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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA

PRÓ-REITORIA ACADEMICA

ENGENHARIA MECÂNICA

TURMA UN / 9º PERÍODO

VIBRAÇÕES MECÂNICAS

Bruno Bryan / 20151000035

Charles Cirilo / 20151000027

Daiane Teixeira / 20151000019

Felipe Alves / 20151000003

Gleidson Pavão / 2015100041

Layza Lima / 20151000049

Leonardo Fernandes / 20151000005

Matheus Alves / 20161000252

Renata Cristina / 20151000057

BARRA MANSA

2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA

PRÓ-REITORIA ACADEMICA

ENGENHARIA MECÂNICA

TURMA UN / 9º PERÍODO

MODELAGEM MATEMÁTICA E VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL UMA VIGA


ENGASTADA SOBRE VIBRAÇÕES LIVRES AMORTECIDAS.

Trabalho apresentado à disciplina


de Vibrações Mecânicas da turma
de Engenharia Mecânica do
Centro Universitário de Barra
Mansa – UBM, como requisito
parcial para a obtenção da nota 2.

Professor: Rafael Raider

BARRA MANSA

2019
SUMÁRI

1.Introdução....................................................................................................................................3

1.1.Objetivo.....................................................................................................................................3

2.DCL, Modelo matemático do problema...................................................................................3

2.1.Equação do movimento velocidade e aceleração.................................................................7

3.Solução da EDO..........................................................................................................................8

3.1.Solução analítica ...................................................................................................................10

3.2.Solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem)..............................................................10

4.Validação experimental............................................................................................................12

4.1.Analise Experimental (decremento logaritmo)..............................................................13

4.2.Transformada rápida de Fourier (FFT) experimental Wn..............................................16

4.3.Determinação do sinal de velocidade v(t) e deslocamento x(t) a partir dos dados


experimentais de aceleração........................................................................................................17

5. Discursões, Resultados/ Comparativo....................................................................................18

6.Conclusão..........................................................................................................................19

7.Bibliografia................................................................................................................................21
Lista de Figura

Figura-1............................................................................................................................................3

Figura- 2..........................................................................................................................................3
1. Introdução.

A vibração está presente já nos primeiros tempos da História da Humanidade. Instrumentos


rudimentares, como apitos e tambores, têm no seu princípio de funcionamento, um problema vibratório
como essência. Estes instrumentos tiveram muita importância entre os povos primitivos como meios de
comunicação. Mais tarde, vários instrumentos musicais (percussão, cordas, metais, etc.) foram
concebidos, aproveitando movimentos vibratórios.

Figura 1. – Pitágoras observando os sons dos martelos (Hugo Sprechshart. 1488. Flores Musica e – (Fonte: Dimarogonas, A., Vibration
for Engineers, Prentice Hall, 1995).

O desenvolvimento da teoria da vibração resultou dos avanços das ciências básicas das quais deriva:
matemática e mecânica geral. A origem, em termos históricos, encontra-se nos antigos filósofos gregos
do primeiro milênio antes de Cristo. O primeiro interessante envolvimento de um filósofo grego com um
problema de natureza vibratória é registrado em um incidente envolvendo Pitágoras de Samos (cerca de
570-497 AC): Pitágoras estava passando por uma espécie de fundição e/ou forjaria e percebeu uma
certa harmonia entre os diversos sons produzidos pelos martelos. Entrando no local ele suspeitou que a
diversidade de sons fosse originada pelas diferentes forças empregadas no uso dos martelos,
concluindo, entretanto, que a causa era o peso dos martelos. A Figura 1 ilustra este incidente
legendário. Pitágoras, então, estabeleceu um método racional de medir frequências sonoras (origem do
diapasão) podendo ser considerado como o fundador da acústica. Ele realizou experiências com
martelos, cordas, tubos e placas criando o primeiro laboratório de pesquisas em vibrações conhecido
(Figura 2). O fato que existem frequências que podem produzir movimento harmônico já era conhecido
por músicos quando foi estabelecido como uma lei natural por Pitágoras. Além disso, ele provou com
suas experiências com martelos que as freqüências naturais são propriedades dos sistemas e não
dependem da magnitude da força atuante. Ele provou ainda que: 1. A freqüência natural de uma corda
é inversamente proporcional ao seu comprimento e diâmetro; ela cresce quando cresce a tensão “com
outras proporções” (não especificadas). É bastante provável que Pitágoras tenha conhecido a regra
correta de dependência da freqüência natural com a tensão. 2. A freqüência natural da vibração
longitudinal de uma coluna é inversamente proporcional ao comprimento da mesma.

