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módulo 1.
S&N
Treinamentos
PRINCÍPIOS DE
DIAGNÓSTICOS DE FALHAS
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PREFÁCIO
Sucesso!!!
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SUMÁRIO
ASSUNTO PÁG
CAPÍTULO 1 - TIPOS DE MANUTENÇÃO 4
CAPÍTULO 2 - COMO SURGIU A ANÁLISE DE VIBRAÇÃO? 6
CAPÍTULO 3 - O QUE É VIBRAÇÃO? 9
CAPÍTULO 4 - MOVIMENTO HARMÔNICO 13
CAPÍTULO 5 - SINAIS DETERMINÍSTICOS 16
CAPÍTULO 6 - IDENTIFICANDO FREQUÊNCIAS 21
CAPÍTULO 7 – DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 23
CAPÍTULO 8 - MEDIDAS DE VIBRAÇÃO 41
CAPÍTULO 9 - IDENTIFICANDO PONTOS, SENSORES,
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E AJUSTES 44
ANEXO 1 56
ANEXO 2 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
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CAPÍTULO 1 - TIPOS DE MANUTENÇÃO
1. MANUTENÇÃO CORRETIVA
2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA
3. MANUTENÇÃO PREDITIVA
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Por meio de medições regulares de vibração, falhas incipientes podem ser
detectadas e seu desenvolvimento acompanhado.
As medições podem ser extrapoladas para predizer quando os níveis de vibração
atingirão valores inaceitáveis e quando a máquina deve ser parada para manutenção.
Isto é chamado de Monitoração de Tendência e permite o planejamento dos reparos com
antecedência. A Manutenção Preditiva ou por Condição, baseada na monitoração da
vibração, tem sido empregada com sucesso em indústrias de processamento contínuo
desde os anos 70. As plantas de refinaria e petroquímicas adotaram esta técnica e
obtiveram economia considerável com o aumento de disponibilidade de equipamento
produtivo e correspondente aumento de produtividade. Desde então, a monitoração da
condição tem sido implantada com sucesso em indústrias que empregam máquinas
rotativas em geral. Esse sucesso é devido a resultados econômicos obtidos em curto
prazo, pela redução de intervenções de manutenção em até 70% após um curto período
de monitoração e pela possibilidade de planejamento de intervenções com
conhecimento prévio da época e causa das falhas. Situações reais demonstram economia
de até 75% nos custos de manutenção nas empresas que adotaram esse procedimento, o
que indica um rápido retorno no investimento com a instrumentação para a monitoração
de vibração durante a implantação do programa. Por outro lado, as reduções no volume
de trabalho de manutenção permitem canalizar os recursos disponíveis para melhorar a
qualidade dos serviços programados, contribuindo, assim, para o aumento da confiança
operacional nas máquinas. As intervenções realizadas em regime de urgência, que
normalmente eram executadas para que as máquinas voltassem o mais rapidamente
possível para a produção, não são mais necessárias.
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CAPÍTULO 2 – COMO SURGIU A ANÁLISE DE VIBRAÇÃO
1. A VIBRAÇÃO E A HISTÓRIA
Figura 1 – Pitágoras observando os sons dos martelos (Hugo Sprechshart. 1488. Flores Musicae -
reproduzido de Dimarogonas, A., Vibration for Engineers, Prentice Hall, 1995)..
