Você está na página 1de 51

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MARCUS VINÍCIUS DA SILVA DEBON

ANÁLISE DE VIBRAÇÕES EM VIGAS DE SEÇÃO VARIÁVEL UTILIZANDO


MÉTODOS NUMÉRICOS E SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS

CAXIAS DO SUL
2013
MARCUS VINÍCIUS DA SILVA DEBON

ANÁLISE DE VIBRAÇÕES EM VIGAS DE SEÇÃO VARIÁVEL UTILIZANDO


MÉTODOS NUMÉRICOS E SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado a


disciplina de Estágio II (MEC0258A), no curso
de Engenharia Mecânica da Universidade de
Caxias do Sul, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Mecânica. Área de concentração: Vibrações e
Modelos matemáticos.

Orientador: Prof. Ms. Paulo Roberto Linzmaier

Co-orientador: Prof. Dr. Oscar Alfredo Garcia de


Suarez

CAXIAS DO SUL
2013
MARCUS VINÍCIUS DA SILVA DEBON

ANÁLISE DE VIBRAÇÕES EM VIGAS DE SEÇÃO VARIÁVEL UTILIZANDO


MÉTODOS NUMÉRICOS E SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado a


disciplina de Estágio II (MEC0258A), no curso
de Engenharia Mecânica da Universidade de
Caxias do Sul, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Mecânica. Área de concentração: Vibrações e
Modelos matemáticos.

Aprovado em 22/11/2013.

Banca Examinadora

_______________________________________________
Prof. MS. Paulo Roberto Linzmaier
Universidade de Caxias do Sul - UCS

_______________________________________________
Prof. Dr. Oscar Alfredo Garcia de Suarez
Universidade de Caxias do Sul - UCS

_______________________________________________
Prof. Dr. Leandro Luis Corso
Universidade de Caxias do Sul - UCS
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar à de minha família e aos meus amigos pelo apoio, que foi
muito importante em todas as etapas de desenvolvimento deste trabalho.

Agradeço ao Professor Paulo Roberto Linzmaier pela dedicação durante as


orientações, por acreditar no meu potencial e por me guiar durante todo o andamento deste
trabalho.

Agradeço aos Professores Oscar Alfredo Garcia de Suarez e Leandro Luis Corso por
serem meus avaliadores e pelas valiosas dicas nas bancas.
RESUMO

Este trabalho desenvolve analiticamente a equação de vibração transversal de vigas para seção
transversal variável, utilizando-a posteriormente para a análise das freqüências naturais em
um corpo de prova engastado numa extremidade e livre na outra. A resolução da equação é
aproximada utilizando o método de diferenças finitas através de um programa desenvolvido
com o software MATLAB. Com os resultados obtidos numericamente, é feita uma
comparação com os números obtidos no software de elementos finitos ADINA.

Palavras Chave: Vibrações. Vigas. Diferenças Finitas. Matlab. Elementos Finitos.


ABSTRACT

This paper develops analytically the equation of transverse vibration of beams of variable
cross section, using it later to analyze the natural frequencies in a specimen clamped at one
end and free at the other. The resolution of the equation is approximated using the finite
difference method using a program developed in MATLAB software. With the results
obtained numerically, a comparison is made with the figures obtained in finite element
software ADINA.

Keywords: Vibrations. Beams. Finite Differences. Matlab. Finite Elements.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Barra elástica: diagrama de corpo livre. .................................................................. 14


Figura 2 - Pedaço defletido em uma viga sob flexão. .............................................................. 15
Figura 3 - Transferência de calor em viga engastada. .............................................................. 26
Figura 4 - Método das diferenças finitas .................................................................................. 27
Figura 5 - Corpo de prova......................................................................................................... 32
Figura 6 - Aplicando modos de vibração. ................................................................................ 39
Figura 7 - Corpo de prova deformado. ..................................................................................... 40
Figura 8 - Freqüências naturais para viga de seção constante. ................................................. 42
Figura 9 - Modo de vibração característico. ............................................................................. 43
Figura 10 - Gráfico de resultados do ADINA - pescoço a 25mm. ........................................... 43
Figura 11 - Gráfico de resultados do ADINA - pescoço a 75mm. ........................................... 44
Figura 12 - Gráfico de resultados do ADINA - pescoço a 125mm. ......................................... 44
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Condições de contorno para Vibração longitudinal em hastes................................ 17


Tabela 2 - Condições de contorno para vibração lateral de vigas. ........................................... 18
Tabela 3 - Operador L(w). ........................................................................................................ 20
Tabela 4 - Freqüências naturais e modos de vibração para vibração lateral de vigas. ............. 24
Tabela 5 - Freqüências naturais para viga com seção constante. ............................................. 41
Tabela 6 - Freqüências naturais para viga com pescoço a 25 mm. .......................................... 41
Tabela 7 - Freqüências naturais para viga com pescoço a 75 mm. .......................................... 42
Tabela 8 - Freqüências naturais para viga com pescoço a 125 mm. ........................................ 42
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SC Sistema Contínuo
MEF Método dos Elementos Finitos
EDO Equação Diferencial Ordinária
PVI Problema de Valor Inicial
PVC Problema de Valor de Contorno
EDP Equações Diferenciais Parciais
LISTA DE SÍMBOLOS

 Deslocamento axial
 Deslocamento lateral
⁄ Deformação axial
⁄ Deformação Lateral
⁄ Deformação Torsional
 Tensão axial
 Módulo de Young
Área da seção Transversal
Densidade mássica
Força
Momento da força cisalhante
Força de cisalhamento
 Força resultante no eixo y
 Momento polar de inércia
 Módulo de cisalhamento do material
 Instante
 Freqüência natural
 Massa
 Amortecimento
 Rigidez
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 12

1.2 OBJETIVOS........................................................................................................... 12

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 13

1.3 SISTEMAS CONTÍNUOS .................................................................................... 13

1.3.1 Vibração longitudinal de uma barra ou haste ................................................... 13

1.3.2 Vibração Transversal: A viga de Euler-Bernoulli ............................................ 15

1.3.3 Condições Iniciais e de Contorno........................................................................ 16

1.3.4 Modos de Vibração Natural: O problema do autovalor................................... 18

1.3.4.1 Operador de segunda ordem L ............................................................................... 21

1.3.4.2 Operador de quarta ordem L .................................................................................. 22

1.4 MÉTODOS NUMÉRICOS .................................................................................... 26

1.4.1 Problemas de valor de contorno ......................................................................... 26

1.4.1.1 Método das Diferenças Finitas ............................................................................... 27

1.4.1.2 Erro de Truncamento .............................................................................................. 28

1.4.1.3 Método das diferenças finitas para Equações Diferenciais Parciais (EDP). .......... 29

1.5 MÉTODOS ANALÍTICOS ................................................................................... 30

1.6 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS ............................................................. 30

DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 31

1.7 PROPOSTA DE TRABALHO .............................................................................. 31

1.8 EQUAÇÃO DE VIBRAÇÃO LATERAL ............................................................. 31

1.9 RESOLUÇÃO NUMÉRICA - MATLAB ............................................................. 32

1.9.1 Solução 1 - Freqüências naturais ........................................................................ 33

1.9.2 Solução 2 - Posições ao longo do tempo .............................................................. 37

1.10 RESOLUÇÃO COM SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS - ADINA ....... 39


RESULTADOS E CONCLUSÕES ....................................................................................... 41

1.11 RESULTADOS OBTIDOS - MATLAB ............................................................... 41

1.12 RESULTADOS OBTIDOS - ADINA ................................................................... 43

1.13 COMPARAÇÃO: SOLUÇÃO ANALÍTICA X SOLUÇÃO NUMÉRICA .......... 45

1.14 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 45

ANEXOS ................................................................................................................................. 47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 50


