DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO E BOMBAS DE ÁGUA DE NÃO

CONTATO

Gleidson da Silva Pavão de Oliveira

Leonardo Campos
 Sumário

1 OBJETIVO..............................................................................................................3

2 REFERÊNCIAS......................................................................................................4

3 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................5

4 CONCLUSÃO......................................................................................................20

1 OBJETIVO
Esta memória de cálculo objetiva avaliar a possibilidade de redução nos diâmetros das
tubulações e consequentemente o custo para substituição das tubulações de água de não
contato que hoje estão com elevado grau de deteriorização.
 Valor Valor total para
Material Kg/m Kg 1000m
Tubo C/C 8" pol SCH 40 40,33 R$ 12,76 R$ 514.610,80
Tubo C/C 6" pol SCH 40 26,33 R$ 12,66 R$ 333.337,80
Tubo C/C 3" pol SCH 40 15 R$ 12,36 R$ 185.400,00
2 REFERÊNCIAS

Desenhos: DE-313024-1000TUB0183
DE-313024-1000TUB0184
Memorial de cálculo: MC-313024-1000TUB0010
3 DESENVOLVIMENTO

3.1- Vazão necessária de água de não contato para o Laminador Contínuo de Perfis);

Qnenessaria= {0,4 + 73 + 4,0 + 73 + 2,0 + 4,0 + 30( 6 + 18 + 4 + 2) + 8,4 + 97 + 6,8 + 3,42 + 54,72 +
27,36 + 27,36 + 27,36}
Qnenessaria= 438,86m3/h → Qnenessaria ≈ 500 m3/h;

Obs. Vazão adotada é Q=500 m3/h, sendo duas bombas de Q=250 m3/h instaladas em paralelo
Considerações:
Q = vazão (m3/h) Re<2000 → regime laminar
V= velocidade (m/s) Re → 2000<Re<4000 → regime de transição
S = área (m2) Re>4000→ regime turbulento
D= diâmetro (mm)
Re = número de Reynolds
۷→ viscosidade cinemática (m2/s)
Є = rugosidade equivalente (mm)
f = coeficiente de atrito
Lr= comprimento real (m)
Lv = comprimento virtual (m)
Lt = comprimento total (m)
J = perda de carga (m)
g= aceleração da gravidade (m/s2)

3.2- Perdas de carga Total (Sucção + Descarga + Retorno) :

Perda de Carga Total = PSucção + PDescarga + PRetorno
Preda de Carga Total = 1,39 + 54,11 + 30,094
Perda de Carga Total = 85,6 x 20%
Perda de Carga Total = 105mca.
3.3- Cálculo da Potencia aproximada da Bomba:
Considerações:
P = potencia (cv)
‫ = ע‬densidade (kg/m3)
Q = vazão (m3/h)
Hmt = altura manométrica do sistema (mca)
η = rendimento (%)
P = ‫ ע‬x Q x Hmt/3600 x η x 75
P = 1000 x 250 x 105/3600 x 0,70 x 75
P = 138,8 → P ≈ 139 cv
3.4- Cálculo NPSH disponível: NPSHDISPONÍVEL > NPSHREQUERIDO
Considerações:
Hb = altura barométrica (m)
Ja = perda de carga sucção (mca)
ha = altura entre sucção e nível max (m)
hv = tensão de vaporização do líquido (kg/cm2)
A = altitude (m)
NPSH = Hb + ha – (Ja + hv)
Hb = 10 – (0,00122 x A) → Hb = 10 – (0,00122 x 381) → Hb = 9,53m
Ja = 1,39mca
ha = 2,5m
hv = 0,0429 kg/cm2 = 0,429mca (água a 30°c)
NPSH = 9,53 + 2,5 – (1,39 + 0,429) → NPSH = 10,2mca

3.4- Dimensionamento da bomba.

 As bombas a serem adquiridas, deverão ter as seguintes características teóricas.

 Vazão: 250m3/h

 Rendimento: 70%

 Altura manométrica total: 105mca

 Potência aproximada: 139cv

 NPSHDISPONÍVEL : 10,2mca

 Quantidade: 03 unidades (01 reserva)

1º Passo – Pré seleção dos modelos e tamanhos necessários;

2º Passo – Achar as curvas características da bomba;
 As bombas a selecionadas, tem as caracteriscas:

 Vazão: 250m3/h

 Diametro do rotor: 320mm

  Rendimento: 75%

 Altura manométrica total: 138mca

 Potência necessaria: 165cv selecionado 200 cv

 NPSHREQUERIDO : 5mca

Modelo da bomba selecionado: Bomba KSB WKL 125/3

3.5- Comparativo de perda de carga alterando reduzindo o diamentro de trechos da

tubulação.

