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Livro 01 –
Movimento
uniformemente
variado
Física para vestibulares 2021

Professor Lucas Costa


Professor Lucas Costa
Aula 01 – Física para vestibulares 2021

Sumário
1 - Considerações iniciais ...................................................................................................................... 4
2 - O movimento retilíneo e uniformemente variado ........................................................................... 4
2.1 – Tipos de movimento ................................................................................................................. 6
2.1.1 - Movimento acelerado e progressivo: ................................................................................. 6
2.1.2 – Movimento acelerado e retrógrado .................................................................................. 7
2.1.3 - Movimento retardado e progressivo .................................................................................. 7
2.1.4 - Movimento retardado e retrógrado ................................................................................... 7
2.2 - As equações do movimento retilíneo e uniformemente variado .............................................. 8
2.3 - Os gráficos do movimento retilíneo e uniformemente variado .............................................. 12
2.3.1 - A aceleração em função do tempo ................................................................................... 12
2.3.2 - A velocidade em função do tempo ................................................................................... 12
2.3.3 - A posição em função do tempo ........................................................................................ 15
2.4 - A queda livre e o lançamento vertical ..................................................................................... 19
2.5 - Movimento bidimensional (composição de movimentos) ...................................................... 24
2.6 - O lançamento oblíquo ............................................................................................................. 25
3 – Movimento circular ....................................................................................................................... 27
3.1 - Deslocamento angular ............................................................................................................ 27
3.2 - Período e Frequência ............................................................................................................... 29
3.3 - Velocidade angular ................................................................................................................. 29
3.4 - Aceleração angular ................................................................................................................. 33
3.5 – Acelerações no movimento circular ....................................................................................... 33
3.5.1 – Acelerações no movimento circular uniforme (MCU) ..................................................... 35
3.5.2 - Acelerações no movimento circular uniformemente variado (MCUV) ............................ 35
3.6 - Aplicação prática da cinemática de rotação .......................................................................... 37
3.6.1 - Corpos conectados por um eixo comum .......................................................................... 38
3.6.2 - Corpos conectados por suas extremidades ...................................................................... 39
4 - Resumo da aula em mapas mentais .............................................................................................. 41
5 - Lista de questões ............................................................................................................................ 42
5.1 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 42
6 - Gabarito das questões sem comentários ...................................................................................... 49
6.1 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 49
7 - Questões resolvidas e comentadas ................................................................................................ 49

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7.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 49


8 - Considerações finais....................................................................................................................... 71
9 - Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 71
10 - Versão de Aula ............................................................................................................................. 71

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula de número 01, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• Descrição de movimentos: movimento uniformemente variado.
• Movimento bidimensional (composição de movimentos)
• Movimento circular.
Os assuntos mencionados se enquadram no subtópico denominado Mecânica.

Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um tema
bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.

2 - O MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORMEMENTE VARIADO


O Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado (MRUV) é caracterizado por um
deslocamento em linha reta e com velocidade que varia de forma constante, ou seja, com
aceleração constante. De forma prática, a aceleração tangencial é responsável por variar a
velocidade escalar de um corpo, ao passo que a aceleração centrípeta é responsável por alterar a
trajetória do mesmo.
Neste tópico estudaremos a aceleração tangencial. Caso o aluno encontre em prova a
expressão “aceleração” de forma pura, sem a especificação tangencial ou centrípeta, então é
sugerido assumir que se trata da aceleração tangencial. Isso porque é muito difícil que a aceleração
centrípeta seja cobrada sem estar corretamente discretizada. A aceleração pode ser definida pela
razão entre a variação da velocidade ∆𝑣 de um corpo e a variação do tempo ∆𝑡:


∆𝒗 Definição da aceleração em um MRUV
⃑ =
𝒂
∆𝒕
⃑ ] = 𝒎/𝒔𝟐
[𝒂 [𝒗
⃑ ] = 𝒎/𝒔 [𝒕] = 𝒔

Qual a interpretação prática do conceito de aceleração?


Suponha uma motocicleta partindo do repouso, após um semáforo de trânsito indicar luz
verde, com aceleração [ 𝑎 ] = 3 𝑚⁄𝑠 2 , isso significa que sua velocidade aumenta em 3 𝑚⁄𝑠 a cada
1 segundo. Vamos resolver um exercício de pura aplicação desse conceito:
(2019/INÉDITA)
Uma partícula tem velocidade de 36 𝑚/𝑠 no sentido positivo do eixo x e que 1,2 segundos
depois ela assume velocidade de 60 𝑚/𝑠 no sentido oposto. Qual foi a aceleração média da
partícula durante esse intervalo de tempo de 1,2 𝑠 ?

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Comentários
Para resolver essa questão precisamos nos lembrar da definição de aceleração para o MRUV:

∆𝑣 Definição de aceleração para o MRUV


𝑎=
∆𝑡
Devemos substituir os valores tomando cuidado com a variação da velocidade, se ela foi de
36 𝑚/𝑠 positivos para 60 𝑚/𝑠 negativos, então ela não variou 24 𝑚/𝑠 e sim 96 𝑚/𝑠.
Pense: ela variou de 𝟑𝟔 𝒎/𝒔 até zero e depois de zero até 𝟔𝟎 𝒎/𝒔 negativos, totalizando
uma variação, em módulo, de 96 𝑚/𝑠. Naturalmente, a aceleração é negativa.

∆𝑣
𝑎=
∆𝑡
𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑎=
∆𝑡
(−60) − (36) −96
𝑎= = = −80 𝑚/𝑠 2
1,2 1,2

Gabarito: 𝒂 = −𝟖𝟎 𝒎/𝒔𝟐

(2019/INÉDITA)

Imagine um rapaz que brinca com sua bola no interior de uma van em movimento. Supondo
que o veículo se mova com velocidade constante em relação à via e desprezando a resistência
do ar, é correto afirmar que
(A) no referencial em repouso de uma pessoa na via a bola percorre uma trajetória vertical
retilínea
(B) no referencial em repouso de uma pessoa na via, a bola estava em movimento retilíneo e
uniforme
(C) no referencial de outra pessoa no interior da van, a trajetória da bola é representada por
um arco de parábola
(D) no referencial de outra pessoa no interior da van, a bola estava em movimento retilíneo e
uniforme
(E) no referencial do menino que joga a bola, a bola descreve uma trajetória vertical
Comentários
A trajetória de um corpo é o caminho que ele percorre. Geralmente as questões abordam
trajetórias lineares (em linha reta) ou circulares.

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A trajetória pode variar conforme o referencial. Imagine um garoto dentro de um ônibus que
solta uma bola. Para o rapaz, a bola faz uma simples trajetória vertical.

Imagine agora que uma pessoa num ponto de ônibus seja capaz de enxergar a trajetória
desenvolvida pela bola. Para essa pessoa, a bola descreve uma trajetória parabólica.

a) Incorreta. No referencial em repouso de uma pessoa na via a bola percorre uma trajetória
parabólica.
b) Incorreta. No referencial em repouso de uma pessoa na via, a bola estava em movimento
retilíneo e uniformemente variado.
c) Incorreta. No referencial de outra pessoa no interior da van, a trajetória da bola é vertical.
d) Incorreta. No referencial de outra pessoa no interior da van, a bola estava em movimento
retilíneo e uniformemente variado.
e) Correta.
Gabarito: “e”

2.1 – TIPOS DE MOVIMENTO

Chamamos de movimento acelerado o evento no qual o módulo da velocidade escalar


aumenta com o decorrer do tempo. Existem dois tipos de movimentos acelerados: o movimento
acelerado e progressivo, e o movimento acelerado e retrógrado.
De maneira oposta, existem os movimentos retardados progressivos e acelerados.
Chamamos de movimento retardado quando o módulo da velocidade escalar diminui com o
decorrer do tempo. Vamos entender cada um deles.

2.1.1 - Movimento acelerado e progressivo:


Nesse tipo de movimento 𝒗 > 𝟎 e se |𝑣 | aumenta com o tempo, resulta que 𝑣 também
aumenta com o tempo. Assim, Δ𝑣 é positivo, em qualquer intervalo de tempo, o que implica 𝒂 > 𝟎.
Imagine um veículo, no qual uma família viaja na Rodovia Dutra, indo de São Paulo para Rio
de Janeiro com velocidade escalar de 80 km/h que passa a se mover a 100 km/h após alguns minutos.

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A velocidade do móvel é positiva se adotarmos o eixo de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Portanto, sabemos que a velocidade é sempre positiva, o que nos mostra um movimento
progressivo (o móvel está se deslocando na direção do aumento da posição 𝑠).
Ao calcularmos a variação da velocidade, encontramos que: Δ𝑣 = 𝑣2 − 𝑣1 = 100 − 80 =
20 𝑘𝑚/ℎ. Logo, Δ𝑣 > 0. Portanto, 𝑎𝑚 > 0. Dessa forma, temos o movimento acelerado
progressivo: 𝑣 > 0 𝑒 𝑎 > 0.

2.1.2 – Movimento acelerado e retrógrado


Nesse tipo de movimento 𝒗 < 𝟎 e se |𝒗| aumenta como tempo, então 𝑣 diminui. Assim, Δ𝑣 <
0 em qualquer intervalo de tempo, o que implica 𝒂 < 𝟎.
Suponha um veículo em um autódromo que se mova em marcha ré. Ele terá velocidade
negativa, já que se move contra o referencial adotado pela pista. Agora imagine que o motorista,
com o intuito de chegar ainda mais rápido até um ponto na pista, pisa no acelerador, ainda andando
em marcha ré.
Neste caso, trata-se de um movimento retrógrado, pois o móvel está na direção contrária ao
eixo adotado pelo espaço, isto é, 𝑣 < 0. Além disso, podemos ver que a velocidade ainda será maior
em módulo, e menor de maneira absoluta, já que o móvel se desloca mais velozmente contra o
sentido orientado como positivo. Assim, temos que no movimento acelerado retrógrado 𝒗 < 𝟎 e
𝒂 < 𝟎.

𝑀𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜: 𝑣 > 0 𝑒 𝑎 > 0


{ 𝑜𝑢
𝑀𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑟ó𝑔𝑟𝑎𝑑𝑜: 𝑣 < 0 𝑒 𝑎 < 0

Podemos concluir que no movimento acelerado 𝑣 e 𝑎 têm o mesmo sinal.

2.1.3 - Movimento retardado e progressivo


No movimento progressivo a velocidade tem mesmo sentido do eixo orientado, 𝒗 > 𝟎, e se
|𝒗| diminui com o tempo, então 𝑣 também diminui com o tempo. Assim, Δ𝑣 é negativo, em qualquer
intervalo de tempo, o que implica 𝒂 < 𝟎.
Como exemplo, imagine um automóvel viajando na Rodovia Dutra, indo de São Paulo para
Rio de Janeiro com velocidade escalar de 100 km/h e que altera a sua velocidade para 80 km/h em
alguns segundos, em decorrência de um veículo andando mais lentamente à sua frente.
A velocidade do móvel é positiva se adotarmos o eixo de São Paulo para o Rio de Janeiro, o
que nos mostra um movimento progressivo. Ao calcularmos a variação da velocidade, encontramos
que: Δ𝑣 = 𝑣2 − 𝑣1 = 80 − 100 = −20 𝑘𝑚/ℎ. Logo, Δ𝑣 < 0. Portanto, 𝑎𝑚 < 0. Dessa forma,
temos o movimento retardado progressivo: 𝑣 > 0 𝑒 𝑎 < 0.

2.1.4 - Movimento retardado e retrógrado


Nesse caso 𝒗 < 𝟎 e se |𝒗| diminui como tempo, então 𝑣 aumenta. Assim, Δ𝑣 > 0 em
qualquer intervalo de tempo, o que implica 𝒂 > 𝟎.

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Vamos imaginar que o motorista em nosso autódromo que viaja em marcha ré, contra o
sentido orientado como positivo, aciona os freios do seu veículo. Nesse caso, trata-se de um
movimento retrógrado, pois o móvel está na direção contrária ao adotado pelo espaço, e podemos
perceber que o módulo da velocidade diminuiu. Assim, temos que no movimento retardado
retrógrado 𝒗 < 𝟎 e 𝒂 > 𝟎.

𝑀𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑟𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜: 𝑣 > 0 𝑒 𝑎 < 0


{ 𝑜𝑢
𝑀𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑟𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑟ó𝑔𝑟𝑎𝑑𝑜: 𝑣 < 0 𝑒 𝑎 > 0

Concluímos que no movimento retardado 𝒗 e 𝒂 têm sinais contrários.

2.2 - AS EQUAÇÕES DO MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORMEMENTE VARIADO

A equação horária da velocidade se relaciona com a definição de aceleração:

𝒗(𝒕) = 𝒗𝟎 + 𝒂 ∙ 𝒕 Equação horária da velocidade

⃑ ] = 𝒎/𝒔𝟐
[𝒂 [𝒗] = 𝒎/𝒔 [𝒕] = 𝒔

Essa equação nos permite determinar a velocidade instantânea de um móvel, sabendo a sua
aceleração 𝑎 (que deve ser constante) e a sua velocidade inicial ou velocidade no instante zero 𝑣0 .
Repare que nenhuma dessas equações do MRUV nos permite determinar a posição de um
móvel em movimento retilíneo e uniformemente variado. Existem mais duas equações,
frequentemente cobradas em prova, que nos permitem sanar essa falta.
São elas a equação da posição do MRUV e a equação de Torricelli. A equação da posição do
MRUV pode ser escrita de duas maneiras, a maneira mais simplificada escreve o deslocamento como
∆𝑆, ao invés de sua forma expandida 𝑆 − 𝑆0 .

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Equação da posição em função


∆𝑺 = 𝒗𝟎 ∙ 𝒕 + do tempo para o MRUV
𝟐
⃑ ] = 𝒎/𝒔𝟐
[𝒂 [𝒗
⃑ ] = 𝒎/𝒔 [𝒕] = 𝒔 [𝑺] = 𝒎

As outras formas nas quais a equação da posição do MRUV aparece são:

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Variações da equação da posição


𝑺 − 𝑺𝟎 = 𝑽𝟎 ∙ 𝒕 + em função do tempo para o MRUV
𝟐
𝒂 ∙ 𝒕𝟐
𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝑽𝟎 ∙ 𝒕 +
𝟐

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A equação de Torricelli é de grande importância, sobretudo na resolução de questões em que


o intervalo de tempo 𝒕 não é nem pedido, e nem fornecido, pelo avaliador.
𝟐 Equação de Torricelli
(𝒗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 ) = (𝒗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 )𝟐 + 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ ∆𝑺

⃑ ] = 𝒎/𝒔𝟐
[𝒂 [𝒗
⃑ ] = 𝒎/𝒔 [𝒕] = 𝒔 [𝑺] = 𝒎

Quando devo usar a Equação da Posição do MRUV ou a Equação de Torricelli?

Fique ligado no intervalo de tempo: em uma questão que envolva o deslocamento


uniformemente variado de um móvel, se o avaliador forneceu o intervalo de tempo ou
pediu que esse fosse calculado, então, provavelmente, ele espera que a Equação da
Posição do MRUV seja utilizada.
Por outro lado, caso o intervalo de tempo não seja fornecido, e nem requisitado, então
é esperado que a Equação de Torricelli seja usada.

