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Aula 03 Digital
- Energia
ENEM 2020
CPF 09207474930
Professor Lucas Costa
Aula 03 – ENEM 2020
Sumário
1 - Considerações iniciais ...................................................................................................................... 3
2 - Trabalho ........................................................................................................................................... 3
2.1 - Trabalho de uma força .............................................................................................................. 3
2.1.1 - Força e deslocamento com mesma direção e sentido ....................................................... 5
2.1.2 - Força e deslocamento com mesma direção e sentidos opostos ........................................ 5
2.1.3 - Força e deslocamento com direções perpendiculares ....................................................... 6
2.2 - Análise do gráfico força x tempo .............................................................................................. 8
2.3 - Trabalho resultante ................................................................................................................... 9
3 - Energia Cinética ............................................................................................................................. 10
3.1 - Trabalho e variação de energia cinética ................................................................................. 12
4 - Sistemas conservativos .................................................................................................................. 17
4.1 - Energia potencial gravitacional .............................................................................................. 18
4.2 - Energia potencial elástica ....................................................................................................... 20
4.3 - Conservação da energia mecânica ......................................................................................... 22
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5 - Potência ......................................................................................................................................... 33
5.1 - Rendimento de uma máquina ................................................................................................. 41
6 - Resumo da aula em mapas mentais .............................................................................................. 44
7 - Lista de questões ............................................................................................................................ 45
7.1 - Já caiu no ENEM ...................................................................................................................... 45
7.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 49
8 - Gabarito das questões sem comentários ...................................................................................... 53
8.1 - Já caiu no ENEM ...................................................................................................................... 53
8.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 53
9 - Questões resolvidas e comentadas ................................................................................................ 53
9.1 – Já caiu no ENEM ..................................................................................................................... 53
9.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 60
10 - Considerações finais .................................................................................................................... 77
11 - Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 77
12 - Versão de Aula ............................................................................................................................. 77
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula de número 03, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• Trabalho de uma força.
• Energia cinética.
• Trabalho e variação de energia cinética.
• Sistemas conservativos: energia potencial, conservação de energia mecânica.
• Potência.
• Sistemas dissipativos: conservação da energia total
Os assuntos mencionados se enquadram no subtópico denominado Mecânica.
Para o melhor aproveitamento desta Aula 03, é recomendado que você já tenha concluído as
Aulas 00, 01 e 02. Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um
tema bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.
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2 - TRABALHO
O trabalho está relacionado à energia. Para a física, a energia é uma grandeza escalar
associada ao estado de um ou mais objetos, já o trabalho, é definido pela energia transferida para
um objeto ou de um objeto através de uma força que age sobre esse objeto.
Esse tipo de definição formal pouco é cobrada em provas de vestibular. Além disso, pouco
facilitam o nosso entendimento do assunto. Vamos à parte prática, que costuma ser mais cobrada.
Imagine um bloco sendo arrastado por uma força de um ponto A, até um ponto B.
[𝑾 ] = 𝑱 (𝒋𝒐𝒖𝒍𝒆) = 𝑵 ∙ 𝒎 [𝑭 ] = 𝑵 [𝒅 ] = 𝒎
(2017/CEFET-MG)
Uma pessoa arrasta uma caixa sobre uma superfície sem atrito de duas maneiras distintas,
conforme mostram as figuras (a) e (b).
Nas duas situações, o módulo da força exercida pela pessoa é igual e se mantém constante ao
longo de um mesmo deslocamento.
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Na qual 𝜃 é o ângulo entre os vetores força e deslocamento. Repare que em (b) o ângulo
entre a força e o deslocamento é zero. Sabemos que 𝑐𝑜𝑠(0) = 1. Nessa situação, o trabalho é
máximo. Isso acontece porque o cosseno de um ângulo varia entre -1 e 1. Desse modo, qualquer
que seja o ângulo 𝜽 na situação (a), conforme representado a seguir, o trabalho da força será menor.
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Não confunda o trabalho da força com o trabalho, no sentido de esforço, feito pelo homem.
Na primeira situação o homem deverá se cansar muito mais para conseguir transportar a caixa, pois
a componente vertical da força 𝐹 contribui para aumentar a força normal feita pelo solo na caixa,
logo, o atrito também será maior.
Gabarito: “c”.
Quando a força tem mesmo sentido do vetor deslocamento, temos o caso de um trabalho
motor.
⃗ atuando sobre um bloco com um ângulo 𝜽 = 𝟏𝟖𝟎° e o deslocando por uma distância 𝒅.
Figura 03.3 - Uma força 𝑭
⃗ ∙ ⃗𝒅
𝑾 = −𝑭 Trabalho de uma força de mesma direção
e sentido oposto ao deslocamento
Já que os sentidos são opostos, o trabalho apresenta sinal negativo, é intuitivo. Nesse caso, o
trabalho é denominado resistente.
⃗ atuando sobre um bloco com um ângulo 𝜽 = 𝟗𝟎° e o deslocando por uma distância 𝒅.
Figura 03.4 - Uma força 𝑭
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Esse é o motivo pelo qual a resultante centrípeta não realiza trabalho: ela sempre é
perpendicular ao vetor deslocamento.
(2018/UECE/1ª FASE)
Um livro de 500 g é posto para deslizar sobre uma mesa horizontal com atrito constante
(coeficiente 𝜇 = 0,1). O trabalho realizado sobre o livro pela força normal à mesa é, em J,
a) 50. b) 0. c) 500. d) 0,5.
Comentários
A força normal, perpendicular à superfície da mesa, também é ortogonal ao vetor
deslocamento e, portanto, o trabalho dessa força será nulo.
𝑊 =𝐹∙𝑑∙0
𝑊=0
Gabarito: “b”
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(2019/INÉDITA)
Na época conhecida como Revolução Industrial, a máquina a vapor de James Watt substituiu a
força humana, eólica e da água. Nesse momento, as fábricas foram desenhadas para produção
dos produtos industrializados, diminuindo drasticamente o preço dos produtos e aumentando
o poder de consumo das populações.
Acerca do conceitos físicos são feitas as afirmativas:
I – Uma força não nula que atua em um corpo durante um deslocamento realiza trabalho,
desde que os vetores força e deslocamento não sejam perpendiculares.
II – Em homenagem a James Watt, a unidade padrão de potência no Sistema Internacional de
unidades é o 𝑊𝑎𝑡𝑡.
III – O trabalho pode ser interpretado como a quantidade de energia que uma força transfere
a um determinado sistema.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II e III. c) I e III. d) I e II. e) I, II e III.
Comentários
I – Correta. Quando o vetor força e deslocamento são perpendiculares o trabalho é nulo.
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III – Correta. O trabalho pode ser interpretado como a quantidade de energia que uma força
transfere a um determinado sistema.
[𝑊 ] = 𝐽 (𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒) = 𝑁 ∙ 𝑚 [𝐹 ] = 𝑁 [𝑑] = 𝑚
Gabarito: “e”.
Podemos escrever:
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 60 + 4 ∙ 40 + 2 ∙ 20
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 320
Podemos dizer que o trabalho é numericamente igual a esse valor, e vale 320 𝐽.
Gabarito: “a”
Quando duas ou mais forças atuam em um mesmo corpo, podemos calcular o trabalho total,
ou trabalho resultante 𝑊𝑅 , pela soma dos trabalhos de cada uma das forças. Isso equivale a
determinar a força resultante e medir o seu trabalho.
A principal aplicação desse conceito se faz em problemas que envolvem o deslocamento
horizontal de um bloco por um plano com atrito, como na figura abaixo:
Note que a força peso e a força normal são perpendiculares (formam um ângulo de 90°) ao
vetor deslocamento, portanto, seu trabalho é nulo.
𝑊𝑟 = 𝑊𝐹 + 𝑊𝐹𝑎𝑡 + 0 + 0
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𝑊𝑟 = 𝑊𝐹 + 𝑊𝐹𝑎𝑡
Repare também que a força 𝐹 faz um ângulo 𝛼 com o vetor deslocamento, daí:
𝑊𝑟 = 𝐹 ∙ 𝑑 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝛼) + 𝑊𝐹𝑎𝑡
Finalmente, a força de atrito, 𝐹 𝑎𝑡, faz um ângulo de 180° (tem sentido oposto), ao vetor
deslocamento, e, por isso, podemos escrever:
𝑊𝑟 = 𝐹 ∙ 𝑑 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝛼) − 𝐹 𝑎𝑡 ∙ 𝑑
3 - ENERGIA CINÉTICA
Aluno, se você estiver cansado, lendo essa aula depois do seu almoço, e quiser aprender,
ao menos, um conceito cobrado exaustivamente em provas de vestibular, então tenha
atenção redobrada no estudo da energia cinética.
Para a Física, a palavra cinética remete a movimento, a energia cinética remete à energia na
forma de velocidade. Saiba que a energia cinética cresce à medida que a velocidade e a massa de
um corpo aumentam, segundo a seguinte relação:
Vamos partir da equação da energia cinética para deduzirmos quais unidades compõe o joule:
𝑚 ∙ v2
𝐸𝑐 =
2
𝑚 2
𝑘𝑔 ∙ ( )
𝐸𝑐 = 𝑠
2
Podemos ignorar as constantes (no caso o número 2):
𝑚 2
𝐸𝑐 = 𝑘𝑔 ∙ ( )
𝑠
𝑚2
𝐸𝑐 = 𝑘𝑔 ∙ 2
𝑠
Então o 𝑱𝒐𝒖𝒍𝒆 equivale ao (𝒌𝒈 ∙ 𝒎𝟐 )/𝒔𝟐 . Esse é o principal ensinamento que podemos
extrair dessa questão.
Dito isso, para a resolvermos seria necessário que o aluno também soubesse que momento
linear, ou a quantidade de movimento, é definida pelo produto entre massa e velocidade:
𝑄 =𝑚∙𝑣
𝑄 = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚/𝑠
(𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟)2
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑚 2
(𝑘𝑔 ∙ ) 2 2 2 2
𝑠 = kg ∙ 𝑚 /𝑠 = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚
𝑘𝑔 𝑘𝑔 𝑠2
Suponha um bloco deslizando em uma superfície horizontal com atrito. Não fosse o atrito, o
bloco deslizaria por tempo indeterminado. Então, o atrito é responsável por dissipar a energia
cinética que o bloco tinha, e, consequentemente, por fim ao seu movimento.
Expanda essa ideia para o trabalhado de qualquer força resultante atuando sobre um corpo
e temos o teorema que relaciona trabalho e energia cinética.
O trabalho de uma força externa (geralmente o atrito) é responsável pela variação da energia
cinética de um corpo:
𝑾𝒓 = 𝑬𝒄𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 − 𝑬𝒄𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍
𝑊𝑟 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
2
𝑚 ∙ [(𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) − (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2 ]
𝑊𝑟 =
2
Substituindo-se os valores fornecidos:
(2018/CEFET-MG)
A figura abaixo representa uma esfera liberada do alto de uma rampa sem atrito, que passa
pelos pontos A, B, C, D e E na descida. O diagrama abaixo da rampa relaciona os valores das
energias cinética (𝐸𝑐) e potencial (𝐸𝑝) para os pontos citados.