(trecho WX):
Q= 63,36 – 2,0 → Q= 61,36 m3/h → Q = 0,0170 m3/s
V = 2,0m/s
Q = VxS → S = Q/V → S = 0,0170/2,0 → S = 0,00852m2
D=√(4S/π) → D = √4x0,00852/ π → D = 104,16mm;
A tubulação da descarga é DN200 (8”)
Correção da velocidade
S = πD2/4 → S = π0,20272/4 → S = 0,032m2
V = Q/S → V = 0,0170/0,032 → V = 0,53m/s

Cálculo de Reynolds para descarga:

Re=Vxd/ ۷→ Re = 0,53 x 0,2027/(0,804x10-6) → Re=133620>4000 (turbulento)

Rugosidade Relativa → Є/D

Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/202,7 → Є/D= 0,0024

D = 202,7mm

Ábaco de Moody

Re= 1,3 x105

→ f = 0,023
 Є/D=0,0024
Perda de Carga na descarga (trecho WX)
Lr = 57m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 57 + 0,0 → Lt = 57m

JWX= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,023 x 57 x 0,532/ 0,2027 x 2 x 9,81 → JWX= 0,093mca;

(trecho WX): Para tubulação de 6’’:

Q= 63,36 – 2,0 → Q= 61,36 m3/h → Q = 0,0170 m3/s
S = πD2/4 → S = π0,1522/4 → S = 0,018m2
V = Q/S → V = 0,0170/0,018→ V = 0,93m/s
Re=Vxd/ ۷→ Re = 0,93x 0,1524/(0,804x10-6) → Re=146741,4>4000 (turbulento)
Rugosidade Relativa → Є/D

Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/125,4→ Є/D= 0,003280

Ábaco de Moody

→ f = 0,025

Perda de Carga na descarga (trecho WX) Para tubulação de 6’’

Lr = 57m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 57 + 0,0 → Lt = 57m

JWX= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,032 x 57 x 0,532/ 0,1524 x 2 x 9,81 → JWX= 0,4147mca.

(trecho WX): Para tubulação de 3’’:

Q= 63,36 – 2,0 → Q= 61,36 m3/h → Q = 0,0170 m3/s
S = πD2/4 → S = π0,0762/4 → S = 0,0045m2
V = Q/S → V = 0,0170/0,0045→ V = 3,729m/s
Re=Vxd/ ۷→ Re = 3,729x 0,0762/(0,804x10-6) → Re=353483>4000 (turbulento)
Rugosidade Relativa → Є/D
 Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/76,2→ Є/D= 0,00656

Ábaco de Moody

→ f = 0,032

Perda de Carga na descarga (trecho WX) Para tubulação de 3’’

Lr = 57m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 57 + 0,0 → Lt = 57m

JWX= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,032 x 57 x 3,7292/ 0,076 x 2 x 9,81 → JWX= 16,988 mca.

(trecho UV):

Q=145,44 – 54,72 → Q=90,72 m3/h → Q = 0,0252 m3/s

 V = 2,0m/s
Q = VxS → S = Q/V → S = 0,0252/2,0 → S = 0,0126m2
D=√(4S/π) → D = √4x0,0126/ π → D = 126,66mm;
A tubulação da descarga é DN200 (8”)
Correção da velocidade
S = πD2/4 → S = π0,20272/4 → S = 0,032m2
V = Q/S → V = 0,0252/0,032 → V = 0,79m/s

Cálculo de Reynolds para descarga:

Re=Vxd/ ۷→ Re = 0,79 x 0,2027/(0,804x10-6) → Re=198540>4000 (turbulento)

Rugosidade Relativa → Є/D

Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/202,7 → Є/D= 0,0024

D = 202,7mm

Ábaco de Moody

Re= 1,9 x105

→ f = 0,023

Є/D=0,0024
Perda de Carga na descarga (trecho UV)
Lr = 17m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 17 + 0,0 → Lt = 17m

JUV= f x L x V2/D x 2g → JUV= 0,023 x 17 x 0,792/ 0,2027 x 2 x 9,81 → JUV= 0,061mca;

(trecho UV): Para tubulação de 6’’:

Q=145,44 – 54,72 → Q=90,72 m3/h → Q = 0,0252 m3/s
S = πD2/4 → S = π0,1522/4 → S = 0,018m2
V = Q/S → V = 0,0252/0,018→ V = 1,4m/s
Re=Vxd/ ۷→ Re = 1,4x 0,1524/(0,804x10-6) → Re=264676,61>4000 (turbulento)
Rugosidade Relativa → Є/D
 Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/125,4→ Є/D= 0,003280

Ábaco de Moody

→ f = 0,025

Perda de Carga na descarga (trecho WX) Para tubulação de 6’’

Lr = 17m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 17 + 0,0 → Lt = 17m

JUV= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,032 x 17 x 1,42/ 0,1524 x 2 x 9,81 → JUV= 0,279mca.