Figura 2 – À esquerda experiências de Boécio com o monocórdio e à direita Pitágoras e suas experiências com martelos e sinos em
seu laboratório (Fonte: Dimarogonas, A., Vibration for Engineers, Prentice Hall, 1995)

Definição - Vibração ou oscilação é qualquer movimento que se repete, regular ou irregularmente


dentro de um intervalo de tempo. Na engenharia estes movimentos se processam em elementos de
máquinas e em estruturas quando submetidos a ações dinâmicas. Um exemplo universal de oscilações
ocorre no movimento de um pêndulo simples, intercalando entre suas posições, suas diferentes formas
de energia (cinética e potencial), alternando entre tais energias.
Para realizar uma análise de vibrações é importante verificar os graus de liberdade do sistema mecânico,
que consiste em identificar o número mínimo de coordenadas independentes necessárias para
descrever o movimento espacial de todas partículas de um sistema em qualquer instante de tempo.
Genericamente os sistemas de vibração são compostos por um meio para armazenar energia potencial
(elementos de mola), energia cinética (elemento de massa) e de dissipação de energia (amortecedores).

Graus de Liberdade - Em vibrações, o conceito de graus de liberdade consiste na definição no número


mínimo de coordenadas independentes requerida para determinar completamente as posições de todas
as partes de um sistema a qualquer instante.
Classificação das vibrações:
1. Quanto à excitação:
 Vibrações livres.
São aquelas que ocorrem sem a presença de um agente externo durante o movimento, é considerada
uma vibração livre aquela que sofreu um impulso inicial e após ele, o sistema continua a vibrar
livremente , por conta própria. Exemplos deste tipo de vibração: puxar uma criança em um balanço e
depois soltar (note que se assemelha a ação em um pêndulo), bater um diapasão e deixá-lo tocar.
 Vibração forçada.
Diz-se que um sistema mecânico sofre vibração forcada sempre que energia externa é fornecida ao
sistema durante a vibracao. A energia externa pode ser fornecida ao sistema por meio de uma forca
aplicada ou por uma excitacao de deslocamento imposta. a natureza da forca aplicada ou do
deslocamento pode ser definida como harmonica, nao-harmonica mas periodica, nao-periodica ou
aleatoria. A resposta de um sistema à excitacao harmonica é denominada como resposta harmonica. A
excitacao nao-periodica pode ser de curta ou longa duracao. A resposta de um sistema dinamico a
excitacoes nao-periodicas aplicadas repentinamente é denominada como resposta transitoria.
A resposta de um tal sistema, que é a solução da equação do movimento, sob a ação de forças, terá a
mesma forma funcional que a força atuante. Isto significa que uma força harmônica produz uma
vibração harmônica, uma força periódica produz uma vibração periódica, etc. Os sistemas que serão
estudados são representados por equações diferenciais lineares. A solução particular da equação
diferencial é, então responsável por representar este movimento. Mas a solução geral é composta de
uma solução homogênea e uma solução particular. A solução homogênea representa a parcela
transitória da resposta do sistema, aquela que é produzida pelas condições iniciais do movimento
 Vibrações amortecidas.
É quando qualquer energia é perdida e/ou dissipada na realização da oscilação, sendo por atrito ou
qualquer outra força, com isso a energia da vibração se dissipa com o transcorrer do tempo, fazendo
com que os níveis vibratórios diminuam progressivamente. Em muitos sistemas físicos, a quantidade de
energia dissipada é muito pequena quando comparada a magnitude do sistema, e portanto é
desprezada.
 Vibrações não amortecidas.
Nesse caso tal energia de vibração não se dissipa, isto é, não se perde energia e nem há dissipação da
mesma por atrito ou outra resistência durante a vibração, de forma que o movimento vibratório
permanece inalterado com o passar do tempo.
2. Quanto ao conhecimento da força.
 Vibração determinística.
Ocorre quando o valor ou magnitude da excitação, seja ela força ou movimento, aplicada no sistema é
conhecida em qualquer instante de tempo.
 Vibração aleatória.
É aquela que não pode ser prevista, os seus valores não são conhecidos. Como exemplos podemos citar
a velocidade do vento e o movimento do solo durante um terremoto.
3. Quanto aos diversos elementos.
 Vibração linear.
Ocorre quando todos os componentes básicos do sistema (massa, mola e amortecedor) se comportam
de maneira linear, o que não ocorre com a mola depois de uma certa deformação, e portanto passa a
possuir um comportamento não linear.
 Vibração não linear
Quando qualquer elemento se comporta de maneira não linear no sistema, temos a vibração não linear,
e portanto teremos que lidar com equações diferenciais mais complexas de se resolver e de análises
melhor desenvolvidas, cujo principio da superposição não é válido como para o caso de vibrações do
tipo linear. Todo sistema tende a comportar-se não linearmente com o aumento da amplitude, como no
caso da mola já mencionado.
Grandezas físicas - Os sistemas mecânicos podem ser medidas em aceleração
(unidade SI: metros por segundo ao quadrado), velocidade (unidade SI: metros por segundo) ou
deslocamento (unidade SI: metros). Para a medição de vibrações em máquinas, são comuns as seguintes
unidades:
 aceleração: metros por segundo ao quadrado (m/s2), g (1g equivale a, aproximadamente,
9,8065 metros por segundo ao quadrado);
 velocidade: metros por segundo (m/s), polegadas por segundo (ips);
 deslocamento: micrômetros (1 micrometro equivale a 0,001mm), mils (1 mil equivale a 0,001").
O instrumento comumente utilizado na medição de vibrações é o coletor de dados de vibrações, que
utiliza um sistema transdutor de vibrações mecânicas em sinais elétricos conhecido como acelerômetro.