(2019/INÉDITA)
Em uma estrada molhada e com pneus gastos um veículo consegue efetuar uma desaceleração
(frear) de 2,0 𝑚/𝑠 2 . Caso estivesse em uma estrada seca e com pneus novos conseguiria
efetuar uma desaceleração de 5,0 𝑚/𝑠 2 .
Suponha que um motorista trafegando em uma estrada molhada e com pneus gastos a uma
velocidade de 72 𝑘𝑚/ℎ vê um cone de trânsito a uma distância de 50 metros, ele irá conseguir
frear a tempo de evitar a colisão? O que aconteceria caso estivesse em uma estrada seca e com
pneus novos?
Comentários
Para resolver essa questão precisamos utilizar alguma equação do MRUV que relacione o
deslocamento. Podemos utilizar a Equação da Posição do MRUV ou a Equação de Torricelli. Perceba
que o tempo gasto para frear o veículo não nos é fornecido e nem nos requisitado, nesse tipo de
questão o mais eficiente é utilizar a Equação de Torricelli pois nela não existe o tempo de forma
explícita. Vamos nos recordar da Equação de Torricelli:

𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ∙ 𝑎 ∙ ∆𝑆 Equação de Torricelli

Repare que nessa equação a velocidade final pode ser escrita simplesmente como 𝑣, e a
velocidade inicial como a velocidade no tempo zero, 𝑣0 .Vamos abordar inicialmente a pior situação,
na qual os pneus estão gastos (carecas) e está chovendo (estrada molhada).
Devemos substituir os valores tomando cuidado com as unidades (sabemos que 72 𝑘𝑚/ℎ
equivalem a 20 𝑚/𝑠) e também que o sinal da aceleração, deve ser negativo por se tratar de uma
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desaceleração. Assumindo que a velocidade final do veículo deve ser nula, pois ele deve parar
completamente, podemos escrever:

0 = 202 + 2 ∙ (−2) ∙ ∆𝑆

Desenvolvendo e isolando a o deslocamento ∆𝑆 temos:

0 = 400 − 4 ∙ ∆𝑆

Podemos passar o termo negativo para o outro lado da igualdade:

4 ∙ ∆𝑆 = 400

Finalmente:

400
∆𝑆 = = 100 𝑚
4
Como descobrimos que o veículo precisaria de 100 metros até parar completamente, a
colisão é inevitável.
Vamos agora descobrir se o veículo conseguiria efetuar a frenagem caso a situação climática
fosse favorável e o motorista fizesse a manutenção regular em seu veículo:

𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ∙ 𝑎 ∙ ∆𝑆

Substituindo-se os valores:

0 = 202 + 2 ∙ (−5) ∙ ∆𝑆

0 = 400 − 10 ∙ ∆𝑆

Desenvolvendo as equações de forma análoga, temos:

10 ∙ ∆𝑆 = 400

400
∆𝑆 = = 40 𝑚
10
Nessa situação o motorista consegue evitar a colisão.
Gabarito: Não consegue na situação desfavorável e consegue na situação favorável.

(2019/INÉDITA)
Uma bicicleta elétrica parte do repouso e acelera em linha reta a uma taxa de 3 𝑚/𝑠 2 até
atingir a velocidade de 15 𝑚/𝑠. Em seguida, o seu condutor desacelera o veículo na razão de
1 𝑚/𝑠 2 até o repouso.
a) Quanto tempo o veículo demorou para efetuar a manobra citada entre a partida e a parada.
b) Qual distância total percorrida durante esse intervalo de tempo?

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Comentários
a) Para resolvermos essa alternativa podemos utilizar a definição de aceleração, seja na forma
simples ou na forma da equação horária da velocidade. A questão será resolvida das duas formas
como exemplo:

∆𝑣
𝑎= Definição da aceleração
∆𝑡
Substituindo-se os valores do repouso até o momento em que a velocidade máxima é
atingida:

∆𝑣 15
∆𝑡 = = =5𝑠
𝑎 3
Fazendo o mesmo do momento em que a bicicleta está desacelerando:

−15
∆𝑡 = = 15 𝑠
−1
Sendo assim o tempo total é de 20 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠. Agora vamos utilizar a equação horária da
velocidade:

𝑣 (t) = v0 + 𝑎 ∙ 𝑡 Equação horária da velocidade

Devemos fazer o mesmo procedimento, estudando o momento do repouso até o de


velocidade máxima e, posteriormente, da velocidade máxima até novamente o repouso em
movimento desacelerado:

15 = 0 + 3 ∙ 𝑡

15
𝑡= =5𝑠
3
E para a desaceleração:

0 = 15 + (−1) ∙ 𝑡

0 = 15 − 𝑡

𝑡 = 15 𝑠

De forma análoga, temos um tempo total de 20 s.


b) Para descobrirmos o tempo total podemos usar a Equação da Posição do MRUV ou a
Equação de Torricelli pois já sabemos o tempo decorrido devido a alternativa “a”. Vamos usar a
Equação da Posição do MRUV:

𝑎 ∙ 𝑡2
∆𝑆 = 𝑣0 ∙ 𝑡 + Equação da Posição do MRUV
2

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Devemos estudar o momento de aceleração e o de desaceleração de forma independente.


Substituindo-se os valores fornecidos, temos durante a aceleração:

3 ∙ 52 3 ∙ 25
∆𝑆1 = 0 ∙ 5 + = = 37,5 𝑚
2 2
E durante a frenagem:

(−1) ∙ 152 225


∆𝑆2 = 15 ∙ 15 + = 225 − = 112,5 𝑚
2 2
Agora podemos determinar a distância total percorrida pela soma das duas distâncias:

∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑆1 + ∆𝑆2 = 37,5 + 112,5 = 150 𝑚

Gabarito: a) ∆𝒕 = 𝟐𝟎 𝒔 b) ∆𝑺𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟏𝟓𝟎 𝒎

2.3 - OS GRÁFICOS DO MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORMEMENTE VARIADO

2.3.1 - A aceleração em função do tempo

Figura 01.1 – A aceleração de um móvel em MRUV em função do tempo.

Em um MRUV, o comportamento da aceleração 𝑎 em função do tempo 𝑡 apresentará sempre


o caráter de uma reta horizontal, o que demonstra o caráter da aceleração constante. Caso a
aceleração não fosse constante não estaríamos trabalhando com o movimento uniformemente
variado. No primeiro gráfico, a aceleração do móvel é de +3 𝑚/𝑠 2 , e no segundo −3 𝑚/𝑠 2 .

2.3.2 - A velocidade em função do tempo


A velocidade em função do tempo, no caso de um MRUV, se apresenta como uma função do
primeiro grau, crescente para acelerações positivas e decrescente para acelerações negativas. A
aceleração está relacionada ao coeficiente angular da reta e, por esse motivo, ela é numericamente
igual à tangente do ângulo entre a reta e o eixo horizontal do tempo.

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De forma prática, quando a reta for decrescente a aceleração será negativa, ao passo que
quando a reta for crescente a aceleração será positiva. Além disso, quanto maior o módulo da
aceleração do corpo, maior será a inclinação da reta.

Figura 01.2 – A velocidade de um móvel em MRUV em função do tempo.

Para o primeiro exemplo, notamos que a velocidade é positiva até certo instante de tempo e
depois ela se torna negativa. Trata-se, portanto, de um movimento retardado e progressivo até esse
momento. A partir do instante no qual a velocidade torna-se negativa temos um movimento
acelerado e retrógrado.

Figura 01.3 – A velocidade de um móvel em MRUV em função do tempo.

No segundo exemplo, a velocidade é negativa até certo instante de tempo, nesse primeiro
intervalo teremos movimento retardado e retrógrado. Depois, a velocidade se torna positiva,
caracterizando um movimento progressivo e acelerado.
(2019/INÉDITA)
Um míssil balístico viaja a uma velocidade constante de 250 𝑚/𝑠. Em um certo instante de
tempo, quando detectado por uma bateria de defesa, um interceptador é lançado para
neutralizar a ameaça. As velocidades do míssil e do interceptador são ilustradas no gráfico.

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Assuma que o interceptador e o míssil descrever trajetória retilínea e de mesma direção e


sentido. Podemos afirmar que o
a) O interceptador levou 80 segundos para alcançar o míssil.
b) O interceptador levou 500 segundos para alcançar o míssil.
c) O interceptador percorreu 55 𝑘𝑚, ao menos, para chegar até o míssil.
d) O interceptador percorreu 75 𝑘𝑚, ao menos, para chegar até o míssil.
Comentários
No instante 𝑡 em que o interceptador alcança o míssil, podemos escrever que as distâncias
percorridas, a partir do instante zero são iguais. Logo:

Δ𝑠𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = Δ𝑠𝑚í𝑠𝑠𝑖𝑙

Calculando a área abaixo de cada figura até o instante 𝑡, temos para o interceptador:

[𝑡 + (𝑡 − 100)]
Δ𝑠𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = ⋅ 300 = 150 ⋅ (2 ⋅ 𝑡 − 100)
2
E para o míssil:

Δ𝑠𝑚í𝑠𝑠𝑖𝑙 = 250 ⋅ 𝑡

Então, igualando as duas equações:

250 ⋅ 𝑡 = 150 ⋅ (2 ⋅ 𝑡 − 100)

250 ⋅ 𝑡 = 300 ⋅ 𝑡 − 15000

50 ⋅ 𝑡 = 15000

15000 1500
𝑡= = = 300 𝑠
50 5
Agora que sabemos o instante de tempo no qual o míssil é interceptado, podemos calcular
qual foi a distância por ele percorrida e também pelo interceptador:

Δ𝑠𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = Δ𝑠𝑚í𝑠𝑠𝑖𝑙 = 250 ⋅ 𝑡 = 250 ⋅ 300 = 75000 𝑚 = 75 𝑘𝑚

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a) Incorreta. O interceptador levou 300 segundos para alcançar o míssil.


b) Incorreta. Vide alternativa “a”.
c) Incorreta. O interceptador percorreu 75 𝑘𝑚.
d) Correta. Vide alternativa “c”.
Gabarito: “d”.

2.3.3 - A posição em função do tempo

Figura 01.4 – A posição de um móvel em MRUV em função do tempo.

Finalmente, a posição de um móvel em MRUV em função do tempo terá o caráter parabólico


visto que a equação da posição em função do tempo para o MRUV pode ser comparada com a
equação de uma função polinomial do segundo grau genérica:

𝑎 ∙ 𝑡2
𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣0 ∙ 𝑡 + Equação da posição em função do tempo para o MRUV
2
𝑌(𝑥) = 𝑎 + 𝑏 ∙ 𝑥 + 𝑐 ∙ 𝑥 2 Equação de um polinômio do 2º grau.

A posição inicial 𝑆0 , a velocidade inicial 𝑉0 e a metade da aceleração 𝑎/2 representam os


coeficientes 𝑎, 𝑏 e 𝑐. Repare que no exemplo da figura acima temos dois casos, no primeiro a
aceleração é positiva, por isso, temos a curva com a concavidade voltada para cima, já no segundo
a aceleração é negativa e, por esse motivo, a concavidade é virada para baixo.
(2010/UFPB)
Enquanto espera o ônibus, um garoto fica brincando com a sua bola de tênis, lançando-a com
a mão para cima e pegando-a de volta no mesmo ponto do lançamento. Ele consegue lançar a
bola para cima, completamente na vertical, com uma velocidade em módulo de 10 𝑚/𝑠. A
partir dessas informações, entre os gráficos a seguir identifique os que podem representar o
movimento de subida e descida da bola:

I. III. V.
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II. IV.
Comentários:
Vamos adotar o sentido da trajetória para baixo. Pelas condições do enunciado, podemos
dizer que a origem do espaço está no ponto de lançamento da bola e, ainda, a velocidade inicial da
bolinha tem módulo igual a 10 𝑚/𝑠. Portanto, de acordo com a origem adotada, teremos que: 𝑣0 =
−10 𝑚/𝑠
Com isso, pela equação horária da velocidade, podemos determinar o tempo o qual a bolinha
leva até cessar o seu movimento retardado vertical de subida, atingir a altura máxima e inverter o
sentido de movimento, desenvolvendo um movimento acelerado vertical de descida.
Pela equação da velocidade para o MRUV:

𝒗(𝒕) = 𝒗𝟎 + 𝒂 ∙ 𝒕 Equação horária da velocidade

[𝒂] = 𝒎/𝒔𝟐 [𝑣 ] = 𝑚/𝑠 [𝑡 ] = 𝑠

Para a situação em questão, temos:

𝑣 = −10 + 10. 𝑡 ⇒ 0 = −10 + 10. 𝑡

10
𝑡= =1𝑠
10
A partir dessa informação, podemos afirmar que o gráfico da figura I representa corretamente
a função horária da velocidade, que parte de −10 𝑚/𝑠, chega ao repouso no ponto mais alto da
trajetória, e volta a aumentar durante a queda.
O gráfico da figura II representa corretamente o espaço em função do tempo percorrido pela
bolinha. Podemos usar a equação da posição em função do tempo para o MRUV para confirmarmos
essa afirmação.

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Equação da posição em função


𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 ∙ 𝒕 + do tempo para o MRUV
𝟐
[𝒂] = 𝒎/𝒔𝟐 [𝑣 ] = 𝑚/𝑠 [𝑡 ] = 𝑠 [𝑆 ] = 𝑚

A velocidade inicial vale −10 𝑚/𝑠, a posição inicial é o zero, e a aceleração da gravidade é
constante e igual a +10 𝑚/𝑠 2 , visto que adotamos o referencial com sentido para baixo:

10 ∙ 𝑡 2
𝑆(𝑡) = 0 − 10 ∙ 𝑡 +
2
𝑆(𝑡 ) = −10 ∙ 𝑡 + 5 ⋅ 𝑡 2

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A aceleração positiva faz com que o gráfico tenha concavidade para cima, conforme ilustrado
Note também que para 𝑡 = 0:

𝑆(0) = −10 ∙ 0 + 5 ⋅ 0 = 0

Para 𝑡 = 1 𝑠:

𝑆(1) = −10 ∙ 1 + 5 ⋅ 1 = −5 𝑚

E para 𝑡 = 2 𝑠:

𝑆(2) = −10 ∙ 2 + 5 ⋅ 22 = 0

Isso também nos permite descartar o gráfico da figura V. O gráfico da figura III demonstra
corretamente a aceleração em função do tempo, constante e igual a +10 𝑚/𝑠 2 . Essa constatação
nos permite descartar o gráfico da figura IV.
Gabarito: I, II e III estão corretos.

(2019/INÉDITA)
Um garoto, que se encontra no interior de um trem urbano (metrô), brinca com a sua bola de
tênis, lançando com a mão para cima e pegando-a de volta no mesmo ponto do lançamento.
Ele consegue lançar a bola para cima, completamente na vertical, com uma velocidade de
10 𝑚/𝑠, em módulo.
Qual dos seguintes gráficos não pode representar o movimento de subida e descida da bola?

