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Estudo demonstrativo dos estágios de eliminação da hanseníase nos

municípios do estado do Paraná, Brasil: um estudo ecológico


geoespacial (2001–2022)

Projeto apresentado à Organização Pan-


Americana da Saúde/Organização Mundial
da Saúde, Ministério da Saúde do Brasil e à
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Pesquisadores/Especialistas responsáveis:
Gabriela Tavares Magnabosco – Enfermeira, Doutora em Ciências e Pós-Doutora em
Saúde Pública, Professora Adjunta da Universidade Estadual de Maringá/PR.
Francisco Beraldi de Magalhães – Médico infectologista, Doutor em Doenças Tropicais
e Infecciosas, Professor das Faculdades Pequeno Príncipe/PR.
Lucas Vinícius de Lima – Enfermeiro, Mestre e Doutorando pelo Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá/PR.

Acompanhamento técnico
Kleydson Andrade – Consultor Nacional em Tuberculose e Hanseníase, Organização
Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde, Brasília-DF, Brasil.
Estudo demonstrativo dos estágios de eliminação da hanseníase nos municípios do
estado do Paraná, Brasil: um estudo ecológico geoespacial (2001–2022)

Resumo

A hanseníase, embora seja uma doença milenar, persiste como um dos agravos de grande importância para
a saúde pública no Brasil. O país ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos da doença. Sabe-
se que a ocorrência da hanseníase varia em função de fatores sociais, ambientais, econômicos e
demográficos, o que implica na possibilidade de dessemelhança da carga desta doença nos territórios. Nesse
sentido, entende-se que o primeiro passo para a eliminação da doença, em consonância com as metas
nacionais e internacionais, consiste na realização de um diagnóstico situacional a fim de elencar áreas
prioritárias e direcionar as intervenções. Dentre os estados da região Sul, que se encontram em um cenário
socioeconômico possivelmente mais favorecido em relação às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do
Brasil, destaca-se o Paraná, que possui uma média de 500 novos casos de hanseníase ao ano, e pode vir a
ser reconhecido como estado potencial para a eliminação da doença no país. Diante disso, este estudo tem
como objetivo analisar os estágios de eliminação da hanseníase nos municípios do estado do Paraná, Brasil,
no período de 2001 a 2022. Tratar-se-á de um estudo ecológico, do tipo geoespacial, cuja unidade de análise
serão os 399 municípios do estado, e será realizado em duas etapas: (I) análise de indicadores provenientes
de fontes de dados secundários e (II) validação dos métodos e resultados do estudo pelos profissionais da
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, da Coordenação de Doenças em Eliminação do Ministério da
Saúde e pelos pesquisadores especialistas, de modo alternativo para reduzir o viés de interpretação dos
dados. Dessa forma, além de oportunizar a identificação e o conhecimento acerca da ocorrência e da busca
pela eliminação da hanseníase no estado do Paraná para a busca da eliminação do agravo como problema
de saúde pública, o presente estudo pretende contribuir com o incremento do cuidado, em suas vertentes
assistencial e gerencial, com vistas a promover o diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a interrupção
da transmissão da doença, bem como, a reordenação do processo de trabalho de modo a favorecer um
melhor aproveitamento dos recursos físicos, humanos e temporais, para a oferta assistencial de melhor
qualidade à população.
Introdução

A hanseníase, doença infectocontagiosa de caráter crônico, persiste como um dos


agravos de grande importância para a saúde pública do Brasil, sobretudo pelo seu alto
potencial de ocasionar incapacidades físicas e motoras(1). Embora o registro da hanseníase
seja milenar, a doença ainda é um desafio para os países com menor nível socioeconômico
e disponibilidade de recursos, a exemplo do Brasil, da Índia e da Indonésia, que,
conjuntamente, respondem a aproximadamente 74,0% do total de casos registrados no
mundo(2).
Globalmente, viram-se progressos no processo de eliminação da hanseníase,
especialmente após duas as “Estratégias Globais para Enfrentamento (2016–2020 e
2021–2030)” recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)(2).
Para tanto, a OMS propôs definições, critérios e indicadores para a interrupção da
transmissão e a eliminação da hanseníase(3), através da “Ferramenta de Monitoramento
da Eliminação da Hanseníase (Leprosy Elimination Monitoring Tool - LEMT), a qual foi
desenvolvida com base na estrutura de eliminação da hanseníase. Dessa forma, pretende-
se:
• Promover uma maneira padrão de monitorar detalhadamente o progresso rumo
à interrupção da transmissão e eliminação da doença; e
• Promover um processo ascendente de construção de evidências para a
interrupção da transmissão e eliminação da hanseníase.