1.1. Objetivo.

Temos como objetivo analisar um experimento prático realizado em sala de aula realizar analíses
teóricas e computacionais e comparar os resultados, um sistema oscilatório é um sistema cujas
variáveis de entrada e de saída dependem do tempo. Analisando portanto, as respostas de um sistema
depende das condições iniciais impostas sobre ele. Na prática, os problemas encontrados de vibrações
são muito complexos, necessitando de ferramentas computacionais para resolve-los e também ainda
assim, fica difícil, detalhar completamente o modelo. Com isso, somente as características mais
importantes são consideradas na análise.

Experimento - Realizou-se o experimento sobre vibrações onde utilizamos um acelerômetro preso na


ponta de uma régua metálica engastada com um comprimento L=185 mm e um deslocamento inicial
x0=20 mm, soltou-se então a mesma e mediu-se a vibração, abaixo um a Figura 3 ilustra o experimento.

Figura 3 - Ilustração do experimento. Fonte - Rao, Singiresu (2009). Vibrações Mecânica.

Dados complementares do experimento.

1- Geometria da régua.
 Comprimento total [L] = 320 mm;
 Comprimento utilizado [L] = 185 mm;
 Largura [B] = 25 mm;
 Espessura [t] = 1 mm;
 Massa [m] = 0,06 Kg;
 Material = Aço inoxidável [E]= 210GPa.

2- Dados do acelerômetro
 Piezoeléctrico PCB (50g-fundo de escala);
 Massa [m]= 7,5 g (com parafuso de fixação).

3- Software para analise experimental


 DIAdem – Versão 2018SP1 (760 mb aproximado);
 National Instruments – (baixar no site versão de avaliação por 45dias).
2. DCL- modelo matemático do problema.

Figura 4. DCL. Fonte: Oscilador Harmonico Amortecido Drausio de Castro, Italo Jose Juliano, Millerlandy Cruz Gomez Maio de 2015)

Figura 5 – Modelo considerado para modelagem matemático. Fonte - Rao, Singiresu (2009). Vibrações Mecânica.

