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COLABORADORES:
RUBENS ROSDON KALOUSDIAN
CHRISTIAN SCHNEIDER
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida de nenhuma maneira, sem o
prévio consentimento por escrito dos autores de cada título.
Esta versão procura de uma forma simplificada responder a todas as suas dúvidas iniciais
para o seu preparo como futuro piloto de balão. No entanto, da forma que ele foi dividido,
acreditamos que ele contenha aspectos de grande interesse para equipes e observers,
pois, na realidade todos estão ligados entre si. A boa conduta de um piloto depende da
boa conduta técnica e comportamental da sua equipe. Consideramos muito importante
para a iniciação do observer na sua função de acompanhar o piloto e equipe designada
nas competições, uma apresentação informal de como funciona um balão e todos os
critérios técnicos e de segurança envolvidos. Este manual é com certeza muito versátil e
poderá ser utilizado por todos, desde os mais experientes, que poderão contribuir no
futuro com a melhoria e incremento nas próximas versões, bem como dos entusiastas do
balonismo de uma maneira geral.
Nas aulas práticas sempre haverá uma divergência de opiniões, devido a diferente
formação ou experiência adquirida de cada um. Mas com toda a certeza, cada instrutor
ou piloto procurara de forma segura transmitir a técnica e os conceitos básicos desse
manual que são gerais e universais. Alguns conceitos poderão por vocês ser
simplificados no futuro, mas o importante neste momento, para quem está iniciando, é
entender o porque de cada coisa.
____________________________________________
Rubens Rosdon Kalousdian
Presidente
Associação Brasileira de Balonismo
Antes de mais nada, nós devemos saber como se organiza a Aviação Civil entre nós
brasileiros balonistas e com o mundo inteiro, pois se cada um usasse regras e condições
diferentes, com certeza seria uma grande confusão. Portanto, padronizou-se a nível
mundial regras entre mais de 50 países e em 1945 deu-se início a “OACI”, que quer dizer
Organização da Aviação Civil Internacional, do qual o Brasil começou a participar logo em
1946. A partir daí, coube ao Ministério da Aeronaútica a responsabilidade de aplicar as
Normas e Métodos recomendados pela OACI, e este por sua vez delegou ao DAC-
Departamento de Aviação Civil a função de aplicá-las.
1.2.1 RBHA 01
Organização e Funcionamento do Sistema de Segurança de Vôo da Aviação Civil
1.2.2 RBHA 31
Padrões Mínimos de Aeronavegabilidade e Regras de Operação de Balões Livres
Tripulados
1.2.3 RBHA 39
Diretrizes de Aeronavegabilidade
ALGUMAS DEFINIÇÕES
Tempo de Instrução em Duplo Comando: é o tempo de vôo durante o qual uma pessoa
recebe instrução de vôo ministrada por um piloto devidamente autorizado e ocupando um
dos postos de pilotagem de aeronave.
Tempo de Vôo: é o período compreendido entre o início da decolagem até o pouso final
do balão, constituindo esse o parâmetro para contagem do tempo de vôo.
Tempo de Vôo Solo: é o tempo de vôo durante o qual o piloto é o único ocupante da
aeronave.
SITUAÇÃO
CONDIÇÕES ATUAL
Estar matriculado em curso de piloto privado homologado pelo não aplicável no
DAC; e momento
Ter sido aprovado nos exames teóricos do DAC para piloto privado A partir de
destinados ao atendimento de requisito de conhecimentos 31/05/1999
necessário para a concessão da licença solicitada; ou Início das provas
Antes de começar as suas aulas práticas, faça o seu exame médico no Hospital
Aeronaútico mais próximo. No caso de São Paulo, Capital, o endereço é:
São Paulo - SP - HASP Rio de Janeiro – RJ - CEMAL
Av.Olavo Fontoura, 1400 - Santana Rua Marechal Câmara, 233
Tel.: (011) 267-1911 ramal 2216 tel.: (021) 240-1313 fax.:220-7169
HOMENS MULHERES
exame ginecológico
Para você se tornar um Piloto de Balão a Ar Quente, a sequência será conforme segue:
1. Solicitar a Associação Brasileira de Balonismo uma carta para realização de um
exame médico.
2. Fazer todos os exames e tomar as vacinas necessárias.
3. Fazer um curso teórico na Associação Brasileira de Balonismo.
4. A partir de 31 de maio de 1999 você terá que fazer um exame teórico.
5. Levar uma cópia da aprovação do exame teórico e uma cópia do exame médico a
ABB e assinar um requerimento para a emissão da Credencial de Piloto-Aluno.
A partir daí, você poderá iniciar as suas aulas, sendo as 08 primeiras obrigatoriamente
com um instrutor qualificado através de um credencial.
4. Para receber sua habilitação o seu instrutor master, principal, deverá lhe fornecer uma
carta informando estar apto para o exame prático. Leva-se esta carta ao SERAC de
sua região, e eles indicarão um examinador. Caso aprovado, o examinador deverá
preencher uma ficha que será entregue ao SERAC local mais todos os documentos
exigidos do piloto estudante.
Sugerimos sempre ligar aos orgãos competentes para atualização dos procedimentos
para solicitação da habilitação.
Conhecimentos:
1. Regulamentação Aeronaútica,
2. Conhecimentos Técnicos sobre a Aeronave,
3. Desempenho e Planejamento de Vôo,
4. Desempenho e Limitações Humanas,
5. Meteorologia,
6. Navegação Aérea,
7. Procedimentos Operacionais,
8. Teoria de Vôo,
9. Radiocomunicações.
EXPERIÊNCIA:
1. 16 horas de vôo, das quais pelo menos 8 horas devem ter sido realizadas
acompanhado de instrutor de vôo habilitado; e
2. 8 ascenções sob a supervisão de instrutor de vôo habilitado, das quais, pelo
menos:
• uma ascenção deve ter atingido a altura de 3.000 pés;
• uma ascenção deve ter tido a duração de no mínimo 60 minutos; ou
• duas ascenções devem ter sido realizadas em vôo solo, com duração mínima de
30 minutos cada uma.
Conhecimentos:
1. Regulamentação Aeronaútica,
2. Conhecimentos Técnicos sobre a Aeronave,
3. Desempenho e Planejamento de Vôo,
4. Desempenho e Limitações Humanas,
5. Meteorologia,
6. Navegação Aérea,
7. Procedimentos Operacionais,
8. Teoria de Vôo,
9. Radiocomunicações.
Experiência:
Ter realizado no mínimo 50 horas de vôo em pelo menos 40 ascenções.
Objetivo:
Realizar transporte aéreo comercial em balões
Distância km, nm
Altitudes, alturas, elevações, dimensões
em aeródromos e pequenas distâncias ft, m
Velocidade horizontal km/h ou kt
Velocidade vertical ft/min
Velocidade do vento kt
Direção do vento para pouso e decolagem graus magnéticos
Altitude e altura das nuvens ft ou m
Visibilidade m até 5000. Acima, km
Ajuste do altímetro hPa(hectopascal)
Temperatura graus Centígrados
Peso kg
Tempo horas e minutos, 24
horas por dia a partir de
0 hora UTC
UTC é Tempo Universal Coordenado, que é uma combinação do Tempo Universal com o
Tempo Atômico Internacional (TAI) e que susbtitui a Hora Média de Greenwich(GMT).
B) Lançamento de objetos
O lançamento de objetos por meio de aeronaves em vôo só será autorizado nas
condições prescritas pela autoridade competente e de acordo com informação,
assessoramento e/ou autorização do órgão de Serviço de Tráfego Aéreo pertinente.
C) Lançamento de pára-quedas
O paraquedismo é um esporte bastante difundido e também exigido como treinamento
em certas organizações militares, e só serão realizados em conformidade com as
condições prescritas pela autoridade competente e conforme informações,
assessoramento e/ou autorização do órgão de Serviço de Tráfego Aéreo pertinente.
D) Áreas restritas
Nenhum balão poderá penetrar em área restrita , a não ser que se ajuste às condições
das restrições ou tenha permissão, através do Serviço Regional de Proteção ao Vôo com
jurisdição sobre a área, da autoridade que impôs a restrição.
B) Aproximações
O balão localizado em vôo abaixo de um outro no mesmo curso tem prioridade na
ascenção desde que não exceda a 3m/s a sua razão de subida.
Este tipo de vôo se aplica fora do espaço aéreo controlado e fora das regras
especiais do espaço aéreo.
Vôo visual é aquele em que a aeronave mantém, durante todo o tempo de vôo,
separação das nuvens e outras formações meteorológicas de opacidade equivalente,
seguindo normas estabelecidas, tais como:
1) Nos vôos VFR acima de 10.000 ft AMSL até 15.000 ft AMSL, exigidos os
seguintes limites:
Visibilidade – 8 km
Livre das nuvens
Velocidade máxima 380 kt
2) Abaixo de 900 m (3.000 ft) AMSL, ou até 300 m (1.000 ft) acima do terreno, o que
for maior, os limites são os seguintes:
Visibilidade – 5 km
Iivre de nuvens
Avistamento do solo ou água
3) O Vôo VFR tem como limite vertical o nível de vôo 14.500 ft.
a) Exceto quando autorizadas pelo orgão ATC para atender ao vôo local VFR especial,
vôos VFR não poderão pousar, decolar, entrar na ATZ ou no circuito de tráfego de tal
aeródromo se:
1. o teto for inferior a 450m (1500 pés), ou
2. a visibilidade no solo for inferior a 5km.
c) Não serão permitidos vôos VFR em rota, dentro de aerovias, às aeronaves que não
dispuserem de meios para estabelecer comunicações em radiotelefonia com o orgão
ATC apropriado.
Os serviços radar serão prestados às aeronaves que estejam voando IFR ou VFR.
CÓDIGO LEGENDA
2000 antes de receber instruções do ATC
7500 interferência ilícita (seqüestro)
7600 falha de comunicações
7700 emergência
Notas:
1) Durante a prestação do serviço de vigilância radar, a responsabilidade da navegação
é do piloto em comando da aeronave.
2) Quando for prestado o serviço de vetoração radar, a responsabilidade da navegação é
do controlador radar.
3) A característica “IDENT” somente deverá ser acionada por solicitação do controlador.
4) Serão fornecidas durante a prestação dos serviços radar as seguintes informações:
a) tráfego essencial
b) formações meteorológicas pesadas
c) bandos de pássaros
d) esteiras de turbulência
e) informações de segurança de vôo.
Os procedimentos para uso de rádios em balonismo, não são complicados mas exige-se
claridade e brevidade nas transmissões. A coisa mais importante é entender o que foi
transmitido, por isso da clareza, e a brevidade das transmissões é fundamental.
Sugerimos sempre primeiro ouvir, e não interrompa a comunicação a não ser que você
tenha certeza do que vai transmitir, ou em alguns casos, quando não ouviu uma
transmissão com interferência.
Não esqueça de soltar o botão do mike depois de transmitir, caso contrário não receberá
a resposta.
O ROTAER, junto com as cartas ERC, ARC, VAL, IAL e SID, formam o conjunto de
navegação que o piloto deverá sempre Ter a bordo da sua aeronave.