12

INTRODUÇÃO

No contexto atual, repetidas vezes os engenheiros mecânicos lidam com problemas ou


novas solicitações de projetos de vigas em diversas aplicações. Dada a empregabilidade destes
tipos de componentes mecânicos, recomenda-se fazer uma análise mais apurada e entender os
efeitos provocados pela vibração no material da viga.
Para mensurar de maneira mais confiável o efeito da vibração em sistemas contínuos,
pode-se desenvolver modelos matemáticos com a finalidade de auxiliar nas definições do
projeto sendo que estes modelos podem ser comparados com componentes criados em
software de elementos finitos. Andrew (1996, p. 405) comenta que o elemento estrutural mais
comum é a viga delgada. Estas vigas são sujeitas a vibrações longitudinais, torsionais e
laterais e existem métodos analíticos suficientes para sua análise e projeto. Se estas vigas não
forem muito complexas, na seção transversal, ao longo do comprimento ou em algumas
condições no mesmo, eixos de rotação movendo elementos elásticos em mecanismos,
estruturas de apoio, entre outros, podem ser modelados adequadamente como vigas.

1.1 JUSTIFICATIVA

Este trabalho tem como justificativa a análise aprofundada do comportamento de vigas


decorrente de possíveis variações na sua seção transversal. É comum componentes de
máquinas com entalhe, o qual influencia diretamente, dependendo da sua geometria, na
concentração de tensões, na mudança das propriedades de vibração da viga, e diferentes
valores de massa, inércia e freqüência.

1.2 OBJETIVOS

Desenvolver modelos teóricos para vibrações em vigas de seção transversal variável e


comparar com modelos computacionais desenvolvidos em software de elementos finitos. Para
atingir o objetivo geral foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:

a) Estudar algumas teorias de vibrações em e vigas;


b) Programar equações diferenciais e resolver numericamente;
c) Modelar por elementos finitos e comparar os resultados.
13

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo serão abordadas as principais teorias de vibrações em vigas como


também alguns métodos numéricos utilizados para cálculo de derivadas, em softwares de
cálculo numérico como o MATLAB.

1.3 SISTEMAS CONTÍNUOS

Conforme Rao (2008), nos sistemas contínuos (SC) ou sistemas distribuídos, não é
possível identificar massas, amortecedores ou molas discretos. Então, deve-se considerar a
distribuição contínua destes três atributos e supor que cada um do número infinito de pontos
do SC também é considerado um sistema com infinitos graus de liberdade.

1.3.1 Vibração longitudinal de uma barra ou haste

Considere uma barra elástica de comprimento l com área de seção transversal variável
A(x), como mostra a Figura 1. As forças que agem sobre as seções transversais de um
pequeno elemento da barra são dadas por P e +  , conforme equações (1) e (2).

=  =  (/) (1)

Onde σ é a tensão axial, E é o módulo de Young, u é o deslocamento axial e / é a


deformação axial. Se (, ) detonar a força externa por unidade de comprimento, o
somatório das forças na direção x dará a equação de movimento

"# $
( +  ) +  − =  "% # (2)

Onde ρ é a densidade de massa da barra. Usado a relação  = ( ⁄) e a


equação 1, a equação 2 de movimento para a vibração longitudinal forçada não amortecida de
uma barra não-uniforme, pode ser expressa conforme a equação (3).

" "$(&,%) "# $


' () ( + (, ) = () () "% # (, ) (3)
"& "&
14

Para uma barra uniforme, a equação (3) reduz-se a equação (4).

"# $ "# $
 (, ) + (, ) = (, ) (4)
"& # "% #

Figura 1 - Barra elástica: diagrama de corpo livre.

Fonte: RAO (2008).

A equação de vibração livre não amortecida pode ser obtida da equação (4) fazendo
 = 0, obtendo-se a equação (5) abaixo.

,# -
+ "# $
 ,.# (, ) = (, ) (5)
"% #

3
/01  = 24
15

1.3.2 Vibração Transversal: A viga de Euler-Bernoulli

Vigas são utilizadas como componentes estruturais em várias aplicações da engenharia


e um grande número de estudos sobre vibração transversal em vigas uniformes pode ser
encontrado (Gorman, 1975). A Figura 2 mostra um pedaço da viga com comprimento dx.
Conforme Beer e Johnston (1982), para deflexão lateral da viga 5(, ) são apresentadas as
equações (6) e (7):

"²
=  "&² (6)

"7(&.%)
(, ) = (7)
"&

Figura 2 - Pedaço defletido em uma viga sob flexão.

Fonte: DIMAROGONAS (1996).

Na direção y, a equação (8) da força resultante F será:

"9 "9
 = − ' + "& ( + = − "&  (8)
16

Derivando a equação (7) e usando (6) e (8), obtém-se a equação (9):

"# 7 :"# "# 


 = − "& #  = "& #
( "& # ) (9)

Portanto, admitindo a densidade da viga como µ, a equação (9) torna-se a equação


(10).

"# "#  "²


− "& # ' "& # ( = ; "%² (10)

Se as propriedades da viga são constantes ao longo do seu comprimento, reduz-se a


equação (10) na equação (11):

"<  = "# 
− "& < = > # "% # (11)

Onde  = (/μ)=/+

1.3.3 Condições Iniciais e de Contorno

A função (, ) fornece o descolamento ao longo da massa distribuída. No instante


 = 0, assim como para o sistema com um grau de liberdade, o deslocamento (equação 12) e a
velocidade (equação 13) são conhecidas. Neste tempo, eles são funções da coordenada x ao
longo da massa distribuída:

(, 0) = @ () (12)

"A
| = E@ () (13)
"% %CD

Complementando, em certos pontos ao longo de x, existem restrições ao movimento


chamadas de condições de contorno, sendo que as mais usuais estão listadas nas tabelas 1 e 2
abaixo.
17

Tabela 1 - Condições de contorno para Vibração longitudinal em hastes.


hastes

Fonte: Adaptado de DIMAROGONAS (1996).

quação (⁄) = ⁄  , pode-se


Usando a equação se compilar a tabela acima com as
condições de contorno usuais para vibração longitudinal de hastes.
18

Tabela 2 - Condições de contorno para vibração lateral de vigas.


vigas

Fonte: Adaptado de DIMAROGONAS (1996).


(19

1.3.4 Modos de Vibração


ibração Natural: O problema do autovalor

Conforme Dimarogonas (1996), sistemas com um grau de liberdade tem a propriedade


que qualquer distúrbio no equilíbrio do sistema resulta numa vibração com uma única
freqüência  , a qual não depende
depende da perturbação em si, mas apenas das propriedades m, c e k
do sistema. O movimento resultante é chamado de vibração natural.
Logo é natural que um SC apresente o mesmo comportamento. E assim coloca-se a
seguinte questão: Pode um SC submeter-se a uma vibração harmônica, ou seja, é possível que
cada ponto do sistema soffra uma vibração harmônica 5 = Acos  em qualquer valor de
freqüência ω ainda desconhecida?
desconhecida Claro que não espera-se que todos os valores de x possuam
a mesma amplitude A. Por
Por exemplo, para uma simples viga suportada, A é zero nas
19

extremidades da viga, e sabe-se intuitivamente que, em outros pontos, A assume, em geral,


valores finitos. É natural procurar por uma solução com A variando ou com = J().
Portanto, é necessário investigar a possibilidade do sistema submeter-se a vibração do tipo
5(, ) = J() cos . Esta expressão assumirá que todo ponto do sistema tem vibração
harmônica de freqüência angular ω e amplitude W(x). Para tornar esta investigação mais
geral, deve-se procurar por uma solução do tipo 5(, ) = J()K(), onde K() é uma
função do tempo.
Em Equações diferenciais parciais, isto é conhecido como método de Fourier de
separação de variáveis. Deve-se procurar funções que satisfação a equação diferencial (14).

