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SUL – UNIJUÍ
Ijuí
2019
MAX PAULO DE PELLEGRIN ZAMBRA
Ijuí/RS2019
MAX PAULO DE PELLEGRIN ZAMBRA
Mestre pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Orientador
BANCA EXAMINADORA
A Deus e aos meus pais Paulo e Nelite, pelo incentivo durante o período de estudo
para chegar a conclusão da tão sonhada Pós-Graduação e ao apoio e dedicação para que a
realização deste trabalho não fosse apenas mais um trabalho concluído, mas que através da
pesquisa e o conhecimento baseado em estudos, me tornasse um profissional melhor
preparado, mais seguro e mais qualificado para as decisões a serem tomadas após a conclusão
deste curso;
Ao meu irmão e colega de profissão Douglas, pela ajuda nas horas de dificuldade e
momentos de dúvida, sempre me incentivando através da troca de ideias e conhecimentos;
À minha namorada Ana, pelo carinho e paciência em momentos em que estive
ausente, mergulhado nos estudos e nos sábados com aulas presenciais, sempre esteve ao meu
lado com uma palavra de apoio e incentivo na hora certa;
Ao meu orientador, Prof. Eng. Roger Hoffmann, pelo apoio e incentivo na escolha do
assunto da pesquisa e pela disponibilidade de tempo dedicado, ajuda e orientação na
elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso;
À Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul, onde os conhecimentos
adquiridos, construídos e reconstruídos com os professores durante a graduação, os quais
formaram a base técnica para que este trabalho pudesse ser desenvolvido.
“A arte de “engenhar” consiste em transformar números,
cálculos, fórmulas e desenhos em realidade”
Júlio Ap.
RESUMO
O Brasil teve grande desenvolvimento agrícola a partir da década de oitenta devido ao grande
aumento da demanda de alimentos a nível mundial. Apesar do aumento de tecnologia nas
técnicas de cultivo e implementos, a capacidade de armazenamento estático também teve que
ser aumentada de forma rápida, sendo as edificações construídas sem o devido cuidado com
os meios de segurança durante a operação deste modelo de unidade. São diversos os riscos
diretos e indiretos em unidades de armazenagem, riscos provenientes de trabalho em altura,
espaço confinado, explosões e agentes químicos tóxicos. Há ainda uma carência no Brasil de
fiscalização neste tipo de ambiente, sendo hoje o órgão mais ativo na vistoria, tanto em fase
de projeto como após a execução, o Corpo de Bombeiros Militar. O sistema de exaustão de
túnel agrícola é dimensionado de acordo com uma taxa mínima de renovações de ar conforme
as normativas em vigor. Este trabalho visa validar este dimensionamento através de simulação
computacional verificando o sistema modelado.
Brazil has had great agricultural development since the eighties because of the great increase
in the demand for food worldwide. Despite increased technology in cultivation techniques and
implements, static storage capacity also had to be increased rapidly, with buildings being
constructed without due care with the safety means during the operation of this unit model.