LOCALIDADE NOTAM
Belém A
Recife B
Rio de Janeiro C
São Paulo D
Porto Alegre E
Brasília F
Manaus G
Dentro destas regiões delimitadas pelo espaço aéreo superior e inferior existem inúmeras
áreas de espaço aéreo controlado, a saber:
- Zona Controlada (CTR) – é um espaço aéreo do solo até uma altitude específica
ou nível de vôo, que através do serviço de controle de tráfego aéreo (ATC) fornece
assistência a todos os vôos conduzidos sobre IFR, ou SVFR em alguns casos.
- Área Controlada (CTA) – é um espaço aéreo que se extende de uma altitude
específica ou nível de vôo até um limite superior de vôo. Um espaço aéreo desse tipo
quando estabelecido próximo a um aeródromo é conhecido como TMA-Área de
Controle Terminal.
Uma “airway” é uma corredor CTA, isto é, uma área controlada. Uma “airway”
identificada por uma letra e um número tem uma largura de 8km para cada lado em linha
reta entre dois lugares em um limite vertical específico. Por exemplo: A1 FL65-FL245,
quer dizer que esta “airway”está a uma altitude entre 6500pés e 24.500pés.
- A área é controlada pelo ACC (Centro de Controle de Área) ou pelo APP (Controle de
Aproximação)
O FIS, ADA e AS também são controlados pela ACC e/ou APP e/ou TWR
Para atrair a atenção na busca de uma aeronave, tem alguns sinais que devem ser
reconhecidos por todos:
- precisa de assistência: V
- precisa de ajuda médica: X
- indo nesta direção:
- sim: Y
- não: N
1.10 ALGUMAS DEFINIÇÕES
Aeródromo: Área definida sobre a terra, água ou área flutuante, destinada à chegada,
partida e movimentação de aeronaves.
Aeroporto: Aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio de
operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.
Aeronave: Todo aparelho manobrável em vôo, capaz de se sustentar e circular no
espaço aéreo mediante reações aerodinâmicas e capaz de transportar pessoas ou
coisas.
Altitude: Distância vertical de um nível, num ponto ou objeto considerado como ponto,
medido a partir do nível do mar.
Altura: Distância vertical de um nível, ponto ou objeto considerado como ponto, medida a
partir de determinada referência.
Área de Controle Terminal: área de controle situada geralmente na confluência de rotas
de Serviços de Tráfego Aéreo e nas imediações de um ou mais aeródromos.
ATZ: Zona de Tráfego de Aeródromo; Espaço aéreo de dimensões definidas estabelecido
em torno de um aeródromo para proteção do tráfego desse aeródromo.
Notam: Aviso que contém informações relativas ao estabelecimento, condição ou
modificação de qualquer instalação aeronáutica, serviço procedimento ou perigo, cujo
conhecimento seja indispensável para o pessoal encarregado das operações de vôo.
Piloto em Comando: Piloto responsável pela segurança da aeronave durante o tempo de vôo.
Transponder: Transmissor-receptor de radar secundário de bordo que,
automaticamente, recebe sinais de rádio dos interrogadores de solo e que, seletivamente,
Os comentários descritos abaixo, são, bem como sua anotações, interpretações da lei.
Cabe lembrar, que esta lei foi feita, basicamente, para as aeronaves de controle lateral de
vôo, mais pesadas que o ar e que necessitam de apoio de aeródromos (aviões,
helicópteros, etc...), portanto, em alguns aspectos, não cabe a interpretação literal para
balões.
Tal prerrogativa é confirmada pela tolerância sobre infrações de determinadas regras de
aviação.
Boa parte das autoridades aeronáuticas tem idéia, ou conhecem, as particularidades do
vôo de balão, tolerando então, boa parte das infrações, chegando a certos casos, que
obrigam a não observância de determinadas regras para preservar a segurança do vôo.
É o caso da Altitude mínima de 500 pés, que muitas vezes somos obrigados a
desrespeitar. Tal desrespeito não configura ilícito aeronáutico, e sim exceções, pois em
certas regiões do país, os NOTAMs para balão só são liberados para vôo até 500 pés.
Tais exceções variam muito conforme o local e a época do vôo.
Cabe portanto ao piloto de balão conhecer não apenas as regras de trafego aéreo, mas
também as condições do local de vôo, e as autoridades locais, para realizar um vôo
seguro e correto.
“Art. 16. Ninguém poderá opor-se, em razão de direito de propriedade na superfície, ao
sobrevôo de aeronave, sempre que este se realize de acordo com as normas vigentes1.
§1º. No caso de pouso de emergência ou forçado2, o proprietário ou possuidor do solo
não poderá opor-se à retirada ou partida da aeronave, desde que lhe seja dada garantia
de reparação do dano.
§2º. A falta de garantia autoriza o seqüestro da aeronave e a sua retenção até que aquela
se efetive.
§ 3º. O lançamento de coisas, de bordo de aeronave, dependerá de permissão prévia de
autoridade aeronáutica, salvo caso de emergência, devendo o Comandante proceder de
acordo com o disposto no artigo171 deste Código.
§4º. O prejuízo decorrente do sobrevôo, do pouso de emergência, do lançamento de
objetos ou alijamento poderá ensejar responsabilidade. 34
No caso de pouso forçado, ou de emergência, o proprietário, ou quem toma conta do
local, não poderá impedir a retirada do balão, ou que ele saia voando, desde que não
haja danos.
1
A autoridade aeronáutica é quem pode opor-se a sobrevôo de determinadas áreas. O proprietário da terra não tem este
direito, pois quem controla o ar é a aeronáutica. Porém, para isso, o balão deverá respeitar as normas da aviação.
2
Pane seca, vazamento no maçarico, avarias no envelope, ou qualquer outra coisa que põe em risco o vôo,
ou os tripulantes. Não cabe para troca de passageiros.
3
Alijamento – lançamentos de coisas do balão, por motivo de segurança ou emergência. Ex.: cilindro que
não consiga estancar um vazamento; jogar peso fora, quando em pane seca, para prolongar o vôo até o
pouso em um lugar seguro, etc...
4
ver comentários ao artigo 268.
Elaborado por George Theodoro Ary 25
Importante ressaltar que proprietário não é obrigado a permitir a entrada do carro de
resgate, portanto, dentro da razoabilidade, o piloto pode ser obrigado a retirar o balão na
mão, mas não poderá ser impedido de fazê-lo, a não ser que seu balão, algum tripulante
ou alguém da equipe causou danos a propriedade.
Se houver dano, o piloto terá que paga-lo, ou dar uma garantia que o fará, sob pena de
não poder retirar o balão.
5
No balonismo, o termo explorador deverá se referir, em geral, ao piloto em comando, responsável pelo
vôo, mesmo que este vôo não tenha fins lucrativos.
6
Em caso de vôo turístico em balão, quando legalizado, o explorador será o proprietário do balão ou quem o
use (diretamente ou por meios de pilotos contratados).
7
O proprietário da aeronave será reputado explorador, até prova em contrário, se o nome do explorador não
constar no Registro Aeronáutico Brasileiro.
8
Cabe ressaltar, que prevalece a responsabilidade do explorador quando a aeronave é pilotada por seus
prepostos, ainda que exorbitem de suas atribuições. ( conf. § 1º do artigo comentado).
9
O balão está em vôo desde o momento que se desprende da superfície até o momento que retorna ao
solo.
10
No caso do balão cabe como manobra as operações de inflagem e desinflagem.
11
O objeto não precisa ser jogado do balão, bastando que dele caia e cause dano, mesmo que
acidentalmente.
Elaborado por George Theodoro Ary 26
“Art. 302. A multa12 será aplicada pela prática das seguintes infrações”
I – infrações referentes ao uso das aeronaves:
13
a) utilizar ou empregar aeronave sem matricula;
b) utilizar ou empregar aeronave com falsas marcas de nacionalidade ou de
14
matrícula , ou sem que elas correspondam ao que consta do Registro
15
Aeronáutico Brasileiro – RAB ;
c) utilizar ou empregar aeronave em desacordo com as prescrições dos
16
respectivos certificados ou com estes vencidos;
d) utilizar ou empregar aeronaves sem os documentos exigidos ou sem que
17
estes estejam em vigor;
e) utilizar ou empregar aeronave em serviço especializado, sem a
necessária homologação do órgão competente;
f) utilizar ou empregar aeronave na execução de atividade diferente da
daquela para a qual se achar licenciado;
g) utilizar ou empregar aeronave com inobservância das normas de tráfego
aéreo, emanadas da autoridade aeronáutica;
18
h) introduzir aeronave no País, ou utilizá-la sem autorização de sobrevôo;
i) manter aeronave estrangeira em Território Nacional sem autorização ou
19
sem que esta haja sido revalidada;
j) alienar ou transferir, sem autorização, aeronave estrangeira que se
encontre no País em caráter transitório, ressalvados os casos de
execução judicial ou de medida cautelar;
k) transportar, ciente do conteúdo real, carga ou material perigoso ou
proibido, ou em desacordo com as normas que regulam o trânsito de
20
materiais sujeitos a restrições;
21
l) lançar objetos ou substâncias sem licença da autoridade aeronáutica ,
22
salvo caso de alijamento;
m)
n) recuperar ou reconstruir aeronave acidentada, sem a liberação do órgão
2324
competente ;
o) realizar vôo com peso de decolagem ou número de passageiros acima
dos máximos estabelecidos;
p)
12
Prevista originalmente no art. 299 do mesmo Código, com valor até 1.000 (mil) valores de referência.
13
Utilizar balão que não possui prefixo, ou que não tenha seu prefixo fixado e legível no velame do balão.
14
Prefixos falsos, inventados, que na verdade não existem
15
Prefixos adulterados, chamados “Dubles”, que na verdade se referem à outras aeronaves, em atividade ou
não. Cada prefixo só corresponde a uma única aeronave, independente dela estar no uso ou não.
16
Existem certificados que definem normas de utilização, ex.: exclusividade de piloto.
17
É necessário voar com os documentos do balão a bordo, e em dia. (CME, CAV,RIAM, Seguro)
18
É necessário a autorização do órgão competente, tal autorização tem prazo de validade, podendo e
devendo ser revalidado.
19
Para longa estada de balão no país, aconselha-se sua importação, matriculando-a no Brasil.
20
Existem materiais perigosos que não podem ser transportados nem mesmos em balões. Materiais
proibidos, alem da multa, pode ser considerado crime pelo Código Penal.
21
Alem da multa, existe a responsabilidade do piloto por eventuais danos à propriedades. Ver comentário ao
artigo 268
22
Alijamento – lançamentos de coisas do balão, por motivo de segurança ou emergência. Ex.: cilindro que
não consiga estancar um vazamento; jogar peso fora, quando em pane seca, para prolongar o vôo até o
pouso em um lugar seguro, etc...
23
Quando acontece um acidente, é aberto um inquérito. Não se pode recuperar ou reconstruir uma
aeronave acidentada, sem a liberação, para não atrapalhar o inquérito.
24
Como por exemplo: na corda da coroa.
