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LAUDO DE VISTORIA

TÉCNICA
RESERVATÓRIO – SAAE – ELÓI MENDES

Responsáveis pelo Laudo:


Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D
Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D

Participantes e revisores do Laudo:


Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
LAUDO DE VISTORIA TÉCNICA

Varginha, 13 de julho de 2020.

SOLICITANTE: SAAE Elói Mendes – Serviço autônomo de água e esgoto da cidade


de Elói Mendes
ENDEREÇO: Rua Joaquim B. Pereira 275 - Centro
CIDADE: Elói Mendes
TEL.: 35-3264-0550
CPF/CNPJ.: 20.346.805/0001-07
ART.: 14202000000006140391 (Apêndice D)

REFERENTE: Vistoria de Avaliação visual de um reservatório de água potável elevado


utilizado pelo solicitante no município de Elói Mendes, localizado à Praça do triangulo
(s/n) no centro da referida cidade. Esta visita se deu a ocorrências e preocupações do
órgão responsável em relação à estrutura do reservatório. Tal estrutura apresenta
patologias que necessitam de investigação minuciosa para definir o grau de risco à
segurança da população que por ali trafega e pela manutenção do abastecimento de
água do município.

DATA DA VISTORIA: 25/06/2020

CATEGORIA: Trata-se de uma obra de Saneamento e infraestrutura urbana.

ÁREA DE CONSTRUÇÃO/DESCRIÇÃO

Os registros de ocupação do local datam de 1830. “Largo do Furú”, assim


chamado pelos escravos. No século XX, foi construído o teatro na Vila do Pontal, onde
passou a ser conhecido como “Largo do Theatro” tendo o nome oficial de Praça
Marechal Hermes. Posteriormente o Teatro foi demolido e construída a caixa d'água,
que teve sua construção iniciada em 1929 e concluída em 1930. É um dos cartões

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postais e símbolo de Elói Mendes, com seus 25 metros de altura e capacidade de 500
mil litros. Sua construção foi solicitada devido ao deficiente serviço de abastecimento.
Esta caixa d'água foi um marco na história de Elói Mendes pela sua importância e
imponência na época. Atualmente faz parte da história da cidade e continua
abastecendo grande parte do município. O Bem Imóvel “Caixa D’Água/Praça do
Triângulo”, está tombada pelo Decreto Nº 962, de 06 de março de 2006, e sujeito à
proteção especial, de acordo com a Lei Municipal.

OJETIVO DESTE LAUDO

Os Objetivos da vistoria e deste laudo são identificar e detalhar os vícios e


patologias observados na estrutura da caixa d’água, associando dados de um estudo
bibliográfico com o diagnosticado “in loco’. Posteriormente a este diagnóstico, propor
estudos, ensaios e levantamentos técnicos especializados para conclusão precisa da
condição estrutural do reservatório.

DESCRIÇÃO DA VISITA

A visita a estrutura foi realizada no dia 25 de junho de 2020, sendo que na


ocasião foram seguidas estratégias de inspeção e diagnóstico que, segundo Helene
(1992), trata-se da identificação e descrição do mecanismo, das origens e das causas
responsáveis pela patologia encontrada em uma estrutura ou elemento estrutural. A
certificação de manifestações patológicas pode suceder tanto de um sintoma externo
evidente, ou de uma vistoria cuidadosa efetuada dentro de uma inspeção rotineira de
manutenção. A etapa de levantamento de dados é extremamente importante, pois
fornecerá subsídios necessários para que a análise possa ser feita corretamente.
De acordo com Andrade e Silva (2005), para que a medida corretiva seja
eficiente deve-se sanar todas as causas, sendo que uma patologia pode apresentar
como consequência de mais de uma deficiência. Logo é importante investigar
cuidadosamente a patologia e suas possíveis causas, para que a correção seja
eficiente.
Para a adoção das terapias adequadas e para o diagnóstico correto, é
necessário o conhecimento das diferentes manifestações patológicas. Os
procedimentos relacionados com a inspeção de uma estrutura podem implicar em um

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trabalho simples em alguns casos, como também podem necessitar de um trabalho
investigativo complexo, dependendo da magnitude e natureza do problema.
Segundo Granato (2002), uma inspeção corresponde as seguintes etapas:
a) Elaboração de uma ficha de antecedentes, da estrutura e do meio
ambiente, baseado em documentação existente e visita a obra;
b) Exame visual geral da estrutura;
c) Levantamento dos danos;
d) Seleção das regiões para exame visual mais detalhado e
possivelmente da retirada de amostras;
e) Seleção das técnicas de ensaio, medições, análises mais apuradas;
f) Seleção de regiões para a realização de ensaios, medições,
análises físico-químicas no concreto, nas armaduras e no meio
ambiente circundante;
g) Execução de medições, ensaios, e análises físico-químicos.

Na ocasião foram executados os passos de “a” até “d”, estudo preliminar, sendo
as demais etapas concordadas com o solicitante para serem executadas após entrega
deste laudo. A visita foi assistida e relatada, conforme Apêndice “A”.
Para Helene (2003), inspeção é uma atividade técnica especializada que
abrange a coleta de elementos, de projeto e de construção, o exame minucioso da
construção, a elaboração de relatórios, a avaliação do estado da obra e as
recomendações, que podem ser de nova vistoria, de obras de manutenção, de
recuperação, de reforço ou de reabilitação da estrutura.
A inspeção preliminar realizada aqui determina, através da análise visual e do
histórico da edificação, a necessidade ou não de intervenção imediata na estrutura.
Neste tipo de inspeção, é feito uma estimativa das possíveis consequências dos danos,
possibilitando determinar a natureza e origem do problema, como também de servir
como base para um estudo mais detalhado, caso necessário.

DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA

A estrutura em questão é um reservatório d'água elevado em concreto armado,


com capacidade aproximada de 500 m3 de armazenagem, executado sobre fundação
direta, sob o qual foram construídos, a nível do solo, uma praça para utilização pública.

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A estrutura é composta por 8 pilares, com dimensões variáveis entre lances de pilares,
sendo o primeiro lance com dimensões de 35cm x 135cm, o segundo lance com
dimensões de 35cm x 80cm e os últimos lances com 35cm x 50cm, possui travamento
intermediário em vigas de concreto armado, sendo 5 anéis de travamento, com
elementos estruturais (vigas) com 30cm de base por 20cm de altura.
O reservatório propriamente dito é uma estrutura em concreto armado com
seção fechada e paredes de aproximadamente 15cm de espessura (conforme
documentação apresentada pelo SAAE Anexo “A”), referente a projeto hidráulico da
estrutura.
Esta estrutura, em virtude de sua idade e da falta de manutenção, apresenta
sinais de deterioração bastante avançada, principalmente no que diz respeito à corrosão
das barras das armaduras e concreto com aparência porosa e com desagregação,
comprometendo a sua integridade e a segurança das pessoas que utilizam o local, por
se tratar de uma estrutura localizada em uma área destinada ao lazer (praça pública) no
centro do município e Elói Mendes e com alto tráfegos de veículos e pessoas. A Foto 1
mostra uma visão geral da estrutura.