There are several direct and indirect hazards in storage units, risks arising from work at
height, confined space, explosions and toxic chemical agents. There is still a shortage in
Brazil of surveillance in this type of environment, being today the most active organ in the
survey, both in the design phase and after the execution, the Military Fire Brigade. The
agricultural tunnel exhaust system is dimensioned according to minimum rate of air renewal
according to the regulations in force. This work aims to validate this sizing through
computational simulation by verifying the modeling system.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 16
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................... 17
1.1.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 17
1.1.2 Objetivo Específico ................................................................................................... 17
1.2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 17
2 ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................... 18
2.1 ESPAÇO CONFINADO ............................................................................................ 18
2.1.1 Riscos em Espaços Confinados................................................................................ 19
2.1.2 Intoxicação por Gases Provenientes de Grãos ....................................................... 21
2.2 EXIGÊNCIAS NORMATIVAS PARA ESPAÇOS CONFINADOS ....................... 23
2.2.1 Resolução Técnica CBMRS N.º 22 .......................................................................... 23
2.2.2 NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados ................... 24
2.2.3 NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura. ..................................................................................... 26
2.2.4 Instrução Normativa nº 29, de 8 de junho de 2011................................................ 27
3 SISTEMAS DE VENTILAÇÃO ............................................................................. 28
3.1 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................. 28
3.1.1 Sistema de Ventilação Local Exaustora ................................................................. 28
3.1.2 Sistema de Ventilação Geral Diluidora .................................................................. 29
3.1.2.1 Insuflação Mecânica e Exaustão Natural .................................................................. 29
3.1.2.2 Insuflação Natural e Exaustão Mecânica .................................................................. 30
3.1.2.3 Insuflação Mecânica e Exaustão Mecânica ............................................................... 31
3.1.3 Ventiladores .............................................................................................................. 32
3.1.3.1 Tipos de Ventiladores ................................................................................................. 32
3.1.4 Condições que devem ser consideradas .................................................................. 33
3.1.5 Ventilação Industrial Diluidora .............................................................................. 35
3.1.5.1 Taxa de Ventilação ..................................................................................................... 37
4 DINÂMICA DOS fLUIDOS COMPUTACIONAL .............................................. 39
4.1 DINÂMICA DOS FLUIDOS COMPUTACIONAL ................................................. 39
4.2 MALHA DE VOLUMES FINITOS .......................................................................... 42
5 DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE EXAUSTÃO PARA TÚNEL 44
5.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA.................................................................... 44
5.2 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL......................................................................... 49
5.2.1 Software Utilizado na Simulação CFD ................................................................... 49
5.2.2 Definição do Sistema de Analise.............................................................................. 50
5.2.3 Geometria .................................................................................................................. 50
5.2.4 Malha ......................................................................................................................... 51
5.2.5 Configurações ........................................................................................................... 53
5.2.6 Solução....................................................................................................................... 55
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 57
6.1 MODELO COM SIMULAÇÃO DE 60S .................................................................. 57
6.2 MODELO DE SIMULAÇÃO DE 5MIN ................................................................... 63
6.3 ALTERAÇÃO DO SISTEMA DE EXAUSTÃO ...................................................... 70
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 81
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 82
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1 INTRODUÇÃO
O Brasil está hoje entre os maiores produtores de cereais do mundo, suprindo seu
consumo no mercado interno e exportando boa parte de sua produção. O principal importador
de soja Brasileiro é a China, um grande produtor, porém, não atende à demanda de sua
numerosa população.
O apogeu da produção agrícola Brasileira se deu nos meados da década de setenta,
forçando a edificação de unidades armazenadoras para receber, pré-beneficiar, armazenar e
escoar grande capacidade de produção Nacional.
Este modelo de unidade agrícola atende à necessidade industrial das atividades de
grãos, porém, foram edificadas sem dar atenção necessária a riscos gerados na sua operação:
riscos de execução de trabalho em altura, espaço confinado, riscos elétricos e, todos
agravados pela geração de poeiras explosivas e agentes químicos tóxicos.
O Brasil possui trinta e sete Normas Regulamentadoras que regem as condições de
trabalho com obrigações, direitos e deveres que devem ser cumpridos por empregadores e
trabalhadores. Nestas, aplicando norma específica para execução de trabalho em altura,
espaço confinado como também para forma construtiva de equipamentos para agroindústria.
Não há capacidade de fiscalização necessária para atender a demanda de
agroindústrias, agravado ainda pelo fato de muitos dos acidentes em unidades armazenadoras
não serem registrados.
Atualmente, o grande contribuinte na fiscalização de unidades agrícolas tem sido os
CBM (Corpo de Bombeiros Militar). Devido ao volume de acidentes atendidos pelos
socorristas do CBM nos últimos anos, o qual vem desenvolvendo e melhorando normas
específicas para unidades agrícolas. O departamento técnico do CBM analisa o atendimento
de itens de segurança já em fase de projeto e posterior vistoria in loco, verificando se todas as
medidas de segurança estão atendidas na edificação.