Consideremos:

ω
K=
Sst

ω 3 EI
V MAX=Sst=
ωL3

ω ω 3 EI 3 EI
K eq = 3
= 3
∴ K eq = 3
ωL ωL L
3 EI

Fa=CV ∗C Ẋ

Aplicando Lagrange:

d ∂ Ec ∂ Ec ∂ Ep ∂ Ed
− + + =Q (t)
dt ∂ q̇ ∂q ∂q q̇
m ÿ+ 2ξω ẏ +ωm y 2=0

As2 e st + 2 ξωmAs e st +ω m2∗A st =0

Aest ( S2 +2 ξωmS+ωm2 ) =0

S2 +2 ξωmS+ω m2=0

Resolvendo por Bhaskara:

−2 ξωm± √ 4 ξ2 ω m 2−4 ω m 2
S1,2=
2

S1,2=−ξωm± ωm √ ξ2 −1

ωm √−1(ξ ¿¿ 2−1)¿

rad
ωm √ 1−ξ 2 → ωD [ ] s

S1,2=−ξωm± iωD

Y (t )= A 1 e(−ξωn ±iωD)t + A 2e (−ξωn± iωD)t ∴ A 1 e s 1t + A 2e s 2 t

Y (t )=e−ξωnt ( A 1e iωDt + A 2e iωDt )

Relação de Euler

−ξωmt
Y (t )=e ¿

Y (t )=e−ξωmt [( A 1+ A 2 ) cos ( ωDt )+i ( A 1− A 2 ) sen ( ωDt ) ]


−ξωmt
Y (t )=e [C 1 cos ( ωDt ) +C 2 sen ( ωDt ) ]

Aplicando condições iniciais:

C 1=Y 0

' '
V (t )= ẏ (t )=u v +v u

V (t )=e−ξωnt [−C 1 ωD sen ( ωDt )+C 2ωD cos ( ωDt ) ±ξωn C 1 cos ( ωDt ) +C 2 sen ( ωDt ) ]

V 0=C 2 ω0−ξωnC 1
V 0 + ξωnY 0
C 2=
ωD

Equação final para o movimento em função do tempo:

V 0+ ξωn Y 0
Y (t )=e
−ξωnt
[ Y 0 cos ( ωDt ) +
ωD
sen ( ωDt ) ]
Sendo:

ωD=ωn √ξ 2−1

k eq
ωn=
√ meq

2.1. Equação do movimento velocidade e aceleração.

Equação final para o movimento em função do tempo:

V 0+ ξωn Y 0
Y (t )=e
−ξωnt
[ Y 0 cos ( ωDt ) +
ωD
sen ( ωDt ) ]
Sendo:

ωD=ωn √ξ 2−1

k eq
ωn=
√ meq

Equação de Velocidade:

v (t )= ẋ (t )=u v ' +v u'

[
v (t )=e−ξωnt −x 0 . ωD . sen ( ωDt ) + ( V +ωDξωnY ). ωD . cos ( ωDt ) ]+[ x .cos ( ωDt ) .( V +ωDξωn Y ) . sen ( ωDt )] . (−
0 0
0
0 0

−ξωnt
v (t )=e ¿

v (t )=e−ξωnt ¿

Equação de Aceleração:
a (t )=v̇ ( t )=Ÿ (t )=u v' + v u'
−ξωnt
a (t )=e ¿

a (t )=e−ξωnt [ −¿ ωD ] cos ( ωDt ) + ξωn


[ ( V +ξωn
0
ωD
Y
) . ξωn+ωD .Y ]−V .ωD ] sen ( ωDt )
0
0 0 ]

3. Solução da EDO.

3.1. Solução numérica.

Inicialmente, partimos da equação do movimento em sua forma completa

d 2 x (t) dx (t)
m eq +c +kx ( t ) =F ( t )
dt2 dt

meq ẍ ( t ) +c ẋ ( t )+ kx ( t )=F ( t )

Como iremos tratar de uma vibração livre e amortecida, o único termo que iremos anular da equação
acima será o termo de cargas externas F(t), logo:

m eq ẍ ( t ) +c ẋ ( t )+ kx ( t )=0

c k
ẍ ( t ) + ẋ (t ) + x (t )=0
m eq m eq

Temos uma equação diferencial ordinária de 2ª ordem que possui como solução geral algo da forma:

x ( t )=D1 e α t + D2 e α
1 2 t

Onde D1 e D 2 são constantes que variam de acordo com as condições iniciais e de contorno, e α 1 e α 2
são as raízes de seu polinômio característico.

