Você está na página 1de 33

1. Jacó habitou na terra de Canaã, onde seu pai tinha vivido como estrangeiro.

2.Esta é a história da família de Jacó: Quando José tinha dezessete anos,


pastoreava os rebanhos com os seus irmãos. Ajudava os filhos de Bila e os filhos
de Zilpa, mulheres de seu pai; e contava ao pai a má fama deles.

3.Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe
havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa.

4.Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer
outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente.

Gênesis 37:1-4
 No último estudo, analisamos a vida de Abraão e o seu
posicionamento diante do chamado de Deus para que ele
se tornasse o patriarca de um povo que proporcionaria as
condições físicas e espirituais para o surgimento do
Messias, aquele que traria a salvação.

 Hoje iremos tecer comentários sobre o mais importante dos


bisneto de Abraão, José, que acabou por se tornar o
governador de todo o Egito, obedecendo apenas às ordens
do faraó. Nessa perspectiva, iremos estudar como ele
conseguiu essa proeza e como Deus o abençoou em todas
as situações. A história dele mostra claramente como
podemos superar qualquer adversidade.
 Quando José nasceu, Jacó, seu pai, ainda trabalhava para Labão, seu
sogro. Foi o primeiro filho de Raquel, a mulher a quem Jacó amava.
Sua mãe lhe deu esse nome, como expressão do seu desejo de ter
outro filho, desejo este realizado mais tarde, quando do nascimento
de Benjamim.
Raquel, a mãe de José teve a criança depois de anos de esterilidade
(Gênesis 30:22). Embora fora precedido por dez meios-irmãos, esse
filho foi muito esperado. José foi saudado por sua mãe Raquel como
um sinal da parte de Deus. Disse ela: “Tirou-me Deus a minha
vergonha.” Gênesis 30:23. Jacó tinha 91 anos quando José nasceu.
.
 Deus manda Jacó voltar à terra de seus pais. Atendendo as orientações de Deus, Jacó
partiu de Padã-Arã com toda a sua família, para voltar à terra de Canaã (Gênesis 31:17 e
18). Durante sua viagem de retorno à Canaã, Jacó morou em Sucote e depois em Siquém
(Gênesis 33:17-19). Mais tarde foi morar em Betel (Gênesis 35:1, 5 e 6). Em Betel o próprio
Deus anunciou ao idoso Jacó a mudança de seu nome, que passou a ser chamado de -
Israel: “aquele que luta com Deus” (Gênesis 35:10). Posteriormente, em caminho de Betel
para Efrate (Belém), morreu Raquel, mãe de José, ao dar à luz Benjamim (Gênesis 35:19).
Depois do relato de seu nascimento, José é mencionado pela primeira vez quando tinha 17
anos de idade (Gênesis 37:2). Nessa ocasião o jovem José pastoreava ovelhas em
companhia com os seus meios-irmãos Dã e Naftali, filhos que Jacó teve com Bila, serva de
Raquel e com Gade e Aser, filhos que Jacó teve com Zilpa, serva de Léia. Sendo mais moço
do que eles, José não participava da transgressão deles, mas conscienciosamente levava as
más notícias a respeito deles ao seu pai. As Sagradas Escrituras relatam que José recebera
carinho especial de seu entristecido pai, por ser filho da sua velhice (Gênesis 37:3).
Demonstrando indisfarçável favoritismo, seu pai Jacó deu-lhe uma comprida túnica
listrada que o destacava entre todos. Como resultado, José passou a ser odiado por seus
irmãos
 Uma das pré-figuras de Nosso Senhor mais eloqüentes que
encontramos no Antigo Testamento é José do Egito, que por sua
inocência suscitou a inveja de seus irmãos, que o venderam
como escravo, tal como Jesus foi vendido por seu apóstolo como
se fosse um criminoso.
 Sempre que alguém surge como a representação da Verdade
diante de quem abraçou as vias do pecado, ou os converte ou
cria neles um ódio mortal que levará até o extermínio desta
“santidade viva” que está diante de seus olhos, pois a presença
de um justo é o pior tormento para aquele que não tem a
consciência limpa.
 4. Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de
qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele
amigavelmente.

Gênesis 37:4

 José era odiado por seus irmãos. Tal sentimento os levou a


esconderem-no em uma cova, vendendo-o depois aos ismaelitas
como escravo. Tudo isso com rapidez, violência e forte
demonstração de ódio.
 O fato todos conhecemos, o que muitas vezes nós esquecemos é
que a razão principal do ódio dos irmãos de José era pelo fato de
ele ser inocente. Isto os incomodava e não lhes permitia dar
vazão a seus crimes enquanto houvesse aquela “barreira”.
 Foi precisamente isso que aconteceu com Nosso Senhor. Os
fariseus e os Mestres da Lei já não O suportavam mais, pois era
tão extraordinária e evidente sua santidade – Ele que é a
Santidade em substância – que ou eles o destruíam ou se
destruíam a si mesmos. “A sua presença nos incomoda”, diz o
salmista.
 Aqui temos algumas das características de semelhança entre José do
Egito e Nosso Senhor Jesus Cristo:

