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FACULDADE PITÁGORAS DE SÃO LUÍS


CURSO DE ENG. CIVIL

DEPARTAMENTO DE ENG. CIVIL

PROJETO DE PESQUISA
VIBRAÇÕES MECÂNICAS: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA E
COMPUTACIONAL

BOLSISTA

CAMYLLA GARCIA OLIVEIRA CAVALCANTE

ORIENTADOR
PROF. GENILSON VIEIRA MARTINS

SÃO LUÍS – MA
2019
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PROJETO DE PESQUISA
VIBRAÇÕES MECÂNICAS: UMA ABORDAGEM ANALITÍCA E
COMPUTACIONAL

CAMYLLA GARCIA OLIVEIRA


CAVALCANTE
Bolsista

PROF. GENILSON VIEIRA MARTINS


Orientador

SÃO LUÍS – MA
2019
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RESUMO
Neste projeto pretende-se analisar sistemas vibratórios possibilitando
através de uma programação básica, a exibição de gráficos e a simulação dos
resultados com animação. Primeiramente, interessa-nos a análise de vibrações
com um grau de liberdade, fazendo um estudo analítico e obtendo as respostas
às solicitações harmônicas através dos recursos do software algébrico MAPLE.
Após a preparação e aprimoramento de um material didático usando o software
em questão, o mesmo será apresentado a grupos de alunos do curso de
engenharia mecânica da Faculdade Pitágoras de São Luís com o objetivo de
verificar a aprendizagem de vibrações mecânicas utilizando simulação
computacional.

Palavras-chave: Vibrações Mecânicas, Equações Diferenciais, MAPLE.


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Sumário
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................5
2. OBJETIVOS............................................................................................................................5
2.1 OBJETIVOS GERAIS .........................................................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.................................................................................................5
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................7
3.1 COCEITOS FUNDAMENTAIS ...........................................................................................7
3.2 VIBRAÇÕES LIVRES ........................................................................................................7

3.2.1 VIBRAÇÃO LIVRE NÃO AMORTECIDA ......................................................................7

3.2.2 VIBRAÇÃO LIVRE COM AMORTECIMENTO VISCOSO ...............................................8

3.2.3 VIBRAÇÃO LIVRECOM AMORTECIMENTO COULOMB .............................................8

3.3 VIBRAÇÕES FORÇADAS..................................................................................................9

4. METODOLOGIA............................................................................................................... 10
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................. 11
REFERENCIAIS........................................................................................................................14
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1. INTRODUÇÃO
O uso de computadores como ferramenta de ensino é eficaz em
estimular o processo de aprendizagem, notadamente em situações nas quais o
uso de recursos tradicionais mostra-se insuficiente para abordar fenômenos com
riqueza de detalhes. É sabido que o uso de Applets e simulações disponíveis
atualmente na internet são alguns desses recursos, cuja eficiência se traduz em
um melhor entendimento qualitativo dos princípios físicos envolvidos.
Por outro lado, para que um efetivo aprendizado matemático ocorra, uma
abordagem quantitativa é necessária.
Dentre as possíveis abordagens quantitativas, a computação algébrica
mostra-se eficiente e uma ferramenta útil por diversos motivos. Uma delas refere-
se a sua interface gráfica. De fato, dentro do ambiente da maioria dos softwares
disponíveis, a facilidade de lidar com equações dependentes de parâmetros e
posterior visualização de soluções em gráficos bi e tridimensionais é notável.
Com este perfil, podemos citar o MAPLE, MATHEMATICA, MATLAB, etc.
Um problema fundamental na Engenharia e que pode ser implementado
com uso de computação algébrica é o estudo de sistemas vibracionais. Este é
um tema de extrema relevância para a Engenharia Mecânica, pois, para
conhecermos máquinas e equipamentos e melhorarmos sua qualidade e
produtividade, faz-se necessário analisar seus modos de vibração.

