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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS -


CCET CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA
CIVIL CCET148 – HIDRÁULICA GERAL

Relatório de Aula Prática

AULA - INSTALAÇÕES DE RECALQUE

Equipe Docente:
Prof. Dr. Camilo Lelis de Gouveia
Prof. Dr. Marconi Gomes de Oliveira
Monitor: Gustavo Gomes

Equipe Discente:

1- Ana Beatriz Rosas Morais


2- Eduardo de Assis Oliveira
3- Florcita Sejas Martinez
4- José Oliveira dos Reis Filho
5- Waldson Souza Batista

Rio Branco – AC
2023
Relatório de Aula Prática: 28/02/2023
AULA - INSTALAÇÕES DE RECALQUE

1. Introdução
Uma instalação de recalque é toda instalação hidráulica que possui o objetivo de
transportar um fluido de uma cota inferior para uma cota superior. Ela é composta pela
tubulação antes da bomba, chamada de tubulação de sucção; pela bomba hidráulica e pela
tubulação após a bomba, chamada de tubulação de recalque. As bombas hidráulicas possuem
diversas aplicações no cotidiano, desde elevar a água advinda do sistema de distribuição
pública para as caixas d’água ou até mesmo no sistema de distribuição, através das estações
elevatórias de água. Dessa forma, é dever do engenheiro compreender todas as
funcionalidades e cálculos inerentes ao bom dimensionamento das instalações
hidrossanitárias.

2. Objetivo
Reconhecer os elementos constituintes de uma instalação de recalque (tubulação de
sucção, bomba hidráulica, tubulação de recalque);
Relacionar os materiais necessários e executar a instalação de uma bomba centrífuga;
Medir a vazão, calcular as perdas de carga, calcular a altura manométrica e a potência
do conjunto motor-bomba.

3. Metodologia
3.1. Ouvir atentamente as orientações do professor sobre os objetivos e procedimentos
da aula prática. 3.2. Organizar a bancada de trabalho, dispondo cuidadosamente os
equipamentos e materiais que serão utilizados. 3.3. Medir as tubulações de sucção e de
recalque. 3.4. Anotar todas as peças e conexões da instalação de recalque. 3.5. Verificar se a
bomba consegue realizar a sucção da água. 3.6. Caso não consiga, escorvar o sistema com o
intuito de retirar o ar da tubulação. 3.7. Ligar a bomba hidráulica e calcular a vazão. 3.8.
Anotar os dados obtidos.

4. Desenvolvimento
A priori o professor mostrou os componentes de um conjunto motor-bomba, através de
um modelo didático que permite visualizar os componentes interno de uma bomba. Logo
após, selecionou as ferramentas que iriamos utilizar, tais como funil, alicate e trena, além de
anotar todas as conexões e o comprimento da tubulação do sistema de recalque. E então
apontou os componentes que compõem um sistema de recalque, além de demonstrar o efeito
da falta de água na tubulação de sucção, provando que a função principal de uma bomba não é
a sucção. Assim, com a utilização do alicate e do funil realizamos a escorvação da tubulação
de sucção e constatamos que após o ato a bomba hidráulica conseguia realizar a elevação do
líquido. Por fim, realizamos a medição da vazão através do método direto que consiste na
medição do tempo necessário para encher um balde de determinado volume, que no nosso
caso, é de 14 litros.

5. Resultados e Discussões
Dados obtidos:
HS – Altura de Sucção 0,84m
HR – Altura de Recalque 1,94m
HG – Altura Geométrica 2,78m
L1 – Cano 25 mm 3,28m
L2 – Cano 20 mm 4,03m
L – Total 7,31m
D1 25mm
D2 20mm

Medição: 1 2 3
Volume 14L 14L 14L
Tempo 18,2s 19,49s 18,87s
Tempo médio: 18,85s
Vazão obtida:
3
v 14 l m
Q= = =0,7424 =0,0007424 ≅ 7 × 10−4
t 18 , 85 s s
Perdas de Carga Linear:
No cano de 25mm:
−4 1 ,85
10,643 ⋅Q1 , 85 ⋅ L 10,643⋅ ( 7 ×10 ) ⋅3 ,28
h flinear 1= 1 , 85 4 ,87
= −3 4 ,87
≅ 0 , 43 m . c . a .
C ⋅D 125 ⋅ ( 25 × 10 )
1, 85