= "²A
L() = >² (14)
"%²

Onde M() é o operador parcial diferencial linear ²⁄ + ou −  N⁄ N dependendo


do caso como na tabela 4. Deve-se denotar como L o operador parcial diferencial e L o
operador como na equação (15).

OPP O (RS)
M(J) = O
Q − O
(15)

Dependendo da ordem do operador L. Deve-se investigar a possibilidade de existir


soluções não triviais para a equação (14) na forma da equação (16) abaixo:

(, ) = J()K() (16)


20

Tabela 3 - Operador L(w).

Fonte: Adaptado de DIMAROGONAS (1996).

Observa-se na equação (17) que:


"²A
"%²
= J()K′′()

"²
"&²
= J PP ()K() (17)

"< 
"& <
= J (UV) ()K()

Portanto, a equação (14) fornece a (18):

= W XX
M(J) = > # (18)
W

Observa-se que o lado esquerdo esta equação é uma função apenas de x, enquanto a
parte direita está em função apenas de t. a função é satisfeita para qualquer valor de x e t
apenas se os dois lados forem iguais a uma constante. Admitindo como b essa constante
temos as equações (19) e (20).

M(J) = Y (19)
WPP
= ²Y (20)
W
21

Trabalhando a equação (20), chega-se na (21):

K PP −  + YK = 0 (21)

A qual possui a seguinte solução geral conforme a equação (22).

K = Z= 1 >√\% + Z+ 1 :>√\% (22)

Agora impõe-se a primeira restrição para b: Ele deve ser negativo, caso contrário a
função T tende ao infinito por  → ∞. Esta solução não é admissível e fisicamente impossível.
Logo Y = − ²⁄², onde ω é outra variável ainda desconhecida e obtém-se a equação (23).

K= = cos  + + sin  (23)

Onde A1, A2 e ω sendo variáveis ainda indeterminadas. A solução depende da forma


do operador L.

1.3.4.1 Operador de segunda ordem L

As equações (15) e (19) levam para o caso do operador de segunda ordem L resultando
na equação (24).

a +
J PP + ' > ( J = 0 (24)

E a solução geral da equação (24) e a (25).

a a
J() = b= cos >  + b+ sin >  (25)

Onde b= eb+ são ainda constantes indeterminadas.


22

As condições de contorno homogêneas em 5(, ) aplicadas em J()K(). Por


exemplo, 5(Q, ) = 0 implica que J(0)K() = 0. Devido ao fato de K() não ser nulo para
todos os valores de tempo, temos J(0) = 0. Entretanto, tem-se duas condições de contorno
em J(). Logo, obtém-se duas equações algébricas e homogêneas para b= eb+ . Por exemplo,
se J(0) = J(c) = 0, a partir da equação (25) chega-se na (26).

b= = 0 (26)
a a
b= cos c + b+ sin c = 0
> >

Concluí-se que b= = 0 e b+ sin(⁄ )c = 0. A segunda equação implica também que


b+ = 0 ou que sin(⁄)c = 0. b+ = 0 é inadmissível porque o interesse está em valores
diferentes de zero, logo tem-se, conforme as equações (27) e (28) que.

ad
sin =0 (27)
>

Isso é verdade apenas para:

e>
= d
(28)

Onde n é qualquer número inteiro positivo sendo esta a mesma equação para a corda
esticada, vibração longitudinal e torsional de hastes prismáticas que estão fixas em dois
pontos,  = 0 e  = c. A Tabela 4 define a velocidade do som c para cada caso. A equação
(27) é chamada equação característica e permite determinar ω que, devido à equação (23)
agora possui significado físico óbvio: é a freqüência natural da vibração.

1.3.4.2 Operador de quarta ordem L

Para vibrações laterais em vigas, obtém-se a equação (29) com (19).

a +
J (UV) − ' > ( J = 0 (29)
23

Onde ω é uma constante a ser determinada. A substituição J() = 1 & leva a solução
geral, sendo que cosh g = (1 h + 1 :h )/2, sinh g = (1 h − 1 :h )/2, na forma da equação (30):

J() = b= cosh & + b+ sinh & + bj cos & + bN sin & (30)

Onde  = (⁄)=/+ e b= , b+ , bj 1 bN são constantes indeterminadas. Tais valores serão


revelados pelas condições de contorno do problema. Para vibração lateral de uma viga
simples existem quatro condições de contorno. Estas Condições são homogêneas; ou seja, elas
não envolvem funções do tempo. Portanto, ao aplicar estas restrições na equação (30), como
resultado temos quatro equações algébricas e homogêneas para b= , b+ , bj 1 bN . A condição
para a existência de uma solução é que o coeficiente do determinante seja igual a zero. Assim
chega-se a uma equação para determinar o valor de ω, a equação da freqüência. Para uma viga
simples suportada, as condições de contorno são conforme (31):

Deslocamentos: 5(0) = 5(c) = 0 (31)


k²
Momentos de flexão: k&² = 0 lgmg  = 0 1  = c

Ao aplicar estas condições na equação (30) temos o sistema (32):

b= 0 bj 0 =0
C= cosh c b+ sinh c bj cos c bN sin c =0
b= 0 −bj 0 =0 (32)
b= ² cosh c b+ ² sinh c −bj ² cos c −bN ² sin c =0

O sistema apresenta uma solução apenas se respeitar a condição em (33):

1 0 1 0
cosh c sinh c cos c sin c
o o=0
1 0 −1 0
(33)
cosh c sinh c −cos c − sin c

Com a solução deste determinante chega-se a expressão (34):

sin c = 0 (34)
24

Portanto, a vibração natural em vigas será determinada a partir da solução da equação


(34), c = q0,, ou conforme a equação (35).

 = 0²q² ⁄c² , Q 0 = r1,


r 2, 3, … , ∞{ (35)

Para estes valores de  o sistema (32) tem solução. As constantes b= , b+ , bj 1 bN


podem ser determinadas sendo b= = b+ = bj = 0 e J torna-se na expressão
expres (36).

J = bN sin Q  =  ⁄ =⁄+ = 0q⁄c


e&
d
(36)

E como solução final, usando (23) e (36) tem-se em (37):

5,  = ∑t
C=r = bN   cos     + bN  sin  { sin
e&
d
(37)

As constantes  = bN  1 + bN  devem ser determinadas com as condições iniciais


do problema. As freqüências naturais e os modos de vibração lateral de vigas para condições
de contorno comuns estão tabuladas na tabela
ta 4 junto da equação de freqüência natural (38).

= 24w , x = cosh   Z sinh   b cos   | sin 


ud# 3v

(38)

Tabela 4 - Freqüências naturais e modos de vibração para vibração lateral de vigas.

Fonte: Adaptado de DIMAROGONAS (1996).


25

Tabela 4 - Continuação.

Fonte: Adaptado de DIMAROGONAS (1996).


