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IGREJA PRESBITERIANA DE TAMBAÚ

ESBOÇO DE SERMÃO – IPT NOITE 19.08


(Sem. Kylven Guedes)

Introdução

Uma das histórias que mais me impactaram na história da igreja pós-


Reforma, foi sobre o avivamento dos pietistas morávios ocorrido no século
XVIII. A comunidade moraviana foi uma comunidade de cristãos fundada, na
Saxônia, pelo conde austríaco Nicolau von Zinzendorf, que se tornou uma fonte
de vida espiritual para igrejas e comunidades religiosas vizinhas.
A comunidade se tornou famosa pela sincera devoção a Cristo e por suas
obras missionárias pela Europa, Ásia, África, América do Norte e do Sul. Ela
tinha o nome de “Herrnhut” (“Abrigo do Senhor”), ficando conhecida como a
Irmandade Moraviana por ter recebido um grupo de cristãos piedosos
influenciados pela obra de John Huss, e que foram perseguidos e expulsos dos
seus lares na Morávia.
Só que a história de dois jovens morávios foi, sem dúvida, uma das mais
marcantes. Eles se venderam como escravos a um dono de uma ilha na
África...para salvar
A história de hoje, entretanto, é sobre alguém que foi vendido...

Leitura do Texto: Gênesis 50: 15-21


15 Vendo os irmãos de José que seu pai já era morto, disseram: É o caso de
José nos perseguir e nos retribuir certamente o mal todo que lhe fizemos.
16 Portanto, mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte,
dizendo:
17 Assim direis a José: Perdoa, pois, a transgressão de teus irmãos e o seu
pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, te rogamos que perdoes a
transgressão dos servos do Deus de teu pai. José chorou enquanto lhe falavam.
18 Depois, vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram:
Eis-nos aqui por teus servos.
19 Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus?
20 Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em
bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.
21 Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os
consolou e lhes falou ao coração.

Oração

Elucidação

Gênesis é o primeiro dos cinco livros da Lei do Senhor, o Pentateuco,


escrito por Moisés, por volta de 1400 a.C., sob inspiração de Deus, para a nação
de Israel durante a sua peregrinação do Egito para a terra prometida de Canaã.
Em Gênesis, encontramos o primeiro anúncio da obra redentora de Jesus
Cristo, também conhecido como o protoevangelho, quando Deus Pai promete
que o Descendente da mulher, Jesus, esmagaria a cabeça da serpente, Satanás
(Gn 3:15). A história da redenção do homem tem como pano de fundo a
história de Israel – e da vida de seus patriarcas Abraão, Isaque e Jacó - que foi a
nação escolhida por Deus para sacerdócio, isto é, para levar a salvação às
demais nações da terra.
O texto que nós lemos traz a história da reação dos filhos de Jacó diante de
sua morte, e apresenta-se em uma clara divisão de duas falas: a fala dos irmãos
de José, que, utilizando-se de meios impróprios, buscam apaziguar o coração
do seu irmão; e a fala de José, que reconhece o mal que os seus irmãos lhe
fizeram, reafirma o perdão dado a eles quando Jacó ainda era vivo, e conclui
que Deus havia transformado aquele mal em bem para cumprir o Seu bom
propósito.

Tema: O GOVERNO DE DEUS SOBRE AS INTENÇÕES HUMANAS

1º Tópico: DEUS GOVERNA SOBERANAMENTE CONTROLANDO A


MALDADE DOS HOMENS (15 – 18).