Foto 1 - Visão geral da estrutura

Fonte: o autor em 25/06/2020.

O laudo aqui descrito não é um caso isolado de baixa durabilidade de estruturas


de concreto armado. Quando se trata de prédios ou estruturas de propriedade de órgãos
públicos o problema se agrava, devido a entraves burocráticos e dificuldades
orçamentárias contribuem decisivamente para a falta de manutenção e até mesmo para

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a execução de trabalhos emergenciais que se façam necessário. Nesta estrutura, por
exemplo, a deterioração já atingiu um grau tão elevado que a área em sua volta foi
interditada, pois há perigo de ruína iminente, como já ficou caracterizado por pequenos
acidentes ocasionados pelo desplacamento do concreto
Os serviços foram divididos da seguinte forma: levantamento técnico visual e
documental da estrutura, elaboração de laudo preliminar com definição dos próximos
passos de inspeção, ensaios e mapeamento das anomalias; posteriormente será
elaborado laudo técnico com conclusões a respeito dos dados obtidos pelos ensaios
solicitados e em caso positivo elaboração de projeto de recuperação, com especificação
dos serviços a serem realizados em caso negativo existe a possibilidade de condenação
da estrutura.

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REVISÃO DA LITERATURA

Desempenho, durabilidade e vida útil

Desempenho é o comportamento do elemento em uso, ao longo da sua vida útil,


e pode ser entendido como condições mínimas de habitação e utilização necessárias
para que um ou mais indivíduos possam usufruir do bem imóvel. Tais condições são
previstas pela NBR 15575 de 2013 com base na norma ISO 6241 de 1984 e adaptadas
à realidade brasileira, dentre algumas estão, desempenho estrutural, térmico, acústico
e lumínico, segurança contra incêndio, estanqueidade, saúde, higiene e qualidade do
ar.
A durabilidade de um material é a capacidade do mesmo de manter as suas
características estruturais e funcionais originais pelo tempo de vida útil esperado, nas
condições de exposição para as quais foi projetada. É fundamental que as estruturas
desempenhem as funções previstas, mantenham a resistência e a utilidade esperadas,
durante um período previsto. (SITTER, 1984 (apud HELENE, 2003, p.28))
A durabilidade é diretamente ligada à vida útil, para Mehta e Monteiro (2008)
“uma vida útil longa é considerada sinônimo de durabilidade”. Durabilidade é ainda a
capacidade da estrutura e/ou seus componentes em manter os requisitos de
desempenho do projeto durante um período de vida útil sob influência do meio ambiente
e do envelhecimento natural.
De acordo com a ABNT NBR 15.575 de 2013, define-se vida útil como:
[...]período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas, elementos e componentes
se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos considerando:
1- o atendimento dos níveis de desempenho previstos na NBR 15.575, e 2- a
periodicidade e a correta execução dos processos de manutenção especificados no
respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção. (ABNT NBR 15.575– Parte 1 –
Requisitos Gerais, 2013, p. 10)
Sob as condições ambientais esperadas e sem requerer altos custos imprevistos
para manutenção e reparo, vida útil entende-se pelo período de tempo em que uma
estrutura irá manter suas características acima dos limites mínimos de funcionalidade,
resistência e aparência, ou seja, é o período compreendido entre o início de operação
da estrutura até o momento em que o seu desempenho deixa de atender às exigências
dos usuários.

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A representação gráfica 01 apresenta três faixas de vida útil de projeto, dispostas
pela NBR 15575 de 2013, sendo o nível Mínimo (M) obrigatório. Na Tabela 01
apresentam-se os valores de vida útil de projeto para cada sistema nos níveis limites
(Mínimo e superior), de acordo com a norma.

Gráfico 1 - Nível de desempenho e vida útil.

Fonte: adaptado de NBR 15575 de 2013.

Tabela 1 - Vida útil de projeto de acordo com a NBR 15575:20131


VUP2 (em anos)
Sistema Nível Nível
Mínimo Superior
Estrutura ≥503 ≥75
Pisos Internos ≥13 ≥20
Vedação vertical externa ≥40 ≥60
Vedação Vertical Interna ≥20 ≥30
Cobertura ≥20 ≥30
Fonte: adaptado de NBR 15575 de 2013

1 Considerando periodicamente os processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e


especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário em
atendimento à ABNT NBR 14037.
2 Vida Útil de Projeto.
3 Segundo a NBR 8681 de 2004.

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É perceptível que diferentes tipos estruturas e sistemas têm diferentes períodos
para a vida útil devido aos mais distintos materiais utilizados, o que deve ser levado em
consideração no projeto, nas ações de manutenção e na estimativa da vida útil.
Para atingir devidamente o desempenho esperado durante a vida útil
determinada é importante que cada um dos envolvidos no processo construtivo estejam
cientes de suas responsabilidades. Os fornecedores devem oferecer materiais que
atendam à VUP mínima estabelecida pena norma NBR 15575:2013 e os cuidados de
manutenção preventiva e corretiva dos mesmos. Com base nos produtos disponíveis é
o projetista quem deve definir a VUP e especificar os materiais a serem utilizados em
cada sistema. O construtor responsabiliza-se, então, por identificar os riscos previsíveis
durante o projeto e fornecer aos projetistas as informações necessárias, além de
elaborar o manual de operação, uso e manutenção da edificação – seguindo as normas
NBR 14037:2011 e NBR 5674:2012 – que deve ser entregue ao proprietário/usuário,
que por sua vez se responsabiliza em seguir o manual e realizar as ações de
manutenção necessárias.

Patologias da construção

Desde os primórdios da civilização o homem tem se preocupado com a


construção de estruturas adaptadas às suas necessidades, com isso a humanidade
acumulou um grande acervo científico ao longo dos séculos, o que permitiu o
desenvolvimento da tecnologia da construção, abrangendo a concepção, o cálculo, a
análise e o detalhamento das estruturas. Apesar disto e por ainda existirem limitações
ao desenvolvimento cientifico e tecnológico, além das inevitáveis falhas involuntárias,
têm-se constatado que algumas estruturas acabam por ter desempenho insatisfatório,
gerando as patologias da construção civil (RIPPER; SOUZA, 1998).
As normas técnicas desenvolvidas ao longo da história da construção civil,
estabelecem padrões de execução, material, desempenho (e outros) para garantir
funcionalidade, conforto, durabilidade e, também para que cada edificação atenda e
supra a diferentes tipos de necessidades. As patologias são modificações estruturais ou
funcionais, seja quando os elementos que compõem uma edificação passam a trabalhar
de maneira diferente e/ou inferior ao planejado, ou quando há a degradação do material
ou de suas propriedades físicas e estruturais.