Esta forma de fiscalização do CBM forçou os fornecedores de Agroindústrias a já
preverem medidas coletivas de proteção de seus equipamentos. Estas medidas devem procurar
atender às normativas mais restritivas dos CBM’s. Unidades antigas também devem ser
regularizadas e vistoriadas pelo CBM para renovação de alvará de funcionamento.
As normas em vigor regulamentam que os espaços confinados e semi confinados
sejam dotados de sistema de exaustão ou ventilação. Sistemas dimensionados através de taxas
mínimas de ventilação de acordo com o tipo de ambiente.
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Ferramentas de dinâmica dos fluidos computacionais (CFD) têm sido muito utilizadas
nos últimos anos. São ferramentas muito difundidas no meio cientifico, com resultados
bastante confiáveis.
Estas ferramentas aplicadas em faze de projeto auxiliam através de resultados bastante
precisos que falhas sejam reconhecidas e corrigidas nesta fase, evitando futuros retrabalho na
fase de execução.
1.1 OBJETIVOS
1.2 METODOLOGIA
Para serem atingidos os objetivos descritos no item anterior, foi realizada pesquisa
bibliográfica em normas e literatura sobre o tema, sendo compilados os pontos relevantes
sobre o tema, formando uma revisão bibliográfica. Com os dados teóricos coletados na
revisão, será realizado o dimensionamento de sistema de ventilação conforme normativa do
CBM-RS; após, será confeccionado modelo de túnel padrão em CAD (Desenho assistido por
computador) para posterior validação do sistema de ventilação no Software Ansys.
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Espaço confinado: qualquer área não projetada para ocupação humana contínua, a
qual tem meios limitados de entrada e saída e na qual a ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes perigosos e onde possa existir a deficiência
ou enriquecimento de oxigênio (RT22, item 4.1.10, 2017, p. 4).
Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio (NR33, item 33.1.2, 2012, p .1).
De forma mais ampla, os espaços confinados podem ainda ser classificados em dois
diferentes tipos: os abertos, onde a ventilação é dificultada devido a sua parte superior e
profundidade oferecendo riscos à pessoa na execução de serviço, são caracterizados por ter
profundidade a partir de 1,5 m. À Figura 1 mostra um poço de elevador de unidade agrícola, o
qual é um exemplo de espaço confinado aberto.
Figura 1 – Poço de Elevador de Grãos (Espaço confinado aberto)
Tabela 1 - Fragmento Tabela quantidade de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo, segundo a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), no Brasil – 2015/2017
dificulta o rastreamento é não saber a causa especifica do acidente, não havendo um controle
específico para o espaço confinado.
Tabela 2 - Fragmento Tabela Quantidade de acidentes do trabalho liquidados, por consequência, segundo a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), no Brasil – 2015/2017
Em túneis e poços agrícolas, uma das maiores preocupações é a intoxicação por gases
formados na fermentação e decomposição de matéria orgânica. Também, na própria
respiração dos microrganismos, é consumido o oxigênio disponível no ambiente e produzido
gás carbônico como resíduo metabólico. Alguns deles tendo como característica ter densidade
maior do que o ar, sendo acumulados ao fundo dos poços e túneis e, muitas vezes quando
percebida sua presença, as consequências físicas impedem a pessoa sair do recinto
contaminado.
Os principais gases formados nestas reações são o CO2 (Gás Carbônico), CO
(Monóxido de carbono), NO2 (Dióxido de Nitrogênio), CH4 (Metano) e o H2S (Sulfeto de
Hidrogênio).
O CO2 é classificado como um asfixiante simples com densidade de 1,98 kg/m³,
incolor e sem cheiro, o que dificulta a sua identificação sem o uso de equipamento adequado.
É originado na respiração de sementes, grãos, microrganismos e insetos e, em um ambiente
normal apresenta uma concentração até 0,04%.