Elaborado por George Theodoro Ary 27
q) realizar vôo com equipamento para levantamento aerofotogramétrico,
sem autorização do órgão competente;
r) transportar passageiros em lugar inadequado da aeronave;
25
s) realizar vôo sem o equipamento de sobrevivência exigido;
t)
u)
v) realizar vôo solo para treinamento de navegação sendo aluno ainda não
habilitado para tal;
w) operar aeronave com plano de vôo visual, quando as condições
meteorológicas estiverem abaixo dos mínimos previstos para esse tipo
26
de operação ;
x)
y) operar radiofreqüências não autorizadas, capazes de causar
interferência prejudicial ao serviço de telecomunicações aeronáuticas.
25
Extintor e kit de primeiros socorros
26
Só se pode voar de balão com condições de vôo visual, todo piloto precisa conhecer tais condições.
27
Documentos de habilitação: Breve, CCF, Identidade
Documentos do Balão: CAV, CME, RIAM, Seguro
Equipamentos de sobrevivência (balão): extintor, kit de primeiros socorros
28
Ë dever de quem vende informar a venda, e dever de quem compra atualizar o registro para o seu nome.
Elaborado por George Theodoro Ary 28
III – para exame dos certificados e outros documentos indispensáveis;”
As autoridade aeronáuticas, fazendárias ou da polícia Federal poderão deter
o balão para conferir a documentação (CAV, CME, Seguro, Riam)
independentemente notificação prévia. É dever do proprietário do balão manter tal
documentação em ordem e em dia, e é dever do piloto do balão voar com a
documentação a bordo, pois são documentos de porte obrigatório.
‘Art. 305. A aeronave poderá ser interditada:
I – nos casos do artigo 302, I, alíneas “a” até “n; II, alíneas “c”......”
“Art. 306. A aeronave interditada não será impedida de funcionar, para efeito
de manutenção.”
2.1.1 Introdução
O piloto em comando (PIC) é o responsável por todas as fases de um vôo, que vai desde
a escolha de um bom local de decolagem até um pouso final seguro. O piloto deve estar
familiarizado com o seu equipamento, seus sistemas e os sistemas operacionais normais
e de emergência.
São usados cabos de aço inox para conectar o conjunto do cesto às fitas de carga do
envelope. Outros balões usam cordas de kevlar como conexão.
Tarugos são estruturas rígidas de PVC para segurar os maçaricos ou conectar o cesto
ao envelope presos entre si através de mosquetões de 3000kg de resistência, ao qual
também poderá se conectar o envelope diretamente, ou através de um mosquetão para
cada canto.
O cesto leva o sistema de abastecimento e seus tripulantes. A maioria dos cestos são
construídos de rattan, junco ou vime com uma base de madeira ou vime.
Os maçaricos são controlados por uma válvula blast, que é uma válvula de acionamento
rápido, que no liga-desliga é usada nos pré-vôos para inflagem dos balões, nas subidas,
descidas, manutenção de altitude e pousos. A melhor econômia de combustível em
altitude de vôo se dá quando a válvula blast é acionada durante 5 segundos em intervalos
regulares de 60 a 90 segundos em média. A serpentina do maçarico servepara vaporizar
o propano.
A maioria dos maçaricos usa uma pequena "chama piloto" para dar ignição à chama
principal da válvula. A chama piloto é acionada através de um isqueiro, fósforo ou outros
instrumentos que provoquem uma faísca. A orientação para a maioria dos balões é ter a
bordo pelo menos duas outras formas de ignição da chama piloto. Outros balões já tem
embutido no maçarico um sistema automático chamado de piezo.
2.1.4 PROPANO
Quase todos os balões usam o propano como combustível. Durante os vôos de
treinamento os pilotos deverão se acostumar a manusear os cilindros, seu
reabastecimento, os seus testes e manutenção do sistema.
O vapor de propano é muito frio e o gás líquido é congelante, por isso os pilotos devem
tomar muito cuidado para evitar queimaduras congelantes, especialmente, durante os
reabastecimentos e transferência de propano. Tudo que se pode usar, deve ser usado
para checar corretamente eventuais vazamentos de gás. O propano tem cheiro, você
pode ouvir o ruído do propano vazando, você pode sentir o vazamento, o propano é
gelado, e, finalmente, você pode ver, pois o seu vapor é branco. Como o propano é um
refrigerante, o congelamento pode ser um sinal de vazamento, mas formação de gelo do
lado de fora de um cilindro também pode ser causado por uma baixa quantidade de gás
no cilindro ou por um tubo interno quebrado, provocando a saída de vapor ao invés de
líquido do tanque.
O propano se obtém através do gás natural e do petróleo. O propano usado
comercialmente é composto por 80% de propano e 20% de butano. O propano puro é
composto por 96% de propano e 04% de butano. A sua simbologia química é de 3
átomos de carbono e 8 átomos de hidrogênio. Encontra-se propano no mercado a preços
bem razoáveis, e ele é limpo e leve. Ele pesa aproximadamente 500g/l(0,508kg/dm3. O
propano entra em ebulição à baixas temperaturas (- 42oC ou –44oF), por isso que ele tem
uma pressão natural que o move do tanque para o maçarico sem uma bomba especial. A
pressão do propano está diretamente relacionada à temperatura. O propano deve ser
mantido a uma temperatura de -1oC a 32oC ou 30oF a 90oF para a seu melhor
desempenho em Btu, por isso em locais frios é muito importante que os tanques sejam
Elaborado por Rubens Rosdon Kalousdian 32
pré-aquecidos. Em climas extremamente frios, é necessário acrescentar ao gás propano
o nitrogênio com o etano para aumentar a pressão. Por outro lado, quando após um vôo
se deixa o balão ao sol durante um dia quente, o gás retido nas mangueiras expande e
causa ruptura nas mesmas. As mangueiras devem ser sempre esgotadas após cada vôo.
A mangueira que alimenta a chama piloto com vapor de gás resiste a uma pressão de até
15 atmosferas. A mangueira que leva o gás líquido até a serpentina do maçarico deve ter
uma resistência de pressão de no mínimo 170 atmosferas. Quando os cilindros são super
aquecidos, a válvula de segurança abre automaticamente quando o limite permissível de
27 atmosferas de pressão for atingido. Como o propano é mais pesado que o ar, os
cilindros não devem ser reabastecidos em um trailer fechado ou dentro de cesto ou pick-
ups. A transferência de gás entre cilindros é mais fácil e rápida, quando o cilindro cheio
estiver mais quente, aumentando assim a diferença de pressão entre eles. A forma
correta de transporte dos cilindros com relação a segurança é colocando-os em pé,
porque dessa forma diminuimos a movimentação do líquido e se a válvula de segurança
entrar em funcionamento saírá apenas vapor de gás.
A faixa de pressão do gás propano ideal para ser utilizado com segurança nos vôos de
balão é de 03 a 08 atmosferas. A pressão de um cilindro completamente cheio de gás
líquido aumenta 1 atmosfera para cada grau de aumento da temperatura ambiente.
Vocês vão perguntar porque não podemos usar o butano. É fácil. Para os maçaricos
modernos o butano tem um ponto de ebulição alto e não tem pressão suficiente em
climas frios.
1. Tempo e Ventos:
Considerar o terreno e o vento predominante e como isso poderá afetar a sua operação
durante a inflagem, decolagem, vôo e pouso.
3. Acesso:
Sempre deverá ter uma permissão para uso do local se for particular ou público restrito.
4. Espaço Aéreo:
O piloto deverá sempre consultar uma carta aeronaútica ou a entidade protetora local,
chamada de SRPV para se informar de qualquer restrição ou exigência em termos de
comunicação na vizinhança.
5. Locais de Pouso:
Não haverá uma excelente decolagem se não houver uma bom local de pouso.
Uma inspeção pré-vôo deverá ser conduzida antes de cada vôo. Esta inspeção irá passar
por evoluções mediante o seu grau de experiência. O sistema de abastecimento deverá
ser checado antes de cada vôo. Os instrumentos devem ser testados logo antes da
decolagem. Anexo temos dois exemplos de um checklist, mas cada piloto consciente
deverá desenvolver o seu próprio de acordo com o seu tipo de balão.
Documentos: completos
Cesto: itens soltos devidamente presos, corda de resgate devidamente presa, capacetes
disponíveis, bolsa para o envelope, acendedores,luvas para todos os ocupantes, extintor,
mapas, instrumentos e estojo de primeiros socorros.
Instrumentos:
Altímetro: acertado
Termômetro: dentro dos limites
Variômetro: a zero
1. Coloque o saco do balão no chão com a sua abertura voltada para o cesto.
3. Coloque os 04 cilindros dentro do cesto, sendo os dois com válvula piloto para frente
que vai deitar ao chão e os dois padrão para trás. As válvulas dos cilindros devem estar
se olhando.
4. Prender os cilindros com as oitos cintas de forma a não se moverem em pouso com
ventos fortes.
6. Colocar o maçarico sobre os tarugos com a ajuda de mais uma ou duas pessoas.
10. Colocar dois ignitores, corda de resgate e capacetes (um para cada passageiro).
13. Abra a válvula líquida do cilindro 1/8 do giro e cheque por vazamentos.
15. Cheque a pressão do gás (70 PSI no mínimo). Cheque por vazamentos e depois
feche tudo de novo.
16. Abra a válvula de vapor 1/4 do giro apenas, cheque por vazamentos e depois feche
tudo de novo.
18. Deite o cesto ao chão com o maçarico e prenda-o a um ponto fixo, através de um
desengate rápido, que poderá ser o carro de resgate ou outro lugar resistente. Se você
for fazer uma apresentação cativo, deverá ancorar o balão com duas cordas em forma de
V na direção principal do vento e uma terceira na direção oposta.
19. Abra o saco do envelope e conecte os cabos de aço ao quadro do maçarico através
de mais 04 mosquetões.
21. Tire o envelope do saco puxando com mais duas pessoas em linha reta na direção do
vento.
22. Guarde o saco do envelope dentro do cesto, para pousos em que a equipe demore
para te achar.
23. Puxe o envelope pela fita de carga horizontal do equador e depois pelas fitas de
carga verticais limítrofes do scoop. Objetivo é deixar o tecido bem esticado na parte
inferior e superior.
24. Brife duas pessoas para ficar na boca do balão para que se inicie a inflagem a frio.
26. Ligue o ventilador. Estude bem o tipo do seu ventilador, cuja finalidade é inflar o
envelope e refriar a boca durante a ação do maçarico.
27. Prenda a corda do tape vermelha ao tarugo direito inferior ou ao lado direito do
maçarico.
31. Deixe já uma pessoa encarrega pela corda da coroa e na hora apropriada segurar o
balão por esta corda da coroa oferecendo resistência para ele subir bem inflado a frio e
principalmente a quente.
32. Cheque todo o tecido do balão por rasgos ou outros eventuais danos.
33. Cheque todo o envelope para ver se não tem mais tecido de um lado do que do outro
para permitir uma inflagem sossegada. Importante, o envelope sempre deverá estar
centrado.
34. Instrua sua equipe para a inflagem a quente. Sempre usar luvas, manga comprida,
rosto no sentido oposto ao fogo e por trás do tecido. O tecido que fica na boca é o
nomex, tecido quase aprova de fogo na dependência da intensidade e tempo de
exposição a chama.
35. Abra as válvulas de vapor dos cilindros a 1/4 do giro. Abra totalmente as válvulas de
líquido dos cilindros e volte 1/4 do giro. Ligue as chamas pilotos dos maçaricos. Realinhe
o ventilador para o lado esquerdo da boca do balão. Levante o maçarico e direcione a
chama levemente a esquerda da boca. Sinalize a equipe da boca do balão com um "OK"
para dar início a inflagem a quente.