26

1.4 MÉTODOS NUMÉRICOS

1.4.1 Problemas de valor de contorno

Uma solução específica pode ser determinada para uma equação diferencial se as
restrições do problema forem conhecidas. Uma EDO de primeira ordem pode ser resolvida se
uma restrição correspondente ao valor da variável dependente em um único ponto for
conhecida (condição inicial). Para resolver uma equação de n-ésima ordem, n restrições
devem ser consideradas. As restrições podem ser o valor da variável dependente (solução) e
suas derivadas em determinados valores da variável independente. Quando todas as restrições
são especificadas em um único valor da variável independente, o problema é chamado de
problema de valor inicial (PVI). Em muitos casos, no entanto, é necessário resolver equações
diferenciais de segunda ordem e de ordem superior que têm restrições especificadas em
valores diferentes da variável independente. Esses problemas são chamados de problemas de
valor de contorno (PVC). Suas restrições são freqüentemente especificadas nos pontos finais,
ou limites, do domínio da solução conforme a figura 3.

Figura 3 - Transferência de calor em viga engastada.

Fonte: Gilat (2008).


27

1.4.1.1 Método das Diferenças Finitas

Conforme Gilat (2008), no método das diferenças finitas as derivadas presentes na


equação diferencial são substituídas por aproximações usando diferenças finitas. Na figura 4
abaixo, o domínio da solução rg, Y{ é dividido em N subintervalos de mesma largura h, que
são definidos por }  1 pontos chamados de pontos de malha (em geral, subintervalos
podem ter larguras desiguais). A largura de cada subintervalo é portanto ℎ = Y – g/}. Os
pontos a e b são os pontos finais, e o restante dos pontos são os pontos internos. A equação
diferencial é então escrita em cada um dos pontos internos do domínio. Isso resulta em um
sistema de equações lineares algébricas quando a equação diferencial for linear, ou em um
sistema de equações não-lineares algébricas quando a equação diferencial for não-linear. A
solução do sistema é a solução numérica da equação diferencial.

Figura 4 - Método das diferenças finitas

Fonte: Gilat (2008).


28

Para uma função 5 dada nos pontos = , 5= , ..., U , 5U , ..., €= , 5€= , que são
igualmente espaçados por ℎ = U= − U lgmg ‚ = 1 … }, a aproximação das derivadas
primeira e segunda nos pontos internos usando diferenças finitas central é dada pela equação
(39):

=
k Rƒ„ :R „
k& +†
(39)

=
k² R „ :+R Rƒ„
k&² †²

O método de diferenças finitas também podem ser aplicado em PVCs com condições
de contorno mistas. Este caso envolve a prescrição de uma restrição envolvendo uma derivada
em um ou nos dois pontos finais do domínio da solução. Nesses problemas, o método de
diferenças finitas é usado para discretizar a EDO nos pontos internos (como nos PVCs de dois
pontos). Entretanto, o sistema de equações obtido não pode ser resolvido pelo fato de não se
conhecer a solução nos pontos finais (há mais equações que incógnitas). As equações
adicionais necessárias para a solução do problema são obtidas com a discretização das
condições de contorno usando diferenças finitas e com a incorporação das equações
resultantes nas equações algébricas escritas nos pontos internos.

1.4.1.2 Erro de Truncamento

A solução numérica calculada a partir da discretização por diferenças finitas é apenas


uma aproximação do valor verdadeiro da solução do problema nos pontos do domínio. O erro
obtido advém da substituição de derivadas por diferenças finitas, ou em última instância da
substituição da equação diferencial pela equação de diferenças. Este erro é definido por Erro
de Truncamento. Segundo Gilat (2008), a expansão de Taylor pode ser utilizada para deduzir
formulas de aproximação em diferenças finitas, as quais possuem o termo referente ao erro de
truncamento.
A fórmula de diferença finita central de primeira ordem pode ser deduzida usando três
termos na série de Taylor e um resíduo. No ponto U= em termos do valor da função e de
suas derivadas no ponto U é dado pela equação (x1):

U  1 = U    P U ℎ  ℎ²  ℎ³


‡ XX &R  ‡ XXX ‰„ 
+! j!
(x1)
29

onde ‹U é um valor de  entre U e U=. O valor da função no ponto U:= em termos do


valor da função e de suas derivadas no ponto U é dado conforme a equação (x2):

U − 1 = U  −  P U ℎ  ℎ² − ℎ³


‡ XX &R  ‡ XXX ‰# 
+! j!
(x2)

onde ‹+ é um valor de  entre U e U:= . Nas equações (x1) e (x2), o espaçamento dos
intervalos é igual, de forma que ℎ = U= − U = U − U:= . Subtraindo a equação (x2) da
equação (x1), obtém-se a solução (x3):

U  1 − U − 1 = 2 P U ℎ  ℎ³  ℎ³


‡ XXX ‰„  ‡ XXX ‰# 
j! j!
(x3)

Uma estimativa para a derivada primeira é obtida resolvendo-se a equação (x3) para
 P U  sem considerar os resíduos, o que introduz um erro de truncamento da ordem de ℎ²,
gerando a equação (x4):

 P U  =  /ℎ+ 
‡&Rƒ„ :‡&R „ 

(x4)

Nas fórmulas de diferença finita progressiva e regressiva, o erro de truncamento é da


ordem de ℎ, enquanto na aproximação por diferença central o erro de truncamento é da ordem
de ℎ². Isso indica que a aproximação por diferença central fornece uma aproximação mais
precisa para a derivada, que também pode ser melhor entendido analisando a figura 4.

1.4.1.3 Método das diferenças finitas para Equações Diferenciais Parciais (EDP).

Para uma análise das posições da viga com a variação do tempo é preciso utilizar uma
metodologia diferente visto que agora temos duas variáveis independentes sendo elas a
posição x e o tempo t. Logo, Conforme Chapra e Canale (2011), Uma equação envolvendo as
derivadas parciais de uma função desconhecida de duas ou mais variáveis independentes é
chamada equação diferencial parcial ou EDP. A equação (40) é um exemplo de EDP.

 "² = 0
"# $ "²$
"& #
(40)
30

Logo, utilizando o método das diferenças finitas, com uma equação de diferença
central para EDP de 2ª ordem para a equação (40), temos como resultado a equação (41):

 =0
‡$R „,Œ :+‡$R,Œ Ž‡$Rƒ„,Œ  ‡$R,Œ „ :+‡$R,Œ Ž‡$R,Œƒ„ 
†.# †
# (41)

1.5 MÉTODOS ANALÍTICOS

Conforme Arndt (2009), os métodos analíticos de solução de problemas de vibração


fornecem as soluções analíticas das equações do movimento. Porém, estas soluções são
possíveis apenas para geometrias e condições de contorno muito particulares. Já os problemas
reais de engenharia apresentam geometrias e condições de contorno mais complexas.
Entretanto, as soluções analíticas são muito importantes pois fornecem subsídios para um
conhecimento mais aprofundado do comportamento físico do fenômeno estudado, além de
permitir a verificação da eficiência e precisão dos métodos numéricos aproximados.
Mehmet, Metin e Vedat (2006) utilizaram métodos analíticos obtidos de três condições
de contorno iniciais com a viga apoiada, engastada e com extremidade livres, obtendo como
resultados que a não uniformidade nas seções transversais das vigas influenciam a freqüência
natural e os modos de vibração.