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Destacado que quando este despoeiramento for realizado através de captação dotada
de filtro de manga, as coifas devem ser instaladas o mais próximo possível dos registros de
descarga dos silos, local que, como mostrado na Figura 4, é o ponto de maior formação de
poeira e vazamentos de grãos.
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Deve ser frisado o item 31.14.4 onde, apesar do item normativo se referir, de forma
geral a silos, é descrito que estas medidas devem se estender a todas as fases de operação do
silo, interpretado de modo geral a carga, descarga e manutenções.
Porém, apesar das recomendações, a norma diz respeito mais ao que deve ser seguido
de forma administrativa, quais as responsabilidades, tanto do empregador, como do
empregado; não traz dados específicos sobre o ambiente em espaço confinado.
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3 SISTEMAS DE VENTILAÇÃO
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Este tipo tem a vantagem de poder utilizar dutos para trazer ar puro da região externa.
Mas, deve-se cuidar em função da pr maior, que o ar contaminado não seja eliminado para
outros ambientes da edificação.
Figura 7: Insuflação mecânica e exaustão natural
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3.1.3 Ventiladores
Existem vários tipos e dimensões de ventiladores no mercado atual, mas o que são
ventiladores? (Macintyre, 1990), Define os ventiladores como “turbo máquinas geratrizes ou
operatrizes”, tendo a finalidade de produzir deslocamento de gases.
Este deslocamento de gases comparado ao que ocorre com turbo bombas; é o
deslocamento gerado através de pás dimensionadas e fixadas a um rotor, normalmente
acionado por um motor elétrico, convertendo a energia mecânica do rotor em energia
potencial de pressão e energia cinética no fluido fazendo deslocar-se através de dutos com
vazão a atender as finalidades desejadas.
Outro dado importante destacado por (Macintyre, 1990) é que ventiladores são
tratados como máquinas de fluido incompressível já que o grau de compressão verificado em
seu funcionamento é tão pequeno que não seria viável considerá-lo como um compressor. Já,
quando atingidas compressões superiores a 2,5 kgf.cm-², devem ser considerados como turbo
compressores, onde os fenômenos termodinâmicos gerados na compressão devem ser levados
em consideração.
Na qual:
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Suprimento de ar [m³/min];
Volume do ambiente [m³];
Numero de pessoas [pessoa];
Suprimento de ar externo (Tabela 4) [m³/min/pessoa];
Para ambientes de poucas pessoas usam-se padrões pré-estabelecidos de quantia
mínima de trocas completas de ar/hora em um determinado recinto.
A ASHRAE possui padrões normatizados como mostrados na Tabela 5. A RT 22/2018
determina valores específicos para um determinado ambiente a exemplo o item 5.2.3.16.7.
Neste, é estabelecida taxa de 30 renovações do ar por hora para túneis de unidades
agrícolas, taxa suficiente para a eliminação de riscos e garantida à qualidade do ar.
Tabela 5 – Taxa de renovações de ar para os diversos ambientes conforme ASHRAE – American Society of
Heating Refrigerating and Air Conditioning, Guide na Data Book
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Na qual:
V - Velocidade média de escoamento [m/h];
Q - Vazão de ar [m³/h];
S - Seção livre de passagem [m²];
A seção livre de passagem deve ser dada pela altura e largura efetivas do túnel. As
áreas de afunilamento ou equipamentos são desconsideradas obtendo uma velocidade média
de escoamento aproximada.
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Mas, quando o grau de toxidade do produto não é grave, a ventilação geral é o sistema
mais viável financeiramente e bastante eficiente para a retirada de contaminantes formados
por operações físico – mecânicas ou químicas.
No ambiente, o poluente formado é caracterizado por uma vazão q (m³/h) com uma
entrada de ar Q em metros cúbicos por hora sendo o grau de concentração C do poluente dado
pela equação:
(3)
Na qual:
C – Grau de concentração do Poluente [m³/m³];
q – Vazão Poluente [m³/h];
Q – Vazão de ar [m³/h];
Os teores de concentração permitidos no ambiente podem ser verificados em tabela
TLV (valor limite de tolerância).