O quadro de eliminação da hanseníase distingue duas fases de eliminação, uma


fase pós-eliminação e a última, condição não endêmica (Figura 1). Um município, área
ou país transita para a próxima fase quando atinge o marco correspondente à fase anterior.
Figura 1: Leprosy Elimination Framework.
Esta proposta divide-se em quatro estágios, descritos a seguir: fase 1, que prevê a
prevalência menor que um caso a cada 10 mil habitantes; fase 2, que preconiza a
ocorrência de zero casos autóctones em crianças por cinco anos consecutivos; fase 3, que
propõe a ocorrência de zero casos autóctones por pelo menos três anos seguidos; e fase
4, na qual podem ocorrer casos esporádicos da doença(3).
As metas propostas até o final desta década visam: (1) implementar nos países
endêmicos um roteiro com zero hanseníase; (2) ampliar a prevenção integrada com a
detecção ativa de casos; (3) controlar a doença e suas complicações e prevenir novas
incapacidades; e (4) combater o estigma e garantir que os direitos humanos sejam
respeitados(2).
Não obstante, o Brasil ocupa a 2ª posição no ranking mundial em número de casos,
mesmo diante das “Diretrizes Nacionais para Vigilância, Atenção e Eliminação da
Hanseníase como Problema de Saúde Pública (2016)” e da “Estratégia Nacional para
Enfrentamento da Hanseníase (2019–2022)”(1,4).
Entre 2011 e 2021 foram registrados 309.638 novos diagnósticos de hanseníase
no Brasil, representando uma média anual de 28 mil casos(5). Anteriormente à pandemia
de covid-19, todas as regiões do Brasil registraram tendência crescente da taxa de
detecção anual de novos casos; contudo, ao se considerarem os anos pandêmicos, 2020 e
2021, percebeu-se um declínio da detecção dos casos, possivelmente pela sobrecarga dos
serviços e dos profissionais da assistência e da vigilância no enfrentamento dessa nova
emergência global(5).
Neste contexto, é válido salientar que a ocorrência da hanseníase varia em função
de fatores sociais, ambientais, econômicos e demográficos(1,6), o que implica na
possibilidade de dessemelhança da carga desta doença. No Brasil, por exemplo, existem
clusters de altas taxas de detecção nos estados do Pará, do Tocantins, do Maranhão e do
Mato Grosso; por outro lado, os estados das regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul) e Sudeste (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) concentram o menor
número de casos(5).
Dentre os estados da região Sul, que se encontram em um cenário socioeconômico
mais favorecido em relação às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil(7),
destaca-se o Paraná, que possui uma média de 500 novos casos ao ano(8). No estado, o
maior problema em torno da doença é o diagnóstico tardio, muitas vezes já com
sequelas(8). Esse contexto faz com que a hanseníase seja uma doença de interesse para o
Paraná, que busca alcançar as metas de eliminação até 2030(1,2).
Entende-se, portanto, que o primeiro passo para a eliminação da hanseníase
consiste em um diagnóstico situacional, a fim de elencar áreas prioritárias e direcionar as
intervenções. Diante disso, justifica-se a importância de reconhecer os diferentes modos
de resposta e enfrentamento à hanseníase, considerando-se distintos recortes territoriais,
a fim de se elencar áreas com piores e melhores indicadores e, a partir disso, verificar as
estratégias positivas e negativas adotadas em cada local para a eliminação dessa doença.
Portanto, este estudo terá como objetivo analisar os estágios de eliminação da hanseníase
nos municípios do estado do Paraná, Brasil, no período de 2001 a 2022.

Objetivo geral
Analisar os estágios de eliminação da hanseníase nos municípios do estado do
Paraná, Brasil, no período de 2001 a 2022.

Objetivos específicos
a) Analisar os indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase no estado do
Paraná, Brasil, nos anos de 2001 a 2022.
b) Analisar a distribuição espacial dos estágios de eliminação da hanseníase no estado do
Paraná, Brasil, no período de 2001 a 2022.
c) Apresentar os estágios de eliminação da hanseníase nos municípios do estado do
Paraná a partir da “Ferramenta de Monitoramento da Eliminação da Hanseníase (Leprosy
Elimination Monitoring Tool - LEMT)” da Organização Mundial da Saúde.