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Note e adote:
Adote que o módulo da aceleração da gravidade seja de 10 𝑚/𝑠 2 .
Despreze a resistência do ar.
Note e adote:
Adote que o módulo da aceleração da gravidade seja de 10 𝑚/𝑠 2 .
Despreze a resistência do ar.
Comentários
Alternativas “a” e “b”: corretas. A maldade da questão é a adoção da trajetória. Adotando o
referencial vertical de sentido para baixo, a alternativa “a” está correta. Já, ao adotarmos o
referencial vertical de sentido para cima, a alternativa “b” estará correta. Dessa forma, as duas estão
corretas, já que o referencial não foi definido no enunciado.
Vamos adotar o sentido da trajetória para baixo. Pelas condições do enunciado, podemos
dizer que a origem do espaço está no ponto de lançamento da bola e, ainda, a velocidade inicial da
bolinha tem módulo igual a 10 𝑚/𝑠. Portanto, de acordo com a origem adotada, teremos que: 𝑣0 =
−10 𝑚/𝑠
Com isso, pela equação horária da velocidade, podemos determinar o tempo o qual a bolinha
leva até cessar o seu movimento retardado vertical de subida, atingir a altura máxima e inverter o
sentido de movimento, desenvolvendo um movimento acelerado vertical de descida.
Pela equação da velocidade para o MRUV:

𝒗(𝒕) = 𝒗𝟎 + 𝒂 ∙ 𝒕 Equação horária da velocidade

[𝒂] = 𝒎/𝒔𝟐 [𝑣 ] = 𝑚/𝑠 [𝑡 ] = 𝑠

Para a situação em questão, temos:

𝑣 = −10 + 10. 𝑡

0 = −10 + 10. 𝑡

10
𝑡= =1𝑠
10

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A partir dessa informação, podemos afirmar que o gráfico da figura I representa corretamente
a função horária da velocidade, que parte de −10 𝑚/𝑠, chega ao repouso no ponto mais alto da
trajetória, e volta a aumentar durante a queda.
Alternativa “c”: Correta. Ao adotarmos o referencial vertical e com sentido para baixo,
teremos a aceleração constante, e de módulo 10 𝑚/𝑠 2 .
Alternativa “d” Incorreta. A aceleração é constante e deve ter módulo igual a 10 𝑚/𝑠 2 . Ela
pode aparecer como + 10 𝑚/𝑠 2 , ou − 10 𝑚/𝑠 2 , dependendo do referencial. O que não é admissível
é que ela apareça com os dois sinais em um mesmo gráfico, pois o referencial adotado não pode ser
alterado.
Alternativa “e”: Correta. O gráfico da alternativa “e” representa corretamente o espaço em
função do tempo percorrido pela bolinha, ao adotarmos referencial vertical de sentido para baixo.
Podemos usar a equação da posição em função do tempo para o MRUV para confirmarmos essa
afirmação.

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Equação da posição em função


𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 ∙ 𝒕 + do tempo para o MRUV
𝟐
[𝒂] = 𝒎/𝒔𝟐 [𝑣 ] = 𝑚/𝑠 [𝑡 ] = 𝑠 [𝑆 ] = 𝑚

A velocidade inicial vale −10 𝑚/𝑠, a posição inicial é o zero, e a aceleração da gravidade é
constante e igual a +10 𝑚/𝑠 2 , visto que adotamos o referencial com sentido para baixo:

10 ∙ 𝑡 2
𝑆(𝑡 ) = 0 − 10 ∙ 𝑡 + ⇒ 𝑆(𝑡 ) = −10 ∙ 𝑡 + 5 ⋅ 𝑡 2
2
A aceleração positiva faz com que o gráfico tenha concavidade para cima, conforme ilustrado
Note também que para 𝑡 = 0:

𝑆(0) = −10 ∙ 0 + 5 ⋅ 0 = 0

Para 𝑡 = 1 𝑠:

𝑆(1) = −10 ∙ 1 + 5 ⋅ 1 = −5 𝑚

E para 𝑡 = 2 𝑠:

𝑆(2) = −10 ∙ 2 + 5 ⋅ 22 = 0

Gabarito: “d”.

2.4 - A QUEDA LIVRE E O LANÇAMENTO VERTICAL

Alguns educadores acham interessante aplicar as Equações do MRUV em situações


específicas como a queda livre e o lançamento vertical. Na minha opinião isso atrapalha o
aprendizado do aluno, já repleto de equações para decorar, além do conteúdo de todas as outras
disciplinas.

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Neste curso não serão apresentadas as equações do MRUV aplicadas a situações


específicas. Ao invés disso, vamos entender como adequá-las a cada caso conforme a necessidade
em questões de vestibulares inédita inspiradas em vestibulares anteriores.

(2019/INÉDITA)
Uma pessoa usa um estilingue para atirar uma pequena pedra verticalmente para cima a partir
do solo no instante 𝑡 = 0. No instante 𝑡 = 2𝑠 a pedra passa pelo alto de um edifício e 2
segundos depois ela atinge a altura máxima da trajetória.
Despreze a resistência do ar, adote que a aceleração da gravidade vale 10 m/s 2 neste local e
responda:
a) quanto tempo a pedra leva para retornar ao solo?
b) qual a altura máxima atingida?
c) qual a altura do edifício?
Comentários
a) Como a pedra foi lançada e retornou a um ponto de mesma altitude sabemos que o tempo
de subida é igual ao tempo de queda. É possível deduzir que a pedra demorou 4 segundos para subir,
portanto levará mais 4s para chegar até o solo, totalizando 8s de voo.
b) Para determinarmos a altura máxima podemos usar a Equação Horária da Velocidade e
posteriormente a Equação da Posição do MRUV:

𝑣 (𝑡 ) = 𝑣0 + 𝑎 ∙ 𝑡 Equação Horária da Velocidade

Substituindo os valores do lançamento do solo até o momento em que a pedra atinge a sua
altura máxima temos:

0 = 𝑣0 + (−10) ∙ 4

0 = 𝑣0 − 40

𝑣0 = 40 𝑚/𝑠

De posse da velocidade inicial, podemos substituir os valores na equação da posição do


MRUV:

𝑎 ∙ 𝑡2 Equação da Posição do MRUV


∆𝑆 = 𝑣0 ∙ 𝑡 +
2
(−10) ∙ 42
∆𝑆 = 40 ∙ 4 +
2

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−160
∆𝑆 = 160 + ( ) = 160 − 80 = 80 𝑚
2
c) Para determinarmos a altura do edifício, podemos usar a Equação da Posição do MRUV,
substituindo-se o tempo por 2 segundos ao invés de 4 segundos:

(−10) ∙ 22
∆𝑆 = 40 ∙ 2 +
2
−40
∆𝑆 = 80 + ( ) = 80 − 20 = 60 𝑚
2
Gabarito: a) 𝒕 = 𝟖 𝒔 b) Altura máxima de 𝟖𝟎 𝐦 c) A torre tem altura de 𝟔𝟎 𝐦.

(2019/INÉDITA)
As águas que evaporam da superfície terrestre sobem pela atmosfera na forma de vapor,
quando chegam às nuvens e encontram temperaturas abaixo de −80 °𝐶, viram gelo.
Num dia em que as condições foram propícias para a formação de pequenas pedras de granizo,
uma nuvem estava sob São Paulo a uma altitude de 2880 𝑚. Despreze a resistência do ar,
adote que a aceleração da gravidade vale 10 𝑚/𝑠 2 neste local e responda:
a) quanto tempo uma dessas partículas leva para chegar ao solo?
b) qual a velocidade com a qual elas chegam ao solo?
c) você gostaria de estar em São Paulo nesse dia?
Comentários
a) Para descobrirmos o tempo total de queda podemos usar a Equação da Posição do MRUV.
Podemos assumir que o granizo tem velocidade inicial nula quando parte das nuvens:

𝑎 ∙ 𝑡2
∆𝑆 = 𝑣0 ∙ 𝑡 + Equação da Posição do MRUV
2
Substituindo-se os valores do repouso até o momento em que o granizo atinge o solo:

10 ∙ 𝑡 2
2880 = 0 ∙ 𝑡 +
2
2880 = 5 ∙ 𝑡 2

2880
𝑡2 = = 576
5

𝑡 = √576 = 24 𝑠

b) Podemos usar a Equação Horária da velocidade:

𝑣 (𝑡 ) = 𝑣0 + 𝑎 ∙ 𝑡 Equação Horária da velocidade

Substituindo-se os valores fornecidos:


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𝑣 (24) = 0 + 10 ∙ 24 = 240 𝑚/𝑠

c) Nunca é agradável caminhar durante uma chuva de granizo. Porém, perceba que essa é
uma situação irreal: a resistência do ar não permite que um objeto alcance tamanha velocidade na
atmosfera terrestre.
Depois de alguns segundos o granizo atinge uma velocidade de queda máxima denominada
velocidade terminal e bastante inferior a calculada (240 𝑚/𝑠 equivalem a 864 𝑘𝑚/ℎ e, como
comparação, um projétil de algumas armas de fogo parte a uma velocidade de aproximadamente
1042 𝑘𝑚/ℎ no momento do disparo).
Gabarito: a) 𝒕 = 𝟐𝟒 𝒔 b) 𝒗 = 𝟐𝟒𝟎 𝐦/𝐬 c) Não.

(2019/INÉDITA)
A partir de um mesmo ponto a uma certa altura do solo, uma partícula é lançada
horizontalmente sequencialmente em três condições diferentes. O primeiro lançamento é
feito no vácuo e o segundo, na atmosfera com ar em repouso. O terceiro é feito na atmosfera
com ar movimentado cuja velocidade é igual ao módulo e direção da velocidade 𝑣0 , porém de
sentido oposto.
Para os três lançamentos, designando-se respectivamente de 𝑡1 , 𝑡2 e 𝑡3 os tempos de queda
das partículas e de 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 os módulos de suas respectivas velocidades ao atingir o solo,
teremos a correta relação entre as grandezas
a) 𝑡1 < 𝑡3 < 𝑡2 ; 𝑣1 > 𝑣3 > 𝑣2 .
b) 𝑡1 < 𝑡2 < 𝑡3 ; 𝑣1 = 𝑣3 > 𝑣2 .
c) 𝑡1 = 𝑡3 < 𝑡2 ; 𝑣1 = 𝑣3 > 𝑣2 .
d) 𝑡1 < 𝑡3 = 𝑡2 ; 𝑣1 > 𝑣2 > 𝑣3 .
e) 𝑡1 < 𝑡3 = 𝑡2 ; 𝑣1 > 𝑣3 = 𝑣2 .
Note e adote:
A partícula sempre é lançada com a mesma velocidade inicial horizontal 𝑣0 .
A resistência do ar é proporcional a sua velocidade relativa com a partícula.
A altura da qual a partícula é abandonada é grande o suficiente para que se atinja a velocidade
limite.
Comentários:
Para os três lançamentos, o deslocamento vertical é o mesmo e a velocidade inicial vertical é
nula. Assim, por não enfrentar nenhuma resistência do ar, o tempo de queda 𝑡1 é o menor.
Considerando que a resistência do ar na vertical produza o mesmo efeito para o segundo e terceiro
lançamentos, teremos
𝑡1 < 𝑡3 = 𝑡2
Quando há atmosfera a partícula sofre uma força resistiva, diminuindo sua velocidade, assim
𝑣1 é a maior das velocidades. Essa força resistiva é proporcional a velocidade relativa entre a
partícula e o ar, assim podemos deduzir que ela é menor no caso 2 em relação ao 3. Como a partícula

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sofreu uma desaceleração de menor intensidade em 2, temos que sua velocidade horizontal é maior
nesse caso (em relação a 3). Assim podemos escrever para o vetor velocidade ao chegar ao solo:
𝑣1 > 𝑣2 > 𝑣3
Gabarito: “d”.

(2019/INÉDITA)
A partir do repouso, um foguete de brinquedo é lançado verticalmente do chão, mantendo
uma aceleração constante de 6,00 𝑚/𝑠 2 durante os 14,0 primeiros segundos. Qual a altura
máxima que o móvel atinge?
Note e adote:
A aceleração da gravidade é de 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
Despreze a força de resistência do ar.
a) 237 𝑚. b) 300 𝑚. c) 341 𝑚. d) 637 𝑚. e) 941 𝑚.
Comentários:
Vamos dividir o problema em 2 etapas:
A primeira é a subida acelerada: o foguete sobe com uma aceleração de 6 m/s² durante 14 s.
Fazendo uso da equação da posição para o MRUV, sabemos que ele alcança uma altura ℎ1 de:

𝑎𝑡 2
ℎ1 = ℎ0 + 𝑣0 . 𝑡 +
2
No nosso problema, temos que ℎ0 = 0 e 𝑣0 = 0, logo:

6 ⋅ 142
ℎ1 = = 588 𝑚
2
A velocidade do foguete, ao final desses 10 𝑠 pode ser calculada fazendo uso da equação da
velocidade em função do tempo:

𝑣1 = 𝑣0 + 𝑎 ⋅ 𝑡

Sendo a aceleração a favor do movimento, podemos escrever:

𝑣1 = 0 + 6 ⋅ 14 = 84 𝑚/𝑠

Na segunda etapa o foguete continua subindo, mas num movimento retardado. Isso decorre
do fato de que a aceleração da gravidade está agindo contra o movimento do corpo, até que ele
pare atingindo uma altura ℎ2 . Fazendo uso da equação de Torricelli, temos:

𝑣22 = 𝑣12 − 2. 𝑔. ℎ2

0 = 842 − 2 ⋅ 10 ⋅ ℎ2

ℎ2 ≅ 353 𝑚

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Portanto, a altura em relação ao solo é:

𝐻 = ℎ1 + ℎ2 = 588 + 353 = 941 𝑚

Gabarito: “e”.

2.5 - MOVIMENTO BIDIMENSIONAL (COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS)

Imagine dois automóveis em uma rodovia. Suponha que o automóvel A desenvolva uma
velocidade de 60 𝑘𝑚/ℎ, e que B mantenha 50 𝑘𝑚/ℎ, com qual velocidade A, efetivamente, se
aproxima de B?

Figura 01.5 – Dois automóveis em uma mesma rodovia.

A se aproxima de B com uma velocidade de 10 𝑘𝑚/ℎ. Mas o que aconteceria se os


automóveis se movimentassem em direções opostas? Eles se afastariam com uma velocidade
relativa muito superior, ela seria dada pela soma entre as velocidades (em relação a via) de cada um
dos automóveis: 110 𝑘𝑚/ℎ.
Suponha agora um barco que se movimenta com uma velocidade relativa às margens de um
rio de 20 𝑘𝑚/ℎ. Caso as águas em um dado dia desenvolvam uma correnteza, também em relação
às margens, de 5 𝑘𝑚/ℎ, quando o barco descer o rio (andar a favor da correnteza) a sua velocidade
real seria de 25 𝑘𝑚/ℎ, e caso o barco suba o rio (ande contra a correnteza) a sua velocidade real
seria de 15 𝑘𝑚/ℎ. Um efeito similar acontece com aeronaves e correntes de vento.
Mas o que acontece quando o barco tenta atravessar um rio (de uma margem a outra) no
mesmo dia da correnteza de 5 𝑘𝑚/ℎ?

Figura 01.6 – Uma embarcação em um rio com correnteza.

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O barco seria arrastado pela correnteza, sendo assim, ele não atravessaria
perpendicularmente o rio. Para determinarmos a velocidade resultante com a qual o barco
atravessa o rio devemos efetuar a soma vetorial entre a velocidade que o barco desenvolve por
conta própria e a velocidade de arraste gerada pela correnteza. Para isso podemos usar o Teorema
de Pitágoras:

Velocidade resultante de um barco em


𝒗𝟐𝒓𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 = 𝒗𝟐𝒃𝒂𝒓𝒄𝒐 + 𝒗𝟐𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒛𝒂
uma travessia entre as margens de um rio.

E na situação descrita:
2
𝑣𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 202 + 52 = 400 + 25 = 425

𝑣𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = √425 = 52 ∙ 17 = √52 ∙ √17

𝑣𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 5√17 𝑘𝑚/ℎ

Esse é um exemplo da aplicação da cinemática vetorial. Esse tópico será estudado de maneira
um pouco mais detalhada ainda nessa aula.