Normalmente é utilizado a concentração em ppm para líquidos e g/m³ ou mg/m³ para
poeiras e fumos.
Conforme trazido em (Macintyre, 1990) a ventilação diluidora tem capacidade de:
(4)
Na qual:
Q – Vazão de ar [m³/h];
K – Fator de Segurança = [3 a 10];
C – Grau de concentração do Poluente [m³/m³];
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Na qual:
Taxa de ventilação [m³/min];
Volume do recinto [m³];
Quando calculada a taxa de ventilação em pés cúbicos por minuto a equação (6),
permite calcular a taxa de ventilação buscando uma concentração desejada de kd através da
equação (7).
387 106 (6)
, ∙ ∙
123 7
Na qual:
Q – Taxa de ventilação [pés³/min];
G – Taxa de geração da substância que se quer diluir [lb/min];
387 – Volume de 1 lb mol de qualquer gás a 70ºF a 1 atm, e volume molecular [cf/lb];
Pmol – Peso molecular da substância que se quer diluir [lb];
Kd – Concentração permitida no ambiente, isto é, que não deve ser ultrapassado;
Kd é dado em ppm, volume sendo correspondente ao limite inferior de tolerância da
substância, este obrigatoriamente devendo ser inferior ao TLV (Limite de Tolerância)
podendo ser utilizada a tabela de valores VDC (Concentração máxima C) para Kd pois o VDC
corresponde ao TLV já dividido por um coeficiente de segurança.
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8 (7)
7 9
Na qual:
Kd – Concentração permitida no ambiente;
TLV – Limite de tolerância;
K – Fator de Segurança = [3 a 10];
Reescrever conforme a equação 8:
387 106 (8)
, ∙ ∙ ∙
123 8
Na qual:
Q – Taxa de ventilação [pés³/min];
G – Taxa de geração da substância que se quer diluir [lb/min];
Pmol – Peso molecular da substância que se quer diluir [lb];
K - Fator de Segurança = [3 a 10];
Desta forma obtendo diretamente o resultado em cfm (pés cúbicos por minuto).
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- Medicina: O fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos. (Bavaresco, 2010, pg.
23).
Como início para esta simulação deve-se identificar a região de interesse e identificar
o volume de controle (Figura 12).
Figura 12: Escolha do domínio ou volume de controle
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Neste trabalho, optou-se por um modelo típico de espaço confinado aberto de Unidade
Agrícola detalhado na Figura 17. Este, constituído de um poço para elevadores de grãos com
profundidade de 7,7 m, túnel para Redler de descarga de silos de aproximadamente 20 m de
comprimento e acesso ao túnel ao final do mesmo, com ponto de acesso com abertura para
exaustor, o que entre túnel, saída e poço, totalizam 25,3 m de comprimento.
Figura 17 - Modelo 3D Túnel – Dimensões gerais
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A partir do modelo do túnel, foi modelado o seu volume interno mostrado na Figura
20 e aplicado como material de composição: ar em propriedades perfeitas.
Na simulação do modelo obteve-se o volume de ≅ 223,21 m³ com uma massa de ar de
≅ 273,43 kg, obtidos na tabela de propriedades físicas no Solid Edge. Para possibilitar
posterior simulação, foram desconsideradas as tubulações e equipamentos de transporte
internos.
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A primeira etapa da simulação foi a definição do Software a ser utilizado, o qual neste
trabalho, foi optado pela versão acadêmica do Software Ansys versão 19.2.