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Patologia da construção estuda então, o desempenho insatisfatório das
edificações e seus materiais em relação à durabilidade, funcionalidade, estética e
estabilidade. Analisa ainda os defeitos, como: trincas, rachaduras, fissuras, manchas,
descolamentos, deformações, rupturas, corrosões, oxidações, entre outros.

Origem dos problemas patológicos

As causas de ocorrência dos fenômenos patológicos podem ser as mais


diversas, desde o envelhecimento natural, acidentes, irresponsabilidade de profissionais
e usuários que optam pela utilização de materiais fora das especificações ou não
realizam a manutenção correta da estrutura, muitas vezes por razões econômicas,
dentre outras. (RIPPER; SOUZA, 1998).
Os problemas patológicos têm origem em falhas que incidem durante a execução
de uma ou mais atividades do processo de construção civil, processo que pode ser
dividido em cinco etapas: planejamento, projeto, definição de materiais, execução e uso.
O controle de qualidade durante estas etapas é significativo para a diminuição ou
eliminação das manifestações patológicas que não tem sua origem em fatores isolados,
pois sofrem influência de um conjunto de variáveis que dependem do processo
patológico, sintomas, causa ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem.
De acordo com o gráfico 02, verifica-se que estes problemas possuem origem
na maior parte das vezes nas fases de projeto e execução.

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Gráfico 2 - Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção e uso
das obras civis.

4%
10%

40%
18%

28%

Planejamento Uso Materiais Execução Projeto

Fonte: Adaptado de HELENE & FIGUEIREDO, (2003).

Grande parcela das intervenções de manutenção nas edificações poderia ser


evitada caso houvesse um melhor detalhamento do projeto, melhor qualidade no
processo de execução e escolha apropriada dos materiais. Por fim, reafirma-se que o
controle de qualidade durante todas as etapas do processo construtivo está totalmente
ligado a manutenção e aos futuros problemas patológicos quem poderão incidir na
edificação.

Classes de agressividade ambiental

A agressividade ambiental é um fator contribuinte para a danificação estrutural de


uma obra, as mesmas devem conter uma certa durabilidade onde fatores podem
contribuir para a danificação. É importante conhecermos esses fatores de danificação
para um melhor planejamento e execução da obra.
A ABNT NBR 6118:2014 em seu item 5.1.2.3 define "Durabilidade - Consiste na
capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em
conjunto pelo autor do projeto estrutural e pelo contratante, no início dos trabalhos de
elaboração do projeto. ” Devida a estas circunstâncias, devemos averiguar as condições
ambientais como fator de risco.

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As ações químicas e físicas exercem sobre a obra de maneira direta,
independente da circunstância mecânica e/ou estrutural.
O responsável pelo projeto estrutural deve em primeira instância averiguar as
particularidades do ambiente onde será localizada a obra. Após esse procedimento com
o auxílio da tabela de classes de agressividade ambiental (CCA) deve-se classificar o
fator agressividade do ambiente.

Tabela 2: Classe de agressividade ambiental (CAA).


Classificação do
Classe de
tipo de ambiente Risco de deterioração da
agressividade Agressividade
para efeito de estrutura
ambiental
projeto
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderadpa Urbana 1),2) Pequeno
Marinha 1)
III Forte Grande
Industrial 1), 2)
Industrial 1), 3)
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda
(um nível acima) para ambientes internos secos: salas, dormitórios, banheiros,
1)
cozinhas, áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos
comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura.
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda
(um nível acima) em obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do
2)
ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos ou regiões onde chove raramente.
Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia,
3) branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes,
indústrias químicas.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014.

Esta análise é fator fundamental na concepção do projeto, pois assim podemos


definir os valores mínimos que devemos respeitar na envoltura da armadura, e as
características mínimas de resistências que devem ser respeitadas.

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Por exemplo, os cloretos são encontrados em maior intensidade em áreas
litorâneas dessa maneira o ambiente caracteriza-se com fator elevado de risco de
deterioração estabelecendo que deve ser considerado no projeto e execução da obra
um cobrimento e resistência de concreto compatíveis a CAA IV.

Tabela 03: Tabela de correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o


cobrimento nominal para c=10mm – resumida para uso em concreto armado.
Classe de agressividade ambiental (CAA) - tabela
8
Componente
Tipo de estrutura
ou elemento I II III IVa

Cobrimento nominal em (mm)

Laje b 20 25 35 45

Viga / Pilar 25 30 40 50

Concreto armado Elementos


estruturais
30 40 50
em contato
com o solo

Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios,


estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto,
a canaletas de efluentes e outras obram em ambientes químicos e
intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da
classe de agressividade IV.
Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com
argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete
e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como
b pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e
outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelo item
7.4.7.5 da ABNT NBR 6118:2014, respeitado um cobrimento nominal
≥ 15 mm.
Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios,
estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto,
c canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e
intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da
classe de agressividade IV.
No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de
d
fundação, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014.

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Na tabela 03 podemos observar as recomendações das espessuras de
cobrimento dos elementos construtivos de acordo com o grau de agressividade,
podemos assim nos assegurar da resistência, durabilidade e segurança dos mesmos.

Relação água/cimento

A relação água/cimento é a proporção da mistura de água e cimento, suas funções


estão ligadas diretamente a resistência, durabilidade e impermeabilidade. Essas
funções podem ser comprometidas se a mistura inicial do concreto não for bem
realizada, os fatores como a porosidade e permeabilidade são os principais aspectos
interferidos por esta relação. Esta relação e consumo de cimento mínimos também
estão ligadas a classe de agressividade ambiental a qual está inserida a estrutura.

Tabela 04: Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto

Classe de agressividade (Tabela 6.1)


Concreto a Tipo b, c
I II III IV

Relação CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45


água/cimento em
massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40


concreto
(ABNT NBR CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40
8953)
a
O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos
estabelecidos na ABNT NBR 12655
b
CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.
c
CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014.

Para uma boa mistura devemos levar em consideração a qualidade e


propriedades químicas da água, os fatores principais a serem analisados são os
cloretos, sulfatos, álcalis e a contaminação prejudicial.