No versículo 15 lemos “vendo os irmãos de José que seu pai já era


morto, disseram: É o caso de José nos perseguir e nos retribuir certamente o
mal todo que lhe fizemos”. O narrador aqui nos revela que os irmãos de José
tinham consciência do mal causado ao seu irmão, e por isso temeram que ele,
aproveitando-se da ocasião da morte do seu pai Jacó, lhes retribuísse todo o mal
que o haviam feito. Mas, o texto mostra, nos versículos 16 a 18, que eles não se
arrependeram, apenas tentaram convencer José de não lhes fazer mal.
Quando nós relacionamos as expressões constantes nos versículos 15
“vendo os irmãos de José que” e 16 “portanto, mandaram dizer”, percebemos
claramente que os irmãos de José mentiram. A estratégia foi a mesma que eles
utilizaram quando da venda do seu irmão: se reuniram, discutiram, planejaram e
executaram um plano, lançando mão da mentira, para se livrarem de José, que
sofrera nas mãos deles, mas que agora tinha se tornado o homem mais
poderoso do império egípcio. E o plano era este: resolveram dizer a José que o
seu pai Jacó, antes de morrer, tinha deixado uma mensagem para ele, e a
mensagem seria esta que foi transcrita no versículo 17: “Perdoa, pois, José, a
transgressão de teus irmãos e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora,
pois, te rogamos que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai”.
Qual foi a reação de José? “José chorou enquanto lhe falavam” (17). E por
que ele chora? Será que José acreditou neles? Será que ele era inocente e não
sabia de nada? Provavelmente não. José sabia que se Jacó quisesse, teria lhe
dito aquelas palavras em outras oportunidades, inclusive quando foi receber a
bênção profética do seu pai, que já estava muito velho e reconhecia a
proximidade dos dias de sua morte (Gn 48-49). José então, chora,
provavelmente por dois motivos: porque percebe que o coração dos seus
irmãos continua cheio de corrupção e maldade; e chora, conforme comentou
Warren Wiersbe, porque “ficou profundamente magoado pelo fato de seus
irmãos não acreditarem em suas palavras e de não aceitarem seus gestos de
bondade como demonstrações sinceras de seu amor e perdão”. No versículo
18, vemos que os irmãos se apresentam a José, diz o texto “depois, vieram
também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por
teus servos”. Eles se oferecem por seus servos, na tentativa de comprar, pelo
trabalho, o seu perdão, negando-se a aceitarem um perdão gratuito da parte
de José. Mas, José reafirma o perdão, entendendo que Deus controla
soberanamente a maldade dos homens para transforma-la em benefício para o
Seu povo.
Assim como José, seu pai Jacó também havia experimentado a
providência do Deus soberano. Todos nós lembramos de como Jacó sofreu
para casar com a mulher que amava. Primeiro teve de trabalhar por sete anos
para o seu futuro sogro. Depois foi enganado no dia do casamento, recebendo a
irmã Lia, em lugar de Raquel. Aceitou trabalhar por mais sete anos para Labão,
se recebesse Raquel ao fim daquela semana, durante a qual, segundo o costume
do povo semita, o noivo e a noiva eram tratados como reis, mas que, neste caso,
Jacó se sentiu mais como o bobo da corte, enquanto que Labão celebrava sua
esperteza. Mas, a história mostra que, diante de todo esse mal, o Senhor
esteve controlando cada etapa da vida de Jacó, inclusive as más ações de
Labão contra ele, para tratar o seu caráter, fazê-lo crescer na fé e submissão
ao Senhor, e torna-lo próspero. A nossa confissão de fé de Westminster, ao
tratar da doutrina da providência, nos diz que “Deus dirige todas as ações de
suas criaturas segundo suas respectivas propriedades e relações. Esse controle
providencial se estende a todas as suas criaturas e a todas as ações delas.” (V.
2º, 3º).
Deus exerce um controle providencial sobre a Sua criação. Mas, às vezes,
meus irmãos, é possível que nós cristãos tenhamos a falsa impressão de que
as coisas estão fora de controle, de que Deus não está intervindo em meio às
circunstâncias, que estamos entregues a nossa própria sorte. Muitas vezes, não
compreendemos o porquê de passarmos tantas aflições nesta vida. É preciso
entendermos que o mal que, muitas vezes, nos sobrevém, inclusive por parte
dos homens, é controlado pelo Senhor. Podemos e devemos confiar que, assim
como Deus abençoou graciosamente a vida de José, de Jacó, e de tantos
outros, fazendo com que tudo, na Sua soberana providência, cooperasse para o
bem deles, assim também acontece conosco hoje. O sofrimento, a dor, as
provações e até as frustrações desta vida não são meros produtos da maldade
humana, aos quais estamos sujeitos, mas, na verdade, se transformam em
poderosos instrumentos nas mãos de Deus para nos abençoar, para sermos
conforme a imagem do Seu Filho, Cristo Jesus, cumprindo em nós o Seu
propósito (Rm 8:28,29).
Deus, portanto, governa soberanamente controlando a maldade dos
homens.