37. Dê queimadas curtas, com pausas apropriadas, até o envelope começar a subir, mas
sempre atento a equipe.
38. Queimadas podem ser mais longas, mas nunca mais que 3 a 5 segundos , assim que
a boca abrir mais e mais e o envelope subir.
39. Quando o cesto estiver a 45o do chão, coloque uma perna dentro do cesto.
41. Continue com as queimadas curtas, com as pausas, até o envelope estar vertical,
cheio e em equilíbrio com o piloto dentro.
43. Puxar a corda vermelha do tape para livrar o mesmo dos velcros.
O contato com a rede elétrica é extrememente perigoso e pode ser fatal. Deve ser evitado
de qualquer modo. Se, no entanto, este contato for inevitável, acione o paraquedas para
assegurar que o cesto esteja o mais próximo possível do solo e desligue o combustível.
Ao sair do cesto evite tocar em partes metálicas. Evite, também, o contato do corpo, ao
mesmo tempo, com o solo e partes do Balão. Não tente resgatar o Balão até que
autoridades responsáveis pela rede elétrica tenham sido acionadas e autorizem a retirada
do Balão.
Desligue o gás. Apague o fogo com o extintor. Identifique a causa e decida se é possível
ligar o queimador novamente. Se isso não for possível, faça um pouso forçado.
Feche o gás, exaurindo as mangueiras (se der tempo) e desligue a chama piloto.
Em caso de super aquecimento, descer até uma altitude mínima, mantendo pequena
variação de subida e descida. Se a temperatura continuar alta, pousar o mais breve
possível.
Se o queimador for duplo, triplo ou quádruplo ou se a falha não for um vazamento externo
em uma válvula do queimador simples, passe o controle para o outro queimador ou outra
válvula, ventile e feche o lado que apresenta o defeito. Pouse o mais breve possível.
Se alguma válvula emperrar aberta, o seu fluxo pode ser controlado através da válvula do
cilindro.
Não use um cilindro como mestre, com o gás tirado de outro, a menos que o cilindro
mestre só esteja soltando vapor, pois a restrição prolongada de fluxo causa o
congelamento das válvulas.
Pouse assim que possível.
2.6.1 MANUTENÇÃO.
A - GENERALIDADES.
A manutenção de um Balão a Ar Quente moderno é relativamente simples se comparada
àquela requerida por outros tipos de aeronaves.
O tratamento dado ao tecido danificado deve ser considerado em duas partes. O tecido
localizado abaixo do equador e acima do “nomex”, que pode ser reparado com menor
cuidado e com maior frequência do que o tecido instalado acima do equador.
Desde que as fitas de carga não tenham sido atingidas, é perfeitamente seguro voar um
Balão com buracos razoáveis nesta área inferior do tecido.
Reparos nesta região podem ser realizados por qualquer método que seja conveniente ou
seja disponível no momento, isto é, por meio de costura a máquina ou a mão, por fitas
adesivas ou pelos métodos descritos a seguir.
Normalmente os reparos nas fitas de carga devem ser feitos com fitas originais. As
extremidades da fita devem ser flambadas para evitar que desfiem e as junções devem
ser feitas da mesma maneira utilizada na construção do Balão.
F - CONJUNTO DE CORDAS.
A corda da coroa pode ser reparada com qualquer outra que seja confortável para
segurar.
A corda vermelha do paraquedas - cesto, que tem no seu interior um “kevlar” resistente
ao fogo, é instalada com uma reserva no seu comprimento, que por sua vez é
armazenada na forma de uma volta longa, na parte fixa dentro do envelope.
G.3 - NICOPRESS.
H.1 - MANGUEIRAS.
Se qualquer seção das mangueiras for danificada, elas devem ser desmontadas das
partes que interligam e substituídas por outras fornecidas pelos fabricantes e/ou
fornecedores desse tipo de mangueira.
Uma vez danificado, este tipo de engate não pode ser reparado, portanto, caso ocorra
algum problema com eles, devem ser substituídos por novos.
A manutenção exigida para este engate é uma aplicação regular de “spray” de silicone
em seus terminais.
A manutenção e reparo dos cilindros está limitada às conexões, que são comuns nos
cilindros de alumínio da Worthington e nos de aço inox da Cameron. Antes de remover
qualquer conexão que esteja parafusada ao cilindro, o mesmo deve ser completamente
esvaziado de seu propano líquido e ventilado à pressão atmosférica em área externa
segura.
Danos aos anéis superiores e inferiores podem ser tolerados desde que o corpo do
cilindro não tenha sido afetado e ainda exista a proteção necessária.
Se o cilindro sofrer uma leve distorção e a mesma puder ser reparada nas mesmas
condições em que ocorreu, então o cilindro ainda pode ser utilizado.
Para ajustar a chama piloto, desaparafuse a trava e acione o registro para dentro ou para
fora até que a chama se torne fixa. Cuidado para não deixar sair o registro. O ouvido logo
se acostuma com o ruído de uma chama piloto normal.
O soquete de engate rápido da Dynaquip deve ser regularmente lubrificado com um jato
curto de “spray’ de silicone. No caso de mau funcionamento, deve ser substituído.
J - CESTOS.
Quanto aos cabos de aço do cesto, veja o item 1.5.2.
Se um cesto ficar sujo de lama, poderá ser escovado e, as vezes, lavado com uma
mangueira de pressão, cuidando para que o acabamento da parte superior não seja
molhado. Caso este acabamento fique molhado, deve ser rápidamente seco de maneira
cuidadosa.
Sempre deixá-lo secar bem antes de colocar em local fechado, para não criar mofo e
estragar a madeira e o vime.
Elaborado por Rubens Rosdon Kalousdian 44
K - INSTRUMENTOS.
A - QUALIFICAÇÃO.
Uma inspeção anual ou uma inspeção a cada 100 horas de vôo, o que ocorrer primeiro é
exigida para assegurar a aeronavegabilidade do Balão a Ar Quente.
Esta inspeção deve ser efetuada em uma Oficina Homologada pelo D.A.C. para reparo e
manutenção e/ou deve ser feita por profissionais devidamente qualificados e/ou
credenciados.
B - ROTEIRO DE INSPEÇÃO.
ANTES DA INSPEÇÃO:
APÓS A INSPEÇÃO:
- Registre toda e qualquer manutenção que se fez necessária. Faça um relatório sumário
do serviço e assine após a execução dos serviços efetuados.
C - CILINDROS
É exigida uma revisão interna e um teste de pressão hidrostática dos cilindros a cada 10
anos a partir da data de fabricação. Se houver suspeita de qualquer dano maior, esse
trabalho deve ser repetido a cada 5 anos. A data de fabricação está estampada na borda
superior dos cilindros. Para uma revisão dessas, o cilindro deve estar vazio. Primeiro
sofre o teste hidrostático e depois a revisão interna.
Metanol deve ser adicionado aos cilindros de propano a cada inspeção anual para
absorver a água e prevenir a formação de gelo no sistema de abastecimento.
- O tecido deve ser colocado alinhado em duas garras na máquina de tração, de modo
que os mesmos filamentos do tecido sejam submetidos à tração em cada garra.
- Se o tecido suportar entre 9,5 Kg e 13,6 Kg de tração, ele pode ser aceito como
aeronavegável, nas seguintes condições:
a) - carga máxima de 141 lb/1.000 pés3.
b) - não voar em turbulência.
c) - repetir o teste de tração a cada 50 horas de vôo, ou anualmente, o que ocorrer
primeiro.
- Se o tecido suportar menos que 9,5 Kg de tração, todo o tecido nestas condições deve
ser substituído e o envelope reinspecionado, antes de uma renovação do Certificado de
Autorização de Vôo (C.A.V.).
No dia a dia a gente não consegue imaginar como pesar o ar, mas se fosse possível
pegar um metro cúbico de ar e colocá-lo em uma balança e no outro lado colocar um
metro cúbico de vácuo. Para equilibrar o peso deles teríamos que colocar um peso
adicional de 1,225kg no lado do vácuo. Isto quer dizer que 1m3 de ar pesa 1,225kg.
Imagine agora o ar como sendo um líquido ou fluído, isto é, o balão sendo um objeto
boiando neste líquido. Para estar em equilíbrio o objeto deve pesar a mesma coisa que o
líquido que estava ocupando o espaço do objeto. Se não tivesse nenhuma outra
interferência sobre o objeto, ele ficaria estacionado suspenso no líquido. Um objeto que
pesar menos do que a quantidade de líquido que ele move ou ocupa irá portanto subir, ao
contrário, se ele for mais pesado irá descer, e ficar no fundo do líquido ou recipiente.
Vamos fazer um exemplo com balão a ar quente. Imagine um balão de 2000m3 pesando
200kg. Seu peso total seria, portanto, o peso do balão + o peso do ar que ele leva dentro
do envelope.
= 200 kg + 2450 kg
= 2650 kg
O peso de 2450 kg que equivale ao peso do ar movido do lugar para que o envelope
possa ocupar o seu espaço não seria suficiente para voar. Para ele poder voar teríamos
que colocar algo mais leve que o ar, assim ele pesaria menos e poderia flutuar. Podemos
para isso enchê-lo de gás como o hidrogênio ou hélio. Um método alternativo seria
aquecer o ar dentro do envelope. O ar aquecido se expande e esta expansão manda ar
para fora do envelope. Uma vez que o excesso de ar de 200kg que corresponde ao peso
do envelope tenha sido expelido, o envelope irá conseguir flutuar no ar envolta. O
envelope ainda contém o mesmo volume de ar, só que menos denso, isto é, mais fino.
Ele pesa menos por m3. Quanto mais quente o ar menor será a sua densidade. Se
continuarmos a aquecer o envelope, então mais ar sai de dentro dele então o balão fica
mais leve que o ar,cujo espaço ele está ocupando, podendo assim subir. Há uma
desvantagem neste método, que é a dissipação contínua do ar quente para fora e o
restante do ar esfria e se contrai, além de mais ar frio estar entrando no envelope. Isto
resulta na perda da sustentação. Quanto mais o ar interno esfria, mais rapidamente o
balão desce. Mas existe uma solução fácil para superar este problema. Repetidos
aquecimentos, manterão o ar dentro do envelope expandido e o balão em equilíbrio
flutuando. Foi assim que se desenvolveu o queimador a base de propano que consegue
controlar a temperatura do ar dentro do envelope durante o vôo.
Existem outros fatores que influenciam a capacidade de carga de um balão. Estes fatores
são a temperatura e a pressão do ar. Ambos afetam diretamente a densidade do ar ao
nosso redor, por isso o peso de um volume específico de ar não é uma constante.
