Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAXIAS DO SUL
2013
MARCUS VINÍCIUS DA SILVA DEBON
CAXIAS DO SUL
2013
MARCUS VINÍCIUS DA SILVA DEBON
Aprovado em 22/11/2013.
Banca Examinadora
_______________________________________________
Prof. MS. Paulo Roberto Linzmaier
Universidade de Caxias do Sul - UCS
_______________________________________________
Prof. Dr. Oscar Alfredo Garcia de Suarez
Universidade de Caxias do Sul - UCS
_______________________________________________
Prof. Dr. Leandro Luis Corso
Universidade de Caxias do Sul - UCS
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar à de minha família e aos meus amigos pelo apoio, que foi
muito importante em todas as etapas de desenvolvimento deste trabalho.
Agradeço aos Professores Oscar Alfredo Garcia de Suarez e Leandro Luis Corso por
serem meus avaliadores e pelas valiosas dicas nas bancas.
RESUMO
Este trabalho desenvolve analiticamente a equação de vibração transversal de vigas para seção
transversal variável, utilizando-a posteriormente para a análise das freqüências naturais em
um corpo de prova engastado numa extremidade e livre na outra. A resolução da equação é
aproximada utilizando o método de diferenças finitas através de um programa desenvolvido
com o software MATLAB. Com os resultados obtidos numericamente, é feita uma
comparação com os números obtidos no software de elementos finitos ADINA.
This paper develops analytically the equation of transverse vibration of beams of variable
cross section, using it later to analyze the natural frequencies in a specimen clamped at one
end and free at the other. The resolution of the equation is approximated using the finite
difference method using a program developed in MATLAB software. With the results
obtained numerically, a comparison is made with the figures obtained in finite element
software ADINA.
SC Sistema Contínuo
MEF Método dos Elementos Finitos
EDO Equação Diferencial Ordinária
PVI Problema de Valor Inicial
PVC Problema de Valor de Contorno
EDP Equações Diferenciais Parciais
LISTA DE SÍMBOLOS
Deslocamento axial
Deslocamento lateral
⁄ Deformação axial
⁄ Deformação Lateral
⁄ Deformação Torsional
Tensão axial
Módulo de Young
Área da seção Transversal
Densidade mássica
Força
Momento da força cisalhante
Força de cisalhamento
Força resultante no eixo y
Momento polar de inércia
Módulo de cisalhamento do material
Instante
Freqüência natural
Massa
Amortecimento
Rigidez
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS........................................................................................................... 12
1.4.1.3 Método das diferenças finitas para Equações Diferenciais Parciais (EDP). .......... 29
DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 31
ANEXOS ................................................................................................................................. 47
INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conforme Rao (2008), nos sistemas contínuos (SC) ou sistemas distribuídos, não é
possível identificar massas, amortecedores ou molas discretos. Então, deve-se considerar a
distribuição contínua destes três atributos e supor que cada um do número infinito de pontos
do SC também é considerado um sistema com infinitos graus de liberdade.
Considere uma barra elástica de comprimento l com área de seção transversal variável
A(x), como mostra a Figura 1. As forças que agem sobre as seções transversais de um
pequeno elemento da barra são dadas por P e + , conforme equações (1) e (2).
= = (/) (1)
"# $
( + ) + − = "% # (2)
"# $ "# $
(, ) + (, ) = (, ) (4)
"& # "% #
A equação de vibração livre não amortecida pode ser obtida da equação (4) fazendo
= 0, obtendo-se a equação (5) abaixo.
,# -
+ "# $
,.# (, ) = (, ) (5)
"% #
3
/01 = 24
15
"²
= "&² (6)
"7(&.%)
(, ) = (7)
"&
"9 "9
= − ' + "& ( + = − "& (8)
16
"< = "#
− "& < = > # "% # (11)
Onde = (/μ)=/+
"A
| = E@ () (13)
"% %CD
= "²A
L() = >² (14)
"%²
OPP O (RS)
M(J) = O
Q − O
(15)
"²
"&²
= J PP ()K() (17)
"<
"& <
= J (UV) ()K()
= W XX
M(J) = > # (18)
W
Observa-se que o lado esquerdo esta equação é uma função apenas de x, enquanto a
parte direita está em função apenas de t. a função é satisfeita para qualquer valor de x e t
apenas se os dois lados forem iguais a uma constante. Admitindo como b essa constante
temos as equações (19) e (20).
