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PRÓ-REITORIA ACADEMICA
ENGENHARIA MECÂNICA
TURMA UN / 9º PERÍODO
VIBRAÇÕES MECÂNICAS
BARRA MANSA
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA
PRÓ-REITORIA ACADEMICA
ENGENHARIA MECÂNICA
TURMA UN / 9º PERÍODO
BARRA MANSA
2019
SUMÁRI
1.Introdução....................................................................................................................................3
1.1.Objetivo.....................................................................................................................................3
3.Solução da EDO..........................................................................................................................8
4.Validação experimental............................................................................................................12
6.Conclusão..........................................................................................................................19
7.Bibliografia................................................................................................................................21
Lista de Figura
Figura-1............................................................................................................................................3
Figura- 2..........................................................................................................................................3
1. Introdução.
Figura 1. – Pitágoras observando os sons dos martelos (Hugo Sprechshart. 1488. Flores Musica e – (Fonte: Dimarogonas, A., Vibration
for Engineers, Prentice Hall, 1995).
O desenvolvimento da teoria da vibração resultou dos avanços das ciências básicas das quais deriva:
matemática e mecânica geral. A origem, em termos históricos, encontra-se nos antigos filósofos gregos
do primeiro milênio antes de Cristo. O primeiro interessante envolvimento de um filósofo grego com um
problema de natureza vibratória é registrado em um incidente envolvendo Pitágoras de Samos (cerca de
570-497 AC): Pitágoras estava passando por uma espécie de fundição e/ou forjaria e percebeu uma
certa harmonia entre os diversos sons produzidos pelos martelos. Entrando no local ele suspeitou que a
diversidade de sons fosse originada pelas diferentes forças empregadas no uso dos martelos,
concluindo, entretanto, que a causa era o peso dos martelos. A Figura 1 ilustra este incidente
legendário. Pitágoras, então, estabeleceu um método racional de medir frequências sonoras (origem do
diapasão) podendo ser considerado como o fundador da acústica. Ele realizou experiências com
martelos, cordas, tubos e placas criando o primeiro laboratório de pesquisas em vibrações conhecido
(Figura 2). O fato que existem frequências que podem produzir movimento harmônico já era conhecido
por músicos quando foi estabelecido como uma lei natural por Pitágoras. Além disso, ele provou com
suas experiências com martelos que as freqüências naturais são propriedades dos sistemas e não
dependem da magnitude da força atuante. Ele provou ainda que: 1. A freqüência natural de uma corda
é inversamente proporcional ao seu comprimento e diâmetro; ela cresce quando cresce a tensão “com
outras proporções” (não especificadas). É bastante provável que Pitágoras tenha conhecido a regra
correta de dependência da freqüência natural com a tensão. 2. A freqüência natural da vibração
longitudinal de uma coluna é inversamente proporcional ao comprimento da mesma.
Figura 2 – À esquerda experiências de Boécio com o monocórdio e à direita Pitágoras e suas experiências com martelos e sinos em
seu laboratório (Fonte: Dimarogonas, A., Vibration for Engineers, Prentice Hall, 1995)
1.1. Objetivo.
Temos como objetivo analisar um experimento prático realizado em sala de aula realizar analíses
teóricas e computacionais e comparar os resultados, um sistema oscilatório é um sistema cujas
variáveis de entrada e de saída dependem do tempo. Analisando portanto, as respostas de um sistema
depende das condições iniciais impostas sobre ele. Na prática, os problemas encontrados de vibrações
são muito complexos, necessitando de ferramentas computacionais para resolve-los e também ainda
assim, fica difícil, detalhar completamente o modelo. Com isso, somente as características mais
importantes são consideradas na análise.
1- Geometria da régua.
Comprimento total [L] = 320 mm;
Comprimento utilizado [L] = 185 mm;
Largura [B] = 25 mm;
Espessura [t] = 1 mm;
Massa [m] = 0,06 Kg;
Material = Aço inoxidável [E]= 210GPa.
2- Dados do acelerômetro
Piezoeléctrico PCB (50g-fundo de escala);
Massa [m]= 7,5 g (com parafuso de fixação).
Figura 4. DCL. Fonte: Oscilador Harmonico Amortecido Drausio de Castro, Italo Jose Juliano, Millerlandy Cruz Gomez Maio de 2015)
Figura 5 – Modelo considerado para modelagem matemático. Fonte - Rao, Singiresu (2009). Vibrações Mecânica.