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O desenvolvimento da teoria da vibração resultou dos avanços das ciências
básicas das quais deriva: matemática e mecânica geral. A origem, em termos históricos,
encontra-se nos antigos filósofos gregos do primeiro milênio antes de Cristo. O primeiro
interessante envolvimento de um filósofo grego com um problema de natureza
vibratória é registrado em um incidente envolvendo Pitágoras de Samos (cerca de 570-
497 AC): Pitágoras estava passando por uma espécie de fundição e/ou forjaria e
percebeu certa harmonia entre os diversos sons produzidos pelos martelos. Entrando
no local ele suspeitou que a diversidade de sons fosse originada pelas diferentes forças
empregadas no uso dos martelos, concluindo, entretanto, que a causa era o peso dos
martelos. A Fig. 1.1 ilustra este incidente legendário. Pitágoras, então, estabeleceu um
método racional de medir frequências sonoras (origem do diapasão) podendo ser
considerado como o fundador da acústica. Ele realizou experiências com martelos,
cordas, tubos e placas criando o primeiro laboratório de pesquisas em vibrações
conhecido (Fig. 1.2). O fato que existem frequências que podem produzir movimento
harmônico já era conhecido por músicos quando foi estabelecido como uma lei natural
por Pitágoras. Além disso, ele provou com suas experiências com martelos que as
frequências naturais são propriedades dos sistemas e não dependem da magnitude da
força atuante. Ele provou ainda que:
1. A frequência natural de uma corda é inversamente proporcional ao seu comprimento
e diâmetro; ela cresce quando cresce a tensão “com outras proporções” (não
especificadas). É bastante provável que Pitágoras tenha conhecido a regra correta de
dependência da frequência natural com a tensão.
2. A frequência natural da vibração longitudinal de uma coluna é inversamente
proporcional ao comprimento da mesma.
3. A tese anterior também é válida para recipientes. Pitágoras mudava a freqüência
natural colocando água dentro deles.
4. Pitágoras também testou discos, mas não existem registros de resultados. Existe um
relato em Phaedon de Platão, que Hipasos (um discípulo de Pitágoras que diz-se tenha
sido morto por revelar segredos pitagóricos) testou quatro discos de bronze e encontrou
frequências naturais inversamente proporcionais às espessuras.
A maioria das atividades humanas envolve alguma forma de vibração. Nós ouvimos
porque o tímpano vibra, nós vemos porque ondas luminosas se propagam. A respiração
está associada à vibração dos pulmões, os batimentos cardíacos são movimentos
vibratórios, a fala se fundamenta na vibração das cordas vocais e os movimentos
humanos envolvem oscilações de braços e pernas. Em muitos outros campos da
atividade humana, fenômenos apresentam variáveis cujo comportamento é oscilatório:
economia, biologia, química, física, etc. No campo tecnológico, as aplicações de
vibrações na engenharia são de grande importância nos tempos atuais. Projetos de
máquinas, fundações, estruturas, motores, turbinas, sistemas de controle, e outros,
exigem que questões relacionadas a vibrações sejam levadas em conta.
Os primeiros estudos de vibrações em engenharia mecânica foram motivados pelo
problema de balanceamento em motores. O desbalanceamento pode ser tanto devido a
problemas de projeto como fabricação e manutenção. O desbalanceamento em motores
diesel, por exemplo, pode causar vibrações no solo de tal grandeza que criam
desconforto ambiental em áreas urbanas. As rodas de locomotivas podem sair até um
centímetro dos trilhos devido a desbalanceamento. Os engenheiros ainda não
conseguem resolver uma grande parte dos problemas originados em pás e rotores de
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turbinas. As estruturas projetadas para suportar máquinas centrífugas pesadas (motores,
turbinas, bombas, compressores, etc.) também estão sujeitas a vibração. É possível que
partes destas estruturas sofram fadiga devido à variação cíclica de tensões induzidas. A
vibração também causa desgaste mais rápido de mancais e engrenagens provocando
ruído excessivo. Em máquinas, a vibração causa o afrouxamento de parafusos. Em
processos de usinagem, a vibração pode causar trepidação, conduzindo a um pobre
acabamento superficial, por exemplo. Sempre que a frequência natural de vibração de
uma máquina ou estrutura coincide com a frequência da força externa atuante, ocorre
um fenômeno conhecido como ressonância que ocasiona grandes deformações e falhas
mecânicas. A literatura é rica de exemplos de falhas em sistemas causados por vibrações
excessivas em virtude de ressonância. Um destes exemplos é o da ponte de Tacoma
Narrows (Fig. 2), nos Estados Unidos, inaugurada em julho de 1940, colapsou em 7 de
novembro do mesmo ano quando entrou em ressonância induzida pelo vento. De acordo
com registro de câmeras de vídeo, a ponte Rio-Niterói também oscilou
significativamente em algumas ocasiões. Quando o vento atinge determinada velocidade
e direção, a estrutura começa a oscilar com maior amplitude. Em outubro de 1997,
rajadas estimadas em 124 km/h fizeram o vão central oscilar com amplitudes de 30 cm.