O polinômio característico desta EDO será:

c k
α 2+ α+ =0
m eq m eq

Encontrando as raízes do polinômio característico obtemos:

c 2 k

α 1,2=
−c
meq
±
√( meq
2
) ( )
−4
m eq

c 2 k

α 1,2=
−c
2 meq
±
√( meq ) ( )
−4
meq
2
c 2 k

α 1,2=
−c
2 meq
±
√( meq ) ( )
−4
meq
√4

c 2 k

α 1,2=
−c
2 meq
±
√ ( ) ( )
meq

c 2 k
−4
meq
4

c 2 k
α 1=
−c
2meq
+
√( 2 meq

)
meq
α 2=
−c
2 meq

√( 2 meq

m eq)
Portanto a equação acima se torna:

2 2

x ( t )=D e
( √( ) ) + D e(
−c
2m eq
+
c
2 meq

k
meq
t
−c
2 meq

√( c
2m eq

) k
m eq
t
)
1 2

Colocando os termos semelhantes em evidencia obtemos:

[ ]
2 2
c k c k

x ( t )=e
−c
2 meq
t
D e
(√( ) ) + D e( √( ) )
2 meq

meq
t −
2 meq

meq
t

1 2

A frequência natural de vibração pode ser obtida pela seguinte expressão:

k
ω n=
√ meq

Outro termo encontrado anteriormente é denominado coeficiente de amortecimento crítico, que indica
o valor coeficiente de amortecimento no qual o sistema, quando perturbado, não oscila e volta
rapidamente para a sua posição de equilíbrio.

cc
ω n=
√ 2 m eq
ou c c =2 m eq ωn ou c c =2 √ k m eq

A relação entre o coeficiente de amortecimento e o coeficiente de amortecimento crítico nos dá o fator


de amortecimento definido pela expressão abaixo:

c
ξ=
cc

E portanto, também temos a seguinte relação:

c
=ξ ω n
2m eq

Com as informações anteriores podemos reescrever algumas equações:

α 1=−ξ ωn +ω n √ ξ 2−1 α 2=−ξ ωn−ωn √ ξ2 −1


2 2
n
[
x ( t )=e−ξω t D 1 e i ω √ 1−ξ t + D 2 e−i ω √ 1−ξ t
n n
]
A frequência angular natural amortecida é dada pela expressão:

ω d=ωn √1−ξ 2

Inserindo a equação angular natural amortecida na equação:

x ( t )=e−ξω t [ D 1 ei ω t + D 2 e−i ω t ]
n d d

Pela fórmula de Euler podemos transformar alguns termos exponenciais em termos trigonométricos:

e θi =cos θ+i sin θ


Logo, aplicando a equação abaixo na equação acima obtemos:

x ( t )=e−ξω t [ D 1 ( cos ω d t+i sin ωd t ) + D 2 ( cos ω d t−isin ω d t ) ]


n

−ξω n t
x ( t )=e [ ( D1 cos ω d t+ D1 isin ω d t )+ ( D2 cos ωd t −D2 isin ω d t ) ]
x ( t )=e−ξω t [ ( D 1 + D 2 ) cos ω d t+ ( D 1−D 2 ) isin ω d t ]
n

Podemos introduzir novas constantes a partir de combinações das antigas:

D 3 = ( D 1+ D 2 )
{ D 4= ( D 1−D 2 ) i

Substituindo as novas constantes na equação acima temos:

x ( t )=e−ξω t [ D3 cos ω d t + D4 sin ω d t ]


n

v ( t )= ẋ (t )=−ξ ω n e−ξ ω t [−D3 ωd sin ω d t+ D 4 ωd cos ωd t ]


n

−ξ ω n t
a ( t )= ẍ (t )=ξ2 ω2n e [−D3 ω2d cos ωd t−D 4 ω2d sin ω d t ]
Acima temos respectivamente as soluções gerais para o deslocamento, velocidade e aceleração. Agora,
o próximo passo é aplicar as condições iniciais.

x ( 0 )=−0,020 m
{v ( 0 )= ẋ ( 0 )=0 m/s

Portanto, temos para a primeira condição inicial:

ẋ ( 0 )=0 m/s

0=−ξ ωn e 0 [ −D3 ω d sin 0+ D4 ω d cos 0 ]