Consideremos:
ω
K=
Sst
ω 3 EI
V MAX=Sst=
ωL3
ω ω 3 EI 3 EI
K eq = 3
= 3
∴ K eq = 3
ωL ωL L
3 EI
Fa=CV ∗C Ẋ
Aplicando Lagrange:
d ∂ Ec ∂ Ec ∂ Ep ∂ Ed
− + + =Q (t)
dt ∂ q̇ ∂q ∂q q̇
m ÿ+ 2ξω ẏ +ωm y 2=0
Aest ( S2 +2 ξωmS+ωm2 ) =0
S2 +2 ξωmS+ω m2=0
−2 ξωm± √ 4 ξ2 ω m 2−4 ω m 2
S1,2=
2
S1,2=−ξωm± ωm √ ξ2 −1
ωm √−1(ξ ¿¿ 2−1)¿
rad
ωm √ 1−ξ 2 → ωD [ ] s
S1,2=−ξωm± iωD
Relação de Euler
−ξωmt
Y (t )=e ¿
C 1=Y 0
' '
V (t )= ẏ (t )=u v +v u
V (t )=e−ξωnt [−C 1 ωD sen ( ωDt )+C 2ωD cos ( ωDt ) ±ξωn C 1 cos ( ωDt ) +C 2 sen ( ωDt ) ]
V 0=C 2 ω0−ξωnC 1
V 0 + ξωnY 0
C 2=
ωD
V 0+ ξωn Y 0
Y (t )=e
−ξωnt
[ Y 0 cos ( ωDt ) +
ωD
sen ( ωDt ) ]
Sendo:
ωD=ωn √ξ 2−1
k eq
ωn=
√ meq
V 0+ ξωn Y 0
Y (t )=e
−ξωnt
[ Y 0 cos ( ωDt ) +
ωD
sen ( ωDt ) ]
Sendo:
ωD=ωn √ξ 2−1
k eq
ωn=
√ meq
Equação de Velocidade:
[
v (t )=e−ξωnt −x 0 . ωD . sen ( ωDt ) + ( V +ωDξωnY ). ωD . cos ( ωDt ) ]+[ x .cos ( ωDt ) .( V +ωDξωn Y ) . sen ( ωDt )] . (−
0 0
0
0 0
−ξωnt
v (t )=e ¿
v (t )=e−ξωnt ¿
Equação de Aceleração:
a (t )=v̇ ( t )=Ÿ (t )=u v' + v u'
−ξωnt
a (t )=e ¿
3. Solução da EDO.
d 2 x (t) dx (t)
m eq +c +kx ( t ) =F ( t )
dt2 dt
meq ẍ ( t ) +c ẋ ( t )+ kx ( t )=F ( t )
Como iremos tratar de uma vibração livre e amortecida, o único termo que iremos anular da equação
acima será o termo de cargas externas F(t), logo:
m eq ẍ ( t ) +c ẋ ( t )+ kx ( t )=0
c k
ẍ ( t ) + ẋ (t ) + x (t )=0
m eq m eq
Temos uma equação diferencial ordinária de 2ª ordem que possui como solução geral algo da forma:
x ( t )=D1 e α t + D2 e α
1 2 t
Onde D1 e D 2 são constantes que variam de acordo com as condições iniciais e de contorno, e α 1 e α 2
são as raízes de seu polinômio característico.
c k
α 2+ α+ =0
m eq m eq
c 2 k
α 1,2=
−c
meq
±
√( meq
2
) ( )
−4
m eq
c 2 k
α 1,2=
−c
2 meq
±
√( meq ) ( )
−4
meq
2
c 2 k
α 1,2=
−c
2 meq
±
√( meq ) ( )
−4
meq
√4
c 2 k
α 1,2=
−c
2 meq
±
√ ( ) ( )
meq
c 2 k
−4
meq
4
c 2 k
α 1=
−c
2meq
+
√( 2 meq
−
)
meq
α 2=
−c
2 meq
−
√( 2 meq
−
m eq)
Portanto a equação acima se torna:
2 2
x ( t )=D e
( √( ) ) + D e(
−c
2m eq
+
c
2 meq
−
k
meq
t
−c
2 meq
−
√( c
2m eq
−
) k
m eq
t
)
1 2
[ ]
2 2
c k c k
x ( t )=e
−c
2 meq
t
D e
(√( ) ) + D e( √( ) )
2 meq
−
meq
t −
2 meq
−
meq
t
1 2
k
ω n=
√ meq
Outro termo encontrado anteriormente é denominado coeficiente de amortecimento crítico, que indica
o valor coeficiente de amortecimento no qual o sistema, quando perturbado, não oscila e volta
rapidamente para a sua posição de equilíbrio.