(trecho WX): Para tubulação de 3’’:

Q=145,44 – 54,72 → Q=90,72 m3/h → Q = 0,0252 m3/s
S = πD2/4 → S = π0,0762/4 → S = 0,0045m2
V = Q/S → V = 0,0252/0,0045→ V = 5,56m/s
Re=Vxd/ ۷→ Re = 5,56x 0,0762/(0,804x10-6) → Re=525572,1>4000 (turbulento)
Rugosidade Relativa → Є/D

Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/76,2→ Є/D= 0,00656

Ábaco de Moody

→ f = 0,034

Perda de Carga na descarga (trecho WX) Para tubulação de 3’’

Lr = 17m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 17 + 0,0 → Lt = 17m

JUV= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,034 x 17 x 5,562/ 0,076 x 2 x 9,81 → JWX= 11,829 mca.
(trecho VW):

Q= 90,72 – 27,36 → Q= 63,36 m3/h → Q = 0,0176 m3/s

V = 2,0m/s
Q = VxS → S = Q/V → S = 0,0176/2,0 → S = 0,0088m2
D=√(4S/π) → D = √4x0,0088/ π → D = 105,85mm;

A tubulação da descarga é DN200 (8”)

Correção da velocidade
S = πD2/4 → S = π0,20272/4 → S = 0,032m2
V = Q/S → V = 0,0176/0,032 → V = 0,55m/s

Cálculo de Reynolds para descarga:

Re=Vxd/ ۷→ Re = 0,55 x 0,2027/(0,804x10-6) → Re=138662>4000 (turbulento)

Rugosidade Relativa → Є/D

 Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/202,7 → Є/D= 0,0024

D = 202,7mm

Ábaco de Moody

Re= 1,3 x105

→ f = 0,023

Є/D=0,0024
Perda de Carga na descarga (trecho VW)
Lr = 52,5m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 52,5 + 0,0 → Lt = 52,5m

JVW= f x L x V2/D x 2g → JVW= 0,023 x 52,5 x 0,552/ 0,2027 x 2 x 9,81 → JVW= 0,092mca;

(trecho VW): Para tubulação de 6’’:

Q= 90,72 – 27,36 → Q= 63,36 m3/h → Q = 0,0176 m3/s
S = πD2/4 → S = π0,1522/4 → S = 0,018m2
V = Q/S → V = 0,0176/0,018→ V = 0,977m/s
Re=Vxd/ ۷→ Re = 0,977x 0,1524/(0,804x10-6) → Re=184706,2>4000 (turbulento)
Rugosidade Relativa → Є/D

Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/125,4→ Є/D= 0,003280

Ábaco de Moody

→ f = 0,025

Perda de Carga na descarga (trecho VW) Para tubulação de 6’’

Lr = 52m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 52 + 0,0 → Lt = 52m

JVW= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,025 x 52 x 0,9772/ 0,152 x 2 x 9,81 → JUV= 0,416mca.

(trecho WX): Para tubulação de 3’’:
Q= 90,72 – 27,36 → Q= 63,36 m3/h → Q = 0,0176 m3/s
S = πD2/4 → S = π0,0762/4 → S = 0,0045m2
V = Q/S → V = 0,0176/0,0045→ V = 3,86m/s
Re=Vxd/ ۷→ Re = 3,86x 0,0762/(0,804x10-6) → Re=365835,8>4000 (turbulento)
Rugosidade Relativa → Є/D

Є = 0,5mm

→ Є/D= 0,5/76,2→ Є/D= 0,00656

Ábaco de Moody

→ f = 0,032

Perda de Carga na descarga (trecho WX) Para tubulação de 3’’

Lr = 52m
Lv = 0,0m
Lt = Lr + Lv → Lt = 17 + 0,0 → Lt = 52m

JUV= f x L x V2/D x 2g → JWX= 0,034 x 52 x 3,862/ 0,076 x 2 x 9,81 → JWX= 16,62 mca.
4 CONCLUSÃO

Perdas nos trechos (wx,uv,vw), no projeto existente (8’’) = (0,093+0,061+0,092)mca

= 0,246mca. +20% (Referente a perda de carga localizada) = 0,295mca.

Perdas nos trechos (wx,uv,vw), para tubulação de diâmentro 6’’ =

(0,4147+0,279+0,416)mca =1,109 +20% (Referente a perda de carga localizada) =
1,3308mca. Aproximadamente 4 vezes maior em relação ao projeto inicial.

Perdas nos trechos (wx,uv,vw), para tubulação de diâmentro 3’’ =

(16,98+11,829+16,62)mca =45,429 +20% (Referente a perda de carga localizada) =
54,51mca. Aproximadamente 184 vezes maior em relação ao projeto inicial.

Para a alimentação a diminuição do diâmetro acarretaria no aumento da perda de

carga.
As bombas de alimentação são dimensionadas pela vazão e pela altura manométrica para
vencer estas perdas, com o aumento da perda de carga, a bomba trabalharia fora do seu
rendimento previsto, provavelmente com menor vazão e com alteração na amperagem,
podendo comprometer o motor elétrico.
Para o retorno o aumento da perda de carga poderia comprometer a vazão de retorno já que o
sistema deve ter sido dimensionado para esta perda de carga.

Para termos o ganho no custo do material, vamos ter que alterar outros elementos do
sistema como bomba, motor e ate mesmo acionamento elétricos, que são itens com valores
agragados bems maiores.

Por este motivo não recomendo a diminuição do diâmetro tubulação nem de

alimentação nem do retorno.