2.6 - O LANÇAMENTO OBLÍQUO

De uma mesma altura do solo, o que cai mais rápido: uma esfera de chumbo ou uma pluma?
Depende. Estamos considerando uma situação em que os corpos envolvidos estão no vácuo
ou em presença de uma atmosfera? No vácuo os dois corpos cairão em um intervalo de tempo
igual.
Por outro lado, sabemos que o mesmo não irá ocorrer no nosso cotidiano. Isso acontece pela
existência da atmosfera e a por ela produzida resistência do ar. O ar gera uma força contra a força
peso do corpo, dificultando a sua queda.
Essa força de resistência do ar aumenta, dentre outros fatores, conforme a superfície de
contato do corpo aumenta. Isso explica o porquê de paraquedistas preferirem executar seus saltos
com os braços e pernas estendidos ao invés de saltarem de ponta cabeça: uma maior força de
resistência do ar fará com o que o tempo do salto dure mais.

Sempre procure pelo comando que permite que a resistência do ar seja desprezada em
uma prova de Física. Caso ele não esteja presente, então tome mais cautela ao resolver a
questão: ela provavelmente trará equações específicas aplicáveis à situação proposta.

Durante um lançamento oblíquo o ar também teria grande efeito, tornando a análise desse
tipo de situação complexa e pouco aplicável em um exame de vestibular. Por esse motivo, a maioria
das questões despreza os efeitos da resistência do ar.

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As resoluções a seguir foram elaboradas desprezando-se esse efeito. Entretanto, é prudente


que o aluno sempre se certifique de que a questão dá o comando para que tal simplificação seja
adotada.
O lançamento oblíquo une o MRU e o MRUV dentro de uma só questão: desprezando-se a
resistência do ar, o deslocamento horizontal de um corpo lançado obliquamente será um MRU, ao
passo que o deslocamento vertical do mesmo corpo será um MRUV, sujeito a ação aceleração da
gravidade.

Figura 01.7 – Um lançamento oblíquo.

A figura acima traz o exemplo de um lançamento oblíquo de alcance 𝑑, no qual o móvel parte
com velocidade 𝑣⃗0 , sendo lançado a um ângulo 𝜃 com a horizontal e atinge a altura máxima 𝐻 no
ponto 𝑃. Vale destacar que o alcance será máximo quando 𝜃 = 45°.
Nesse curso não serão apresentadas as mesmas equações anteriormente trazidas com alguns
termos substituídos para essa situação específica. Isso só geraria mais fórmulas que o aluno já
saturado teria que decorar. Em contrapartida, vamos aprender a usar as equações já vistas em uma
situação de lançamento:
(2018/PUC-CAMP)
Um objeto foi lançado obliquamente a partir de uma superfície plana e horizontal de modo
que o valor da componente vertical de sua velocidade inicial era 𝑣0𝑦 = 30 𝑚/𝑠 e o da
componente horizontal era 𝑣0𝑠 = 8,0 𝑚/𝑠.
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 𝑚/𝑠 2 e desprezando a resistência do ar, o
alcance horizontal do objeto foi
a) 12 m b) 24 m c) 48 m d) 78 m e) 240 m
Comentários
O movimento horizontal do objeto é retilíneo e uniforme, ao passo que o vertical é retilíneo
e uniformemente variado. A junção desses dois movimentos gera o movimento obliquo.
É bastante comum, nesse tipo de questão, que o movimento vertical seja estudado para
determinarmos o tempo total de movimento, já que o tempo de movimento vertical é igual ao
tempo de movimento horizontal. Com o tempo obtido, determinamos o alcance, a partir do estudo
do movimento horizontal.

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O tempo de subida pode ser calculado usando-se a equação da velocidade para o MRU:

𝑣 (𝑡 ) = 𝑣0 + 𝑎 ∙ 𝑡 Equação Horária da Velocidade

Para a subida, a aceleração é a da gravidade, tomando o referencial para baixo, ela será
negativa, e vale 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
A velocidade final é nula, visto que no ponto mais alto a velocidade vertical fica zerada:

0 = 30 + (−10) ∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎

10 ∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 30

𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 3 s

Se o tempo de subida é igual a 3 𝑠, então o descida também será. Isso decorre do fato de que
o objeto foi lançado e retornou para um mesmo plano horizontal. Sendo o tempo total de 6 𝑠,
podemos usar a equação da velocidade para o MRU para determinarmos o alcance do objeto:

∆𝑆 Equação da velocidade para o MRU


𝑣=
∆𝑡
Para o deslocamento horizontal, temos:

∆𝑆
𝑣𝑥 =
∆𝑡
∆𝑆 = 𝑣𝑥 ⋅ ∆𝑡

∆𝑆 = 8,0 ⋅ 6 = 48 𝑚

Gabarito: “c”.

3 – MOVIMENTO CIRCULAR
O Movimento Circular Uniforme (MCU) é aquele no qual ocorre o movimento de trajetória
circular em que o módulo da velocidade escalar é constante. Em contrapartida, no Movimento
Circular Uniformemente Variado (MCUV), o corpo se move com aceleração tangencial constante.
Para a total compreensão do movimento circular, são necessários alguns conceitos da
geometria.

3.1 - DESLOCAMENTO ANGULAR

Considere uma partícula realizando um movimento circular da figura.

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Figura 01.8: Representação de grandezas angulares.

Na figura acima, A é a posição inicial da partícula e B é a posição final da partícula. Considere


a origem O e adota-se o sentido anti-horário como positivo, dizemos que a partícula se deslocou, a
partir do nosso referencial angular, de 𝜑0 : 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 até 𝜑: 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙.
Aluno, lembre-se da relação entre o arco, o ângulo central e o ângulo de uma circunferência.

Figura 01.9 – A definição de um ângulo em radianos.

O ângulo de 1 radiano, em uma circunferência de raio 𝑅 equivale ao arco de comprimento 𝑅.

Ângulo Arco

1 𝒓𝒂𝒅 - 𝑅

𝜶 - 𝑠

Logo, para um arco 𝑠 qualquer:

1⋅𝑠 =𝛼⋅𝑅

Ou ainda:

𝒔 = 𝜶. 𝑹 Definição de radianos.

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Atenção: ângulo 𝛼 deve aparecer em radianos. Além disso, como a definição de radianos
envolve a divisão entre duas grandezas de distâncias, radianos se torna essencialmente
adimensional.
̂ qualquer seja delimitado pelo
Suponha uma circunferência de raio 𝑅 na qual um arco 𝐴𝐵
ângulo 𝜃.
A relação entre o ângulo em radianos, o arco e o raio da circunferência é dada por:

̂
𝑨𝑩 Relação entre ângulo, arco e raio
𝜽= de uma circunferência.
𝑹
̂ for igual a uma volta completa temos que 𝐴𝐵
Com isso, quando o arco 𝐴𝐵 ̂ = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑅, pois
esse é o comprimento da circunferência. Substituindo-se essa informação na relação acima,
teremos:

2∙𝜋∙𝑅 2∙𝜋∙𝑅
𝜃= = =2⋅𝜋
𝑅 𝑅
Portanto, uma volta completa equivale a 2𝜋 radianos. O radiano é a unidade padrão no
Sistema Internacional (SI) para o deslocamento angular.

3.2 - PERÍODO E FREQUÊNCIA

O tempo necessário para que um móvel complete um ciclo durante um MCU é chamado de
período, e a notação usual é 𝑇. Já a quantidade de ciclos efetuados por um móvel em um
determinado período de tempo é denominada Frequência, representada por 𝑓. Os dois conceitos
são inversos, e então podemos escrever:

𝟏 𝟏
𝑻= ↔𝒇= Relação entre período e frequência
𝒇 𝑻
𝟏
[𝑻 ] = 𝐬 [𝒇]= = 𝑯𝒛
𝒔
Cabe destacar que o Período nada mais é do que uma medida de tempo e, portanto, sua
unidade no SI é o segundo. A frequência, por outro lado, é o inverso da unidade de tempo. Foi
convencionado chamar o inverso do segundo de Hertz, abreviadamente, Hz.

3.3 - VELOCIDADE ANGULAR

A velocidade linear é definida pela razão entre o deslocamento linear e o tempo. De maneira
análoga, a velocidade angular é definida pela razão entre o deslocamento angular e o tempo.

∆𝜽
𝝎= Definição da velocidade angular
∆𝒕

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Sabemos que um móvel, em MCU, ao completar um ciclo ou uma volta, executa um


deslocamento angular de 2𝜋 radianos e também definimos o tempo desse ciclo como o período 𝑇,
daí podemos escrever que:

𝟐∙𝝅 Velocidade angular em função do período 𝑻 de rotação


𝝎=
𝑻

[𝝎 ] = 𝒓𝒂𝒅/𝒔 [ 𝟐𝝅 ] = 𝐫𝐚𝐝∗ [𝑻] = 𝒔

*O 2𝜋 não é caracterizado, de fato, pela unidade radianos. Ele é dado como radianos pela
própria definição exibida na seção “Deslocamento angular”. Também podemos escrever a
velocidade angular 𝜔 em função da frequência 𝑓:

Velocidade angular em função


𝝎=𝟐∙𝝅∙𝒇
da frequência 𝒇 de rotação

𝟏
[𝝎 ] = 𝒓𝒂𝒅/𝒔 [ 𝟐𝝅 ] = 𝒓𝒂𝒅 [𝒇] = = 𝑯𝒛
𝒔

Existe uma relação entre a velocidade angular e a velocidade linear?


Sim, ela parte do raio da trajetória circular. Sabemos que a definição de velocidade linear se
dá pela razão entre a distância percorrida e pelo tempo gasto para percorrer tal trajetória. Tomando
a relação entre o arco, o ângulo e o raio de uma circunferência, é possível demonstrar que:

Relação entre a velocidade linear


𝒗 =𝝎∙𝑹
𝒗 e a velocidade angular 𝝎

(2019/INÉDITA)
A Terra não é plana, e nem em formato de uma esfera perfeita. Ela é, na verdade, um geoide.
Esse volume geométrico é o concebido idealmente como a forma do nosso planeta, e decorre
do achatamento existente, sobretudo, nos polos.

Fonte: Shutterstock
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Para efeitos de simplificação, vamos considerar que a Terra seja formada, no equador, por uma
circunferência de raio 6,40 ⋅ 103 𝑘𝑚. Aproximando 𝜋 = 3, qual o módulo da velocidade, em
𝑚/𝑠, que um ponto a zero grau de latitude se desloca em função, exclusivamente, do
movimento de rotação terrestre?
a) 122 b) 235 c) 367 d) 444 e) 578
Comentários
Um ponto no equador executa um MCU de período igual a 24 horas e raio 𝑅 = 6,4 ⋅ 103 𝑘𝑚.
A velocidade escalar se relaciona com angular por meio da seguinte expressão:

𝑣 =𝜔⋅𝑅

Substituindo-se a relação da velocidade angular com o período nessa relação, temos:

𝑣 =𝜔⋅𝑅

2⋅𝜋
𝑣= ⋅𝑅
𝑇
Finalmente:

2⋅3
𝑣= ⋅ 6,4 ⋅ 103 ⋅ 103
24 ⋅ 60 ⋅ 60
1
𝑣= ⋅ 6,4 ⋅ 106
24 ⋅ 60 ⋅ 10
𝑣 ≅ 444 𝑚/𝑠

Gabarito: “d”

(2019/INÉDITA)
Em um parque de diversões, uma roda gigante de 80 𝑚 de diâmetro descreve uma volta
completa no mesmo intervalo de tempo que Ricardo, em uma competição de comilança,
ingeriu 11 hambúrgueres.
Se o comilão devorou 44 lanches em 10 minutos, qual a velocidade linear, em 𝑚/𝑠, da roda
gigante?
a) 0,80 b) 1,6 c) 3,2 d) 4,4 e) 6,4
Note e adote:
Considere que o competidor come em um ritmo constante.
Adote 𝜋 ≅ 3,0
Comentários
Sabemos que 44 hambúrgueres foram comidos em 10 minutos. Dessa forma, sabemos que o
tempo médio para ingerir cada lanche foi de:

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10
𝑡ℎ𝑎𝑚𝑏ú𝑟𝑔𝑒𝑟 = 𝑚𝑖𝑛
44
Podemos facilitar o nosso cálculo convertendo o tempo para segundos:

10 ⋅ 60 150
𝑡ℎ𝑎𝑚𝑏ú𝑟𝑔𝑒𝑟 = 𝑠= 𝑠
44 11
Se o brinquedo deu uma volta completa no mesmo tempo que o competidor ingeriu 11
lanches, o período da roda-gigante será de:

150 150
𝑇= ⋅ 11 = ⋅ 11 = 150 𝑠
11 11
Sabemos que a velocidade angular da roda gigante pode ser calculada pelo período de
rotação:

2∙𝜋 Velocidade angular em função do período 𝑇 de rotação


𝜔=
𝑇

[𝜔 ] = 𝑟𝑎𝑑/𝑠 [ 2𝜋 ] = rad∗ [𝑇 ] = 𝑠

Para o caso em questão:

2∙𝜋
𝜔= 𝑟𝑎𝑑/𝑠
150
Finalmente, podemos determinar a velocidade linear, a partir da velocidade angular e o raio
da trajetória circular, que é o mesmo da roda-gigante.

Relação entre a velocidade linear


𝑣 = 𝜔∙𝑅
𝑣 e a velocidade angular 𝜔

Lembre-se de que o raio é a metade do diâmetro:

𝐷
𝑣=𝜔∙
2
2 ∙ 3 80 2 ∙ 3 80 3 ⋅ 80
𝑣= ∙ = ∙ =
150 2 150 2 150
3 ⋅ 80 3 ⋅ 8 24
𝑣= = = = 1,6 𝑚/𝑠
150 15 15
Gabarito: “b”.

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3.4 - ACELERAÇÃO ANGULAR

A aceleração angular é definida pela razão entre a velocidade angular e o tempo. Ela é
responsável por determinar o quanto a velocidade angular de um determinado corpo varia com o
tempo.
Esse conceito não se enquadra no MCU, pois uma vez que exista a aceleração angular, não
podemos falar em movimento uniforme. Contudo, por já ter sido cobrado em questões recentes, e
também por ser análogo ao conceito de aceleração linear, será apresentado junto dos outros
conceitos pertencentes à cinemática de rotação.

∆𝝎 Definição da aceleração angular


𝜶=
∆𝒕

[𝜶 ] = 𝒓𝒂𝒅/𝒔𝟐 [𝝎 ] = 𝒓𝒂𝒅/𝒔 [𝒕] = 𝒔

3.5 – ACELERAÇÕES NO MOVIMENTO CIRCULAR

Vamos compreender neste tópico como se apresentam os vetores velocidade no caso do


movimento circular, seja ele uniforme ou uniformemente variado.
A Aceleração Centrípeta é o vetor que aponta para o centro da trajetória circular, seja de uma
circunferência ou de um arco de circunferência. Um corpo que se mova em MCU tem sua aceleração
tangencial nula, porém sua aceleração centrípeta não é nula. A aceleração centrípeta é responsável
por variar a direção do vetor velocidade.
A aceleração centrípeta pode ser calculada por meio da seguinte relação, na qual 𝑣 é a
velocidade linear do móvel e 𝑅 é o raio da trajetória circular.