0=−ξ ωn D 4 ω d
D4 =0

E para segunda condição inicial temos:

x ( 0 )=−0,020 m

−0,020=e 0 [ D3 cos 0+ 0sin 0 ]

D 3=−0,020

Logo, as soluções para deslocamento, velocidade e aceleração se tornam:

x ( t )=e−ξω t [−0,020 cos ω d t ]


n

v ( t )= ẋ (t )=−ξ ω n e−ξ ω t [ 0,020 ω d sin ωd t ]


n

−ξ ω n t
a ( t )= ẍ (t )=ξ2 ω2n e [ 0,020 ω2d cos ωd t ]
Vamos tratar de uma viga engastada com as seguintes propriedades:

M =7,5 g=0,0075 kg E=210 GPa=210. 109 Pa

b=25 mm h=1 mm L=185 mm Ltotal=320 mm

Primeiramente, sabendo que a massa total da haste é de 0,06 kg e seu comprimento total de 320 mm,
precisamos encontrar a massa (m) especifica para o nosso problema de comprimento 185 mm.

0,06 kg m
=
320 mm 185 mm

m=0,035 kg

Figura 6 - Ilustração do experimento. Fonte - Rao, Singiresu (2009). Vibrações Mecânica.

meq =Mregua+m sensor

m eq =0,23 ( 0,035 kg ) +(0,0075 kg)

meq =0,0425 kg
A constante elástica é definida pela seguinte expressão:

W
k=
δ

Onde W é peso da viga e δ a deflexão estática da viga, que para o nosso caso se dá pela seguinte
expressão:

W L3
δ=
3 EI
O momento de inercia para uma área de seção transversal retangular se dá pela equação:

b h3
I=
12
Unindo as equações acima obtemos:

3 EIW 3 EI 3 Eb h3
k= = 3 =
W L3 L 12 L3

Como todos os valores da equação acima são conhecidos temos:

3(210.10 9 Pa)(0,025 m)(0,001 m)3 N


k= 3
=207,2928
12(0,185 m) m

Logo com os valores definidos para a equação da frequência natural:

k eq
ω n=
√ meq

207,2928
ω n=
√ 0,0425

ω n=69,8389 Rad . s

Resultado da equação ω n esta em Rad.s será preciso transformar em Hz conforme abaixo:

ωn Rad . s
ω n=
2x π

69,8389
ω n=
2x π

ω n=11,1152 Hz

Logo definimos valores para a equação do coeficiente de amortecimento crítico:

c c =2 √ k meq
c c =2 √ 207,2928 x 0,0425

Ns
c c =5,9363
m
0.01

0.01

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-0.01

-0.01

-0.02

-0.02

Grafico 1 - Solução analítica Fonte: Excel (Os autores).

3.1. Solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem).

Em análise numérica, os métodos de Runge–Kutta formam uma família importante de metódos


iterativos implícitos e explícitos para a resolução numérica (aproximação) de soluções de equações
diferenciais ordinárias. Estas técnicas foram desenvolvidas por volta de 1900 pelos matemáticos C.
Runge e M.W. Kutta.

O método Runge–Kutta clássico de quarta ordem.

Um membro da família de métodos Runge–Kutta é usado com tanta frequência que costuma receber o
nome de "RK4" ou simplesmente "o método Runge–Kutta".

Seja um problema de valor inicial (PVI) especificado como segue:

y ' =f (t , y ) ; y ( t 0 )= y 0

Então o método RK4 para este problema é dado pelas seguintes equações:

h
y n+ 1= y n + ( k 1+2 k 2+2 k 2 + k 4 )
6

t n+1=t n +h

 Onde y n+ 1 é a aproximação por RK4 de y (t n+1 ¿ e

k 1=f (t n , y n)
h h
k 2=f (t n + , y n + k 1)
2 2

h h
k 3=f (t n + , y n + k 2)
2 2

k 4=f (t n +h , y n+ k 3 h)

Então, o próximo valor (yn+1) é determinado pelo valor atual (yn) somado com o produto do tamanho
do intervalo (h) e uma inclinação estimada. A inclinação é uma média ponderada de inclinações:

 k1 é a inclinação no início do intervalo;


 k2 é a inclinação no ponto médio do intervalo, usando a inclinação k1 para determinar o valor
de y no ponto tn + h/2 através do método de Euler;
 k3 é novamente a inclinação no ponto médio do intervalo, mas agora usando a
inclinação k2 para determinar o valor de y;
 k4 é a inclinação no final do intervalo, com seu valor y determinado usando k3.