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Normas brasileiras

Diversos procedimentos relacionados ao concreto armado, devem atender


algumas normas técnicas principais, pois as normas asseguram as características
desejáveis de produtos e serviços, como qualidade, segurança, confiabilidade e
eficiência. As principais normas relacionadas ao concreto armado e suas estruturas
estão destacadas a seguir:

a) NBR 6118 (2014): Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;


b) NBR 14931 (2004): Execução de estruturas de concreto – Procedimento;
c) NBR 6120 (2019): Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;
d) NBR 6123 (1996): Forças devido ao vento em edificações - Procedimento;
e NBR 8681 (2004): Ações e segurança nas estruturas – Procedimento;
e) NBR 7480 (2008): Aço destinados a armaduras para estruturas de concreto
armado - especificação;
f) NBR 12655 (2015): Concreto - Preparo, controle e recebimento;
g) NBR 7211 (2009): Agregados para concreto – Especificação;

Tipos de Patologia em Estruturas de Concreto Armado

As fissuras em concreto armado são muito comuns nas estruturas. As


verdadeiras causas do problema precisam ser diagnosticadas, tratadas e corrigidas a
fim de bloquear o processo, para que não venha agravar os problemas na edificação
(GONÇALVES, 2015).
Segundo o mesmo autor “as mais comuns causas da ocorrência da corrosão no
concreto são: má execução das peças estruturais, concreto com resistência
inadequada, ambiente agressivo, proteção insuficiente, manutenção inadequada ou
inexistente e presença de cloretos” (GONÇALVES, 2015).
São diversos fatores que influenciam para ocorrência da fissuração, podendo ser
de difícil identificação. Contudo, as causas produzem padrões idênticos, o que facilita
bastante a tarefa do perito. Principais causas relacionadas ao material:

a) Cura deficiente;
b) Retração;

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c) Expansão;
d) Erros de projeto;
e) Variações de temperatura;
f) Ataques químicos;
g) Excesso de carga;
h) Erros de execução;
i) Recalques diferenciais.

A corrosão também é um tipo de patologia que pode ocorrer sob diferentes


formas e o conhecimento das mesmas é importante para estudo de um processo
corrosivo.
Segundo Polito (2006), após iniciar o processo de corrosão, o avanço da
corrosão variará em função do tipo de aço da armadura. A variável “tipo de aço” é de
grande relevância no processo corrosivo. A corrosão afeta vários fatores no
comportamento do aço: sua composição química, os tratamentos mecânicos ou
térmicos.
Segundo Medeiros (2015) a corrosão é mais encontrada em locais mais
expostos à umidade e agentes agressivos, ou em estruturas com muitas falhas, como
ninhos de concretagem que, pela alta porosidade local, acabam por facilitar a
penetração de agentes agressivos.

Principais patologias em estruturas de concreto

Entre as diversas patologias que podem ocorrer em estruturas de concreto,


merecem destaque:
- Lixiviação
- Fuligem
- Fungos
- Fissuras
- Retração
- Sulfatos
- Carbonatação
- Corrosão

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Estas patologias agindo separadamente ou simultaneamente levam à diminuição
do pH do concreto possibilitando o desencadeamento de:
- Corrosão
- Fissuração
- Destacamento do concreto
Estas ocorrências são as principais manifestações que contribuem para a baixa
durabilidade de diversas edificações.

Patologias em Reservatório de Água de Concreto Armado

Os reservatórios elevados de concreto armado (ex. figura 1) são compostos por


uma estrutura de conjuntos de pilares e vigas embutidas, mantendo o perímetro da
secção transversal da edificação. Esse tipo de reservatório proporciona o abastecimento
direto por gravidade, isto é, quanto mais alta for a coluna de água, maior será a pressão
nas tubulações (SOUZA, 2014).
Segundo Souza (2014) as principais patologias desenvolvidas em reservatórios
de água são: “corrosão de armaduras; perda de estabilidade estrutural devido aos
movimentos dinâmicos de fissura e trincas em qualquer face da estrutura; infiltrações;
carbonatação ou presença de íons Cloretos, entre outra substância”.
Segundo Tinoco e Morais (2013), outra manifestação patológica incidente é a
corrosão nas armaduras. Cerca de 93% dos reservatórios analisados na pesquisa do
autor apresentaram este tipo de problema. As causas para esse tipo de patologia foram
as “baixas espessuras de cobrimento e a elevada porosidade do concreto
(características do material utilizado na época da execução) interferem negativamente
sobre a vida útil da estrutura, uma vez que a barreira física proporcionada por este
cobrimento é menor e mais fraca. ” (TINOCO; MORAIS, 2013).

Corrosão da Armadura por Ataque de Íons de Cloreto

Gentil (2003) descreve corrosão como “a deterioração de um material,


geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou
não a esforços mecânicos”. Fazendo uma análise sobre o estudo do ataque de cloretos
no concreto armado, as partes estruturais suscetíveis a esse ataque serão o concreto e
a armadura, porém a parte danificada que merece uma maior atenção é a armadura.

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De forma geral, especificamente, em relação a armadura do concreto armado,
pode-se definir corrosão da armadura como um processo eletroquímico que tem como
consequência a deterioração do aço causando perda de funcionalidade.
Para que o processo corrosivo ocorra, é necessário que (BOHNI, 2005):

• Haja uma diferença de potencial ente dois pontos da armadura, possibilitando o


fluxo de elétrons;
• O concreto esteja úmido garantindo a existência de um eletrólito;
• O oxigênio esteja presente, possibilitando a relação catódica;
• Ocorra o rompimento da camada passivadora da armadura, podendo ser pela
ação de íons cloreto ou pela carbonatação do concreto.

As reações básicas no íon cloreto se dá tanto no concreto como no aço. No


concreto o íon cloreto (Cl¯ ) reage com a água (H2O) e produz ácido clorídrico (HCl)
mais oxigênio (O²), o íon clorídrico vai ser responsável por baixar o pH do concreto e
quebrar a camada passivadora do aço. Em seguida, vai ser estabelecida uma reação
do íon cloreto (2Cl¯ ) com o íon de ferro (Fe⁺⁺), gerando o cloreto ferroso (FeCl2) que
por ser muito instável vai reagir com a hidroxila (2HO) e formar o hidróxido de ferro
(Fe(HO)2) somando-se ao íon cloreto novamente (2Cl¯ ). O íon de cloreto iniciará a
mesma reação novamente até formar um ciclo repetido e corroer o aço em um único
ponto. (ANDRADE, 2016)

Concreto: { Cl¯ + H2O = HCl + O²

Aço: {2Cl¯ + Fe⁺⁺= FeCl2 { FeCl2 + 2HO = Fe(HO)2 + 2Cl¯

A despassivação pode acontecer também através da carbonatação, que pela


ação do gás carbônico da atmosfera, penetra por difusão e reage com os hidróxidos
alcalinos da solução dos poros do concreto, reduzindo seu pH. A despassivação
deletéria só ocorre de maneira significativa em ambientes de umidade relativa abaixo
de 98% e acima de 60%, ou em ambientes sujeitos a ciclos de secagem e molhagem,
possibilitando a instalação de corrosão. (HELENE, 1992)

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É importante ressaltar que a carbonatação em si, não corrói, ela se torna apenas
um veículo de corrosão. Devido a essa ação, é possível diferenciar visivelmente a
carbonatação de um ataque por cloreto, como a carbonatação ocorre de maneira
generalizada, ela se espalha por uma grande superfície da armadura, e o ataque de
cloretos se concentra em um único ponto formando os pites, conforme

Figura 1: corrosão por carbonatação e por ataque de cloretos

Fonte: CASCUDO (1964)

Ataque por Sulfatos no concreto

Neville (1997) mostra que os sais na forma sólida são inofensivos para o concreto.
Somente quando dissolvidos temos reação com a pasta de cimento hidratado.
Entre os agentes químicos mais agressivos ao concreto estão os sulfatos, também
conhecidos como óxidos sulfúricos, que normalmente encontram-se diluídos na água, o
que torna os concretos destinados a obras marítimas, subterrâneas ou de condução de
rejeitos industriais e esgotos os mais vulneráveis a esses ataques.
Todos os sulfatos levam a deterioração do concreto do cimento Portland, mas o
mecanismo e grau de ataque dependem do tipo de sulfato presente.
Ao penetrar no concreto o íon sulfato reage com o Hidróxido de Cálcio, formando
gesso, com o Aluminato Tricálcico, formando a etringita ou com a alumina do agregado,
causando expansões, fissuração, descamação do concreto, amolecimento e
desintegração.