M(J) = Y (19)
WPP
= ²Y (20)
W
21
K PP − + YK = 0 (21)
Agora impõe-se a primeira restrição para b: Ele deve ser negativo, caso contrário a
função T tende ao infinito por → ∞. Esta solução não é admissível e fisicamente impossível.
Logo Y = − ²⁄², onde ω é outra variável ainda desconhecida e obtém-se a equação (23).
As equações (15) e (19) levam para o caso do operador de segunda ordem L resultando
na equação (24).
a +
J PP + ' > ( J = 0 (24)
a a
J() = b= cos > + b+ sin > (25)
b= = 0 (26)
a a
b= cos c + b+ sin c = 0
> >
ad
sin =0 (27)
>
e>
= d
(28)
Onde n é qualquer número inteiro positivo sendo esta a mesma equação para a corda
esticada, vibração longitudinal e torsional de hastes prismáticas que estão fixas em dois
pontos, = 0 e = c. A Tabela 4 define a velocidade do som c para cada caso. A equação
(27) é chamada equação característica e permite determinar ω que, devido à equação (23)
agora possui significado físico óbvio: é a freqüência natural da vibração.
a +
J (UV) − ' > ( J = 0 (29)
23
Onde ω é uma constante a ser determinada. A substituição J() = 1 & leva a solução
geral, sendo que cosh g = (1 h + 1 :h )/2, sinh g = (1 h − 1 :h )/2, na forma da equação (30):
J() = b= cosh & + b+ sinh & + bj cos & + bN sin & (30)
b= 0 bj 0 =0
C= cosh c b+ sinh c bj cos c bN sin c =0
b= 0 −bj 0 =0 (32)
b= ² cosh c b+ ² sinh c −bj ² cos c −bN ² sin c =0
1 0 1 0
cosh c sinh c cos c sin c
o o=0
1 0 −1 0
(33)
cosh c sinh c −cos c − sin c
sin c = 0 (34)
24
5, = ∑t
C=r = bN cos + bN sin { sin
e&
d
(37)
Tabela 4 - Continuação.
Uma solução específica pode ser determinada para uma equação diferencial se as
restrições do problema forem conhecidas. Uma EDO de primeira ordem pode ser resolvida se
uma restrição correspondente ao valor da variável dependente em um único ponto for
conhecida (condição inicial). Para resolver uma equação de n-ésima ordem, n restrições
devem ser consideradas. As restrições podem ser o valor da variável dependente (solução) e
suas derivadas em determinados valores da variável independente. Quando todas as restrições
são especificadas em um único valor da variável independente, o problema é chamado de
problema de valor inicial (PVI). Em muitos casos, no entanto, é necessário resolver equações
diferenciais de segunda ordem e de ordem superior que têm restrições especificadas em
valores diferentes da variável independente. Esses problemas são chamados de problemas de
valor de contorno (PVC). Suas restrições são freqüentemente especificadas nos pontos finais,
ou limites, do domínio da solução conforme a figura 3.
Para uma função 5 dada nos pontos = , 5= , ..., U , 5U , ..., = , 5= , que são
igualmente espaçados por ℎ = U= − U lgmg = 1 … }, a aproximação das derivadas
primeira e segunda nos pontos internos usando diferenças finitas central é dada pela equação
(39):
=
k R :R
k& +
(39)
=
k² R :+R R
k&² ²
O método de diferenças finitas também podem ser aplicado em PVCs com condições
de contorno mistas. Este caso envolve a prescrição de uma restrição envolvendo uma derivada
em um ou nos dois pontos finais do domínio da solução. Nesses problemas, o método de
diferenças finitas é usado para discretizar a EDO nos pontos internos (como nos PVCs de dois
pontos). Entretanto, o sistema de equações obtido não pode ser resolvido pelo fato de não se
conhecer a solução nos pontos finais (há mais equações que incógnitas). As equações
adicionais necessárias para a solução do problema são obtidas com a discretização das
condições de contorno usando diferenças finitas e com a incorporação das equações
resultantes nas equações algébricas escritas nos pontos internos.