𝒗𝟐 A aceleração centrípeta em
𝒂𝒄𝒑 = função da velocidade linear 𝒗
𝑹

[𝒂𝒄𝒑 ] = 𝒎/𝒔𝟐 [ 𝒗 ] = 𝒎/𝒔 [𝑹] = 𝒎

Também é possível escrever a aceleração centrípeta em função da velocidade angular 𝜔,


usando a relação entre a velocidade angular e a linear:

A aceleração centrípeta em
𝒂𝒄𝒑 = 𝝎𝟐 ∙ 𝑹
função da velocidade angular 𝝎

[𝒂𝒄𝒑 ] = 𝒎/𝒔𝟐 [ 𝝎 ] = 𝒓𝒂𝒅/𝒔 [𝑹] = 𝒎

(2019/INÉDITA)
A hélice de um ventilador está girando com velocidade angular de 10 𝑟𝑎𝑑/𝑠, quando uma
pessoa desliga o ventilador e a hélice para em 10 𝑠. Determine:

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a) a aceleração angular média do ventilador entre o instante em que foi desligado até a hélice
parar totalmente;
b) a aceleração linear média dos pontos que distam 0,20 𝑚 do eixo de rotação, nesse mesmo
intervalo de tempo.
Comentários:
a) Pelas condições do problema, temos que a velocidade angular inicial é 10 𝑟𝑎𝑑/𝑠 e a
velocidade angular final é zero. Logo:

∆𝜔 0 − 10
𝛼= = = −1,0 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2
∆𝑡 10 − 0
b) A aceleração linear média pode ser calculada pela relação:

Relação entre a velocidade linear 𝑣


𝑣 = 𝜔∙𝑅
e a velocidade angular 𝜔

Para a situação em questão:

𝑣 = (−1,0). 0,2 = −0,20 𝑚/𝑠 2

(2019/INÉDITA)
Um corpo em movimento circular tem frequência de 500 rpm. Se a trajetória tem 20 cm de
raio, calcule:
a) a frequência em hertz.
b) o período em segundos.
c) a velocidade angular.
d) a velocidade linear.
Comentários:
a) Devemos transformar a unidade da frequência. O hertz compreende o inverso do segundo,
e o 𝑅𝑃𝑀 o inverso do minuto. Dessa forma, a relação entre as duas grandezas é o 60:

500 25
𝑓= = ≅ 8,33 𝐻𝑧
60 3
b) O período é o inverso da frequência:

1 3
𝑇= = = 0,12 𝑠
𝑓 25

c) Podemos calcular a velocidade angular a partir da frequência:

25 50𝜋
𝜔 = 2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑓 = 2𝜋 ⋅ = 𝑟𝑎𝑑/𝑠
3 3
d) Para chegarmos à velocidade linear, basta lembrarmos da relação entre as velocidades:

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50𝜋 1000𝜋
𝑣 =𝜔⋅𝑟 = ⋅ 20 = 𝑐𝑚/𝑠
3 3
Gabarito: a) 𝒇 ≅ 𝟖, 𝟑𝟑 𝑯𝒛 b) 𝑻 = 𝟎, 𝟏𝟐 𝒔 c) 𝝎 = 𝟓𝟎𝝅/𝟑 𝒓𝒂𝒅/𝒔 d) 𝒗 = (𝟏𝟎𝟎𝟎 ⋅ 𝝅)/𝟑 𝒄𝒎/𝒔

3.5.1 – Acelerações no movimento circular uniforme (MCU)


Nesse movimento, a aceleração escalar é nula, então, a aceleração tangencial também é nula.
Entretanto, a trajetória do movimento é uma curva, logo, sabemos que a aceleração centrípeta não
é nula.
Se estamos no MCU, sabemos que a velocidade tangencial, ou linear, não varia em módulo,
𝑣2
então, ao calcularmos a aceleração centrípeta, |⃑𝑎⃗𝑐 | = 𝑅
, percebemos que o seu módulo não varia.
Contudo, a direção está variando a cada instante.

Figura 01.10: Representação da aceleração centrípeta no MCU.

Portanto, dizemos que:

𝑣2
|𝑎
⃑⃗𝑐1 | = |𝑎
⃑⃗𝑐2 | = |𝑎
⃑⃗𝑐 | = |𝑎⃗| =
𝑅
Entretanto, devemos nos atentar que 𝑎⃗𝑐1 ≠ 𝑎⃗𝑐2 , já que não possuem a mesma direção e o mesmo
sentido.

3.5.2 - Acelerações no movimento circular uniformemente variado (MCUV)


Por fim, temos o caso no qual a aceleração escalar é não-nula e constante. Assim, sabemos
que a aceleração tangencial também é constante e diferente de zero.
Como a trajetória é curvilínea, existe também a aceleração centrípeta. Portanto, podemos
afirmar que a aceleração centrípeta irá variar, pois o módulo da velocidade tangencial é variável.

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Figura 01.11: Representação da aceleração no MCU.

Nesse caso, podemos afirmar que 𝑎 ⃑⃗𝑡1 ≠ 𝑎 ⃑⃗𝑡2 mas |𝑎


⃑⃗𝑡1 | = |𝑎
⃑⃗𝑡2 |. Além disso, para as acelerações
centrípetas, temos que 𝑎⃗𝑐1 ≠ 𝑎⃗𝑐2 e |𝑎⃗𝑐 1 | = |𝑎⃗𝑐2 |.

(2019/INÉDITA)
Um automodelo se desloca por uma pista com velocidade constante. A figura abaixo traz a vista
superior da pista e nela são destacados quatro trechos: VW, WX, XY e YZ.

A aceleração resultante que atua no veículo é nula nos trechos


a) WX e XY b) VW e YZ c) WX e VW d) XY e ZV e) XY e YZ
Comentários
A aceleração resultante tem duas componentes, a tangencial e a centrípeta.
A aceleração tangencial provoca alteração no módulo da velocidade linear, portanto só
existe nos momentos em que a variação da velocidade é diferente de zero e é nula no movimento
uniforme, que é o caso dessa questão.
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A aceleração centrípeta provoca alteração na direção do vetor velocidade, portanto só existe


nos movimentos curvilíneos, sendo nula no movimento retilíneo.
Assim, a intensidade da resultante é nula nos trechos retilíneos XY e ZV.
Gabarito: “d”

(1972/ITA)
No movimento circular e uniforme de uma partícula, considerando-se como vetores as
grandezas físicas envolvidas, podemos afirmar que:
a) Força, aceleração, velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
b) Aceleração, velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
c) Velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
d) Velocidade angular é constante.
e) Nenhuma das grandezas é constante.
Comentários:
No movimento circular uniforme, MCU, a velocidade angular é constante. Quando dizemos
que a aceleração linear é nula, estamos pensando na aceleração que altera a velocidade linear, que
está diretamente ligada a velocidade angular pela relação 𝑣 = 𝜔 ⋅ 𝑅.
A aceleração centrípeta garante o formato circular da trajetória.
Gabarito: “d”.

(2019/INÉDITA)
Um homem se encontra em uma roda-gigante com 20 𝑚 de raio. O brinquedo se movimenta
com velocidade linear de 8,0 𝑚/𝑠. No ponto mais alto qual é o módulo da aceleração
centrípeta?
Comentários
Vamos calcular a aceleração centrípeta a qual está sujeito o homem:

𝑣2
𝑎𝑐𝑝 = Aceleração Centrípeta
𝑅
(8)2 64
𝑎𝑐𝑝 = = = 3,2 𝑚/𝑠 2
20 20
Gabarito: 𝒂𝒄𝒑 = 𝟑, 𝟐 𝒎/𝒔𝟐 .

3.6 - APLICAÇÃO PRÁTICA DA CINEMÁTICA DE ROTAÇÃO

O aluno que já foi a um parque de diversões deve conhecer o brinquedo conhecido como
Samba, ou La Bamba. Trata-se de um grande disco que fica girando, e certas vezes até pulando, no
qual os assentos são fixados na extremidade da circunferência do disco. Nesse tipo de atração, algum

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funcionário, ou pessoa mais acostumada com o funcionamento do brinquedo, consegue ficar, para
a surpresa de alguns, de pé no centro do brinquedo.
Como isso é possível?
Sabemos que por ser um só disco coeso, todos os seus pontos se movem com a mesma
velocidade angular 𝝎, entretanto, a velocidade linear do brinquedo aumenta à medida que nos
afastamos de seu centro, conforme a relação entre a velocidade linear e a velocidade angular. Por
esse motivo, a sensação de desconforto ocasionada pelo aumento da velocidade linear é maior em
suas extremidades e menor em seu centro.
Explorando esse conceito, podemos estudar um exemplo de transmissão de movimentos
bastante cobrado em provas anteriores, que são engrenagens conectadas por um eixo comum a
seus centros como na figura abaixo.

3.6.1 - Corpos conectados por um eixo comum

Figura 01.12 – Duas engrenagens conectadas por um eixo comum a seus centros.

Outro caso análogo ao das duas engrenagens conectadas por um eixo em seu centro é o da
catraca, peça que transmite o seu movimento ao pneu traseiro da bicicleta.

Figura 01.13 – Esquema dos componentes de uma bicicleta.

Para esses dois exemplos, podemos escrever:


𝒗𝒂 𝒗𝒃 Relação entre corpos
𝝎𝒂 = 𝝎𝒃 ↔ =
𝑹𝒂 𝑹𝒃 unidos por seu eixo central

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3.6.2 - Corpos conectados por suas extremidades


Por outro lado, existem situações nas quais as velocidades lineares de diferentes corpos serão
iguais. É o caso de duas engrenagens acopladas por suas extremidades, ou conectadas por uma
corrente que passe por suas extremidades, tal qual a corrente que liga a coroa a catraca em uma
bicicleta.

Figura 01.14 – Corpos unidos por suas extremidades.

Nesses casos podemos escrever:

Relação entre corpos unidos


𝒗𝒂 = 𝒗𝒃 ↔ 𝝎𝒂 ∙ 𝑹𝒂 = 𝝎𝒃 ∙ 𝑹𝒃
por suas extremidades

(2019/INÉDITA)
Duas engrenagens de uma máquina estão ligadas por uma corrente, de modo que o
movimento de uma é coeso ao movimento da outra. A engrenagem maior tem frequência de
30 𝑟𝑜𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 e raio de 10 𝑐𝑚. Para a engrenagem menor, cujo raio é 2,0 𝑐𝑚,
determine:
a) a frequência 𝑓, expressa em 𝐻𝑧;
b) o período 𝑇, expresso em 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠;
c) a velocidade angular, expressa em 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜;
d) a velocidade linear, expressa em 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜, de um ponto de sua extremidade.

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Comentários:
a) Se as engrenagens estão ligadas por uma corrente, as suas velocidades lineares são iguais.
Dessa forma, podemos escrever:

Relação entre corpos unidos


𝒗𝒂 = 𝒗𝒃 ↔ 𝝎𝒂 ∙ 𝑹𝒂 = 𝝎𝒃 ∙ 𝑹𝒃
por suas extremidades

A relação entre a velocidade angular e a frequência de rotação de um corpo é:

Velocidade angular em função


𝝎=𝟐∙𝝅∙𝒇
da frequência 𝒇 de rotação

Unindo essas duas relações, para a situação em questão, temos:

𝜔𝑎 ∙ 𝑅𝑎 = 𝜔𝑏 ∙ 𝑅𝑏

2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓𝑎 ∙ 𝑅𝑎 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓𝑏 ∙ 𝑅𝑏

2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓𝑎 ∙ 𝑅𝑎 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓𝑏 ∙ 𝑅𝑏

𝑓𝑎 ∙ 𝑅𝑎 = 𝑓𝑎 ∙ 𝑅𝑏

𝑓𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 ∙ 𝑅𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = 𝑓𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 ∙ 𝑅𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟

Substituindo-se as informações, temos:

30 ∙ 10 = 𝑓𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 ∙ 2,0

30 ⋅ 10
𝑓𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = = 150 𝑅𝑃𝑀
2
Para determinarmos a frequência em 𝐻𝑧 devemos efetuar a divisão por 60:

150
𝑓𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = = 2,5 𝐻𝑧
60
b) O período é o inverso da frequência, dessa forma:

1 1
𝑇𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = = = 0,4 𝑠
𝑓𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5

c) A velocidade angular pode ser calculada a partir da frequência ou do período. Vamos usar
a segunda opção dessa vez.

𝟐∙𝝅 Velocidade angular em função do


𝝎=
𝑻 período 𝑻 de rotação

Para a engrenagem menor, temos:

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2∙𝜋 2∙𝜋
𝜔𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = = = 5 ⋅ 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑇𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 0,4

d) Finalmente, a velocidade linear de um ponto na extremidade da engrenagem menor pode


ser calculado a partir da sua velocidade angular e o seu raio 𝑅:

Relação entre a velocidade


𝑣 = 𝜔∙𝑅
linear e a velocidade angular

Devemos usar o raio em metros, para que a velocidade linear nos seja fornecida em 𝑚/𝑠.
Lembre-se que podemos converter 𝑐𝑚 para 𝑚 fazendo a multiplicação por 10−2 :

𝑣𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = 𝜔𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 ∙ 𝑅𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟

𝑣𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = 5 ⋅ 𝜋 ∙ 2,0 ⋅ 10−2 = 𝜋 ∙ 10−1 𝑚/𝑠

Gabarito: a) 𝒇 = 𝟐, 𝟓 𝑯𝒛 b) 𝑻 = 𝟎, 𝟒 𝒔 c) 𝝎 = 𝟓 ⋅ 𝝅 𝒓𝒂𝒅/𝒔 d) 𝒗 = 𝝅 ∙ 𝟏𝟎−𝟏 𝒎/𝒔

4 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS


Atenção: use o(s) mapa(as) mental(ais) como forma de fixar o conteúdo e para
consulta durante a resolução das questões, não tente decorar as fórmulas específicas para
cada situação, ao invés disso entenda como deduzi-las.
Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do
que um montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte
superior direita, e siga em sentido horário.
O mapa mental foi disponibilizado como um arquivo .pdf em anexo ao seu material.

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5 - LISTA DE QUESTÕES

5.1 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2019/EEAR)
Um atleta pratica salto ornamental, fazendo uso de uma plataforma situada a 5 𝑚 do nível da
água da piscina. Se o atleta saltar dessa plataforma, a partir do repouso, com que velocidade
se chocará com a água?
Obs.: despreze a resistência do ar e considere o módulo da aceleração da gravidade 𝑔 =
10 𝑚/𝑠 2 .

𝑎) 10 𝑚/𝑠 𝑏) 20 𝑚/𝑠 𝑐) 30 𝑚/𝑠 𝑑) 50 𝑚/𝑠

2. (2019/UERJ/1ª FASE)
Em um equipamento industrial, duas engrenagens, A e B, giram 100 vezes por segundo e 6.000
vezes por minuto, respectivamente. O período da engrenagem A equivale a 𝑇𝐴 e o da
engrenagem B, a 𝑇𝐵 ;
A razão 𝑇𝐴 /𝑇𝐵 é igual a:

𝑎) 1/6 𝑏) 3/5 𝑐) 1 𝑑) 6

3. (2019/UECE/1ª FASE)
Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, realizando 30 𝑟𝑝𝑚. A
velocidade angular dele, em 𝑟𝑎𝑑/𝑠, é

𝑎) 30 𝜋 𝑏) 2 𝜋 𝑐) 𝜋 𝑑) 60 𝜋

4. (2020/UEL/MODIFICADA)
No Museu de Ciência e Tecnologia da UEL, existem experimentos que possibilitam ao público
visitante entender a Física de maneira divertida. Um deles é a base giratória usada para explicar
situações nas quais as grandezas físicas se relacionam no movimento circular.
Sobre movimento circular em mecânica, considere as afirmativas a seguir.
I. No movimento circular, a resultante das forças que agem sobre o visitante é orientada para
a direção tangencial.
II. No movimento circular e uniforme, a aceleração linear média será maior quando o intervalo
de tempo para percorrer o ângulo descrito for menor.
III. No movimento circular retardado, a força tangencial deverá ter sentido contrário ao da
velocidade vetorial.