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Ataques por sulfato quanto ao reagente químico

• Sulfato de cálcio (CaSO4)


• Sulfato de magnésio (MgSO4)
• Ssulfato de sódio (Na2SO4).

Formas de ataque por sulfato

• Ataque clássico: Reação com o monosulfato formando estringita e o gesso.


• Ataque interno: Formação de estringita secundária (FES).
• Ataque com formação de taumazita: C-S-H do cimento é atacado.

Fontes de sulfatos

É muito fácil se deparar com sulfatos no meio de uma obra, Neville (1997) cita como
os tipos de sulfatos mais comuns: sulfatos de sódio, potássio, magnésio e cálcio, sendo
encontrados em solos ou em águas subterrâneas. Souza e Ripper (1998) acrescentam
como fontes de sulfato a água do mar e as águas poluídas por dejetos industriais. Souza,
R. B. de. (2006) acrescenta ainda esgotos, chuva ácida e agregados constituintes do
concreto.

REATIVIDADE ÁLCALI-AGREGADO - RAA

A RAA é uma reação química que ocorre na parte interna do concreto, envolvendo
hidróxidos alcalinos, provenientes principalmente do cimento, e minerais presentes nos
agregados. Este fenômeno gera produtos (gel sílico alcalino) que, na presença de
umidade, podem expandir, gerando pressões que provocam fissurações ou
deslocamentos no concreto, o que resulta em perda de resistência, elasticidade e
durabilidade.
Atualmente testes e estudos referentes a expansão de alcali agregado vem
sendo realizados, tem como experiência obras e profissionais do ramo da construção
civil . A reação álcali-agregado é geralmente associada as construções de grande porte,
normalmente empregado a barragens, esta tem maiores chances de problemas.

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Estruturas hidráulicas são mais suscetíveis a deterioração por conta de reações
alcalinas.
.
Carbonatação

Para que a carbonização aconteça, é preciso que três fatores estejam dentro do
concreto, que são: umidade, gás carbônico e oxigênio.

Figura 2 : Reação química carbonatação.

Fonte: gracieteoliveira.com

O processo se inicia com a entrada de água (H2O) nos poros do concreto pelas
fissuras, formando uma fina camada de água, que dissolve o cálcio (Ca) formando
hidróxido de cálcio (Ca(OH)2). O gás carbônico (CO2) também penetra nos poros do
concreto e reage com a agua resultando em ácido carbônico(H2CO3),que por sua vez
reage com o hidróxido de cálcio formando carbonato de cálcio(CaCO3). Assim, o
consumo de cálcio diminui o PH do concreto, deixando o aço exposto a corrosão.

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Figura 3: Concreto com corrosão avançada e armadura exposta

Fonte: MEDEIROS, 2020.

Situações de ocorrência da carbonatação

Para que ocorra a carbonatação do concreto, alguns fatores devem ser levados
em consideração, pois podem alterar as condições do mesmo, são eles:
As condições ambientais, pois determinam a concentração de CO2, a umidade
do ambiente e a temperatura;
Quanto maior for a concentração de CO2, maior será sua penetração no
concreto. A umidade do ambiente, pois provoca o preenchimento dos poros do concreto.
As maiores velocidades de carbonatação ocorrem em umidade relativa entre 60 e 85%
(Helene, 1992). Segundo (Helene, 1992) A temperatura interfere nas reações químicas
que ocorrem no processo e na sua durabilidade;
A composição e execução do concreto, esses aspectos influenciam muito, pois
são as características do material;
A estrutura do concreto determina a qualidade, ou seja, sua formação, medida
dos poros e assim sendo, determinam a capacidade de penetração de líquidos no
interior do concreto, sua permeabilidade. Quanto mais poroso o concreto for, maior será
a difusão de CO2 nos poros;
O processo de execução também é de suma importância, na sua preparação,
quanto maior for a quantidade de água, mais rápido ocorrerá a reação. Se o concreto
for mal curado, vai aparecer rachaduras que o deixam mais fraco. Com essas
rachaduras o CO2 vai entrar mais facilmente e acelerar o processo de carbonatação.
Em uma estrutura de concreto a carbonatação terá um efeito positivo, pois vai
aumentar sua resistência e sua dureza, porém não ocorre o mesmo na estrutura de

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concreto armado, pois se ela atingir as armações, vai haver corrosão e ferrugem do
material, causando assim, a destruição da estrutura.

Fungos e fuligem

Microrganismos de origem animal ou vegetal (bactérias, fungos, moluscos e


algas) frequentemente atacam a superfície úmida dos concretos e revestimentos
argamassados.
A porosidade das superfícies proporciona a retenção de fuligem, comum em
centros urbanos e industriais. São normalmente partículas ácidas que entram nos poros
e passam a reter água e também novas partículas devido a sua elevada superfície
específica, o que torna o processo cíclico, causando uma redução na alcalinidade do
concreto, podendo levar a despassivação da armadura.

Requisitos e Critérios de Desempenho visando a Durabilidade

SOUZA(1996) elaborou uma metodologia para avaliação do desempenho do


edifício e suas partes. Esta metodologia pode ser sintetizada no fluxograma apresentado
na Figura 4 e a partir dos conceitos já expostos.

Figura 4 Fluxograma da metodologia para avaliação do desempenho.

Fonte: SOUZA(1996).

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Requisito 1
As deformações da estrutura não devem impedir o funcionamento adequado,
nem afetar a durabilidade dos demais componentes e elementos da edificação.
- Critério
Devem ser atendidos os critérios referentes à flecha máxima a ser considerada,
além de todos os aspectos relativos à rigidez da estrutura (número de linha de pilares,
contraventamentos, grandes vãos, tipo de encunhamento, etc.)
- Avaliação
Para a verificação do atendimento a esse critério deve-se proceder à análise do
projeto estrutural.