onde + é um valor de entre U e U:= . Nas equações (x1) e (x2), o espaçamento dos
intervalos é igual, de forma que ℎ = U= − U = U − U:= . Subtraindo a equação (x2) da
equação (x1), obtém-se a solução (x3):
Uma estimativa para a derivada primeira é obtida resolvendo-se a equação (x3) para
P U sem considerar os resíduos, o que introduz um erro de truncamento da ordem de ℎ²,
gerando a equação (x4):
P U = /ℎ+
&R :&R
+
(x4)
1.4.1.3 Método das diferenças finitas para Equações Diferenciais Parciais (EDP).
Para uma análise das posições da viga com a variação do tempo é preciso utilizar uma
metodologia diferente visto que agora temos duas variáveis independentes sendo elas a
posição x e o tempo t. Logo, Conforme Chapra e Canale (2011), Uma equação envolvendo as
derivadas parciais de uma função desconhecida de duas ou mais variáveis independentes é
chamada equação diferencial parcial ou EDP. A equação (40) é um exemplo de EDP.
"² = 0
"# $ "²$
"& #
(40)
30
Logo, utilizando o método das diferenças finitas, com uma equação de diferença
central para EDP de 2ª ordem para a equação (40), temos como resultado a equação (41):
=0
$R , :+$R, $R, $R, :+$R, $R,
.#
# (41)
DESENVOLVIMENTO
A partir dos objetivos propostos, este trabalho irá seguir um procedimento que iniciará
com o desenvolvimento analítico da equação diferencial para vibração lateral em vigas de
seção transversal variável. Esta equação será estudada e aplicada a um problema característico
de uma viga de seção transversal redonda e variável em determinado comprimento, engastada
pela base, a qual é sujeita a modos de vibração.
O trabalho segue com a aplicação dos métodos matemáticos descritos para se fazer a
aproximação das derivadas presentes na equação de vibração lateral característica. Sendo
assim, um corpo de prova em comum será determinado para que sejam feitas ambas análises
no software de elementos finitos (ADINA) e no MATLAB. o Trabalho se encerra ao
encontrar os valores de freqüência natural para ambos os casos.
Para fazer uma análise da vibração lateral em vigas de seção transversal variável foi
desenvolvida a equação diferencial característica (10). Admitiu-se o material da viga
constante ao longo do comprimento da viga, logo:
'& "& # ( =0
"# "# "²
"& # & "%²
Como a freqüência natural não depende do tempo e sim apenas das características do
material da viga, foi considerado apenas o lado esquerdo da equação de vibração lateral (42).
A equação (29) foi utilizada para adaptar a anterior, de modo que possa ser utilizada no
MATLAB ficando conforme a equação (43).
3v.
XX
+3v.
X
Q = + , g = 4w ,Y = 1 = 4w
3v.
4w.
(43)
. .
' +R (
>R \
<
(44)
...
=0−3 :j J: Z:j J:N b:j − J:j |:j J:+ :j J:= = 0
=0−2 :+ J:N Z:+ J:j b:+ − J:+ |:+ J:= :+ J = 0
=0−1 := J:j Z:= J:+ b:= − J:= |:= J := J= = 0
Estas equações foram agrupadas numa matriz (n-2)x(n+2) (equação 45) de modo que
as colunas são representadas pelas variáveis JD , J= , … , J 1 J= , totalizando 0 2
variáveis e 0 − 2 equações.