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IV. No movimento circular e uniforme, a aceleração centrípeta terá um valor maior quando o
raio da trajetória for menor.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

5. (2020/UFPR)
Um observador inercial analisa o movimento de um dado objeto de massa 𝑚 constante e
constrói o gráfico 𝑣 𝑥 𝑡 mostrado ao lado, em que 𝑣 é a velocidade do objeto e 𝑡 é o tempo. O
movimento ocorre numa linha reta.

Levando em consideração os dados apresentados no gráfico, assinale a alternativa que


apresenta corretamente o valor do deslocamento ∆𝑥 do objeto entre os instantes 𝑡 = 0 e 𝑡 =
5 𝑠.
a) ∆𝑥 = 5,0 𝑚. b) ∆𝑥 = 7,5 𝑚 c) ∆𝑥 = 10,0 𝑚
d) ∆𝑥 = 12,5 𝑚 e) ∆𝑥 = 15,0 𝑚

6. (2019/UFRGS)
Um automóvel viaja por uma estrada retilínea com velocidade constante. A partir de dado
instante, considerado como 𝑡 = 0, o automóvel sofre acelerações distintas em três intervalos
consecutivos de tempo, conforme representado no gráfico abaixo.

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Assinale a alternativa que contém o gráfico que melhor representa o deslocamento do


automóvel, nos mesmos intervalos de tempo.
Informação: nos gráficos, (0,0) representa a origem do sistema de coordenadas

7. (2019/CFTMG – 1ª FASE)
Um automóvel que se movia a uma velocidade de 3,0 𝑚/𝑠 é acelerado durante 4,0 segundos
com uma aceleração constante de 2,0 𝑚/𝑠 2 . A velocidade média, em 𝑚/𝑠, desenvolvida por
ele, nesse intervalo de tempo foi de
a) 7,0. b) 11,0. c) 15,0. d) 28,0.

8. (2019/IFCE)
Um automóvel possui velocidade constante 𝑣 = 20 𝑚/𝑠. Ao avistar um semáforo vermelho à
sua frente, o motorista freia o carro imprimindo uma aceleração de −2 𝑚/𝑠 2 .
A distância mínima necessária para o automóvel parar, em 𝑚, é igual a
(Despreze qualquer resistência do ar neste problema)
a) 50. b) 200. c) 400. d) 10. e) 100.
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9. (2017/CFTMG – 1ª FASE)
Deixa-se uma bola cair e ela desce com uma aceleração de 10 𝑚/𝑠 2 . Se a mesma bola é jogada
para cima, na vertical, no instante em que ela atinge a máxima altura, a sua aceleração é:
a) zero. b) igual a 10 𝑚/𝑠 2 c) maior que 10 𝑚/𝑠 2 d) menor que 10 𝑚/𝑠 2

10. (1991/VUNESP)
Uma caixa de papelão vazia, transportada na carroceria de um caminhão que trafega a 90km/h
num trecho reto de uma estrada, é atravessada por uma bala perdida. A largura da caixa é de
2,00m, e a distância entre as retas perpendiculares às duas laterais perfuradas da caixa e que
passam, respectivamente, pelos orifícios de entrada e de saída da bala (ambos na mesma
altura) é de 0,20m.

a) Supondo que a direção do disparo é perpendicular as laterais perfuradas da caixa e ao


deslocamento do caminhão e que o atirador estava parado na estrada, determine a velocidade
da bala.
b) Supondo, ainda, que o caminhão se desloca para a direita, determine qual dos orifícios é o
de entrada da bala.

11. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante t = 0 os três carros passam por um farol. A 140 m desse
farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros ultrapassarão o
segundo farol?

a) Nenhum dos três. b) 2 e 3. c) 1 e 2. d) 1 e 3. e) 1, 2 e 3.

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12. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto. Considere que de início o painel indique uma velocidade de
45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ.
Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ,
então a distância entre os semáforos é de:

a) 1,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. b) 2,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. c) 4,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. d) 1,0 𝑘𝑚. e) 1,2 𝑘𝑚.

13. (2005/ITA)
Um avião de vigilância aérea está voando a uma altura de 5,0 km, com velocidade de
50√10 𝑚/𝑠 no rumo norte, e capta no radiogoniômetro um sinal de socorro vindo da direção
noroeste, de um ponto fixo no solo. O piloto então liga o sistema de pós-combustão da turbina,
40√10
imprimindo uma aceleração constante de 6,0 𝑚/𝑠 2 . Após 𝑠, mantendo a mesma direção,
3
ele agora constata que o sinal está chegando da direção oeste. Neste instante, em relação ao
avião, o transmissor do sinal se encontra a uma distância de:
a) 5,2 km. b) 6,7 km. c) 12 km. d) 13 km. e) 28 km.

14. (2002/ITA)
Billy sonha que embarcou em uma nave espacial para viajar até o distante planeta Gama,
situado a 10,0 anos-luz da terra. Metade do percurso foi percorrida com aceleração de
15 𝑚/𝑠 2 , e o restante com desaceleração da mesma magnitude. Desprezando a atração
gravitacional e efeitos relativos, estime o tempo total em meses de ida e volta da viagem do
sonho de Billy, justifique sua resposta.

15. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.

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16. (2001/ITA)
Um elevador está descendo com velocidade constante. Durante este movimento, uma
lâmpada, que o iluminava, desprende-se do teto e cai. Considere 𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠 2 . Sabendo-se
que o teto está a 3 𝑚 de altura acima do piso do elevador, qual o tempo que a lâmpada demora
para atingir o piso?
a) 0,61 s
b) 0,78 s
c) 1,54 s
d) infinito, pois a lâmpada só atingirá o piso se o elevador sofre uma desaceleração.
e) indeterminado, pois não se conhece a velocidade do elevador.

17. (1994/IME)
De dois pontos A e B situados sobre a mesma vertical, respectivamente, a 45 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 e
a 20 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 do solo, deixa-se cair no mesmo instante duas esferas, conforme mostra a figura
abaixo. Uma prancha se desloca no solo, horizontalmente, com movimento uniforme. As
esferas atingem a prancha em pontos que distam 2,0 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠. Sendo 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e
desprezando a resistência do ar, determine a velocidade da prancha.

18. (ITA)
De uma estação parte um trem A com velocidade constante 𝑉𝑎 = 80 𝑘𝑚/ℎ. Depois de certo
tempo, parte dessa mesma estação um outro trem B, com velocidade constante 𝑉𝑏 =
100 𝑘𝑚/ℎ. Depois de um tempo de percurso, o maquinista de B verifica que o seu trem se
encontra a 3 𝑘𝑚 de A; a partir desse instante ele aciona os freios indefinidamente,
comunicando ao trem uma aceleração de 𝑎 = −50 𝑘𝑚/ℎ². O trem A continua seu movimento
anterior. Nessas condições:
a) não houve encontro dos trens.
b) depois de duas horas o trem B para e a distância que o separa de A é de 64 𝑘𝑚.
c) houve encontro dos trens depois de 12 𝑚𝑖𝑛.
d) houve encontro dos trens depois de 36 𝑚𝑖𝑛.
e) não houve encontro dos trens; continuam caminhando e a distância que os separa agora é
de 2 𝑘𝑚.

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19. (2003/ITA)
A partir do repouso, uma pedra é deixada cair da borda no alto de um edifício. A figura mostra
a disposição das janelas, com as pertinentes alturas 𝒉 e distâncias 𝑳 que se repetem igualmente
para as demais janelas, até o térreo. Se a pedra percorre a altura 𝒉 da primeira janela em 𝒕
segundos, quanto tempo levará para percorrer, em segundas, a mesma altura 𝒉 da quarta
janela? (despreze a resistência do ar)

a) [(√𝐿 + ℎ − √𝐿)/(√2𝐿 + 2ℎ − √2𝐿 + ℎ) ]𝑡.


b) [(√2𝐿 + 2ℎ − √2𝐿 + ℎ)/(√𝐿 + ℎ − √𝐿)]𝑡.

c) [(√4(𝐿 + ℎ) − √3(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√𝐿 + ℎ − √𝐿)]𝑡.

d) [(√4(𝐿 + ℎ) − √3(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√2𝐿 + 2ℎ − √2𝐿 + ℎ)]𝑡.

e) [(√3(𝐿 + ℎ) − √2(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√𝐿 + ℎ − √𝐿)]𝑡.

20. (2016/ITA)
A partir do repouso, um foguete de brinquedo é lançado verticalmente do chão, mantendo
uma aceleração constante de 5,00 𝑚/𝑠 2 durante os 10,0 primeiros segundos. Desprezando a
resistência do ar, a altura máxima atingida pelo foguete e o tempo total de sua permanência
no ar são?
a) 375 𝑚 e 23,7 𝑠.
b) 375 𝑚 e 30,0 𝑠.
c) 375 𝑚 e 34,1 𝑠.
d) 500 𝑚 e 23,7 𝑠.
e) 500 𝑚 e 34,1 𝑠.

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6 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

6.1 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. A 2. C 3. C

4. C 5. B 6. A

7. A 8. E 9. B

10. a) 250 m/s b) Orifício A. 11. B 12. D

13. D 14. 122,5 meses. 15. D

16. 𝑡 ≅ 0,78 𝑠 17. 𝑣𝑝𝑟𝑎𝑛𝑐ℎ𝑎 = 2 𝑚/𝑠 18. 𝑡 = 12 𝑚𝑖𝑛

19. C 20. A

7 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS


7.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2019/EEAR)
Um atleta pratica salto ornamental, fazendo uso de uma plataforma situada a 5 𝑚 do nível da
água da piscina. Se o atleta saltar dessa plataforma, a partir do repouso, com que velocidade
se chocará com a água?
Obs.: despreze a resistência do ar e considere o módulo da aceleração da gravidade 𝑔 =
10 𝑚/𝑠 2 .

𝑎) 10 𝑚/𝑠 𝑏) 20 𝑚/𝑠 𝑐) 30 𝑚/𝑠 𝑑) 50 𝑚/𝑠

Comentários
Estamos diante de uma situação em que existe aceleração. Nos foi fornecido o deslocamento,
logo, devemos usar a equação de Torricelli ou a equação da posição para o MRUV. Note que nada
foi dito nem pedido acerca do tempo, logo, vamos optar pela primeira opção:

(𝑣final )2 = (𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 )2 + 2 ∙ 𝑎 ∙ ∆𝑆 Equação de Torricelli

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Atente-se ao fato de que a aceleração deverá ser positiva, pois a gravidade age a favor do
corpo durante uma queda:

(𝑣final )2 = (0)2 + 2 ∙ 10 ∙ 5

(𝑣final )2 = 2 ∙ 10 ∙ 5 = 100

𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = √100 = 10 𝑚/𝑠

Gabarito: “a”.

2. (2019/UERJ/1ª FASE)
Em um equipamento industrial, duas engrenagens, A e B, giram 100 vezes por segundo e 6.000
vezes por minuto, respectivamente. O período da engrenagem A equivale a 𝑇𝐴 e o da
engrenagem B, a 𝑇𝐵 ;
A razão 𝑇𝐴 /𝑇𝐵 é igual a:

𝑎) 1/6 𝑏) 3/5 𝑐) 1 𝑑) 6

Comentários
Sabemos que o período 𝑇 de uma rotação é o inverso da frequência 𝑓 da mesma, logo:

1 1 Relação entre o período e a


𝑇= ↔ 𝑓=
𝑓 𝑇 frequência de uma rotação

Então, podemos calcular os períodos das duas engrenagens:

fa = 100 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 = 100 𝐻𝑧

1 1
𝑇𝐴 = = = 0,01 𝑠
𝑓𝐴 100

Para a engrenagem B, precisaremos fazer uma conversão de unidades:

f𝑏 = 6000 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 = 6000 𝑟𝑝𝑚

Como um minuto equivale a 60 segundos:

1 𝐻𝑧
f𝑏 = 6000 𝑟𝑝𝑚 ∙
60 𝑟𝑝𝑚
1 𝐻𝑧
f𝑏 = 6000 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 100 𝐻𝑧
60 𝑟𝑝𝑚
1 1
𝑇𝐵 = = = 0,01 𝑠
𝑓𝐵 100

Dessa forma:

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𝑇𝐴 0,01
= =1
𝑇𝐵 0,01

Gabarito: “c”.

3. (2019/UECE/1ª FASE)
Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, realizando 30 𝑟𝑝𝑚. A
velocidade angular dele, em 𝑟𝑎𝑑/𝑠, é

𝑎) 30 𝜋 𝑏) 2 𝜋 𝑐) 𝜋 𝑑) 60 𝜋

Comentários
Precisaremos fazer uma conversão de unidades:

𝑓 = 30 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 = 30 𝑟𝑝𝑚

Como um minuto compreende 60 segundos:

1 𝐻𝑧 1 𝐻𝑧
f𝑏 = 30 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 30 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 0,5 𝐻𝑧
60 𝑟𝑝𝑚 60 𝑟𝑝𝑚

A velocidade angular 𝜔 pode ser calcular pela sua expressão em função da frequência 𝑓:

𝜔 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 0,5 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠

Gabarito: “c”.

4. (2020/UEL/MODIFICADA)
No Museu de Ciência e Tecnologia da UEL, existem experimentos que possibilitam ao público
visitante entender a Física de maneira divertida. Um deles é a base giratória usada para explicar
situações nas quais as grandezas físicas se relacionam no movimento circular.
Sobre movimento circular em mecânica, considere as afirmativas a seguir.
I. No movimento circular, a resultante das forças que agem sobre o visitante é orientada para
a direção tangencial.
II. No movimento circular e uniforme, a aceleração linear média será maior quando o intervalo
de tempo para percorrer o ângulo descrito for menor.
III. No movimento circular retardado, a força tangencial deverá ter sentido contrário ao da
velocidade vetorial.
IV. No movimento circular e uniforme, a aceleração centrípeta terá um valor maior quando o
raio da trajetória for menor.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
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d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.


e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Comentários
I - Incorreta. No movimento circular e uniforme, a resultante das forças que agem sobre o
visitante tem orientação para o centro da trajetória circular. No caso de um movimento circular e
uniformemente variado a resultante das forças será dada pela soma da força tangencial ao
movimento e da centrípeta:

II - Incorreta. No movimento circular e uniforme, a aceleração linear média é nula. Além disso,
a aceleração angular não está, necessariamente, relacionada com o tempo para percorrer certo
ângulo, o certo seria fazer a relação com a velocidade angular.
III - Correta. Se o movimento circular for retardado, então a aceleração tangencial terá mesmo
sentido e direção oposta à velocidade vetorial. Como força tangencial e aceleração tangencial
possuem mesma direção e mesmo sentido, a alternativa está correta.
IV - Correta. O módulo da aceleração centrípeta é dada por:

𝑣2
𝑎𝒄 = Aceleração centrípeta
𝑅
Essa relação nos permite concluir que a aceleração centrípeta e o raio da trajetória são
grandezas inversamente proporcionais. Dessa forma, quanto menor o raio, maior a aceleração
centrípeta para uma velocidade linear constante, característica do movimento circular e uniforme.
Gabarito: “c”

5. (2020/UFPR)
Um observador inercial analisa o movimento de um dado objeto de massa 𝑚 constante e
constrói o gráfico 𝑣 𝑥 𝑡 mostrado ao lado, em que 𝑣 é a velocidade do objeto e 𝑡 é o tempo. O
movimento ocorre numa linha reta.