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Se a mesma esfera descer uma outra rampa, com dimensões iguais, na presença de atrito, o
diagrama que melhor representa as energias para os respectivos pontos nessa nova situação
é:
Comentários
No primeiro caso, podemos escrever
Note que, à medida que a esfera desce a rampa, a energia potencial gravitacional é convertida
em energia cinética.
Para o caso em que a força de atrito está presente, podemos escrever:
Gabarito: “b”.
(2019/INÉDITA)
Suponha que uma partícula A de massa 𝑚 = 9,0 ⋅ 10−31 , inicialmente em repouso, seja
colocada em órbita em torno de outra partícula B de carga de sinal oposto. Considere que a
velocidade orbital da partícula é constante e vale 1,0 ⋅ 1011 𝑚/𝑠. Desprezando-se a velocidade
inicial da partícula da partícula A, o trabalho da resultante das forças atuando sobre a partícula
para levá-la até a sua órbita é de
a) 2,5 𝜇𝐽 b) 4,5 𝑛𝐽 c) 8,1 𝜇𝐽 d) 25 𝜇𝐽
Comentários
O trabalho da resultante das forças pode ser obtido a partir do teorema da energia cinética:
𝑊𝑅 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑊𝑅 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
(2019/INÉDITA)
Um boneco de ação de 5,0 𝑘𝑔 cai de uma altura de 45 𝑚 em relação ao solo. A velocidade
inicial do objeto é nula e a queda se dá sob ação da força peso e da força de resistência do ar.
A aceleração da gravidade local é de 10 𝑚/𝑠 2 .
Se o brinquedo atinge o solo com velocidade vertical de 10 𝑚/𝑠, o módulo do trabalho, em 𝑘𝐽,
da força de resistência do ar é
a) 2,0 b) 4,5 c) 5,0 d) 7,0 e) 9,5
Comentários
Aplicando o teorema da energia cinética, temos:
𝑚 ⋅ (𝑣𝐵 )2
𝑊𝑓𝑎𝑡 = − 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐴𝐵
2
5,0 ⋅ (10)2
𝑊𝑓𝑎𝑡 = − 5,0 ⋅ 10 ⋅ 45
2
𝑊𝑓𝑎𝑡 = 250 − 2250 = − 2000𝐽 = −2,0 𝑘𝐽
Gabarito: “a”
(2019/INÉDITA)
Um livro de massa igual a 2,0 𝑘𝑔 é lançado sobre uma mesa. Considere a superfície do móvel
horizontal, plana e com atrito. Se o objeto foi lançado com uma velocidade inicial de 4,0 𝑚/𝑠
em 𝑡1 = 0 𝑠. Ele percorre uma certa distância, numa trajetória retilínea, até parar
completamente em 𝑡2 = 8,0 𝑠, conforme o gráfico abaixo.
𝑊𝑟 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
4 - SISTEMAS CONSERVATIVOS
Em uma trajetória fechada, as forças cuja soma dos trabalhos é nula, são denominadas
forças conservativas.
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aceleração da gravidade, assim como a força peso, tem direção apontada para o centro do planeta.
Portanto, a energia potencial gravitacional é calculada em função da altura ℎ que um corpo
de massa 𝑚 está de um certo referencial arbitrário:
𝑊𝑃𝑒𝑠𝑜 = 𝑃⃗ ∙ 𝑑
𝑊𝑃𝑒𝑠𝑜 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
(2018/MACKENZIE/MODIFICADA)
No dia vinte e três de janeiro de 2018, a cidade de São Paulo ganhou a sua 72ª estação de
metrô, a estação Higienópolis-Mackenzie que faz parte da Linha 4 – Amarela. A estação é
totalmente acessível aos usuários com deficiência e mobilidade reduzida. Os pavimentos
contam com cinco elevadores que fazem a interligação da rua com o mezanino e com as
plataformas, além de 26 escadas rolantes e 13 fixas. Suponha-se que uma pessoa com massa
80 𝑘𝑔 rejeite os elevadores e as escadas rolantes e, disposta a emagrecer dissipando a sua
energia, suba diariamente os 25 metros de profundidade da estação.
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𝐸𝑝𝑜𝑡 = 80 ∙ 10 ∙ 25 = 20000 𝐽
1,0 cal
𝐸𝑝𝑜𝑡 = 20000 J ∙ = 5000 𝑐𝑎𝑙
4,0 𝐽
Então, em 5 dias:
Gabarito: “e”
(2018/UECE/1ª FASE)
Um pêndulo ideal, formado por uma esfera presa a um fio, oscila em um plano vertical sob a
ação da gravidade, da tensão no fio e de uma força de atrito entre o ar e a esfera. Considere
que essa força de atrito seja proporcional à velocidade da esfera. Assim, é correto afirmar que,
no ponto mais baixo da trajetória,
A) A energia cinética é máxima e a perda de energia mecânica pelo atrito é mínima
B) A energia cinética e a potencial são máximas
C) A energia cinética e a perda de energia mecânica pelo atrito são máximas.
D) A energia cinética e a potencial são mínimas
Comentários
máximo.
Gabarito: “c”.
A energia potencial elástica está relacionada com o trabalho que uma mola pode realizar ao
tentar retornar para o seu estado de equilíbrio.
A energia potencial elástica de uma mola de constante elástica 𝑘 deformada 𝑥 metros em
relação ao seu estado original é calculado por:
Não confunda a força elástica com a energia elástica. Elas costumam ser pouco
cobradas e as duas expressões são parecidas. A energia elástica representa a energia
‘armazenada’ pela mola, ao passo que a força elástica está relacionada ao esforço que
uma mola pode realizar para voltar ao seu estado de equilíbrio.
Lembre-se que a força elástica é calculada da seguinte maneira:
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⃗ 𝒆𝒍á𝒔𝒕𝒊𝒄𝒂 = 𝒌𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 ∙ 𝒙
𝑭 Força elástica
⃗ 𝒆𝒍á𝒔𝒕𝒊𝒄𝒂 ] = 𝑵
[𝑭 [𝒌𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 ] = 𝑵/𝒎 [𝒙] = 𝒎
(2018/FEPAR/MODIFICADA)
Fundamentado em pesquisas científicas, o método Pilates tem-se mostrado eficaz no trabalho
postural dos pacientes por meio de exercícios fisioterapêuticos. Considere que, durante um
exercício, um paciente distende uma mola de 12 cm. Sabendo que a constante de elasticidade
da mola é de 200 𝑁/𝑚, julgue as afirmativas que seguem.
I - Quando distendida, a mola exerce sobre o paciente uma força máxima de 24𝑁.
II - O trabalho realizado pelo paciente para distender a mola 12 𝑐𝑚 é nulo.
III - O trabalho da força elástica corresponde a 1,44 𝐽.
IV - Na fase de elongação da mola pelo paciente, o trabalho é classificado como resistente.
IV - O trabalho da força elástica será classificado como motor apenas durante a fase de
restituição da mola, ou seja, quando a mola retorna a sua posição de equilíbrio.
Comentários
I – Verdadeira. A força elástica exercida pela mola pode ser calculada segundo:
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⃗ 𝒆𝒍á𝒔𝒕𝒊𝒄𝒂 = 𝒌𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 ∙ 𝒙
𝑭 Força elástica
12
𝐹𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = 200 ∙ = 24 𝑁
100
II – Falsa. O trabalho não é nulo, a força não é perpendicular e nem tem módulo zero. De fato,
podemos calculá-lo. Lembre-se que trabalho é um tipo de energia.
200 ∙ (0,12)2
𝐸𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = = 1,44 𝐽
2
III – Verdadeira. Conforme resolução do item II.
IV – Verdadeira. Quando o paciente aplica uma força contra a força elástica, aquela terá
sentido oposto ao vetor deslocamento, e, portanto, será feito um trabalho resistente.
V – Verdadeira. Quando na fase de restituição a força e o deslocamento tem mesmo sentido,
portanto, temos um trabalho motor.
Gabarito: V-F-V-V-V
(2019/INÉDITA)
O método Pilates, fundamentado em pesquisas científicas, busca uma receita de
individualidade na escolha de exercícios fisioterapêuticos que ajudam os seus praticantes a
viver uma vida longa e saudável.
Considere que em um dos exercícios, o paciente deve esticar uma mola que, quando distendida
de 12 𝑐𝑚, exerce sobre o paciente uma força máxima de 48 𝑁. Qual o trabalho da força elástica
associado a esse estiramento?
a) 2,2 J. b) 2,6 J. c) 2,9 J. d) 3,2 J. e) 3,6 J.
Comentários
Podemos determinar a constante elástica pela força elástica:
12
48 = 𝑘𝑚𝑜𝑙𝑎 ∙
100
48 ⋅ 100
𝑘𝑚𝑜𝑙𝑎 = = 4 ⋅ 100 = 400 𝑁/𝑚
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12
A energia potencial elástica pode ser calculada por:
400 ∙ (0,12)2
𝐸𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = = 2,88 𝐽
2
Gabarito: “c”
Aluno, vamos supor que a energia mecânica seja composta, para fins de simplificação, pelas
energias cinética, potencial gravitacional e potencial elástica. Se um sistema for conservativo, então,
a energia mecânica se conserva.
Isso significa dizer que a soma das 3 modalidades de energia em um dado ponto inicial é igual
à soma das mesmas espécies em um outro ponto final.
De forma mais didática:
Por outro lado, caso existam forças dissipativas, então a diferença entre quanto o sistema
possui de energia antes e depois de uma certa situação será proporcional ao trabalho da força não
conservativa.
Existem cenários nos quais a força não conservativa atua de forma a aumentar a energia
do sistema, nessa conjuntura, a energia mecânica final será maior que a inicial.
Veja como utilizar esses conceitos:
(2019/UECE/1ª FASE)
Considere uma gangorra em que duas crianças gêmeas estão sentadas, cada irmão em uma
extremidade. Considere que ambos têm mesma massa. Considere que o solo é o nível zero das
energias potenciais gravitacionais. Sobre a soma da energia potencial gravitacional dos
gêmeos, é correto afirmar que é
a) zero.
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b) constante e não nula mesmo com mudanças nas alturas de cada criança.
c) sempre crescente a cada ciclo de descida.
d) sempre decrescente a cada ciclo de descida.
Comentários
Sendo a gangorra um sistema conservativo, a soma das energias potenciais gravitacionais das
duas crianças sempre será constante.
Vamos chamar um dos gêmeos de “a” e o outro de “b”, imagine a situação em que “a” está
no ponto mais alto que a gangorra o pode levar e, consequentemente, “b” está no nível do solo.