1.6 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

Conforme Arndt (2009), o Método dos Elementos Finitos (MEF) convencional,


também considerado como uma generalização do Método de Rayleigh-Ritz (PETYT, 1990), é
um método bem conhecido e poderoso na solução de problemas com qualquer geometria e
grau de complexidade. Porém, para atingir boa precisão em freqüências altas de vibração o
MEF geralmente exige um grande custo computacional. A análise de vibrações em estruturas
através do MEF é apresentada e discutida por Petyt (1990).
O MEF é bastante utilizado na análise de vibrações. Este fato é comprovado ao
observarem-se as revisões bibliográficas do MEF aplicado à análise de vibrações de vigas,
placas e outras estruturas entre os anos de 1994 e 1998 apresentadas por Mackerle (1990 e
2000). Recentemente um elemento Lagrangiano de 4 nós para análise de vibrações livres de
vigas curvas através do MEF foi apresentado por Yang, Sedaghati e Esmailzadeh (2008).
31

DESENVOLVIMENTO

1.7 PROPOSTA DE TRABALHO

A partir dos objetivos propostos, este trabalho irá seguir um procedimento que iniciará
com o desenvolvimento analítico da equação diferencial para vibração lateral em vigas de
seção transversal variável. Esta equação será estudada e aplicada a um problema característico
de uma viga de seção transversal redonda e variável em determinado comprimento, engastada
pela base, a qual é sujeita a modos de vibração.
O trabalho segue com a aplicação dos métodos matemáticos descritos para se fazer a
aproximação das derivadas presentes na equação de vibração lateral característica. Sendo
assim, um corpo de prova em comum será determinado para que sejam feitas ambas análises
no software de elementos finitos (ADINA) e no MATLAB. o Trabalho se encerra ao
encontrar os valores de freqüência natural para ambos os casos.

1.8 EQUAÇÃO DE VIBRAÇÃO LATERAL

Para fazer uma análise da vibração lateral em vigas de seção transversal variável foi
desenvolvida a equação diferencial característica (10). Admitiu-se o material da viga
constante ao longo do comprimento da viga, logo:

− "& # ' "& # ( =


"# "#  "²
& "%²

'& "& # (  =0
"# "#  "²
"& # & "%²

 "& '& "&   & ( =0


" " 
P "#  "²
"& # & "%²

 '& "& <  &  &  & ( =0


"< 
P P"  PP "  "² "²
"&  "&  "&² & "%²

 '& "& <  2&  & ( =0


"< P PP "  "² "²
"&  "&² & "%²

 '&  2&  & (=−


"<  P "  PP "² "²
"& < "&  "&² & "%²

& "& <  2&  & =−


"<  P " 
PP "² 4w. "²
"&  "&² 3 "%²
(42)

A partir deste ponto deve-se continuar a desenvolver analiticamente esta equação, ou


utilizar os métodos numéricos para aproximar as derivadas encontradas.
32

1.9 RESOLUÇÃO NUMÉRICA - MATLAB

Primeiramente foi desenvolvida a solução para encontrar as freqüências naturais e os


modos de vibração da viga para as determinadas variações da seção transversal. Logo após,
foi desenvolvida a solução para encontrar as posições dos pontos internos da viga com a
variação do tempo, utilizando método de diferenças finitas para EDPs.
Foi determinado um corpo de prova padrão conforme a figura 5 abaixo:

Figura 5 - Corpo de prova.

Fonte: O Autor (2013).


33

Logo, no intervalo ‘ ={20,30r, temos uma variação na seção transversal do modelo de


corpo de prova e isto irá afetar a equação (42). Para se ter uma análise mais completa do
problema, foi feito um estrangulamento do "pescoço" do corpo de prova e simular uma
possível propagação de trinca ao longo da seção transversal do corpo de prova.
Foi considerado como 15 mm o diâmetro inicial do "pescoço", ou seja 60% do
diâmetro externo até 10% do diâmetro externo, 2,5 mm. Este mesmo estrangulamento foi
feito em mais dois pontos no corpo de prova, sendo eles no comprimento de 75 mm e 125
mm. As outras dimensões do corpo de prova foram determinadas arbitrariamente.
Foi considerado o material como sendo aço carbono de propriedades: módulo de
Young  = 2,0711 g, coeficiente de Poisson para aços E = 0,29 e densidade =
7800 •/³.

1.9.1 Solução 1 - Freqüências naturais

Como a freqüência natural não depende do tempo e sim apenas das características do
material da viga, foi considerado apenas o lado esquerdo da equação de vibração lateral (42).
A equação (29) foi utilizada para adaptar a anterior, de modo que possa ser utilizada no
MATLAB ficando conforme a equação (43).

& <  2&   & − =0


"<  P "  PP "² a # 4w. O
"& "& "&² 3
+3v.
X
O XXX 3v.
XX
O XX
  − + J = 0
3v. O XXXX
4w. 4w. 4w.

& J PPPP  Y& J PPP  g& J PP − –J = 0

3v.
XX
+3v.
X
Q – = + , g = 4w ,Y = 1  = 4w
3v.
4w.
(43)
. .

Para chegar na solução utilizando o MATLAB, é necessário utilizar a função eig(x), a


qual retorna os autovalores de uma matriz principal. Aplicando as fórmulas de diferenças
finitas de diferença central para a derivada de 4º grau com 5 pontos, 3º grau com 4 pontos e 2º
com 3 pontos, e arranjando a equação (43) para que a mesma possa ser utilizada no
MATLAB, obteve-se a equação (44).
34

JU:+ − 4JU:=  6JU − 4JU=  JU+   −JU:+  2JU:= − 2JU=  JU+  


>R \R
†< +†

JU:= − 2JU  JU=  − –JU = 0


hR
†#

JU:+ ' − (  JU:= '  − (  JU ' − − –(  JU= ' − − (


>R \R +\R hR N>R ™>R +hR hR +\R N>R
†< +† +† †# †< †< †# †# +† †<

JU+ '†<R  +†R ( = 0


> \

U JU:+  ZU JU:=  bU − –JU  |U JU=  U JU+ = 0

Q = '†<R − +†R ( , Z = '+†R  †#R − ( , b = ' †<R − ( , | = '†#R − +†R − (1  =


> \ +\ h N>R ™> +hR h +\ N>R
†< †# †<

'  +†R (
>R \
†<
(44)

O domínio do problema foi dividido em partes iguais de tamanho h. A equação (44)


foi aplicada a cada um dos nós internos do domínio, ou seja, para os nós do intervalo ‚ =
r2, 0 − 1{.

‚=2 + JD  Z+ J=  b+ − –J+  |+ Jj  + JN = 0

‚=3 j J=  Zj J+  bj − –Jj  |j JN  j Jš = 0

‚=4 N J+  ZN Jj  bN − –JN  |N Jš  N J™ = 0

...

‚ =0−3 :j J:š  Z:j J:N  b:j − –J:j  |:j J:+  :j J:= = 0

‚ =0−2 :+ J:N  Z:+ J:j  b:+ − –J:+  |:+ J:=  :+ J = 0

‚ =0−1 := J:j  Z:= J:+  b:= − –J:=  |:= J  := J= = 0

Estas equações foram agrupadas numa matriz (n-2)x(n+2) (equação 45) de modo que
as colunas são representadas pelas variáveis JD , J= , … , J 1 J= , totalizando 0  2
variáveis e 0 − 2 equações.