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Levando em consideração os dados apresentados no gráfico, assinale a alternativa que


apresenta corretamente o valor do deslocamento ∆𝑥 do objeto entre os instantes 𝑡 = 0 e 𝑡 =
5 𝑠.
a) ∆𝑥 = 5,0 𝑚. b) ∆𝑥 = 7,5 𝑚 c) ∆𝑥 = 10,0 𝑚
d) ∆𝑥 = 12,5 𝑚 e) ∆𝑥 = 15,0 𝑚
Comentários
Em um gráfico que relaciona a velocidade e o tempo de um móvel, temos que a área abaixo
da curva é numericamente igual ao deslocamento do móvel. Podemos calcular o deslocamento entre
os instantes 𝑡 = 0 e 𝑡 = 5 𝑠 pela diferença entre as áreas:

𝐴𝑡=0 𝑎 𝑡=5 = 𝐴𝑡=0 𝑎 𝑡=10 − 𝐴𝑡=5 𝑎 𝑡=10

10 ⋅ 2 5 ⋅ 1
𝐴𝑡=0 𝑎 𝑡=5 = − = 10 − 2,5 = 7,5
2 2
Dessa forma:

∆𝑆𝑡=0 𝑎 𝑡=5 ≡ 𝐴𝑡=0 𝑎 𝑡=5

∆𝑆𝑡=0 𝑎 𝑡=5 = 7,5 𝑚

Gabarito: “b”

6. (2019/UFRGS)
Um automóvel viaja por uma estrada retilínea com velocidade constante. A partir de dado
instante, considerado como 𝑡 = 0, o automóvel sofre acelerações distintas em três intervalos
consecutivos de tempo, conforme representado no gráfico abaixo.

Assinale a alternativa que contém o gráfico que melhor representa o deslocamento do


automóvel, nos mesmos intervalos de tempo.

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Informação: nos gráficos, (0,0) representa a origem do sistema de coordenadas

Comentários
O gráfico fornecido que relaciona a aceleração e o tempo mostra três situações distintas.

Na região I temos a aceleração negativa, o que implica variação negativa da velocidade com
o tempo. Isso gera um gráfico de deslocamento em função do tempo com perfil parabólico de
concavidade voltada para baixo.
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Esse comportamento pode ser explicado pela equação da posição em função do tempo para
o MRUV:

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Equação da posição em função do


𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 ∙ 𝒕 + tempo para o MRUV
𝟐
Repare que a metade da aceleração é o coeficiente associado ao termo quadrático dessa
equação.

𝑎 ∙ 𝑡2
𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣0 ∙ 𝑡 +
2
Indo um pouco além, a reta tangente a um determinado ponto em um gráfico que relaciona
a posição e o tempo, que equivale à derivada naquele ponto, indica a velocidade instantânea em um
determinado instante de tempo.
Um chamado ponto de inflexão é caracterizado por uma variação de comportamento do
gráfico. Repare no gráfico da alternativa “a”, ele tem a concavidade voltada para baixo no primeiro
momento.
Além disso, se compararmos a inclinação das retas tangentes em dois pontos distintos
consecutivos, notamos que essa diminui. Isso significa que a velocidade também diminui, conforme
esperado.

No segundo trecho, no qual a aceleração é nula, a velocidade deverá ser constante. Isso
implica em um gráfico de posição em função do tempo na forma de uma reta constante. Veja que
isso ocorre no gráfico da alternativa “a”.
Por fim, no trecho III, a aceleração é positiva, o que gera um aumento da velocidade e, por
consequência, um gráfico de posição em função do tempo no formato de uma parábola de
concavidade voltada para cima.
Repare também que nesse trecho a velocidade aumenta, como fica evidente por consecutivas
retas tangentes de inclinação cada vez maior.

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Gabarito: “a”.

7. (2019/CFTMG – 1ª FASE)
Um automóvel que se movia a uma velocidade de 3,0 𝑚/𝑠 é acelerado durante 4,0 segundos
com uma aceleração constante de 2,0 𝑚/𝑠 2 . A velocidade média, em 𝑚/𝑠, desenvolvida por
ele, nesse intervalo de tempo foi de
a) 7,0. b) 11,0. c) 15,0. d) 28,0.
Comentários
Para calcularmos a velocidade média desenvolvida pelo automóvel nesse intervalo de tempo
precisamos determinar a distância total por ele percorrida e dividirmos pelo tempo total de
percurso, que foi de 4,0 segundos.
Para determinarmos a distância total percorrida, podemos usar a equação da posição para o
MRUV. Trarei essa equação na forma mais usual, já com a variação de posição explícita:

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Equação da posição em função do


∆𝑺 = 𝒗𝟎 ∙ 𝒕 + tempo para o MRUV
𝟐
Substituindo-se os valores fornecidos, temos:

2,0 ∙ 4,02
∆𝑆 = 3,0 ∙ 4 +
2
∆𝑆 = 12 + 16 = 28 𝑚

Agora, podemos calcular a velocidade média, usando a expressão da velocidade para o MRU,
tomando o cuidado de substituir a distância percorrida total e o tempo total envolvido.

∆𝑺 Equação da velocidade para o MRU


𝒗=
∆𝒕
Finalmente:

28
𝑣𝑚 = = 7,0 𝑚/𝑠
4,0

Gabarito: “a”.
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8. (2019/IFCE)
Um automóvel possui velocidade constante 𝑣 = 20 𝑚/𝑠. Ao avistar um semáforo vermelho à
sua frente, o motorista freia o carro imprimindo uma aceleração de −2 𝑚/𝑠 2 .
A distância mínima necessária para o automóvel parar, em 𝑚, é igual a
(Despreze qualquer resistência do ar neste problema)
a) 50. b) 200. c) 400. d) 10. e) 100.
Comentários
Temos uma situação de movimento uniformemente variado. Perceba que o intervalo de
tempo não nos foi fornecido e nem requisitado, isso torna essa questão uma boa candidata à
aplicação da equação de Torricelli.

𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ∙ 𝑎 ∙ ∆𝑆 Equação de Torricelli

A velocidade inicial nos foi fornecida, e vale 𝑣0 = 20 𝑚/𝑠. A velocidade final será nula, visto
que o automóvel deve parar completamente. Sendo a aceleração constante e igual a −2 𝑚/𝑠 2 ,
temos:

02 = 202 + 2 ∙ (−2) ∙ ∆𝑆

0 = 400 − 4 ∙ ∆𝑆

4 ∙ ∆𝑆 = 400

400
∆𝑆 = = 100 𝑚
4
∆𝑆 = 100 𝑚

Gabarito: “e”.

9. (2017/CFTMG – 1ª FASE)
Deixa-se uma bola cair e ela desce com uma aceleração de 10 𝑚/𝑠 2 . Se a mesma bola é jogada
para cima, na vertical, no instante em que ela atinge a máxima altura, a sua aceleração é:
a) zero. b) igual a 10 𝑚/𝑠 2 c) maior que 10 𝑚/𝑠 2 d) menor que 10 𝑚/𝑠 2
Comentários
Questão teórica que tenta confundir o candidato. A aceleração da gravidade é fruto da
interação entre a massa da bola e do planeta a atraindo, vamos estudar esse tema melhor na aula
que trabalha a gravitação universal.
O importante é que o aluno tenha em mente que o módulo da aceleração da gravidade pouco
varia estando a bola próxima à superfície do planeta. O sentido da aceleração da gravidade, por
outro lado, varia.
Quando jogamos a bola para cima a aceleração da gravidade atua contra o movimento da
bola, e por isso utilizamos o valor negativo para 𝑔. Quando a bola atinge a sua altura máxima a sua

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velocidade vertical é nula, porém a aceleração é constante e vale 10 𝑚/𝑠 2 desde o momento em
que ela é lançada até quando esta toca o solo.
Gabarito: “b”.

10. (1991/VUNESP)
Uma caixa de papelão vazia, transportada na carroceria de um caminhão que trafega a 90km/h
num trecho reto de uma estrada, é atravessada por uma bala perdida. A largura da caixa é de
2,00m, e a distância entre as retas perpendiculares às duas laterais perfuradas da caixa e que
passam, respectivamente, pelos orifícios de entrada e de saída da bala (ambos na mesma
altura) é de 0,20m.

a) Supondo que a direção do disparo é perpendicular as laterais perfuradas da caixa e ao


deslocamento do caminhão e que o atirador estava parado na estrada, determine a velocidade
da bala.
b) Supondo, ainda, que o caminhão se desloca para a direita, determine qual dos orifícios é o
de entrada da bala.
Comentários:
a) Inicialmente, devemos notar que a bala incide perpendicularmente a lateral do caminhão
e considerando a velocidade da bala muito grande, isto é, o tempo de perfuração na lataria do
caminhão é muito pequeno e, portanto, a bala não sofre desvio em sua trajetória, a bala percorre
uma linha reta mas ela sai em um orifício em uma linha diferente a perpendicular que entrou devido
ao fato do caminhão ter uma velocidade para a direita.
De imediato, percebemos que a bala perdida entrou pelo orifício A, pois, como o caminhão
está indo para a direita, quando a bala sai pela outra lateral, todo o caminhão deslocou para a direita.
A figura dá uma falsa ideia de que a bala andou em diagonal, o que não ocorreu de fato.
Sendo assim, o tempo que a bala leva para atravessar o caminhão é o mesmo tempo que o
caminhão deslocou para a direita. A distância que o caminhão percorreu é definida pelas linhas
pontilhadas perpendiculares a lateral do caminhão.
Dessa forma:

Δ𝑠𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎𝑜 0,2 2
Δ𝑡𝑏𝑎𝑙𝑎 = = = 𝑠
𝑣𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎𝑜 90 250
3,6

Logo, a velocidade da bala será:

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Δ𝑠𝑏𝑎𝑙𝑎 2
𝑣𝑏𝑎𝑙𝑎 = = = 250 𝑚/𝑠
Δ𝑡𝑏𝑎𝑙𝑎 2
250
b) Conforme explicado no item a), a bala entra pelo orifício A e sai pelo orifício B.
Gabarito: a) 250 m/s b) Orifício A.

11. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante t = 0 os três carros passam por um farol. A 140 m desse
farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros ultrapassarão o
segundo farol?

a) Nenhum dos três. b) 2 e 3. c) 1 e 2.


d) 1 e 3. e) 1, 2 e 3.
Comentários:
De acordo com a teoria aqui estudada, quando calculamos a área do gráfico 𝑣 × 𝑡,
numericamente ela representa a variação do espaço. Logo, vamos calcular a área abaixo de cada
curva:
I) Variação de espaço para o móvel 1:

30 ⋅ 6
Á𝑟𝑒𝑎1 = = 90 𝑢. 𝑎. ⇒ Δ𝑠1 = 90 𝑚
2
II) Variação de espaço para o móvel 2:

30 ⋅ 10
Á𝑟𝑒𝑎2 = = 150 𝑢. 𝑎. ⇒ Δ𝑠2 = 150 𝑚
2
III) Variação de espaço para o móvel 3:

12 ⋅ 40
𝐴𝑟𝑒𝑎3 = = 240 𝑢. 𝑎. ⇒ Δ𝑠3 = 240 𝑚
2
Concluímos que os móveis 2 e 3 terão variação de espaço maior que 140 m.
Gabarito: “b”.

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12. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto. Considere que de início o painel indique uma velocidade de
45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ.
Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ,
então a distância entre os semáforos é de:

a) 1,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. b) 2,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. c) 4,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. d) 1,0 𝑘𝑚. e) 1,2 𝑘𝑚.

Comentários:
Considere que um primeiro carro vai do primeiro para o segundo semáforo com velocidade
de 45 𝑘𝑚/ℎ. Chamando a distância entre os semáforos de 𝑑, e fazendo uso da equação da
velocidade para o MRU, tendo isolado o deslocamento, podemos dizer que a distância entre os
semáforos será:

𝑑 = 45 ⋅ 𝑡

Um segundo carro, movendo-se a 50 𝑘𝑚/ℎ passa pelo primeiro semáforo (indicação do


painel) e dentro de 8 segundos o painel alterará sua velocidade para 60 𝑘𝑚/ℎ. Portanto, o segundo
carro terá um tempo 𝑡 menos o tempo em horas equivalente a 8 segundos para percorrer a mesma
distância com velocidade de 50 𝑘𝑚/ℎ.
Então, podemos escrever a distância percorrida pelo segundo carro:

8
𝑑 = 50 ⋅ (𝑡 − )
3600
Isolando 𝑡 na primeira equação e substituindo na segunda, temos:

𝑑 8
𝑑 = 50 ⋅ ( − )
45 3600
50 50 ⋅ 8
𝑑⋅ −𝑑 =
45 3600
5 50 ⋅ 8
𝑑⋅ =
45 3600
𝑑 = 1,0 𝑘𝑚

Gabarito: “d”.

13. (2005/ITA)
Um avião de vigilância aérea está voando a uma altura de 5,0 km, com velocidade de
50√10 𝑚/𝑠 no rumo norte, e capta no radiogoniômetro um sinal de socorro vindo da direção
noroeste, de um ponto fixo no solo. O piloto então liga o sistema de pós-combustão da turbina,
40√10
imprimindo uma aceleração constante de 6,0 𝑚/𝑠 2 . Após 𝑠, mantendo a mesma direção,
3

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ele agora constata que o sinal está chegando da direção oeste. Neste instante, em relação ao
avião, o transmissor do sinal se encontra a uma distância de:
a) 5,2 km. b) 6,7 km. c) 12 km. d) 13 km. e) 28 km.
Comentários:
Inicialmente, o piloto está voando para o norte, vamos calcular seu deslocamento para o
norte, mantendo-se a altura de 5,0 km, fazendo uso da equação da posição para o MRUV

𝑎 ⋅ 𝑡2
∆𝑠 = 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
2
2
40√10
6⋅( )
√10 3
∆𝑠 = 50√10 ⋅ 40 ⋅ +
3 2
∆𝑠 = 12000 𝑚 = 12 𝑘𝑚

Portanto, em relação ao transmissor, o avião está a 12 km para o norte e a 5 km de altura,


logo, pelo teorema de Pitágoras, temos que a distância do avião ao transmissor é:

𝑑 2 = 122 + 52

𝑑 = 13 𝑘𝑚

Gabarito: “d”.

14. (2002/ITA)
Billy sonha que embarcou em uma nave espacial para viajar até o distante planeta Gama,
situado a 10,0 anos-luz da terra. Metade do percurso foi percorrida com aceleração de
15 𝑚/𝑠 2 , e o restante com desaceleração da mesma magnitude. Desprezando a atração
gravitacional e efeitos relativos, estime o tempo total em meses de ida e volta da viagem do
sonho de Billy, justifique sua resposta.
Comentários:
Vamos lembrar o que é um ano-luz: um ano –luz é a distância percorrida pela luz no vácuo
dentro de um ano. Embora muitas pessoas façam confusão, anos-luz não é medida de tempo, é uma
medida de distância.
Diante disso, podemos dizer que a distância de 1 ano-luz, considerando a velocidade da luz
no vácuo igual a 3.108 𝑚/𝑠, é:
𝑚
1𝑎𝑛𝑜 𝑙𝑢𝑧 = 3 ⋅ 108 ⋅ 365 ⋅ 24 ⋅ 3600 𝑠 ≅ 946 ⋅ 1013 𝑚
𝑠
A primeira metade é percorrida com aceleração escalar constante de 15 𝑚/𝑠 2 . Então:

1 2
∆𝑠1 = 𝑎𝑡
2 1

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1
5 ⋅ 946 ⋅ 1013 = ⋅ 15 ⋅ 𝑡12
2
𝑡1 = 7,94 ⋅ 107 𝑠

O tempo total (ida e volta) do percurso é 4 ⋅ 𝑡1 . Portanto, o tempo total é:

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4𝑡1 = 31,76 ⋅ 107 𝑠 = 122,5 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Gabarito: 122,5 meses.

15. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.
Comentários:
Considerando que o guarda começa seu movimento no instante em que o automóvel passa
por ele, podemos escrever o gráfico 𝑣 × 𝑡 e vamos utilizar o fato de que a área desse gráfico é
numericamente igual a variação do espaço.
Cuidado com as unidades! O enunciado traz a velocidade em 𝑘𝑚/ℎ, e por isso devemos
convertê-las para 𝑚/𝑠, como estão as alternativas:

108
𝑣𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = = 30 𝑚/𝑠
3,6
90
𝑣𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑡𝑜𝑟 = = 25 𝑚/𝑠
{ 3,6

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No instante 𝑡 em que o guarda alcança o motorista infrator, podemos escrever que seus
espaços são iguais e ainda dizer que a variação de espaço foi a mesma pois ambos têm a mesma
origem de espaço (momento em que o infrator passa pelo guarda). Logo:

𝑆𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 𝑆𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑡𝑜𝑟 ⇒ 𝑆𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑆0 = 𝑆𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑡𝑜𝑟 − 𝑆0

Δ𝑆𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = Δ𝑆𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑡𝑜𝑟

Calculando a área abaixo de cada curva até o instante 𝑡, temos que:

𝑡 + (𝑡 − 10)
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = ⋅ 30 = 15 ⋅ (2𝑡 − 10)
2
Δ𝑆𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑡𝑜𝑟 = 25 ⋅ 𝑡

Unindo as duas equações, temos:

15 ⋅ (2𝑡 − 10) = 25 ⋅ 𝑡

𝑡 = 30 𝑠

Dessa forma, o deslocamento do guarda é dado por:

𝑡 = 30 𝑠

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 25 ⋅ 30 = 750 𝑚

Gabarito: “d”.

16. (2001/ITA)
Um elevador está descendo com velocidade constante. Durante este movimento, uma
lâmpada, que o iluminava, desprende-se do teto e cai. Considere 𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠 2 . Sabendo-se
que o teto está a 3 𝑚 de altura acima do piso do elevador, qual o tempo que a lâmpada demora
para atingir o piso?
a) 0,61 s
b) 0,78 s
c) 1,54 s
d) infinito, pois a lâmpada só atingirá o piso se o elevador sofre uma desaceleração.
e) indeterminado, pois não se conhece a velocidade do elevador.
Comentários:
Vamos considerar que inicialmente o piso do elevador está a uma altura ℎ0 do solo, descendo,
e a lâmpada está a uma altura ℎ0 + 𝐿, onde 𝐿 é a altura do elevador. Quando a lâmpada tocar o piso
do elevador eles estarão na mesma altura. Adotando o referencial do movimento para cima,
teremos que:

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𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑠𝑙𝑎𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 = ℎ0 + 𝐿 − 𝑣 ⋅ 𝑡 −
2
𝑠𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = ℎ0 − 𝑣 ⋅ 𝑡

Encontro da lâmpada com o piso do elevador:

𝑠𝑙𝑎𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 = 𝑠𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟

𝑡2
ℎ0 + 𝐿 − 𝑣 ⋅ 𝑡 − 𝑔 ⋅ = ℎ0 − 𝑣 ⋅ 𝑡
2
𝑡2
𝐿=𝑔⋅
2
Podemos isolar o instante de tempo:

2⋅𝐿 2⋅3
𝑡=√ =√ ≅ 0,78 𝑠
𝑔 9,8

Gabarito: 𝒕 ≅ 𝟎, 𝟕𝟖 𝒔.

17. (1994/IME)
De dois pontos A e B situados sobre a mesma vertical, respectivamente, a 45 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 e
a 20 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 do solo, deixa-se cair no mesmo instante duas esferas, conforme mostra a figura
abaixo. Uma prancha se desloca no solo, horizontalmente, com movimento uniforme. As
esferas atingem a prancha em pontos que distam 2,0 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠. Sendo 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e
desprezando a resistência do ar, determine a velocidade da prancha.

Comentários:
Primeiramente, vamos considerar que a velocidade da prancha não se altera quando uma
esfera atinge ela. O assunto de colisões será abordado bem mais para frente, mas a título de
curiosidade, esse resultado pode ser obtido quando consideramos que a massa da prancha é muito
maior que a massa das esferas, considerando choque inelástico.
O tempo de queda de um corpo que parte do repouso pode ser calculado a partir da equação
da posição para o MRUV:

𝑎 ∙ 𝑡2 Equação da posição em função


∆𝑆 = 𝑣0 ∙ 𝑡 + do tempo para o MRUV
2
[ 𝑎 ] = 𝑚/𝑠 2 [ 𝑣 ] = 𝑚/𝑠 [𝑡 ] = 𝑠 [𝑆 ] = 𝑚

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Sendo a velocidade inicial nula, temos:

𝑎 ∙ 𝑡2
∆𝑆 = 0 ∙ 𝑡 +
2
𝑎 ∙ 𝑡2
∆𝑆 =
2
2 ⋅ ∆𝑆
𝑡2 =
𝑎

2 ⋅ ∆𝑆
𝑡=√
𝑎

Diante disso, podemos calcular o tempo de queda de cada esfera:

2ℎ𝐴 2.45
𝑡𝐴 = √ =√ =3𝑠
𝑔 10

2ℎ𝐵 2.20
𝑡𝐵 = √ =√ =2𝑠
𝑔 10

Dessa forma, o intervalo de tempo de cada choque é de 1 segundo. Por outro lado, a diferença
dos pontos onde as esferas atingem na prancha é de 2 𝑚, ou seja, a prancha andou 2 𝑚 em 1 𝑠.
Fazendo uso da equação da velocidade para o movimento retilíneo e uniforme, temos:

Δ𝑠𝑝𝑟𝑎𝑛𝑐ℎ𝑎 2
𝑣𝑝𝑟𝑎𝑛𝑐ℎ𝑎 = = = 2 𝑚/𝑠
Δ𝑡 1
Gabarito: 𝒗𝒑𝒓𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂 = 𝟐 𝒎/𝒔.

18. (ITA)
De uma estação parte um trem A com velocidade constante 𝑉𝑎 = 80 𝑘𝑚/ℎ. Depois de certo
tempo, parte dessa mesma estação um outro trem B, com velocidade constante 𝑉𝑏 =
100 𝑘𝑚/ℎ. Depois de um tempo de percurso, o maquinista de B verifica que o seu trem se
encontra a 3 𝑘𝑚 de A; a partir desse instante ele aciona os freios indefinidamente,
comunicando ao trem uma aceleração de 𝑎 = −50 𝑘𝑚/ℎ². O trem A continua seu movimento
anterior. Nessas condições:
a) não houve encontro dos trens.
b) depois de duas horas o trem B para e a distância que o separa de A é de 64 𝑘𝑚.
c) houve encontro dos trens depois de 12 𝑚𝑖𝑛.
d) houve encontro dos trens depois de 36 𝑚𝑖𝑛.
e) não houve encontro dos trens; continuam caminhando e a distância que os separa agora é
de 2 𝑘𝑚.

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Comentário:
Tomando como origem de tempo quando o trem A parte da estação e como origem de espaço
a estação, podemos que a equação horária para cada trem:

𝑠𝐴 = 3 + 𝑣𝐴 ⋅ 𝑡
{ 𝑡2
𝑠𝐵 = 𝑣𝐵 𝑡 + 𝑎𝐵 ⋅
2

Quando os trens se encontram:

𝑠𝐴 = 𝑠𝐵

𝑡2
3 + 𝑣𝐴 ⋅ 𝑡 = 𝑣𝐵 ⋅ 𝑡 + 𝑎𝐵 ⋅
2
Substituindo-se os valores, temos:

50 ⋅ 𝑡 2
3 + 80 ⋅ 𝑡 = 100 ⋅ 𝑡 −
2
25𝑡 2 − 20𝑡 + 3 = 0

Finalmente:

1
𝑡1 = ⋅ ℎ = 12 𝑚𝑖𝑛
{ 5
3
𝑡2 = ⋅ ℎ = 36 𝑚𝑖𝑛
5
Matematicamente, encontramos dois instantes onde os trens terão a mesma posição,
entretanto, no primeiro instante ocorre a colisão, não havendo fisicamente a segunda colisão.
Gabarito: 𝒕 = 𝟏𝟐 𝒎𝒊𝒏.

19. (2003/ITA)
A partir do repouso, uma pedra é deixada cair da borda no alto de um edifício. A figura mostra
a disposição das janelas, com as pertinentes alturas 𝒉 e distâncias 𝑳 que se repetem igualmente
para as demais janelas, até o térreo. Se a pedra percorre a altura 𝒉 da primeira janela em 𝒕
segundos, quanto tempo levará para percorrer, em segundas, a mesma altura 𝒉 da quarta
janela? (despreze a resistência do ar)
a) [(√𝐿 + ℎ − √𝐿)/(√2𝐿 + 2ℎ − √2𝐿 + ℎ) ]𝑡.
b) [(√2𝐿 + 2ℎ − √2𝐿 + ℎ)/(√𝐿 + ℎ − √𝐿)]𝑡.

c) [(√4(𝐿 + ℎ) − √3(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√𝐿 + ℎ − √𝐿)]𝑡.

d) [(√4(𝐿 + ℎ) − √3(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√2𝐿 + 2ℎ − √2𝐿 + ℎ)]𝑡.

e) [(√3(𝐿 + ℎ) − √2(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√𝐿 + ℎ − √𝐿)]𝑡.

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Comentários:
Vamos representar graficamente a queda da pedra por um desenho esquemático mostrando
os tempos para cada andar:

O tempo de queda de um corpo que parte do repouso pode ser calculado a partir da equação
da posição para o MRUV:

𝒂 ∙ 𝒕𝟐 Equação da posição em função


∆𝑺 = 𝒗𝟎 ∙ 𝒕 + do tempo para o MRUV
𝟐
⃑ ] = 𝒎/𝒔𝟐
[𝒂 [ 𝑣 ] = 𝑚/𝑠 [𝑡 ] = 𝑠 [𝑆 ] = 𝑚

Sendo a velocidade inicial nula, temos:


𝑎 ∙ 𝑡2 𝑎 ∙ 𝑡2
∆𝑆 = 0 ∙ 𝑡 + =
2 2
2 ⋅ ∆𝑆
𝑡2 =
𝑎
2 ⋅ ∆𝑆
𝑡=√
𝑎

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Assim, o tempo de queda da pedra é dado por:

2ℎ𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √
𝑔

Vamos escrever o intervalo de tempo para a primeira janela:

2(𝐿 + ℎ ) 2𝐿 √2
𝑡2 − 𝑡1 = 𝑡 = √ −√ = (√𝐿 + ℎ − √𝐿)
𝑔 𝑔 √𝑔
Para a quarta janela, pela lógica da formação dada, ele estará no 𝑡8 e terá percorrido uma
altura 8𝐿 + 8ℎ. Além disso, antes de chegar na 4 janela, a pedra terá passado por 4 andares e 3
janelas, logo, desceu 8𝐿 + 6ℎ, e estava no 𝑡7 :

8(𝐿 + ℎ ) 8𝐿 + 6ℎ √2
𝑡8 − 𝑡7 = Δ𝑡 = √ −√ = (√4(𝐿 + ℎ) − √4𝐿 + 3ℎ)
𝑔 𝑔 √𝑔
Logo, o intervalo de tempo será dado por:

Δ𝑡 = [(√4(𝐿 + ℎ) − √4𝐿 + 3ℎ) /(√𝐿 + ℎ − √𝐿)] ⋅ 𝑡

Ou ainda:

Δ𝑡 = [(√4(𝐿 + ℎ) − √3(𝐿 + ℎ) + 𝐿) /(√𝐿 + ℎ − √𝐿)] ⋅ 𝑡

Gabarito: “c”.

20. (2016/ITA)
A partir do repouso, um foguete de brinquedo é lançado verticalmente do chão, mantendo
uma aceleração constante de 5,00 𝑚/𝑠 2 durante os 10,0 primeiros segundos. Desprezando a
resistência do ar, a altura máxima atingida pelo foguete e o tempo total de sua permanência
no ar são?
a) 375 𝑚 e 23,7 𝑠. b) 375 𝑚 e 30,0 𝑠. c) 375 𝑚 e 34,1 𝑠.
d) 500 𝑚 e 23,7 𝑠. e) 500 𝑚 e 34,1 𝑠.
Comentários:
Vamos dividir o problema em 2 etapas:
A primeira é a subida acelerada: o foguete sobe com uma aceleração de 5 m/s² durante 10 s.
Fazendo uso da equação da posição para o MRUV, sabemos que ele alcança uma altura ℎ1 de:

𝑎𝑡 2
ℎ1 = ℎ0 + 𝑣0 . 𝑡 +
2
No nosso problema, temos que ℎ0 = 0 e 𝑣0 = 0, logo:

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5.102
ℎ1 = = 250 𝑚
2
A velocidade do foguete, ao final desses 10 𝑠 pode ser calculada fazendo uso da equação da
velocidade em função do tempo:

𝑣1 = 𝑣0 + 𝑎 ⋅ 𝑡

Sendo a aceleração a favor do movimento, podemos escrever:

𝑣1 = 0 + 5 ⋅ 10 = 50 𝑚/𝑠

Na segunda etapa o foguete continua subindo, mas num movimento retardado. Isso decorre
do fato de que a aceleração da gravidade está agindo contra o movimento do corpo, até que ele
pare atingindo uma altura ℎ2 . Fazendo uso da equação de Torricelli, temos:

𝑣22 = 𝑣12 − 2. 𝑔. ℎ2

0 = 2500 − 2.10. ℎ2

ℎ2 = 125 𝑚

Portanto, a altura em relação ao solo é:

𝐻 = ℎ1 + ℎ2 = 250 + 125 = 375 𝑚

Por fim, devemos calcular o tempo para o foguete chegar ao solo. Se ele está a uma altura ℎ1 ,
tem uma velocidade 𝑣1 e está sujeito a uma aceleração gravitacional g para baixo, podemos construir
a seguinte equação do espaço:

𝑎𝑡 2
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 . 𝑡 +
2
Lembre-se que adotamos a nossa orientação da trajetória para cima, contra o sentido da
aceleração da gravidade:

𝑔. 𝑡22
0 = ℎ1 + 𝑣1 . 𝑡2 −
2
5𝑡22 − 50𝑡2 − 250 = 0

𝑡22 − 10𝑡2 − 50 = 0

𝑡22 − 2.5. 𝑡2 + 52 − 75 = 0

(𝑡2 − 5)2 = 75

𝑡2 − 5 = ±√75

𝑡2 = 5 ± √75

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Como √75 > 5, não podemos pegar o caso de 5 − √75. Logo, nosso tempo nessa parte do
movimento é 5 + √75.
Assim, o tempo total é de 𝑡𝑇 = 10 + 5 + √75 = 15 + 5√3. Considerando raiz de 3 igual a
1,7 (é comum está consideração no vestibular do ITA), temos que o tempo total será:

𝑡𝑇 ≅ 15 + 5.1,7 ≅ 23,7 𝑠

Gabarito: “a”.

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8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”

Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas. O
fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos.
Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno, no site do Estratégia
Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque pela opção “Fórum de
Dúvidas”.

9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 1. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 1. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 1. 9ª ed. Moderna. 521p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 1. 10ª ed. LTC. 282p.

10 - VERSÃO DE AULA

Versão Data Modificações

1.0 09/12/2019 Primeira versão do texto.

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