Se chamarmos a altura máxima de ℎ, então o somatório da energia potencial do sistema será:
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎 + 𝑚𝑏 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑏
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ + 𝑚𝑏 ∙ 𝑔 ∙ 0
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
E vamos adotar a massa dos gêmeos como 𝑚, já que ela é a mesma para os dois:
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
Façamos o mesmo para a situação em que ‘b’ está no ponto mais alto e ‘a’ no chão:
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎 + 𝑚𝑏 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑏
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑔 ∙ 0 + 𝑚𝑏 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑏 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
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∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎 + 𝑚𝑏 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑏
ℎ ℎ
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ +𝑚∙𝑔∙
2 2
∑ 𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
Não importa a situação, sendo esse sistema conservativo, a energia potencial gravitacional
total se mantém constante.
Gabarito: “b”
(2018/UPF)
São várias as reportagens veiculadas na mídia que mostram pessoas tentando construir um
motor que não necessita fornecimento contínuo de energia externa para funcionar, ao que se
denomina de “moto perpétuo”. Essas máquinas têm como objetivo gerar energia para manter
o seu próprio movimento, bastando dar um impulso inicial e o movimento se dará de forma
perpétua. Se essa máquina funcionasse, necessariamente se estaria violando a
a) Lei da Conservação de Energia.
b) Primeira Lei de Newton.
(2017/ESPECEX-AMAN)
Uma esfera, sólida, homogênea e de massa 0,8 𝑘𝑔 é abandonada de um ponto a 4 𝑚 de altura
do solo em uma rampa curva. Uma mola ideal de constante elástica 𝑘 = 400 𝑁/𝑚 é colocada
no fim dessa rampa, conforme desenho abaixo. A esfera colide com a mola e provoca uma
compressão.
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Adotando o referencial como o chão, temos que a altura na posição final é nula. E como
sabemos que a velocidade vertical inicial é nula:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐸𝑒𝑙𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑘 ∙ 𝑥2
𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 =
2
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𝑘 ∙ 𝑥2
= 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
2
𝑘 ∙ 𝑥 2 = 2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑥2 =
𝑘
2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑥=√
𝑘
2 ∙ 0,8 ∙ 10 ∙ 4
𝑥=√ = 0,4 𝑚 = 40 𝑐𝑚
400
Gabarito: “e”.
(2019/INÉDITA)
Uma bola é lançada obliquamente com velocidade 𝑣 e ângulo 𝜃 com a horizontal a partir do
solo. Após um intervalo de tempo 𝑡 ela passa por uma certa altura ℎ. Sabendo-se que o solo,
origem para a escala de energia potencial gravitacional, tem coordenada 𝑦 = ℎ0 , de modo que
ℎ > ℎ0 > 0, a energia mecânica da bola em 𝑦 = (ℎ − ℎ0 )/4 é igual a:
Note e adote:
Desconsidere a resistência do ar
𝑔 é a aceleração da gravidade
𝑚⋅[𝑣⋅𝑐𝑜𝑠(𝜃)]2
𝑎)
2
𝑚⋅𝑣 2
𝑏)
2
1 1
𝑐) 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (ℎ − ℎ0 ) + 𝑚 ⋅ 𝑣 2
2 4
1
𝑑) 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ( ℎ − ℎ0 ) + 𝑚 ⋅ 𝑣 2
4
1 𝑚⋅[𝑣⋅𝑐𝑜𝑠(𝜃)]2
𝑒) 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (ℎ − ℎ0 ) +
2 4
Comentários
A energia mecânica se conserva.
Note que encontrar a energia mecânica em A é fácil, pois temos a velocidade da esfera e a
sua altura em relação ao referencial:
Como não temos energias elásticas envolvidas e a bola está no referencial da energia
potencial gravitacional:
𝐸. 𝑀.𝐴 = 𝐸𝑐𝐴
𝑚 ∙ (𝑣𝐴 )2
𝐸. 𝑀.𝐴 =
2
Como, segundo o enunciado, 𝑣𝐴 = 𝑣:
𝑚 ∙ 𝑣2
𝐸. 𝑀.𝐴 =
2
Já que a energia mecânica se conserva, essa também é a energia mecânica no ponto B.
𝑚 ∙ 𝑣2
𝐸. 𝑀.𝐵 = 𝐸. 𝑀.𝐴 =
2
Gabarito: “b”.
(2019/INÉDITA)
Uma esfera, sólida, homogênea e de massa 2,4 𝑘𝑔 é abandonada de um ponto a 8,0 𝑚 de
altura do solo em uma rampa curva. Uma mola ideal de constante elástica 𝑘 = 600 𝑁/𝑚 é
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Aula 03 – ENEM 2020
colocada no fim dessa rampa, conforme desenho abaixo. A esfera colide com a mola e provoca
uma compressão.
Comentários
Já que devemos desprezar as forças dissipativas, pelo princípio da conservação da energia
mecânica. Podemos afirmar que a soma das energias antes da esfera ser abandonada é igual ao
montante das energias após a compressão da mola:
Adotando o referencial como o chão, temos que a altura na posição final é nula. E como
sabemos que a velocidade vertical inicial é nula:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐸𝑒𝑙𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑘 ∙ 𝑥2
𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 =
2
𝑘 ∙ 𝑥2
= 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
2
𝑘 ∙ 𝑥 2 = 2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑥2 =
𝑘
2 ∙ 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑥=√
𝑘
2 ∙ 2,4 ∙ 10 ∙ 8,0
𝑥=√ = 0,8 𝑚 = 80 𝑐𝑚
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600
Gabarito: “d”.
(2019/INÉDITA)
Um grupo de estudantes de engenharia mecânica, com o intuito de estudar as propriedades
da energia elástica, criou um dispositivo formado por um tubo vertical e uma mola cuja
constante elástica vale 𝑘. Um certo objeto de massa 𝑚 é posicionado no interior do dispositivo
e comprime a mola em uma distância 𝑥. Quando solto, o conjunto é capaz de levar o objeto
até uma altura ℎ.
Se um objeto de massa 4𝑚 for posicionado num dispositivo similar, porém uma mola de
constante elástica 4𝑘, a altura que esse objeto será capaz de atingir se a mola for comprimida
em uma distância de 4𝑥 é
a) 16 ⋅ ℎ b) ℎ/2 c) ℎ ⋅ √2 d) ℎ/4 e) 64 ⋅ ℎ
Note e adote:
Despreze a resistência do ar e os atritos internos do dispositivo.
Comentários
Pela conservação da energia mecânica, temos que toda a energia elástica é convertida em
energia potencial gravitacional:
𝐸. 𝑀.𝐴 = 𝐸. 𝑀.𝐵
𝑘 ⋅ 𝑥2
=𝑚⋅𝑔⋅ℎ
2
𝑘 ⋅ 𝑥2
ℎ=
2⋅𝑚⋅𝑔
𝐸. 𝑀.𝐴 = 𝐸. 𝑀.𝐵
4 ⋅ 𝑘 ⋅ (4 ⋅ 𝑥 ) 2
=4⋅𝑚⋅𝑔⋅𝐻
2
4 ⋅ 𝑘 ⋅ 16 ⋅ 𝑥 2 𝑘 ⋅ 𝑥2
𝐻= = 16 ⋅ = 16 ⋅ ℎ
2⋅4⋅𝑚⋅𝑔 2⋅𝑚⋅𝑔
Gabarito: “a”.
(2019/INÉDITA)
Dois corpos de massas, A e B, de massa iguais a 𝑚𝑎 e 𝑚𝑏 são soltos, ao mesmo tempo, a partir
do repouso, da altura ℎ1 e percorrem os diferentes trajetos (A) e (B), mostrados na figura, na
qual 𝑥1 > 𝑥2 e ℎ1 = 2 ⋅ ℎ2 .
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I) Correta. Durante a descida, ao adotarmos o ponto mais baixo como nosso referencial, toda
a energia potencial gravitacional é convertida em energia cinética. Dessa forma, pelo princípio da
conservação da energia mecânica, podemos escrever:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐸𝑐𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑚 ⋅ 𝑣2
𝑚⋅𝑔⋅ℎ =
2
𝑚 ⋅ 𝑣2
𝑚⋅𝑔⋅ℎ =
2
𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
Assim, provamos que a velocidade ao fim da rampa é função somente de sua altura em
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relação ao referencial adota. Portanto, como a primeira descida é de altura ℎ1 para as duas
situações, sabemos que a velocidade dos corpos A e B ao completara primeira descida é a mesma
nas duas situações.
II) Incorreta. Antes de começarem a descer a rampa, em relação ao referencial no ponto mais
baixo, os corpos possuem somente energia potencial gravitacional, visto que tem velocidade inicial
nula.
Dessa forma, podemos escrever para cada um deles:
𝐸. 𝑀.𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠,𝐴 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1
{
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠,𝐵 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1
Se 𝑚𝐴 = 2 ⋅ 𝑚𝐵 :
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠,𝐴 = 2 ⋅ 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1
{
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠,𝐵 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1
Conclui-se que a energia mecânica inicial do corpo A é o dobro da energia mecânica inicial do
corpo B.
III) Correta. Considerando o plano inclinado, a aceleração experimentada por cada um dos
corpos em cada uma das rampas será dada por:
𝑎 = 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
Na qual 𝜃 é o ângulo que o plano faz com a horizontal. Podemos escrever para a equação da
posição em função do tempo para a situação:
𝑎 ⋅ 𝑡2
∆𝑆 = 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
2
A distância a ser percorrida será de ℎ1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃). O seno do ângulo se anulará, isso é a chave
dessa alternativa:
ℎ1 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ⋅ 𝑡 2
= 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
𝑠𝑒𝑛(𝜃) 2
Sendo a velocidade inicial nula, já que os corpos são abandonados e partem do repouso:
ℎ1 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ⋅ 𝑡 2
= 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
𝑠𝑒𝑛(𝜃) 2
ℎ1 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ⋅ 𝑡 2
=
𝑠𝑒𝑛(𝜃) 2
2 ⋅ ℎ1
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𝑡2 =
𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛2 (𝜃)
2 ⋅ ℎ1
𝑡=√
𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛2 (𝜃)
Dessa forma, podemos concluir que o tempo para chegar até o ponto mais baixo da trajetória
independem da massa, porém é função da inclinação do plano.
IV) Incorreta. Quanto maior o ângulo, maior o seno (no primeiro quadrante) e menor o tempo
de queda. Assim, o corpo A chega antes ao final da rampa.
V) Incorreta. O peso é uma força conservativa, portanto, o seu trabalho independe da
trajetória dos corpos.
Se as massas fossem as mesmas, o trabalho do peso dependeria somente da diferença entre
as alturas final e inicial. Note que em ambos os casos ela valerá ℎ1 − ℎ2 .
Podemos escrever que o trabalho do peso, nas duas situações, será igual a:
⃗ ∙ ⃗𝒅 ∙ 𝒄𝒐𝒔(𝜽)
𝑾=𝑭 Trabalho de uma força
E para o peso, que atua na mesma direção e sentido do deslocamento vertical resultante dos
corpos:
𝑾 = ⃗𝑷
⃗ ∙ (𝒉𝟏 − 𝒉𝟐 )
Contudo, como as massas são diferentes, os trabalhos dos pesos são diferentes.