cc
ω n=
√ 2 m eq
ou c c =2 m eq ωn ou c c =2 √ k m eq
c
ξ=
cc
c
=ξ ω n
2m eq
ω d=ωn √1−ξ 2
x ( t )=e−ξω t [ D 1 ei ω t + D 2 e−i ω t ]
n d d
Pela fórmula de Euler podemos transformar alguns termos exponenciais em termos trigonométricos:
−ξω n t
x ( t )=e [ ( D1 cos ω d t+ D1 isin ω d t )+ ( D2 cos ωd t −D2 isin ω d t ) ]
x ( t )=e−ξω t [ ( D 1 + D 2 ) cos ω d t+ ( D 1−D 2 ) isin ω d t ]
n
D 3 = ( D 1+ D 2 )
{ D 4= ( D 1−D 2 ) i
−ξ ω n t
a ( t )= ẍ (t )=ξ2 ω2n e [−D3 ω2d cos ωd t−D 4 ω2d sin ω d t ]
Acima temos respectivamente as soluções gerais para o deslocamento, velocidade e aceleração. Agora,
o próximo passo é aplicar as condições iniciais.
x ( 0 )=−0,020 m
{v ( 0 )= ẋ ( 0 )=0 m/s
ẋ ( 0 )=0 m/s
0=−ξ ωn D 4 ω d
D4 =0
x ( 0 )=−0,020 m
D 3=−0,020
−ξ ω n t
a ( t )= ẍ (t )=ξ2 ω2n e [ 0,020 ω2d cos ωd t ]
Vamos tratar de uma viga engastada com as seguintes propriedades:
Primeiramente, sabendo que a massa total da haste é de 0,06 kg e seu comprimento total de 320 mm,
precisamos encontrar a massa (m) especifica para o nosso problema de comprimento 185 mm.
0,06 kg m
=
320 mm 185 mm
m=0,035 kg
meq =0,0425 kg
A constante elástica é definida pela seguinte expressão:
W
k=
δ
Onde W é peso da viga e δ a deflexão estática da viga, que para o nosso caso se dá pela seguinte
expressão:
W L3
δ=
3 EI
O momento de inercia para uma área de seção transversal retangular se dá pela equação:
b h3
I=
12
Unindo as equações acima obtemos:
3 EIW 3 EI 3 Eb h3
k= = 3 =
W L3 L 12 L3
k eq
ω n=
√ meq
207,2928
ω n=
√ 0,0425
ω n=69,8389 Rad . s
ωn Rad . s
ω n=
2x π
69,8389
ω n=
2x π
ω n=11,1152 Hz
c c =2 √ k meq
c c =2 √ 207,2928 x 0,0425
Ns
c c =5,9363
m
0.01
0.01
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
-0.01
-0.01
-0.02
-0.02
Um membro da família de métodos Runge–Kutta é usado com tanta frequência que costuma receber o
nome de "RK4" ou simplesmente "o método Runge–Kutta".
y ' =f (t , y ) ; y ( t 0 )= y 0
Então o método RK4 para este problema é dado pelas seguintes equações:
h
y n+ 1= y n + ( k 1+2 k 2+2 k 2 + k 4 )
6
t n+1=t n +h
k 1=f (t n , y n)
h h
k 2=f (t n + , y n + k 1)
2 2
h h
k 3=f (t n + , y n + k 2)
2 2
k 4=f (t n +h , y n+ k 3 h)
Então, o próximo valor (yn+1) é determinado pelo valor atual (yn) somado com o produto do tamanho
do intervalo (h) e uma inclinação estimada. A inclinação é uma média ponderada de inclinações:
Ao fazer a média das quatro inclinações, um peso maior é dado para as inclinações no ponto médio:
k 1 +2 k 2 +2 k 2 +k 4
inclinação=
6
O método RK4 é um método de quarta ordem, significando que o erro por passo é da ordem de h5,
enquanto o erro total acumulado tem ordem h4
O desenvolvimento da solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem) foi feito utilizando o software Excel
para facilitar e evitar erros.
Porem na Tabela 2 tivemos dificuldade em representar as linhas devido ao seu tamanho foi colocado de
forma reduzida porem mesmo assim e possivel visualizar a quantidade de linha geradas na resolução do
metodo.
Tabela 2 - Solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem) Fonte: Excel (Os autores).
0.02
0.02
0.01
0.01
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
-0.01
-0.01
-0.02
-0.02
4.Validação experimental.
Analisando o experimento, vamos determinar o decremento logaritimico com os dois primeiros valores
de amplitudes de aceleração encontrados conforme Figura 7 e Figura 8.
