deve-se projetar um sistema de drenagem específico para os DME, de modo a evitar o de-
sencadeamento e aumento de processos erosivos e de minimizar o transporte de sedimentos
e material acumulado. As diretrizes de projeto a serem seguidas constam da instrução de
projeto referente a dispositivos de drenagem.
As áreas de jazidas de empréstimo são necessárias para prover a obra com materiais de ca-
racterísticas adequadas, necessárias para a execução de aterros compactados, substituição de
solos geotecnicamente inadequados etc.
Da mesma forma que no caso dos DME, a exploração de jazidas de empréstimo também
possui grande potencial para ocasionar problemas ambientais. Assim sendo, também é ne-
cessária a reintegração da jazida com seu entorno e a verificação da possibilidade do uso se-
qüencial compatível da área.
Pode-se aplicar a mesma metodologia descrita no caso dos DME para as jazidas. Os mapas
geológicos, entretanto, devem identificar ocorrências litológicas cujo produto de alteração é
usualmente favorável para a aplicação como material de empréstimo. Complementarmente,
pode-se recorrer a consultas a mapas pedológicos.
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Deve contemplar a análise dos tipos de solo ocorrentes, além de sua classificação e destina-
ção para as obras da rodovia. Complementarmente, deve incluir estudos e verificações per-
tinentes à estabilidade dos taludes, resultantes das escavações para exploração da área. Os
critérios de projeto a serem seguidos condicionam-se pelo uso futuro previsto e pelas carac-
terísticas da ocupação vizinha atual e futura prevista.
O estudo da estabilidade dos taludes pode ser feito com base nos métodos de equilíbrio limi-
te, como Fellenius ou Bishop, seguindo as prescrições da NBR 11682(3) de estabilidade de
taludes. Ressalta-se que a estabilidade de taludes de cortes em solos residuais condiciona-se,
principalmente, pelas estruturas reliquiares provenientes da rocha matriz. Sendo assim, a
superfície crítica de ruptura possui formato muito mais próximo do planar do que do circu-
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lar.
O limite de escavação das áreas para exploração de jazidas é a posição do lençol freático,
que deve ser determinada pelas sondagens executadas.
Deve-se analisar a adequação ou não dos materiais ocorrentes nas áreas estudadas à luz dos
resultados dos ensaios geotécnicos realizados e das necessidades dos projetos de terraplena-
gem, geotécnico e de pavimentação.
O ponto de partida para a elaboração do projeto geométrico das áreas de empréstimo deve
ser a definição do uso futuro após os aterros atingirem a capacidade prevista, seja como par-
que, condomínio habitacional, ou outra alternativa. Levando este aspecto em conta, deve-se
elaborar o projeto de forma a promover a harmonização da área com o meio ambiente, in-
cluindo a previsão de acessos à jazida.
Além disso, deve-se obedecer às diretrizes fornecidas pelo projeto geotécnico no que diz
respeito às inclinações dos taludes e do nível limite de escavação, o qual deve sempre ficar
acima do lençol freático. O escoamento superficial das águas também deve ser contempla-
do, no tocante às inclinações dos platôs. A capacidade volumétrica para exploração da área
é uma decorrência dos fatores citados anteriormente.
O projeto deve considerar a geometria das áreas de jazidas na fase final de sua exploração.
Entretanto, no caso de se prever a utilização parcial de uma jazida para diferentes fases de
implantação da rodovia, deve-se considerar todas as fases.
No cálculo do volume de material disponível, a espessura da camada vegetal deve ser des-
considerada.
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de sedimentação para onde deve ser direcionado o sistema de drenagem, com a finalidade de
retenção de partículas.
8 FORMA DE APRESENTAÇÃO
Esta etapa tem como um de seus produtos a apresentação da localização das áreas potenciais
para DME e jazidas de empréstimo, preferencialmente sobre a mesma base do projeto geo-
métrico, ou seja, base aerofotogramétrica ou da Empresa Paulista de Planejamento Metropo-
litano S.A. - EMPLASA ou do Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC, em escala 1:5000
ou 1:10000.
Quando identificável, deve ser traçado o contorno limite das áreas, assim como deve constar
estimativa da capacidade volumétrica.
O relatório deve conter as características gerais de cada área observadas durante as vistorias
preliminares e com base na bibliografia e estudos existentes. Deve contemplar as condições
de acesso, o tipo de ocupação das áreas imediatamente adjacentes bem como seu entorno, o
tipo de vegetação existente etc.
8.2.1 Planta
Devem constar nos desenhos a topografia da área, o projeto de terraplenagem básico com a
indicação das linhas de off sets dos taludes e as indicações dos locais onde as sondagens fo-
ram executadas, identificando-as. No caso de jazidas de empréstimo, deve-se inserir um
quadro-resumo dos ensaios geotécnicos de laboratório para cada furo a trado e nas profun-
didades onde as amostras foram coletadas.
No desenho deve-se indicar a capacidade volumétrica final prevista para o DME ou jazida,
conforme o caso.
8.2.2 Relatório
Para cada área indicada deve-se elaborar relatório que contenha sua caracterização, os crité-
rios adotados e as observações colhidas durante as vistorias de campo. Sugere-se a seguinte
itemização:
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8.3.1 Planta
As seções transversais devem refletir com precisão o relevo do terreno e as condições exis-
tentes. Devem ser desenhadas na escala 1:200, em suas respectivas estacas, perpendicular-
mente aos eixos. Deve-se representá-las por meio de linhas contínuas, com suas respectivas
estacas devidamente anotadas.
As cotas de referência devem ser anotadas com linha grossa e vertical posicionada à esquer-
da de cada seção transversal.
O terreno deve ser desenhado por meio de linhas tracejadas de traço fino assim como possí-
veis benfeitorias existentes. Devem ser indicadas terras nuas, sem benfeitorias.
De modo geral, o intervalo entre duas seções transversais consecutivas deve ser de 20 m.
Entretanto, outras seções suplementares podem ser desenhadas para esclarecer os elementos
existentes ou projetados e para aumentar a precisão dos cálculos de terraplenagem.
Devem ser traçadas com base nas seções transversais geométricas em cujas proximidades
foram executadas sondagens que permitam inferir as camadas dos solos existentes.
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No caso de áreas de jazidas de empréstimo, deve-se indicar o perfil da escavação para ex-
ploração, conforme o projeto geométrico.
Na parte inferior do desenho das seções geológico-geotécnicas, deve ser apresentado quadro
geral resumo com todos os resultados obtidos dos ensaios geotécnicos realizados em labora-
tório, para cada furo e em cada profundidade.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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