Gabarito: “a”.
5 - POTÊNCIA
A potência é definida como a taxa de variação do trabalho de uma força com o tempo, ou
seja, informa o ritmo com que uma força gera trabalho.
A unidade de potência 𝑾𝒂𝒕𝒕 é representada, na maioria das vezes, com a letra “𝑊”.
Alguns autores representam o trabalho também com a letra “𝑊”, devido à palavra work,
do idioma inglês.
Vamos nos alinhar: o Watt é uma unidade de potência, o Joule uma unidade de energia, e
essas duas estão relacionadas da seguinte forma:
Você deve estar se perguntando o porquê de a concessionária elétrica de sua cidade não usar
o 𝐽𝑜𝑢𝑙𝑒. O motivo é que você gastaria, em média, algo próximo de 720.000.000 𝐽 em um mês. Esse
não é um valor muito interessante para a empresa e nem para o consumidor trabalhar.
Se o 𝑾 é uma unidade de potência, por que o 𝒌𝑾𝒉 não é também?
Para começarmos, nunca escreva 𝒌𝑾/𝒉, se trata de 𝒌𝑾 ∙ 𝒉, uma multiplicação. O 𝑘 é um
prefixo do SI, e representa 1000. Ciente disso, e de que uma hora tem 60 minutos, e cada minuto 60
segundos. Podemos escrever:
𝑱
𝟏 𝒌𝑾𝒉 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ ∙ 𝟑𝟔𝟎𝟎𝒔
𝒔
𝑱
𝟏 𝒌𝑾𝒉 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ ∙ 𝟑𝟔𝟎𝟎𝑠
𝑠
1 𝑘𝑊ℎ = 3,6 ∙ 106 𝐽
Isso nos leva a outra conclusão lógica, se a potência é a energia dividida pelo tempo, então a
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Energia em função da
𝑊 = 𝑃𝑜𝑡 ∙ ∆𝑡
potência e do tempo.
(2018/UFJF/1ª FASE)
Para subir pedalando uma ladeira íngreme, um ciclista ajusta as marchas de sua bicicleta de
modo a exercer a menor força possível nos pedais. Assim ele consegue pedalar com muito
menos esforço, porém ele é obrigado a dar muitas voltas no pedal para um pequeno
deslocamento e demora mais tempo para chegar ao topo. Com o procedimento de trocar de
marchas, podemos afirmar que o ciclista:
a) aumenta o trabalho realizado pela força gravitacional.
b) diminui a potência aplicada aos pedais.
c) diminui a sua energia potencial.
d) aumenta a sua energia cinética.
e) aumenta o seu momento linear.
Comentários
O peso é uma força conservativa, portanto, a energia potencial gravitacional necessária para
chegar até o topo da ladeira será a mesma, indo devagar ou rapidamente.
Como a potência de uma força é definida pela razão entre a energia e o tempo:
(2018/CPS/1ª FASE)
Um aluno deseja calcular a energia envolvida no cozimento de um certo alimento. Para isso,
verifica que a potência do forno que utilizará é de 1.000 𝑊. Ao colocar o alimento no forno e
marcar o tempo (∆𝑡) gasto até o seu cozimento, ele concluiu que 3 minutos eram o bastante.
Dessa maneira, a energia (𝐸) necessária para cozinhar o alimento é de
a) 180.000 𝐽 b) 55.000 𝐽 c) 18.000 𝐽 d) 5.500 𝐽 e) 1.800 𝐽
Comentários
Se a potência nos foi fornecida em Watts, então, devemos trabalhar com o tempo em
segundos e a energia em Joules.
60 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
∆𝑡 = 3 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 ∙ = 180 𝑠
1 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜
Como a potência de uma força é definida pela razão entre a energia e o tempo:
𝐸
1000 =
180
𝐸 = 1000 ∙ 180 = 180.000 = 1,8 ⋅ 105 𝐽
Gabarito: “a”
(2019/INÉDITA)
Um automóvel move-se com velocidade constante de 20 𝑚/𝑠, com uma potência de 2,0 ⋅
104 W. Se a trajetória for retilínea e horizontal, calcule a intensidade da força motora que
propulsiona o móvel e a intensidade da força que se opõe ao deslocamento.
Comentários:
Para melhor visualizar a situação, podemos representar as forças atuando no carrinho:
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⃗ ∙ ⃗𝒅 ∙ 𝒄𝒐𝒔(𝜽)
𝑾=𝑭 Trabalho de uma força
[𝑾 ] = 𝑱 (𝒋𝒐𝒖𝒍𝒆) = 𝑵 ∙ 𝒎 [𝐹 ] = 𝑁 [𝑑 ] = 𝑚
⃗𝑭 ∙ ⃗𝒅 ∙ 𝒄𝒐𝒔(𝜽)
𝑷𝒐𝒕 =
∆𝒕
Sendo a força resultante de mesma direção e sentido do deslocamento do automóvel, 𝜃 = 0,
logo, cos (𝜃) = 1. Daí:
⃗𝑭 ∙ ⃗𝒅
𝑷𝒐𝒕 =
∆𝒕
Sendo a velocidade constante, lembre-se que:
⃗
∆𝑺 Velocidade no MRU
⃗ =
𝒗
∆𝒕
[𝒗
⃗ ] = 𝒎/𝒔 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐) [𝑆] = 𝑚 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) [𝑡 ] = 𝑠 (𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)
𝐹∙𝑑
𝑃𝑜𝑡 = = 𝐹∙𝑣
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∆𝑡
Dado que 𝑃 = 𝐹 ⋅ 𝑣, com 𝑃 = 2,0 ⋅ 104 W e 𝑣 = 20 𝑚/𝑠, então a força motora que
propulsiona o móvel para frente é de:
2,0 ⋅ 104 = 𝐹 ⋅ 20
𝐹 = 1,0 kN
𝐹 = 𝐹𝑎𝑡 = 1,0 kN
(2019/INÉDITA)
Um automóvel viaja a uma velocidade constante 𝑣 = 108 𝑘𝑚/ℎ em uma estrada plana e
retilínea. Sabendo-se que a resultante das forças de resistência ao movimento do automóvel
tem uma intensidade de 5,00 𝑘𝑁, a potência desenvolvida pelo motor, em 𝑐𝑣 é de
𝑎) 200. 𝑏) 212 𝑐) 208 𝑑) 204 𝑒) 198
Note e adote
1,00 𝑐𝑣 ≅ 735 𝑊
Comentários
Aula 03 - Energia mecânica: trabalho, potência e conservação. 37
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77
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Aula 03 – ENEM 2020
A potência é definida como a taxa de variação do trabalho de uma força com o tempo, ou
seja, informa o ritmo com que uma força gera trabalho.
[𝑾 ] = 𝑱 (𝒋𝒐𝒖𝒍𝒆) = 𝑵 ∙ 𝒎 [𝐹 ] = 𝑁 [𝑑 ] = 𝑚
⃗𝑭 ∙ ⃗𝒅 ∙ 𝒄𝒐𝒔(𝜽)
𝑷𝒐𝒕 =
∆𝒕
Sendo a força resultante de mesma direção e sentido do deslocamento do automóvel, 𝜃 = 0,
logo, cos (𝜃) = 1. Daí:
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⃗
⃗ ∙𝒅
𝑭
𝑷𝒐𝒕 =
∆𝒕
Sendo a velocidade constante, lembre-se que:
⃗
∆𝑺 Velocidade no MRU
⃗ =
𝑽
∆𝒕
𝒎 [𝑆] = 𝑚 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) [𝑡 ] = 𝑠 (𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)
[ ⃗𝑽 ] = (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐)
𝒔
𝐹∙𝑑
𝑃𝑜𝑡 = = 𝐹∙𝑣
∆𝑡
Essa equação é especialmente útil em questões que envolvem, geralmente, automóveis em
deslocamento retilíneo e constante.
Antes de substituirmos os valores envolvidos, precisamos converter a velocidade para 𝑚/𝑠:
𝑚
𝑘𝑚 1 𝑠
𝑣𝑎𝑢𝑡𝑜𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 108 ∙ = 30 𝑚/𝑠
ℎ 3,6 𝑘𝑚
ℎ
Substituindo-se os valores:
1,5 ⋅ 105
𝑃𝑜𝑡 = ≅ 204 𝑐𝑣
735
Gabarito: “d”.
(2019/INÉDITA)
O professor Victor mantém sua condição física fazendo corridas no parque Ibirapuera. Nos dias
chuvosos, como forma de compensar a falta da caminhada, ele sobe a escadaria do prédio de
sua empresa a partir do térreo até o 24° andar. Assuma que o desnível entre 2 andares
consecutivos do edifício citado seja de 3,0 𝑚 e a massa do instrutor de 80 𝑘𝑔. Se fosse possível
converter toda a energia potencial gravitacional acumulada na subida para acender um circuito
20 lâmpadas de LED, cuja potência nominal é de 15 W, ligadas corretamente e usada para
iluminação do ambiente de trabalho, teríamos um tempo ininterrupto de iluminação igual a
a) 2 minutos e 7 segundos.
b) 3 minutos e 12 segundos.
c) 5 minutos e 4 segundos .
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d) 8 minutos e 22 segundos.
Comentários
A energia potencial gravitacional acumulada na subida será de
𝐸 𝐸
𝑃𝑜𝑡 = ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑃𝑜𝑡
Para as 20 lâmpadas, temos:
800 ⋅ 24 ⋅ 3 800 ⋅ 24 ⋅ 3 40 ⋅ 24 ⋅ 1
∆𝑡 = = =
20 ⋅ 15 20 ⋅ 15 5
∆𝑡 = 192 𝑠 = 3 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑒 12 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
Gabarito: “b”
(2019/INÉDITA)
Uma pilha comum do tipo AA é capaz de armazenar uma energia 𝐸 = 14 𝑘𝐽. Um certo
brinquedo necessita de uma potência 𝑃 = 0,20 𝑊 para manter o seu movimento e é ligado
usando-se 4 pilhas ligadas em paralelo. Se as baterias estavam 100% carregadas quando o
brinquedo é ligado, o tempo durante o qual permanecerá ligado será, aproximadamente, de
a) 11 segundos.
b) 19 minutos.
c) 78 horas.
d) 19 dias.