Embora estas oscilações não representem riscos à estrutura da ponte, o pânico causado
pode ter consequências devastadoras. Nesse dia os motoristas saíram correndo dos
carros e a ponte teve de ser fechada por duas horas. Hoje o trânsito é interrompido em
caso de ventania forte. (National Geographic Brasil, abril de 2004). Em virtude dos
efeitos devastadores que podem surgir em máquinas e estruturas, os testes vibratórios se
tornaram um procedimento padrão no projeto e desenvolvimento da maioria dos
sistemas em engenharia.
Em muitos sistemas de engenharia, o ser humano atua como parte integrante do
mesmo. A transmissão de vibração para o ser humano resulta em desconforto e perda de
eficiência. Vibrações de painéis de instrumentos podem produzir mal funcionamento ou
dificuldade de leitura de medidores. Portanto um dos propósitos importantes do estudo
de vibração é a redução dos níveis vibratórios através de projeto e montagem adequados
de máquinas. Nesta interface, o engenheiro mecânico tenta projetar a máquina para que
a mesma apresente níveis vibratórios pequenos enquanto o engenheiro estrutural tenta
projetar a base da máquina de forma a assegurar que o efeito da vibração não se
transmita.
Figura 2 – Ponte de Tacoma Narrows durante vibração induzida pelo vento (Reproduzido de Rao, S.,
Mechanical Vibrations, Addison Wesley, 1990).
9
CAPÍTULO 3 – O QUE É VIBRAÇÃO?
1. TIPOS DE VIBRAÇÕES
Vibração livre é aquela produzida por uma perturbação inicial que não persiste durante
o movimento vibratório. Como exemplo tem-se a vibração do pêndulo simples. Depois
de deslocado de sua posição de equilíbrio, o pêndulo simples permanece em movimento
oscilatório sem que nenhum efeito externo intervenha.
Vibração forçada é provocada por um efeito externo que persiste durante o tempo em
que o movimento vibratório existir. O movimento de um rotor desbalanceado é típico de
uma vibração forçada.
Vibração não amortecida é aquela em que a energia vibratória não se dissipa de forma
que o movimento vibratório permanece imutável com o passar do tempo. Os sistemas
em que ocorre a vibração não amortecida são sistemas ideais, pois sempre alguma
energia será dissipada em um sistema físico. Entretanto, em muitos casos, o
amortecimento é tão pequeno que é possível desprezá-lo, pois os níveis vibratórios
diminuem muito pouco durante o tempo em que o movimento é observado e a análise
do problema se torna matematicamente mais simples. Em se tratando de um sistema
real, as resistências passivas estão sempre presentes fazendo com que a energia
oscilatória se dissipe. Esta dissipação de energia é representada pela característica
chamada amortecimento. A Fig. 3 ilustra uma vibração não amortecida e uma
amortecida. Alguns modelos típicos de amortecimento como viscoso, atrito seco
(Coulomb) e atrito interno serão estudados nas seções seguintes.
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Figura 3 – Vibrações livres sem e com amortecimento.
Vibração aleatória ou não determinística é aquela em que não é possível prever o que
irá acontecer no movimento vibratório.
2. GRAUS DE LIBERDADE
Sistemas que podem ser separados em partes de forma que cada uma delas possua um
determinado número de graus de liberdade e o sistema global tenha um número finito
de graus de liberdade são sistemas discretos, sendo também chamados de sistemas com
parâmetros concentrados. Um sistema contínuo não pode ser dividido, possuindo um
número infinito de graus de liberdade sendo também conhecidos como sistemas com
parâmetros distribuídos.
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Figura 5 – Sistemas de coordenadas no movimento do pêndulo.
13
CAPÍTULO 4 – MOVIMENTO HARMÔNICO
x = Asenω t (1.1a)
x = Asen(ω t +φ ) (1.1b)
14
Frequência angular - ω - é a velocidade angular com que um vetor de amplitude A gira
(Fig. 1.9), de forma que suas projeções horizontal e vertical são movimentos
harmônicos. Relaciona-se com a frequência f por
• ω = 2πf , (1.3)
Uma vez que um período de oscilação corresponde a uma volta completa do vetor o que
equivale a um ângulo de 2π rad. É, portanto, medida em rad/seg.