Z+ b+ − |+ + 0 … … 0
+
0 Zj bj − |j j 0 … 0
j
… … … … … … … … …
… … … … … … … … …
… … … … … … … … …
(45)
O próximo passo dado foi aplicar as condições de contorno para o problema e assim
reduzir o número de variáveis para o mesmo número de equações geradas. Para o lado
esquerdo da viga, o qual está engastado, foi aplicado as condições:
=0
"A
"&
=0
"# A
"& #
=0
" A
"&
As soluções (46), (47) e (48) foram utilizadas para adaptar as equações geradas nos
nós = 2, = 3 e = 0 − 1. Foi necessário gerar uma nova equação no nó = 0 e utilizar as
soluções (48) e (50) na mesma. Como resultado obteve-se as equações (51), (52), (53) e (54).
=0−1> := J:j Z:= J:+ b:= − J:= |:= J := J= = 0
:= J:j Z:= J:+ b:= − J:= |:= J := 2J − W¦:= = 0
:= J:j Z:= J:+ b:= − := − J:= 2:= |:= J = 0 (53)
As equações (52), (53), (54) e (55) foram utilizadas para alterar a Matriz (46) de modo
que agora esta tornou-se uma matriz quadrada 0 − 10 − 1 e assim pôde-se executar a
função 1 no MATLAB para encontrar os autovalores para .
b+ − |+ + … …
+
Bj bj − |j Dj …
… … … … …
… … … … … (55)
… … … … …
… := Z:= b:= − := − 2:= |:=
… … Z − | − 4 b 2| 4 −
O Valor de foi dado como sendo = 0, pois assim ao aplicar a função 1 para a
matriz gerada, o resultado são duas matrizes contendo numa delas os autovalores e noutra os
autovetores.
37
De posse dos autovalores, conforme a equação (43), foi aplicada a raiz quadrada nos
valores desta matriz para encontrar as freqüências naturais. Os autovetores fornecem os
modos de vibração da viga.
Para solucionar o problema com a variação do tempo, deve-se tomar como ponto de
partida a equação (42) para aplicar o método de diferenças finitas para as EDPs. Selecionando
fórmulas de diferença central, formula-se uma solução conforme a equação (56).
JU:+ − 4JU:= 6JU − 4JU= JU+ > ómcg 1m10çg 10mgc 4ª Qm1
=
<
−JU:+ 2JU:= − 2JU= JU+ > ómcg 1m10çg 10mgc 3ª Qm1
=
+
JU:= − 2JU JU= > ómcg 1m10çg 10mgc 2ª Qm1
=
#
v.
X
JU:+,« − 4JU:=,« 6JU,« − 4JU=,« JU+,« −JU:+,« 2JU:=,« − 2JU=,«
v.
.< .
v.
XX
JU+,« JU:=,« − 2JU,« JU=,« = − JU,«:= − 2JU,« JU,«=
4w.
.# 3¬#
v.
X
+v.
X
v.
XX
+v.
XX
− ® JU:+,« − # ® JU:=,« − ® JU,«
v. Nv. v. +4w.
.< . . .< . .< .# 3¬#
+v.
X
v.
XX
v.
X
− − ® JU=,« < ® JU+,« JU,«:= JU,«= = 0
Nv. v. 4w.
.< . .# . . 3¬#
& JU:+,« Z& JU:=,« b& 2&,% JU,« |& JU=,« JU+,«
&,% JU,«:= JU,«= = 0 (56)
O domínio do problema deve ser dividido em partes iguais sendo elas ℎ& para as
posições na viga e ℎ% para os intervalos de tempo, conforme já apresentado na equação (57).
A equação então é aplicada nos nós internos dos domínios, ou seja, em = r2, 0U − 1{ e em
¯ = °2, 0« − 1±.
38
= 0 > b§gcℎg10Q
" A
"&
O mesmo deve ser feito com estas duas condições, porem serão eliminados os nós
posteriores ao domínio, que foram gerados com o uso da equação (56) nos pontos finais.
Um vetor Solução é gerado com o resultado das equações na matriz principal. Após o
sistema é resolvido e são encontradas as deflexões JU,« em função da posição e do tempo.