Z+ b+ − – |+ + 0 … … 0

+
0 Zj bj − – |j j 0 … 0
œ j
Ÿ
œ … … … … … … … … … Ÿ
œ… … … … … … … … … Ÿ
œ… … … … … … … … … Ÿ
(45)

œ0 … 0 :+ Z:+ b:+ − – |:+ :+ 0 Ÿ


›0 … … 0 := Z:= b:= − – |:= := ž
35

O próximo passo dado foi aplicar as condições de contorno para o problema e assim
reduzir o número de variáveis para o mesmo número de equações geradas. Para o lado
esquerdo da viga, o qual está engastado, foi aplicado as condições:

0,  = 0 cQ•Q lgmg ‚ = 1, J= = 0 (46)

=0
"A
"&

Com a condição (46), foi aplicado a fórmula de diferença central de 1ª ordem na 2ª


equação acima no nó ‚ = 1, logo chegou-se na solução 47:

lgmg ‚ = 1, +† JU= − JU:= > J+ − JD = 0 cQ•Q JD = J+


= =

(47)

Para o lado direito, o qual é livre, foram aplicadas as condições abaixo.

=0
"# A
"& #

=0
" A
"& 

Foi aplicado no nó ‚ = 0 as fórmulas de diferenças finitas de diferença central para


EDOs de 2ª e 3ª ordem nas condições acima obtendo-se as soluções (48) e (49).

= 0 > †# J:= − 2J  J=  = 0 > J= = 2J − J:=


"# A =
"& #
(48)

= 0 > +† −J:+  2J:= − 2J=  J+  = 0


" A =
"& 

J+ = J:+  2J= − 2J:= (49)

Aplicou-se a equação (48) na (49) e foi obtida a solução (50).


J+ = J:+  2J= − 2J:=
J+ = J:+  22J − J:=  − 2J:=
J+ = J:+  4J − 4J:= (50)
36

As soluções (46), (47) e (48) foram utilizadas para adaptar as equações geradas nos
nós ‚ = 2, ‚ = 3 e ‚ = 0 − 1. Foi necessário gerar uma nova equação no nó ‚ = 0 e utilizar as
soluções (48) e (50) na mesma. Como resultado obteve-se as equações (51), (52), (53) e (54).

‚=2> + JD  Z+ J=  b+ − –J+  |+ Jj  + JN = 0


+ J+  b+ − –J+  |+ Jj  + JN = 0
b+  + − –J+  |+ Jj  + JN = 0 (51)

‚ = 3 > Aj J=  BJ+  Cj − –Jj  Dj JN  Ej Jš = 0


Bj J+  Cj − –Jj  Dj JN  j Jš = 0 (52)

‚ =0−1> := J:j  Z:= J:+  b:= − –J:=  |:= J  := J= = 0
:= J:j  Z:= J:+  b:= − –J:=  |:= J  := 2J − W¦:=  = 0
:= J:j  Z:= J:+  b:= − := − –J:=  2:=  |:= J = 0 (53)

‚=0>  J:+  Z J:=  b − –J  | J=   J+ = 0


 J:+  Z J:=  b − –J  | 2J − J:=    J:+  4J − 4J:=  = 0
    J:+  Z − | − 4 J:=  b  2|  4 − –J = 0 (54)

As equações (52), (53), (54) e (55) foram utilizadas para alterar a Matriz (46) de modo
que agora esta tornou-se uma matriz quadrada 0 − 10 − 1 e assim pôde-se executar a
função 1‚• no MATLAB para encontrar os autovalores para –.

  b+ − – |+ + … …

+
Bj bj − – |j Dj …
œ Ÿ
œ … … … … … Ÿ
œ … … … … … Ÿ (55)
œ … … … … … Ÿ
œ … := Z:= b:= − := − – 2:=  |:=  Ÿ
› … …      Z − | − 4  b  2|  4 − –ž

O Valor de – foi dado como sendo – = 0, pois assim ao aplicar a função 1‚• para a
matriz gerada, o resultado são duas matrizes contendo numa delas os autovalores e noutra os
autovetores.
37

rE1Qm1§ EgcQm1§{ = 1‚•gm‚‘

De posse dos autovalores, conforme a equação (43), foi aplicada a raiz quadrada nos
valores desta matriz para encontrar as freqüências naturais. Os autovetores fornecem os
modos de vibração da viga.

1.9.2 Solução 2 - Posições ao longo do tempo

Para solucionar o problema com a variação do tempo, deve-se tomar como ponto de
partida a equação (42) para aplicar o método de diferenças finitas para as EDPs. Selecionando
fórmulas de diferença central, formula-se uma solução conforme a equação (56).

& <  2&


 & =−
"<  P "  PP "² 4w. "²
"& "&  "&² 3 "%²

JU:+ − 4JU:=  6JU − 4JU=  JU+  > ómcg ‚1m10çg 10mgc 4ª Qm1
=
†<
−JU:+  2JU:= − 2JU=  JU+  > ómcg ‚1m10çg 10mgc 3ª Qm1
=
+†
JU:= − 2JU  JU=  > ómcg ‚1m10çg 10mgc 2ª Qm1
=
†#

v.
X
JU:+,« − 4JU:=,«  6JU,« − 4JU=,«  JU+,« Ž  −JU:+,«  2JU:=,« − 2JU=,« 
v.
†.< †.
v.
XX
JU+,«   JU:=,« − 2JU,«  JU=,« Ž = − JU,«:= − 2JU,«  JU,«= Ž
4w.
†.# 3†¬#

v.
X
+v.
X
v.
XX
+v.
XX
­ −  ® JU:+,« Ž  ­ −  # ® JU:=,« Ž  ­ −  ® JU,« Ž 
v. Nv. ™v. +4w.
†.< †. †. †.< †. †.< †.# 3†¬#
+v.
X
v.
XX
v.
X
­− −  ® JU=,« Ž  ­ †<  ® JU+,« Ž  JU,«:=  JU,«= Ž = 0
Nv. v. 4w.
†.< †. †.# . †. 3†¬#

& JU:+,« Ž  Z& JU:=,« Ž  b&  2&,% JU,« Ž  |& JU=,« Ž  JU+,« Ž 
&,% JU,«:=  JU,«= Ž = 0 (56)

O domínio do problema deve ser dividido em partes iguais sendo elas ℎ& para as
posições na viga e ℎ% para os intervalos de tempo, conforme já apresentado na equação (57).
A equação então é aplicada nos nós internos dos domínios, ou seja, em ‚ = r2, 0U − 1{ e em
¯ = °2, 0« − 1±.
38

Com as equações é gerada uma matriz de (0U − 10« − 1Ž incógnitas, devendo-se


então reduzir este número utilizando as condições de contorno do problema, sendo elas as
mesmas apresentadas no problema das freqüências naturais, observando o fato que por se
tratar de nós via duas coordenadas, uma mesma condição é aplicada a vários nós. Uma
posição inicial, ou seja, 5,  lgmg  = 0 também deve ser determinada.
Para o lado esquerdo da viga, o qual está engastado, são aplicadas as condições:

0,  = 0 cQ•Q lgmg Q§ 0ó§ r1,1; 1,2; … 1, 0« − 1 1 1, 0« { JU,« = 0

= 0 > glc‚áE1c lgmg ‚ = 1


"A
"&

Deve-se utilizar a fórmula de diferenças finitas de 1º grau e diferença central para


chegar a uma solução que possa ser aplicada nos nós iniciais e fictícios gerados ao aplicar a
equação 56, eliminando algumas variáveis iniciais.
Para o lado direito, o qual é livre, são aplicadas as condições abaixo.