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A Fig. 8 mostra uma representação das três variáveis que descrevem o movimento
vertical da haste do mecanismo da fig. 8.
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CAPÍTULO 5 – SINAIS DETERMINÍSTICOS
1. ANÁLISE DE FOURIER
Os sinais reais encontrados na análise de vibração nem sempre tem a forma clássica
dos sinais usados nos desenvolvimentos matemáticos responsáveis pelos recursos tão
explorados por todos os técnicos. Matematicamente, esta transposição do sinal do
domínio do tempo para o domínio da frequência correspondente a transformada rápida
de Fourier (FFT)
2. BATIMENTO
Figura 11 - Batimento
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3. MODULAÇÃO
AMPLITUDE MODULADA:
O sinal de vibração de maior frequência (onda portadora) tem sua amplitude
variando conforme o sinal de outra vibração de menor frequência (onda moduladora). A
amplitude varia e a frequência continua a mesma.
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA MODULAÇÃO AM
Sinal no Tempo:
Amplitude variável
Frequência constante e idêntica a frequência da portadora;
Amplitude variando segundo o envelope com as frequências do sinal modulador;
O sinal no tempo é quase indistinguível de um sinal de batimento.
Sinal em frequência – espectro de frequência:
Componente central com frequência portadora fp;
Um par de bandas laterais para cada componente da onda moduladora com
largura igual a frequência do sinal modulador.
Esse tipo de ocorrência é comum em engrenamentos.
FREQUÊNCIA MODULADA FM
O sinal de vibração de maior frequência (onda portadora) tem sua amplitude variando
conforme o sinal de outra vibração de menor frequência (onda moduladora). Existindo
uma variação da frequência
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA MODULAÇÃO FM:
Sinal no tempo:
A frequência instantânea é variável;
Amplitude constante igual a amplitude da portadora;
O sinal do tempo em FM é diferente do sinal em AM;
Sinal em frequência – espectro de frequência:
Aparecem muitas bandas laterais centradas na frequência portadora (a
frequência da banda é da moduladora)
A modulação da frequência não é linear, portanto, não vale o princípio da
superposição (que era válida para AM).
Esse tipo de ocorrência é comum em máquinas de fluxo com variação no passo das pás
e engrenagens com dentes quebrados.
21
CAPÍTULO 6 – IDENTIFICANDO FREQUÊNCIAS
Para cada máquina é necessário pedir ao fabricante dados que vão facilitar a
identificação de frequências dos espectros e serão de grande importância para análise de
vibração e diagnósticos de defeitos. No exemplo acima, necessitamos conhecer
esquemas internos da turbina e do redutor. Estes esquemas deverão conter tipos de
mancais (se de deslizamento ou de rolamentos), tipo dos rolamentos, número de dentes
das engrenagens, número de pás do rotor.
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A tabela mostrada a seguir correlaciona algumas frequências de excitações que
aparecem em máquinas rotativas com os principais defeitos que induzem estas
vibrações.
23
CAPÍTULO 7 – DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS
1. DESBALANCEAMENTO
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Sempre existe a vibração em 1 x RPM. Isto pode ser corrigido pela colocação de uma
massa de correção em um único plano que passa pelo centro de gravidade (CG) do
rotor. Ilustração Figura 17
25
Figura 19 – Desbalanceamento dinâmico
2. DESALINHAMENTO
26
Figura 20b – Desalinhamento angular
27
Figura 21 – Desalinhamento angular
28
Figura 23 – Desalinhamento angular em vários estágios
29
Figura 24 – Desalinhamento offset
3. FOLGAS MECÂNICAS
a) Tipo A: Estas são folgas estruturais ou falta de rigidez na fundação, na placa de base
ou no pé da máquina. Também às distorções de base e pedestais, folgas nos
chumbadores ou recalque do solo. As vibrações verticais (predominante) no pé da
máquina e na base são defasadas de 180º. Ilustração figura 26 e 27.