Requisito 2
Os materiais utilizados em componentes e elementos estruturais devem ser
naturalmente resistentes, tratados ou protegidos e compatíveis física e quimicamente
quando utilizados conjuntamente, de modo que em condições normais de uso não
venham a ser deteriorados pelos agentes agressivos do meio ambiente.
- Critérios para metais
- Não deve haver contato direto de materiais metálicos de natureza
diferente, em particular zinco e ferro, zinco e cobre, ferro e cobre,
alumínio e ferro, alumínio e estanho, alumínio e cobre, alumínio e
chumbo, alumínio e zinco, a menos que os metais estejam
convenientemente isolados.
- Não deve haver contato direto entre metais e materiais potencialmente
agressivos, por exemplo entre alumínio, zinco, chumbo e cobre com
concretos, argamassas e gesso; ou ainda entre aço e gesso, a menos
que os metais estejam convenientemente isolados ou os outros materiais
estejam e permaneçam adequadamente secos.
- Devem ser evitadas frestas entre componentes que permitam o acesso
de umidade aos materiais metálicos constituintes da estrutura.
- Avaliação
Para a verificação do atendimento a esses critérios deve-se proceder à análise do
projeto estrutural.

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O diagnóstico dos problemas de durabilidade e o custo da intervenção

Para se proceder ao diagnóstico dos problemas de durabilidade é importante


utilizar os conhecimentos referentes à Patologia das Construções.
A Patologia das Construções é a ciência que estuda as origens, causas,
mecanismos de ocorrência, manifestações e consequências das situações em que os
edifícios, ou suas partes, não apresentam um desempenho mínimo estabelecido.
O problema patológico é uma situação em determinado instante da vida útil do
edifício em que este, ou uma de suas partes, não apresente desempenho satisfatório.
Diversos pesquisadores estudam a incidência e origem dos problemas patológicos.
Entre os trabalhos, vale destacar a pesquisa desenvolvida por IOSHIMOTO (1988). Em
seu estudo, o pesquisador pode estabelecer os seguintes quantitativos para a incidência
e origem dos principais problemas de patologia nas edificações:
- Umidade: 37%
- Fissuração: 16%
- Descolamentos: 15%
O custo da intervenção apresenta uma progressão geométrica, conforme está
elucidado na Lei de Evolução de Custos, ou Lei de Sitter, de acordo com o diagrama da
figura 5 (SITTER, 1984 apud HELENE, 1992).
Figura 5 Lei de evolução de custos.

Fonte: SITTER, 1984 apud HELENE, 1992.

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Interpretando o diagrama da Figura 5, pode-se afirmar:
- Os custos crescem segundo uma progressão geométrica de razão 5
- Ao projeto está associado a um custo 1
- As intervenções realizadas na execução representam cerca de 5 vezes o custo
das decisões em projeto
- A manutenção preventiva corresponde a 25 vezes os custos das decisões em
projeto
- A manutenção corretiva corresponde 125 vezes os custos das decisões em
projeto

RELATÓRIO E DISCUSSÃO

Após estudos teóricos a respeito das patologias diagnosticadas durante visita


técnica ao reservatório alvo deste laudo, serão apontadas patologias e possíveis causas
para as mesmas. Para tanto será utilizado como referência o levantamento geométrico
constante no apêndice “B”.

Fundações

Durante o estudo preliminar realizado, não foram feitas escavações para


avaliação superficial das fundações, não foram fornecidos e nem relatados a existência
de projeto ou estudo de fundações inerentes à época da execução do reservatório por
parte do SAAE de Elói Mendes e órgãos responsáveis pela estrutura.
Dentre os possíveis problemas que podem ser diagnosticados nestes elementos,
de acordo com as informações fornecidas, foi possível definir o que consta na tabela 7.

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Tabela 05: possíveis patologias de fundações a serem averiguadas para o Reservatório
do SAAE – Elói Mendes.
Estrutura Possíveis Observações
avaliada patologias
Recalques podem ser identificados
principalmente por desaprumos, estes
desaprumos podem ser verificados a olho nu
Recalques
em casos extremos ou por meio de
equipamentos de precisão, como por exemplo,
teodolitos e estação total.

O solo onde se encontra a fundação pode ter


Ataque por sulfatos
presença de sulfatos, assim como a infiltração
de águas poluídas e chuvas ácidas
Fundação Não observância de cobrimentos para
estruturas em contato com o solo, podem levar
a fundação a ruína, pois ficam mais suscetíveis
Executivas ao ataque de agentes externos. Assim como
não utilizar armaduras e concreto com
resistências compatíveis podem levar a
estrutura a ruptura.
O excesso de sobrecarga sobre a fundação,
Fadiga pode gerar tensões acima das resistidas pela
estrutura, ocasionando fissuração e colapso
Fonte: autor

Para tal averiguação, faz se necessário um estudo topográfico do reservatório,


um estudo de fundações, preferencialmente acompanhado de “as built” das mesmas,
ensaios de análise de capacidade de carga do solo local e ensaios para verificação de
presença de sulfatos ou outros agentes agressivos ao concreto e aço da estrutura.

Supraestrutura

A supraestrutura é composta por pilares de sustentação, vigas de travamento,


e reservatório de água superior.
Durante o estudo preliminar realizado, não foram fornecidos e nem relatados a
existência de projeto ou detalhamento da estrutura inerentes à época da execução do
reservatório por parte do SAAE de Elói Mendes e órgãos responsáveis.
A análise de tais elementos pautou-se em documentação fotográfica Apêndice
“C” e relatório escrito, Apêndice “A”. Além de informações colhidas com os presentes
que assinam o mesmo relatório.
A seguir serão apresentadas patologias diagnosticadas e possíveis causas.
Numerações conforme Apêndice “B”:

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Foto 02: Encontro de vigas de travamento com pilar P1.

Fonte.: autor (25/06/2020)

Foto 03: Base do pilar P1.

Fonte.: autor (25/06/2020)

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Foto 04: Estrutura de abastecimento em FoFo com vazamentos.

Fonte.: autor (25/06/2020)


Foto 05: Pilar P1, patologias.

