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Aula 1: Introdução

 É tarefa de um engenheiro decidir se a vibração


apresentada por uma máquina ou estrutura é
necessária, indesejável ou tolerável. Portanto as
vibrações devem ser mantidas dentro de limites
aceitáveis.
 Consequências de níveis de vibração excessiva:
◦ Funcionamento indesejável: vibrações em máquinas
ferramentas podem impedir bom acabamento;
◦ Quebra de componente: ponte do estreito de Tacoma;
◦ Quebra de componente devido a fadiga: palhetas de
turbinas
 Vibração: qualquer movimento que se repita
em relação a um referencial fixo ou posição
de equilíbrio. Transferência alternada de
energia cinética para potencial e vice-versa.

 Graus de liberdade: número de coordenadas


independentes necessárias para localizar e
posicionar um corpo ou sistema de corpos.
 Exemplos de Gdl´s:
 Inércia (massa / momento de inércia)
o Responsável pela resistência à variação da
velocidade (linear ou angular) do corpo.
o Um corpo rígido pode executar movimentos de
translação, rotação pura (em torno de um eixo fixo)
ou movimento geral.
o Este elemento é responsável por armazenar
energia cinética e potencial gravitacional.
 Rigidez
o Propriedade de armazenamento de energia de
deformação. É esquematicamente e conceitualmente
representada por uma mola.
o Caso a força de mola obedeça a relação: F = k∆, sendo k
a rigidez e ∆ a deformação, diz-se que esta mola é
linear.
o No estudo básico de vibrações, utiliza-se uma mola
linear ideal (sem massa e amortecimento) para
representar qualquer componente do sistema que
exerça uma força que tenda a retornar o sistema ao seu
estado de referência.
Molas Equivalentes
◦ Na análise de sistemas vibratórios, pode ser conveniente
substituir elementos elásticos por molas equivalentes.
◦ Viga engastada com massa na extremidade:
o Viga bi-apoiada com uma massa em sua metade:
o Barra submetida à tração e massa na extremidade:
o Sistema Torcional:
o Associação de molas em paralelo:
o Associação de molas em série:
 Amortecedor
o Enquanto o efeito da inércia e das forças elásticas é o de manter
o movimento oscilatório, o amortecedor tem a função de dissipar
energia.
o Tem o efeito de reduzir a amplitude de vibração e estabilizar o
sistema.
o Em geral, um único modelo de amortecimento não é capaz de
descrever perfeitamente o fenômeno real observado.
o Existem, basicamente, três tipos de modelo de dissipação de
energia:
- Amortecimento viscoso,
- Amortecimento estrutural,
- Atrito de Coulomb (seco).
 Amortecedor
o O modelo de amortecimento mais utilizado é o viscoso.
Isso se deve a dois fatores:
- É o mais simples de se tratar matematicamente,
- Em geral, mesmo que não seja o melhor modelo, é
possível obter um coeficiente de amortecimento
equivalente.
o Caso a força de amortecedor obedeça a relação:
, onde c é o coeficiente de amortecimento e a
velocidade a velocidade das extremidades do
amortecedor, diz-se que este amortecedor é linear.
Podem ser classificadas de diversas maneiras:
 Vibrações livres: nenhuma força externa age
sobre o sistema. Ex: pêndulo simples.
 Vibrações Forçadas: existência de força
externa (repetitiva ou não). Ex:
desbalanceamento em máquinas rotativas.
 Vibrações não amortecidas: nenhuma
energia é perdida durante a oscilação.
 Vibrações amortecidas: perda de energia
durante o movimento. Importante na análise
de sistemas vibratórios próximos à
ressonância.
 Vibrações lineares: vale o princípio da
superposição. Massa, rigidez e
amortecimento se comportam de forma
linear. Equações diferenciais lineares.
 Vibrações não lineares: não vale o princípio
da superposição. Equações diferenciais não
lineares.
 Vibrações determinísticas: excitação
conhecida em qualquer instante de tempo.
 Vibrações aleatórias: não se pode conhecer
ou prever o valor da excitação em
determinado instante . Vibrações descritas
em termos de quantidades estatísticas. Ex:
terremotos.
 A compreensão do comportamento dinâmico de
sistemas mecânicos (máquinas e componentes) é
uma das tarefas mais árduas do engenheiro.
 Em geral, os problemas são apresentados de forma
vaga e imprecisa por pessoal não técnico, que tem
necessidade do produto ou processo.
 É tarefa do engenheiro transformar um problema
complexo e impreciso em um problema específico
que possa, em alguns casos, ser analisado através
de modelos matemáticos.
 O processo de entendimento do funcionamento do
sistema real e de como ele pode ser modelado
inicia-se por uma etapa conhecida como
idealização do sistema.

 Em geral, sistemas idealizados são utilizados para


melhor entender o comportamento da máquina,
estrutura ou componentes reais.
 Etapa 1: Modelagem matemática → representar os
aspectos importantes para obtenção de equações que
descrevam o comportamento do sistema.

 Etapa 2: Derivação das equações governantes →


equações obtidas através dos princípios da dinâmica:
leis de Newton, princípio de D’Alembert, conservação
de energia. Sistemas discretos geram equações
diferenciais ordinárias, enquanto que sistemas
contínuos são descritos por equações diferenciais
parciais.
 Etapa 3: Solução das equações governantes →
obtenção das respostas do sistema vibratório:
métodos matriciais, métodos numéricos.

 Etapa 4: Interpretação dos resultados → análise das


acelerações, velocidades e deslocamentos obtidos
na finalidade que o sistema mecânico deve
atender.
CTE
CTE

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