30
Figura 26 - Folga na fixação na placa de base
31
Figura 28 – Folga na fixação do mancal de sustentação
C) Tipo C: São folgas geradas por fixação inadequada entre as partes da máquina. Com
a ação das forças dinâmicas do rotor surgem efeitos não lineares, alterando
periodicamente a rigidez do sistema. Assim, as vibrações terão características idênticas
ao batimento truncado. Aparecerão componentes sub-harmônicos e inter-harmônicos.
Também são deste grupo folgas entre a bucha e a capa do mancal, entre o anel interno
do rolamento e o eixo, ou entre o anel externo e a capa do mancal. As medidas de fase
são geralmente instáveis, e podem variar bastante de um ponto de medida para outro.
Ilustração Figura 30, 31 e 32.
32
Figura 30 - Eixo com folga no mancal de deslizamento
33
4. DEFEITOS EM MANCAIS DE DESLIZAMENTO
34
O problema do rodopio do óleo pode ser devido a erros de projeto e também a outros
problemas tais como: desgaste, mudanças de viscosidade, pressões insuficientes, etc...
A vibração devida ao rodopio do óleo é frequentemente severa, porém facilmente
identificável por sua frequência que é levemente menor (5% a 8%) que 1/2 da RPM do
eixo do equipamento. Por exemplo, uma máquina girando a 1200RPM, o rodopio de
óleo estará na faixa de 5 a 8Hz.
O whirl oil (rodopio do óleo) geralmente não tem fase constante, quando esta
vibração torna-se constante e com freqüência um pouco mais baixa que a do whirl, o
fenômeno é denominado whip (chicoteamento).
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Figura 34 – Espectro de vibração com roçamento parcial whirl seco
Sendo:
n = velocidade de rotação do eixo;
N = número de elementos rolantes;
d = diâmetro dos elementos rolantes;
p = diâmetro primitivo do rolamento e
b = ângulo de contato.
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Tabela 2 – Frequência característica associada a um defeito dos rolamentos
6. CORREIAS
37
Em um acionamento com correias múltiplas é importante que todas as correias tenham a
mesma tensão. Se uma ou mais correias estão frouxas, enquanto outras estão tensas, as
frouxas causarão vibrações excessivas, além de acelerar o desgaste da polia e correias
pelo escorregamento causado pela carga concentrada em algumas das correias.
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7. DEFEITOS EM ENGRENAGENS
Altos níveis de vibração são em geral produzidos por engrenagens gastas ou mal
montadas. Durante o engrenamento, o contato inicial dos dentes é feito de forma
periódica, ou seja: número de dentes em contato por unidade de tempo.
Desta forma podemos definir a frequência fundamental do engrenamento por:
f 0 = n/60×z
Onde:
n = rotação do eixo em rpm;
Z = número de dentes da engrenagem.
Assim para uma boa monitoração é necessário fazer as medidas sempre nas
mesmas condições de funcionamento.
8. MOTORES ELÉTRICOS
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desbalanceamento, desalinhamento e folgas, que já foram discutidos nos itens
anteriormente.
A vibração causada por problemas elétricos é normalmente o resultado de forças
magnéticas desequilibradas, que agem sobre o rotor ou estator. Esse desbalanceamento
da forças magnéticas pode ser devido a cinco fatores:
1) Mancais do eixo do rotor excêntricos;
2) Rotor não centrado dentro do estator;
3) Furo do estator elíptico;
4) Barras da gaiola trincadas ou quebradas;
5) Ventoinha quebrada ou defeituosa.
2 Fs = Fp;
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CAPÍTULO 8 – MEDIDAS DE VIBRAÇÃO
1. UNIDADES DE VIBRAÇÃO
A amplitude de vibração pode ser expressa de várias formas: como raiz média
quadrática (RMS), pico (p), e pico a pico (p-p).
A amplitude de pico a pico é medida na forma de onda no tempo a partir dos
picos adjacentes positivos e negativos. Para uma forma de onda harmônica (senoidal)
simples. Estes valores podem ser expressos em termos de RMS ou pico. RMS é igual a
0,707x pico e o pico a pico é duas vezes o pico.