2º Tópico: Deus governa soberanamente PRESERVANDO E SALVANDO


O SEU PODO (19, 21).

Vejamos que, nos versículos 19 e 20, José inicia a sua fala acalmando os
seus irmãos, ao dizer “Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós, na
verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para
fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida”. José consola
os seus irmãos, dizendo que não temessem, porque ele não poderia se colocar
no lugar de Deus (v. 19). Ele afirma isso por pelo menos duas razões. A
primeira delas é que apenas Deus poderia trazer juízo pelo pecado dos seus
irmãos. Em Dt 32:35, Deus diz “a mim me pertence a vingança, a retribuição,
a seu tempo”. A segunda razão é que José resolveu olhar para a sua história
não pela perspectiva humana, mas pela ótica de Deus. Comentando sobre
esse texto, Tremper Longman, em seu livro “Como ler Gênesis”, conclui que
“de uma perspectiva humana, a vida de José se parece com uma série de
golpes duros sem nenhum sentido. José, porém, entende que sua vida tem um
significado imenso”. Observemos que no versículo 20, José vê significado no
seu sofrimento, entendendo que um dos propósitos em Deus haver permitido
todo aquele mal em sua vida era o de salvar muitas pessoas da grande fome
que afetaria o mundo até então conhecido, tanto em Canaã, quanto no Egito.
Por isso, meus irmãos, no primeiro encontro de José com os seus irmãos no
Egito (45:5-7), ocasião em que Jacó ainda era vivo, ele já lhes tinha dado o
perdão e o consolo, reconhecendo que não foram os seus irmãos que o
levaram para o Egito, mas Deus é que o tinha enviado para ser o governador de
todo o império, com o propósito de preservar a vida humana.
Sidney Greidanus, comentando sobre este texto em seu livro “Pregando
Cristo a partir de Gênesis”, afirma que “na Sua providência, Deus usou as
intenções malignas deles [irmãos] para salvar muita gente (...) Conquanto dê
aos seres humanos a liberdade de agir, Deus está definitivamente no controle
dos resultados”. É maravilhoso saber que Deus preserva a Sua criação. Ele
derrama de Sua graça em favor até dos ímpios, não para salvação eterna, mas
para preservação da vida humana na Terra. O texto de Lc 6:32-36 ilustra bem o
que estamos tratando aqui, quando Jesus, ao falar do amor ao próximo, diz que
temos de ser “misericordiosos como o nosso Pai é misericordioso” (36), “pois
Ele é benigno até para com os ingratos e maus” (35). Nós também podemos
ver, pelo relato de Gn 39:5, a benignidade de Deus na vida de um homem
ímpio, de Potifar. Deus abençoou toda a sua casa depois que José passou a
morar nela, como escravo. De fato, a graça de Deus é derramada na Sua
criação, o que glorifica o Seu nome e traz bênçãos para todos os homens,
embora redima especialmente os eleitos.
Deus, meus queridos irmãos, é sempre bom e tem sempre um bom
propósito a cumprir na nossa vida. E mesmo que Ele permita que o mal recaia
sobre nós, certamente o tornará em bem, para cumprir a Sua vontade que é
sempre boa, perfeita e agradável (Rm 12:2). O que nos conforta é saber que
o Senhor tem sempre um bom propósito em meio ao mal. Precisamos pensar
que se Deus é benigno até com os ímpios, dando-lhes bênçãos, sustento,
saúde, derramando de Sua graça para preservação da vida humana na Terra,
quanto mais Ele será para conosco, que somos o Seu povo escolhido, filhos do
Seu amor, eleitos desde antes da fundação do mundo para sermos o Seu
rebanho e povo do Seu pastoreio? Precisamos descansar nEle, confiando que
tudo que acontece conosco cumpre o bom propósito da Sua vontade,
contribuindo para o nosso bem, e glorificando o nome do Senhor Jesus Cristo,
como aquele que governa soberanamente sobre todas as coisas.
Portanto, meus irmãos, Deus transforma o mal em bem controlando a maldade
dos homens, preservando a vida humana na Terra e...

