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Menezes de Oliveira
A. A origem
José era o 11º filho de Jacó, mas se tornou o seu preferido por ser o
primeiro filho dele com Raquel. O amor de Jacó por Raquel era tão
grande, que ele trabalhou de graça para Labão, o pai dela, que o
trapaceou. Quando Jacó conheceu Raquel, que era sua prima, pediu sua
mão em casamento, mas Labão exigiu que ele trabalhasse por sete anos
sem salários, antes que pudesse se casar. Na noite do casamento, Labão
entregou sua filha Léia, e disse que se Jacó quisesse Raquel, teria que
trabalhar por mais sete anos, tarefa que foi cumprida por Jacó.
B. Os sonhos
Com dedicação, José conquistava seu pai, porém, tanto destaque
despertou a antipatia de seus irmãos, que se incomodavam com a
atenção que ele recebia. Após ter sonhado que estava no campo
amarrando feixes e os feixes amarrados por seus irmãos se curvavam
perante seu o dele, José incomodou novamente a seus irmãos. Em outro
sonho, José contou aos familiares que o sol, a lua e as estrelas se
curvavam diante dele, o que irritou não somente a seus irmãos, mas
também a seu pai, pois os sonhos de José transmitiam uma mensagem
de que ele seria o mais importante na família, algo inadmissível para um
caçula à época.
C. A rivalidade
Incomodados, os irmãos de José passaram a chamá-lo de sonhador e
tramaram sua morte, mas desistiram, e resolveram vendê-lo a um
mercador de escravos ismaelita, com quem cruzaram no caminho. Para
Jacó, levaram a túnica de José manchada de sangue, e falaram que ele
havia sido morto por um animal. Triste pelo acontecimento, Jacó
lamentou profundamente a perda de seu filho.
D. A cilada
No Egito, foi vendido para Potifar, que era oficial e capitão da guarda do
rei. Novamente, com esforço e dedicação, tornou-se administrador da
casa e dos demais escravos de Potifar e aprendeu o idioma egípcio.
Porém, a esposa de Potifar desejou seduzi-lo, mas diante da recusa de
José, ela passou a acusá-lo de tentativa de abuso, o que fez com que
José fosse preso.
E. A prisão
Enquanto esteve preso, José se relacionava com os demais presos, e fez
fama de intérprete de sonhos, ao mostrar o significado dos sonhos de
dois prisioneiros: o copeiro-chefe e o padeiro chefe do palácio real, que
estavam presos sob acusação de conspiração contra o rei.
F. O Governador
O Faraó, satisfeito com a interpretação de José, dá a ele um anel de seu
dedo e o nomeia Governador do Egito. Com a amizade construída com os
demais prisioneiros durante o período em que esteve na cadeia, José
aprendeu bastante sobre a política do país, e sabia da divisão existente
no Egito, que era separado como baixo Egito e alto Egito, tendo dois
governantes.
Ao saber sobre José, seu pai ofereceu sacrifícios a Deus e foi ao Egito
encontrá-lo. Ao se reencontrarem, José chorou abraçado a seu pai, que
sentia-se realizado por ter reencontrado se filho. Após o reencontro, José
deu à sua família uma propriedade em uma das melhores localizações do
Egito e lá trabalharam e viveram.
II. A história de José é uma peça fundamental na saga dos
patriarcas.
Gn 37.2,3: José era responsável por ajudar seus irmãos (Gade, Aser, Dã
e Naftali) a pastorearem os rebanhos de Jacó, seu pai; além de ser
responsável por prestar relatórios do procedimento deles, enquanto
trabalhavam.
Gn 41.1-36: Dois anos depois o faraó teve dois sonhos, que o deixaram
extremamente perturbado. O copeiro-chefe lembrou-se da habilidade de
José para interpretar sonhos. Este, por sua vez, decifrou os sonhos do
faraó e foi nomeado governador do Egito.
Deus também tem o mesmo alvo com os Seus filhos: Primeiramente, que
levemos muitas pessoas do nosso convívio a Jesus, preservando-os da
morte eterna. Em segundo lugar, que nossa vida santificada seja um
incentivo para a santificação de nossos irmãos, para que eles fiquem
guardados da miscigenação. Terceiro: que através de nossa vida frutífera
apressemos a Vinda de nosso Senhor Jesus.