Fonte.: autor (25/06/2020)

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Foto 06: Pilar P2, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

Foto 07: Pilar P3, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

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Foto 08: Pilar P4, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)


Foto 09: Pilar P5, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

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Foto 10: Pilar P6, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

Foto 11: Pilar P7, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

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Foto 12: Pilar P8, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

Foto 13: Vigas de travamento, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020)

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Foto 14: Foto externa, patologias

Fonte.: autor (25/06/2020

Tabela 06: Análise dos elementos da estruturais


Estrutura
Observações
avaliada Patologias
De acordo com tabela 03 deste laudo extraída da NBR
6118/2014, nas superfícies expostas a ambientes
agressivos, como reservatórios, estações de tratamento
Pilar (P1-P2-P3-
de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de
P4-P5-P6-P7-P8 Cobrimento
efluentes e outras obras em ambientes química e
– VIGAS DE insuficiente
intensamente agressivos, devem ser atendidos os
TRAVAMENTO)
cobrimentos da classe de agressividade IV. Ou seja, o
cobrimento mínimo para pilares e vigas deveria ser de
50mm. Valores muito superiores ao encontrados no local.
As corrosões presentes nas armaduras das vigas estão
Pilares (P1-P2- distribuídas ao longo da armadura e não apenas
P3-P4-P5-P6-P7- Corrosão da localizadas em um único ponto. Isso sugere que pode ser
P8-VIGAS DE armadura advinda da carbonatação conforme relatado na revisão
TRAVAMENTO) literária ou do desgaste natural da estrutura aliado ao
esforço solicitante ao longo de sua vida útil.
Pilares (P1-P2-
Concreto com Aparência frágil e com desprendimento de
P3-P4-P5-P6-P7- Desplacamento do
agregados e desplacamento da estrutura principal de
P8- VIGAS DE concreto
sustentação do reservatório, caracterizando perda de
TRAVAMENTO)
resistência e coesão.
Pilar P3 – VIGAS
Vícios de Presença de região de emenda de pilar com segregação
DE
Construção de agregados e armadura aparente.
TRAVAMENTO
Pilares (P1-P2-
P3-P4-P5-P6-P7- Corrosão da Armaduras expostas com presença de corrosão ao longo
P8VIGAS DE armadura da barra de aço
TRAVAMENTO)
Fonte: Autor.

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
DISCUSSÃO

Considerando a estrutura do reservatório vistoriada, pode se chegar às


seguintes considerações:
As intervenções devem, sempre que possível, serem realizadas de modo a
permitir o restabelecimento do desempenho inicial a um menor custo possível.
A vida útil de um projeto, levando-se em consideração sua estrutura e nível
superior de durabilidade, é estimada em 75 anos conforme tabela 01 deste laudo
extraída da NBR 15575.
Se verificarmos os aspectos propostos pela referida norma, como periodicidade
e correta execução dos processos de manutenção especificados em manual de uso,
operação e manutenção, novamente podemos afirmar que vida útil se entende pelo
período de tempo em que uma estrutura irá manter suas características acima dos
limites mínimos de funcionalidade, resistência e aparência, ou seja, é o período
compreendido entre o início de operação da estrutura até o momento em que o seu
desempenho deixa de atender às exigências dos usuários.
A estrutura em questão não possui manual de uso, operações e manutenção,
também não há um cronograma de reparos bem definido ou relatado durante sua vida
útil, além disso os dados fotográficos datados de 1930 contidos no anexo “C”, confirmam
que a estrutura possui aproximadamente 90 anos e há algum tempo tem deixado de
atender sua funcionalidade, conforme informado na vistoria, tem sido utilizada somente
metade do volume do reservatório para armazenamento e distribuição no município, a
resistência ao que tudo indica também está afetada e aparência há muito vem se
mostrando um problema, com armaduras expostas, e desplacamento de concreto.
De acordo com boletim de ocorrência do corpo de bombeiros militar (ANEXO
“B”) datado de 12/12/2019 sob número 2019-061131502-001 a estrutura teve um
“desprendimento de reboco”, podemos afirmar que tal reboco inexiste na estrutura, todo
e qualquer perda de material por parte da estrutura é uma perda de seção resistente,
ou seja, dos elementos estruturais responsáveis por manter estabilidade. O mesmo
boletim relata que medidas de recuperação e reparo devem ser tomadas o mais breve
possível, comprovando a tese de insegurança e aparência inadequada.
Grande parcela das intervenções de manutenção nas edificações poderia ser
evitada caso houvesse um melhor detalhamento do projeto, melhor qualidade no

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
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Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
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processo de execução e escolha apropriada dos materiais. O reservatório não possui
projeto para consulta, portanto não temos detalhados as resistências de concretos
adotadas e tipo de aço utilizado na construção, as etapas de construção também não
possuem relatos como diário de obra, ou controle de recebimento e verificação de
materiais.
Na tabela 03, verificamos que na chamada “c” devemos tratar o reservatório
como CAA IV, respeitando cobrimentos mínimos estabelecidos na NBR 6118:2014 para
pilares e elementos em contato com o solo de 50mm, lajes de 45mm, fator a/c de 0,45,
e resistência mínima do concreto de 40MPa. Foram diagnosticados cobrimentos de até
18,29mm, ou seja, não atendem sequer metade das exigências atuais em relação às
normas. Tais evidências podem se relacionar com uma maior suscetibilidade ao ataque
de sulfatos, cloretos e carbonatação na estrutura. Em laudo apresentado em 2019 pela
Engenheira civil Mariana de Souza Paiva e contidas no anexo “B”, foi solicitado a
supressão da trepadeira hera que circundava toda a estrutura, ao menos durante 17
anos podemos afirmar que está planta esteve presente à estrutura, conforme
documentação fotográfica de 2002.
A presença da trepadeira hera junto a estrutura, consequentemente colaborou
para manter a umidade mais elevada no entorno dos elementos estruturais,
influenciando diretamente a degradação da estrutura.
As presenças de microrganismos de origem vegetal atacam a superfície úmida
do concreto sendo que estes contem a superfície porosa proporcionando a retenção de
fuligem comum em centros urbanos, esta fuligem normalmente são partículas acidas,
causando uma redução da alcalinidade do concreto, podendo levar a despassivação da
armadura.
As armaduras expostas nos pilares apresentam escamação e perda de seção, a
oxidação da mesma está em grau elevado, ou seja, mesmo após remoção com escova
de aço ou tecido grosseiro, percebe-se a presença de corrosão. O concreto tem aspecto
poroso e de desagregação, apresenta fungos e não possui proteção como pintura e
revestimentos de argamassa ou a pinturas base asfáltica ou base PVA.
O reservatório superior está constantemente úmido garantindo a existência de
um eletrólito, o oxigênio está presente, possibilitando a relação catódica, a água
armazenada possui cloretos (em maior ou menor quantidade, dependendo do
tratamento fornecido), isso pode levar ao rompimento da camada passivadora do aço e
a formação de pites onde o íon de cloreto iniciará uma reação até formar um ciclo

