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Vamos lá?
1- Fundamentos da vibração
Nessa primeira aula será feita uma breve apresentação histórica do tema e a
importância do seu estudo. Para facilitar a compreensão dos assuntos que serão
tratados nas aulas subsequentes, será explanado sobre os conceitos fundamentais
dentro da análise de vibrações de um sistema de engenharia.
1.1 – Importância do estudo de vibrações
A vibração começou a ser explorada a partir das descobertas dos primeiros
instrumentos musicais. Desde a antiguidade que músicos e filósofos estudam e
tentam aperfeiçoar a partir das regras e leis da produção de som.
O filosofo e matemático Pitágoras (582 -507 a.C) é considerado o primeiro a
investigar sons musicais com base na ciência. Pitágoras realizava seus estudos a
partir de um instrumento denominado monocórdio (Figura 1)
Figura 1 - Monocórdio
A partir do estudo desse instrumento, ele observou que se duas cordas iguais
de comprimentos diferentes forem sujeitas a mesma tensão, a mais curta emite uma
nota mais aguda e se o comprimento da corda mais curta for metade do comprimento
da maior, a mais curta emitirá uma nota uma oitava acima da outra.
Um grande nome dentro desse contexto é Galileu Galilei (1564 – 1642), que
teve a ideia de estudar o comportamento de um pêndulo simples e seus movimentos
pendulares. Em 1638, em uma publicação, Galileu discutiu corpos vibratórios,
descrevendo a dependência entre a frequência e vibração e o comprimento de um
pêndulo simples, juntamente com o fenômeno de vibração solidária.
Euler e Bernoulli determinaram a equação diferencial que governa a vibração
lateral de barras prismáticas e investigaram a sua solução para o caso de pequenas
deformações. Bernoulli foi o primeiro a propor o princípio da superposição linear de
harmônicas e o primeiro cientista a falar em vibrações aleatórias foi Einstein, em 1905,
ao estudar o movimento Browniano. Hoje, diante de tanto avança tecnológico, os
estudos em vibrações estão mais intensificados e avançados, permitindo análises de
sistemas de vários graus de liberdade e desenvolvimento de modelos matemáticos
complexos.
Mas por quê entender vibrações?
Várias atividades do dia a dia estão associadas às vibrações, como por
exemplo, as vibrações das pás e rotor das turbinas; em máquinas ou em itens que
executam movimentos cíclicos, como carros e motores. O resultado dessas vibrações
pode ser a falha da estrutura mecânica, devido ao desgaste mais rápido de peças de
maquias, como por exemplo, rolamento e engrenagens, e/ou geração de ruídos
excessivos; ou ainda, em cortes de matais, a vibração pode causar trepidação.
Outro ponto que está diretamente ligado à ideia de vibração é o conceito de
ressonância. Com certeza vocês já devem ter escutado essa palavra em algum
momento da vida.. A ressonância, como mencionado por Rao (2008), nada mais é do
que um fenômeno que ocorre sempre que a frequência natural de vibração de uma
máquina ou estrutura coincide com a frequência da excitação externa.
Um caso famoso envolvendo esse fenômeno foi o rompimento da ponte
Tacoma Narrows, nos EUA em 1940, que sofreu grandes oscilações e entrou em
colapsos na presença de ventos constantes que geraram o efeito da ressonância. Um
caso mais simples é o rompimento de uma taça de cristal em virtude desse fenômeno,
fora as diversas aplicações tecnológicas nas áreas de saúde e comunicação.
Diante desses desconfortos e perdas de eficiência em diferentes sistemas é
que engenheiros mecânicos, por exemplo, procuram estudar vibrações para
desenvolverem projetos de motores e máquinas de modo a minimizar o
desbalanceamento e reduzir as vibrações das máquinas e seus suportes. Após
destacados seus efeitos danosos, serão apresentados casos em que as vibrações
podem ser utilizadas a favor da indústria. A vibração é aplicada em diferentes
ferramentas como compactadores, brocas odontológicas, unidades de massagem
elétricas, além de processos de usinagem, forjamento e soldagem, onde contataram
que a vibração melhorava a eficiência deles.
Onde:
meq,= massa equivalente,
keq = rigidez equivalente
ceq = amortecimento viscoso equivalente.
Na prática muitas molas são utilizadas de forma associada. Quanto às
associações, elas podem ser:
I) Molas em paralelo
Figura 3 - Associação de molas em paralelo
Fonte:Rao (2008)
5. Referências:
RAO, Singiresu S. “Vibrações Mecânicas”. Pearson-Prentice Hall, 2008.
THOMSON, William T. Teoria da Vibração com Aplicações. 1 ed., RJ, Ed. Interciências
Ltda., 1978.