Ao fazer a média das quatro inclinações, um peso maior é dado para as inclinações no ponto médio:

k 1 +2 k 2 +2 k 2 +k 4
inclinação=
6

O método RK4 é um método de quarta ordem, significando que o erro por passo é da ordem de h5,
enquanto o erro total acumulado tem ordem h4

O desenvolvimento da solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem) foi feito utilizando o software Excel
para facilitar e evitar erros.

Conforme verificou-se na Tabela 1 foram inseridos os dados do problemas e as condições iniciais.

DADOS DO PROBLEMA CONDIÇÕES INICIAIS


m 0,0425 Kg X0 -0,02 m
K 207,2928 N/m V0 0 m/s
C 0,007758 Ns/m  Wn  11,1152  Hz
Δt 0,01 s      
ti 0 s      
tf 20 s      
Tabela 1 - Solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem) Fonte: Excel (Os autores).

Porem na Tabela 2 tivemos dificuldade em representar as linhas devido ao seu tamanho foi colocado de
forma reduzida porem mesmo assim e possivel visualizar a quantidade de linha geradas na resolução do
metodo.
Tabela 2 - Solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem) Fonte: Excel (Os autores).

Analisando conseguimos gerar o Gráfico 1.

0.02

0.02

0.01

0.01

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-0.01

-0.01

-0.02

-0.02

Grafico 2- Solução numérica (Runge-Kutta de 4º ordem) Fonte: Excel (Os autores).

4.Validação experimental.

4.1. Analise Experimental (decremento logaritmo).

Analisando o experimento, vamos determinar o decremento logaritimico com os dois primeiros valores
de amplitudes de aceleração encontrados conforme Figura 7 e Figura 8.
Figura 6 – Aceleração Amplitude A1. Fonte – Simulação DIAIdem (Os autores).

Figura 7 – Aceleração Amplitude A2. Fonte – Simulação DIAIdem (Os autores).

m m
A1=1491 2
A 2=1416 2
s s

A1
δ =ln
A2

1416
δ =ln =0,0516
1491

O valor em 46 nos dá um fator de amortecimento:


δ
ξ=
√ δ + 4 π2
2

0,0516
ξ= 2 2
=1,3069 x 10−3
√ 0,0516 +4 π
Consequentemente, pela equação 10 obtemos o coeficiente de amortecimento:

Ns
c=ξcc =1,3069 x 10−3 × 5,9363=7.7581 x 10−3
m

4.1. Transformada rápida de Fourier (FFT) experimental Wn.

Inicialmente importamos os dados do experimento para o software (DIAdem), logo após conforme
Figura 8.

Figura - 8 Dados importados para DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Utilizamos a função de Transformada rápida de Foutier (FFT) onde conseguimos plotar os dados de
frequência em função da aceleração conforme Figura 9.
Figura - 9 FFT através do DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Logo após se faz necessario plotar grafico único da FFT o mesmo foi gerado no eixo y linear e precisamos
colocar o mesmo em função de logo conforme Figura 10

Figura - 10 Eixo y em função Log no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Abaixo temos a mesma função Figura 11, porém com o eixo Y em escala logarítmica. A maior amplitude
representa a frequência natural de vibração, onde foi encontrado um valor de Wn= 13,7368Hz
aproximadamente.
Figura - 11 Wn experimental no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

4.2. Determinação do sinal de velocidade v(t) e deslocamento x(t) a partir dos dados experimentais de
aceleração.

Como estamos trabalhando com aceleração para encontrarmos a velocide v(t) e posição x(t) precisamos
integrar.

Primeiramente não conseguimos integrar diretamente a aceleração precisamos “refinar a malha” das
frequências, pois devido a constante C resultado da derivação isso há uma certa “poluição” que
influencia nos resultados, para evitar que o programa realize análises em cima de vibrações
desordenadas, é necessário selecionar apenas uma faixa de valores próximas a frequência natural de
vibração Figura 12. Onde selecionamos valor para X 1 =7,8055 e X 2 =20,0169.
Figura - 12 Definição das faixas de trabalho no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Depois de selecionarmos as faixas de valores é necessário utilizar o comando Digital Filters na aba
ANALYSIS Figura 13.