Vamos olhar um pouco mais sobre José. Afinal, quem era ele? Seus
irmãos o consideravam como o menor e mais desprezado. Os versículos
2 e 4 de Gênesis 37 nos dizem que ele tinha 17 anos de idade e que era
pastor de gado e que os seus irmãos eram seus inimigos. Ele era
desprezado… esse é um dos pré-requisitos mais importantes para que o
Senhor possa Se revelar através da nossa vida! Ser humilde, desprezado,
um “João Ninguém”…! Teoricamente até sabemos isso, mas como é a
prática no nosso cotidiano?
José não era apenas o menor e mais desprezado, mas era também o
mais amado por seu pai. Mas por quê? “…porque era filho da sua velhice”
(Gn 37.3).O pai o amava especialmente por que ele era um dos seus
últimos filhos. Isso não nos lembra imediatamente das palavras: “Porém
muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros” (Mt 19.30)? –
Talvez você também tenha o desejo em seu coração, de ser amado pelo
Pai. Você anela por isso, mas você precisa reconhecer: tanto tempo eu o
enfrentei, tantos anos fui rebelde contra ele, somente depois de muito
tempo tornei-me um verdadeiro filho de Deus. Neste caso, ouça essa feliz
mensagem: Você pode se tornar em um amado pelo Pai, assim como
José o foi!
Encontramos quatro razões pelas quais José era o amado de seu pai. A
primeira razão é de natureza profética (nem Jacó e nem José sabiam
disso): Deus havia escolhido José para revelar a Jesus Cristo através de
sua vida. Assim, em Jesus Cristo – que ainda não havia vindo ao mundo
– José já era o amado do Pai. Você também pode ser assim, pois está
escrito: “…pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Ef 1.6 –
ACF). Portanto, quem vem a Jesus, quem O aceita como seu Salvador,
esse é um amado aos olhos de Deus, através do Amado, o Filho!
A segunda razão – olhando superficialmente – não possui beleza
alguma. Mas observando mais atentamente, trata-se de uma maravilhosa
ação do Espírito Santo: José, ao contrário dos seus irmãos, procurava a
comunhão com o pai de um modo especial. Ele tinha o forte desejo de
estar com o seu pai. A Bíblia relata: “e José trazia más notícias deles (dos
irmãos) a seu pai”. Sempre que ele ouvia algo ruim, ele contava
imediatamente ao seu pai. Por isso passou a ser odiado pelos seus
irmãos. Com isso vemos que José era “um com o pai”, ele tinha uma
comunhão íntima com ele, pois o amava.
Outra razão: Porque José era o único que usava de franqueza com o seu
pai. Ele lhe falava de tudo, não somente sobre o que seus irmãos faziam,
mas também de si mesmo. Falava-lhe de seus sonhos – nada agradáveis
para Jacó – pois neles o pai era retratado como o Sol, que se curvava
diante de José. Era como uma criança, sincera e verdadeira.
Observamos que José estava ligado ao seu pai através de quatro laços,
quatro cordas de amor. Analisemos mais de perto, o seu significado
prático.
A primeira corda: o Filho Jesus Cristo. É Jesus Cristo que nos liga
intimamente com o Eterno Deus. A Salvação é o grande milagre. Nos
corações de todas as pessoas brota a pergunta: “Como consigo chegar a
Deus?” Os seguidores de todas as religiões (Hinduísmo, Budismo,
Islamismo, etc.) estão à procura da maneira de se tornar um com o
inacessível e eterno Deus, mas não a encontram. Há somente uma
possibilidade – Jesus Cristo, que diz: “Eu sou o caminho” (Jo 14.6a).