=0> Q10Q c1Qm


"# A
"& #

= 0 > b‚§gcℎg10Q
" A
"& 

O mesmo deve ser feito com estas duas condições, porem serão eliminados os nós
posteriores ao domínio, que foram gerados com o uso da equação (56) nos pontos finais.
Um vetor Solução é gerado com o resultado das equações na matriz principal. Após o
sistema é resolvido e são encontradas as deflexões JU,« em função da posição e do tempo.
39

1.10 RESOLUÇÃO COM SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS - ADINA

Na análise em elementos finitos foi utilizado o software ADINA. O corpo de prova foi
gerado conforme as dimensões determinadas na figura 5. As propriedades do material foram
definidas conforme especificadas na resolução do MATLAB. Módulo de Young  = 2,07 ∗
10== g coeficiente de Poisson = 0,29 e a densidade do material = 7800 µ•/j. Para a
análise de elementos, foi gerada malha com média de 5 mm de distância entre os nós. O
sólido foi gerado por revolução com 16 elementos nos 360 graus. Na figura 6 foram aplicados
os modos de vibração para a viga.

Figura 6 - Aplicando modos de vibração.

Fonte: O Autor (2013).


40

A figura 7 apresenta a deformação a qual foi submetido o corpo de prova em um dos


modos de vibração anteriormente determinados com a freqüência obtida na análise. Observa-
se que o modo apresentado é o número 1, conforme indicação da seta na esquerda.

Figura 7 - Corpo de prova deformado.

Freqüência
em Hz.

Fonte: O Autor (2013).


41

RESULTADOS E CONCLUSÕES

1.11 RESULTADOS OBTIDOS - MATLAB

Para os cálculos no MATLAB, considerou-se um valor inicial de ℎ = 0,01 . A


Tabela 5 exibe os valores da freqüência natural para seção transversal constante. A variação
foi calculada com a diferença dos menores valores de freqüência pelos maiores. Quanto
menor este valor, mais preciso é o resultado, conforme mostra a variação em porcentagem do
valor da freqüência natural.

Tabela 5 - Freqüências naturais para viga com seção constante.

Fonte: O Autor(2013).

Nas Tabelas 6, 7 e 8, são exibidas as variações da freqüência natural para seção


transversal variável conforme foram as mudanças nos valores do diâmetro do pescoço e no
valor de h.

Tabela 6 - Freqüências naturais para viga com pescoço a 25 mm.

Fonte: O Autor(2013).
42

Tabela 7 - Freqüências naturais para viga com pescoço a 75 mm.

Fonte: O Autor(2013).

Tabela 8 - Freqüências naturais para viga com pescoço a 125 mm.

Fonte: O Autor(2013).

A Figura 8 a seguir compara as freqüências naturais obtidas para viga com seção
constante, e com os respectivos pescoços nos comprimentos estipulados para valores
determinados de h.

Figura 8 - Freqüências naturais para viga de seção constante.

Fonte: O Autor(2013).

A figura 9 mostra o primeiro modo de vibração para viga com pescoço a 125 mm,
pescoço com 2,5 mm e ℎ = 0,00025.
43

Figura 9 - Modo de vibração característico.

Fonte: O Autor(2013).

1.12 RESULTADOS OBTIDOS - ADINA

Os gráficos das figuras 10, 11 e 12 apresentam as variações do diâmetro do pescoço e


da freqüência que foram obtidos no ADINA. Observa-se que conforme a seção transversal
diminui, reduz também a freqüência obtida.

Figura 10 - Gráfico de resultados do ADINA - pescoço a 25mm.

Freqüência Natural x ØPescoço - a 25mm


4000,0
3500,0
Freqüência Natural (rad/s)

3000,0
2500,0
2000,0
1500,0
1000,0
500,0
0,0
15 13,75 12,5 11,25 10 8,75 7,5 6,25 5 3,75 2,5
Ø do Pescoço (mm)

Fonte: O Autor (2013).


44

Figura 11 - Gráfico de resultados do ADINA - pescoço a 75mm.

Freqüência Natural x ØPescoço - a 75 mm


5000,0
4500,0
Freqüência Natural (rad/s)

4000,0
3500,0
3000,0
2500,0
2000,0
1500,0
1000,0
500,0
0,0
15 13,75 12,5 11,25 10 8,75 7,5 6,25 5 3,75 2,5
Ø do Pescoço (mm)

Fonte: O Autor (2013).

Figura 12 - Gráfico de resultados do ADINA - pescoço a 125mm.

Freqüência Natural x ØPescoço - a 125


mm
6000,0
Freqüência Natural (rad/s)

5000,0

4000,0

3000,0

2000,0

1000,0

0,0
15 13,75 12,5 11,25 10 8,75 7,5 6,25 5 3,75 2,5
Ø do Pescoço (mm)

Fonte: O Autor (2013).


45

1.13 COMPARAÇÃO: SOLUÇÃO ANALÍTICA X SOLUÇÃO NUMÉRICA

Foi feita uma comparação rápida entre as freqüências naturais obtidas pelo cálculo
numérico via MATLAB e pela equação (38). Considerando a viga com seção transversal
constante, comprimento c = 0,15 ,  = 2,0711 g, = 7800 µ•/³,  = 1,9175 −
8 N e = 4,9087 − 4 ² e c² = 3,52 (Valor de c² obtido na Tabela 4 para o 1º modo
de vibração) temos:

(ud)# 3v
= 24w

(j,š+)# (+,D·3==)(=,¸=·š3:¹)
= 2 (·¹DD)(N,¸D¹·3:N)
(D,=š)²

 = 5037,122 mg/§

Resultados
Métodos Freqüência (rad/s)
Numérico 5031,322
Analítico 5037,122

1.14 CONCLUSÕES

Verificou-se por meio da análise no ADINA, que quanto mais próximo da base
engastada for o pescoço, menores são os valores das freqüências obtidas. Como foi dito
também, temos uma relação entre o diâmetro do pescoço com as freqüências naturais,
destacando o fato de quanto maior for o estrangulamento, menores serão os valores
encontrados. Isto pode ser utilizado para viabilizar estudos onde possam determinar a
localização de trincas em determinadas vigas com suas características e condições de
contorno.
Outro detalhe observado foi que dependendo da localização do pescoço, a freqüência
natural obtida foi maior que a encontrada para a viga com seção constante. Isso se deve ao
fato da quantidade de massa e de rigidez que interferem diretamente nos valores de freqüência
obtidos nos ensaios. Para a viga de pescoço a 25 mm, temos uma menor rigidez na base, logo
temos uma freqüência de valor mais baixo. Para a viga de pescoço a 125 mm, temos uma
46

rigidez equivalente na base, comparando com a viga de seção constante, mas no topo, devido
ao pescoço, temos menos massa, resultando num valor maior de freqüência natural.
Lembrando que a mesma depende das propriedades do material.

Este ponto se confirma ao analisar os gráficos das figuras 13, 14 e 15 obtidos a partir
do experimento feito no ADINA. Para o pescoço a 25 e 75 mm temos uma grande variação da
freqüência conforme o estrangulamento vai crescendo, alternando-se principalmente
parâmetro de rigidez mais próximo a base engastada das vigas, coisa que na viga de pescoço a
125 mm não acontece.
Concluiu-se também que quanto menor os valores de h na solução via MATLAB, mais
precisos ficam os resultados obtidos, os quais vão convergindo para um número final.
Outro ponto observado foi que para o método de diferenças finitas apresentou uma
precisão considerável para a viga com seção constante, pois o valor obtido para a 1ª
freqüência ficou muito próximo do valor calculado analiticamente utilizando a equação 38. O
mesmo não acontece com o resultado do ADINA, pois o objeto criado e aproximado no
software foi um corpo sólido para que fossem obtidas as variações na seção transversal e não
um elemento tipo viga.
47

ANEXOS

Programação MATLAB

%% Resolução do problema do estágio. Pescoço a 25mm d60.