Comentários
Pela definição de potência, sabendo que na ligação em paralelo a energia será 4 vezes maior,
temos:
𝐸
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡
𝐸 4 ⋅ 14 ⋅ 103 4 ⋅ 14 ⋅ 103
∆𝑡 = = = −1
= 4 ⋅ 7 ⋅ 104 = 28 ⋅ 104 𝑠
𝑃𝑜𝑡 0,2 2 ⋅ 10
∆𝑡 = 280000 𝑠 = 77,8 ℎ
Gabarito: “c”
(2019/INÉDITA)
Considere que um conjunto solar seja formado por 5 placas conversoras de energia solar em
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energia elétrica. Admita que cada das placas fotovoltaicas possua uma área superficial 𝐴 =
2,0 𝑚2 e a intensidade luminosa média diária em uma certa região do Brasil seja 𝐼 =
1,5 𝑊/𝑚2 . Tendo o kit uma eficiência de conversão igual a 20%, a capacidade de geração
energética mensal desse kit é próxima de
a) 2,2 𝑘𝑊ℎ b) 8,2 𝑘𝑊ℎ c) 10,8 𝑘𝑊ℎ d) 12,4 𝑘𝑊ℎ
Comentários
Cada um dos painéis é capaz de produzir uma potência de:
Se o kit compreende 5 placas, com uma eficiência de 20%, temos a potência combinada de:
𝐸 = 𝑃𝑜𝑡 ⋅ ∆𝑡
𝐸 = 3 ⋅ 24 = 72 𝑊ℎ
E para um mês:
𝐸 = 72 ⋅ 30 = 2160 𝑊ℎ
Gabarito: “a”.
(2019/INÉDITA)
Uma residência tem como média mensal de consumo de energia elétrica 816 𝑘𝑊ℎ. Visando a
diminuir o valor da conta de energia elétrica, os moradores dessa casa decidem diminuir em
40% o tempo de seus banhos.
Se existem 4 moradores na casa e cada um tomava dois banhos de 20 minutos por dia, a
economia ao final do mês será próxima de
a) R$ 12,5 b) R$ 25,6 c) R$ 37,8 d) R$ 65,3 e) R$ 97,9
Note e adote:
Assuma que a conta de luz seja função unicamente do consumo em 𝑘𝑊ℎ e que cada um desses
custe 𝑅$ 0,30 na localidade da residência.
A potência do chuveiro elétrico é de 6,8 𝑘𝑊.
Admita que um mês tenha 30 dias.
Comentários
O tempo total que o chuveiro ficava ligado durante um mês era de:
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1
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4 ⋅ 30 ⋅ 2 ⋅ = 80 ℎ
3
E o consumo total era:
Gabarito: “d”.
Nenhuma máquina é capaz de converter em trabalho 100% da energia que lhe é fornecida.
Esse conceito será explorado de forma mais aprofundada na aula acerca da termodinâmica.
Um carro abastecido com gasolina promove a queima desse combustível para gerar energia
mecânica e movimentar as suas rodas. Entretanto, a maior parte da energia proveniente da
combustão é perdida na forma de calor ou pelos atritos entre seus componentes.
O rendimento de uma máquina é definido como a razão entre a potência útil, aquela
efetivamente convertida em trabalho, e a potência total a ela fornecido.
(2013/FGV/1ª FASE)
A montadora de determinado veículo produzido no Brasil apregoa que a potência do motor
que equipa o carro é de 100 HP (1 HP ≅ 750 𝑊). Em uma pista horizontal e retilínea de
provas, esse veículo, partindo do repouso, atingiu a velocidade de 144 𝑘𝑚/ℎ em 20 𝑠.
Sabendo que a massa do carro é de 1 000 𝑘𝑔, o rendimento desse motor, nessas condições
expostas, é próximo de
a) 30% b) 38% c) 45% d) 48% e) 53%
Comentários
Vamos começar convertendo a velocidade, fornecida em 𝑘𝑚/ℎ para 𝑚/𝑠, unidade padrão do
Sistema Internacional.
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1 𝑚/𝑠
𝑣 = 144 𝑘𝑚/ℎ ∙
3,6 𝑘𝑚/ℎ
𝑚
1
𝑣 = 144 𝑘𝑚/ℎ ∙ 𝑠 = 40 𝑚/𝑠
𝑘𝑚
3,6
ℎ
Pelo princípio da conservação da energia mecânica.
Sabendo que, que a pista é horizontal e retilínea, não podemos afirmar que houve ganho de
energia potencial gravitacional e nada foi mencionado acerca de energias elásticas. Além disso, o
veículo saiu do repouso, então a energia cinética inicial é nula.
Desse modo, temos que a sua variação de energia cinética corresponde a energia útil
fornecida pelo motor:
∆𝐸𝑐 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2
𝑚 ∙ vfinal
∆𝐸𝑐 =
2
1000 ∙ 402
∆𝐸𝑐 = = 800000 = 8,0 ⋅ 105 𝐽
2
A potência útil é calculada pela razão entre a energia útil e o tempo no qual essa foi fornecida
pelo motor:
∆𝐸𝑐
𝑃𝑜𝑡ú𝑡𝑖𝑙 =
∆𝑡
8,0 ∙ 105
𝑃𝑜𝑡ú𝑡𝑖𝑙 = = 4,0 ⋅ 104 𝑊
20
A potência total do motor é de 100 HP, e como 1 𝐻𝑃 ≅ 750 𝑊:
4,0 ∙ 104
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𝜂= ≅ 0,53
7,5 ∙ 104
𝜂 ≅ 53%
Gabarito: “e”
7 - LISTA DE QUESTÕES
1. (2019/ENEM)
Numa feira de ciências, um estudante utilizará o disco de Maxwell (ioiô) para demonstrar o
princípio da conservação da energia. A apresentação consistirá em duas etapas:
Etapa 1 - a explicação de que, à medida que o disco desce, parte de sua energia potencial
gravitacional é transformada em energia cinética de translação e energia cinética de rotação;
Etapa 2 - o cálculo da energia cinética de rotação do disco no ponto mais baixo de sua trajetória,
supondo o sistema conservativo.
Ao preparar a segunda etapa, ele considera a aceleração da gravidade igual a 10 𝑚 𝑠 −2 e a
velocidade linear do centro de massa do disco desprezível em comparação com a velocidade
angular. Em seguida, mede a altura do topo do disco em relação ao chão no ponto mais baixo
de sua trajetória, obtendo 1/3 da altura da haste do brinquedo.
As especificações de tamanho do brinquedo, isto é, de comprimento (C), largura (L) e altura
(A), assim como da massa de seu disco de metal, foram encontradas pelo estudante no recorte
de manual ilustrado a seguir.
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2. (2018/ENEM PPL)
Para que se faça a reciclagem das latas de alumínio são necessárias algumas ações, dentre elas:
3. (2020/ENEM)
Um projetista deseja construir um brinquedo que lance um pequeno cubo ao longo de um
trilho horizontal, e o dispositivo precisa oferecer a opção de mudar a velocidade de
lançamento. Para isso, ele utiliza uma mola e um trilho onde o atrito pode ser desprezado,
conforme a figura.
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Para que a velocidade de lançamento do cubo seja aumentada quatro vezes, o projetista deve
A O manter a mesma mola e aumentar duas vezes a sua deformação.
B O manter a mesma mola e aumentar quatro vezes a sua deformação.
C manter a mesma mola e aumentar dezesseis vezes a sua deformação.
D trocar a mola por outra de constante elástica duas vezes maior e manter a deformação.
E trocar a mola por outra de constante elástica quatro vezes maior e manter a deformação.
4. (2017/ENEM)
O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por uma lona circular flexível horizontal
presa por molas à sua borda. As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e alternando
suas formas de energia.
Ao pular verticalmente, desprezando o atrito com o ar e os movimentos de rotação do corpo
enquanto salta, uma criança realiza um movimento periódico vertical em torno da posição de
equilíbrio da lona (ℎ = 0), passando pelos pontos de máxima e de mínima alturas, ℎ𝑚á𝑥 e ℎ𝑚í𝑛 ,
respectivamente.
5. (2017/ENEM)
A figura mostra o funcionamento de uma estação híbrida de geração de eletricidade movida a
energia eólica e biogás. Essa estação possibilita que a energia gerada no parque eólico seja
armazenada na forma de gás hidrogênio, usado no fornecimento de energia para a rede
elétrica comum e para abastecer células a combustível.
Mesmo com ausência de ventos por curtos períodos, essa estação continua abastecendo a cidade
onde está instalada, pois o(a)
A O planta mista de geração de energia realiza eletrólise para enviar energia à rede de distribuição
elétrica.
B 0 hidrogênio produzido e armazenado é utilizado na combustão com o biogás para gerar calor e
eletricidade.
C conjunto de turbinas continua girando com a mesma velocidade, por inércia, mantendo a eficiência
anterior.
D combustão da mistura biogás-hidrogênio gera diretamente energia elétrica adicional para a
manutenção da estação.
E planta mista de geração de energia é capaz de utilizar todo o calor fornecido na combustão para a
geração de eletricidade.
6. (2017/ENEM-LIBRAS)
Bolas de borracha, ao caírem no chão, quicam várias vezes antes que parte da sua energia
mecânica seja dissipada. Ao projetar uma bola de futsal, essa dissipação deve ser observada
para que a variação na altura máxima atingida após um número de quiques seja adequada às
práticas do jogo. Nessa modalidade é importante que ocorra grande variação para um ou dois
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quiques. Uma bola de massa igual a 0,40 𝑘𝑔 é solta verticalmente de uma altura inicial de
1,0 𝑚 e perde, a cada choque com o solo, 80% de sua energia mecânica. Considere desprezível
a resistência do ar e adote 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
O valor da energia mecânica final, em joule. após a bola quicar duas vezes no solo, será igual a
a) 0,16. b) 0,80. c) 1,60. d) 2,56. e) 3,20.
7. (2011/ENEM)
Uma das modalidades presentes nas olimpíadas é o salto com vara. As etapas de um dos saltos
de um atleta estão representadas na figura:
Desprezando-se as forças dissipativas (resistência do ar e atrito), para que o salto atinja a maior
altura possível, ou seja, o máximo de energia seja conservada, é necessário que
1. (2014/ESPCEX/AMAN)
Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo 𝑣 = 5 𝑚/𝑠 da borda de
uma mesa horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 𝑚 do pé da mesa conforme o
desenho abaixo.
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Desprezando-se a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é
de:
Dado: Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 4 𝑚/𝑠 b) 5 𝑚/𝑠 c) 5√2 𝑚/𝑠 d) 6√2 𝑚/𝑠 e) 5√5 𝑚/𝑠
2. (2018/EEAR)
O gráfico a seguir relaciona a intensidade da força (F) e a posição (x) durante o deslocamento
de um móvel com massa igual a 10 𝑘𝑔 da posição 𝑥 = 0 𝑚 até o repouso em 𝑥 = 6 𝑚.