No último versículo desta perícope que nós lemos (21), José novamente
conforta os seus irmãos, (leiamos) “Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós
outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração”. José
novamente diz para os seus irmãos não temerem, pois sustentaria a eles e aos
filhos deles. José consola mais uma vez o coração dos seus irmãos. Mas, dessa
vez, ele especifica o cuidado para com os da sua casa, para com o povo de
Canaã, a terra da promessa de Deus. José está sendo instrumento de Deus
para abençoar o povo de Israel. E aqui, meus irmãos, eu gostaria de chamar a
atenção para o fato de que a providência do Senhor em preservar a vida
humana nessa época, tem o mais magnífico propósito de toda essa história.
A vida de José ganha muito em significado quando vemos que ele estava
sendo usado por Deus para preservar a vida do povo de onde viria o Messias,
o Cristo, o Redentor do mundo. O propósito de Deus ter levado José ao Egito,
além de preservar a vida humana, era especialmente preservar a
descendência da mulher, a linhagem de Cristo, conforme Gn 3:15. Vemos
claramente, portanto, uma analogia entre José e Jesus, o que na Teologia nós
chamamos de tipologia, José era um tipo, uma sombra de Cristo. Segundo
afirma Longman, o bem que Deus está o tempo todo operando através da
história da vida de José é “a sobrevivência do povo da promessa. A aliança não
vai fracassar. (...) É possível observar uma analogia entre a maneira como
Deus operou a salvação por meio da vida de José e como ele fez de modo tão
supremo na vida de Jesus. José foi o agente divino no resgate da família de
Deus.”
Poderíamos ilustrar essa verdade com o comentário que Wiersbe faz do
texto de Atos 2:22-24, no qual relaciona José com Jesus, na reflexão que o
apóstolo Pedro faz da morte de Cristo. Ele diz que a prevalência de Deus
“sobre esses atos perversos a fim de realizar os Seus bons propósitos (...) nos
faz lembrar do que aconteceu na cruz. Pedro disse: ‘sendo [Jesus] entregue
pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-
o por mãos de iníquos; o qual, porém, Deus ressuscitou’ (At 2:23, 24). Por
meio do maior pecado cometido pela humanidade, Deus trouxe a maior bênção
já concedida à humanidade.” Fazendo minhas as palavras de Longman,
“enquanto os soldados romanos estavam cravando as mãos de Cristo na cruz,
estavam cumprindo o plano divino de redenção. O que planejaram para o mal,
Deus planejou para a salvação do mundo.”
De fato, meus irmãos, Deus tem domínio pleno sobre o universo. Os Seus
planos não podem ser frustrados. Nada pode impedir a soberana operação da
vontade do Senhor em salvar e santificar o Seu povo. Nós devemos crer que
nossa vida é sustentada pelo Senhor. Assim como Deus criou situações para
preservar a vida dos israelitas num momento de grande fome na terra, Ele, hoje,
ministra sobre nós o Seu cuidado, a Sua provisão. Não devemos andar
ansiosos de coisa alguma, nem do que haveremos de comer ou vestir, pois o
Senhor é quem nos alimenta. O Senhor Jesus exerce o Seu sábio governo
sobre o mundo. Ele nos prometeu que não nos faltará pão para o corpo. Ele
também nos garantiu saciar a nossa fome e sede de justiça, porque, pelo
poder de Sua obra, pelo Seu sacrifício naquela cruz, Ele nos livra da miséria
do pecado e nos farta da maravilhosa graça da salvação eterna.