Os dois fatores, a temperatura e a pressão do ar, afetam o peso de 1m3 de ar. Portanto,
isto afeta o volume total de ar a ser movido pelo envelope até que o equilíbrio seja
atingido. A temperatura e a pressão diminuem com a altitude. Assumindo-se que a
temperatura interna do envelope seja constante, poderemos considerar que a cada queda
de temperatura na altitude e compensada na queda da pressão, isto é:
mas
Antes de qualquer vôo de balão temos que calcular a sua capacidade de carga para
evitar uma sobrecarga e que o balão tenha uma margem de segurança para levar a
equipe, se for o caso, e o combustível necessário para o vôo. Se você sobrecarrregar
o balão, ele poderá ainda voar, mas as custas de um aumento da temperatura interna
acima do limite de segurança do tecido. A maioria dos balões foram padronizados
para suportarem uma temperatura na coroa de 100oC. Temperaturas acima desta,
não importa por quanto tempo irão causar uma deterioração do tecido. Obviamente,
as temperaturas mais altas ocorrem no 1/3 superior do envelope, e é na coroa que a
primeiras deteriorações do tecido são encontradas.
Repetindo, mais uma vez, antes de cada vôo, todo o peso que se pretende levar a bordo
deve ser calculado para garantir que não serão ultrapassados os limites de segurança
para um volume de balão específico. Caso contrário, poderá ocorrer superaquecimento
do tecido. Esta tarefa parece ser penosa para um estudante a piloto de balão, mas se
torna muito simples com a prática.
Estes números dão a capacidade total de carga do balão. Portanto, para você saber
quanto, realmente poderá levar deverá descontar da capacidade de carga bruta o peso
do balão vazio.
Para você poder facilmente converter as unidades, que são na maioria de origem inglesa
use o seguinte:
- libras para quilogramas multiplique por 0,4536
- quilogramas para libras multiplique por 2,2046
Existe um método alternativo para se calcular a capacidade de carga bruta pelo mesmo
Quadro de Carga, mas só que considerando dessa vez com a temperatura na altitude
máxima de vôo permitida para o seu tipo de balão.Se a temperatura não puder ser
fornecida por uma estação meteorológica, subtraia, então, dois graus para cada 1000pés
de altitude da temperatura ambiente no local de decolagem.
Como a maioria das decolagens é feita em manhãs frias, use sempre cálculos de carga
baseados em temperaturas esperadas para o meio da manhã ou deixe uma boa margem
de segurança abaixo do peso máximo permitido.
Exemplo:
Calcule a capacidade de carga de um balão de 2.200m3 ou 77.000pés3.
1. Siga a linha de +20oC do eixo horizontal verticalmente até a curva que representa o
nível do mar.
2. Depois, siga até a altitude máxima de vôo, que é 10.000pés.
3. A partir daí, siga horizontalmente até o eixo vertical e leia o valor de carga permissível
por 1000pés3.
4. Você vai achar o valor de 15lb ou 6.8kg por 1000pés3.
Ou
Ou
Carga:
Menos 04 cilindros de gás propano cheios pesando cada 70lb ou 32kg 755lb 344,58kg
280lb 128,00kg
------- ------------
475lb 216,58kg
Menos equipamentos extras(capacetes, mapas, máquina fotográfica) 10lb 4,50kg
------- -----------
465lb 212,08kg
Menos piloto de aprox.165lb ou 75kg 165lb 75,00kg
------- -----------
Carga Livre para Passageiros 300lb 137,08kg
Neste exemplo, dá para ver que um balão de 2.200m3 ou um balão de 77.000pés3 pode
ainda levar mais dois passageiros de 68kg ou 150lb.
Um piloto que voa regularmente o mesmo balão, poderá economizar tempo nos cálculos
adicionando o seu peso ao dos seus cilindros e outros equipamentos que ele
normalmente carrega consigo ao peso do balão vazio. Este valor deverá ser usado antes
de cada vôo para cálculo da Carga Livre para levar a sua equipe ou passageiros.
A experiência é o único guia prático para este caso, sendo necessário, para isso,
conhecer bem as características de seu Balão. Voe abaixo da carga recomendada,
especialmente em clima frio.
3.7.1 ASCENÇÃO
Para fazer um balão subir deve-se aumentar a temperatura interna do envelope. A melhor
forma de aumentar a temperatura é dar maçaricadas curtas e frequentes do que uma
longa, que poderá facilmente provocar um superaquecimento do tecido. Para continuar
subindo basta apenas continuar aumentando a temperatura. Em uma ascenção rápida
cuidados especiais devem ser tomados para não exceder a razão máxima de subida do
balão. Esta razão máxima você achará nos Limites Operacionais do Manual do fabricante
de seu balão.
Por causa do retardo na adição de calor e na correspondente resposta, será necessário
um pouco de prática para aprender a nivelar o balão na altura desejada. A razão de
subida precisa ser reduzida antes de se atingir a latura desejada.
Diminuir a razão de subida é obtida através da diminuição da temperatura interna do
envelope. Maçaricadas mais curtas ou maiores intervalos entre elas, parar de maçaricar
ou puxar o tape por alguns segundos , todos irão diminuir a razão de subida. O método a
ser usado depende da razão de subida e a que velocidade você deve chegar na altura
desejada para nivelar.
3.7.2 DESCIDA
Esfriar o balão irá provocar a sua descida. Uma descida gentil é obtida deixando-se de
esquentar o balão e ele vai esfriando naturalmente. Você poderá conseguir isso parando
de aquecer o balão, aumentando o intervalo entre as maçaricadas ou dando maçaricadas
bem curtas. Uma descida gentil é mais controlável, pois será mais fácil e rápido nivelá-lo.
Uma descida rápida pode ser feita deixando-se sair ar quente pelo tape. Isto permite que
novo ar mais frio entre rapidamente pela boca do balão. Não é necessário segurar a
corda do tape por mais de 5 segundos. Se não aplicarmos calor, a razão de descida irá
acelerar até que o balão atinga a sua “razão fria de descida”. Neste ponto o balão ainda
bem cheio, mas o ar interno está quase a temperatura ambiente. Nesta hora a orientação
fica mais difícil, pois o balão irá começar a girar.
Se o piloto estiver praticando está descida rápida a frio, ele deverá tomar todas as
precauções necessárias para recuperar o balão tempo, e para isso não poderá exceder
500ft/min ou 2,8m/s abaixo de 500ft de altura em relação ao solo.
3.8.1 INTRODUÇÃO
Os pilotos devem estar atentos a certos aspectos de um vôo de balão que podem causar
reações fisiológicas adversas e indesejáveis aos humanos. O principal desses efeitos são
os causados por operações em elevadas altitudes. A maioria dos vôos ocorrem a baixas
altitudes onde estes efeitos não são encontrados, mas você poderá ter em seus planos
bater algum record de altura, sendo assim, é importante conhecer alguns aspectos.
Também devem ser considerados os aspectos mais corriqueiros desse tipo de atividade
tanto em vôo de balão, como na preparação do mesmo e no resgate de um balão em
áreas rurais.
Hipóxia resulta de uma baixa absorção do oxigênio pelo corpo. O início da hipóxia pode
se dar em uma altitude acima de 5000 pés MSL, variando de indivíduo a indivíduo e com
a circunstâncias.
Qualquer condição que provoque uma maior necessidade de oxigênio pelo corpo irá
aumentar a suscetibilidade à hipóxia. Fumar, idade, alcoolismo, envenenamento por
monóxido de carbono, excesso de peso, doença, febre, stress ou ansiedade, todos esses
demandam uma maior necessidade de oxigênio pelo corpo.
Além disso, diferenças individuais variam muito de uma pessoa a outra em termos de
qual é a mínima altitude para dar início aos sintomas de hipóxia. Se você esta planejando
um dia bater um recorde de altura, sugiro procurar especialistas na área para avaliar o
seu limite em câmaras de altitude.
Hipóxia pode ser prevenida evitando voar em elevadas altitudes sem um suplemento de
oxigênio. A maioria dos pilotos em boas condições físicas não vão sentir nada abaixo de
12.000 pés. No entanto, vôos noturnos, devido a dificuldade de visão a situação já
começa por volta de 5.000 pés e acima de 15.000 pés o desempenho deteriora
rapidamente.
Prevenção é a melhor ação contra a hipóxia, pois os sintomas são difíceis de reconhecer.
Para sua melhor proteção, sempre leve oxigênio suplementar quando voar acima de
10.000 pés do nível do mar durante o dia e acima de 5.000 pés do nível do mar para vôos
noturnos.
Esta condição pode ser prevenida, aguardando-se um tempo entre o mergulho e o vôo de
balão. Para vôos que não excedam os 8000 pés de altitude, um intervalo de 04 horas já é
suficiente. Se no mergulho foi necessário a descompensação ou se o vôo de balão for
superior a 8000 pés de altitude, sugerimos pelo menos 24 horas de espera.
Álcool afeta a coordenação e o julgamento entre o certo e o errado. Aos pilotos não é
permitido o vôo de balão sob a influência do álcool. O intervalo mínimo legal exigido é de
8 horas de qualquer tipo de ingestão de álcool da hora de decolagem.
Elaborado por Marina Posch Kalousdian 58
É lógico, que aos pilotos também não é permitido o vôo sob a influência de qualquer tipo
de drogas. Mesmo as drogas mais simples vendidas sem prescrição médica podem ter
efeitos indesejáveis. Anti-histaminas, tranquilizantes, pílulas de dieta tem sido citados
como causadores de acidentes em aeronaves nas estatísticas internacionais. A forma
mais segura de voar nesta situação é não usar nenhum tipo de remédio. Mas se
realmente precisar, entre em contato com um especialista e consulte-o sobre possíveis
efeitos em altitudes consideradas para vôos de balão.
Um piloto desorientado pode sentir que ele está derivando, ou subindo, ou descendo, ou
girando, quando de fato não está. Estas sensações podem ser desconfortantes e
confusas, mas normalmente passam logo. A melhor coisa a fazer em uma situação
dessas e procurar uma referência visual ou olhar para as indicações dos instrumentos. A
prevenção é não voar quando a visibilidade for fraca.
Os olhos se adaptam muito devagar à escuridão da noite. Eles precisam de pelo menos
30 minutos para se ajustarem. Luzes brancas fortes devem ser evitadas quando se
prepara para um vôo noturno, e as luzes sombreadas e o vermelho devem ser usados
durante um vôo desses.
Saúde Geral e Segurança. Os pilotos devem ser auto críticos sobre as suas condições
físicas de vôo. É de responsabilidade do piloto a sua volta ao solo quando alguma coisa
que o impossibilite de continuar na sua função de piloto. Na verdade, é ilegal voar um
balão se alguma dessas condições é sabida.
Voar de balão exige muito mais do que um controle sob o maçarico. O conhecimento sob
meteorologia e navegação são extremamente importantes para uma prática segura deste
esporte.
Discutir Teoria de Vôo no Balonismo, passa por estas etapas que são semelhantes a
qualquer atividade aerodesportiva e atinge seu ápice nas técnicas de pilotagem!
Conhecer e estudar meteorologia passa a ser uma matéria importante, pois as condições
meteorológicas são um fator limitante para a segurança da prática do Balonismo.
1. Nunca use qualquer lugar para decolagem sem a permissão do dono do terreno.
2. Sempre se assegure que não há animais nas propriedades adjacentes que possam se
assustar durante a inflagem, ou com o barulho do maçarico
3. Escolha sempre locais onde uma decolagem abortada possa ser feita com segurança
4. Procure um local que seja protegido, quando os ventos estejam entre 3-5 nós
5. O local deve ser de fácil para veículos
6. Se certifique que o local escolhida não possui nenhum tipo de obstáculo ou vegetação
que possa causar algum dano ao balão e equipamento!