Esta versão disponibiliza como limites de tamanho do problema para Física Estrutural
de 32K nós / elementos e para Fluidos físicos de 512K células / nós. Para utilização do
Software deve-se utilizar sistema operacional Microsoft Windows 10, 64 bits, com os
seguintes requisitos mínimos de Hardware:
- Processador (es): Classe de estação de trabalho;
- 4 GB de RAM;
- 25 GB de espaço no disco rígido;
- O computador deve ter um drive C:/ “físico presente;
- Placa gráfica e driver: Classe de estação de trabalho profissional 3-D;
- OpenGL-capaz;
A versão do Ansys 19.2 inclui os recursos apresentados na Tabela 7:
Tabela 7 – Tabela de Recursos Ansys Academic 19.2
Aplicativos e recursos incluídos: Sistemas de Análise de Importação de Geometria:
Bancada / Física:
- Bancada de trabalho do ANSYS; - Avaliação de design; - Importação de formato neutro
IGES, STEP;
- ANSYS Multifísica; - Elétrico; - Parasolid (nativo no ANSYS
DesignModeler);
- ANSYS Mecânica; - Dinâmica Explícita;
- ANSYS Autodyn; - Fluxo de Fluido (CFX);
- ANSYS Forte; - Fluxo Fluido (Fluente);
- ANSYS Chemkin-Pro; - Resposta Harmônica;
- ANSYS CFD (ANSYS CFX e - Flambagem Linear;
ANSYS Fluente);
- Malhagem ANSYS e Malha - Magnetostático;
Estendida;
- ANSYS DesignModeler; - Modal;
- ANSYS DesignExplorer; - Vibração Aleatória;
- ANSYS SpaceClaim; - Espectro de Resposta;
- Dinâmica Rígida;
- Otimização de Forma;
- Estrutural Estático;
- Térmica Estável;
- Térmica-elétrica;
- Estrutural Transitório;
Fonte : Adaptada de Ansys Workbench Interface , 2019.
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5.2.3 Geometria
5.2.4 Malha
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Também, para a face que simula o ponto de instalação do exaustor em função de sua
geometria circular de 0,5m de diâmetro ficar muito próxima ao elemento máximo gerado para
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a malha em geral, foi criado um dimensionamento e gerada uma malha de elemento máximo
de 0,1m como mostrado na Figura 26.
Figura 26 – Malha face do exaustor
5.2.5 Configurações
Ainda foram colocadas com condição de contorno conforme mostrado na Figura 27:
- Saída (Exaustão) de ar com Q de 2,86 kg/s;
- Entrada de CO2 com Q de 0,1 kg/s está simulando a geração de gás proveniente de
resíduos de cereais e diversos, sendo localizada na parte mais profunda da geometria.
- Abertura (Insuflação Natural) de ar com pressão relativa igual a 0 Pa, está localizada
na parte superior da geometria, ponto caracterizado pela entrada do poço de elevadores, sendo
aberto e possibilitando tanto a entrada como saída de ar e gás.
A partir dos dados de configuração, foram realizadas duas simulações de cálculo
transientes. A primeira, com passo de tempo de 0.01 segundos e tempo total de 60 segundos
(Figura 28 - a) e a segunda, com passo de tempo de 2 segundos e tempo total de 5 minutos
(Figura 28 – b).
Figura 28 – Configurações de análise
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Na configuração foi definida uma convergência residual máxima superior de 1.0 E-4.
Todas as simulações convergiram atendendo a este valor de erro residual como mostrado nas
Figura 30 a) e b).
5.2.6 Solução
Para as duas simulações foram utilizadas um nível residual máximo de 1.0 E-4, sendo
que ambas chegaram a uma convergência com valor de erro residual abaixo de 1.0 E-4, como
mostrado na Figura 30 - a. e Figura 30 – b, o que garante boa precisão a análise.
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6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O modelo foi iniciado com volume de CO2 de 40% do total do ambiente, condição
mostrada na página 21 deste trabalho, sendo crítica para a respiração humana. No piso do
poço foi considerada uma geração de 0,1 kg/s de CO2, simulando resíduos em putrefação
acumulados ao fundo. Estas condições iniciais mostradas na Figura 31.