 “José foi acusado por um grande crime; Jesus foi acusado de blasfêmia;
 “José era o mais amado do Pai; de Jesus o Pai declarou ‘Este é meu Filho
amado’;
 “José predisse sua glória futura; Jesus predisse que o veriam sentado à direita
do Pai;
 “Os irmãos de José conspiram contra sua vida; Os fariseus e mestres da Lei
tramam a morte de Jesus;
 “José é vendido por 20 moedas; Jesus por 30;
 José é condenado por Potifar sem que ninguém o defenda; Jesus também
é condenado sem que ninguém tome sua defesa;
 “José sofre em silêncio; Jesus sofre todos os tormentos sem abrir a boca;
 “José entre dois criminosos prevê a morte de um e a elevação do outro;
Jesus crucificado entre dois ladrões prediz a um que estará no Paraíso e
o outro morre na impenitência;
 “José chega à glória depois do sofrimento; ‘É preciso que o Filho do
homem sofra para entrar em sua glória’;
 “José é feito o senhor da casa do faraó; Jesus é chefe de toda a Igreja e de
todas as criaturas.”
 Entretanto, José do Egito reconquistou a benquerença de seus
irmãos e não foi morto por eles. O que nos faz ver que a maldade
dos fariseus e Mestres da Lei que mataram Nosso Senhor era
muito maior do que a maldade dos irmãos de José. Mesmo
depois de Nosso Senhor ter ressuscitado, os fariseus fizeram de
tudo para que o fato ficasse oculto, pois não tinham se
convertido.
 Mas também, a salvação que Nosso Senhor trouxe a seus irmãos
é infinitamente maior e melhor do que a de José do Egito.
 4. Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de
qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele
amigavelmente.

Gênesis 37:4

 José era odiado por seus irmãos. Tal sentimento os levou a


esconderem-no em uma cova, vendendo-o depois aos ismaelitas
como escravo. Tudo isso com rapidez, violência e forte
demonstração de ódio.
 O que seus irmãos fizeram mudou radicalmente a vida de José,
repentinamente. A partir daquele dia, ele seria privado da
presença de seu pai, voltando a vê-lo somente depois de 20 anos.
José, porém, superou a rejeição familiar, perdoando seus irmãos
e reconhecendo como deus se utilizara daquela situação para
leva-lo a um posto de autoridade, a fim de salvar muitas vidas –
Gn. 50:20-21.
 20. Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou
em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos.
21. Por isso, não tenham medo. Eu sustentarei vocês e seus
filhos". E assim os tranqüilizou e lhes falou amavelmente.

Gênesis 50:20,21
 Algumas pessoas procuram justificar seus fracassos atuais pelo
que sofreram no contexto familiar. Outros fazem como José:
superam os traumas familiares e os utilizam como motivação
para vencer na vida. Se deixarmos os conflitos de família
impedirem o nosso progresso, veremos a passar sem que haja
frutificação. Não podemos mudar o passado, mas podemos
adotar uma nova postura hoje. Devemos perdoar os que nos
“aprisionaram” , e entender que Deus se utilizou daquelas
situações para nos fazer amadurecer e cumprir Seu plano em
nós.
 Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: "Vamos, deite-se
comigo! " Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela.

Gênesis 39:12

 José foi parar como escravo na casa de um homem egípcio
chamado Potifar. Lá, conheceu a esposa daquele homem que
passou a cobiça-lo. Após vários convites para que José se
deitasse com ela, num certo dia, ela mais agressiva e o agarrou
pelas vestes insistindo naquele propósito. Ele fugiu, mas foi
vítima da mentira daquela mulher que o acusou de tentar forçá-
la. Potifar o mandou para a prisão. Injustamente, José teve de
pagar por um crime que não cometera.
 Na prisão, porém, ele pôde ser útil ao carcereiro que confiou
tudo em suas mãos, incluindo todos os presos que se
encontravam debaixo de sua supervisão (Gn. 39:21-22), e a dois
outros prisioneiros cujos sonhos foram interpretados por José
(Gn. 40). Toda essa confiança depositada nele fazia parte do
propósito de Deus. José aprendeu a descansar nesse propósito, e,
assim, superou a indignação pela injustiça sofrida, deixando seus
cuidados nas mãos do Senhor.
 Talvez alguns aqui já tenham sofrido muitas injustiças. Elas nos
fazem realmente sofrer, podendo até mesmo revelar desejos de
vingança, acompanhados de amargura e de ódio. Mas os que são
do Senhor superarão a injustiça de forma diferente. Eles se
deixarão dominar pela tranquilidade que só o Senhor pode
oferecer e pela convicção de que nada acontece por acaso.
Mesmo a injustiça promovida pelo Inimigo poderá ser um
instrumento divino para nos conduzir ao triunfo. Se não
abrirmos brechas relacionadas a ódio, rancor, ou amargura,
veremos o livramento do Senhor. Seu propósito se cumprirá e
seremos abençoados.
 O chefe dos copeiros, porém, não se lembrou de José; ao
contrário, esqueceu-se dele.