2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
O objetivo desse projeto de iniciação cientifica é realizar estudos
analíticos e numéricos de vibrações mecânicas com um grau de liberdade. Visto
que a disciplina de Vibrações Mecânicas não faz parte da estrutura curricular do
curso de Engenharia Mecânica da IES, o projeto visa também despertar o
interesse e motivar os alunos de Engenharia a realizar pesquisas nessa área do
conhecimento.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS


 Fornecer elementos computacionais para abordagens gráficas e
simulacionais de sistemas vibratórios com um grau de liberdade.
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 Familiarizar-se com o uso de softwares computacionais no estudo de


modelos reais de Engenharia.
 Desenvolver habilidades na resolução de problemas que envolvam
Equações Diferenciais.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Uma vibração é o movimento periódico de um corpo ou sistema de
corpos conectados deslocados de uma posição de equilíbrio. Em geral, há dois
tipos de vibração, livre e forçada (HIBBELER, 2011). A vibração livre ocorre
quando a oscilação do corpo é mantida por forças restauradas, no qual estas
podem ser gravitacionais ou elásticas, como a vibração de um pendulo.
A vibração forçada é causada e mantida por forças intermitentes ou
periódicas que são aplicadas externamente ao sistema (RAO, 2008). Ambos os
sistemas de vibração podem ser amortecidos ou não amortecidos.
As vibrações não amortecidas são aquelas a qual as forças de atrito não
são consideradas nas análises, já nas vibrações amortecidas todas as forças
que se opõe ao movimento são consideradas.

3.2 VIBRAÇÕES LIVRES


3.2.1 VIBRAÇÃO LIVRE NÃO AMORTECIDA
O tipo mais simples de movimento vibratório é a vibração livre não
amortecida. Considerando uma perturbação inicial e que não exista nenhum
elemento que cause a dissipação de energia durante o movimento do corpo, a
amplitude de vibração será constante no tempo. Logo as expressões
matemáticas que descrevem esse fenômeno são apresentadas pelas equações
1 e 2.

Se a equação for toda ela dividida pela massa do sistema, teremos:

Onde:  = √ Representa a frequência natural de vibração.

/
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3.2.2 VIBRAÇÃO LIVRE COM AMORTECIMENTO VISCOSO


Segundo (ALMEIDA, 1990) as vibrações sem amortecimento acarretam
muitos erros quando comparadas aquelas vistas no mundo real, já que todas as
vibrações morrem com o tempo, logo a presença de todas as forças de
amortecimentos devem ser levadas em consideração para resultados mais
satisfatórios.
Em muitos sistemas de Engenharia a resistência ao movimento é criada
por fluidos, que podem ser incompressíveis e compressíveis, como a água e o
ar. Nesses sistemas a resistência ao movimento é diretamente proporcional a
velocidade do corpo. O tipo de força que é desenvolvida sob essas condições é
chamada de força de amortecimento viscoso, expressa pela equação 3.

Onde: c representa o coeficiente de amortecimento viscoso [ . ]

A equação do movimento que descreve a vibração livre com


amortecimento viscoso é apresentada logo abaixo. Esta é deduzida a partir da
segunda lei de Newton.

3.2.3 VIBRAÇÃO LIVRE COM AMORTECIMENTO COULOMB

Em muitos sistemas mecânicos de Engenharia o amortecimento passar


a existir quando corpos interagem em superfícies secas. Nesse contexto a lei de
coulomb do atrito afirma que uma força requerida para produzir o deslizamento
é proporcional à força normal, logo:

=µ . (5)

Onde: µ representa o coeficiente de atrito cinético

representa a força normal [N]


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Da mesma forma que ocorre para o atrito viscoso, a equação do


movimento com atrito Coulomb utiliza a segunda lei de Newton do movimento
para ser deduzida. A equação 6 representa o fenômeno em questão.

3.3 VIBRAÇÕES FORÇADAS


Um sistema mecânico sofre vibração forçada sempre que energia
externa é fornecida ao sistema durante vibração. A energia externa pode ser
fornecida ao sistema por meio de uma força aplicada ou por uma excitação de
deslocamento imposta (RAO, 2008). As vibrações forçadas assim como as livres
podem ser amortecidas ou não amortecidas.
Se uma força F(t) agir sobre um sistema vibracional como o caso de um
sistema massa mola sem amortecimento, a equação do movimento pode ser
obtida pela segunda lei de Newton.