7. Verifique onde ficam as árvores, linhas de forças e construções que devam ser
transpostos após a decolagem
Todo piloto tem a sua forma de arrumar seu equipamento! Não carregue peso
desnecessariamente e sempre peça assistência.
Certifique-se que os bujões estão bem presos antes de baixar o cesto do veículo e as
válvulas mestras estão posicionadas corretamente, ou seja, voltadas para dentro!
Os bujões com as conexões da válvula piloto deverão estar do lado que encostará no
chão.
O Quick-release lhe permitirá uma decolagem segura em condições calmas tanto quanto
em situações de vento. Este equipamento deve ser conectado sempre ante de iniciar a
inflagem a ar frio.
O uso do Quick-release também exigirá que você conheça bem o seu Balão e o efeito
dos false-lifts (decolagem em falso).
Antes de abrir o envelope, verifique novamente o local a frente do cesto onde abriremos o
balão, para ver se não galhos, objetos cortantes, árvores secas com ou sem espinhos
que possam rasgar o envelope.
Estique os cabos e segure o mosquetão que um dos 4 jogos de cabos. Não deixe
nenhum cabo cruzado, pois a tensão pode causar atrito e desgastá-los.
Uma pessoa deve estar ao mesmo tempo fechando o TAP do balão e checando se a
roldana não esta torcida.
Certifique-se que os velcros estão presos na ordem certa e as fitas superiores não
ficaram enroscadas.
Prepare o membro da equipe que irá fazer a coroa na inflagem a quente e os demais
membros que estão segurando a boca do balão.
Aproveite este momento para checar a corda do TAP e amarre-a em uma extremidade do
cesto, próximo à sua mão.
É importante que a parte debaixo da boca esteja junto ao chão para evitar que entre ar
embaixo do balão e levante o tecido. Desta forma evitamos que queimemos o tecido
acima do Nomex.
O Balão irá subir automaticamente e quando o balão obtiver sustentação suficiente, pare
de maçaricar e peça para quem estiver fazendo a coroa que faça o pêndulo e evite que o
balão bata do outro lado. Esta manobra é de extrema importância principalmente quando
os locais são apertados.
3.9.12 COMBUSTÍVEL
Durante o enchimento final do envelope, dê uma olhada na pressão do maçarico. Se
necessário troque por um cilindro mais cheio e com maior pressão!
3.9.13 OBSTÁCULOS
Apesar de termos observado o local de decolagem, sempre é bom relembrar os prováveis
obstáculos na hora da decolagem.
3.9.14 RESGATE
Após recolhimento de todo o material utilizado (ventilador, lonas, saco do balão), o
motorista da pick-up deve se preparar para partir.
Sempre que possível é preferível estar de costas para o pouso. Segure sempre em dois
pontos diferentes e nunca coloque pés ou mão para for a na hora do pouso! Fumar não é
permitido durante o vôo devido a proximidade dos cilindros de propano. Câmeras deverão
ter um lugar pré-determinado para serem guardadas na hora do pouso para evitar
acidentes e alguma quebra! Oriente os passageiros na hora da decolagem e coloque-os
em lugares onde eles não estarão interferindo na decolagem. Faça o mesmo
procedimento na hora do pouso!
Outro ponto importante é a necessidade de se tomar cuidado com os “ false lifts” e liberar
o balão antes da hora!
Uma vez que os balões só podem voar em condições meteorológicas visuais (VMC -
Visual Meteorologic Conditions), portanto, entre o nascer e o pôr do sol, estes horários
devem ser conhecidos e obedecidos, sendo encontrados diariamente nas previsões
meteorológicas dos jornais, sem maiores problemas
A - INTEGRANTES
Geralmente, os balões utilizados no Brasil, para vôos de lazer e competição, têm entre
2.200 m³ e 3.000 m³ de volume, podendo ser operados por 4 ou 5 pessoas, incluindo o
Piloto. Desta forma, é necessária a presença de mais 3 ou 4 membros da Equipe de
Apoio, para os quais deve-se prever transporte (no caso de pick-up cabine simples),
roupas adequadas (de tecido não sintético), luvas, etc.
Assim sendo, sua participação não está restrita ao dia do vôo. Muitas vezes os membros
da Equipe se encarregam de alguns itens da preparação para o vôo.
Decidindo-se pela realização de um vôo seguro, o Piloto deve fazer um briefing para a
Equipe de Apoio, contendo, basicamente :
função de cada membro da Equipe durante a inflagem (boca, coroa, ventilador, etc.),
contendo explicações sobre o que cada função requer da pessoa e sua importância;
definição de um telefone para contato, no caso de perda de contato visual ou por rádio,
entre a Equipe de Apoio e o balão. Principalmente no caso de vôos na parte da tarde,
onde o pôr do sol às vezes impede a correta localização do balão, tem se mostrado
bastante eficaz adotar o procedimento de que, em caso de deslocalização do balão
pela equipe, esta telefone para o número acima, indicando sua posição, e marque um
novo contato dentro de 15 a 20 minutos, para saber se houve contato do Piloto, o qual
informará a posição do balão para que a Equipe possa se dirigir ao local. O uso de
telefones celulares facilita muito este trabalho, porém, em alguns locais (Campos do
Jordão, por exemplo), o sinal chega a ser bastante fraco, podendo impedir a
comunicação, de forma que o uso de telefonia convencional continua sendo bastante
útil.
3.11.1 BALÃO
3.11.6 DIVERSOS
3.12.1.1 O PILOTO
1. aonde você costuma voar, conheça bem os locais onde é e não é bem recebido.
Conheça bem os terrenos para possíveis pousos e decolagens favoráveis ao vento.
2. procure se informar sobre as plantações predominantes e seus ciclos, como também
que tipo de animais evitar.
3. caso você faça um vôo em local desconhecido, procure se informar com um piloto local
ou outra pessoa qualificada para preveni-lo de qualquer coisa que você não sabia.
Considere sempre a sua motivação, o que o leva a voar. Não se deixe levar por pressões
competitivas, financeiras, falso orgulho, quando as condições para um vôo são
discutíveis.
1. não use um terreno para decolagem só porque outro piloto também o usa.
2. renove sempre a permissão para decolagem através de um telefonema, bate-papo
com o proprietário ou seu representante. Procure, de vez em quando, dar um presente
ao proprietário.
3. se você costuma voar em um aeródromo ou aeroporto controlado, procure se informar
das regras.
Se você tem realmente uma emergência, pouse com segurança assim que for possível.
Não abuse dessa desculpa, e depois troque de passageiros, ou mesmo, coloque novos
cilindros cheios para continuar o vôo. Isso deixa uma péssima impressão.
1. trate o proprietário da terra ou seu representante com muito respeito, não seja
arrogante ou haja como se fosse um herói.
2. sempre tente achar o proprietário da terra,
3. procure não falar muito diferente ou de maneira cômica.
4. procure sempre explicar ao proprietário da terra ou seu representante, o motivo de
você estar lá, e porque.
3.12.1.2 EQUIPE
1. Lembre-se de que o balão consegue pousar sem a sua ajuda ou interferência. Não
faça nada de perigoso ou uma bobagem, só porque você acha que tem que estar na
mesma hora e minuto no pouso. Não corra ou tente agarrar o balão, a não ser que
realmente haja a necessidade para isso. Os espectadores casuais ao verem uma equipe
correndo tem a nítida impressão de que um desastre está por acontecer.
2. Tenha um briefing com o seu piloto, e procure se informar como ele gosta de ser
resgatado. Alguns preferem sempre que a equipe fique adiante da rota do balão.
1. Não jogue lixo no chão. Sempre deixe as áreas de decolagem e pouso limpas.
2. Seja simpático e paciente com todas as pessoas. Trate-as com muito respeito.
Se você teve algum problema no pouso ou decolagem, o DAC irá apenas responder se
houver alguma reclamação. Portanto, caso isso ocorra, seja honesto em apresentar o
motivo do problema.
Antes de voar em áreas diferentes, procure se informar com um balonista local ou pessoa
habilitada para dizer aonde você será bem ou mal recebido. Oriente-se sobre os bons
locais para decolagens e eventuais pousos.
Não importa que tipo de balão você voa, aonde você voa, qual é o seu estilo de vôo, o
que importa é que se você decolou com certeza irá pousar.
Os passageiros são o elemento mais importante durante um pouso. Não há nada mais
importante do que a segurança da pessoa ou das pessoas que estão com você dentro do
cesto.
O proprietário da terra, incluindo as suas plantações, animais, o bem estar das pessoas
no solo e os pertences no solo são as próximas mais importantes considerações.
Importante lembrar, que o ponto crítico que pode impedir o crescimento do balonismo
como um esporte é a falta de um bom relacionamento com os proprietários de terras. No
Brasil temos até no presente um bom relacionamento com os proprietários aonde já
voamos, mas em muitos países como a Holanda, por exemplo, já chegou até a ser
proibido o balonismo em seu território, que aliás, é muito pequeno. Resolveram este
problemão devido a democracia, isto é, não conseguiram nem os advogados,
promotores, juízes, seguradoras e outras a brecar o esporte, mas para reatar a amizade
com as pessoas foi necessário iniciar uma campanha de simpatia, bons modos e respeito
pela propriedade alheia. Hoje eles já podem voar em boa parte de seu país, mas ainda
existem inúmeros PZs - zonas proibidas. Nos Estados Unidos da América tem alguns
lugares cujo mapa local só tem área vermelha de PZs, isto tudo devido a falta da coisa
mais simples que se pode fazer; tratar bem a pessoa que está cedendo o seu local para
decolagem e pouso, bem como os curiosos que perguntam 10 mil vezes a mesma coisa.
Mais ainda as crianças e curiosos na hora da desinflagem, onde exige-se, muita
paciência e firmeza de tratos para eles não se empolgarem e danificarem o seu balão,
como também não saírem de lá com uma péssima impressão sobre os balonistas ao
defenderem o seu equipamento.
Danos ao balão não é tão importante, quanto a segurança dos passageiros e das
pessoas em terra e seus pertences. Os balonistas as vezes podem ficar confusos,
considerando antes o equipamento e achando que tudo vai dar certo. Primeiro, vem os
passageiros e as pessoas em terra, depois o equipamento.
O resgate do balão deve ser a última coisa a ser considerada quando escolher um local
para pouso. Os proprietários de terra não vão ter pena de você porque vai ter que andar
100 metros carregando o equipamento até o carro de resgate. Ele vai ficar sim, muito
bravo se você quebrar uma cerca, assustar os animais ou perturbar qualquer situação
que para eles seja inconveniente.
Uma equipe pode ser constituída de uma ou mais pessoas, mas sempre devem ter em
mente, que vão fazer de tudo. Desde descarregar o equipamento, à montá-lo, à resgatá-
lo e guardar tudo de novo.
A equipe é o elo com a terra para o piloto. A equipe será o representante do piloto para
o público em geral, para a polícia, para o proprietário da terra,enfim, para qualquer um
interessado no balonismo.
Importante para uma equipe. O piloto é o chefe sempre, faça exatamente o que ele
pedir, mesmo que você tenha sido equipe de pilotos que hajam diferente do atual. Discuta
sempre os procedimentos em particular, nunca na frente de estranhos. Nunca assuma
algo diferente do que foi determinado pelo piloto.