Figura 31 – Gráfico de volume CO2 a 0s (condição inicial) - simulação de 60s
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O fenômeno pode ser verificado no gráfico de volume de CO2 (Figura 35) aos 15s,
onde o CO2, com maior densidade vai se acumulando na proporção de 38% novamente no
fundo do túnel, não sendo mais removido pela exaustão.
Figura 35 – Gráfico de volume CO2 a 15s - simulação de 60s
Com 30s de simulação o CO2 está totalmente depositado no fundo do poço e túnel,
como mostrado na Figura 36, permanecendo o mesmo volume de 38%. Na Figura 37 é
possível ver a formação de vórtices, porém, é formado um fluxo laminar na parte superior do
túnel.
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Aos 45s o volume de CO2 se mantem em 38%, porém, com este volume se
acumulando ao fundo do poço, e, quase atingindo a altura do piso do túnel como pode ser
visto na Figura 38.
Neste instante o acesso por pessoa já no inicio do poço causaria asfixia em poucos
segundos e, com danos físicos que impediriam o retorno a parte externa do túnel.
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Ao final dos 60s de análise, o CO2 está depositado ao fundo do túnel, não sendo mais
exaurido pelo sistema como visto na Figura 40. A geração de CO2 dada na entrada do sistema
proporciona retomada de aumento de CO2, atingindo 39% do volume total ao final da
simulação.
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A velocidade do escoamento de ar tem uma pequena redução aos 60s (Figura 41). A
vazão de ar permanece constante, mantendo 2,80 kg/s. Há formação de vórtices no poço e
próximo ao piso do túnel, porém não é o suficiente para exaustão do CO2.
Figura 41 – Linhas de corrente a 60s – simulação de 60s
O local mais crítico para acesso é o poço de elevador, local onde ocorre maior
acumulo de CO2. Neste, foi criado um ponto localizado a 2 m do piso do poço para análise do
volume de CO2 no local.
Como mostrado no gráfico da Figura 42, o CO2 é reduzido a 24% no décimo segundo
de funcionamento do sistema. Este volume ainda está acima dos 10%, quantia que já
proporciona danos à saúde.
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Após os 10s, o sistema de exaustão não é capaz de retirar ou diluir o CO2, voltando a
aumentar e se depositar no fundo do poço. Após 44s o ponto no poço é constituído de 100%
de CO2.
Figura 42 – Gráfico volume de CO2 x tempo (ponto a 2 m do fundo do poço de elevador) – simulação de 60s
Para então avaliar um tempo maior de exaustão foi criado modelo com iguais
características de geometria, malha e dados de entrada como mostrado na Figura 43, porém
como mencionado no item 5.2.5 deste trabalho alterado o passo de tempo para 1s e tempo
total de 5 min melhorando o tempo de resultado.
Figura 43 – Gráfico de volume CO2 a 0s (condição inicial) - simulação de 5min
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Aos 120s de simulação, todo o CO2 está depositado no fundo do poço e a exaustão não
é suficiente para realizar a retirada. Devido à entrada de CO2 aplicada como condição inicial o
volume, volta a aumentar chegando a 39%, como mostrado na Figura 48.
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Aos 240s de simulação o volume de CO2 já é de 41,5% (Figura 52), quase 1% a mais
que no instante de 180s.
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Assim como na primeira simulação, foi gerado gráfico para análise do volume de CO2
no ponto inserido a 2 m do piso do poço.
No gráfico mostrado na Figura 56, pode ser visto que há uma redução inicial no
volume de CO2, porém, esta redução não atinge volume inferior a 10%, condição ideal. A
partir de 10s o volume de CO2 volta a aumentar no ponto.
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A partir de 50s o volume de CO2 no local é de 100%. Com este volume, a respiração é
impossível e, caso ocorra o acesso por pessoa sem equipamento auxiliar de respiração,
ocorrerá o óbito por asfixia imediatamente.
