Você está na página 1de 11

Lição 11: Os Planos de Deus nos Sonhos de

José | 2° Trimestre de 2023

VERDADE APLICADA
Não devemos compartilhar com qualquer pessoa as coisas que Deus tem revelado a
nosso respeito.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a diferença entre amor e afinidade.
Ensinar que a vida é determinada por Deus.
Conscientizar que José foi preservado por Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 37
Gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as
ovelhas com seus irmãos

José estava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres


de seu pai;

José trazia uma má fama de seus irmãos deles a seu pai.

LEITURAS COMPLEMENTARES
Gn 39.21-23 - Deus estava com José na prisão.
O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e
deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.
E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na
casa do cárcere, e ele ordenava tudo o que se fazia ali.
E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão
dele, porquanto o Senhor estava com ele, e tudo o que fazia o Senhor
prosperava.

TERÇA / Gn 42.21-24 Os irmãos de José reconhecem sua culpa.


Então disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso
irmão, pois vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós porém não
ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia.

E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o
menino; mas não ouvistes; e vedes aqui, o seu sangue também é requerido.

E eles não sabiam que José os entendia, porque havia intérprete entre eles.
E retirou-se deles e chorou. Depois tornou a eles, e falou-lhes, e tomou a
Simeão dentre eles, e amarrou-o perante os seus olhos.

QUARTA / Sl 105.7-21 Deus guardou o Seu pacto com os patriarcas.

QUINTA / Pv 4.23 Devemos guardar o nosso coração.


Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida.

SEXTA / Is 41.8-11 Deus cuida dos Seus filhos.


Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão,
meu amigo;

Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais


excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei.

Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu
Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.

Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram


contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão.
SÁBADO / At 7.9-10 Deus era com José.

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– José: amado e odiado.
2– Sonhos que parecem se tornar pesadelos
3– Preservado pela misericórdia
Conclusão

INTRODUÇÃO

Nesta lição que o turbulento contexto familiar de José não foi capaz
de:
Corrompê-lo
Destruí-lo e
Fazê-lo abandonar a fé no Deus Todo-Poderoso.

PONTO DE PARTIDA

Nossa vida é projetada por Deus.

1- JOSÉ: AMADO E ODIADO


Não devemos confundir o amor dos pais com o sentimento de
afinidade por certos filhos.

O amor tem a ver com a filiação.


A afinidade tem a ver com relacionamento.
1.1. O filho predileto.
O primogênito era geralmente o filho querido do pai, por ser a
expressão do seu vigor masculino.

Mas, no caso da família de Jacó, o pai amava mais a José, que


nasceu de Raquel, aquela que Jacó amou quando chegou a
Harã.

José era o primogênito de Raquel, quando Jacó já era mais


avançado em idade [Gn 37.3].

Esta predileção de Jacó por José lhe rendeu uma túnica


colorida de presente e o ódio mortal pela inveja de seus irmãos
[Gn 37.4].

A Bíblia está cheia de histórias de como a manifestação da


predileção de pais por seus filhos gera conflitos sérios entre os
irmãos.

Ainda que um pai ou mãe possa ter mais afinidade com


determinado filho, deve ter muita sabedoria para não passar a
ideia de que ama um mais que outro.

Algo desnecessário, mas que revela bem o coração humano em


sua necessidade de aceitação e como pode responder à
rejeição.

1.2. O irmão odiado.


Os escritores da Bíblia não registraram apenas os aspectos
pacíficos e positivos do contexto de vida daqueles que foram
escolhidos por Deus no desenvolvimento de Seu plano de
redenção.
Há, também, ódio, inveja, problemas no relacionamento
familiar, competição. Vemos que na família de Jacó, com a
chegada dos filhos de diferentes mulheres, a harmonia ficou
abalada [Gn 37.4].
O relacionamento tornou-se um barril de pólvora. Tudo o que
vinha de José agora era motivo de desprezo dos seus irmãos.
Não tinha necessariamente a ver com alguma provocação de
José.

Ser o preferido do pai já era motivo para o ódio que passou só a


aumentar dentro deles. José poderia até se perguntar: Por que
me tratam assim? Mas nada que ele pudesse fazer poderia
mudar isso. Sua existência é o próprio motivo do problema dos
seus irmãos.

1.3. Um sonho intimidador.

José teve um sonho que veio a piorar ainda mais a situação.


Imaturo para a vida e ingênuo em relação à maldade humana
[Gn 37.2,14], contou o que viu [Gn 37.5].

É possível que José, até este momento, não tivesse sabedoria


para discernir o que Deus estava revelando para ele nos sonhos.

Mas seus irmãos, sim. Já desconfiados sobre o futuro do clã,


deduziram com rapidez o que aqueles sonhos poderiam
significar.

No sonho os feixes de trigos dos seus irmãos se dobravam


diante do feixe de trigo de José, que estava em pé [Gn 37.7].
Não há como saber se os irmãos de José interpretavam o sonho
como sendo um desígnio de Deus.
É mais provável que pensassem ser um desejo de José ser o
líder da família. Esta revelação despretensiosa, porém,
intimidadora, gerou mais antagonismo ( RIVALIDADE ou
OPOSIÇÃO ) ainda.

EU ENSINEI QUE:
A simplicidade deve andar de mãos dadas com a sabedoria.

2- SONHOS QUE PARECEM SE TORNAR


PESADELOS
A infantilidade pode nos fazer determinar supersticiosamente a
vida por sonhos bons e maus. Mas, para quem crê em Deus, sabe
que a vida não é determinada por sonhos, mas por Deus.

2.1. O sonho de José: desejo pessoal ou revelação de


Deus?