Gênesis 40:23
 Depois de interpretar o sonho do copeiro-chefe, José tinha a
expectativa de que ele se lembrasse dele quando saísse da prisão.
Tal fato não aconteceu. Foram necessários mais dois anos
naquele lugar para que a causa de José subisse à memória do que
fora seu companheiro de prisão no passado. Durante esse tempo,
a Bíblia não declara como José viveu, o que pensou, o que sentiu
ou o que fez. Ela tão somente silencia, demonstrando ser, para
José, um tempo de espera, somente.
 O Salmo 40:1 diz:
 Coloquei toda minha esperança no Senhor; ele se inclinou para mim e
ouviu o meu grito de socorro.

Salmos 40:1

 Há ocasiões em que a única coisa a fazer é esperar, tão somente
esperar. José superou o esquecimento sofrido, esperando,
confiantemente, que Deus movesse as águas em seu favor no
tempo certo.
 Às vezes nos sentimos esquecidos pelas pessoas que poderiam
nos ajudar. É a promoção no trabalho que nunca vem, é a
resposta às orações que não chega, etc. Parece que Deus nos
esqueceu. No entanto, o Senhor nunca desvia seus olhos
daqueles que obedecem a seus mandamentos. Há, porém, um
tempo para todas as coisas. Enquanto isso, somos provados.
Precisamos aprender a esperar até que nossas atitudes e palavras
demonstrem a qualidade de nossa fé e da nossa relação com
Deus. Depois disso, recebermos o nosso galardão (prêmio,
glória, recompensa, honra).
 O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar
na casa do seu senhor egípcio.

Gênesis 39:2
 José teve de enfrentar muitas ocasiões de crise, como, por exemplo: a
saída brusca de sua casa, o trabalho como escravo na casa de Potifar e
os anos de prisão. Em tudo isso, porém, o Senhor estava com ele,
fazendo-o prosperar em todos os seus caminhos. José veio a ser o
governador sobre todo o Egito, estando abaixo somente do Faraó. No
entanto, bem antes disso acontecer, Deus estava presente sua vida,
ajudando-o a enfrentar cada nova situação. Na casa de Potifar, na
prisão ou no governo de uma nação, José foi próspero. Em tudo o que
punha sua mão prosperava. Essa era a consequência de uma vida
devotada a Deus, bem como a forma sobrenatural do Senhor lhe dizer
que estava com ele e que não o desampararia, até que Seu propósito
maior fosse estabelecido em sua vida. José superou os momentos de
crise através da presença divina que o fazia prosperar em todas as
coisas.
 Só conseguimos superar crises quando temos a certeza de que
não estamos sozinhos. Deus prometeu estar conosco todos os
dias até a consumação dos séculos (Mt. 28:20). Sua presença em
nós nos garantirá a prosperidade, mesmo em lugares áridos.
 Dá pra imaginar como seria fácil para ele sentir pena de si
mesmo, primeiro como servo de Pontifar, depois como
prisioneiro, concentrando-se nos defeitos dos irmãos, nos da
esposa de Potifar, nos defeitos do carcereiro da prisão? Mas José
era proativo. Ele lutava para ser. E dentro de pouco tempo ele se
tornava encarregado de administrar todos os bens dos locais em
que se encontrava, porque a confiança depositada nele era
imensa. Ele sempre trabalhava no círculo menor, no seu círculo
de influência, no âmbito do ser e não no do ter, e em pouco
tempo estava administrando a prisão e logo o Egito inteiro,
obedecendo apenas ao faraó.
 José foi um exemplo de superação porque a boa mão de Deus
sempre esteve agindo em seu favor.

 A questão que se impõe é como fazemos para que essa mão


protetora de Deus esteja também agindo em nosso favor?
 A reposta pode ser resumida nos seguintes pontos:

 1. devemos ser proativos. Não nos fazendo de vítima das


circunstâncias nem colocando a culpa nos outros;
 2. temos que focar somente naquilo que podemos mudar. Ou
seja, em nós mesmos, nas nossas convicções, nas fraquezas, nos
nossos pontos de melhoria. Se pensarmos que o problema está lá
fora ou nas outras pessoas, esta forma de pensar já é o problema.
Isso é trabalhar no nosso círculo de influência;
 3. devemos estudar diariamente a Bíblia;
 4. é necessário ter uma vida de oração, para haver um
relacionamento verdadeiro com Deus;
 5. temos que autossugestionar a mente sempre com palavras
positivas, falando sempre de cura, de provisão, de paz, de
alegria, contentamento etc.;
 6. devemos ler bons livros;
 7. temos de cuidar da nossa saúde física, mental e espiritual.

Você também pode gostar