41
Pico RMS Pico a pico
Útil na medida das respostas Útil nas considerações sobre
dos sistemas a choques Relaciona-se diretamente folgas e tensões dinâmicas
mecânicos. com a energia do sinal, ou seja, geradas pela vibração.
com a capacidade destrutiva da
Em muitos casos não se vibração. Em muitos casos não se
relaciona com a história do relaciona com a história do
sinal Fornece também informações sobre sinal.
a história do sinal.
Usandos para pequenos Medida muito mais sensível e
defeitos em rolamentos. Medida mais calma nervosa que a medida em pico.
Para máquinas de baixa
rotação. Relaciona-se com as severidades e Usado para máquinas de baixas
normas de vibrações existentes no rotações.
Medida mais sensível - mercado.
nervosa. Usado para rolamentos com
Muito usado para diagnóstico de pequenos defeitos.
defeito em máquinas rotativas,
como desalinhamento,
desbalanceamento, etc
42
engrenamento e em mancais de rolamentos. Aceleração e velocidade são medidas
absolutas tomadas na carcaça do mancal, ou o mais próximo possível.
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CAPÍTULO 9 - IDENTIFICANDO PONTOS, SENSORES, EQUIPAMENTOS DE
MEDIÇÃO E AJUSTES.
1. PONTOS DE MEDIÇÃO
Onde:
V = Vertical
H = horizontal
A = axial
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Figura 36 – Esquema do sentido dos pontos de medição
(Note que os pontos próximos a esforços axiais recebem a indicação de coleta na axial)
2. SENSORES
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DC correspondente é gerada na saída do proximitor, que irá variar proporcionalmente à
variação da distância entre a ponta do probe e o eixo.
As desvantagens são:
1 - suscetível a variações na superfície do eixo – arranhões, mossas, recuperação com
materiais de condutividade diferente;
2 – necessidade de fonte externa para gerar sinal;
3 – impossibilidade de ser submerso em água.
Pick-up de velocidade típico está mostrado na Figura 37. Consiste de uma carcaça,
normalmente de alumínio, dentro da qual estão alojados uma bobina, um ímã
permanente e 2 molas. O ímã fica suportado pelas 2 molas, uma em cada extremidade, e
esse conjunto é colocado no interior da bobina.
46
Figura 37 – Pick up de velocidade
2.3 ACELERÔMETRO
47
Figura 38 - Acelerômetro
Definindo estes três aspectos, será facilitada a escolha correta do tipo de sensor a
ser utilizado. Por exemplo, medir a vibração em tubulação de refinaria, ou em estruturas
cuja frequência é da ordem de 1 a 2 Hz, não se teria sucesso com um sensor de
velocidade, porque ele não se presta a medição em baixas frequências. No exemplo, a
escolha acertada seria o acelerômetro.
O tipo de máquina e como é a sua construção particular são muito importantes
para a definição do como proceder à medição.
Em máquinas rotativas, cujo conjunto rotativo é leve e a carcaça robusta e
pesada, a maioria das forças é gerada pelo rotor, como o movimento relativo entre o
48
eixo e mancal. Em outras palavras, as carcaças dessas máquinas têm uma grande
importância funcionando como um grande amortecedor, e, desse modo, a medição de
vibração na carcaça não é adequada: deve-se fazer medição diretamente no eixo, com
probes de contato. Este é o caso típico de compressores centrífugos de alta pressão, nos
quais a relação de pesos entre a carcaça e o rotor é de 30:1 ou maior.
De modo oposto, se a máquina tem conjunto rotativo pesado, apoiado em
mancais rígidos suportados em estrutura flexível, as forças geradas pelo rotor são
dissipadas através da estrutura flexível, e desse modo a melhor maneira de medir é na
carcaça. A máquina que melhor exemplifica esse tipo são os ventiladores industriais,
que têm carcaça e estrutura bastante leves, até porque as pressões desenvolvidas são
extremamente baixas e conjunto rotativo bastante pesado.