Métodos
No que tange ao desenvolvimento metodológico, o presente estudo será dividido
em duas etapas, a saber:

Etapa I:
Tratar-se-á de um estudo ecológico, do tipo geoespacial, sobre os 399 municípios
do estado do Paraná, localizado na região Sul do Brasil.
As investigações ecológicas levam em conta o grupo, o qual pode se agregar em
função do lugar (estudos de grupos espaciais), do tempo (estudos de tendência temporal)
e do lugar-tempo (estudos mistos), sendo o último extremamente oportuno, uma vez que
apresenta resultados aprimorados(9).
Os estudos ecológicos podem centrar-se na comparação e na análise de medidas
agregadas (características individuais de determinado grupo), ambientais (aspectos
relacionados ao contexto) e globais (atributos grupais, sociais ou organizacionais)(9).
Nesta investigação, serão empregados dois delineamentos: para atender ao objetivo (a),
desenvolver-se-á um estudo descritivo exploratório; e para o objetivo (b), conduzir-se-á
um estudo geoespacial.
Considerando que, para além dos fins administrativos e clínicos associados à
coleta de dados de saúde, tem sido evidenciada a crescente aplicabilidade de fontes
secundárias para finalidade científica, o estudo será embasado pelo Reporting of studies
Conducted using Observational Routinely collected health Data (RECORD), um
checklist para sistematizar estudos observacionais conduzidos a partir de dados
secundários(10).
Serão utilizados dados fornecidos pela Coordenação-Geral de Doenças em
Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde,
oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), com todos os
casos de hanseníase notificados no período de 2001 a 2022. A partir desses dados,
respondendo o objetivo específico (a), serão estimados os indicadores relativos aos quatro
estágios de eliminação da hanseníase, conforme preconizado pelo Programa Global de
Hanseníase da OMS(8).
A partir dos indicadores epidemiológico-operacionais, serão construídos mapas
temáticos para o período de 22 anos da série histórica analisada, atendendo o objetivo
específico (b). Esse período será agrupado, a critério do autor, em dois quinquênios, um
quadriênio e um triênio, a saber: 2001–2005, 2006–2010, 2011–2015, 2016–2019 e
2020–2022. Os mapas serão construídos tendo como unidade ecológica os municípios
paranaenses, utilizando-se o shapefile do estado obtido no portal de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esta etapa metodológica do estudo ancorar-se-á no referencial metodológico de
análise espacial e temporal, no qual os dados de uma certa condição de saúde são
analisados em um recorte temporal delimitado e em função de uma determinada área(11).
Esse tipo metodológico é amplamente explorado, uma vez que os fenômenos
epidemiológicos são representados pela tríade pessoa-lugar-tempo(12).
Para o cumprimento do objetivo específico (c) de apresentação dos estágios de
eliminação da hanseníase nos municípios do estado do Paraná a partir da “Ferramenta de
Monitoramento da Eliminação da Hanseníase (Leprosy Elimination Monitoring Tool -
LEMT)” da Organização Mundial da Saúde, será utilizado o protótipo dessa ferramenta,
disponibilizada pela OPAS/OMS Brasil.
A LEMT foi desenvolvida para exibir dados históricos subnacionais e nacionais
sobre novos casos (autóctones) de hanseníase em pelo menos duas categorias de idade na
detecção: adultos e crianças (<15 anos de idade). Ela pode ser aplicada a qualquer área
para a qual haja um mínimo de 10 anos de dados disponíveis. As áreas que ainda estão
na Fase 1 ou 2 devem ser observadas pelos gerentes de programa como necessitando de
recursos adicionais para ajudá-los a alcançar os marcos também. Para essa ferramenta,
tem-se que:

Fase 1 – Até interrupção da transmissão


Marco: Cinco anos consecutivos sem casos infantis autóctones (< 15 anos)
Fase 2 – Até a eliminação da hanseníase
Marco: Três anos consecutivos sem casos autóctones, tanto adultos como
crianças
Fase 3 - Fase pós-eliminação
Marco: Pelo menos 10 anos consecutivos sem casos autóctones, tanto adultos
como crianças
Estado não endêmico
Definição: Nenhum caso de hanseníase autóctone foi detectado por 10 anos ou
mais
Caso adulto esporádico
Definição: Caso único de adulto ocorrendo durante a Fase 3
Caso infantil esporádico
Definição: Caso de criança única ocorrendo na Fase 2 ou 3
Definição: 3 ou mais casos de hanseníase em média em três anos consecutivos
em uma área; a reemergência deve ser investigada
No que tange ao aspecto operacional, é importante ressaltar que esta etapa do
estudo será executada por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e
das Faculdades Pequeno Príncipe (FPP), os quais têm expertise em vigilância
epidemiológica, epidemiologia, manejo e controle de doenças crônicas transmissíveis,
com destaque para a hanseníase, bem como, no contexto sanitário e organização do
sistema e da rede de serviços de saúde no estado do Paraná.