% Método diferenças finitas + autovalores

clear all
clc

x0=0;
l=0.150; % Comprimento da viga em m
rb=0.0125; % Diâmetro maior da viga em m
fr=10*0.000625; % redução de raio
rp=0.005; % Raio do pescoço em m
xc=0.125; % Posição "x" centro
E=207000000000; % Coeficiente de Poisson em Pa = N/m²
ro=7800; % Massa específica em Kg/m³
L=0; % Lambda-Autovalores
h = 0.00025; % Valor de h
nh=l/h; % Número de divisões do domínio x
x=x0:h:l; % Vetor posições da viga
Npontos = length(x) ;

vces=((xc-0.005)*(nh/l)) % variável controle para vetores A, I e F


vcdr=((xc+0.005)*(nh/l)) % variável controle para vetores A, I e F

%% Determinando vetores do Raio, Área e Momento de Inércia

for i=1:1:nh+1
if i<=vces
r(i)=rb;
d1I(i)=0;
d2I(i)=0;
elseif i<vcdr
%r(i)=rb;
r(i)=((rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5*(-1)+rb-fr);
d1I(i)=(pi*(rb-fr-(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5)^3*((i/(nh/l))-
xc))*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5;
d2I(i)=(3*pi*(rb-fr-(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5)^2*((i/(nh/l))-
xc)^2)*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2) + (pi*(rb-fr-(rp^2-((i/(nh/l))-
xc)^2)^0.5)^3*((i/(nh/l))-xc)^2)*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^1.5 + (pi*(rb-
fr-(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5)^3)*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5;
else i>=vcdr;
r(i)=rb;
d1I(i)=0;
d2I(i)=0;
end
Ar(i) =pi*r(i)^2;
I(i) =(pi*r(i)^4)/4;
end
48

%% CRIANDO A MATRIZ PRINCIPAL

a = (E*d2I)./(ro*Ar) ;
b = 2*(E*d1I)./(ro*Ar) ;
c = (E* I)./(ro*Ar) ;

A = 0*(a/(h^2)) - 1*(b/(2*(h^3))) + 1*(c/(h^4)) ;


B = 1*(a/(h^2)) + 2*(b/(2*(h^3))) - 4*(c/(h^4)) ;
C = -2*(a/(h^2)) + 0*(b/(2*(h^3))) + 6*(c/(h^4)) ;
D = 1*(a/(h^2)) - 2*(b/(2*(h^3))) - 4*(c/(h^4)) ;
E = 0*(a/(h^2)) + 1*(b/(2*(h^3))) + 1*(c/(h^4)) ;

Npm = Npontos-1 ;
NP = Npontos ;

MATRIZ = zeros(Npm,Npm) ;

MATRIZ(1,1) = A(1,2)+C(1,2) ;
MATRIZ(1,2) = D(1,2) ;
MATRIZ(1,3) = E(1,2) ;

MATRIZ(2,1) = B(1,3) ;
MATRIZ(2,2) = C(1,3) ;
MATRIZ(2,3) = D(1,3) ;
MATRIZ(2,4) = E(1,3) ;

MATRIZ(Npm,Npm-2) = 1*A(1,NP)+ 0*B(1,NP)+0*C(1,NP)+0*D(1,NP)+1*E(1,NP) ;


MATRIZ(Npm,Npm-1) = 0*A(1,NP)+ 1*B(1,NP)+0*C(1,NP)-1*D(1,NP)-4*E(1,NP) ;
MATRIZ(Npm,Npm ) = 0*A(1,NP)+ 0*B(1,NP)+1*C(1,NP)+2*D(1,NP)+4*E(1,NP) ;

MATRIZ(Npm-1,Npm-3) = 1*A(1,NP-1)+ 0*B(1,NP-1)+0*C(1,NP-1)+0*D(1,NP-


1)+0*E(1,NP-1) ;
MATRIZ(Npm-1,Npm-2) = 0*A(1,NP-1)+ 1*B(1,NP-1)+0*C(1,NP-1)+0*D(1,NP-
1)+0*E(1,NP-1) ;
MATRIZ(Npm-1,Npm-1) = 0*A(1,NP-1)+ 0*B(1,NP-1)+1*C(1,NP-1)+0*D(1,NP-1)-
1*E(1,NP-1) ;
MATRIZ(Npm-1,Npm ) = 0*A(1,NP-1)+ 0*B(1,NP-1)+0*C(1,NP-1)+1*D(1,NP-
1)+2*E(1,NP-1) ;

for i=3:Npm-2
MATRIZ(i,i-2) = A(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i-1) = B(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i ) = C(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i+1) = D(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i+2) = E(1,i+1) ;
end

MATRIZ;
49

%% Determinação dos modos de vibração e freqüência natural

[vet val]=eig(MATRIZ) ;

vet ;
format long
val ;
valabs=abs(val);

w=valabs.^0.5 ;
freqnmax = max(max(w));
freqnmin = min(min(w));

freq = sqrt(valabs(Npm,Npm)) % resultado

modo(1,1) = 0 ;
modo(2:Npm+1,1) = vet(:,Npm)';

modo;
plot(x,modo);
xlabel('Posição x(m)'); ylabel('Deformação W(m)')
50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARNDT, Marcos. O método dos elementos finitos generalizados aplicado á análise de


vibrações livres de estruturas reticuladas. Universidade Federal do Paraná. 2009

BEER, F.P., JOHNSTON, W. Mechanics of Materials. New York. McGraw-Hill, Inc. 1982.

DIMAROGONAS, Andrew D. Vibration for Enginers. 2ª edição. New Jersey: Prentice Hall,
1996.

GORMAN, D.J. Free vibration an alysis of bems and shafts. New York. Wiley. 1975.

MACKERLE, J. Finite element vibration analysis of beams, plates and shells: a


bibliography (1994-1998). Shock and Vibration, v. 6, p. 97-109. 1999.

MACKERLE, J. Finite element vibration and dynamic response analysis of engineering


structures: a bibliography (1994-1998). Shock and Vibration, v. 7, p.39-56, 2000.

MEHMET, C. E., METIN, A., VEDAT, T. Vibration of a variable cross-section beam.


Department of Mechanical Engineering, Trakya University, 22030 Edirne, Turkey. 2006

PETYT, M. Introduction to finite element vibration analysis. Cambridge: Cambridge


University Press, 1990.

RAO, Singiresu S. Vibrações Mecânicas. 4ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

YANG, F.; SEDAGHATI, R.; ESMAILZADEH, E. Free in-plane vibration of general


curved beams using finite element method. Journal of Sound and Vibration, v. 318, p. 850-
867, 2008

GILAT, Amos, Métodos numéricos para engenheiros e cientistas / Amos Gilat, Vish
Subramaniam ; tradução Alberto Resende de Conti. - Porto Alegre : Bookman, 2008

CHAPRA, Steven C, Métodos numéricos para engenharia [recurso eletrônico] / Steven C.


Chapra, Raymond P. Canale; tradução técnica Helena Castro. - 5. ed. - Dados Eletrônicos -
Porto Alegre : AMGH, 2011.

Você também pode gostar