Até o período simulado, a circulação de ar ocorre de forma constante na parte superior
do túnel com deposição de CO2 próximo ao piso apenas. Nesta condição, se houver acesso por
pessoa nesta parte poderá haver mal estar, porém não ocorrerá o óbito como no acesso ao piso
do poço.
Figura 56 – Gráfico volume de CO2 x tempo (ponto a 2 m do fundo do poço de elevador) – simulação de 5min
Como pode ser avaliado, nas duas primeiras simulações, o sistema de exaustão
dimensionado para atender a taxa de renovação de ar de 30 trocas completas por hora no
ambiente não é efetivo.
O sistema não é capaz de fazer a retirada ou diluição do volume de CO2 dado como
condição de entrada no sistema. Este volume de CO2 já crítico para a respiração, deixando a
pessoa sem tempo de notar o volume e deixar o recinto, levando ao óbito em poucos
segundos.
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Dentro do que é recomendado na literatura por (Macintyre, 1990), pode ser alterado o
sistema de insuflação natural e exaustão mecânica para insuflação mecânica e exaustão
natural, porém, analisada a forma como o CO2 e o ar se comportaram no escoamento do
fluido, pode novamente ser ineficiente com o ar circulando apenas na parte superior do túnel,
não atingindo a parte mais profunda do poço, item mais crítico na geometria.
Assim, optou-se por simular um sistema de Insuflação e Exaustão mecânica, na
geometria, foi adicionado ponto de ventilação adicional (Figura 57), este seguindo as mesmas
dimensões já empregadas no outro ponto, porém mais próxima ao fundo do poço.
Figura 57 – Detalhe de adição de ponto adicional para exaustor
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Para o fundo do poço, parte inferior da geometria, foi mantida a entrada de 0,1 kg/s de
CO2, como também na entrada do poço, parte superior da geometria, foi mantida a opção de
abertura, permitindo tanto a entrada como saída de fluido. A Figura 59 permite a visualização
dos dados de entrada e a Figura 60 o gráfico de condições iniciais da simulação.
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Na Figura 62, podem ser vistas duas diferenças em relação à primeira e segunda
simulação. A primeira é a velocidade de circulação de ar que aumentou para 7,76 m/s. A
segunda que fica na parte aberta do poço, parte superior, ao invés de entrar ar como nas
primeiras simulações, esta saindo.
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Aos 60s, o volume de CO2 foi reduzido para 10% (Figura 63), o que já proporciona
condição de acesso em todos os pontos do ambiente.
Figura 63 – Gráfico de volume CO2 a 60s – 2ª simulação de 5min
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Após 180s o volume de CO2 é reduzido a 0,03% no ambiente (Figura 67). O exaustor
localizado no ponto mais baixo do poço elimina o CO2 proveniente da matéria orgânica já na
sua liberação.
Figura 67 – Gráfico de volume CO2 a 180s – 2ª simulação de 5min
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sendo gerado gráfico de volume de CO2 no intervalo de 300s mostrado na Figura 73.
Figura 73 – Gráfico volume de CO2 x tempo (ponto a 2 m do fundo do poço de elevador) – 2ª simulação de
5min
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Nos primeiros 10s ocorre uma redução do volume de CO2 no ponto, porém, volta a
aumentar até próximo de 40s devido à sucção estar posicionada próxima ao piso do poço e o
ventilador da saída do túnel estar insuflando ar para o túnel.
Após os 40s a exaustão começa a reduzir o CO2 depositado no poço rapidamente até
próximo a 55s. A partir deste instante o CO2 atinge níveis normais de concentração no
ambiente eliminando totalmente o risco em todos os pontos do ambiente.
Neste novo modelo com a utilização Insuflação e Exaustão mecânicas possibilitou
uma condição de acesso ao interior do túnel já a partir de 1min de funcionamento do sistema,
momento este com volume de CO2 em 10% (Figura 60), condição que ainda pode causar mal
estar à permanência humana, porém, logo eliminada, evitando o risco de danos permanentes
ou mesmo óbito.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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