No cano de 20mm:
−4 1 ,85
10,643 ⋅Q1 , 85 ⋅ L 10,643⋅ ( 7 ×10 ) ⋅4 ,03
h flinear 2= 1 , 85 4 ,87
= −3 4 , 87
≅ 1 , 55 m. c . a .
C ⋅D 125 ⋅ ( 20 ×10 )
1 ,85

Perda de carga linear total:


h flinear 2=0 , 43+1 , 55=1 , 98 m . c . a .
Perdas localizadas:
Peça – 3/4 K Peça – 20 mm K
Válvula Pé 1,75 Tê 0,6
Curva 90º 2 * 0,4 Luva 0,6
União 2 * 0,4 Joelho 90º 0,9
Luva 4 * 0,6 Adap. 20mm>25mm* 0,5
Tê 3/4 0,6 Adap. Solda>Rosca* 0,5
Niple 0,6* Válvula de Globo 10
Válvula de Gaveta 0,2 Adaptador Mangueira* 0,5
Redução 3/4>20mm 0,5
Total 7,65 Total 13,6
*Foram considerados valores de peças parecidas.
Total: 21,25

Calculando a velocidade:
No cano de 25mm:
Q 0,0007424
v= = =1, 51 m/s
A π ⋅(25 ×10−3)2
4
No cano de 20mm:
Q 0,0007424
v= = =2, 36 m/ s
A π ⋅(20 ×10−3)2
4
Calculando as perdas localizadas:
No cano de 25mm:

h flocalizado
∑ K ⋅v 2 = 7 ,65 ⋅(1 ,51)2 =0 , 89 m. c . a .
2 ⋅g 2 ⋅9 , 81
No cano de 20mm:

h flocalizado
∑ K ⋅v 2 = 7 ,65 ⋅(2 ,36)2 =2 , 17 m. c . a .
2 ⋅g 2 ⋅9 , 81
Perdas de carga localizada total:
h flocalizado =3 , 06 m. c . a .
Perdas de carga total:
h ftotal =5 ,04 m. c . a .
Calculando a altura manométrica:
H Man=∆ G+ H fTotal =7 , 82 m
Com esses dados e considerando o rendimento do conjunto motor-bomba como sendo de
70% é possível calcular a potência do conjunto motor-bomba:
γ ⋅ H Man ⋅Q 1000 ⋅7 , 82 ⋅7 ×10−4
P b= = =0,105 cv
75 ⋅ηb 75 ⋅0 , 7
Potência indicada pelo fabricante: ¼ cv = 0,25 cv

Com os dados tabelados e devidamente calculados podemos perceber a aplicação


da teoria ensinada em sala, além de perceber que nem sempre os cálculos conseguem
prever precisamente o que irá acontecer, devendo o engenheiro ter em mente os
diversos cenários que possam ocorrer.
Após a realização da escorvação o sistema de recalque funcionou corretamente e
foi possível realizar as medições direta da vazão, apesar de ser um método impreciso
que é sujeito à diversas fontes de erro, tais como o erro humano no momento de acionar
o cronometro ou na estabilização do balde, ou até mesmo pela variação da vazão no
decorrer da tubulação.
Por fim, a potência calculada da bomba não correspondeu às expectativas, ficando
menos de 50% da potencia indicada pelo fabricante, devindo sobretudo à forma
imprecisa de se obter os dados, além de haver possibilidade de erros de cálculos ou
anotação de informações erradas.

Conclusão
Portanto, após estudos para análise e entendimento, tanto da função prática de uma
instalação de recalque, como os cálculos que mantém o bom funcionamento de tais
instalações, foi possível o desenvolvimento deste relatório. Além de aplicar na prática o
conhecimento adquirido durante às aulas, sendo de bastante valia para o bom
desenvolvimento profissional dos futuros profissionais em engenharia. Nesse sentido,
podemos concluir que os métodos diretos de medição não possuem tanta precisão no resultado
final, devendo ser realizado em laboratórios com equipamentos adequados e profissionais
capacitados.

Bibliografia
AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica. 9ª. ed. São Paulo. Ed. Edgard Blücher,
2011.
Anexos e/ou Apêndices

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