Se considerarmos ainda que tal força for periódica na forma de

( )= 0 0 , teremos:

De forma análoga ocorre para os sistema amortecidos, onde a única


diferença estará nos mecanismos de amortecimento. Desta maneira as
equações 9 e 10 representam respectivamente as vibrações forçadas com
amortecimento viscoso e de Coulomb.

. (10)
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4. METODOLOGIA
Neste analise analítica e numérica sobre as Vibrações Mecânicas, os
estudos foram feitos no laboratório de simulação da Faculdade Pitágoras de São
Luís.
Inicialmente foi feito um estudo exaustivo das Equações Diferenciais
Ordinárias, onde foi utilizado para tal obras como (ZILL & CULLEN, 2009) e
(BRONSON & COSTA, 2008). Nesta fase encontrou-se muitas dificuldades, pois
tal conteúdo não é oferecido na grade curricular do curso de Engenharia
Mecânica da IES. O estudo sobre as EDOs se iniciou com as Equações
Diferenciais de Primeira Ordem, onde focou-se nas equações de variáveis
separáveis, exatas e lineares. Posteriormente foi principiado o estudo sobre as
EDOs de Segunda Ordem, no qual foi dado uma atenção especial, já que todos
os sistemas vibratórios são modelados com esses tipos de equações.
Findado a etapa inicial, foi dado início aos estudos no software comercial
MAPLE, no qual foram feitas analises gráficas de equações, comparando o
resultado com as soluções analíticas. A figura 1 mostra a interface do software
quando tais analises eram feitas.
Figura 1: Interface do software MAPLE
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Na etapa seguinte se iniciou o estudo sobre as Vibrações Mecânicas


com um grau de liberdade, onde foi feito estudos analíticos de vibrações livres e
forçadas, com e sem amortecimento.
Posteriormente fez-se um amplo estudo das simulações gráficas de
vibrações com um grau de liberdade e verificou-se que para uma análise
satisfatória de sistemas com dois graus de liberdade seria extremamente
necessário lançar mão de estudos numéricos, como por exemplo o método de
Euler e o método Runge-Kutta.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos no projeto foram extremamente satisfatórios, tanto
para a vida acadêmica quanto profissional. Estes se resumem em
conhecimentos voltados para as áreas de Equações Diferenciais, Vibrações
Mecânicas e Métodos Numéricos.
Após os estudos realizados nas áreas citadas anteriormente, foi
elaborado um material didático na plataforma do software MAPLE, onde foram
resolvidas de forma numérica as equações diferenciais que descrevem cada tipo
de vibração. Os gráficos que ilustram cada forma de vibração são apresentados
na figuras 2,3 e 4.
Figura 2: Gráfico da vibração livre não amortecida

Fonte: Do autor
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Figura 3: Gráfico da vibração livre com amortecimento viscoso

Fonte: Do autor

Figura 4: Gráfico da vibração forçada

Fonte: Do autor
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Após o aprimoramento de todas as etapas já mencionadas, foi


ministrado aos alunos do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras
de São Luís um minicurso sobre como utilizar softwares algébricos para a
resolução de problemas que envolvem Vibrações Mecânicas. O minicurso foi de
extrema relevância para todos os envolvidos, pois a partir dele, novas pesquisas
envolvendo métodos numéricos foram pensadas e estão sendo desenvolvidas
na instituição.
Assim o projeto de Iniciação Cientifica VIBRAÇÕES MECÂNICAS: UMA
ABORDAGEM ANALITICA E COMPUTACIONAL, foi essencialmente
importante, não só para o bolsista e para o orientador, mas também para a
instituição como um todo.
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REFERENCIAIS

ALMEIDA, M. Tadeu. Vibrações mecânicas para engenheiros, 2ª ed.,


São Paulo: Editora E. Blücher, 1990.

BRONSON, Richard.; COSTA, Gabriel. Equações Diferenciais, 3ªed.,


Porto Alegre: Bookman, 2008.

HIBBELER, R.C. Dinâmica: Mecânica Para Engenharia, 12ª ed., São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

RAO, Singirusu. Vibrações Mecânicas, 4ª ed., São Paulo: Pearson


Prentice Hall, 2008
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ZILL, Dennis G; CULLEN Michael R. Matemática Avançada para
Engenharia: Equações diferenciais elementares e transformada de
Laplace, 3ª ed., Porto Alegre: Bookman, 2009.

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