Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANTENAS
CAMPO GRANDE
2005
SUMÁRIO
PARÂMETROS FUNDAMENTAIS ............................................................................. 2
RADIAÇÃO DE ENERGIA .......................................................................................... 2
CAMPO RADIANTE: .................................................................................................. 3
DENSIDADE DE POTÊNCIA IRRADIADA ................................................................. 3
PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DAS ANTENAS .......................................... 4
Polarização: ............................................................................................................................................4
TIPOS DE POLARIZAÇÕES USUAIS ........................................................................ 4
Polarização Linear: ................................................................................................................................4
Polarização Circular: ..............................................................................................................................5
Polarização Elíptica ................................................................................................................................6
CONCEITO DE EFICIÊNCIA ...................................................................................... 7
IMPEDÂNCIA DE ENTRADA DA ANTENA(ZA) E LARGURA DE FAIXA(LF) ........ 7
LARGURA DE FAIXA ................................................................................................. 8
PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE ............................................................................. 9
DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO ................................................................................. 10
LARGURA DE FEIXE DA ANTENA ......................................................................... 12
DIRETIVIDADE: ........................................................................................................ 12
GANHO DA ANTENA: .............................................................................................. 13
RELAÇÃO FRENTE-COSTA.................................................................................... 13
ÁREA EFETIVA DE RECEPÇÃO(AE) ..................................................................... 14
POTÊNCIA EFETIVA IRRADIADA ........................................................................... 15
ANTENAS FUNDAMENTAIS SIMPLES ................................................................... 15
Teoria das Antenas Lineares: ............................................................................................................ 15
Aplicação a Dipolos de Comprimentos Genéricos:......................................................................... 16
Impedância ........................................................................................................................................... 16
DIAGRAMAS DE IRRADIAÇÃO .......................................................................................................... 17
LARGURA DE FEIXE ........................................................................................................................... 18
DIRETIVIDADE E GANHO ................................................................................................................... 18
POLARIZAÇÃO .................................................................................................................................... 19
DIPOLO DOBRADO ............................................................................................................................. 19
EFEITO DA TERRA SOBRE AS PROPRIEDADES DAS ANTENAS ...................... 20
EFEITO DA TERRA SOBRE O DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO ......................................................... 21
EFEITO DA TERRA SOBRE A IMPEDÂNCIA .................................................................................... 23
GANHO DAS ANTENAS DA PRESENÇA DA TERRA ....................................................................... 23
LINHAS DE TRANSMISSÃO DE RF ........................................................................ 24
TIPOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO MAIS USUAIS ..................................................................... 24
LINHAS BIFILARES .......................................................................................................................... 24
CABOS COAXIAIS............................................................................................................................ 25
CONSTANTE DE ATENUAÇÃO(α α) ..................................................................................................... 26
COEFICIENTE DE REFLEXÃO............................................................................................................ 26
RELAÇÃO DE ONDAS ESTACIONÁRIAS (V.S.W.R.) ....................................................................... 27
COEFICIENTE DE POTÊNCIA............................................................................................................. 27
REFLEXÃO ........................................................................................................................................... 27
TIPOS DE ANTENAS ............................................................................................... 28
Antena Dipolo ...................................................................................................................................... 28
DIPOLO COM ELEMENTOS PARASITAS ASSOCIADOS ..................................... 30
DIPOLO ASSOCIADO A UM REFLETOR ........................................................................................... 30
DIPOLO ASSICIADO A UM DIRETOR ................................................................................................ 31
ANTENA TIPO REFLETORA DE CANTO OU DIEDRO...................................................................... 31
Antena Yagi- Uda ................................................................................................................................. 33
Antena Helicoidal ................................................................................................................................ 34
Antena Log- Periódica com dipolos : ............................................................................................... 36
Antena Parabólica ............................................................................................................................... 38
2
PARÂMETROS FUNDAMENTAIS
As antenas são dispositivos que inibem num dado meio, a energia elétrica de
um circuito oscilante, sob a forma de ondas eletromagnéticas (OEM).
Em sentido contrário, as antenas interceptam ondas eletromagnéticas
existentes num dado meio, captando a energia e transferindo-a para o circuito
receptor.
RADIAÇÃO DE ENERGIA
l ( t ) = Ep × cos( wt + φ )
λ/10
w = 2πf
campo elétrico livre, fechado sobre si mesmo, sem necessitar mais de cargas
elétricas.