39
Na análise em elementos finitos foi utilizado o software ADINA. O corpo de prova foi
gerado conforme as dimensões determinadas na figura 5. As propriedades do material foram
definidas conforme especificadas na resolução do MATLAB. Módulo de Young = 2,07 ∗
10== g coeficiente de Poisson = 0,29 e a densidade do material = 7800 µ/j. Para a
análise de elementos, foi gerada malha com média de 5 mm de distância entre os nós. O
sólido foi gerado por revolução com 16 elementos nos 360 graus. Na figura 6 foram aplicados
os modos de vibração para a viga.
Freqüência
em Hz.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Fonte: O Autor(2013).
Fonte: O Autor(2013).
42
Fonte: O Autor(2013).
Fonte: O Autor(2013).
A Figura 8 a seguir compara as freqüências naturais obtidas para viga com seção
constante, e com os respectivos pescoços nos comprimentos estipulados para valores
determinados de h.
Fonte: O Autor(2013).
A figura 9 mostra o primeiro modo de vibração para viga com pescoço a 125 mm,
pescoço com 2,5 mm e ℎ = 0,00025.
43
Fonte: O Autor(2013).
3000,0
2500,0
2000,0
1500,0
1000,0
500,0
0,0
15 13,75 12,5 11,25 10 8,75 7,5 6,25 5 3,75 2,5
Ø do Pescoço (mm)
4000,0
3500,0
3000,0
2500,0
2000,0
1500,0
1000,0
500,0
0,0
15 13,75 12,5 11,25 10 8,75 7,5 6,25 5 3,75 2,5
Ø do Pescoço (mm)
5000,0
4000,0
3000,0
2000,0
1000,0
0,0
15 13,75 12,5 11,25 10 8,75 7,5 6,25 5 3,75 2,5
Ø do Pescoço (mm)
Foi feita uma comparação rápida entre as freqüências naturais obtidas pelo cálculo
numérico via MATLAB e pela equação (38). Considerando a viga com seção transversal
constante, comprimento c = 0,15 , = 2,0711 g, = 7800 µ/³, = 1,9175 −
8 N e = 4,9087 − 4 ² e c² = 3,52 (Valor de c² obtido na Tabela 4 para o 1º modo
de vibração) temos:
(ud)# 3v
= 24w
d²
(j,+)# (+,D·3==)(=,¸=·3:¹)
= 2 (·¹DD)(N,¸D¹·3:N)
(D,=)²
= 5037,122 mg/§
Resultados
Métodos Freqüência (rad/s)
Numérico 5031,322
Analítico 5037,122
1.14 CONCLUSÕES
Verificou-se por meio da análise no ADINA, que quanto mais próximo da base
engastada for o pescoço, menores são os valores das freqüências obtidas. Como foi dito
também, temos uma relação entre o diâmetro do pescoço com as freqüências naturais,
destacando o fato de quanto maior for o estrangulamento, menores serão os valores
encontrados. Isto pode ser utilizado para viabilizar estudos onde possam determinar a
localização de trincas em determinadas vigas com suas características e condições de
contorno.
Outro detalhe observado foi que dependendo da localização do pescoço, a freqüência
natural obtida foi maior que a encontrada para a viga com seção constante. Isso se deve ao
fato da quantidade de massa e de rigidez que interferem diretamente nos valores de freqüência
obtidos nos ensaios. Para a viga de pescoço a 25 mm, temos uma menor rigidez na base, logo
temos uma freqüência de valor mais baixo. Para a viga de pescoço a 125 mm, temos uma
46
rigidez equivalente na base, comparando com a viga de seção constante, mas no topo, devido
ao pescoço, temos menos massa, resultando num valor maior de freqüência natural.
Lembrando que a mesma depende das propriedades do material.
Este ponto se confirma ao analisar os gráficos das figuras 13, 14 e 15 obtidos a partir
do experimento feito no ADINA. Para o pescoço a 25 e 75 mm temos uma grande variação da
freqüência conforme o estrangulamento vai crescendo, alternando-se principalmente
parâmetro de rigidez mais próximo a base engastada das vigas, coisa que na viga de pescoço a
125 mm não acontece.
Concluiu-se também que quanto menor os valores de h na solução via MATLAB, mais
precisos ficam os resultados obtidos, os quais vão convergindo para um número final.