Cada piloto tem uma expectativa diferente da sua equipe. Lembre-se de que existem
aqueles pilotos, que só entram no balão depois de totalmente inflado por alguém da
equipe, bem como tem aquele, que faz tudo, não confia em nada e ninguém, e, é até
capaz de voar sozinho sem resgate.
A equipe deve discutir tudo com o piloto antes do início da inflagem, porque, depois que
começa o barulho do ventilador torna-se impossível qualquer tipo de orientação.
A equipe deve ser sempre pontual. Ela deve estar antes do piloto no local de decolagem.
Evite o stress do piloto em começar o vôo sem ajuda suficiente e fora do horário.
A equipe deve estar sempre vestida apropriadamente com calça comprida de fibras
naturais, camisas de manga comprida, luvas e botas ou sapatos resistentes. Se alguém
da equipe tiver cabelo comprido, amarre-o, pois poderá ficar preso na hélice do ventilador
ou o vento levá-lo de encontro ao maçarico durante a inflagem a quente. Nunca acione o
maçarico sem estar usando as luvas e o cabelo longo preso.
A equipe após o pouso ainda tem muito a fazer, enquanto o piloto, já começa a curtir as
suas histórias, por isso se o local não for adequado para a confraternização, guarde o
equipamento o mais rápido possível. Caso o lugar seja ideal para um confraternização
local, não se esqueça de convidar as pessoas em volta.
O balão é uma aeronave que se move basicamente “dentro do vento”, diferente de outras
aeronaves que possuem velocidade ar, por esta razão podemos perceber a importância
de conhecer-mos a atmosfera, já que seus movimentos e suas reações é que irão
determinar nossos deslocamentos.
Com certeza a maioria dos pilotos já pode sentir na prática a necessidade de saber
avaliar bem uma condição de vôo, geralmente as “surpresas” e os problemas mais
graves enfrentados pela maioria dos pilotos tem sua origem na falta de informações
meteorológicas na elaboração de um plano de vôo.
4.2 A ATMOSFERA
Embora nós não a possamos ver, ela é tão real como a água que cobre a superfície da
terra. Como os oceanos, o ar gira com a terra, entretanto tem sua própria circulação
relativa á superfície do solo.
Podemos distinguir na atmosfera várias camadas que se sobrepõem umas sobre as
outras, atraídas pela força da gravidade. A região da baixa atmosfera chamada de
Troposfera concentra a maioria dos fenômenos meteorológicos, como nuvens, ventos,
precipitações, etc. A espessura desta camada varia muito em função da latitude,
estações do ano, etc, se estendendo na média desde o solo (nível do mar) até uma
altitude aproximada de 12.000 m.
1 milibar = 1 hectopascal
A pressão também varia com a altitude. Ao subirmos, o peso da coluna de ar sobre nós
será menor e, portanto, a pressão também será menor.
Nas camadas mais baixas da atmosfera, podemos considerar que a pressão atmosférica
diminui com a altitude na razão de 1 milibar a cada 8 metros aproximadamente.
Visto que a pressão atmosférica varia com a altitude, para podermos comparar as
pressões de diferentes lugares, estes deveriam estar à um mesmo nível (o que
obviamente não é possível).
Por outro lado, se traçarmos um mapa com linhas que unam pontos de igual pressão
atmosférica - linhas isóbaras, poderemos calcular qual seria a pressão do local se este
estivesse ao nível do mar.
Este processo é o que chamamos de Redução de Pressão ao Nível do Mar
Para realizarmos este cálculo, deve-se acrescentar à pressão lida pelo barômetro a
pressão complementar exercida por uma camada de ar de igual espessura daquela do
local com as correções necessárias de temperatura.
Para indicar em um mapa os pontos que possuem uma mesma pressão atmosférica
(reduzida ao nível do ar), traçamos linhas contínuas para unir esses pontos a intervalos
de 5 milibares, como são indicadas as curvas de níveis de um mapa topográfico.
As áreas de alta pressão, são sinalizadas com a letra A e as de baixa pressão, com a
letra B (em inglês com H e L, respectivamente).
Para a aeronáutica, além dos mapas isobáricos, é interessante conhecer outras
superfícies de pressão em diferentes altitudes. Para isto, temos a disposição mapas de
850 e 700 milibares, os quais, em altitude, correspondem a 1500 e 3000 metros,
respectivamente.
Podemos medir a temperatura com vários tipos de instrumentos, sendo os mais utilizados
aqueles baseados em dilatação dos líquidos (mercúrio ou álcool).
Este instrumento denomina-se termômetro. Existem vários tipos de escalas
termométricas - utilizamos a centígrada, a qual corresponde:
e,
C = F - 32
100 180
Nos mapas meteorológicos, temos linhas que unem pontos de igual temperatura,
chamadas de Isotermas. É muito importante conhecê-las, pois é imprescindível saber a
qual altura pode-se acontecer o congelamento.
4.5 A UMIDADE
É a temperatura que deve ser esfriado o ar para que alcance o ponto de saturação. Este
valor pode ser obtido através do informes meteorológicos juntamente com a temperatura
do ar, assim, poderemos saber quando o ar estará próximo a saturar-se de umidade, o
que ocasionaria uma diminuição de visibilidade por formação de nuvens e neblina.
Quando voamos, para conhecer a altitude que nos encontramos, medimos a pressão
atmosférica do local. Como a pressão atmosférica varia com a altitude à razão de 1
milibar a cada 8 metros aproximadamente, tendo um instrumento devidamente calibrado
poderemos saber a altitude em que nos encontramos.
Na atmosfera padrão, a relação de altitude com temperatura, pressão e densidade, é a
seguinte:
Esta regra emprega-se apenas para vôos locais, com terreno plano e em VFR.
Esta regra é muito útil em vôos IFR porque temos em conta as elevações que figuram
nos mapas, sempre referidas ao nível do mar, obtendo a distância que já sobrevoamos e
possíveis obstáculos que ainda sobrevoaremos.
As aeronaves em rota, utilizam este indicativo para manter a distância vertical entre elas,
ainda que a pressão atmosférica varie de um lugar para o outro, evitando assim as
colisões.
4.7 VENTO
O vento se define por sua direção e velocidade. A direção (de onde vem o vento) se
expressa em graus geográficos, e pode ser medida utilizando-se uma bússola.
Exemplo:
27065
Lemos:
Esta alteração se denomina Efeito de Atrito e pode chegar em terreno montanhoso, com
desvios de 45O de direção e redução de velocidade de até 30%.
Vimos que o vento diminui sua força pelo efeito de atrito, em contato com o solo, mas
quando sopra perpendicularmente nas cadeias montanhosas, aumenta sua velocidade.
Quando o vento sopra entre duas montanhas, devido ao efeito Bernoullli, aumenta sua
velocidade no afunilamento da cadeia.
A terra, por influência do sol, se esquenta mais rápido que a água; por outro lado, o ar em
contato com a terra, ascende, deixando o lugar para o ar que está em contato com a
água. Desta forma, estabelece-se um movimento circular denominado de Brisa de Mar.
Durante a noite, o efeito é contrário. Ao estar o mar mais quente que a terra, o ar sobre
ele ascende, deixando o lugar para o ar que está em contato com a terra, que agora é
mais frio.
Esses ventos locais são produzidos em camadas inferiores aos 500 metros.
Turbulência Mecânica
Turbulência Térmica
Este tipo de turbulência é produzida nas camadas baixa da atmosfera, sendo inexistentes
em altitudes superiores a 3.000 pés.
Observar as nuvens é uma das principais chaves para compreender o tempo, desde que
se tenha uma noção de como se forma cada tipo de nuvem, como evoluem e em que
altura da atmosfera estão as suas bases. As tendências do clima, a atividade termal, a
direção e a velocidade do vento, está tudo lá, mostrado pelas nuvens. Mesmo a ausência
delas é cheia de significados.
Cirros (Ci)
Cirrocúmulos (Cc)
Cirrostratos (Cs)
Cumulonimbus (Cb). Base entre 600/2.400 m, seu topo chega a atingir 12.000 m.
Altocúmulos (Ac)
Altostratos (As)
Nuvens baixas
Cumulus (Cu) base entre 300/400 m, seu topo pode atingir 6.000 m
Altocumulos Lenticular
MASSA DE AR
O tempo predominante sobre uma região em uma época específica, depende das
características da massa de ar predominante ou da interação de duas massas de ar.
Uma massa de ar é definida como uma porção da atmosfera que possui características
uniformes, se estendendo sobre uma grande área, através de milhares de quilômetros,
tendo como principais características a temperatura e conteúdo de vapor de água.
As propriedades de uma massa de ar são determinadas pela superfície sobre a qual ela
se forma, adquirindo nessa região de origem suas características de umidade e
temperatura.
A massa de ar polar marítima que invade a América do Sul é caracterizada por baixas
temperaturas e grande quantidade de umidade, sofrendo algumas variações de acordo
com a época do ano.
Reciprocamente, quando uma massa de ar é mais quente que a superfície sobre a qual
ela esta localizada, torna-se estável.
FRENTES
O declive frontal é determinado pela diferença de densidade das duas massas de ar. A
tendência do ar quente menos denso é de deslizar sobre o ar frio mais denso,
determinando uma forma de cunha ao encontro das massas de ar.
Frente fria - Quando uma massa de ar frio em movimento desloca uma massa de ar
quente
Frente Quente - Quando uma massa de ar quente em movimento desloca uma massa de
ar frio.
Frente ocluída - Quando uma frente alcança outra pela diferença de velocidade em seu
deslocamento.
Nevoeiro (FG) - É formado por gotas de água, sal ou cristais de gelo em suspensão. A
umidade do ar fica próximo a 100% e a visibilidade inferior a 1 Km.
Nos primeiros 120 anos de balonismo, até o começo do século 20, os balonistas podiam
usar sem restrições todo o espaço aéreo do mundo inteiro. Hoje em dia, isto não é mais
possível. Hoje nós temos que dividir o espaço aéreo com muitas outras aeronaves, e
cada uma tem as suas condições específicas operacionais e de segurança de vôo, além
de questões políticas e militares. Agora, quando vamos voar em áreas não conhecidas,
ou fazer vôos que ultrapassem os limites de distância definidas para operação dos
nossos balões, é essencial entender os limites da área operacional (NOTAM) e saber se
localizar durante o vôo no sentido horizontal e vertical.
Em outros países onde também se pratica o balonismo, existem outros motivos para se
ter bons conhecimentos de navegação, que é o relacionamento com os proprietários de
terra. Ë muito gostoso voar de balão à alturas baixas por cima de propriedades
particulares que tem animais e plantações de grande valor e o pouso final é quase
sempre feito em propriedade particular. A única maneira de evitar “áreas sensíveis” aos
balões é voar com mapas devidamente maracdos com informações fornecidas por outros
pilotos, e saber se localizar no mapa durante o vôo.
Quando for usar o último recurso, que é o de perguntar para as pessoas locais – “O Sr.viu
algum balão passando por aqui?”, lembrar sempre de 3 coisas:
1. Identificar sempre o balão. Se o seu piloto estiver voando um balão branco, mas tenha
decolado junto com um balão preto, perguntar à pessoa, se ela também viu o balão
preto.