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
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repetido e corroer o aço em um único ponto. Foram verificados pontos externos do
reservatório superior com presença de umidade aparente, este é um excelente indicador
que a estanqueidade do concreto naquele ponto não existe e que o aço da região
também está sujeito ao ataque de agentes que penetram os poros do concreto como os
cloretos.
A necessidade de reparos numa eventual continuação da utilização ou retomada
da utilização em capacidade máxima se torna ainda mais evidente ao constatar que
durante a análise e vistoria das estruturas uma grande quantidade de falhas de
execução como desplacamentos, cobrimento deficiente das armaduras, até mesmo a
ausência do concreto de cobrimento e corrosão da armadura.
Além dos parâmetros de Norma, como a agressividade do ambiente, tipo,
localização e acabamento do elemento estrutural previstos na NBR 6118/2014, para
especificação da espessura da camada de cobrimento deve se levar em conta, também,
o tempo em que essa estrutura ficou exposta em condições diferentes daquelas
previstas na sua configuração inicial de utilização, pois a evolução dos processos
patológicos está evidente.
Usualmente a retomada e continuidade desse tipo de obra, é decidida com
parâmetros de investigação visual, e de resistência à compressão, procedidos por
reparos superficiais, a esses procedimentos deve-se acrescentar, a análise da
carbonatação, corrosão das armaduras (avaliação da sua intensidade) e um criterioso
projeto de recuperação e eventuais reforços, visto que o maior reflexo da falta desses
procedimentos é a diminuição acentuada da durabilidade da construção como um todo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em posse das informações relatadas neste laudo informamos ao SAAE-Elói


Mendes que devem ser tomadas as seguintes medidas:

1. Suspensão imediata do uso do reservatório até que seja comprovada sua


segurança estrutural;
2. Isolamento imediato do entorno do reservatório;
3. Deve ser feita avaliação de todas as patologias de maneira minuciosa e
concluir se houve ataque de cloretos ou carbonatação e realizar ensaio
de investigação nas fundações e supraestrutura, inclusive dentro da

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caixa para averiguar a laje e parede com riqueza de detalhes suficientes
para elaborar um “as built” da estrutura da caixa d’água e concluir se não
há patologia irrecuperável em um prazo máximo de 60 dias.
4. Caso constate-se que as patologias são recuperáveis, o projeto de
recuperação estrutural deve ser elaborado em no máximo 60 dias.
5. As obras de recuperação devem ser iniciadas em no máximo 180 dias,
caso isto não ocorra, é de responsabilidade do SAAE- Elói Mendes
solicitar a elaboração de um novo laudo para acompanhamento da
progressão dos danos e patologias da estrutura.

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PRÓXIMAS ETAPAS DE VISTORIA E INSPEÇÃO DO RESERVATÓRIO.

Fundações:

- Sondagem para análise da capacidade de carga do solo;


- Investigação das fundações e “as built” das mesmas;
- Extração de corpos de prova para averiguar resistência a compressão e tração do
concreto das fundações;
- Verificação de ataque de sulfatos e porosidade do concreto das fundações.

Pilares, vigas, lajes e paredes do reservatório:

- Extração de corpos de prova para averiguar resistência a compressão e tração do


concreto das vigas, pilares, lajes e paredes do reservatório;
- Ensaio de ultrassom para elaboração do “as built”;
- Determinação do potencial de corrosão;
- Determinação do avanço da frente de carbonatação;
- Teores de cloretos e sulfatos totais, principalmente no reservatório;

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


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VARGINHA, 13 DE JULHO DE 2020

Sem mais,

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ou

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REFERÊNCIAS

ANDRADE, T.; SILVA, A. J. C. Patologia das Estruturas. In: ISAIA, Geraldo


Cechella (Ed.). Concreto: ensino, pesquisa e realizações. São Paulo:
IBRACON, 2005.

ANDRADE, Silvio. Ataque do cloreto no concreto – SA Soluções de


Engenharia.2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de


edificações: Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro,
ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, ABNT, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Ações para o


cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, ABNT, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devido ao


vento em edificações. Rio de Janeiro, ABNT, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados para


concreto – especificações. Rio de Janeiro, ABNT, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480: Aço destinado a


armaduras para estruturas de concreto armado - especificações. Rio de Janeiro,
ABNT, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e


segurança nas estruturas - procedimento. Rio de Janeiro, ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto de


cimento Portland – preparo, controle, recebimento e aceitação - procedimento.
Rio de Janeiro, ABNT, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14037: Manual de


operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação. Rio de Janeiro, ABNT, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de


estruturas de concreto - procedimento. Rio de Janeiro, ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575:


Desempenho de edificações habitacionais. Rio de Janeiro, ABNT, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15577-1: Agregados –


Reatividade álcali-agregado Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial
e medidas preventivas para uso de agregados em concreto. Rio de Janeiro,
ABNT, 2013

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Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
BOHNI, H. Corrosion in reinforced concrete structures. Cambridge: Woodhead,
2005.

CASCUDO, O. M. O controle da corrosão de armaduras em concreto: Inspeção e


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GENTIL, Vicente. Corrosão. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

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GRANATO, J. E. Apostila: Patologia das construções. São Paulo, 2002.

HELENE, P. R. L.; TERZIAN, Paulo. Manual de dosagem e controle de concreto. 1ª


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HELENE, Paulo R. Do Lago. Manual de reparo, proteção e reforço de estruturas


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MEDEIROS, Marcelo. Corrosão do concreto é causada por umidade e gases


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SOUZA, Anne Karolline Lamana de. Identificação das manifestações patológicas


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Paraná, Curitiba, 2014.

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
TINOCO, Hênio Fernandes da Fonseca; MORAIS, Arthur Silva de. Reservatório sem
concreto armado: principais manifestações patológicas, diagnóstico e soluções
para reabilitação e reforço. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE
PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS, 9., 2013, João Pessoa.
Anais[...]. João Pessoa: CINPAR, 2013.

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
APENDICE A
RELATÓRIO DE VISITA

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
APENDICE B
LEVANTAMENTO GEOMÉTRICO

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
APENDICE C
FOTOS DA VISTORIA

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
Fotos Pilar P1

Responsáveis pelo Laudo:


Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D
Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D

Participantes e revisores do Laudo:


Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
Fotos Pilar P1

Fotos Pilar P2

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


Engº Elker Lucas Garroni – CREA: 188449/D
Engº Camila Petrim Meireles Nascimento – CREA: 217426/D
Eng° Leandro Borges Nogueira – CREA: 203673/D
Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
Fotos Pilar P3

Fotos Pilar P4

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


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Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
Fotos Pilar P5

Fotos Pilar P6

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Fotos Pilar P7

Fotos Pilar P8

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Fotos Vigas de travamento

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Espessura Pilar P7

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Fotos externas do reservatório

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Fotos externas do reservatório

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Localização do reservatório e edificações vizinhas

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Av. Dom Othom Motta, 400 – Jardim Sion/Santana – Varginha (MG) e-mail: tetraengcivil@gmail.com
Localização do reservatório e edificações vizinhas

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APENDICE D
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


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ANEXO A

PROJETOS E CROQUIS DO RESERVATÓRIO


Fonte: SAAE – ELÓI MENDES.

Engº Yago Petrim Cruz – CREA: 206822/D


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ANEXO B

Laudo para retirada da vegetação hera e Boletim de ocorrência CBMG


Fonte: SAAE – ELÓI MENDES.

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ANEXO C

FOTOS ACERVO SAAE – RESERVATÓRIO


Fonte: SAAE – ELÓI MENDES.

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