Figura 6 – Aceleração Amplitude A1. Fonte – Simulação DIAIdem (Os autores).
m m
A1=1491 2
A 2=1416 2
s s
A1
δ =ln
A2
1416
δ =ln =0,0516
1491
0,0516
ξ= 2 2
=1,3069 x 10−3
√ 0,0516 +4 π
Consequentemente, pela equação 10 obtemos o coeficiente de amortecimento:
Ns
c=ξcc =1,3069 x 10−3 × 5,9363=7.7581 x 10−3
m
Inicialmente importamos os dados do experimento para o software (DIAdem), logo após conforme
Figura 8.
Utilizamos a função de Transformada rápida de Foutier (FFT) onde conseguimos plotar os dados de
frequência em função da aceleração conforme Figura 9.
Figura - 9 FFT através do DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).
Logo após se faz necessario plotar grafico único da FFT o mesmo foi gerado no eixo y linear e precisamos
colocar o mesmo em função de logo conforme Figura 10
Abaixo temos a mesma função Figura 11, porém com o eixo Y em escala logarítmica. A maior amplitude
representa a frequência natural de vibração, onde foi encontrado um valor de Wn= 13,7368Hz
aproximadamente.
Figura - 11 Wn experimental no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).
4.2. Determinação do sinal de velocidade v(t) e deslocamento x(t) a partir dos dados experimentais de
aceleração.
Como estamos trabalhando com aceleração para encontrarmos a velocide v(t) e posição x(t) precisamos
integrar.
Primeiramente não conseguimos integrar diretamente a aceleração precisamos “refinar a malha” das
frequências, pois devido a constante C resultado da derivação isso há uma certa “poluição” que
influencia nos resultados, para evitar que o programa realize análises em cima de vibrações
desordenadas, é necessário selecionar apenas uma faixa de valores próximas a frequência natural de
vibração Figura 12. Onde selecionamos valor para X 1 =7,8055 e X 2 =20,0169.
Figura - 12 Definição das faixas de trabalho no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).
Depois de selecionarmos as faixas de valores é necessário utilizar o comando Digital Filters na aba
ANALYSIS Figura 13.
Após realização do filtro e possível realizar a integração utilizando a função Integral Figura15 .
Para chegarmos a malha de posição vamos repetir os mesmo passos realizados anteriormente, vamos
pegar a malha da velocidade e realizar o filtro com as mesmas coordenadas de X 1 e X 2 e intregrar
novamente, assim teremos nossa malha da posição Figura 17
Verificou-se através de analises comparativas que os resultados ficaram bem próximos em todos os
métodos como, por exemplo, abaixo.
Comparativo entre as curvas de posição, por exemplo, comparando a curva do gráfico 1 (analítica) com
o gráfica 2 (numérico) as amplitudes ficaram bem próximas porem tive problemas com o período onde
não consegui realizar uma analise mais aprofundada, comparando com a curva encontrada através do
software a amplitude da curva ficou um pouco menor em relação a dos gráficos 1 e 2, essa diferença
pode se dar a mesmas condições que influenciaram na frequência natural.
6. Conclusão.
Podemos concluir que o experimento nos possibilitou uma visão pratica e teórica sobre os critérios e
conceitos de vibrações mecânicas, onde se realizou um experimento pratico com dados experimentais
onde conseguimos verificar em analises teóricas que sempre estiveram próximas aos dados
experimentais, conseguimos também verificar a resolução com ajuda de software pois por mais simples
que seja um experimento sobre vibrações seus cálculos são muito complexos.
De forma geral podemos concluir que a maioria das atividades humanas envolve vibrações de uma
forma ou de outra, como exemplo a respiração está associada a vibração dos pulmões, nas industrias o
desbalanceamento de motores está associado com problemas de vibração, vibrações nas pás de
turbinas que causam prejuízos abissais. Além disso, a vibração causa o desgaste mais rápido do material,
seja por fadiga ou outro tipo de mecanismo. Outro problema que pode ser causado por vibração seria o
ruído de alguma máquina, que pode ocasionar em problemas sérios a saúde e as condições ergonômicas
das pessoas.
Por outro lado, as vibrações podem também ser usadas a nosso favor, como em peneiras, máquinas de
lavar, compactadores, esteiras transportadoras, relógios e também é empregada na análise de sistema
de tremores sísmicos, onde com base nesses estudos é possível prever o grau de vibração de algum
tremor.
A análise de vibrações tem fundamental importância para as mais diversas áreas da engenharia. A
análise de vibrações pode ajudar na manutenção preditiva de máquinas, construção de grandes obras
de engenharia civil, estudos de resistência de materiais e nas mais diversas áreas.
7. Bibiografia.
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABSgcAL/1-introducao-ao-estudo-vibracoes
Rao, Singiresu 4 edição(2009). Vibrações Mecânica.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vibrações