É muito comum e popular ouvir pregadores falando de todas as


questões do sonho de José como se seus sonhos fossem desejos do
seu coração. Desejos de viver e realizar coisas. A narrativa do texto
bíblico não fala nem insinua nada disso. Pregadores chegam a usar
frases de efeito baseado nesta ideia, dizendo: “Não desistam dos
seus sonhos”.
Mas a verdade é que os sonhos de José não eram fruto de ambição
humana, mas, sim, revelação dos planos de Deus quanto ao futuro
da família.
E Jacó começa a considerar isso [Gn 37.9, 11]. Eram planos de Deus
que incluíam a vida de José e seus irmãos, que, conforme se
percebe, inicialmente fizeram da sua vida um inferno.

2.2. O medo da própria maldade. A preferência de Jacó por José


mudou a relação dos seus irmãos com ele.
Os dois sonhos que Deus concedeu a José e este contou aos seus
irmãos tornaram a relação odiosa, ciumenta e perigosa.
No seu segundo sonho, Deus está revelando que José alcançará
grande destaque em relação à sua família [Gn 37.9-11].
O problema não eram as ambições de José. Ele não as tinha. Mas as
ambições dos seus irmãos. Pessoas que possuem uma ambição
tóxica veem todo mundo como ameaça.
Olham a todos com desconfiança esperando delas o mal que são
capazes de fazer a outros. José estava experimentando oposição
como resultado do ódio por parte dos próprios irmãos.

2.3. A imprudência de demonstrar preferência entre


os filhos.

Jacó não consegue perceber como sua predileção explícita está


pondo em risco a vida do seu preferido. Não percebe o ódio dos
irmãos contra José e, por isso, o envia, sem saber, a uma
emboscada que pode lhe custar a vida [Gn 37.12-14].
Se Jacó tivesse neste caso a sensibilidade necessária, saberia que as
coisas não estavam nada bem na sua família. A aparente harmonia
externa não significa que tudo está bem. Todas as guerras exteriores
começam no interior do coração [Tg 4.1-2].
E os homens se tornaram muito bons em esconder o que sentem e
como são por dentro. Tanto que às vezes conseguem enganar até a
si mesmos.

EU ENSINEI QUE:
Os sonhos de José não eram ambições, aspirações e planos
pessoais. Eram planos de Deus que Ele resolveu revelar àquele
menino.

3- PRESERVADO PELA MISERICÓRDIA


O coração humano é um abismo escuro de pecado capaz de
esconder as maiores podridões da alma caída.

Quando nasce algum sinal de piedade, podemos ter certeza de que


Deus está por trás disso.

3.1. Homicídio premeditado.


José não precisou fazer nenhum tipo de provocação, de atitude
aversiva ou atos que prejudicassem os seus irmãos. A inveja e o ódio
dos seus irmãos já tornavam sua presença com vida insuportável
[Gn 37.18].
Os sonhos de José, e não mais a predileção de Jacó, eram o foco de
revolta agora [Gn 37.19].
Matando (JOSÉ) o sonhador, matariam seu sonho. Ou seja, estava
eliminando qualquer chance deste sonho maluco acontecer.
Mas é mais provável que estavam simplesmente cegos pela inveja.
Em seus corações José já estava morto. Então criam um plano [Gn
37.20].

3.2. A misericórdia salvadora.

Mesmo que a inveja pudesse também estar no coração de Rúben,


ele não estava disposto a levar isso ao ponto de matar o próprio
irmão [Gn 37.21].
Sua atitude de misericórdia preservou a vida de José. Rúben sabe
que, com Jacó, José estaria seguro [Gn 37.22].
Mas o que vemos neste parêntese não é simplesmente a
misericórdia de Rúben, irmão de José, mas de Deus em proteger-lhe
a vida.
Caso Deus deixasse o corrupto coração humano seguir seu plano, de
fato, as intenções malignas se concretizariam em ações de
destruição.

Portanto, ainda que Deus não vá livrá-lo de sofrimentos por causa


do que planeja para José, está decidido a preservar sua vida.

A fala limitadora de Rúben nos faz lembrar de Deus falando a


Satanás sobre Jó [Jó 1.12]. Sermos escolhidos para os propósitos de
Deus não significa que não sofreremos. Mas os limites do nosso
sofrimento são sempre determinados por Deus.

3.3. Um pai em luto.


Ao invés de matar José, o lançam numa cova, e, por sugestão de
Judá, o vendem a mercadores de Midiã que iam para o Egito [Gn
37.23-28].
Mas eles ainda precisariam responder a Jacó que fim teve José. Eles
não estão, porém, preocupados em magoar Jacó, seu pai. Estão
preocupados em não levar a culpa.

A inveja e o ódio eram mais poderosos do que o amor por seus pais.

Mas embora José esteja vivo, Jacó sofre seu luto de forma
inconsolada [Gn 37.31-36].
Uma túnica ensopada de sangue foi o objeto dilacerador do coração
de Jacó. Como a imaginação é poderosa. Quantas coisas horríveis
Jacó pensou sobre como poderia ter sofrido seu predileto.
Porém, Deus está conduzindo Seu plano na mais perfeita ordem e o
que agora é luto, se transformará em júbilo e gratidão.

EU ENSINEI QUE:
A maldade humana não é um acidente nem um deslize humano. É o
coração caído seguindo seu curso natural.

Somente pela misericórdia de Deus, este curso natural maligno é


sempre interrompido pela graça.

CONCLUSÃO

O estudo sobre a vida de José atesta a relevância de atentarmos


para ações que devemos adotar visando construir um ambiente
familiar saudável;
A necessidade de perseverarmos no cultivo dos valores bíblicos
mesmo num ambiente adverso;

E a confiança de que Deus é poderoso para levar adiante o Seu


perfeito e maravilhoso plano.

Você também pode gostar