Aplicação Final

Portanto, meus irmãos, a maravilhosa história de José nos ensina que


Deus transforma o mal em bem controlando a maldade dos homens,
preservando a vida humana e salvando o Seu povo. Quando os irmãos de José
planejaram o mal contra ele, Deus o tornara em bem. Quando quiseram
acabar com a sua vida, Deus a designara para a salvação de muitas outras.
Quando levaram José à escravidão, Deus planejara exalta-lo como o
responsável pela preservação da família do Messias, do libertador da
escravidão do pecado, do nosso Jesus Cristo! Por isso, nós não devemos
desanimar com as adversidades da vida. Pelo contrário. Devemos ser como
José, que mesmo nos momentos mais difíceis, não se desesperou, porque
confiava no bom propósito da vontade de Deus.
Devemos observar que se Deus cuida da Sua criação, sustentando os
animais, alimentando e preservando até os ímpios, que dirá de nós? É bem
verdade que algumas vezes nos perguntamos, ou perguntamos a Deus, por
quê? Por que sofremos? Por que Deus permite que soframos aqui, enquanto
fazemos a Sua obra? Assim como José, prefigurando Cristo, sofreu com a
perseguição, traição, falsa acusação, mas, Deus a todo momento estava no
controle de sua vida, nós também precisamos confiar que Deus está no
controle de cada aspecto de nossa existência. Ele permite a maldade humana,
que muitas vezes nos aflige, para tratar com o nosso caráter, para fortalecer
a nossa fé, e, principalmente, para nos capacitar para aquilo que Ele vai
fazer através de nós.
A questão não é chamar ao mal bem, minimizando a malignidade das
coisas que nos sobrevém. José afirmou categoricamente “vós, na verdade,
intentastes o mal contra mim” (20). O que nós precisamos é confiar que o mal
que frequentemente nos acarreta também provém do Senhor, e Ele o faz para
transformá-lo em bem, para cumprir o Seu propósito na nossa vida. É como
disse Jó, “temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?”
(Jó 2:10) Por isso, devemos, como José, perdoar e tratar com misericórdia
aqueles que nos fazem mal, e seguirmos o ensino de Cristo, que nos exorta a
pagar o mal com o bem e a amar os nossos inimigos, sabendo que,
definitivamente, tudo o que acontece em nossa vida é um cumprimento da
vontade soberana e benigna do Senhor.
Enfim, meus irmãos, precisamos enxergar a vida sob a ótica de Deus, e
glorifica-lo em todos os momentos da nossa vida. Ele sabe o que faz! Nada é à
toa. Há sempre um propósito maravilhoso por trás de nossas provações.
Quando o mal bater em nossa porta, seja ele de que tipo for, saibamos que o
Senhor, que governa todas as coisas, está no controle. Ele está nos
abençoando, nos conformando à imagem de Cristo, nos santificando para
sermos agentes de Sua tão grande salvação, para que possamos cumprir a boa
vontade do seu propósito eterno. Porque nós “sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito” (Rm 8:28).

Conclusão

Que o Senhor possa nos abençoar com a Sua palavra, fazendo-nos


lembrar, todos os dias, que Ele pode impedir o mal, mas se o mal nos
sobrevier, Deus o transformará em bem, para nos santificar e nos levar a
cumprir o Seu santo e benigno propósito.
Deus seja louvado!

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