Outro ponto observado foi que para o método de diferenças finitas apresentou uma
precisão considerável para a viga com seção constante, pois o valor obtido para a 1ª
freqüência ficou muito próximo do valor calculado analiticamente utilizando a equação 38. O
mesmo não acontece com o resultado do ADINA, pois o objeto criado e aproximado no
software foi um corpo sólido para que fossem obtidas as variações na seção transversal e não
um elemento tipo viga.
47
ANEXOS
Programação MATLAB
clear all
clc
x0=0;
l=0.150; % Comprimento da viga em m
rb=0.0125; % Diâmetro maior da viga em m
fr=10*0.000625; % redução de raio
rp=0.005; % Raio do pescoço em m
xc=0.125; % Posição "x" centro
E=207000000000; % Coeficiente de Poisson em Pa = N/m²
ro=7800; % Massa específica em Kg/m³
L=0; % Lambda-Autovalores
h = 0.00025; % Valor de h
nh=l/h; % Número de divisões do domínio x
x=x0:h:l; % Vetor posições da viga
Npontos = length(x) ;
for i=1:1:nh+1
if i<=vces
r(i)=rb;
d1I(i)=0;
d2I(i)=0;
elseif i<vcdr
%r(i)=rb;
r(i)=((rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5*(-1)+rb-fr);
d1I(i)=(pi*(rb-fr-(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5)^3*((i/(nh/l))-
xc))*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5;
d2I(i)=(3*pi*(rb-fr-(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5)^2*((i/(nh/l))-
xc)^2)*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2) + (pi*(rb-fr-(rp^2-((i/(nh/l))-
xc)^2)^0.5)^3*((i/(nh/l))-xc)^2)*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^1.5 + (pi*(rb-
fr-(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5)^3)*(rp^2-((i/(nh/l))-xc)^2)^0.5;
else i>=vcdr;
r(i)=rb;
d1I(i)=0;
d2I(i)=0;
end
Ar(i) =pi*r(i)^2;
I(i) =(pi*r(i)^4)/4;
end
48
a = (E*d2I)./(ro*Ar) ;
b = 2*(E*d1I)./(ro*Ar) ;
c = (E* I)./(ro*Ar) ;
Npm = Npontos-1 ;
NP = Npontos ;
MATRIZ = zeros(Npm,Npm) ;
MATRIZ(1,1) = A(1,2)+C(1,2) ;
MATRIZ(1,2) = D(1,2) ;
MATRIZ(1,3) = E(1,2) ;
MATRIZ(2,1) = B(1,3) ;
MATRIZ(2,2) = C(1,3) ;
MATRIZ(2,3) = D(1,3) ;
MATRIZ(2,4) = E(1,3) ;
for i=3:Npm-2
MATRIZ(i,i-2) = A(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i-1) = B(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i ) = C(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i+1) = D(1,i+1) ;
MATRIZ(i,i+2) = E(1,i+1) ;
end
MATRIZ;
49
[vet val]=eig(MATRIZ) ;
vet ;
format long
val ;
valabs=abs(val);
w=valabs.^0.5 ;
freqnmax = max(max(w));
freqnmin = min(min(w));
modo(1,1) = 0 ;
modo(2:Npm+1,1) = vet(:,Npm)';
modo;
plot(x,modo);
xlabel('Posição x(m)'); ylabel('Deformação W(m)')
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEER, F.P., JOHNSTON, W. Mechanics of Materials. New York. McGraw-Hill, Inc. 1982.
DIMAROGONAS, Andrew D. Vibration for Enginers. 2ª edição. New Jersey: Prentice Hall,
1996.
GORMAN, D.J. Free vibration an alysis of bems and shafts. New York. Wiley. 1975.
RAO, Singiresu S. Vibrações Mecânicas. 4ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
GILAT, Amos, Métodos numéricos para engenheiros e cientistas / Amos Gilat, Vish
Subramaniam ; tradução Alberto Resende de Conti. - Porto Alegre : Bookman, 2008