𝑎) 3 𝑏) 4 𝑐) 5 𝑑) 6
3. (2018/MACKENZIE)
Um corpo de massa 2,00 𝑘𝑔 é abandonado de uma altura de 50,0 𝑐𝑚, acima do solo. Ao
chocar-se com o solo ocorre uma perda de 40% de sua energia. Adotando a aceleração da
gravidade local igual a 10,0 𝑚/𝑠², a energia cinética do corpo logo após o choque parcialmente
elástico com o solo é
4. (2017/CEFET-MG)
Uma força horizontal de módulo constante 𝐹 = 100 𝑁 é aplicada sobre um carrinho de massa
𝑀 = 10,0 𝐾𝑔 que se move inicialmente a uma velocidade 𝑣𝑖 = 18 𝑘𝑚/ℎ . Sabendo-se que a
força atua ao longo de um deslocamento retilíneo 𝑑 = 2,0 𝑚, a velocidade final do carrinho,
após esse percurso, vale, aproximadamente,
5. (2017/MACKENZIE)
Na olimpíada Rio 2016, nosso medalhista de ouro em salto com vara, Thiago Braz, de 75,0 kg,
atingiu a altura de 6,03 m, recorde mundial, caindo a 2,80 m do ponto de apoio da vara.
Considerando o módulo da aceleração da gravidade 𝑔 = 10,0 𝑚/𝑠 2 , o trabalho realizado pela
força peso durante a descida foi aproximadamente de
6. (2017/CEFET-MG)
Um automóvel viaja a uma velocidade constante 𝑣 = 90 𝑘𝑚/ℎ em uma estrada plana e
retilínea. Sabendo-se que a resultante das forças de resistência ao movimento do automóvel
tem uma intensidade de 3,0 𝑘𝑁, a potência desenvolvida pelo motor é de
7. (2017/PUC-RJ)
Uma bola de massa 10 𝑔 é solta de uma altura de 1,2 𝑚 a partir do repouso. A velocidade da
bola, imediatamente após colidir com o solo, é metade daquela registrada antes de colidir com
o solo. Dados: 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2
Despreze a resistência do ar
Calcule a energia dissipada pelo contato da bola com o solo, em 𝑚𝐽,
a) 30 b) 40 c) 60 d) 90 e) 120
8. (2018/UECE)
Considere uma locomotiva puxando vagões sobre trilhos. Em um primeiro trecho da viagem, é
aplicada uma força de 1 𝑘𝑁 aos vagões, que se deslocam a 10 𝑚/𝑠. No trecho seguinte, é
aplicada uma força de 2 𝑘𝑁 e a velocidade é 5 𝑚/𝑠. A razão entre a potência no trecho inicial
e no segundo trecho é
𝑎) 1 𝑏) 50 𝑐) 1/2 𝑑) 2
9. (2018/UFRGS)
A figura mostra três trajetórias, 1, 2 e 3, através das quais um corpo de massa 𝑚, no campo
gravitacional terrestre, é levado da posição inicial 𝑖 para a posição final 𝑓, mais abaixo.
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c) 𝑊1 = 𝑊2 = 𝑊3 .
10. (2018/PUC-RJ)
Uma força constante 𝐹0 , fazendo um ângulo de 60° com a horizontal, é utilizada para arrastar
horizontalmente um bloco por uma distância 𝐿0 em uma superfície, realizando um trabalho
𝑊0 .
Se o ângulo for reduzido para 30°, o novo trabalho 𝑊 realizado pela força 𝐹0 será:
Dados:
𝑠𝑒𝑛(30°) = cos(60°) = 1/2
cos(30°) = 𝑠𝑒𝑛(60°) = √3/2
Aula 03 - Energia mecânica: trabalho, potência e conservação. 51
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Aula 03 – ENEM 2020
a) √3 ∙ 𝑊0 b) 2 ∙ 𝑊0 c) 𝑊0 d) 𝑊0 /2 e) 𝑊0 /√3
11. (2018/UPF)
Uma caixa de massa m é abandonada em repouso no topo de um plano inclinado (ponto C).
Nessas condições e desprezando-se o atrito, é possível afirmar que a velocidade com que a
caixa atinge o final do plano (ponto D), em 𝑚/𝑠, é: (considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 )
a) 6 b) 36 c) 80 d) 18 e) 4
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12. (Mackenzie/SP)
No sistema ao lado, de fio e polia ideais, o corpo 𝐶1 de massa 5,0 𝑘𝑔 sobe 50 𝑐𝑚, desde o
ponto 𝐴 até o ponto 𝐵, com velocidade constante. O trabalho realizado pela força de atrito
existente entre o corpo 𝐶2 , de massa 20 𝑘𝑔, e o plano inclinado, neste intervalo foi:
13. (FATEC/SP)
Um homem ergue uma caixa de massa 8 𝑘𝑔, a uma altura de 1 𝑚, para colocá-la sobre uma
mesa distante 1,5 𝑚 do local. Adotando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , é correto afirmar que o trabalho
realizado pela força peso, até a superfície superior da mesa, é:
1. B 2. E 3. B
4. C 5. B 6. A
7. C
1. E 2. A 3. C
4. B 5. C 6. C
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7. D 8. A 9. C
13. A
1. (2019/ENEM)
Numa feira de ciências, um estudante utilizará o disco de Maxwell (ioiô) para demonstrar o
princípio da conservação da energia. A apresentação consistirá em duas etapas:
Etapa 1 - a explicação de que, à medida que o disco desce, parte de sua energia potencial
gravitacional é transformada em energia cinética de translação e energia cinética de rotação;
Etapa 2 - o cálculo da energia cinética de rotação do disco no ponto mais baixo de sua trajetória,
supondo o sistema conservativo.
Ao preparar a segunda etapa, ele considera a aceleração da gravidade igual a 10 𝑚 𝑠 −2 e a
velocidade linear do centro de massa do disco desprezível em comparação com a velocidade
angular. Em seguida, mede a altura do topo do disco em relação ao chão no ponto mais baixo
de sua trajetória, obtendo 1/3 da altura da haste do brinquedo.
𝐸𝑟𝑜𝑡 = 𝐸𝑝𝑜𝑡
Perceba que a distância vertical percorrida é a altura que devemos substituir na relação da
energia potencial em questão.
2⋅ℎ
𝐸𝑟𝑜𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅
3
Devemos converter a massa para 𝑘𝑔, efetuando a multiplicação por 10−3 , e altura para 𝑚,
fazendo a multiplicação pelo mesmo fator:
−3
2 ⋅ 410 ⋅ 10−3
𝐸𝑟𝑜𝑡 = 30 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅
3
−2
820 ⋅ 10−3
𝐸𝑟𝑜𝑡 = 30 ⋅ 10 ⋅
3
−2
820 ⋅ 10−3
𝐸𝑟𝑜𝑡 = 30 ⋅ 10 ⋅
3
𝐸𝑟𝑜𝑡 = 10 ⋅ 10−2 ⋅ 820 ⋅ 10−3
Gabarito: “b”
2. (2018/ENEM PPL)
Para que se faça a reciclagem das latas de alumínio são necessárias algumas ações, dentre elas:
1) recolher as latas e separá-las de outros materiais diferentes do alumínio por catação;
2) colocar as latas em uma máquina que separa as mais leves das mais pesadas por meio de
um intenso jato de ar;
3) retirar, por ação magnética, os objetos restantes que contêm ferro em sua composição.
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3. (2020/ENEM)
Um projetista deseja construir um brinquedo que lance um pequeno cubo ao longo de um
trilho horizontal, e o dispositivo precisa oferecer a opção de mudar a velocidade de
lançamento. Para isso, ele utiliza uma mola e um trilho onde o atrito pode ser desprezado,
conforme a figura.
Para que a velocidade de lançamento do cubo seja aumentada quatro vezes, o projetista deve
A O manter a mesma mola e aumentar duas vezes a sua deformação.
B O manter a mesma mola e aumentar quatro vezes a sua deformação.
C manter a mesma mola e aumentar dezesseis vezes a sua deformação.
D trocar a mola por outra de constante elástica duas vezes maior e manter a deformação.
E trocar a mola por outra de constante elástica quatro vezes maior e manter a deformação.
Comentários
Se o atrito pode ser desprezado, estamos em uma situação de conservação de energia na qual
a energia potencial elástica é convertida em energia cinética. Podemos igualar as duas relações e
isolar a velocidade para julgarmos as afirmativas:
𝐸𝑐 = 𝐸𝑒𝑙
𝑚 ⋅ 𝑣2 𝑘 ⋅ 𝑥2
=
2 2
𝑚 ⋅ 𝑣2 𝑘 ⋅ 𝑥2
=
2 2
𝑘 ⋅ 𝑥2
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2
𝑣 =
𝑚
𝑘 ⋅ 𝑥2 𝑘
𝑣=√ =𝑥⋅√
𝑚 𝑚
Ao mantermos a mesma mola, supomos que a constante elástica 𝑘 não seja alterada. Pela
relação acima é possível perceber que caso a deformação 𝑥 seja aumentada em 4 vezes, a velocidade
também será.
Caso a deformação 𝑥 seja mantida constante, é necessário que a constante elástica 𝑘 seja
aumentada 16 vezes para que a velocidade seja 4 vezes maior.
Gabarito: “b”
4. (2017/ENEM)
O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por uma lona circular flexível horizontal
presa por molas à sua borda. As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e alternando
suas formas de energia.
Ao pular verticalmente, desprezando o atrito com o ar e os movimentos de rotação do corpo
enquanto salta, uma criança realiza um movimento periódico vertical em torno da posição de
equilíbrio da lona (ℎ = 0), passando pelos pontos de máxima e de mínima alturas, ℎ𝑚á𝑥 e ℎ𝑚í𝑛 ,
respectivamente.
Esquematicamente, o esboço do gráfico da energia cinética da criança em função de sua
posição vertical na situação descrita é:
Comentários
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Nos pontos de altura máxima e mínima a velocidade da criança será nula, visto que a
velocidade vertical é nula nesses pontos e a velocidade horizontal é inexistente já que o enunciado
diz que a criança pula verticalmente. Por esse motivo, a energia cinética será nula nesses dois
pontos.
Na região acima do ponto de referência a energia cinética vai sendo convertida em energia
potencial gravitacional. Podemos igualar as duas equações:
𝐸𝑐 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
É possível inferir que a energia cinética varia linearmente com a altura, sendo máxima no
ponto de ℎ = 0.
Por outro lado, na região ℎ𝑚í𝑛 < ℎ < 0 teremos a energia cinética sendo convertida em
energia potencial gravitacional e energia elástica:
𝑘 ⋅ 𝑥2
𝐸𝑐 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ +
2
O termo quadrático da distensão da mola faz com que a variação seja próxima da retratada
pela alternativa “c”.
Gabarito: “c”
5. (2017/ENEM)
A figura mostra o funcionamento de uma estação híbrida de geração de eletricidade movida a
energia eólica e biogás. Essa estação possibilita que a energia gerada no parque eólico seja
Mesmo com ausência de ventos por curtos períodos, essa estação continua abastecendo a cidade
onde está instalada, pois o(a)
A O planta mista de geração de energia realiza eletrólise para enviar energia à rede de distribuição
elétrica.
B 0 hidrogênio produzido e armazenado é utilizado na combustão com o biogás para gerar calor e
eletricidade.
C conjunto de turbinas continua girando com a mesma velocidade, por inércia, mantendo a eficiência
anterior.
D combustão da mistura biogás-hidrogênio gera diretamente energia elétrica adicional para a
manutenção da estação.