CAMPO RADIANTE:
Aquele campo como visto no item anterior é denominado campo elétrico
radiante, sendo que seu movimento no espaço gera um campo magnético
transversal as linhas do campo elétrico. Este campo magnético por sua vez gera
novamente um campo elétrico, dando origem a uma onda eletromagnética livre no
meio, e não mais confinada na linha de transmissão.
Portanto a antena é um elemento de transição entre energia confinada na
linha de transmissão e a energia radiante e vice-versa.
Polarização:
Polarização Linear:
Polarização Circular:
Se a O.E.M. for gerada com polarização circular, esta poderá ser captada por
uma antena polarizada linearmente havendo entretanto um prejuízo de cerca de
3dB(metade da potência) se comparado a uma antena receptora que também fosse
circular com o mesmo sentido de giro do campo.
Polarização Elíptica
CONCEITO DE EFICIÊNCIA
Pi
ηa =
Pt
0 < ηa ≤ 1
Verificar que:
Pi=Ia²*Ri
Pp=Ia²*Rp
Pp = Ia 2 × Rp
Pi Pi
ηa = = 0 < ηa ≤ 1
Pt ( Pi + Pp )
LARGURA DE FAIXA
Existe uma determinada freqüência denominada freqüência de
ressonância(fo), na qual a impedância da antena se mostra puramente
resistiva(Za=Ri+Rp), sendo esta a freqüência em que ocorrerá a máxima irradiação.
O gráfico abaixo mostra o comportamento de uma antena em resposta de
freqüência:
9
1
XLa = WLa e XCa =
WCa
PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE
Todas as propriedades apresentadas por uma antena funcionando como
transmissora são válidas para a mesma antena operando como receptora.
Portanto, parâmetros como:
• Polarização;
• Eficiência;
• Impedância de Entrada;
• Largura de Faixa
DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO
Uma antena real não irradia energia uniformemente, e sim concentra a
irradiação em certas direções, enquanto nas demais o sinal é reduzido.
Podemos considerar algumas fontes de energia como Omni-direcionais, ou
seja, irradiam energia igualmente em todas as direções.
Se construíssemos um gráfico representativo das medidas de energia feitas
em torno da região equatorial do sol, obteríamos um gráfico como mostrado a seguir:
Ps=E²/Zo
DIRETIVIDADE:
É a relação entre a energia irradiada na direção do máximo do diagrama de
irradiação de uma antena qualquer admitida com eficiência de 100%, ou seja, sem
perdas, e a que seria irradiada por uma antena isotrópica ideal, também sem perdas,
em uma direção qualquer, supondo-se que as duas irradiem a mesma potência total.
Os diagramas de irradiação abaixo mostram a configuração que o dipolo e a
isotrópica apresentam no plano E. As áreas limitadas pelos diagramas são iguais,
indicando que ambas irradiam a mesma potência total.
OBS: A potência total é dada pela área do diagrama, mas a distribuição da
potência é diferente em cada antena.
13
Pdip Pdip
D= D∫ dB = 10 log [dBi]
Piso Piso
GANHO DA ANTENA:
O ganho da antena é definido como o produto da diretividade (D) pela
eficiência(ηa)
G = D × ηa G∫ bB = 10 log ηa + D ∫ dB
Pant
G∫ dB = 10 log
Piso
RELAÇÃO FRENTE-COSTA
O diagrama de irradiação das antenas, em geral, apresentam um lóbulo
principal bem distinto e lóbulo secundário de menor intensidade, possibilitando
inclusive a irradiação de energia em direção oposta a de interesse, ou seja, a do
máximo.
14
Pant = G × Piso
Pt Pant
Ps = G= Pt
4πr 2 Piso Pant = G ×
4πr 2
P max P max
RFC = RFC ∫ dB = 10 log
Po Po
Pr = Ps × Ae
Pt
Pr Pr = × Ae
Ae = 4πd 2
4πd 2
Onde:
• (4pid²): Área da superfície da frente de onda a uma distância d
• Pt: Potência transmitida
• Ps: Densidade de potência superficial(W/m²)
• Ae: Área efetiva da antena receptora
15
λ2
Aiso =
4π
Ae Ae 4π
G= → 2 = 2 × Ae
Aiso λ λ
4π
Em dBi:
4π
G = 10 log 2 × Ae
λ
Entende-se por antena linear aquela que possui a dimensão longitudinal muito
maior que a dimensão transversal. Sob o ponto de vista geométrico das antenas
podem apresentar formas cilíndricas, cônicas ou outras.