Etapa II:
Com base nos resultados obtidos na Etapa I supra referida, serão conduzidas
discussões junto aos profissionais da Coordenação Geral de Vigilância Epidemiológica
da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR), responsáveis pela assistência e
vigilância do agravo no estado, à Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em
Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde e
do representante do escritório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) no Brasil
para Tuberculose e Hanseníase.
Nesse momento, será realizada a validação dos métodos e resultados do estudo
pelos profissionais e pelos especialistas, como uma alternativa para reduzir o viés de
interpretação dos dados.
Em relação ao desenvolvimento operacional do estudo, pontua-se que será
conduzido em formato de um workshop a ser realizado in loco na SESA-PR no período
de cinco dias consecutivos. Na oportunidade, realizar-se-á a abertura das atividades com
a apresentação do contexto epidemiológico do agravo, metas e estratégias vigentes para
a sua eliminação no cenário mundial, brasileiro e estadual, pelos respectivos
representantes das instituições responsáveis por cada nível - estadual, nacional e mundial,
a saber, SESA-PR, Ministério da Saúde e OPAS/OMS Brasil. Em seguida, os
pesquisadores especialistas compilarão os bancos de dados e procederão as análises
estatísticas e epidemiológicas.
A partir dos resultados, os profissionais da SESA-PR serão acionados para que,
com suporte do representante da OPAS/OMS Brasil, sejam discutidos os resultados à luz
das recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil,
levando-se em conta a realidade e as especificidades dos contextos locais e regionais do
estado do Paraná. Conseguinte, os pesquisadores especialistas farão a elaboração do
relatório final do estudo, que será apresentado, ao final do período, para todos os
envolvidos.
Ressalta-se que a execução do estudo não acarretará ônus de qualquer tipo para a
SESA-PR, uma vez que caberá à instituição disponibilizar, apenas, o espaço físico para a
realização do workshop. Frisa-se, ainda, que a participação dos servidores da instituição
será pontual, não ocasionando prejuízos às suas atividades rotineiras de trabalho.

Aspectos éticos
No que se refere aos preceitos éticos, por se tratar de um estudo com dados
provenientes de um sistema público de informação e sem identificação nominal,
dispensa-se a apreciação de Comitê de Ética em Pesquisa. Entretanto, pontua-se que serão
observadas e respeitadas as normas e diretrizes preconizadas pela Resolução nº 466, de
2012, do Conselho Nacional de Saúde, bem como às disposições da Lei nº 12.527, de
2011, do Governo Federal.

Resultados esperados
Além de oportunizar a identificação e o conhecimento acerca da ocorrência e da
busca pela eliminação da hanseníase no estado do Paraná, consoantes às orientações do
Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde para a busca da eliminação do
agravo como problema de saúde pública, o presente estudo pretende contribuir com o
incremento do cuidado, em suas vertentes assistencial e gerencial, com vistas a promover
o diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a interrupção da transmissão da doença,
bem como, a reordenação do processo de trabalho de modo a favorecer um melhor
aproveitamento dos recursos físicos, humanos e temporais, para a oferta assistencial de
melhor qualidade à população.
Ademais, o presente estudo demonstrativo visa validar a Ferramenta de
Monitoramento da Eliminação da Hanseníase (Leprosy Elimination Monitoring Tool -
LEMT)” proposto pelo Programa Global de Hanseníase da Organização Mundial da
Saúde, à luz de um país de alta endemicidade da doença.
Contribuições
Das contribuições do estudo, pode-se destacar aquelas relacionadas ao potencial
estabelecimento de parcerias estaduais, nacionais e internacionais, culminando em outras
atividades com possibilidade de execução conjunta, como o desenvolvimento de projetos
de pesquisa e extensão; incremento e qualificação da educação permanente, educação em
saúde e implementação de novas tecnologias, planos e estratégias para o cuidado e
controle da hanseníase nos serviços de saúde; produção e difusão do conhecimento
científico; e fomento à jovens pesquisadores.
Em se tratando dos serviços de saúde, há que se considerar as contribuições acerca
do favorecimento na implementação e avaliação de estratégias de trabalho conjunto entre
saúde e vigilância em âmbito local e estadual; capacitação e promoção da educação
permanente de profissionais da rede de atenção à saúde dos municípios do estado;
inserção de novas tecnologias de gestão do cuidado para o controle de doenças crônicas
transmissíveis no cotidiano de trabalho das equipes de saúde dos municípios; alinhamento
com as prioridades políticas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde
para o controle e a eliminação da hanseníase como um problema de saúde pública.

Cronograma de execução (datas propostas)


Workshop – Execução do estudo 2023
Atividade 31/07 01/08 02/08 03/08 04/08
Abertura e apresentação do cenário X
epidemiológico, metas e estratégias para
eliminação da hanseníase no mundo, no Brasil e
no Paraná.
Realização do levantamento de dados para X
execução da Etapa I
Análise de dados e descrição dos resultados da X
Etapa I
Discussão dos resultados com profissionais e X
responsáveis técnicos da SESA-PR, junto ao
representante OPAS/Brasil (Etapa II)
Elaboração do relatório final pelos pesquisadores X
especialistas
Apresentação dos resultados para os envolvidos X
(SESA-PR, Ministério da Saúde e OPAS/Brasil)
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