E planta mista de geração de energia é capaz de utilizar todo o calor fornecido na combustão para a
geração de eletricidade.
Comentários
Na ausência de ventos as turbinas eólicas são incapazes de fornecer eletricidade para a
produção de hidrogênio que, apesar de difícil, pode estocado por curtos períodos de tempo e pode
alimentar o reator para produção de energia a partir da mistura com biogás.
6. (2017/ENEM-LIBRAS)
Bolas de borracha, ao caírem no chão, quicam várias vezes antes que parte da sua energia
mecânica seja dissipada. Ao projetar uma bola de futsal, essa dissipação deve ser observada
para que a variação na altura máxima atingida após um número de quiques seja adequada às
práticas do jogo. Nessa modalidade é importante que ocorra grande variação para um ou dois
quiques. Uma bola de massa igual a 0,40 𝑘𝑔 é solta verticalmente de uma altura inicial de
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1,0 𝑚 e perde, a cada choque com o solo, 80% de sua energia mecânica. Considere desprezível
a resistência do ar e adote 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
O valor da energia mecânica final, em joule. após a bola quicar duas vezes no solo, será igual a
a) 0,16. b) 0,80. c) 1,60. d) 2,56. e) 3,20.
Comentários
Devemos calcular a energia mecânica inicial da bola, que será composta exclusivamente por
energia potência gravitacional, visto que sua velocidade inicial é nula e que nada foi falado sobre a
deformação elástica do objeto:
𝐸𝑝𝑜𝑡0 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0
Depois do primeiro quique, 80% da energia é perdida. Isso significa que 20% são
preservados:
Gabarito: “a”
7. (2011/ENEM)
Uma das modalidades presentes nas olimpíadas é o salto com vara. As etapas de um dos saltos
de um atleta estão representadas na figura:
Desprezando-se as forças dissipativas (resistência do ar e atrito), para que o salto atinja a maior
altura possível, ou seja, o máximo de energia seja conservada, é necessário que
a) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial
elástica representada na etapa IV.
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b) a energia cinética, representada na etapa II, seja totalmente convertida em energia potencial
gravitacional, representada na etapa IV.
c) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial
gravitacional, representada na etapa III.
d) a energia potencial gravitacional, representada na etapa II, seja totalmente convertida em
energia potencial elástica, representada na etapa IV.
e) a energia potencial gravitacional, representada na etapa I, seja totalmente convertida em
energia potencial elástica, representada na etapa III
Comentários
Na etapa I, o atleta corre para ganhar velocidade e aumentar a sua energia cinética. Na etapa
III, o atleta procura converter essa energia cinética em energia potencial gravitacional, diminuindo
a sua velocidade e ganhando altura em relação ao solo. Caso o atleta consiga fazer essa conversão
de forma eficiente, terá energia suficiente para atingir a altura necessária e ultrapassar o obstáculo.
Gabarito: “c”.
1. (2014/ESPCEX/AMAN)
Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo 𝑣 = 5 𝑚/𝑠 da borda de
uma mesa horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 𝑚 do pé da mesa conforme o
desenho abaixo.
Desprezando-se a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é
de:
Dado: Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 4 𝑚/𝑠 b) 5 𝑚/𝑠 c) 5√2 𝑚/𝑠 d) 6√2 𝑚/𝑠 e) 5√5 𝑚/𝑠
Comentários
Desprezando-se a resistência do ar, a velocidade horizontal é constante. Desse modo,
podemos calcular o tempo de queda, já que ele é o mesmo que a esfera leva para se movimentar no
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sentido horizontal.
5
5=
∆𝑡
∆𝑡 = 1 𝑠
De posse do tempo de queda podemos determinar a altura da queda. Note que dessa vez
iremos trabalhar o movimento vertical da esfera, que é do tipo MRUV. Como temos o tempo, vamos
usar a Equação da posição para o MRUV:
10 ∙ 12
ℎ =0∙1+
2
10
ℎ= =5𝑚
2
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Finalmente, pelo princípio da conservação da energia mecânica. Podemos afirmar que a soma
das energias potencial e cinética antes da queda é igual à soma após a queda:
Adotando o referencial como o chão, temos que a altura na posição final é nula. E como
sabemos que a velocidade vertical inicial é nula:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐸𝑐𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑚 ∙ 𝑣2
𝑚∙𝑔∙ℎ =
2
𝑣2
𝑔∙ℎ =
2
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𝑣 = √2 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
𝑣𝑦 = √2 ∙ 10 ∙ 5 = √100 = 10 𝑚/𝑠
A esfera atinge o solo com velocidade horizontal e vertical. O módulo da velocidade resultante
é o que a questão pede. Dessa forma, devemos efetuar a soma vetorial entre 𝑣𝑥 e 𝑣𝑦 para
descobrirmos 𝑣𝑟 .
2
(𝑣𝑟 )2 = (𝑣𝑥 )2 + (𝑣𝑦 )
Gabarito: “e”.
2. (2018/EEAR)
O gráfico a seguir relaciona a intensidade da força (F) e a posição (x) durante o deslocamento
de um móvel com massa igual a 10 𝑘𝑔 da posição 𝑥 = 0 𝑚 até o repouso em 𝑥 = 6 𝑚.
𝑎) 3 𝑏) 4 𝑐) 5 𝑑) 6
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Comentários
Note que a velocidade inicial não era nula, e que o trabalho foi contra o movimento,
responsável por levar o móvel ao repouso. Sabemos que o trabalho da força F foi responsável pela
variação da energia cinética do móvel. Primeiramente devemos calcular esse trabalho através da
área abaixo da curva, que é numericamente igual a essa energia.
𝑊𝐹 ≡ 𝐴I + 𝐴𝐼𝐼
E a área de um triângulo:
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𝐵𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = Área de um triângulo
2
Podemos escrever:
𝐵2 ∙ ℎ2
𝑊𝐹 ≡ 𝐵1 ∙ ℎ1 +
2
3 ∙ 10
𝑊𝐹 ≡ 3 ∙ 10 +
2
𝑊𝐹 ≡ 45
𝑊𝐹 = −45 𝐽
𝑊𝑟 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
2
𝑚 ∙ (𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) 𝑚 ∙ (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2
𝑊𝑟 = −
2 2
Como a velocidade final é nula:
2
𝑚 ∙ (𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) 𝑚 ∙ (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2
𝑊𝑟 = −
2 2
𝑚 ∙ (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2
𝑊𝑟 = −
2
Substituindo-se os valores:
10 ∙ (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2
−45 = −
2
10 ∙ (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2
= 45
2
10 ∙ (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2 = 45 ∙ 2
(𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2 = 9
𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = √9 = 3 𝑚/𝑠
Gabarito: “a”.
3. (2018/MACKENZIE)
Um corpo de massa 2,00 𝑘𝑔 é abandonado de uma altura de 50,0 𝑐𝑚, acima do solo. Ao
chocar-se com o solo ocorre uma perda de 40% de sua energia.
Adotando a aceleração da gravidade local igual a 10,0 𝑚/𝑠², a energia cinética do corpo logo
após o choque parcialmente elástico com o solo é
Comentários
Questão bem elaborada. Ainda que seja objetiva, respeitou os algarismos significativos.
Chamando de ponto A, o ponto a uma altura de 0,50 𝑚 do solo, e o ponto de contato do corpo com
o solo de ponto B, podemos escrever:
Como nos foi informado que houve perda de 40% de sua energia, sabemos que 60% foram
conservados:
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O enunciado diz que o corpo foi abandonado, isso significa que a sua velocidade inicial é zero,
portanto, a energia cinética inicial também é. No ponto B, por sua vez, a altura em relação ao solo é
nula, logo, não haverá energia potencial gravitacional.
𝐸𝑐𝐵 = 6,00 𝐽
Gabarito: “c”.
4. (2017/CEFET-MG)
Uma força horizontal de módulo constante 𝐹 = 100 𝑁 é aplicada sobre um carrinho de massa
𝑀 = 10,0 𝐾𝑔 que se move inicialmente a uma velocidade 𝑣𝑖 = 18 𝑘𝑚/ℎ . Sabendo-se que a
força atua ao longo de um deslocamento retilíneo 𝑑 = 2,0 𝑚, a velocidade final do carrinho,
após esse percurso, vale, aproximadamente,
Comentários
Não foram citadas outras forças atuando sobre o carrinho, desse modo, vamos assumir que
o avaliador considerou 𝐹 como a resultante das forças atuando sobre o corpo.
Pelo teorema da energia cinética, sendo 𝐹 responsável por alterar a energia cinética do
carrinho:
𝑊𝐹 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
1 𝑚/𝑠
𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 18 𝑘𝑚/ℎ ∙ = 5,0 𝑚/𝑠
3,6 𝑘𝑚/ℎ
Finalmente:
2
10,0 ∙ [(𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) − (5)2 ]
100 ∙ 2,0 =
2
2
200 = 5,0 ∙ [(𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) − (5)2 ]
2
200 = 5,0 ∙ [(𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) − 25]
2
40 = (𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) − 25
𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = √65
Aluno, lembre-se que estamos resolvendo uma questão objetiva: use as alternativas a seu
favor. Não sabemos o valor aproximado de √65, mas sabemos que √64 = 8 e que √81 = 9. Desse
modo, √65 deve ser um valor entre 8 e 9, e mais próximo de 8. Assim, a alternativa correta só pode
ser a “b”.
Gabarito: “b”.
5. (2017/MACKENZIE)
Na olimpíada Rio 2016, nosso medalhista de ouro em salto com vara, Thiago Braz, de 75,0 kg,
atingiu a altura de 6,03 m, recorde mundial, caindo a 2,80 m do ponto de apoio da vara.
Considerando o módulo da aceleração da gravidade 𝑔 = 10,0 𝑚/𝑠 2 , o trabalho realizado pela
força peso durante a descida foi aproximadamente de
Comentários
A definição do trabalho de uma força é:
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Note que a distância que nos interessa é a altura máxima que o atleta atingiu, e não a
distância horizontal percorrida.
Assim, podemos substituir os valores fornecidos:
Gabarito: “c”.
6. (2017/CEFET-MG)
Um automóvel viaja a uma velocidade constante 𝑣 = 90 𝑘𝑚/ℎ em uma estrada plana e
retilínea. Sabendo-se que a resultante das forças de resistência ao movimento do automóvel
tem uma intensidade de 3,0 𝑘𝑁, a potência desenvolvida pelo motor é de
Comentários
A potência é definida como a taxa de variação do trabalho de uma força com o tempo, ou
seja, informa o ritmo com que uma força gera trabalho.