2. Quando uma pessoa em solo, realmente, viu o seu balão, a informação em termos de
direção, isto é, ainde ele viu, é muito mais precisa do que a estimativa de distância, a
não ser que exista algum ponto de referência, tipo morro ou torre de antenana mesma
direção. Esta observação é válida até para pilotos experientes ou pessoas com
bastante pratica em resgate.
De uma forma geral, quando for analisar o mapa de uma área não conhecida para
planejar vôos de balão ou preparar o mapa de competição para um campeonato, estude
primeiro os rios, córregos, lagos e a posição das pontes que permitem passagem para os
veículos.
Esta medição com bússola é feita normalmente para vôos mais complicados, por
exemplo, vôos aventura, para fazer travessias de montanhas ou espaços de água, ou em
competições para provas tipo “Fly In” ou para avaliar alvos alternativos.
Com certa experiência, a observação do rumo da bexiga permite uma avaliação não
apenas da direção principal do vento, mas também da variação de velocidade e direção
nas camadas de ar mais próximas ao solo.
Uma terceira forma de medição de vento, a mais simples, mas frequentemente esquecida
é a memdição com bússola do rumo do próprio balão depois da decolagem ou quando
ele passa em cima de carro de resgate durante o vôo, feito pelo navegador do resgate.
Vale lembrar também que qualquer informação sobre direção e velocidade do vento é
válida no momento em que foi feita a medição. Geralmente, a medição vale por 15
minutos, pois depois disso ela poderá ser totalmente diferente.
É muito importante lembrar, que existem duas maneiras diferentes de definir a direção do
vento. A forma tradicional dos marinheiros e meteorologistas, é de falar de onde vem o
vento pela “rosa dos ventos”.
A forma mais prática para pilotos de balão para falar da direção do vento, é dizer para
onde vai o balão em graus da bússola. Por exemplo, um vento noroeste para o
meteorologista é um vento que vem do noroeste (315o) e, consequentemente, vai levar o
balão na direção 135º. É muito importante também saber se, quando pedir informações
em graus, se a pessoa que lhe está respondendo está falando com referência ao Norte
verdadeiro ou ao Norte magnético.
5.1.5 NOTAM
Para algumas áreas a autorização de vôo é dada com base em um ponto central
facilmente identificado no mapa, que poderá ser um aeródromo, o raio é dado em km e a
altitude máxima permitida é fornecida em pés.
É importante lembrar, que nem todos os NOTAMs definem áreas circulares com um único
limite de altitude. Na proximidade de áreas de tráfego áereo intenso, civil ou militar, a
definição pode ser um espaço tri-dimensional bastante complicado.
5.2.1 DIREÇÃO
Para ficar mais fácil e falarmos a mesma linguagem, vamos sempre falar em rota do
balão, que tecnicamente é a projeção da sua trajetória sobre a superficíe terrestre plotada
no mapa em relação à direção. Mapa é a maneira pela qual se representa a superfície
esférica da Terra ou parte dela. Para efeito de navegação, a Terra tem a forma de uma
esfera perfeita.
Temos dois grupos de linhas imaginárias. O primeiro grupo de linhas que vem do Norte
ao Sul são semi-círculos que identificam os graus para leste e os graus para oeste da
linha 0º que é a linha que passa em Greenwich na Inglaterra. Estas linhas vão de 0 º a
180º do outro lado do globo para leste e de 0º a 180º para oeste. Estas linhas são
chamadas de meridianos da longitude. Como existe o meridiano de Greenwich que é o
meridiano 0º tem também o de 180º que é chamado de “International Date Line”, isto é,
“Linha Internacional de Mudança de Data” , exatamente oposto ao anterior.
O segundo grupo de linhas imaginárias são círculos inteiros ao redor do globo chamadas
de paralelos da latitude. Também são medidos em graus para o norte e graus para o sul.
Sendo o grau 0º a linha do equador, que é considerada o círculo máximo. O paralelo do
equador dividindo o globo em hemisfério norte e hemisfério sul. Os paralelos são
divididos de 0º a 90º para o Norte e de 0º a 90º para o Sul.
5.2.5 ESCALAS
Estas coordenadas geográficas são usadas para localizar lugares em cartas
aeronaúticas, de 1:250.000 ou de 1:500.000, mas também usamos para localizar alvos
de competição ou por onde estamos voando em cartas topográficas em uma escala de
1:50.000.
1:500.000, quer dizer que 1cm no mapa representa 500.000cm de superfície real,
portanto, 1cm é igual a 5km, 2cm é igual 10km, 4cm é igual 20km, 8cm é igual à 40km.
1:250.000, quer dizer que 1cm no mapa representa 250.000cm de superfície real,
portanto, 1cm é igual a 2,5km, 2cm é igual 5km, 4cm é igual 10km, 8cm é igual à 20km.
1:50.000, quer dizer que 1cm no mapa representa 50.000cm de superfície real, portanto,
1cm é igual a 0,5km, 2cm é igual 1km, 4cm é igual 2km, 8cm é igual à 4km.
Nos espaços aéreos não controlados não seria, a princípio, necessário ter a bordo uma
carta aeronaútica, mas nos espaços aéreos controlados , quando o piloto de balão voar
próximo ou através de uma TMA ( Area de Controle Terminal ) deverá ter a bordo uma
carta aeronaútica de 1: 250.000. Se quiser poderá optar em passar para o mapa
cartográfico local de 1:50.000 as informações aeronaúticas contidas na carta aeronaútica
para o seu vôo visual (VFR).
Se nós pudessemos olhar a Terra do espaço, o Norte Verdadeiro seria o ponto onde o
eixo central sai dos pólos dividindo corretamente de maneira geométrica o leste do oeste.
Os mapas são confeccionados considerando-se o Norte Verdadeiro, isto é, como se você
descascasse uma laranja e tentar colocar as cascas, uniformemente, lado a lado, sobre
uma superfície plana. É lógico que haverá distorção, por isso mundialmente, se usa-se o
sistema da linhas imaginárias de latitude e longitude para compensar esta distorção.
No entanto, para você se localizar, precisará de uma bússola e ela indicará o Norte
Magnético. Este Norte Magnético localiza na cidade da ilha de Prince Wales no Canadá,
a aproximadamente 1.000 milhas ao sul do Norte Verdadeiro.
Não esquecer que devido a vários fatores externos a declinação magnética é diferente
ano a ano no mesmo lugar, por isso, quando você ler a declinação no mapa, é
importante, ler também a data de confecção do mapa, para calcular a declinação atual.
Por exemplo, em 1990 na Inglaterra a declinação era de 6º para o oeste (W) do Norte
Verdadeiro, e está diminuindo 9 minutos por ano. Lembrando-se que cada 1º é igual a 60
minutos, isto quer dizer que hoje em 1999, a declinação magnética é de 4º e 39’ para o W
do Norte Verdadeiro.
Um exemplo no Brasil, a declinação magnética de São Paulo na folha do IBGE – MI-
2793-2 (isto é apenas uma identificação) de 1984 na escala de 1:50.000 era 17º 48’ para
o oeste (W) do Norte Verdadeiro. No mapa consta que a declinação magnética cresce
anualmente 7’, portanto em 15 anos, até hoje, teremos um acréscimo de 15 x 7’=105’,
igual a 1º e 45’ mais para o oeste, portanto hoje em 1999 a declinação magnética é 19º
33’.
Para pilotos novos sugerimos um mapa topográfico da região em que ele irá voar mais
frequentemente, e neste mapa transcrever na mesma escala, informações aeronaúticas
pertinentes ao limite de altitude de vôo que mais aprecia. Se o mapa for antigo, conheça
inicialmente, a região por terra, para marcar novas estradas ou pontos de relevância, tais
como fios de alta tensão, torres, caixas d’água, moinhos, grandes indústrias, fazendas de
fácil identificação, enfim tudo aquilo que de uma balão teria fácil visualização. Familiarize-
se bem com os símbolos do mapa. A navegação de uma balão é visual, pois ele é
conduzido no espaço aéreo pela observação dos pontos de referência, conhecidos e
localizados em um mapa e/ou carta de navegação. Faça uma medição de vento e
marque com um lápis de rápida identificação a rota provável em seu mapa.
Uma vez voando, sugerimos marcar no mapa os pontos por onde você esta passando,
pois assim entre dois pontos você poderá calcular mais ou menos a velocidade de vôo e
estimar se a quantidade de propano será suficiente para a atual rota do vôo. Isto será
importante, se você tiver a sua frente uma cidade, e não tem certeza se conseguirá
atravessá-la com a velocidade do vento naquele momento, ou se não será melhor pousar
antes.
Uma outra dica para avaliar a sua situação, é programar o seu relógio de pulso para dar
um sinal de 6 em 6 minutos, porque isto representa 1/10 de uma hora inteira. Você a
cada som do relógio marca no mapa onde está, isto significa que depois de 2 marcações
a sua velocidade é 10 vezes a distância percorrida. Por exemplo, se a distância entre a
primeira e a segunda marcação foi de 500m, isto, quer dizer, que a velocidade é de
5.2.9 VENTO
As medidas de velocidade do vento e de distância podem ser fornecidas em outras
unidades. É bom saber quanto valem, pois outros países adotam as mesmas
rotineiramente.
5.2.10 INSTRUMENTOS
Uma área muito importante para seu conhecimento são os instrumentos de vôo, pois
através de sua habilidade em interpretar irá dar ao piloto mais segurança no vôo. São
intrumentos do balão, um altímetro, um variômetro e um termômetro. O altímetro é um
dos instrumentos mais importantes no balonismo. Ele mede a altitude que você está. Os
altímetros são calibrados a nível do mar (MSL) para reagir às mudanças de pressão
atmosférica à medida que o balão sobe ou desce. O variômetro mostra a razão de
ascenção e descida do balão, e, é também baseado na variação atmosférica. O
termômetro é usado para medir a temperatura no topo do envelope.
5.2.11 GPS
Para navegação em vôo podemos ainda usar o GPS, mas consideramos que para um
piloto aluno, ou mesmo, aqueles já com experiência, é muito importante saber navegar
sem ele, pois na falta dele em vôo por algum motivo, como pilha fraca ou falha no
instrumento, com certeza o método tradicional lhe fornecerá todas as informações para a
continuação do vôo, considerando combustível e velocidade do vento para um pouso final
adequado.
5.2.12 UTM
A maioria dos pilotos usa em seu GPS as coordenadas UTM. UTM quer dizer em inglês
“Universal Transverse Mercartor”. Uma maneira fácil de entender porque existe a UTM, e
porque nós balonistas usamos é fácil. Imagine um mapa de 1:50.000 da região que você
costuma voar e ter nele que ler as coordenadas em latitude e longitude para identificar
uma fazenda, sendo que em um quadrante de 15’de latitude por 15’ de longitude se tem
pelo menos 28km2. As subdivisões seriam inúmeras além serem distorcidas um pouco.
Foi assim que se criou um micro sistema de eixos que projetam partes do globo em uma
superfície plana para medir uma posição em uma zona específica. Esta projeção é de
fácil construção e serve para justamente localizar referências ou plotar pontos de uma
maneira precisa e facilitar a análise e leitura das rotas em uma área pequena.