Outro importante aspecto é a faixa de frequência de interesse, pois é sobre ela
que serão feitas as medições; ou seja, as medições de vibração serão feitas dentro de
uma faixa de frequência de modo que se possa analisar as contribuições de cada valor
típico de frequência para a vibração final. Isso nada mais é do que definir o “espectro”
de vibrações, que é a “assinatura” de valores de velocidade ou deslocamento ou
acelerações para as diversas frequências, num dado momento.
As faixas de frequência, para os diversos tipos de sensores, são mostradas na tabela 5.
Estes fatores são apenas alguns poucos e básicos nas considerações sobre a medição de
vibração em equipamentos e estruturas. Para cada sensor e sistema a utilizar, uma série
de detalhes deve ser observada de modo que as medições tenham a confiabilidade
requerida.
49
3. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E AJUSTES
50
3.2 COLETORES DE DADOS
51
de tendência, tomando como base medições feitas na máquina e armazenadas em
intervalos de tempo regulares. A Figura 41 ilustra o coletor Vibscanner fabricado pela
Pruftechnik AG.
Figura 41 - Vibscanner
52
Estes sistemas oferecem a opção de um acompanhamento contínuo (on-line) ou
intermitente (off-line) da planta industrial que está sendo monitorada. Desta forma, a
monitoração feita de modo intermitente, através de um coletor de dados, contempla o
acompanhamento preditivo de um grande número de máquinas de menor criticidade na
planta industrial. A diferença é que hoje em dia este tipo de acompanhamento está
integrado ao sistema maior, e é processado da mesma maneira que os dados da
monitoração contínua (on-line).
Outra vantagem dos sistemas atuais de monitoração são os softwares
correspondentes com os sistemas existentes. Por exemplo, a empresa Brüel & Kjaer
informa que o seu sistema de monitoração, denominado Compass, não requer redes ou
PCs especiais. O seu sistema utiliza padrões comuns, tais como UNIX, X-Windows e
Ethernet (TCP/IP), podendo ser conectado diretamente aos micros e redes já existentes,
distribuindo os dados usando os PCs disponíveis bem como terminais. As entradas do
sistema também são compatíveis com os transdutores usados hoje em dia.
Estes sistemas possibilitam a monitoração à distância de locais remotos, que
pode ser obtida pela comunicação através de modems de alta velocidade e mesmo via
satélite.
53
4.0 AJUSTES
1 3
5
6 8
1- Fundo de Escala
2- Entrada mV/EU
3- Detecção
54
4- Salvar dados
Identifica o tipo de espectro a ser mostrado, o FFT (transformada rápida de Fourier)
é um algoritmo utilizado para produzir um espectro com frequências características.
Existe também a opção Tempo que é utilizada para detecção de frequências naturais.
5- Frequência inicial
Frequência de início da formação do espetro de vibração. Define um corte para que
não sejam captados ruídos, além das frequências características.
6- Frequência Final
Define a frequência que abrange todas as frequências que interessam do
equipamento. Uma frequência final muito grande mascara os defeitos que aparecem nas
frequências mais baixas
7- Linhas
Se uma vibração complexa contém componentes de vibração que estão juntos, mais
próximos que o espaçamento da linha em frequência, eles não serão separados. Estes
componentes serão combinados com a mesma linha. Para que estes componentes
próximos sejam separados, então o número de linhas deve ser aumentado, ou a
frequência máxima deve ser diminuída. Basicamente, também pode ser observado que
uma resolução mais alta, automaticamente precisa de um tempo de análise mais longo.
O tempo de aquisição é inversamente proporcional à resolução do espectro. Tempo
de aquisição ou amostragem: T = número de linhas/Faixa de frequência.
8- Velocidade
É a velocidade em RPM do equipamento.
9- Médias
É o número estabelecido pela média da quantidade de vezes que foi aquisitada uma
amostra pelo coletor de dados. Um número grande de médias, aumenta o tempo de
medição.
55
ANEXO 1 – TABELA ISO 2372 PARA LIMITES DE VIBRAÇÃO
56
ANEXO 2 – TABELA DE NÍVEIS GLOBAIS EM VELOCIDADE (RMS) PARA
DIVERSOS TIPOS DE MÁQUINAS
57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
58