[𝑊 ] = 𝐽 (𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒) = 𝑁 ∙ 𝑚 [𝐹 ] = 𝑁 [𝑑 ] = 𝑚
𝐹 ∙ 𝑑 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝜃)
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡
Sendo a força resultante de mesma direção e sentido do deslocamento do automóvel, 𝜃 = 0,
logo, cos (𝜃) = 1. Daí:
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𝐹∙𝑑
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡
Sendo a velocidade constante, lembre-se que:
∆𝑆 Velocidade no MRU
⃗ =
𝑉
∆𝑡
𝑚 [𝑆] = 𝑚 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) [𝑡 ] = 𝑠 (𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)
⃗ ]=
[𝑉 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜)
𝑠
Aluno, ∆𝑆 e 𝑑 são dois símbolos diferentes representando, nesse caso, a mesma ideia de
deslocamento. Desse modo:
𝐹∙𝑑
𝑃𝑜𝑡 = = 𝐹∙𝑣
∆𝑡
Essa equação é especialmente útil em questões que envolvem, geralmente, automóveis em
deslocamento retilíneo e constante.
Antes de substituirmos os valores envolvidos, precisamos converter a velocidade para 𝑚/𝑠:
𝑚
𝑘𝑚 1 𝑠
𝑣𝑎𝑢𝑡𝑜𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 90 ∙ = 25 𝑚/𝑠
ℎ 3,6 𝑘𝑚
ℎ
𝑃𝑜𝑡 = 75 ∙ 103 𝑊 = 75 ∙ 𝑘𝑊
Gabarito: “c”.
7. (2017/PUC-RJ)
Uma bola de massa 10 𝑔 é solta de uma altura de 1,2 𝑚 a partir do repouso. A velocidade da
bola, imediatamente após colidir com o solo, é metade daquela registrada antes de colidir com
o solo. Dados: 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2
Despreze a resistência do ar
Calcule a energia dissipada pelo contato da bola com o solo, em 𝑚𝐽,
a) 30 b) 40 c) 60 d) 90 e) 120
Comentários
Já que devemos desprezar as forças dissipativas, podemos escrever, pelo princípio da
conservação da energia mecânica, antes da bola ser lançada (1) e imediatamente antes da colisão
com o solo (2):
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Adotando o referencial como o chão, temos que a altura, imediatamente antes do impacto
com o solo, é nula. E como sabemos que a velocidade vertical inicial é nula:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔1 = 𝐸𝑐2
𝑚 ∙ (𝑣2 )2
𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 =
2
(𝑣2 )2
𝑔 ∙ ℎ1 =
2
(𝑣2 )2 = 2 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1
𝑣2 = √2 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1
Não tente simplificar esse valor de 𝑣2 . Adote, para efeitos de resolução, (𝑣2 )2 = 24.
Vamos chamar de (3) a situação após a colisão da bola com o solo. O enunciado informa que
𝑣3 = 𝑣2 /2. Antes da colisão, a bola tem energia 𝐸𝑐2 , depois 𝐸𝑐3 . A diferença entre essas duas nos
informará o quanto foi perdido:
∆𝐸 = 𝐸𝑐2 − 𝐸𝑐3
(𝑣2 )2
𝑚 ∙ [(𝑣2 )2 − (𝑣2 /2 )2 ] 𝑚 ∙ [(𝑣2 )2 − ]
4
∆𝐸 = =
2 2
Finalmente, sabendo que 10 𝑔 = 0,01 𝑘𝑔, podemos substituir os valores fornecidos e
calculados:
24
0,01 ∙ [24 − ]
∆𝐸 = 4 = 0,01 ∙ 18 = 0,09 𝐽
2 2
∆𝐸 = 90 ∙ 10−3 𝐽 = 90 𝑚𝐽
Gabarito: “d”.
8. (2018/UECE)
Considere uma locomotiva puxando vagões sobre trilhos. Em um primeiro trecho da viagem, é
aplicada uma força de 1 𝑘𝑁 aos vagões, que se deslocam a 10 𝑚/𝑠. No trecho seguinte, é
aplicada uma força de 2 𝑘𝑁 e a velocidade é 5 𝑚/𝑠. A razão entre a potência no trecho inicial
e no segundo trecho é
𝑎) 1 𝑏) 50 𝑐) 1/2 𝑑) 2
Comentários
A potência é definida como a taxa de variação do trabalho de uma força com o tempo, ou
seja, informa o ritmo com que uma força gera trabalho.
Aula 03 - Energia mecânica: trabalho, potência e conservação. 70
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Aula 03 – ENEM 2020
[𝑊 ] = 𝐽 (𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒) = 𝑁 ∙ 𝑚 [𝐹 ] = 𝑁 [𝑑 ] = 𝑚
𝐹 ∙ 𝑑 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝜃)
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡
Sendo a força resultante de mesma direção e sentido do deslocamento do automóvel, 𝜃 = 0,
logo, cos (𝜃) = 1. Daí:
𝐹∙𝑑
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡
Sendo a velocidade constante, lembre-se que:
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∆𝑆 Velocidade no MRU
𝑣=
∆𝑡
𝑚 [𝑆] = 𝑚 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) [𝑡 ] = 𝑠 (𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)
[𝑣]= (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜)
𝑠
𝐹∙𝑑
𝑃𝑜𝑡 = = 𝐹∙𝑣
∆𝑡
Fixou essa em seu leque de conhecimentos? Vamos fazer uma razão entre as duas potências:
𝑃𝑜𝑡𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 1 ∙ 103 ∙ 10 10
= 3
= =1
𝑃𝑜𝑡𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 2 ∙ 10 ∙ 5 2∙5
Gabarito: “a”.
9. (2018/UFRGS)
A figura mostra três trajetórias, 1, 2 e 3, através das quais um corpo de massa 𝑚, no campo
gravitacional terrestre, é levado da posição inicial 𝑖 para a posição final 𝑓, mais abaixo.
c) 𝑊1 = 𝑊2 = 𝑊3 .
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Comentários
A força peso, ou força gravitacional, é conservativa. Isso significa que o trabalho por ela
realizado depende somente dos pontos inicial e final. Sendo estes dois iguais, o trabalho do peso
será igual, não importando a trajetória desenvolvida pelo corpo durante o trajeto entre o início e o
fim.
Gabarito: “c”.
10. (2018/PUC-RJ)
Uma força constante 𝐹0 , fazendo um ângulo de 60° com a horizontal, é utilizada para arrastar
horizontalmente um bloco por uma distância 𝐿0 em uma superfície, realizando um trabalho
𝑊0 .
Se o ângulo for reduzido para 30°, o novo trabalho 𝑊 realizado pela força 𝐹0 será:
Dados:
𝑠𝑒𝑛(30°) = cos(60°) = 1/2
cos(30°) = 𝑠𝑒𝑛(60°) = √3/2
a) √3 ∙ 𝑊0 b) 2 ∙ 𝑊0 c) 𝑊0 d) 𝑊0 /2 e) 𝑊0 /√3
Comentários
Podemos resolver a questão efetuando a razão entre o trabalho 𝑊 e o trabalho 𝑊0 :
𝑾=𝑭 ⃗ ∙ 𝒄𝒐𝒔(𝜽)
⃗ ∙𝒅 Trabalho de uma força
Para 𝑊 e 𝑊0 temos:
𝑊 √3 2
= ∙
𝑊0 2 1
𝑊
= √3
𝑊0
𝑊 = √3 ∙ 𝑊0
Gabarito: “a”.
11. (2018/UPF)
Uma caixa de massa m é abandonada em repouso no topo de um plano inclinado (ponto C).
Nessas condições e desprezando-se o atrito, é possível afirmar que a velocidade com que a
caixa atinge o final do plano (ponto D), em 𝑚/𝑠, é: (considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 )
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a) 6 b) 36 c) 80 d) 18 e) 4
Comentários
Desprezando-se o atrito, pelo princípio da conservação da energia mecânica, e adotando
antes da caixa ser lançada como (1) e imediatamente antes de atingir o final do plano (2):
Adotando o referencial como o chão, temos que a altura, ao final do plano inclinado, é nula.
E como sabemos que a velocidade vertical inicial é nula:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔1 = 𝐸𝑐2
𝑚 ∙ (𝑣2 )2
𝑚 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 =
2
(𝑣2 )2 = 2 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1
𝑣2 = √2 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1
Gabarito: “a”.
12. (Mackenzie/SP)
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No sistema ao lado, de fio e polia ideais, o corpo 𝐶1 de massa 5,0 𝑘𝑔 sobe 50 𝑐𝑚, desde o
ponto 𝐴 até o ponto 𝐵, com velocidade constante. O trabalho realizado pela força de atrito
existente entre o corpo 𝐶2 , de massa 20 𝑘𝑔, e o plano inclinado, neste intervalo foi:
Comentário:
Para determinarmos o trabalho da força de atrito, utilizaremos a definição de trabalho como
o produto da força pelo deslocamento. Para tanto, é necessário conhecer o valor da força de atrito
que age no corpo durante o deslocamento.
Vamos começar fazendo um diagrama de forças que atuam nos corpos 𝐶1 e 𝐶2 :
Como os blocos estão presos por fios inextensíveis e se movem com velocidade constante, a
aceleração de cada bloco ao longo de seus deslocamentos é nula. Portanto, temos que:
𝑚2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) = 𝐹𝑎𝑡 + 𝑇
{
𝑚1 ⋅ 𝑔 = 𝑇
Daí:
1
𝐹𝑎𝑡 = (20 ⋅ − 5) ⋅ 10 = 50 N
2
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Agora, precisamos saber o deslocamento do bloco 𝐶2 . Você poderia ser levado a usar uma
relação trigonométrica para achar esse tamanho:
Mas cuidado! Isso está incorreto. Como o fio é inextensível, o bloco 𝐶2 se deslocará o mesmo
que o fio 𝐶1 , ou seja, 0,50 𝑚.
Note ainda que a força de atrito 𝐹𝑎𝑡 tem sentido contrário ao deslocamento 𝑑 . Portanto:
Gabarito “c”.
13. (FATEC/SP)
Um homem ergue uma caixa de massa 8 𝑘𝑔, a uma altura de 1 𝑚, para colocá-la sobre uma
mesa distante 1,5 𝑚 do local. Adotando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , é correto afirmar que o trabalho
realizado pela força peso, até a superfície superior da mesa, é:
Comentários:
O trabalho da força depende apenas da diferença de níveis. Como o homem levanta o corpo,
temos que a força peso age em direção oposta ao vetor deslocamento, ou seja, o ângulo entre os
dois vetores é de 180°.
𝑊𝑃⃗ = −80 J
Note que não contabilizamos no cálculo do trabalho da força peso o fato do homem carregar
o corpo na horizontal até a mesa. Isso decorre do fato desse deslocamento ser perpendicular à
direção da força peso.
Em outras palavras, a movimentação de um corpo na direção horizontal não gera trabalho da
força peso, pelo fato dessa ser uma força com direção vertical.
Gabarito “a”.
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10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”
Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas. O
fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos.
Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno, no site do Estratégia
Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque pela opção “Fórum de
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11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CPF 09207474930
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 1. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 1. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 1. 9ª ed. Moderna. 521p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 1. 10ª ed. LTC. 282p.
12 - VERSÃO DE AULA