Vimos, também, que José não apenas era o amado do pai, mas também
era a consciência de seus irmãos. Quando eles faziam algo errado na
presença de José, eles temiam. Quando José estava presente não
acontecia nada de que o pai não ficasse sabendo. Podemos extrair uma
maravilhosa verdade disso: tudo o que os irmãos faziam era como se o
fizessem na presença do pai, porque José estava presente. Era como se,
através de José, o pai viesse ao encontro deles, pois José e seu pai “eram
um”. Jesus nos diz: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Por isso Jesus era
a “consciência” para todas as pessoas que estavam com Ele. Em todos
os lugares em que Jesus andava, por causa de Sua santidade, era como
um espelho que revelava o pecado dessas pessoas. Esse é o segredo
para se tornar uma pessoa abençoada. Você serve de “consciência” para
sua vizinhança, seus filhos, seus colegas – não através de sermões e
palavras bíblicas, mas “sendo um” com o Senhor?
Exemplos:
a) José foi vendido como escravo; Deus o abençoou e ele foi promovido a
um cargo de confiança, na casa de um importante oficial do faraó e
capitão da guarda.
b) José foi falsamente acusado de estupro; Deus o abençoou e ele
conheceu pessoas muito influentes na prisão.
c) O Egito foi afligido por sete anos de seca; Deus utilizou esse tempo
para confirmar a habilidade que José tinha para lidar com dificuldades.
Tiago diz que devemos nos sentir alegres, quando temos de passar por
provações, pois estas cumprem o propósito que Deus tem de desenvolver
nosso caráter e fazer-nos amadurecer (Tg 1.2-4). Pedro diz que não
devemos ficar desapontados, quando somos afligidos por algum
sofrimento, pois é justamente por meio do sofrimento que a nossa fé é
provada (1Pe 4.12).
Por duas vezes, pelo menos, a vida de José foi drasticamente mudada
por força do ódio e da mentira de outras pessoas. Primeiro, aos
dezessete anos de idade, José foi atacado por seus irmãos e vendido
como escravo. Isso marcou radicalmente a sua história. Segundo, por
resistir às investidas da "mulher do chefe", José foi preso, acusado de
tentativa de estupro. Mais tarde, sabemos que a mão de Deus estava por
trás dessas duas conspirações. É evidente que o fato desses pecados
contribuírem com a vontade e o propósito de Deus, não isenta da culpa
aqueles que os provocaram. No entanto, é motivo suficiente para nos
livrar dos sentimentos de mágoa e ódio, que podem, muito facilmente,
serem abrigados em nosso coração (Ef 4.31; Hb 12.15).
Por duas vezes José reconheceu que essa confiança era uma razão
mais que suficiente para que ele perdoasse seus irmãos (Gn 45.8; 50.20).
José sabia que as ações protetoras de Deus também visavam preservar a
vida daqueles que o traíram (Gn 45.7). Portanto, a sua atitude deveria ser
de cooperar com o propósito que Deus tinha de salvar e proteger seus
irmãos (Gn 50.21). Estas são apenas algumas, das inúmeras lições que
podemos aprender com o estudo da história desse personagem bíblico,
cuja biografia ocupa a terça parte do livro de Gênesis. José foi um
personagem tão importante e de caráter tão nobre, que a maioria dos
estudantes da Bíblia reconhecem em José e em sua missão muitos
paralelismos com a vida e a missão de Jesus. Por exemplo:
Todos os dias somos tentados como José. Talvez não com a mesma
modalidade de tentação, mas certamente com a mesma intensidade. O
inimigo não desiste de nos vencer. Constantemente inventa novos
métodos para nos derrubar. Fabrica tentações personalizadas com as
quais tenta nos tirar dos braços de Jesus.
Judá não tinha algo que abundava na vida de José: comunhão com Deus.
Na frase “O Senhor era com José” estão contidas as bases da força
espiritual dele. Estudo da Bíblia e oração. É somente assim que o Senhor
pode ser conosco. Não existe mágica para nos aproximarmos de Deus. É
caminhando com Ele cada dia, tendo momentos de íntima comunhão que
conseguiremos ter a força que estava em José. Deus quer nos dar as
vitórias que deu aos heróis da fé, porém há uma parte que cabe a nós.
Este é o momento de nos aproximarmos de Deus e sermos fortes em Seu
nome.
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