Figura - 13 Filtro digital no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Podemos verificar Figura 14 a malha da aceleração “refinada”.


Figura - 14 Comparação entra as malhas da aceleração no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Após realização do filtro e possível realizar a integração utilizando a função Integral Figura15 .

Figura – 15 Função integral no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Podemos verificar após a integração Figura 16 a malha da velocidade.


Figura – 16 Malha velocidade no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Para chegarmos a malha de posição vamos repetir os mesmo passos realizados anteriormente, vamos
pegar a malha da velocidade e realizar o filtro com as mesmas coordenadas de X 1 e X 2 e intregrar
novamente, assim teremos nossa malha da posição Figura 17

Figura – 17 Malha Posição no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

Abaixo conseguimos observar a aceleração, velocidade e posição Figura18.


Figura – 18 Malha Aceleração, Velocidade e Posição no DIAdem Fonte: (DIAdem os autores).

5. Discursões, Resultados/ Comparativo.

Verificou-se através de analises comparativas que os resultados ficaram bem próximos em todos os
métodos como, por exemplo, abaixo.

Comparativo entre as frequências naturais onde encontramos analiticamente o valor w n= 11,1152Hz e o


valor experimental através do software DIAdem igual a w n= 13,7368Hz valores que consideramos
próximos, essa diferença pode ter sido influenciada em função de alguns fatores que aconteceram
durante o experimento como por exemplo deficiência na fixação da régua, medidas utilizando escala
métrica entra outras.

Comparativo entre as curvas de posição, por exemplo, comparando a curva do gráfico 1 (analítica) com
o gráfica 2 (numérico) as amplitudes ficaram bem próximas porem tive problemas com o período onde
não consegui realizar uma analise mais aprofundada, comparando com a curva encontrada através do
software a amplitude da curva ficou um pouco menor em relação a dos gráficos 1 e 2, essa diferença
pode se dar a mesmas condições que influenciaram na frequência natural.

Na prática, os problemas encontrados de vibrações são muito complexos, necessitando de ferramentas


computacionais para resolvê-los e também ainda assim, fica difícil, detalhar completamente o modelo.

6. Conclusão.

Podemos concluir que o experimento nos possibilitou uma visão pratica e teórica sobre os critérios e
conceitos de vibrações mecânicas, onde se realizou um experimento pratico com dados experimentais
onde conseguimos verificar em analises teóricas que sempre estiveram próximas aos dados
experimentais, conseguimos também verificar a resolução com ajuda de software pois por mais simples
que seja um experimento sobre vibrações seus cálculos são muito complexos.

De forma geral podemos concluir que a maioria das atividades humanas envolve vibrações de uma
forma ou de outra, como exemplo a respiração está associada a vibração dos pulmões, nas industrias o
desbalanceamento de motores está associado com problemas de vibração, vibrações nas pás de
turbinas que causam prejuízos abissais. Além disso, a vibração causa o desgaste mais rápido do material,
seja por fadiga ou outro tipo de mecanismo. Outro problema que pode ser causado por vibração seria o
ruído de alguma máquina, que pode ocasionar em problemas sérios a saúde e as condições ergonômicas
das pessoas.

Por outro lado, as vibrações podem também ser usadas a nosso favor, como em peneiras, máquinas de
lavar, compactadores, esteiras transportadoras, relógios e também é empregada na análise de sistema
de tremores sísmicos, onde com base nesses estudos é possível prever o grau de vibração de algum
tremor.

A análise de vibrações tem fundamental importância para as mais diversas áreas da engenharia. A
análise de vibrações pode ajudar na manutenção preditiva de máquinas, construção de grandes obras
de engenharia civil, estudos de resistência de materiais e nas mais diversas áreas.

7. Bibiografia.

 https://www.ebah.com.br/content/ABAAABSgcAL/1-introducao-ao-estudo-vibracoes
 Rao, Singiresu 4 edição(2009). Vibrações Mecânica.
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Vibrações

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