Se as dimensões das antenas do tipo linear possuem dimensões transversais
muito próximas de nulas, receberão a denominação de filamentais, possuindo uma
distribuição de corrente do tipo senoidal ao longo delas, e sendo um condutor
perfeito as correntes de RF estarão localizadas na superfície (Efeito pelicular)
d >> l = linear
d/l= 0 filamentar
16
λ
L≤ → Dipolo curto
10
λ
L= → Dipolo de ¼ de onda
4
λ
L= → Dipolo de ½ onda
2
L = λ → Dipolo de onda completa
Impedância
DIAGRAMAS DE IRRADIAÇÃO
Dipolo curto
Dipolo de ½ onda
18
Dipolo 5λ
LARGURA DE FEIXE
DIRETIVIDADE E GANHO
POLARIZAÇÃO
DIPOLO DOBRADO
P P
Za `= =
(Ia 2 )2
Ia 2
4
P
4 Za `= ou Za `= 4 Za
I2
2πh
g ( h) = 2 sen × sen∆
λ
Er = Eo × g ( h)
Onde:
H ∆max ∆nulo
¼λ 90º 0º
½λ 30º 90º
1λ 15º e 48º 30º e 90º
2λ 8º e 22º 16º e 30º
LINHAS DE TRANSMISSÃO DE RF
L
Zo =
C
L= Indutância característica
C= Capacitância característica
• Bifilar
• Cabos coaxiais
LINHAS BIFILARES
276 2D
Zo = × log 10
ε d
ε = constante dielétrica
• se for ar ε = 1
• se for polietileno ε = 2.3 (2,25)
1
K=
ε
CABOS COAXIAIS
138 D
Zo = × log
ε d
26
DESENHO
V
Ze =
I
Se a L.T. tiver comprimento infinito, de tal modo que toda energia do gerador
seja consumida por ela, a impedância na entrada da mesma se definida como
impedância característica da mesma(Zo).
R + jWL
Zo =
G + jWC
L
Zo =
C
CONSTANTE DE ATENUAÇÃO(α)
A constante α(alfa) informa qual a perda que a L.T. insere por unidade de
comprimento e depende do valor da freqüência de operação de forma diretamente
proporcional. Indica por tanto qual é a perda de potência na L.T. que é dissipativa.
COEFICIENTE DE REFLEXÃO
ρ=|Zl-Zo|/Zl+ZoZ
Vi + Vr Vi + ρ × Vi
ROE = =
Vi − Vr Vi − ρ × Vi
1+ ρ
ROE =
1− ρ
Zl
ROE =
Zo
ROE − 1
ρ=
ROE + 1
COEFICIENTE DE POTÊNCIA
Pr
ρ2 =φ =
Pi
REFLEXÃO
A perda por retorno representa qual a razão entre Pr/Pi em decibel, ou seja,
qual é a parcela de Pr que retorna para o gerador. Assim temos:
28
Pr=10Log(φ)
Tipos de Antenas
Antena Dipolo
ondas recebidas no dipolo pela parte de trás, o que equivale a dizer que o lóbulo do
diagrama de irradiação neste sentido é diminuído. Desta forma cresce o valor da
relação frente-costa.
Na prática o comprimento do refletor é de aproximadamente 0,55 λ, portanto
possui um comportamento ligeiramente indutivo que permite sintonizar exatamente a
situação de reforço para uma distância ligeiramente inferior a λ/4, em torno de 0,2λ.
A impedância da antena, definida como a relação entre a tensão e a corrente
nos terminais do dipolo, varia, devido a corrente induzida pelo campo reirradiado
pelo refletor. Como essa corrente tem um valor próximo ao da existente no dipolo
isolado, a impedância resultante é cerca de metade da original, ou seja, 36 Ω
quando se usa o dipolo simples, 150 Ω no caso do dipolo dobrado e em torno de 300
Ω com o dipolo dobrado de dois condutores ou triplo.
A faixa passante do conjunto é inferior a do dipolo isolado, devido ao fato de
que a sintonia necessária no reforço dos campos é crítica, sendo rapidamente
desfeita quando se afasta da freqüência central de operação.
Este tipo de antena possui aplicação nas faixas de VHF e UHF. Vimos que o
emprego de um condutor com elemento parasita, usado como refletor, causa uma
elevação da diretividade e da relação frente-costa do sistema. É possível aprimorar
tal efeito, com um aumento na eficiência da reflexão, produzindo uma melhoria das
características anteriormente citadas do diagrama de irradiação, através do uso de
32
Como se pode observar, a superfície refletora não é contínua, mas desde que
o espaçamento entre as varetas que a constituem seja inferior a λ/10, a reflexão
ocorre para fins práticos, como se fosse numa superfície contínua. Isto traz também
outros benefícios como redução de resistência mecânica aos ventos além de permitir
uma consumação mais barata.
