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Goiânia, 2023
Resumo
Este trabalho apresenta o estudo experimental das vibrações mecânicas em um sistema de
dois graus de liberdade, que consiste em um edifício de dois pisos com pilares representados
por réguas de metal. O sistema é alocado sobre uma mesa redutora de vibrações para garantir
a precisão dos resultados experimentais. A excitação externa é aplicada ao sistema e a
resposta é medida por um sensor de vibração. São apresentados os princípios teóricos do
sistema, incluindo as equações do movimento, e a metodologia experimental utilizada. Os
resultados obtidos incluem a determinação das características vibratórias do sistema, como a
frequência natural, o amortecimento e o deslocamento máximo.
1. Introdução 4
2. Métodos e Materiais 5
3. Desenvolvimento Teórico 7
4. Desenvolvimento Experimental 7
5. Conclusão 9
Referências 10
1. Introdução
A vibração mecânica é um fenômeno que pode ocorrer em diversas estruturas e
equipamentos, e é de extrema importância na engenharia para garantir o funcionamento
seguro e eficiente desses sistemas. O estudo das vibrações mecânicas é fundamental para
diversas áreas da engenharia, como aeroespacial, automotiva, naval, civil, entre outras.
Um dos sistemas mecânicos mais utilizados para o estudo de vibrações mecânicas é o sistema
de dois graus de liberdade, que consiste em dois corpos independentes que podem se mover
em relação um ao outro. Neste trabalho, será apresentado o estudo experimental de um
sistema de dois graus de liberdade que consiste em um edifício de dois pisos de tamanho
reduzido. Os pilares do primeiro e segundo andar são representados por réguas de metal, que
são consideradas como molas, permitindo o estudo da interação entre os dois pisos.
Para garantir a precisão dos resultados experimentais, o sistema é alocado sobre uma mesa
redutora de vibrações. Essa mesa é capaz de reduzir as vibrações externas, garantindo a
confiabilidade dos dados obtidos durante o experimento. O sistema é submetido a uma
excitação externa, e a resposta do sistema é medida por meio de um sensor de vibração.
A nossa análise foi feita através de movimentação forçada. O movimento forçado é um tipo
de movimento que ocorre quando um sistema é submetido a uma força externa periódica ou
não periódica. Nesse tipo de movimento, a energia é adicionada ao sistema através da força
externa, que pode ser contínua ou intermitente. Nesse caso em específico, utilizamos o motor
(Figura 02) para garantir uma movimentação contínua e periódica de acordo com a
frequência estipulada em computador.
Todo o sistema foi alocado em cima de uma mesa redutora de vibração (Figura 03) para
garantir a maior precisão possível, reduzindo a quantidade de vibrações externas aquela
intencionalmente forçada ao sistema.
Figura 03. Detalhe da mesa redutora de vibração
Dentre as várias técnicas de controle de vibrações, uma que merece destaque é o uso de
sistemas de dois graus de liberdade (2 GDL). Nesses sistemas, são necessárias duas
coordenadas para descrever o movimento, e há duas frequências naturais, o que resulta em
duas vibrações de modo normal. Quando o sistema é excitado, ele pode entrar em vibração
livre ou em vibração harmônica forçada. No segundo caso, o sistema oscila na mesma
frequência de excitação, e as amplitudes de deslocamento das duas coordenadas tendem a um
máximo nas duas frequências naturais, levando o componente a entrar em ressonância.
Para primeiro trazer uma análise teórica simplificada, modelamos um sistema massa-mola
com dois graus de liberdade, com duas massas (M1 e M2) acopladas via mola de mesma
constante elástica K2. Esse sistema avaliado não apresenta excitação forçada e também não
possui amortecimento. Do ponto de vista teórico, esse seria o sistema de dois graus de
liberdade mais simples de ser avaliado e é a partir dele que entendemos a teoria e podemos
replicar para sistemas mais complexos como o analisado experimentalmente na aula prática
de Vibrações de Sistemas Mecânicos. Neste sistema teórico apresentado as massas estão
acopladas em certo nível, assim o movimento de M1 interfere no movimento de M2 e
vice-versa. Partindo do pressuposto que esse sistema pode se movimentar apenas no eixo
horizontal, duas variáveis de posição (x1 e x2) serão requeridas para caracterizar a vibração a
partir da posição inicial do sistema.
Após termos as equações de base nós transformamos as duas equações na sua versão
matricial para que, através do determinante, seja possível de encontrar a resolução utilizando
a transformada de Laplace. Para evitar o desenvolvimento teórico de equacionamentos que
não vamos utilizar, traremos apenas a resolução do equacionamento:
2 2
[(− 2ω 𝑚 + 2𝑘 + 𝑖ω𝑐)(− ω 𝑚 + 2𝑘 + 2𝑖ω𝑐) − (𝑘 + 𝑖ω𝑐)(𝑘 + 𝑖ω𝑐)] = 0
(Equação 04)
4. Desenvolvimento Experimental
O sistema mecânico estudado consiste de duas mesas, sendo a mesa superior (de massa m2)
sustentada pela mesa inferior (de massa m1), que por sua vez é fixa ao piso através de molas
(Figura 04). A mesa inferior é acoplada a um excitador elétrico chamado "shaker", que é
conectado a uma fonte geradora de sinal para gerar excitações harmônicas. Em cada mesa é
acoplado um acelerômetro, que está conectado a um condicionador de sinal para medir as
amplitudes dos movimentos das mesas e da força excitadora. Os dados são então processados
em analisadores de sinais para fornecer as frequências das vibrações e das forças. O objetivo
do experimento é estudar o comportamento do sistema e avaliar a eficiência do absorvedor
dinâmico de vibração em reduzir as amplitudes de vibração do sistema.
É válido destacar que apesar de termos tomado todas as precauções possíveis para minimizar
os erros, eles são inerentes ao processo experimental. Dessa forma, somos levados a acreditar
que erros sistemáticos e aleatórios podem ter interferido no resultado obtido, tais como:
● Erro associado ao instrumento de medição: tanto o paquímetro utilizado para medir a
espessura da mola quanto o próprio leitor de frequências possuem erros relacionados a
sua resolução, além de que só fizemos 02 (duas) medições, ignorando a incerteza
relacionada à repetitividade. Dessa forma, o erro do instrumento foi desconsiderado e
pode ser considerado como uma das fontes de erro.
● Massa: quando fizemos a análise teórica nós desconsideramos a massa dos pisos,
como estamos falando de um sistema complexo sua massa tem um valor considerável
e por isso essa desconsideração também pode ter resultado na variação entre os
valores obtidos experimentalmente e o obtido teoricamente.
Por fim ressaltamos que vários podem ter sido as fontes de erro, nós destacamos apenas
aquelas que podem ter tido uma influência mais significativa no resultado final.
5. Conclusão
Concluímos que, apesar do experimento ter sido feito em laboratório, não foram tomadas as
devidas precauções para diminuir a quantidade de fonte de erros associados ao processo.
Dessa forma, o resultado obtido não foi satisfatório apesar de coerente com o processo.
Referências
[1] CISMASIU, C. APONTAMENTOS DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS, Universidade
Nova de Lisboa, 2009.