As características do refletor de canto são determinadas pelo ângulo α entre
as superfícies refletoras e as distância S do dipolo até o vértice de união das
superfícies refletoras.
Normalmente se usa como elemento irradiante o dipolo de ½ onda, sendo a
altura H das varetas não inferior a 0,6 λ e a largura L das superfícies refletoras igual
a duas vezes a distância S.
Assim: H ≥ 0,6 λ e L ≥ 2 S G ≤ 0,1 λ
Uma outra vantagem deste tipo de antena e a alta relação F/C (frente-costa) obtida ,
33
Antena Helicoidal
Antena Parabólica
A parábola é uma curva matemática que tem uma propriedade especial: todos
os raios incidentes paralelos ao eixo são refletidos para o mesmo ponto, chamado
foco da parábola. Portanto, uma corneta situada no foco recebe uma intensidade
significativa de sinal, tanto maior quanto maiores as dimensões do refletor.
O conjunto permite formar antenas com os maiores ganhos. Valores como 60
dB ou maiores são possíveis. Isso é fundamental para a recepção de sinais de
satélites, uma vez que as limitações do artefato impedem a transmissão com
potências altas.
Possuem uma alta diretividade o que nos leva a perceber que possui um alto
ganho. Uma antena receptora de satélites de 3 metros de diâmetro, por exemplo,
tem um ganho de 33dB, ou seja, ela "amplifica" (o mais correto seria falar concentra)
o sinal de chegada por volta de 2000 vezes.
Lembrando sempre que o ganho da antena parabólica é devido a sua
capacidade de concentração, em um único ponto, do sinal recebido.
Ela pode ser feita de diferentes materiais, por exemplo:
• tela de alumínio.
• fibra de vidro.
• alumínio.
LNA (Low Noise Amplifier - Amplificador de Baixo Ruído): Recebe o sinal recebido,
na faixa de 3,7 a 4,2 GHz (para banda C) e apenas o amplifica. O primeiro a ser
usado. Hoje em dia praticamente fora de uso para recepção doméstica.
LNBF tipo de LNB (amplificador conversor de baixo ruído) que é capaz de selecionar
a polarização dos canais recebidos através de uma variação na sua tensão de
alimentação, desta forma não é mais preciso o uso de um pólo-rotor (que causava
muitos problemas). Com 14 volts de alimentação sintonizaremos os canais de
polarização vertical e com 18 volts sintonizaremos os canais de polarização
horizontal. Existem LNBF mono-ponto e multiponto. Os mono-ponto funcionam como
indicado acima e só podem estar ligado com um receptor. Os multipontos podem
estar ligados com mais de um receptor, para isto é necessário que o sinal que vai
para os receptores seja dividido por um divisor que cubra a faixa de freqüências
entre 950 a 2050Mhz. A entrada do receptor também deve ser capaz de receber
toda esta faixa de freqüências. Em um LNBF multiponto os canais de uma
polarização são deslocados, através de um batimento com um oscilador local, para
uma faixa mais alta. Sendo assim de 950 MHz a 1450 MHz o receptor receberá os
canais de uma polarização e de 1550 a 2050 MHz ele receberá os canais de outra
polarização. Como teremos todos os canais, simultaneamente no cabo, podemos
ligar mais de um receptor. Este processo substituem, com eficiência, as chaves
coaxiais que são muito utilizadas em banda C que ainda trabalham com LNBs.
Quando desejávamos ligar uma mesma antena com dois receptores e assistir em
qualquer um deles canais de qualquer polarização, precisávamos de dois LNBs e
uma chave coaxial, além de uma corneta corrugada que permiti-se a instalação dos
dois LNBs. Os LNBFs estão se tornando muito comum.
O sinal recebido será convertido para 950 a 1450 Mhz e amplificado. Depois será
enviado ao receptor. Só dentro do RX é que teremos a FI de 70 Mhz.
O sinal recebido será convertido para 70 Mhz e amplificado, só depois sairá do lnc e
irá para o receptor.
7 -- TV.
O formato parabólico deste tipo de antena faz com que apenas os sinais que
vêm perpendiculares ao plano da antena se concentrem num ponto, chamado de
foco.
Os outros sinais, não perpendiculares ao plano da antena, não terão um
ponto de foco, não atrapalhando assim na recepção.